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Novo Fundeb garante mais recursos da União para a educação


básica brasileira
Escrito por Assessoria de Comunicação Social do FNDE
Quarta, 30 Dezembro 2020 15:04

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Contribuição do governo federal vai subir dos 10% atuais até 23% do valor total do fundo até 2026

Investimentos voltados exclusivamente à educação infantil, reforço no controle social e um incremento


considerável no aporte de recursos da União. Essas são algumas mudanças que serão implementadas no novo
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da
Educação (Fundeb), que começa a valer a partir de 2021.

Transformado em fundo permanente de apoio ao desenvolvimento da educação brasileira pela Emenda


Constitucional n° 108/2020, o novo Fundeb foi regulamentado na última semana, com a sanção da Lei n°
14.113/2020. Uma das maiores modificações é o aumento previsto na complementação da União, um reforço
importante para aprimorar a educação básica pública brasileira.

A contribuição da União neste novo Fundeb vai aumentar gradativamente até atingir o percentual de 23% dos
recursos que formarão o fundo em 2026. Passará de 10%, do modelo atual do Fundeb, vigente até o fim deste
ano, para 12% em 2021; em seguida, para 15% em 2022; 17% em 2023; 19% em 2024; 21% em 2025; até
alcançar 23% em 2026.

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“Com esse aporte maior de recursos do governo federal e uma nova sistemática de distribuição, que vai
alcançar municípios que atualmente não recebem a complementação da União, a expectativa é que possamos
diminuir as desigualdades regionais e melhorar, efetivamente, a qualidade da educação em todo o país”,
afirmou o presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Marcelo Ponte.

Segundo a diretora de Gestão de Fundos e Benefícios do FNDE, Renata d’Aguiar, os valores da


complementação da União vão alcançar um patamar de aproximadamente R$ 36 bilhões em 2026. “Com a
implantação do novo mecanismo de redistribuição, o Fundeb aumentará os recursos de cerca de 1,4 mil
municípios de maior vulnerabilidade no Brasil”, atestou a diretora.

Distribuição - Parte da contribuição da União continuará sendo distribuída como no modelo atual do Fundeb.
São 10 pontos percentuais que seguirão para os estados, e seus respectivos municípios, que não conseguirem
atingir o valor anual mínimo por aluno definido nacionalmente (VAAF).

Outra parte (10,5 pontos percentuais, em 2026) será destinada às redes estaduais e municipais que não
alcançarem o chamado valor anual total por aluno (VAAT), que também levará em conta a distribuição do
VAAF, as receitas próprias vinculadas à educação e a cota estadual e municipal do salário-educação. Com
isso, municípios com menor capacidade de investimento, localizados em estados que atualmente não recebem
a complementação da União, passarão a fazer jus a essa contribuição.

Os restantes 2,5 pontos percentuais, do total de 23% em 2026, serão destinados às redes públicas que
cumprirem condicionalidades de melhoria de gestão e alcançarem evolução em indicadores de atendimento e
de melhoria de aprendizagem, nos termos do sistema nacional de avaliação da educação básica.

Destinação – O novo Fundeb também altera a destinação dos recursos recebidos. A partir do ano que vem,
pelo menos 70% dos valores do Fundeb devem ser investidos no pagamento de profissionais da educação
básica. No atual modelo, o percentual mínimo é de 60% e abarca apenas os profissionais do magistério. O
restante dos recursos deve obrigatoriamente ser alocado em ações de manutenção e desenvolvimento do
ensino.

A educação infantil também será beneficiada no novo Fundeb. Do total de recursos da complementação-
VAAT, 50% precisam ser investidos nessa etapa de ensino. Também com relação à contribuição VAAT, ficou
definido que pelo menos 15% devem ser destinados a investimentos nas respectivas redes de ensino.

Controle – O novo Fundeb também traz um reforço no monitoramento feito pela sociedade, ao ampliar o
número de integrantes dos conselhos de acompanhamento e controle social, os chamados Cacs-Fundeb. Na
esfera federal, serão incluídos dois representantes de organizações da sociedade civil (ONGs).

Nos estados e no Distrito Federal, o respectivo conselho de educação ganha mais uma vaga – atualmente é
apenas um assento – e ainda serão acrescentados dois integrantes de ONGs, um de escolas indígenas e um de
unidades de ensino quilombolas, quando houver. Nos municípios, haverá espaço para um representante do
conselho municipal de educação, dois de ONGs, um de escolas indígenas, um de quilombolas e um de
escolas do campo, sempre que houver.

Os conselhos devem acompanhar toda a execução dos recursos do Fundeb e precisam emitir parecer sobre a
prestação de contas emitidas pelos entes federativos aos respectivos tribunais de contas. Para cumprir suas
atribuições, podem requisitar e examinar documentos sobre licitações, obras e serviços custeados com
recursos do Fundeb, além de dados de folhas de pagamentos de profissionais da educação. Também podem
realizar visitas in loco para vistoriar construções, equipamentos e serviços contratados com valores do fundo.

Adaptação – Nos três primeiros meses de 2021, os aportes da complementação da União ainda serão feitos
com a sistemática do Fundeb atual. A partir de abril, os repasses do governo federal já vão seguir as novas

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regras e haverá ajustes sobre os valores transferidos no primeiro trimestre. As estimativas do Fundeb para o
próximo ano, incluídos os valores previstos da complementação-VAAF, devem ser publicadas até o fim deste
ano. As estimativas sobre a complementação-VAAT devem sair ainda no primeiro semestre de 2021.

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Educação básica

Itens relacionados (por marcador)

2021 (com base na Portaria Interministerial nº 1, de 31/03/2021)


Portaria Interministerial nº 1, de 31 de março de 2021
Portaria Interministerial nº 4, de 30 de dezembro de 2020
Lei nº 14.113, de 25 de dezembro de 2020
Decreto nº 10.655, de 22 de março de 2021

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