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Autor:
Ricardo Campanario
Aula 10
3 de Janeiro de 2021
Ricardo Campanario
Aula 10
Sumário
4 - SIGAD .................................................................................................................................................... 19
5 - e-ARQ .................................................................................................................................................... 23
5.3 - Requisitos....................................................................................................................................... 26
6 - Microfilmagem ..................................................................................................................................... 35
6.1 - Introdução...................................................................................................................................... 35
Gabarito .......................................................................................................................................................... 81
Resumo ........................................................................................................................................................... 82
1 - Considerações Iniciais
Como já tinha antecipado em nosso último encontro, hoje entramos em um novo "módulo" de nosso
curso.
Na aula passada completamos o estudo das três idades documentais, finalizando tudo o que tínhamos
que estudar a respeito dos arquivos corrente, intermediário e permanente.
A partir de agora entramos em um novo assunto, a Gestão Arquivística Digital, veja abaixo:
Um ponto muito importante que é bom ficar claro desde já é que o documento, mesmo em formato
eletrônico, continua recebendo toda a atenção e continua sendo submetido basicamente a todos os mesmos
rituais e procedimentos que estudamos até agora.
A grande diferença é que o processo digital é muito mais simples, mais rápido e mais barato, mas as
ferramentas de gestão e de controle que estudamos até agora continuam existindo!
Não é porque o documento a partir de agora deixa de ser de papel e se torna virtual que tudo muda
radicalmente!
Enfim, o ponto é que, embora tenhamos acabado de dizer que tínhamos esgotado tudo o que
deveríamos estudar em relação as idades documentais, a verdade é que os documentos digitais trafegam
novamente por cada uma das idades.
O que vamos entender hoje é quais são esses sistemas que permitem que possamos ter segurança,
confiança e ainda mais eficiência no trâmite de documentos que não conseguimos manusear fisicamente!
Falaremos inicialmente do que são os tais documentos digitais e, em seguida, passaremos a estudar
os sistemas que os recebem nesse formato, sobretudo o GED, o SIGAD (e as diferenças entre eles) e o e-ARQ,
modelo de requisitos do Conarq para todos os sistemas informatizados de gestão arquivística.
Neste ponto da aula veremos como praticar algumas ações que estávamos acostumados a ver e
implementar para os documentos físicos, como o armazenamento, a preservação e medidas de segurança.
Por fim falaremos um pouco da microfilmagem que é um tema bastante explorado em prova e, como
sempre, ao final da aula trarei mais termos do DBTA, relacionados a aula, para debatermos e reforçarmos
alguns conceitos, além de tocar em pequenos pontos que, eventualmente, não tenham sido enfatizados ao
longo da aula.
Relembro que ao longo da aula usaremos conceitos teóricos de estudiosos do tema, seguidos de
explicações e exemplos e, ao final das discussões, geralmente teremos questões específicas sobre o assunto
tratado, ajudando no entendimento e na fixação dos conceitos.
Tento sempre trazer as questões mais recentes disponíveis, mas, às vezes, por razões pedagógicas, é
necessário usar questões um pouco mais antigas para ilustrar alguns pontos específicos ou chamar atenção
de algum conteúdo ou formato de cobrança da banca, especialmente aqueles de maior incidência.
Vamos em frente!
Instagram: https://www.instagram.com/ricardocampanario
2 - Documentos Eletrônicos
DOCUMENTO
SUPORTE /
INFORMAÇÃO
FORMATO
Atenção para não se confundir com a definição de documento eletrônico, que é um gênero
documental, ok? Está diretamente ligado ao tema de classificação dos documentos mas, aqui, estamos
falando dos documentos digitais, que fazem parte do gênero documentos eletrônicos.
Note que os documentos digitais fazem parte do gênero documento eletrônico, ao lado de outros
documentos como disquetes, cartões, etc.
