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Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

Curso de Licenciatura em Administração Pública

3 º Ano – 2022

Módulo de Administração Autárquica

A Administração Autárquica em Moçambique. Pressupostos para uma efectiva


autonomia Administrativa e Financeira.

Ana Inês Esperança Maida

Lichinga, Agosto de 2022


Ana Inês Esperança Maida

A Administração Autárquica em Moçambique. Pressupostos para uma efectiva


autonomia Administrativa e Financeira.

Lichinga, Agosto 2022


Índice

I. Introdução.................................................................................................................................4

1. A Administração Autárquica em Moçambique.........................................................................5

1.1. Contextualização................................................................................................................5

1.2. Factores de que influenciam no desenvolvimento das autarquias.....................................5

1.2.1. A autonomia administrativa...........................................................................................5

1.2.2. A autonomia normativa..................................................................................................5

1.2.3. A autonomia financeira..................................................................................................6

2. Conclusão...........................................................................................................................6

3. Referencias Bibliograficas.................................................................................................6
I. Introdução

O presente trabalho da cadeira de Administração Autárquica, aborda sobre Administração


Autárquica em Moçambique, no entanto, a partir dos anos 90, debates públicos (seminários
provinciais, workshops provinciais e nacionais) viram o dia sobre o tema “da descentralização e
da autonomia dos órgãos locais do Estado”. Em Maio de 1992, o Governo aprovou o Programa
de Reforma dos Órgãos Locais (PROL) que tinha como objectivo reformar o sistema de
administração local do Estado vigente e a sua transformação em órgãos locais dotados de uma
personalidade jurídica própria distinta da do Estado dotada de uma autonomia administrativa,
financeira e patrimonial.

As autarquias locais são entidades públicas que desenvolvem a sua acção sobre uma parte
definida do território, visando a prossecução de interesses próprios das populações aí residentes.
São dotadas de órgãos representativos próprios.

Tem como objectivos de fazer o estudo de Administração Autárquica; desenvolver as premissas


básicas; Indentificar autonomia administrativa e financeira das autarquias em Moçambique. A
metodologia usada para realização deste trabalho foi a revisão das fontes bibliográficas
consultadas e posteriormente a compilação das informações obtidas.
1. A Administração Autárquica em Moçambique
1.1. Contextualização

A proclamação da independência do país, em 1975, provocou uma ruptura profunda na forma da


organização administrativa herdada do Estado colonial. Contudo, apesar desta ruptura, algumas
das características da administração colonial continuaram a persistir até os nossos dias.
Moçambique herdou uma estrutura administrativa essencialmente baseada no princípio de
centralização que se traduziu, nomeadamente, na centralização do poder de decisão a nível dos
órgãos superiores da administração central. A natureza do regime político alterou-se
substancialmente mas não foi possível, na fase inicial da independência do país, estender este
movimento até ao conjunto das estruturas administrativas do Estado. A necessidade de reforçar a
unidade nacional e a liderança do partido único, além do imperativo de atingir alguns objectivos
sociais, económicos e políticos, aconselhou a manutenção do “centralismo da decisão
administrativa”.

1.2. Factores de que influenciam no desenvolvimento das autarquias


1.2.1. A autonomia administrativa

A autonomia administrativa desdobra-se, por si própria, em dois tipos de autonomia: a autonomia


normativa e a autonomia organizacional.

1.2.2. A autonomia normativa

As autarquias locais dispõem de uma autonomia normativa que se exprime pela sua aptidão em
elaborar os regulamentos livremente aprovados no âmbito material dos próprios interesses da
comunidade. Têm um poder regulamentar e este poder regulamentar é consagrado pela
Constituição (Artigo 278 da Constituição). Por outros termos, no domínio dos seus próprios
interesses, as autarquias locais podem elaborar e aprovar regulamentos cuja aprovação não está
sujeita à autorização do legislador ou do governo. As competências regulamentares que os órgãos
das autarquias locais possuem e que lhes permitem tomar medidas de carácter geral e impessoal,
são atribuídas pelo legislador.
1.2.3. A autonomia financeira

Um dos grandes desafios para que a descentralização seja realmente efectiva, é que as autarquias
locais disponham de recursos que lhes permitam desenvolver o seu programa de actividades em
boas condições. Em outros termos, se as autarquias locais não dispusessem derecursos
suficientes, a sua existência seria apenas uma ficção. Não é suficiente de ter largas competências,
é necessário, também, dispor de meios financeiros próprios, ou seja, criar as condições da
sustentabilidade financeira do exercício dessas competências. Nesta perspectiva, a
descentralização como um todo, é eficiente se as autarquias locais dominarem, verdadeiramente,
as suas finanças.

A descentralizacao porporcionariam um desenvolvimento efectivo na autonomia financeira e na


autonomia administrativa, a atribuicao de responsabilidades ou poder administrativo e financeiro.

2. Conclusão

Após abordagem do presente trabalho conclui-se que o modelo ideal de descentralização


territorial que foi imaginada no fim dos anos 90 em Moçambique foi introduzido numa realidade
“agressiva”: insuficiências de meios materiais e financeiros, exiguidade dos recursos humanos,
nomeadamente, do pessoal bem formado nas novas técnicas da descentralização, infra-estruturas,
a maior parte do tempo, degradadas e/ou em mau estado de funcionamento e dos eleitores na
expectativa de uma mudança radical na gestão dos recursos locais.

3. Referencias Bibliograficas

Cistac, Gilles. (2012). Institucionalização, organização e problemas do poder local: Jornadas De


Direito Municipal Comparado Lusófono. Maputo, Moçambique.

Machava, Danilo de Almeida Fernandes. (2013). Colaboração intermunicipal em Moçambique.


Universidade do Minho. Maputo. Moçambique.

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