Objetivo: identificar os recursos investidos na educação
Pergunta: como funciona o financiamento da educação?
É importante conhecer sobre os recursos da educação, pois é um
conhecimento indispensável para que se possa acompanhar como os recursos estão sendo empregados e fiscalizar para que seja possível contribuir positivamente com esse processo. Pois, é interessante que a social cobre e participe desse processo, pois é o dinheiro público que está sendo utilizado para investir na educação. Com a carta constitucional de 1934, teve início no Brasil a vinculação constitucional de recursos para a manutenção e desenvolvimento do ensino. No Artigo 156 dessa Carta Magna ficou disposto, pela primeira vez, que “a União e os Municípios aplicarão nunca menos de dez por cento, e os Estados e o Distrito Federal nunca menos de vinte por cento da renda resultante dos impostos na manutenção e no desenvolvimento dos sistemas educativos.”(BRASIL, 1934, Art. 156)Nessa época, ainda tinha poucos recursos destinados a educação, mas foi através dessa carta constitucional que influenciou os demais documentos que surgiram e que favoreceu a criação de fundo de manutenção e de financiamento da educação pública. Na carta, fala que os recursos seriam aplicados nos sistemas educativos públicos, Constituição de 1934 quase não se concretizou porque, com a implantação do Estado Novo, a Constituição de 1937 a ignorou. Em 1945, a sociedade brasileira se reorganiza em defesa da democracia e na Constituição de 1946, após intensos debates, é reintroduzida a vinculação de recursos para a educação, conforme o disposto no seu artigo 169: “anualmente, a União aplicará nunca menos de 10%, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios nunca menos de 20% da renda resultante dos impostos na manutenção e no desenvolvimento do ensino”. Nesse caso, atualmente segundo a constituição federal de 1988 Art. 212. "A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino" (BRASIL, Constituição, 1988, art. 212). Na atual carta, fala que os recursos serão aplicados nos sistemas educativos públicos, podendo ainda ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, desde que seja comprovado a finalidade não- lucrativa. Os recursos podem ser destinados a bolsa em instituições privadas do ensino fundamental e médio quando houver insuficiência de recursos e falta de vagas nas escolas publicas, assegurando assim o direito da educação gratuita para todos, assim como bolsas para pesquisas universitárias de caráter técnico e profissional também recebem verbas do dinheiro publico. Contudo, Inicialmente surgiu o FUNDEF- Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de valorização do magistério, foi de 1998- 2006, é um fundo instituído em cada estado da federação e no distrito Federal, cujos recursos devem ser aplicados exclusivamente na manutenção e desenvolvimento do ensino fundamental público e na valorização de seu magistério. O FUNDEF foi criado pela emenda constitucional n.14 e regulamentado pela lei n.9. 424, de dezembro de 1996. Esse fundo teve como inspiração a orientação dos organismos internacionais em priorizar o ensino fundamental, o FUNDEF, prometeu desenvolver o ensino fundamental e valorizar o magistério porém, praticamente não trouxe novos recursos para o sistema educacional brasileiro como um todo, pois somente redistribuiu em âmbito estadual entre o governo estadual e municipal uma parte dos impostos que já eram vinculados a MDE ( Manutenção e Desenvolvimento do Ensino) antes da criação do fundo, com base no número de matrícula no ensino fundamental regular da rede do ensino estadual e municipal. Anísio Teixeira propõe calcular o custo/aluno/ano a partir da definição do salário do professor pois sua preocupação foi a de contar com profissionais "capazes e preparados" o que ocorreria com um salário não inferior a 1,5 salário mínimo regional-vigente a época para uma carga horária de trabalho diário de 6 horas. Desse modo expressa uma preocupação real com a qualidade do ensino sem se preocupar inicialmente com o volume total de recursos a ser aplicados. Porém isso não acontece com o fundef que define o custo/ aluno/ano a partir de um volume de recursos já pré-estabelecidos. (TEIXEIRA, 1956) O Fundeb foi encaminhado como proposta de emenda constitucional ( PEC), de n. 415, pelo governo Federal o congresso nacional em junho de 2005, para substituir o fundef. O fundeb foi de 2007 - 2020, pretende na visão dos proponentes e defensores corrigir as falhas que apontaram no fundef, com a exclusão da educação infantil, EJA e ensino médio e ainda de seus profissionais. Vale ressaltar que, embora a lógica do fundef e do fundeb seja aparentemente democrática ao promover um nivelamento dos recursos por matrícula dentro de cada estado, e portanto uma diminuição da desigualdade entre as redes estaduais e municipais de cada estado, no caso do fundef ela provocou perdas significativas em mais de 2.000 municípios pobres e é provável que o mesmo tem acontecido com fundeb pois a lógica é a mesma. Afinal, o que é o fundeb? É um fundo especial, formado por 27 fundos (26 estaduais e 1 do Distrito Federal) que são compostos basicamente por contribuições dos Estados e dos Municípios. A União complementa os recursos dos Fundos, quando não alcançam um valor capaz de garantir uma educação básica de qualidade mínima. Atua como um mecanismo de redistribuição desses recursos, levando em consideração o tamanho das redes de ensino e, dessa forma, buscando equalizar as oportunidades educacionais do país. Atualmente vigora o novo fundeb, em dezembro de 2020 foi sanssionada a lei que regulamentou o novo fundeb. Uma das maiores modificações é o aumento previsto na complementação da União, um reforço importante para aprimorar a educação básica pública brasileira. A contribuição da União neste novo Fundeb vai aumentar gradativamente até atingir o percentual de 23% dos recursos que formarão o fundo em 2026. Passará de 10%, do modelo atual do Fundeb, vigente até o fim deste ano, para 12% em 2021; em seguida, para 15% em 2022; 17% em 2023; 19% em 2024; 21% em 2025; até alcançar 23% em 2026. A distribuição é realizada com base no número de alunos da educação básica pública, de acordo com dados do último censo escolar, sendo computados os alunos matriculados nos respectivos âmbitos de atuação prioritária, conforme Art. 211 da Constituição Federal (BRASIL, 1988). Ou seja, os municípios recebem os recursos do Fundeb com base no número de alunos da educação infantil e do ensino fundamental, e os estados, com base no número de alunos do ensino fundamental e médio. O valor anual mínimo por aluno Fundeb (VAAF-MIN), definido nacionalmente para o ano de 2023, é de R$ 5.208,46 e o valor anual total mínimo por aluno (VAAT-MIN), também nacionalmente definido, fica estabelecido em R$ 8.180,24. Admais as leis de diretrizes e bases ( LDB n. 9394/1996) vem trazer mais expecificamente de onde vem os recursos destinados a educação, que sao originados na sua maioria dos impostos arecadados da pela união, pelos estados e municipios, receita de transferências constitucionais e outras transferências, receita do salário-educação, que é o valor pago por empresa por cada funcionário que possua carteira assinada, de outras contribuições sociais, receita de incentivos fiscais e também de outros recursos previstos em lei. É deixando bem nítido no ART 70, como poder gasto esse recurso destinados a educação, bem como no ART 71 é posto em que não pode ser investido esse valor.
Apesar de te varias fontes que geram os valores que são investidos na
educação é notório que ainda é insuficiente para atender a toda a demanda de forma eficaz e de qualidade na rede publica de ensino, prova disso é a desvalorização do salario dos profissionais da educação, bem como os movimentos que atual em pro da melhoria e ampliação dos investimentos para um ensino que haja mais qualidade .
Financiamento Público Da Educação Pública, Com Controle Social e Garantia de Condições Adequadas para A Qualidade Social Da Educação, Visando À Democratização Do Acesso e Da Permanência