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RESUMO.........................................................................................................................................3
1. INTRODUCAO...........................................................................................................................3
1.1.Objectivo Geral..........................................................................................................................4
1.1.1.Objectivos específicos............................................................................................................4
1.2. Metodologia..............................................................................................................................4
2.1. Descentralização.......................................................................................................................5
3. Conclusão..................................................................................................................................12
4. Bibliografia................................................................................................................................13
RESUMO
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1.1.Objectivo Geral
Compreender o Impacto da Descentralização na Implementação das Politicas Públicas em
Moçambique: caso de Gaza (2000-2020).
1.2. Metodologia
Para a elaboração do presente trabalho para além dos conhecimentos práticos que possuímos,
usou-se a pesquisa bibliográfica, onde vamos trazer interpretações sólidas e fundamentadas por
diferentes autores de destaque que debruçaram-se sobre o tema em alusão e também recorreu-se
a pesquisa documental, para recolher informações em diversos relatórios, monografias e teses.
Quanto aos objectivos baseou-se na pesquisa explicativa, visto que a partir dos dados adquiridos
com base nas técnicas de recolha de dados far-se-á a descrição desses e seguidamente a sua
explicação minuciosa sobre os impactos da descentralização na implementação das Políticas
Públicas de Moçambique de 2000-2020.
Quanto à forma de abordagem a pesquisa baseou-se na pesquisa qualitativa, porque esta não se
preocupa com representatividade numérica, mas, sim, com o aprofundamento da compreensão
das teorias políticas públicas;
Método bibliográfico - Consistiu na consulta de obras que versam sobre o tema em estudo de
modo a se obter numa primeira fase os aspectos teóricos que nortearam a pesquisa durante o
decurso, e que posteriormente deram a sustentabilidade do trabalho.
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2. Impacto da Descentralização na Implementação das Politicas Públicas em Moçambique:
caso de Gaza
LOWI apud REZENDE (2004), num sentido mais restrito, considera que o termo “políticas
públicas” corresponde a uma regra formulada por alguma autoridade governamental que
expressa uma intenção de influenciar, alterar, regular, o comportamento individual ou colectivo
através do uso de sanções positivas e negativas.
Neste sentido, políticas públicas são entendidas como a materialização das intenções do Estado
para atingir objectivos colectivos, através de programas governamentais, tais como combate a
pobreza, a criação de novos impostos, reformas administrativas, etc (REZENDE, 2004).
2.1. Descentralização
Citando MAZULA (1998) FARIA & CHICHAVA (1999) definem descentralização como sendo
a criação de entidades autónomas distintas do Estado, paralelas a ele. Desaparece a hierarquia
administrativa, surge um relacionamento entre pessoas jurídicas diferentes, com atribuições e
responsabilidades juridicamente definidas pela lei. No entanto, o estudo assegura-se nos autores
tais como WEIMER (1998), MAZULA (1998), GUAMBE (1998).
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2.1.1. Importância da descentralização
O autor conclui que o modelo ideal de descentralização territorial que foi imaginado no fim dos
anos 90 em Moçambique foi introduzido numa realidade “agressiva”: insuficiências de meios
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materiais e financeiros, exiguidade dos recursos humanos, nomeadamente, do pessoal bem
formado nas novas técnicas da descentralização, infra-estruturas, a maior parte do tempo,
degradadas e/ou em mau estado de funcionamento e dos eleitores na expectativa de uma
mudança radical na gestão dos recursos locais.
Contudo, as autarquias locais souberam fazer face a essas dificuldades com mais ou menos
sucesso e a imensa maioria dos cidadãos moçambicanos reconhece a sua utilidade. A
descentralização é, por natureza, um processo e, como qualquer processo social desenvolve um
papel importante na estruturação progressiva da sua dinâmica. O processo de descentralização é
ainda jovem em Moçambique e terá ainda necessidade do apoio do Estado. O Estado deve medir
os efeitos da descentralização processo que ele próprio compreende e está consciente do grande
potencial criativo que este processo pode gerar.
VIEIRA (2004) assume que descentralização surge da abertura das fronteiras aos diferentes
fluxos onde ia se diminuindo o controlo dos Estados, que se tornaram fracos, e gerou a
emergência de protagonismos locais que, no seu conjunto, envolveram um processo de
redefinição das relações entre o centro e a periferia das diferentes regiões, países, ou zonas
inteiras, que tendiam a ser excluídas da nova economia. Os Estados perderam o papel autoritário
e interventor que detinham nos destinos e rumos das políticas nacionais para passarem a ter voz
as diferentes dimensões locais, que podem ir desde um micro espaço até uma região. Pelo que se
percebe a descentralização como mecanismo reduzir as distâncias entre o topo e a base, dando-se
assim a autonomia dos órgãos locais.