Bem, dentro desse contexto, quando falamos de documentos digitais, ao invés de falarmos de dois
componentes (como estávamos acostumados para os documentos "comuns"), precisamos falar de três: a
mesma informação (que já existe no documento tradicional), o hardware e o software.
Documento
Digital
Informação
Hardware Software
(bits + suporte)
O Software é o sistema específico que, funcionando com base nas capacidades físicas do hardware
permite o registro, recuperação e utilização das informações contidas no suporte (as informações não são
parte do software).
Bem, indo adiante, é muito comum vermos as pessoas falando que o documento digital é muito
melhor, mais simples e etc. É bom sabermos que ele tem vantagens e desvantagens em relação ao
documento tradicional ou físico. Embora tenha muitos benefícios, às vezes ele nos traz dificuldades que não
tínhamos antes...Veja as grandes vantagens e desvantagens dos documentos digitais para você entender
melhor o que estamos falando.
VANTAGENS DESVANTAGENS
Economia de espaço físico Fragilidade do armazenamento -> degradação física
do suporte
Ganho de produtividade Rápida obsolescência da tecnologia digital:
hardware, software e formatos
Otimização dos fluxos de trabalho Dificuldade em garantir a integridade dos
documentos - acesso facilitado
Facilidade de acesso aos estoques de informação Complexidade e custos da preservação digital
2.2 - Digitalização
Para começar o tema, vale a pena vermos o que o DBTA entende por digitalização:
Atenção para não confundir documento nato digital com documento digitalizado!
Porém, veja só, não basta digitalizarmos os documentos e não termos um sistema que os consiga
gerenciar com o intuito de proporcionar sua rápida localização e acesso as informações desejadas. Dessa
forma é necessário que os usuários da tecnologia possuam sistemas e processos de indexação que
possibilitem sua eficiente localização, tramitação e controle.
Essa indexação deve partir de uma organização já estabelecida para os documentos originais, ou
seja, aplicando possivelmente os mesmos instrumentos que já são utilizados para a estrutura documental
física como planos de classificação e tabelas de temporalidade.
Outro ponto que é fundamental explorarmos em relação ao documento digital, e que cada vez mais
é cobrado em prova, é sua validade como prova. Preste atenção nisso pois a mudança legislativa é recente.
Até 2019 o documento digitalizado não substituía o original quanto ao seu valor legal.
Em 2019, a chamada Lei da Liberdade Econômica - Lei 13.874/2019, alterou a Lei 12.682/2012 que
regulava este tema e trouxe a ela a seguinte nova redação (vou concentrar no que nos interesse, a respeito
do tema):
" Art. 10. A Lei nº 12.682, de 9 de julho de 2012, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 2º-A:
“Art. 2º-A. Fica autorizado o armazenamento, em meio eletrônico, óptico ou equivalente, de documentos
públicos ou privados, compostos por dados ou por imagens, observado o disposto nesta Lei, nas legislações
específicas e no regulamento.
§ 2º O documento digital e a sua reprodução, em qualquer meio, realizada de acordo com o disposto nesta
Lei e na legislação específica, terão o mesmo valor probatório do documento original, para todos os fins
de direito, inclusive para atender ao poder fiscalizatório do Estado.
§ 4º Os documentos digitalizados conforme o disposto neste artigo terão o mesmo efeito jurídico conferido
aos documentos microfilmados, nos termos da Lei nº 5.433, de 8 de maio de 1968, e de regulamentação
posterior."
• O documento digitalizado passa a ter o mesmo valor probatório do documento original, para todos
os fins de direito, inclusive para atender ao poder fiscalizatório do Estado.
• Os originais de valor histórico (secundário) devem ser preservados de acordo com a legislação.
• Os originais sem valor secundário podem ser destruídos.
• Os documentos digitalizados terão os mesmos efeitos jurídicos dos documentos microfilmados.
