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DIREITO TRIBUTÁRIO II

Parte 4 – IPVA E ITCMD


Prof. Andre Lacerda
A1
andre.uninorte@gmail.com
2021.2

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IPVA

IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE DE VEÍCULOS AUTOMOTORES - IPVA

Art. 155. CF. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
III - propriedade de veículos automotores.

Propriedade: direito subjetivo de usar, gozar e dispor do bem e o direito de retomá-lo de quem
injustamente o possua.

Veículo Automotores: aquele dotado de mecanismo de propulsão própria e que sirva para o
transporte de pessoas ou coisas ou para a tração de veículos utilizados para o transporte de
pessoas ou coisas.

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IPVA

CTN/1966: não havia previsão constitucional para o IPVA na CF de 1946.

Lei n° 999/69: Institui Taxa Rodoviária Única, incidente sobre o registro e licenciamento de
veículos e dá outras providências.

IPVA foi criado pela E.C. 27 de 1985

Art. 24, § 3º da CF/88. Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a
competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.

Objetivo: arrecadatório
Finalidade: Fiscal
Lançamento: por Ofício
* sujeito ao princípio da legalidade e anterioridade (e noventena)

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IPVA

Art. 1226. CC. Os direitos reais sobre coisas móveis, quando constituídos, ou transmitidos por
atos entre vivos, só se adquirem com a tradição.

IPVA. ALIENAÇÃO DO AUTOMÓVEL. AUSÊNCIA DE COMUNICAÇÃO AO ÓRGÃO DE TRÂNSITO.


VALORES DEVIDOS PELO NOVO PROPRIETÁRIO. ILEGITIMIDADE DA COBRANÇA DIRECIONADA AO
ANTIGO PROPRIETÁRIO (...) Segundo o entendimento jurisprudencial do STJ, ocorrida a tradição
do veículo, não há como determinar que o antigo proprietário responsa pela cobrança do IPVA.
(STJ, AgRg no ARESP 793.588, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado aos 18/02/2016)

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IPVA

TUTELA ANTECIPADA. IPVA. Ação anulatória de débito fiscal. Elementos dos autos que autorizam
concluir pela probabilidade do direito alegado no tocante ao veículo que foi apreendido e se
encontra em pátio da Polícia Federal desde 2011. Descaracterização da posse que enseja a
dispensa do pagamento do tributo, de acordo com o art. 13-C da Portaria CAT 27, de 26.02.2015.
Veículo de placa CZZ-6637 que continua em posse da autora, com simples restrição de circulação.
Ausentes evidências de perda ou descaracterização da posse ou propriedade quanto a este
veículo. Agravo provido em parte para determinar a suspensão da inscrição da agravante no
CADIN quanto aos débitos de IPVA do veículo apreendido. (TJSP; Agravo de Instrumento
2161011-77.2018.8.26.0000; Relator (a): Antonio Carlos Villen; Órgão Julgador: 10ª Câmara de
Direito Público; Foro de Salto - 1ª Vara; Data do Julgamento: 24/09/2018; Data de Registro:
26/09/2018)

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IPVA

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IPVA

CRITÉRIO TEMPORAL – IPVA

veículos usados: 1º de janeiro de cada exercício;


veículos novos: data de aquisição;
veículos importados: Desembaraço aduaneiro;

LEANDRO PAULSEN: “(...) Veículos novos. O veículo, enquanto no pátio das montadoras, em
estoque, ou nas lojas, exposta à venda, é apenas uma mercadoria como outra qualquer. A
propriedade de veículo automotor, como fato gerador do IPVA, só surge no momento em que tal
mercadoria passa a cumprir a sua vocação, a servir ao fim a que é destinada ou a estar à
disposição de alguém para tanto”

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IPVA

Constituição do Crédito

1. O Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) é lançado de ofício no início de


cada exercício (art. 142 do CTN) e constituído definitivamente com a cientificação do contribuinte
para o recolhimento da exação, a qual pode ser realizada por qualquer meio idôneo, como o
envio de carnê ou a publicação de calendário de pagamento, com instruções para a sua
efetivação.
(...)
3. Para o fim preconizado no art. 1.039 do CPC/2015, firma-se a seguinte tese: "A notificação do
contribuinte para o recolhimento do IPVA perfectibiliza a constituição definitiva do crédito
tributário, iniciando-se o prazo prescricional para a execução fiscal no dia seguinte à data
estipulada para o vencimento da exação." 4. Recurso especial parcialmente provido. Julgamento
proferido pelo rito dos recursos repetitivos (art. 1.039 do CPC/2015). (REsp 1320825/RJ, Rel.
Ministro GURGEL DE FARIA)

