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I – INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 1
1.2 Objectivos
Geral:
Específicos:
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II – DESCENTRALIZAÇÃO DO SISTEMA DE SAÚDE
2.1 – Conceito
Descentralização – é o processo de transferência de responsabilidades de gestão para os
municípios, atendendo às determinações constitucionais e legais que embasam o SUS,
definidor de atribuições comuns e competências específicas à União, aos estados, ao
Distrito Federal e aos municípios
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alteraram o funcionamento das instituições federativas brasileiras, sendo uma dessas
alterações o fortalecimento dos municípios no sistema político nacional, que são então
transformados em entes federativos com o mesmo status jurídico-constitucional dos
Estados e da União. Agora os governos locais são igualmente responsáveis por grande
parte das políticas públicas, definidas como competências comuns aos três entes . Entre
1980 e 2001 foram instalados 1.570 municípios no País.
A partir desse terceiro ciclo, pode- se dizer que houve um enfraquecimento do pacto
nacional a favor do SUS. Os resultados da descentralização brasileira na saúde são
contraditórios e altamente dependentes das condições prévias locais. O quarto ciclo
ocorre no período entre o ano 2001 e 2005. Começa com a edição da Norma Operacional
de Assistência à Saúde, que enfatizou o processo de regionalização do SUS como
estratégia fundamental para o avanço da descentralização e ampliação do acesso às ações
e serviços de saúde.
No último ciclo, do ano 2006 ao 2010, são lançados os Pactos pela Saúde que trazem com
si uma nova concepção de regionalização em que se admite que a organização espacial
do sistema de saúde deva levar em conta diversidade do território brasileiro e buscar a
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complementariedade entre as regiões (fortalecimento da pactuação política entre os entes
federados e na diversidade econômica, cultural e social para a redefinição das “regiões de
saúde”).
2.4 – A regionalização
A fortaleza desta estratégia se encontra no fato que os municípios estão informados por
ideologias e experiências diversas e em que fomentar o poder decisório de cada uma de
estas entidades promove a democratização e incorpora novos atores sociais, melhorando
a eficiência das medidas tomadas e os mecanismos de accountability nas políticas
públicas. Com a aplicação deste princípio se respeita o desenho federativo do Brasil e se
atende aos interesses territoriais da nação. A regionalização requer, então, que seja
transferida a responsabilidade aos municípios pela saúde de sua população, como também
os recursos para exercer as funções de controle, planejamento, coordenação, etc. Para que
a descentralização leve à concretização do direito constitucional à saúde os gestores
estaduais e da União devem coordenar esses sistemas municipais. Assim, o SUS
empreenderá numa direção única.
Com a lei 8080 de 1990, os municípios foram os que converteram-se nos responsáveis
pela execução de políticas públicas. Eles são os mais próximos às pessoas, à comunidade.
Assim, os outros dois entes se preponderantemente no planejamento e financiamento das
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políticas públicas (SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE). Um dos desafios que o princípio da
descentralização enfrenta é que a maioria dos municípios brasileiros não tem arrecadação
própria significativa e depende das transferências intergovernamentais de recursos, com
limitada capacidade de aumentar seu grau de autonomia política e financeira a partir do
processo de descentralização.
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e
hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes
diretrizes:
Participação da comunidade.
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O objetivo em se delinear política pública de planejamento na área de saúde é tentar
incluir o máximo de pessoas possíveis para usufruir dos serviços prestados pelo Estado.
Por isso, busca-se as principais mazelas que atacam a população, a fim de se distribuir o
orçamento de forma mais equânime e ampla possível.
"Os julgamentos aqui apontados como paradigmáticos são reconhecidos como tal
pelo próprio STF e lhe servem de base, sem, contudo, assumirem a condição
técnica processual de precedente, que vincularia decisões futuras. Mas, na prática,
esses julgados paradigmáticos acabam por assumir tal condição na medida em que
são sempre referidos como fundamentação das decisões que se seguem a eles".
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2.7 – Sistema nacional de Saúde Angolano (SNS)
Evolução Histórica do SNS
Na segunda fase do período pós independência, a primeira parte deste é caracterizada pelo
recrudescimento do conflito armado (guerra civil), reformas políticas, administrativas e
económicas que tiveram de certa maneira, um impacto negativo sobre o Sistema Nacional
de Saúde, tais como: a destruição e redução drástica da rede sanitária.
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Neste período, regista-se um aumento significativo dos recursos financeiros do Estado
alocados ao sector da saúde1.
Estima-se que cerca de 30% a 40% da população tem acesso aos serviços de saúde. A
prestação de cuidados de saúde é feita pelos sectores público, privado e da medicina
tradicional.
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Ministério da Saúde: Angola - Despesas Públicas no Sector da Saúde 2000-2007, Luanda,
Março de 2007. Política Nacional de Saúde - 5º Esboço – 20 de Março de 2009- Ministério da
saúde de Angola
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2.8.2 – Sector Público
O sector público inclui o Serviço Nacional de Saúde2 (SNS), os serviços de saúde das
Forças Armadas Angolanas (FAA) e do Ministério do Interior, bem como de empresas
públicas, tais como a SONANGOL, ENDIAMA e, etc.
O sector público permanece como o principal prestador dos cuidados de saúde ao nível
nacional. O SNS e os outros serviços do sector público, partilham as mesmas dificuldades
resultando na prestação de cuidados da saúde sem a qualidade desejada na maioria dos
casos.
2
Serviço Nacional de Saúde: Conjunto de Instituição de Saúde sob a Tutela do Ministério da
Saúde. Política Nacional de Saúde – 5º Esboço, 20 de Março de 2009.
3
MINSA: Primeira Conferência Nacional sobre o Financiamento da Saúde em Angola, Luanda,
29-30 de Maio de 2006: Idem
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2.8.4 – Sector da Medicina Tradicional
A medicina tradicional encontra-se num estado de organização ainda incipiente. Embora
sem número conhecido de pacientes, que recorrem a este sector, há evidências que
revelam que muitos utentes4 recorrem à medicina tradicional e por vezes simultaneamente
à medicina ocidental assim como à medicina chinesa ou asiática.
4
OMS/AFRO: Estratégia para a Medicina Tradicional na Região Africana, cerca de 80% de
Africanos Recorrem a Medicina Tradicional - Política Nacional de Saúde – 5º Esboço, 20 de
Março de 2009- Ministério da Saúde de Angola
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III – CONSIDERAÇÕES FINAIS
Chegamos a concluir que, A descentralização do SUS é o processo pelo qual as atividades de uma
organização, particularmente aquelas relativas ao planejamento e à tomada de decisões, são
distribuídas e transferida fora de um poder centralizado e autoritário.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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