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Código: 708194910
A Gestão Documental como principal factor para um arquivo eficaz e eficiente. Caso de
estudo: Conservatória de Registo Civil de Nicoadala -2020-2022
Código: 708194910
1.1 Contextualização
Documento é toda a informação registada em um suporte material (papel, fita, disco óptico)
utilizada para consulta, estudo, prova, pesquisa, pois comprova factos, fenómenos, formas de
vida e pensamentos do homem numa determinada época.
Esta pesquisa tem como tema: A Gestão Documental como principal factor para um arquivo
eficaz e eficiente. Caso de estudo da Conservatória do Registo e Notariado de Nicoadala.
Espera-se que este trabalho possibilite uma transformação nas perspectivas sobre esse assunto
e para futuras consultas, em relação à temática; discutir com maior ênfase a esta temática,
dando atenção a preservação e conservação dos documentos, sejam na Conservatória do
Registo e Notariado de Nicoadala assim como, noutras instituições.
Para a realização do estudo, será realizado uma pesquisa do campo, a pesquisa será ainda
desenvolvida através de uma abordagem quantitativa, usando dados recolhidos junto aos
funcionários e outros intervenientes, de forma descritiva que, visa descrever as características
de determinada população ou fenómeno, ou estabelecimento em estudo. Ora, esta a pesquisa
apresenta a seguinte estrutura:
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CAPÍTULO II
A presente pesquisa tem como tema: Actividade de Gestão Documental como principal factor
para um arquivo eficaz e eficiente. É um estudo de caso da Conservatória de Registo Civil de
Nicoadala, Zambézia, no período compreendido entre 2020 à 2022.
Este tema enquadra-se na cadeira curricular do curso Administração Pública, na cadeira
Gestão Documental. Visto que, a finalidade do estudo desta temática, é contribuir na
actividade documental, olhando no seu papel na gestão e arquivo dos documentos de qualquer
organização organizada.
1.3 Problematização
O documento é produto de uma vontade de informar ou a de se informar, sendo a segunda
sempre necessária. Isto porque, segundo ele, se o desejo de fornecer informações não
encontrar uma resposta no receptor, a informação permanece virtual, e o objecto em questão
ainda não é um documento. Assim, foi lavrado o seguinte problema:
1.4 Hipóteses
Num trabalho científico é inquestionável a presença de hipóteses, porque se trata de uma
suposição ou possível resposta previamente antecipada. Trata-se de uma afirmação pré-
formulada pelo autor do que ele pensa a respeito do problema colocado em consonância com
os objectivos definidos.
De acordo com Mangrasse (2004) “a hipótese deve estar mais ajustada aos objectivos
formulados e ao problema de investigação” (p. 29). Desta feita, entende-se que um trabalho de
pesquisa científica deve haver uma relação de interdependência entre o problema colocado
com os objectivos e hipóteses formuladas.
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1.5 Justificativa e Relevância de Estudo
É imperioso versar sobre a Gestão Documental como principal factor para um arquivo eficaz
e eficiente uma vez que, os arquivos possuem a missão de disseminar a informação para as
pessoas que dela necessitam para uma tomada de decisão, facilitando a relação entre o
indivíduo e a informação.
Portanto, a gestão dos arquivos na fase corrente facilita o trabalho dos administradores e
garante a todos que utilizam as informações maior rapidez e funcionalidade na resolução das
questões relativas aos deveres e direitos de seus usuários.
A nível cientifico este estudo fornece bases ou pressupostos teóricos e práticos para que a
Gestão Documental seja o principal factor para um arquivo eficaz e eficiente dado que, a
preservação e conservação de documentos, o espaço físico, devendo apresentar algumas
características que visem o conforto humano na sua busca.
1.6.1 Geral
1.6.2 Específicos
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2 CAPÍTULO II: REVISÃO DA LITERATURA
2.1 Documento
Conforme as citações acima apresentadas, pode-se concluir que documento é toda informação
registada em um suporte material (papel, fita, disco óptico) utilizada para consulta, estudo,
prova, pesquisa, pois comprova factos, fenómenos, formas de vida e pensamentos do homem
numa determinada época.
Chiavenato (2003), considera informação o conhecimento disponível para uso imediato que
permite orientar a acção, ou reduzir a margem de incerteza que cerca as decisões quotidianas.
Segundo Meyriat (1981), a definição de documento opera por meio de duas noções conjuntas
e inseparáveis uma da outra: uma de natureza material (o objecto que serve de suporte), e
outra conceitual (o conteúdo da comunicação, ou seja, a informação).
Por este raciocínio, o autor discorre sobre duas categorias de documentos, as quais não têm
relação com os objectos em si, mas com sua condição informacional, que é sempre
situacional, temporal.
Meyriat (1981, p. 54) afirma que o documento é produto de uma vontade de informar ou a de
se informar, sendo a segunda sempre necessária. Isto porque, segundo ele, se o desejo de
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fornecer informações não encontrar uma resposta no receptor, a informação permanece
virtual, e o objecto em questão ainda não é um documento.