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IPVA

Tema 708/STF

Questão submetida a julgamento: Recurso extraordinário em que se discute, à luz dos arts. 24, §
3º, 146, I e III e 155, III, da Constituição federal, a possibilidade de o contribuinte recolher o
Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) em favor do estado onde o veículo
encontra-se registrado e licenciado, e não do estado em que o contribuinte mantém sede ou
domicílio tributário.
Tese firmada: A Constituição autoriza a cobrança do Imposto sobre a Propriedade de Veículos
Automotores (IPVA) somente pelo Estado em que o contribuinte mantém sua sede ou domicílio
tributário.
Relator: MIN. MARCO AURÉLIO
Caso: RE 1016605
Data do reconhecimento da existência de repercussão geral: 20/03/2014
Data de publicação do acórdão de mérito: 16/12/2020

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Responsabilidade Solidária do ex-proprietário

O art. 134 da Lei n. 9.503/1997 (Código de Trânsito Brasileiro) não trata de responsabilidade
tributária, sendo restrito à responsabilização pelas penalidades administrativas do veículo cuja
alienação não foi comunicada ao departamento de trânsito, conforme entendimento
sedimentado pela Primeira Seção na Súmula 585 do STJ, segundo a qual "a responsabilidade
solidária do ex-proprietário, prevista no art. 134 do Código de Trânsito Brasileiro - CTB, não
abrange o IPVA incidente sobre o veículo automotor, no que se refere ao período posterior à sua
alienação".
2. Nos termos do art. 124 do CTN, somente por lei específica pode ser instituída a solidariedade
quanto à responsabilidade pelo pagamento de tributos, de modo que a atribuição da
responsabilidade solidária, por débitos de IPVA, ao exproprietário do veículo é condicionada à
previsão da lei estadual. (REsp 1640978/SP, Rel. Ministro GURGEL DE FARIA, PRIMEIRA TURMA,
julgado em 06/04/2017, DJe 12/05/2017)

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Responsabilidade do Adquirente

TRIBUTÁRIO. IPVA. RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA DO ADQUIRENTE POR DÉBITOS ANTERIORES.


LEGITIMIDADE. INSCRIÇÃO NO CADIN. POSSIBILIDADE.
1. Por força do art. 131, I, do CTN, o adquirente do veículo se torna responsável pelo pagamento
dos débitos de IPVA, sendo desinfluente o exercício em que ocorreu o fato gerador.
2. A inscrição regular do responsável tributário no cadastro de inadimplentes, por não se
qualificar como ato ilícito, não ocasiona dano moral indenizável.
3. Recurso especial provido, devendo os autos retornarem ao Tribunal de origem para exame dos
demais temas suscitados nos recursos de apelação.
(REsp 1306407/RS, Rel. Ministro GURGEL DE FARIA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 27/10/2016,
DJe 30/11/2016)

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L.C. Nº 114 DE 30 DE DEZEMBRO DE 2002 (ESTADO DO ACRE)

Art. 1º O Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), de que tratam o art. 155,
inciso III, da Constituição Federal, e o art. 143, inciso III, da Constituição Estadual, passa a ser
regido por esta lei complementar.

Art. 2º O IPVA tem como fato gerador a propriedade de veículo automotor de qualquer espécie.
§ 1º Para efeito desta Lei, veículo automotor é qualquer veículo terrestre, AÉREO OU AQUÁTICO,
dotado de força motor própria, ainda que complementar.

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Código de Trânsito Brasileiro: art. 120 – Todo veículo automotor, elétrico, articulado, reboque ou
semirreboque, deve ser registrado perante o órgão executivo de trânsito do Estado ou do Distrito
Federal, no Município de domicílio ou residência de seu proprietário, na forma da lei.

Constituição Federal: Art. 22, inciso I – Compete privativamente a União legislar sobre: I – direito
civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do
trabalho.

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Código Brasileiro de Aeronáutica: Art. 72 – O Registro Aeronáutico Brasileiro será público, único e
centralizado, destinando-se a ter, em relação à aeronave, as funções de: I - emitir certificados de
matrícula, de aeronavegabilidade e de nacionalidade de aeronaves sujeitas à legislação brasileira;
II - reconhecer a aquisição do domínio na transferência por ato entre vivos e dos direitos reais de
gozo e garantia, quando se tratar de matéria regulada por este Código; III - assegurar a
autenticidade, inalterabilidade e conservação de documentos inscritos e arquivados; IV -
promover o cadastramento geral.