Por fim, para a realização do processo de digitalização é importante definir qual será o equipamento
utilizado e isso varia em função do suporte do documento original. Documentos grandes provavelmente
exigem equipamentos especiais enquanto os menores podem ter o processo realizado até mesmo por uma
câmera de celular!
O importante aqui é identificar o equipamento correto, sobretudo capaz de realizar o trabalho com
qualidade e eficiência, além de preservar as características do documento original (atenção com
luminosidade, manuseio e processamento dos originais).
Ainda na direção que estávamos estudando, em 2020 o Decreto 10.278/2020 vem para regulamentar
o tema em relação ao disposto na Lei 13.874/2019 e na alteração realizada na Lei 12.682/2012, tudo no que
diz respeito ao processo de digitalização documental.
Vamos conhecer os principais pontos da normativa. Perceba que logo no início o legislador já deixa
claro que o objetivo da norma é a produção dos mesmos efeitos legais quando o documento digitalizado é
comparado ao documento original.
Objeto
Art. 1º Este Decreto regulamenta o disposto no inciso X do caput do art. 3º da Lei nº 13.874,
de 20 de setembro de 2019, e no art. 2º-A da Lei nº 12.682, de 9 de julho de 2012, para
estabelecer a técnica e os requisitos para a digitalização de documentos públicos ou
privados, a fim de que os documentos digitalizados produzam os mesmos efeitos legais
dos documentos originais.
Indo adiante o texto legal enfatiza os seus destinatários e, sobretudo, explicita que não se aplica a
documentos nato digitais, derivados de operações financeiras, de identificação e/ou porte obrigatório,
entre outros. Vejamos:
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Âmbito de aplicação
Art. 2º Aplica-se o disposto neste Decreto aos documentos físicos digitalizados que sejam
produzidos:
I - por pessoas jurídicas de direito público interno, ainda que envolva relações com
particulares; e
II - por pessoas jurídicas de direito privado ou por pessoas naturais para comprovação
perante:
a) Pessoas jurídicas de direito público interno; ou
b) Outras pessoas jurídicas de direito privado ou outras pessoas naturais.
Parágrafo único. O disposto neste Decreto não se aplica a:
I - documentos nato-digitais, que são documentos produzidos originalmente em formato
digital;
II - documentos referentes às operações e transações realizadas no sistema financeiro
nacional;
III - documentos em microfilme;
IV - documentos audiovisuais;
V - documentos de identificação; e
VI - documentos de porte obrigatório.
Mais à frente o artigo 3º traz importantes definições relativas aos temas abordados. Atenção pois são
expressões que costumam ser bastante cobradas em provas e diferem das definições trazidas, por exemplo,
pelo Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística (DBTA):
Definições
Agora, entrando na parte mais prática do processo, o Decreto lista quais as propriedades
documentais que a digitalização deve assegurar. São elas: integridade, rastreabilidade/auditabilidade,
qualidade/legibilidade, confidencialidade e interoperabilidade.
III - o emprego dos padrões técnicos de digitalização para garantir a qualidade da imagem,
da legibilidade e do uso do documento digitalizado;
Em complemento, traz ainda os requisitos que o documento digitalizado deve ter para se equiparar
ao físico do ponto de vista legal, quando envolvendo entidades públicas. Os requisitos compreendem a
certificação digital no padrão ICP-Brasil e os padrões técnicos mínimos de resolução, cor, formato e
metadados disponíveis, tudo listado nos Anexos do Decreto.
Na sequência a norma traz os requisitos que regem a relação entre particulares que, na verdade, os
delega para acordo entre as partes ou, na sua ausência, remete para os mesmos requisitos impostos as
entidades públicas.
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Art. 6º Na hipótese de documento que envolva relações entre particulares, qualquer meio
de comprovação da autoria, da integridade e, se necessário, da confidencialidade de
documentos digitalizados será válido, desde que escolhido de comum acordo pelas partes
ou aceito pela pessoa a quem for oposto o documento.
