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PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
GAB. DESEMB - WALACE PANDOLPHO KIFFER
14 de fevereiro de 2022
R E L A T Ó R I O
Em suas razões, a apelante pugna pela reforma da sentença, aduzindo, em síntese, I) área de
preservação permanente e unidade de preservação são institutos distintos, não sendo aplicável a
mesma legislação para ambos; II) que a característica de “imóvel rural” deriva da comprovação
de que o imóvel possui um destinação rural, o que não ocorre nos autos; III) que o fato do imóvel
estar registrado como área de preservação permanente não afasta automaticamente a incidência
do IPTU.
VOTOS
Para deslinde do recurso em análise deve ser firmada a premissa de que o Imposto
incidente sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), de competência dos
Municípios (art. 156, inciso I, da CRFB), "tem como fato gerador a propriedade, o
domínio útil ou a posse de bem imóvel" na zona urbana, a teor do que dispõe o art. 32,
caput, do Código Tributário Nacional.
Insta salientar que, como relatório emitido pela Prefeitura (fl.18) no ano de 2008, o
Município afirma que a área está classificada como Zona Especial de Interesse
Ambiental, que não existe viabilidade ambiental para a construção na área e que o
proprietário poderá requerer isenção de IPTU, o que foi realizado, porém no ano de
2010, voltaram a ser cobradas as taxas referentes ao IPTU, indevidamente.
A análise expressa pela municipalidade, se encontra em consonância com as
imagens do local, inclusive, aéreas constantes dos autos, que demonstra inexistir
qualquer tipo de construção ou rua na localidade do terreno pertencente ao Apelado
(fl.31/35).
Por força do art. 85, §1º, do Novo Código de Processo Civil, são devidos honorários
advocatícios nos recursos interpostos, razão pela qual, atentando-se para o § 11, do
art. 85, condeno o apelante ao pagamento de honorários recursais que majoro em 2%
(dois por cento).
É como voto.
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DECISÃO
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