Lei no 2.180/54: Art . 13 – Compete ao Tribunal Marítimo:


II - manter o registro geral:
a) da propriedade naval;
b) da hipoteca naval e demais ônus sobre embarcações brasileiras;
c) dos armadores de navios brasileiros;

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Ministro Cezar Peluso:


A definição do alcance da expressão “veículos automotores”, que deve ser tomada em sua
acepção técnica, abrange exclusivamente os veículos de transporte viário ou terrestre; escapam
de seu alcance, pois, as aeronaves ("aparelho manobrável de voo, apto a sustentar e circular no
espaço aéreo mediante reações aerodinâmicas e capaz de transportar pessoas e coisas", de
acordo com a legislação aeronáutica) e embarcações. Se houvesse pretendido abranger
constituinte teria sido específica”. (RE 379.572/RJ, 2007, p.11)

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Ministro Sepúlveda Pertence:


“[…] é certo que os preceitos em causa da Emenda Constitucional nº27, de 1985, tiveram a
finalidade de alterar a sistemática de distribuição dos recursos entre as entidades políticas,
através da criação de um novo imposto estadual, em substituição à Taxa Rodoviária Única, para
permitir a sua divisão, meio a meio, entre os Estados e Municípios (cf. Justificação ao Substitutivo
às Propostas de Emenda à Constituição nºs 57, 58, 59, 60 e 61, de 1985, Diário do Congresso
Nacional nº 140, de 24/10/85, p.2088). Ao instituir a nova espécie tributária, não pretendeu o
legislador constituinte elastecer o âmbito material de incidência pertinente ao tributo
substituído, para alcançar novas áreas reveladora de capacidade contributiva, mas sim o de
propiciar distribuição mais equitativa do produto da arrecadação do novo imposto, em benefício
dos Estados e Municípios.” (RE 134509-8/AM, 2002, p. 32)

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L.C. Nº 114 DE 30 DE DEZEMBRO DE 2002 (ESTADO DO ACRE)


Art. 2º (...)
§ 2º Considera-se ocorrido o FATO GERADOR:
I - no momento da aquisição de veículo novo por consumidor final;
II - no momento do desembaraço aduaneiro de veículo adquirido do exterior, por consumidor final;
III - no momento do arremate em leilão, por consumidor final;
IV - no primeiro dia de cada ano, em relação a veículo adquirido em anos anteriores;
V - na data da incorporação de veículo ao ativo permanente do fabricante, do revendedor ou do
importador;
VI - na data em que ocorrer a perda da isenção ou da não-incidência.
VII - na data de saída constante da Nota Fiscal de venda da carroceria, quando já acoplada ao chassi do
veículo objeto de encarroçamento; e
VIII - na data em que o proprietário ou o responsável pelo pagamento do imposto deveria ter fornecido os
dados necessários à inscrição no Cadastro de Contribuintes do IPVA deste Estado, em se tratando de
veículo procedente de outro Estado ou do Distrito Federal.
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L.C. Nº 114 DE 30 DE DEZEMBRO DE 2002 (ESTADO DO ACRE)

Art. 2º (...)

§ 3º O imposto incide também sobre veículo automotor de carga e de transporte coletivo de passageiros
licenciado em outro Estado, a partir do segundo ano em que seja utilizado em serviços permanentes no
Estado do Acre.

§ 4º O imposto é vinculado ao veículo e, na sua alienação, o comprovante do pagamento será transferido


ao novo proprietário, para efeito de registro ou averbação no órgão competente.

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L.C. Nº 114 DE 30 DE DEZEMBRO DE 2002 (ESTADO DO ACRE)

Art. 3º A BASE DE CÁLCULO do IPVA é o valor venal do veículo, observando-se:


I - no caso de veículo novo, o valor constante do documento fiscal de
aquisição, incluído o dos opcionais e acessórios;
II - no caso de veículo importado, não licenciado anteriormente no país, o valor constante do documento
de importação acrescido dos tributos e despesas incidentes por ocasião do despacho aduaneiro;
III - no caso de arremate em leilão, o valor da arrematação acrescido dos tributos incidentes e das
despesas debitadas ao arrematante;
IV - no caso de veículos, aeronaves ou embarcações adquiridos em anos anteriores, o valor constante de
tabela elaborada pelo Poder Executivo, estabelecida com base em valores médios praticados no mercado
do Estado do Acre, ou aferidos em publicações especializadas, considerando entre outras características a
potência e a cilindrada do motor, a capacidade máxima de tração, o ano de fabricação, o peso, o número
de eixos, o tipo de combustível, a dimensão e o modelo do veículo.

