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Registro: 2024.0000231218
ACÓRDÃO
GERALDO XAVIER
Relator(a)
Assinatura Eletrônica
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Apelação 1000981-24.2022.8.26.0266
Apelante: Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - Sabesp
Apelada: Município de Itanhaém
Comarca: Itanhaém
Voto 55.330
600.867, Tribunal Pleno, relator Ministro Joaquim Barbosa, relator para acórdão
Ministro Luiz Fux, julgado em 29/06/2020).
Por essas razões não se aplica a regra de
imunidade fiscal à embargante.
No que toca à alegação de isenção, rezam os
artigos 150, § 6º, da Constituição Federal, e 176, “caput”, do Código Tributário
Nacional, “in verbis”:
“Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias
asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e
aos Municípios:
.........................................
“§ 6º Qualquer subsídio ou isenção, redução de
base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a
impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica,
federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima
enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do
disposto no art. 155, § 2.º, XII, g.”
“Art. 176. A isenção, ainda quando prevista em
contrato, é sempre decorrente de lei que especifique as condições e requisitos
exigidos para a sua concessão, os tributos a que se aplica e, sendo caso, o prazo de
sua duração.”
Da análise dos dispositivos legais mencionados
nos antecedentes parágrafos extrai-se que a isenção está a depender de lei
específica que regule as condições e requisitos para sua concessão, a despeito de
prevista em contrato.
Na hipótese dos autos, como bem asseverado
pelo município inexiste diploma legal a conceder o benefício à recorrente. A Lei
Complementar 197/2018 limita-se a autorizar a sua concessão mediante edição de
lei específica para tanto. Assim, ainda que haja previsão contratual de concessão
da benesse fiscal à embargante, está-se que não era mesmo caso de reconhecer
que esta faz jus à isenção, pois inexiste lei a regular a matéria.
Apelação Cível nº 1000981-24.2022.8.26.0266 -Voto nº 55330 5
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Geraldo Xavier
Relator