Parágrafo único. Na hipótese não ter havido acordo prévio entre as partes, aplica-se o
disposto no art. 5º.
O artigo seguinte (7º) traz ponto muito importante sob a ótica da eficiência. Obriga o interessado na
digitalização dos documentos a realizar processo prévio de avaliação documental, para que documentos
com prazos próximos de eliminação não sejam desnecessariamente digitalizados, onerando ainda mais o
órgão público ou o eventual interessado.
Desnecessidade da digitalização
Art. 7º A digitalização de documentos por pessoas jurídicas de direito público interno será
precedida da avaliação dos conjuntos documentais, conforme estabelecido em tabelas de
temporalidade e destinação de documentos, de modo a identificar previamente os que
devem ser encaminhados para descarte.
O artigo seguinte mostra que a digitalização pode ser feita tanto por quem tiver a posse do
documento como por terceiro, desde que garantidas as respectivas responsabilidades e condições de
segurança e proteção de dados.
Art. 8º O processo de digitalização poderá ser realizado pelo possuidor do documento físico
ou por terceiros.
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Caminhando para seu final o Decreto mantém a condição de descarte apenas para os documentos
físicos já digitalizados e que não possuam valor histórico. Daí em diante, para suas versões digitalizadas
deverão ser observados os prazos de guarda já previstos nas tabelas de temporalidade.
Os documentos históricos continuam destinados a guarda permanente em suas versões físicas, pré
digitalização, o que não impede que, mesmo assim, sejam digitalizados para sua própria preservação.
Salienta ainda o Decreto que o armazenamento digital deverá garantir tanto proteção contra acesso
e alteração indevidos como a correta indexação que garanta a localização e devida gestão do documento:
Art. 11. Os documentos digitalizados sem valor histórico serão preservados, no mínimo,
até o transcurso dos prazos de prescrição ou decadência dos direitos a que se referem.
Art. 12. As pessoas jurídicas de direito público interno observarão o disposto na Lei nº
8.159, de 8 de janeiro de 1991, e nas tabelas de temporalidade e destinação de
documentos aprovadas pelas instituições arquivísticas públicas, no âmbito de suas
competências, observadas as diretrizes do Conselho Nacional de Arquivos - Conarq quanto
à temporalidade de guarda, à destinação e à preservação de documentos.
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Como vimos acima, todo documento digital está armazenado fisicamente sobre alguma espécie de
suporte. Os principais suportes disponíveis e que podem ser cobrados em prova são:
• Suporte magnético: o registro digital é feito por meio de ondas eletromagnéticas sobre suportes que
registram suas alterações, tais como discos rígidos, disquetes, e fitas. No seu arquivamento, é
importante que estejam sempre protegidos da ação de campos magnéticos relevantes com o intuito
de preservar a sua operacionalidade e integridade.
O disco magnético é definido pelo DBTA como "Suporte circular plano, revestido por
camada magnetizada que permite o armazenamento de dados”
• Suporte ótico: o registro digital é feito por meio de alteração nas características de um suporte que
reage à luz e, assim, registra as informações. Inclui os CD-ROMS, CD-Rs, DVDs (ROM, R e RW), etc.
Possui validade estimada de cerca de 200 anos.
Já o disco ótico é definido pelo DBTA como Suporte circular plano, com grande capacidade
de armazenamento, em que se registram sinais visuais, sonoros ou audiovisuais, por
gravação digital. Também chamado disco laser.
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Outro conceito bastante cobrado quando se fala em gestão arquivística digital é o GED ou
Gerenciamento Eletrônico de Documentos.
Vamos entender como o Conarq define o GED em sua publicação "e-ARQ Brasil - Modelo de
Requisitos para Sistemas Informatizados de Gestão Arquivística de Documentos", que trataremos de e-ARQ
daqui em diante.
Entende-se por informação não estruturada aquela que não está armazenada em banco
de dados, como mensagens de correio eletrônico, arquivo de texto, imagem ou som,
planilha etc.