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L.C. Nº 114 DE 30 DE DEZEMBRO DE 2002 (ESTADO DO ACRE)
Art. 3º A BASE DE CÁLCULO do IPVA é o valor venal do veículo, observando-se:
(...)
§ 1º Na hipótese constante dos incisos I, II e III a base de cálculo será calculada em 1/12 (um doze avos) por
mês, a partir da data da ocorrência do fato gerador.
§ 2º No caso de veículo furtado, roubado ou sinistrado com perda total comprovada, a base de cálculo será
reduzida para o valor correspondente a 1/12 (um doze avos) por mês, contados da data do fato gerador até
a data da ocorrência do furto, roubo ou sinistro.
§ 3º O imposto do exercício em que ocorrer a recuperação do veículo mencionado no parágrafo anterior
será devido na razão de 1/12 (um doze avos) por mês, contados a partir daquele em que tenha sido
expedido o Auto de Entrega pelo órgão competente, até o mês de dezembro, ficando dispensada a
cobrança do imposto relativo ao período em que o veículo esteve fora da posse direta do seu proprietário.
§ 4º No caso de veículo automotor montado por encomenda de consumidor final, em local diverso do
fabricante do chassi, a base de cálculo é o somatório dos valores constantes dos documentos fiscais
relativos à aquisição das partes e aos serviços prestados.
§ 5º Para efeito de apuração da base de cálculo do Imposto é irrelevante o estado de conservação do
veículo automotor.
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L.C. Nº 114 DE 30 DE DEZEMBRO DE 2002 (ESTADO DO ACRE)


Art. 4º As ALÍQUOTAS do IPVA são:

I - 2% (dois por cento) para veículos de passeio, inclusive de esportes e de corrida, bem como para
camionetas de uso misto e veículos utilitários;
II - REVOGADO (Lei Complementar nº 298, de 28 de abril de 2015)
III - 1% (um por cento) para os demais veículos automotores, inclusive motocicletas e ciclomotores,
registrados no órgão encarregado da administração do trânsito, ou na Secretaria de Fazenda.

Parágrafo único. A mudança de destinação do veículo, durante o exercício, implica a aplicação de nova
alíquota na proporção de 1/12 (um doze avos) por mês, durante o prazo contado da mudança até o mês de
dezembro.

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Art. 5º É contribuinte do IPVA a pessoa natural ou jurídica que detenha a propriedade de veículo
automotor.

Art. 6º São responsáveis pelo pagamento do IPVA:


I - o despachante encarregado dos despachos de registro e licenciamento do veículo;
II - o leiloeiro, o síndico, o comissário, o liquidante e o inventariante;
III - o adquirente de veículo gravado com alienação fiduciária ou com reserva de domínio;
IV - a empresa detentora da propriedade de veículo cedido pelo regime de arrendamento mercantil;
V - o adquirente, em relação ao imposto do exercício ou exercícios anteriores vinculados ao veículo
adquirido;
VI - qualquer pessoa que detiver a posse do veículo; e
VII - subsidiariamente, as demais pessoas arroladas nas hipóteses previstas no Código Tributário Nacional.
VIII - o proprietário do veículo que o alienar ou o transferir, a qualquer título, até o momento da respectiva
comunicação ao órgão público encarregado do registro e licenciamento, inscrição ou matrícula.
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L.C. Nº 114 DE 30 DE DEZEMBRO DE 2002 (ESTADO DO ACRE)

Art. 6º São responsáveis pelo pagamento do IPVA:


(...)
§ 1º O tributo pode ser exigido do contribuinte ou do responsável, indistintamente, ficando este último
sub-rogado nos direitos e obrigações do contribuinte, estendendo-se sua responsabilidade à punibilidade
por infração tributária.
§ 2º Na hipótese de leilão ou doação de veículo apreendido pelo Poder Público, quando o valor arrecadado
não for suficiente para quitar o imposto, o débito remanescente será cobrado do proprietário
inadimplente, observado o disposto no § 1º do art. 3º.

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ALTERADO PELA LEI COMPLEMENTAR Nº 388, DE 8 DE JULHO DE 2021


Art. 8º - A. É proibido a apreensão, remoção, recolhimento ou a retenção de veículos pela identificação do
não pagamento do imposto, exceto, naquelas hipóteses previstas na Lei Federal nº 9.503/1997 ou em Lei
Estadual vigente.
Parágrafo Único. Não se aplica a proibição prevista no art. 8º - A, quando autoridade de trânsito estiver de
posse de um Mandado Judicial.

Art. 8º - B. É permitido a autoridade de trânsito a notificação e/ou a advertência ao condutor do veículo


quando verificar a inadimplência do IPVA, multas e demais tributos.

