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UNIFCT
Docente: Carmen Liêta Ressurreição dos Santos
Disciplina: Políticas de Saúde
Semestre:2020.2
Conteúdo: SUS: princípios e diretrizes, base legal e organização

RESUMO EXPANDIDO 2

Nesta aula abordaremos o Sistema Único de Saúde (SUS): princípios e diretrizes,


base legal e organização. Assim, poderemos fazer a correlação entre o arcabouço
jurídico constitucional e o funcionamento do SUS em todo território nacional.
Reconhecido como um dos maiores sistemas público de saúde do mundo,
podemos afirmar que o SUS é um patrimônio do povo brasileiro e como tal faz-se
necessário que que todo cidadão brasileiro o conheça para que se sinta compartícipe do
seu processo de consolidação com vistas a produção do cuidado humano, animal e a sua
interface com o meio ambiente.
De acordo com a Constituição Federal de 1988, a saúde é “direito de todos e dever
do Estado, garantida mediante políticas sociais e econômicas que visam à redução do
risco de doença e de outros agravos e possibilitando o acesso universal e igualitário às
ações e serviços para promoção, proteção e recuperação” (BRASIL, 2015). A partir
dessa definição, temos as bases legais para a criação do SUS, que tem a Constituição
Federal e as Leis nº 8.080 e nº 8.142, ambas de 1990, como sua base jurídica, (BRASIL,
1990).
Ainda de acordo com a Constituição Federal, no Art. 198, “As ações e serviços
públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um
sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: I - descentralização,
com direção única em cada esfera de governo; II - atendimento integral, com prioridade
para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; III - participação
da comunidade. (BRASIL, 1988).”
A Lei nº 8.080, reconhecida como Lei Orgânica da Saúde, dispõe acerca das
condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, organização e
funcionamento dos serviços correspondentes, mostrando, de forma clara, os objetivos
do SUS, suas competências e atribuições, assim como as funções da União, dos Estados
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e dos Municípios (BRASIL, 1990). Já a Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990,


dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do SUS e sobre as transferências
intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde (BRASIL, 1990). Cumpre
salientar que a regulamentação a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, só acontece
21 anos após a sua edição e se dá através do Decreto 7.508, de 28 de junho de 2011,
tendo como finalidade garantir maior segurança jurídica na fixação das
responsabilidades dos entes federativos.
A complexidade do SUS exige cada vez mais instrumentos norteadores que
assegurem a sua implantação. Com relação a isso, o Ministério da Saúde passou a editar
as Normas Operacionais Básicas (NOB) 91, 93 e 96 e as Normas Operacionais de
Assistência à Saúde (NOAS) que contribuíram no processo de descentralização, uma
vez que as mesmas definiram competências, responsabilidades e condições necessárias
para que estados e municípios pudessem assumir as condições de gestão no SUS.
Os desafios para a consolidação do SUS levaram à necessidade de novos
mecanismos como o estabelecimento do Pacto pela Saúde, a Regionalização solidária e
cooperativa, a Política Nacional de Humanização. Vale desatacar a concentração de
esforços, nos anos de 2011 a 2013, na implantação das redes temáticas de Atenção à
Saúde, definida na Portaria n. 4.279, de 30 de dezembro de 2010, que busca incrementar
o desempenho do Sistema, em termos de acesso, equidade, eficácia clínica, sanitária e
eficiência econômica (BRASIL, 2010).
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REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei n. 8080 de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a


promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos
serviços correspondentes e dá outras providências. Brasília. 1990.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria 4.279, de 30 de setembro de 2010. Estabelece


diretrizes para a organização da Rede de Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único
de Saúde (SUS). Brasília, 2010.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. 35ª ed. Brasília,


2015.

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