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Vários são os exemplos da descentralização, dos quais destaca-se o Fundo de Desenvolvimento
Distrital (FDD) alocado aos distritos para promoverem o seu próprio desenvolvimento. Na sua
última sessão, a assembleia da Republica, o parlamento Moçambicano, aprovou a criação de três
novos distritos na província de Gaza, nomeadamente Limpopo, Chongoene e Mapai. (PORTAL
DO GOVERNO, 2015).
O Estado moçambicano está a reestruturar-se segundo uma lógica de descentralizar poderes para
os níveis local e autárquico (…). Assim, “pensa-se que uma das formas de reconhecer a
diferenciação entre indivíduos e grupos sócio-culturais de Moçambique seria conferir maior grau
de autonomia aos órgãos locais de decisão. A gestão das escolas não poderia continuar a ser uma
ilha no meio deste processo de descentralização” (CASTIANO, 2005:49).
Para gerir as mudanças foi criado o Gabinete de Gestão de Mudanças, definindo-se como
objectivos principais da modernização: (a) a melhoria da eficiência e qualidade de serviços, (b) a
adequação da estrutura do MINED aos recursos humanos, (c) a optimização dos mecanismos de
articulação e controle e tornar a circulação da informação mais efectiva por meio dos sistemas
tecnológicos modernos. Contudo, o relatório apresenta como visão “Garantir e promover um
sistema educativo que responda às necessidades e expectativas dos moçambicanos e seja
consistente com as exigências da sociedade moçambicana” (MINED, 2003:8).
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E quanto aos objectivos, reafirma alguns como: (a) aumentar as oportunidades educativas a todos
os moçambicanos em particular às mulheres, (b) melhorar a qualidade da educação e (c) porém,
em parte redefinido o terceiro eixo que fica assim: desenvolver um quadro institucional e
financeiro sustentável (MINED, 2003).
Nota-se que, nos últimos anos, tem-se transferido gradualmente os poderes relativos à gestão e
processos administrativos referentes à EB aos municípios passando esta a ser tutelada pelos
mesmos. Todavia, a que reconhecer como sustenta MAINARDES (2006), que relação fazem os
profissionais que actuam no contexto da prática dos textos da política e a prática. Uma vez que
este processo envolve resistência, acomodações, subterfúgios e conformismo dentro e entre as
arenas da prática, o delineamento de conflitos e disparidades entre os discursos nessas arenas.
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também ainda persistem práticas e atitudes centralizadoras, facto que afecta significativamente o
espaço de decisão.
Relativamente às despesas na saúde em Moçambique, por exemplo, mostra que a afectação dos
recursos financeiros no sector contínua sendo numa lógica bastante centralizada, na medida em
que “ao longo dos últimos sete anos, o nível central controlou, em média, 61 por cento dos
recursos do sector, enquanto o nível provincial controlou 31 por cento e o nível distrital 8 por
cento.
Esta lógica de incoerência nas despesas, que contraria o discurso da descentralização, existe
praticamente em todos os sectores, reproduzindo, assim, o que acontece com o Orçamento Geral
do Estado (OGE), onde mais de 60% de recursos financeiros são gastos a nível central, 20% a
nível provincial e menos de 15% a nível distrital.
Os gestores do sector a nível local, particularmente nos distritos (SDSMAS), reclamam que os
recursos financeiros disponibilizados ficam muito aquém das actividades planificadas. Além
disso, os fundos provenientes do Orçamento Geral do Estado (OGE), muitas vezes chegam ao
distrito tardiamente, facto que obriga o sector a recorrer a fundos dos parceiros (caso haja) a
operar no distrito.
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3. Conclusão
Gaza tem vindo a implementar reformas de descentralização num modelo que combina, ao
mesmo tempo, a descentralização política (devolução), através do processo da municipalização e
a descentralização administrativa (desconcentração), consubstanciada na transferência de
funções e competências para os níveis inferiores do Estado, nomeadamente províncias e distritos.
Nesta pesquisa, a descentralização no sector da saúde foi analisada tendo em conta
essencialmente a descentralização administrativa (desconcentração), uma vez que a transferência
de funções e competências para os municípios, na área de saúde, ainda não se efectivou.
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4. Bibliografia
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