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L.C. Nº 114 DE 30 DE DEZEMBRO DE 2002 (ESTADO DO ACRE)

Art. 10. O IPVA será pago:


I - no prazo de até trinta dias da data da aquisição, do desembaraço aduaneiro ou da arrematação em
leilão, ou no caso de recuperação de veículo furtado ou roubado; e

Art. 12. São isentos do pagamento do IPVA:


I - os veículos que, em razão do tipo, a legislação específica proíba trafegar em vias públicas;
II - os veículos de propriedade de Missões Diplomáticas e Repartições Consulares, de caráter permanente,
indicados pelo Ministério de Relações Exteriores;
III - as ambulâncias;
IV - os veículos empregados em serviços agrícolas, que usualmente apenas transitem dentro dos limites
das propriedades agrícolas;
V - as máquinas de emprego na construção civil, desde que não circulem usualmente em vias públicas;
VI - embarcações, de propriedade de pescador profissional, utilizada na atividade pesqueira, limitada a
uma embarcação, por proprietário;

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Art. 12. São isentos do pagamento do IPVA:


(...)
VII - o veículo de pessoa portadora de deficiência física, visual, mental severa ou profunda, ou autista, com
renda mensal de até dez salários mínimos, cujo preço de venda ao consumidor sugerido pelo fabricante,
incluídos os tributos incidentes, não seja superior ao último valor indicado em convênio do Conselho
Nacional de Política Fazendária - CONFAZ para isenção do ICMS;
CONVÊNIO ICMS 38/2012 - Concede isenção do ICMS nas saídas de veículos destinados a
pessoas portadoras de deficiência física, visual, mental ou autista.

VIII - o veículo adquirido em leilão promovido pelo Poder Público, no período compreendido entre a data
de sua remoção, retenção ou apreensão e a data da arrematação.
IX - os veículos que completarem vinte anos de fabricação;
X - os veículos destinados à condução de passageiros, desde que de propriedade de profissional autônomo,
registrados na categoria de aluguel (táxi ou moto-táxi).

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IPVA

L.C. Nº 114 DE 30 DE DEZEMBRO DE 2002 (ESTADO DO ACRE)

Art. 13. O imposto não incide:


I - sobre a propriedade de veículo automotor novo, enquanto figurar no estoque, destinado a revenda, de
estabelecimento comercial devidamente registrado para essa finalidade;
II - sobre a propriedade de veículo automotor no ano de sua transferência para o Estado do Acre, quando
já tenha sofrido a incidência em outro Estado da Federação;
III - sobre a propriedade de veículo automotor de pessoa jurídica de direito público, dos templos de
qualquer culto, dos partidos políticos, das entidades sindicais dos trabalhadores, bem como das
instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos.

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IPVA

Art. 152. CF. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária
entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. IPVA. VEÍCULO IMPORTADO.


ALÍQUOTA DIFERENCIADA. 1. Não se admite a alíquota diferenciada de IPVA para veículos importados e os
de procedência nacional. 2. O tratamento desigual significaria uma nova tributação pelo fato gerador da
importação. Precedentes. Agravo regimental a que se nega provimento. (RE 367785 AgR, Relator(a): Min.
EROS GRAU, Segunda Turma, julgado em 09/05/2006, DJ 02-06-2006)

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ITCMD

IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO CAUSA MORTIS E DOAÇÃO – ITCMD

Histórico

✓ ITCMD era estadual conjugado com o ITBI – CF/34

✓ ITBI ficou de competência dos Municípios – E.C. 5/61

✓ ITCMD e ITBI foram novamente unificados - E.C. 18/65

✓ ITBI volta para os Municípios – CF/88

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ITCMD

Art. 155. CF. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:

I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos;

✓ Transmissão: passagem jurídica da propriedade ou de bens e direitos de uma pessoa para a outra, seja
causa mortis, seja por sucessão e doação;
✓ Doação: é o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou
vantagens para o de outra, que os aceita (art. 538 do CC).
✓ Bens: podem ser imóveis ou móveis, nos termos da lei civil (arts. 79 a 83 do CC)

Sacha Calmon: “O fato gerador ou jurígeno do imposto é a transferência patrimonial apenas na aparência.
Na verdade o que se tributa são os acréscimo patrimoniais obtidos pelo donatários, herdeiros (inclusive
meeiros, sendo o caso) e legatários. Se inexistisse este imposto, a tributação desses acréscimos
certamente se daria na área do imposto de renda”

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CRITÉRIO TEMPORAL ITCMD
Transmissão causa mortis: Data do óbito do autor da herança, cuja ocorrência abre-se a sucessão,
transmitindo-se desde logo o domínio e a possa da herança aos herdeiros legítimos e testamentários.
É irrelevante o momento da aceitação da herança, em que se dá a efetiva transmissão de bens. Por
ficção jurídica os herdeiros entram na posse da herança com a abertura da sucessão.