Segundo o autor, o documento por intenção é aquele especialmente produzido para veicular a
informação, de tal modo que, se o autor produz um livro ou um artigo, o documentalista
legítima este livro ou artigo como documento, inserindo-o em processos de circulação, por
meio de actividades que se articulam às de outros grupos, como editores e livreiros (2006, p.
12).
Os documentos que circulam entre os diferentes sectores de uma empresa devem ser
devidamente registradas e organizados para que, posteriormente, possam ser recuperados por
qualquer pessoa, pois são de extrema importância para que sejam tomadas as decisões.
Cada vez mais empresas necessitam que seus documentos sejam encontrados de maneira
rápida e eficiente. Para isso, é necessário que os documentos estejam arquivados ou
armazenados, bem como fazendo o ciclo vital dos documentos: corrente, intermediário e
permanente.
Como destaca Fantini (2001) “Muitos documentos são arquivados de forma aleatória, sem
uma estrutura que facilite a sua localização, quando se fizer necessário.”(p.23)
Ademais, Pazin (2005) afirma que, não existem normas, mas lista alguns documentos,
classificando-os em:
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Documentos de direcção: os produzidos pela alta direcção que definem os rumos e a
trajectória da instituição, como o planejamento estratégico, organograma, relatórios,
políticas e normas, etc.
De acordo com o SNAE (2007), (i) a fase ou o arquivo corrente é constituída por conjunto de
documentos em curso ou que, mesmo sem movimentação constituem objecto de consulta
frequente pela entidade que os produziu e a quem compete a sua administração; (ii) no
arquivo intermediário encontra-se conjunto de documentos pouco frequente, que aguardam
destino final em depósito de armazenamento temporário e por último; (iii) O arquivo
permanente é constituído por conjunto de documentos que já cumpriram as finalidades de sua
criação, conservados e preservado sem virtude do seu valor histórico, probatório e
informativo para o estado e para o cidadão, com carácter definitivo, em função do seu valor
secundário.
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Quanto aos desafios da arquivologia frente à tecnologia da informação, é necessário, em uma
revisão de literatura, retratar as considerações de alguns representantes da classe arquivística,
autores de renome internacional, quanto à aplicabilidade de recursos tecnológicos na gestão
de documentos e informação.
Segundo Jardim (1992) na era da informação o século XXI, a humanidade resgata do fundo
do baú alguns “conceitos, símbolos e sentimentos do chamado fim do século”, em um
momento que precisamos de uma ruptura de forças do industrial para o tecnológico: é a
chamada era da informação.
É interessante observar que até pouco tempo, como relata Roszok (1988) “pensava-se em
informação como um lubrificante que auxiliava na produção de mercadorias ou talvez a
conclusão de serviço como o diagnóstico de um médico ou o parecer de um advogado,
actualmente a informação é livremente chamada de produto, recurso, capital, moeda”.
O arquivista precisa ter uma boa formação, para transmitir à sociedade os resultados
esperados, dando resultado ao empresário, lucra para sua empresa, de forma que as
informações desta sejam organizadas, recuperadas e disseminadas.
Nesse sentido, a organização dos documentos de arquivos deve ser feita a partir de um
método de arquivamento a ser definido. Para isso, devemos levar em conta a estrutura da
empresa, as suas funções e não menos importante a natureza dos seus documentos.
Até 1940, a tradição arquivística clássica considerava 2 (duas) idades de um arquivo, sendo
elas administrativas e histórica, ou seja, não havia nenhuma fase de transição. Depois da
Segunda Guerra Mundial, houve uma avalanche de documentos técnicos/científicos, surgindo,
assim, a necessidade de fazer uma avaliação documental, quando nasceu a segunda idade. Já
nos dias de hoje, foi reconhecida a necessidade desta.
Actualmente, os arquivos passam por três estágios distintos de arquivamento, de acordo com
o uso que se faz dos documentos: o primeiro estágio denomina-se corrente; o segundo,
intermediário; e o terceiro, permanente. Isso ficou conhecido como a teoria das três idades.
Foi com a teoria das três idades que surgiu o modelo sistémico de
organização de arquivos, no qual os documentos são controlados desde a sua
produção (fase corrente) até a sua destinação final que pode ser a eliminação
ou a guarda definitiva (fase permanente).
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A fase intermediária surgiu apenas como um estágio mediador entre as fases corrente e a
permanente (p.32).
Pois, arquivos correntes são os arquivos cujos documentos são recentes, isto é, de utilização
constante para as administrações, devendo, portanto, fornecer a informação de uma forma
rápida e precisa.
Já levando em conta a ideia abordada por Carmo (2003), a gestão dos arquivos na fase
corrente facilita o trabalho dos administradores e garante a todos que utilizam as informações
maior rapidez e funcionalidade na resolução das questões relativas aos deveres e direitos dos
seus usuários.
Por ser pouco utilizado pela administração da empresa, o arquivo intermediário não necessita
estar localizado muito próximo à organização; pode localizar-se num lugar mais afastado e de
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manutenção barata, pois é nesse depósito que os documentos deverão aguardar o seu
recolhimento ao arquivo de terceira idade, ou aguardarem eliminação.