A literatura sobre GED distingue, geralmente, as seguintes funcionalidades: captura (ou entrada),
armazenamento, apresentação (ou saída) e gerenciamento, e cita as tecnologias de digitalização,
automação de fluxos de trabalho (workflow) etc. como possibilidades, não como componentes obrigatórios.
Uma outra comparação que às vezes é feita pelas bancas e que é necessário você estar atento para
não se confundir é a que ocorre entre GED e GDE (Gerenciamento de Documentos Eletrônicos). Veja o que
se entendo por GDE:
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4 - SIGAD
Mais uma vez vamos começar entendendo como o e-ARQ do Conarq define SIGAD:
Os requisitos impostos pelo e-ARQ (veremos mais adiante na aula) dirigem-se a todos que fazem uso
de sistemas informatizados como parte do seu trabalho rotineiro de produzir, receber, armazenar e acessar
documentos arquivísticos. Um SIGAD inclui um sistema de protocolo informatizado, entre outras funções
da gestão arquivística de documentos.
Nesse sentido, é importante estabelecer a diferença entre sistema de informação, gestão arquivística
de documentos, sistema de gestão arquivística de documentos, gerenciamento eletrônico de documentos
(GED) e sistema informatizado de gestão arquivística de documentos (SIGAD).
Sistema de informação
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Um SIGAD tem que ser capaz de manter a relação orgânica entre os documentos e de garantir a
confiabilidade, a autenticidade e o acesso, ao longo do tempo, aos documentos arquivísticos, ou seja, seu
valor como fonte de prova das atividades do órgão produtor.
O SIGAD é aplicável em sistemas híbridos, isto é, que utilizam documentos digitais e documentos
convencionais.
No caso dos documentos digitais, um SIGAD deve abranger todos os tipos de documentos
arquivísticos digitais do órgão ou entidade, ou seja, textos, imagens fixas e em movimento, gravações
sonoras, mensagens de correio eletrônico, páginas web, bases de dados.
Com base nestas definições, veja as relações que podem ser estabelecidas entre sistemas de
informação, SIGAD e GED:
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5 - e-ARQ
A resolução Conarq 25/2007, dispõe sobre a adoção do Modelo de Requisitos para Sistemas
Informatizados de Gestão Arquivística de Documentos - e-ARQ Brasil pelos órgãos e entidades integrantes
do Sistema Nacional de Arquivos - SINAR.
A resolução é curta e vale a pena entendermos seus principais pontos para a prova.
Note que neste primeiro artigo e em seus parágrafos, o legislador recomenda a adoção do modelo
de requisitos trazido pelo e-ARQ para todos os órgãos e entidades integrantes do SINAR.
Dessa forma, as maiores instituições arquivísticas do país que lidam com arquivos eletrônicos e
sistemas digitais de gestão de documentos devem se adequar aos requisitos do e-ARQ, que estudaremos
mais adiante.
Art. 2º O e-ARQ Brasil tem por objetivo orientar a implantação da gestão arquivística de
documentos, fornecer especificações técnicas e funcionais, bem como metadados para
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O artigo 2o da Resolução fala sobre outro ponto importante do e-ARQ, a identificação dos
documentos digitais por meio do uso de metadados.
Art. 3º O e-ARQ Brasil é aplicável para os sistemas que produzem e mantém somente
documentos digitais ou para sistemas que compreendem documentos digitais e
convencionais ao mesmo tempo.
§1º Para documentos convencionais o sistema inclui apenas o registro das referências nos
metadados.
Por fim, a Resolução deixa clara a abrangência do e-ARQ, ou seja, deve ser adotado tanto por
sistemas 100% digitais ou por aqueles híbridos, que envolvem documentos físicos e digitais ao mesmo
tempo. Neste caso, para os documentos físicos o sistema deverá incluir apenas os registros das referências
enquanto, para os documentos digitais, os próprios documentos.