Doação: Data da transferência dos bens


“O fato gerador do imposto de transmissão (art. 35, I, do CTN) é a transferência da propriedade
imobiliária, que somente se opera mediante o registro do negócio jurídico junto ao ofício competente”
(REsp 1236816/DF, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, DJe 22/03/2012)

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CRITÉRIO ESPACIAL ITCMD

Art. 155, § 1º, CF. O imposto previsto no inciso I:


I - relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado da situação do bem, ou ao
Distrito Federal;
II - relativamente a bens móveis, títulos e créditos, compete ao Estado onde se processar o inventário ou
arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou ao Distrito Federal;
III - terá competência para sua instituição regulada por lei complementar:
a) se o doador tiver domicílio ou residência no exterior;
b) se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu inventário processado no
exterior;
Art. 24, § 3º da CF/88. Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a
competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.

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ITCMD
Fato Gerador:

Súmula STF 112 - O imposto de transmissão “causa mortis” é devido pela alíquota vigente ao tempo da
abertura da sucessão.
Súmula STF 113 - O imposto de transmissão "causa mortis" é calculado sobre o valor dos bens na data da
avaliação.
Súmula STF 114 - O imposto de transmissão "causa mortis" não é exigível antes da homologação do
cálculo.
Súmula STF 331 - É legítima a incidência do imposto de transmissão causa mortis no inventário por morte
presumida.

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ITCMD
Art. 42. CTN. Contribuinte do imposto é qualquer das partes na operação tributada, como dispuser a lei.

HUGO DE BRITO MACHADO: “Na ausência de dispositivo constitucional a respeito, o legislador da entidade
tributante tem relativa liberdade para definir o contribuinte desse imposto. Em se tratando de herança,
logicamente deve ser o contribuinte o herdeiro, ou legatário. Em se tratando de doação, o contribuinte
pode ser, em princípio, tanto o doador como o donatário”

Lançamento
Registre-se que o lançamento do ITCMD é realizado por declaração, tendo em vista que a autoridade
administrativa lança o tributo com base em informações prestadas pelo próprio contribuinte.

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ITCMD
Art. 38. CTN. A base de cálculo do imposto é o valor venal dos bens ou direitos transmitidos.

“EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. LEI ESTADUAL: PROGRESSIVIDADE


DE ALÍQUOTA DE IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO CAUSA MORTIS E DOAÇÃO DE BENS E DIREITOS.
CONSTITUCIONALIDADE. ART. 145, § 1º, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. PRINCÍPIO DA IGUALDADE
MATERIAL TRIBUTÁRIA. OBSERVÂNCIA DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA. RECURSO EXTRAORDINÁRIO
PROVIDO.”.
Transcrição parcial do voto da Min. Ellen Gracie: “Por revelar efetiva e atual capacidade contributiva
inerente ao acréscimo patrimonial, o imposto sobre transmissão “causa mortis”, também conhecido como
imposto sobre heranças ou sobre a sucessão, é um imposto que bem se vocaciona à tributação
progressiva.” (STF, RE 562.045/RS, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 06/02/2013, publicado em
27/11/2013)

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ITCMD
Alíquota
Resolução do Senado Federal n° 9/92: Art. 1º. A alíquota máxima do imposto de que trata a alínea a, inciso
I, do art. 155 da Constituição Federal será de oito por cento, a partir de 1° de janeiro de 1992.
➢ Na transmissão por causa mortis é aplicada a alíquota única de 4%
➢ Na transmissão por doação é aplicada a alíquota única de 2%

EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário. Tributário. ITCMD. Progressividade. Critério para
estabelecimento de faixas progressivas. Grau de parentesco. Impossibilidade. 1. Ambas as Turmas da Corte
têm rechaçado o critério eleito pela legislação pernambucana para o estabelecimento de faixas de
alíquotas progressivas do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de Bens e Direitos (ITCMD)
baseado no grau de parentesco entre o transmitente ou doador e o beneficiário dos bens e direitos.
Precedentes. (...) (RE 958709 AgR, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Segunda Turma, julgado em 02/12/2016,
ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-030 DIVULG 14-02-2017 PUBLIC 15-02-2017)

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ITCMD
RENÚNCIA ADBICATIVA DA HERANÇA
Art. 1.804. Parágrafo único. CC. A transmissão tem-se por não verificada quando o herdeiro renuncia à
herança.