Segundo Pereira (2005) admite que, uma política de preservação e conservação deve fazer
menção não só questões relacionadas com a identificação do agente responsável pela
deterioração dos documentos, o controlo e monitorização das condições ambientais dos
depósitos de documentos de arquivo, acondicionamento, equipamentos de depósito, segurança
das instalações, mas também, identificarem os documentos a serem preservados, as formas de
consulta e reprodução, boas práticas no transporte desses documentos, quer pelos usuários, e
controlo de desastre, bem como a gestão do próprio programa de preservação e conservação
dos documentos de arquivo ao nível de instituição.
Ainda o mesmo autor salienta que, a deterioração dos acervos de arquivos leva os documentos
a um estado de instabilidade física ou química, com comprometimento da sua integridade e
existência.
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Para os autores, a implantação do centro de preservação e conservação de documentos, o
espaço físico, deve apresentar algumas características que visem o conforto humano e o
trânsito da equipa que for designada e preparada para trabalhar neste ambiente, como também
que seja possível a criação de um layout compatível com os objectivos a que se propõe este
espaço.
Referindo-se à legislação da área de arquivos instituída em Moçambique pelo menos até o ano
de 2000, Nharreluga (2006) afirma que a mesma teria sido marcadamente periférica na sua
concepção, permanecendo durante todo o período da sua vigência a enfrentar dificuldades
para a sua implementação.
Sem estrutura de arquivos que compreenda uma autoridade nacional dotada de conhecimento
arquivístico e de todo o tipo de recursos e meios necessários à governança arquivística em
nível nacional torna-se impossível viabilizar a gestão de documentos apenas na base de
instrumentos, cujo processo de elaboração também não seguiu parâmetros dignos de
recomendação arquivística
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3 CAPÍTULO III – METODOLOGIA DE PESQUISA
Para obtenção dos resultados esperados, a pesquisa científica, em todas fases exige a
combinação sistemática de acções e de processos ou operações mentais. Assim, na solução do
problema de pesquisa foi indispensável o uso dos seguintes percursos metodológicos:
Esta pesquisa é exploratória, pois, Selltiz et al. (1965) enquadram-se na categoria dos estudos
exploratórios todos aqueles que buscam descobrir ideias e intuições, na tentativa de adquirir
maior familiaridade com o fenómeno pesquisado (p.21).
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3.2 Quanto as fontes de informação ou procedimentos técnicos
Nestes moldes, a pesquisa de campo a ser realizado permitirá colecta dados ou infirmações
eficaz e eficiente acerca do conteúdo a ser pesquisado ou explorado, neste caso, a gestão
documental da Conservatória do Registo e Notariado de Nicoadala, se é ou não o principal
factor para um arquivo eficaz e eficiente olhando pela magnitude das informações ou dados a
serem registados pelos técnicos desta instituição.
A colecta de dados foi feita através da entrevista dirigida aos membros de direcção da escola.
A entrevista é uma técnica efectuada face a face, de maneira metódica, a partir da qual o
investigador obtém verbalmente do informante a informação necessária para a pesquisa. Para
o presente caso, a entrevista será aplicada aos conservadores ou técnicos da Conservatória do
Registo e Notariado de Nicoadala.
3.4 Universo
Para Lakatos e Marconi (2007), “o universo de uma pesquisa é constituído por seres animados
ou inanimados que apresentam pelo menos uma característica em comum e amostra é parte
desses seres “ (p.112).
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Trata-se do conjunto de todos os elementos que podem oferecer informação relativa ao estudo
em causa. Todavia, para a presente pesquisa, contará com um universo de 10 elementos, ou
seja, os funcionários da Conservatória dos Registo e Notariado de Nicoadala. Destes, uma
(01) Conservadora, um (01) Assistente Técnico Superior N 1 e oito (08) técnicos de diferentes
categorias desta instituição.
3.4.1 Amostra
De acordo com Vergara (2010), amostra ou população amostra, é uma parte do universo
escolhida segundo algum critério de representatividade. Assim, a amostra objectiva extrair um
subconjunto da população que é representativo nas principais áreas de interesse da pesquisa.
Neste contexto, será extraído um meio (½) do universo. Onde será obtida a seguinte operação:
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=5. Assim, o estudo contará com 5 elementos como amostra.
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4 Referências bibliográficas
Carmo, A. L. (2003). A situação dos arquivos montados nos setores de trabalho: principais
problemas e possíveis soluções. Cenário Arquivístico, Brasília, v.2, n.1, p. 46- 5.
Gil, A. C. (2007). Métodos e técnicas de pesquisa social, (6ªed.) São Paulo, Brasil: Atlas.
Lakatos, E.M. e Marconi, M.A. (2007), Metodologia de Trabalho Científico, Brasil, São
Paulo
Paes, M. L. (1997). Fundação Getúlio Vargas. Arquivo: teoria e prática. (3ªed.) rev., ampl.
Rio de Janeiro: Ed. da Fundação Getúlio Vargas.
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