RENÚNCIA TRANSLATIVA DA HERANÇA E CESSÃO DE DIREITOS HEREDITÁRIOS


A renúncia é em favor de pessoa específica. Dupla incidência.

ACEITAÇÃO POR CREDORES PREJUDICADOS EM NOME DO HERDEIRO RENUNCIANTE


Art. 1.813. CC. Quando o herdeiro prejudicar os seus credores, renunciando à herança, poderão eles,
com autorização do juiz, aceitá-la em nome do renunciante.
§ 1º A habilitação dos credores se fará no prazo de trinta dias seguintes ao conhecimento do fato.

MORTE DO DONATÁRIO
Art. 555, CC. A doação pode ser revogada por ingratidão do donatário, ou por inexecução do encargo.

INCORPORAÇÃO
No valor excedente, há entendimento que pode incidir ITCMD.
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ITCMD
PARTILHA DESIGUAL
Partilha desigual de patrimônio da sociedade conjugal, sobre a parte que ultrapassa a meação.
Imóveis: ITBI X ITCMD

GRAVO DE INSTRUMENTO. DIVÓRCIO. PARTILHA CONSENSUAL. IMÓVEIS. EXCESSO DE MEAÇÃO.


INCIDÊNCIA DE ITCD. DECISÃO MANTIDA. 1. Correta a decisão que concluiu pela incidência de ITCD sobre o
excesso de meação, não sendo possível cogitar de mera acomodação patrimonial que não configuraria
hipótese de transmissão de bens. 2. (...) Há, ainda, a Súmula nº 29 deste Tribunal de Justiça: "Na dissolução
de sociedade conjugal, ocorrendo divisão desigual de bens por ocasião da partilha, incide o ITCD, se a
transmissão se der a título gratuito, e o ITBI, se a título oneroso". 3. A transmissão gratuita está equiparada
à doação (...) (Agravo de Instrumento Nº 70039622451, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS,
Relator: Luiz Felipe Brasil Santos, Julgado em 09/12/2010)

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ITCMD
LEI COMPLEMENTAR Nº 373, DE 11 DE DEZEMBRO DE 2020 (ACRE)
Dispõe acercado Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação, de Quaisquer Bens ou Direitos - ITCMD.

Art. 1º Esta Lei Complementar disciplina o Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação, de
Quaisquer Bens ou Direitos – ITCMD.

Art. 2º O Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação, de Quaisquer Bens ou Direitos – ITCMD,
tem como fato gerador a transmissão causa mortis e a doação a qualquer título, independentemente da
instauração de inventário ou arrolamento judicial ou extrajudicial, incidindo sobre:

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ITCMD
Art. 2º (...)
I – propriedade, posse ou domínio útil de bens imóveis e as decorrentes de sucessão legítima ou
testamentária, inclusive na sucessão provisória, nos termos definidos na Lei Federal nº 10.406, de 10 de
janeiro de 2002;
II – bens móveis, títulos, créditos, ações, quotas e valores, de qualquer natureza, bem como dos direitos a eles
relativos;
III – instituição convencional de direito real sobre bem móvel ou imóvel, exceto o disposto no art. 5º, V;
IV – transmissão do montante acumulado na provisão constituída com os aportes financeiros realizados em
planos de previdência privada e seguro de pessoas nas modalidades de Plano Gerador de Benefício Livre
(PGBL), Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) ou outra semelhante, decorrente de resgate promovido pelos
beneficiários em razão do falecimento do participante ou segurado na fase de diferimento do plano;
V – desistência de herança ou legado com determinação do beneficiário;
VI – doação conjuntiva;
VII – transmissão de eventual indenização de benfeitorias e valores pagos a título de desapropriação de
propriedades privadas pelo Poder Público;
VIII – transferência não onerosa de bem móvel ou imóvel do patrimônio da pessoa jurídica para o patrimônio
de qualquer de seus sócios, acionistas, sucessores ou terceiros, pessoa natural ou jurídica;
IX – incorporação não onerosa do bem imóvel ou móvel ao patrimônio de pessoa natural ou jurídica. 40
ITCMD
Art. 2º (...)
§ 3º Para efeitos desta Lei Complementar, entende-se como qualquer bem ou direito:
I – bem imóvel e os direitos a eles relativos;
II – bem móvel e os direitos a eles relativos, mesmo que representados por título, crédito, certificado ou
registro, inclusive:
a) semoventes, joias e obras de arte;
b) produtos em elaboração, acabado, matéria-prima e mercadoria, exceto quando corresponderem a uma
operação incluída no campo de incidência do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e
sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS;
c) qualquer título ou direito representativo do patrimônio ou capital de sociedade, tais como ação, quota,
participação civil ou comercial, nacional ou estrangeira, direito societário, debênture e dividendo e crédito de
qualquer natureza;
d) dinheiro, em moeda nacional ou estrangeira e título que o represente, criptomoedas, depósito bancário e
crédito em conta corrente, em poupança e a prazo fixo, quota ou participação em fundo mútuo de ações, de
renda fixa, de curto prazo e qualquer outra aplicação financeira e de risco, seja qual for o prazo e a forma de
garantia;
e) bem incorpóreo em geral, inclusive título e crédito que o represente, qualquer direito ou ação que tenha de
ser exercido e direitos autorais;
f) qualquer outra parcela do patrimônio que for passível de mercancia ou de transmissão; 41
ITCMD
Art. 4º São isentos do pagamento do ITCMD:
I – o imóvel, urbano ou rural, avaliado em até R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais), desde que seja
o único do monte-mor partilhável;
II – o montante do espólio quando avaliado em até R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais);
III – a doação a Estado estrangeiro de imóvel destinado exclusivamente ao uso de sua missão diplomática ou
consular;
IV – a caducidade ou extinção do fideicomisso, com a consolidação da propriedade na pessoa do fiduciário ou
do fideicomissário;
V – a doação de imóvel ocupado por família de baixa renda, destinado à regularização fundiária e urbanística
promovida pelo Poder Público, observada as disposições contidas em regulamento;
VI – o bem móvel ou imóvel legado ou doado a museu, público ou privado, bem como a instituição cultural,
sem fins lucrativos, situados neste Estado;
VII – a doação de imóvel destinado a programa habitacional promovido pelo Poder Público, destinado a
famílias de baixa renda ou em decorrência de calamidade pública observada as disposições contidas em
regulamento.

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ITCMD
Art. 10. São pessoalmente responsáveis:
I – pelo pagamento do imposto:
a) o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, quanto ao devido pelo de cujus até a data da partilha ou
adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão, legado ou meação;
b) o espólio, quanto ao devido pelo de cujus, até a data da abertura da sucessão;

II – pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de
poderes ou infração da lei, contrato social ou estatuto:
a) as pessoas referidas no art. 131, da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966;
b) os mandatários, prepostos ou empregados;
c) os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas, limitada estaao período de exercício do
cargo.

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ITCMD
Art. 29. As alíquotas progressivas do ITCMD na transmissão causa mortis são:
I – de 4% (quatro por cento) sobre o valor da base de cálculo que exceder R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais)
até R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais), observada a isenção prevista no art. 4º, I;
II – de 5% (cinco por cento) sobre o valor da base de cálculo que exceder R$ 1.500.000,00 (um milhão e
quinhentos mil reais) até R$ 2.500.000,00 (dois milhões e quinhentos mil reais);
III – de 6% (seis por cento) sobre o valor da base de cálculo que exceder a R$ 2.500.000,00 (dois milhões e
quinhentos mil reais) até R$ 3.500.000,00 (três milhões e quinhentos mil reais);
IV – de 7% (sete por cento) sobre o valor da base de cálculo que exceder R$ 3.500.000,00 (três milhões e
quinhentos mil reais);
V – 8% (oito por cento) para transmissão causa mortis a colaterais.

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ITCMD
Art. 30. Nas transmissões por doação as alíquotas progressivas são:
I – 2% (dois por cento) até R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais);
II – 4% (quatro por cento) sobre o valor da base de cálculo que exceder R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais)
até R$ 100.000,00 (cem mil reais);
III – 6% (seis por cento) sobre o valor da base de cálculo que exceder R$ 100.000,00 (cem mil reais) até R$
200.000,00 (duzentos mil reais);
IV – 8% (oito por cento) sobre o valor que exceder a R$ 200.000,00 (duzentos mil reais).

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ITCMD

Art. 31. O sujeito passivo deverá requerer a abertura do inventário no prazo máximo de 180 (cento e oitenta)
dias contados da data da abertura da sucessão.

Art. 43. O descumprimento das obrigações previstas nesta Lei Complementar sujeita o infrator à aplicação das
seguintes penalidades:
I – deixar de requerer a abertura do inventário no prazo previsto no art. 31, multa equivalente a 200
(duzentas) UPFs;

Lei Complementar Nº 376 DE 31/12/2020


O valor da UPF a vigorar no exercício de 2021 será de R$ 10,00 (dez reais).

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