Além disso, o e-ARQ Brasil pode ser usado para orientar a identificação de documentos
arquivísticos digitais.
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O e-ARQ Brasil estabelece requisitos mínimos para um Sistema Informatizado de Gestão Arquivística
de Documentos (SIGAD), independentemente da plataforma tecnológica em que for desenvolvido e/ ou
implantado. Tem como objeto o documento arquivístico digital, porém não trata de processos de
digitalização.
Em relação ao seu escopo de aplicação, deve ser utilizado para desenvolver um sistema
informatizado ou para avaliar um já existente, cuja atividade principal seja a gestão arquivística de
documentos, assim como é aplicável aos sistemas que produzem e mantêm somente documentos digitais e
aos que compreendem documentos digitais e convencionais (como vimos na própria Resolução Conarq).
Com relação aos documentos convencionais, o sistema inclui apenas o registro das referências nos
metadados, já no caso dos documentos digitais, o sistema inclui os próprios documentos.
Por fim, o e-ARQ Brasil está dividido em duas partes: a Parte I, Gestão arquivística de documentos,
pretende fornecer um arcabouço para que cada órgão ou entidade possa desenvolver um programa de
gestão arquivística de documentos, e a Parte II, Especificação de requisitos para sistemas informatizados de
gestão arquivística de documentos, descreve os requisitos necessários para desenvolver o SIGAD.
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5.3 - Requisitos
Tanto para os requisitos considerados altamente desejáveis como para os requisitos facultativos, é
preciso observar que uma implementação que não inclua determinado item altamente desejável ou
facultativo deve estar preparada para interoperar com outra implementação que inclui o item, mesmo tendo
funcionalidade reduzida.
De forma inversa, uma implementação que inclua um item altamente desejável ou facultativo deve
estar preparada para interoperar com outra implementação que não inclui o item.
Nós não veremos a fundo essa classificação dos requisitos, até porque eles se dividem em inúmeros
subitens e são esses subitens que são classificados quanto a sua exigibilidade. Não seria produtivo
estudarmos todos eles, mas é bom você saber que existe essa classificação para efeito de prova.
Apenas como ilustração, veja um exemplo da classificação dos requisitos "Organização dos
Documentos Arquivísticos" e a utilização dos indicadores (O), (AD) e (F):
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CAPTURA
• registro;
• classificação;
• indexação;
• atribuição de restrição de acesso;
• arquivamento.
Já a destinação dos documentos é efetivada após a atividade de seleção, que consiste na separação
dos documentos de valor permanente daqueles passíveis de eliminação, mediante critérios e técnicas
estabelecidos na tabela de temporalidade e destinação.
O sistema de gestão arquivística de documentos também deve poder identificar os documentos que
já cumpriram sua temporalidade, para implementar a destinação prevista. Se for um SIGAD, esse sistema
deve ser capaz de listar os documentos que tenham cumprido o prazo previsto na tabela de temporalidade
e destinação.
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O sistema de gestão arquivística deve prever funções de recuperação e acesso aos documentos e às
informações neles contidas, de forma a facilitar a condução das atividades e satisfazer os requisitos relativos
à transparência do órgão ou entidade. A recuperação inclui pesquisa, localização e apresentação dos
documentos
SEGURANÇA
O sistema de gestão arquivística deve prever controles de acesso e procedimentos de segurança que
garantam a integridade dos documentos. Entre esses procedimentos, podem-se destacar o uso de controles
técnicos e programáticos, diferenciando tipos de documentos, perfis de usuários e características de acesso
aos dados, e a manutenção de trilhas de auditoria e de rotinas de cópias de segurança.
Além disso, também devem ser levados em conta exigências e procedimentos de segurança da
infraestrutura das instalações, entre outras:
Outros procedimentos importantes no quesito segurança e que são cobrados em prova são os
seguintes:
• Assinaturas digitais - Assinatura digital é uma sequência de bits que usa algoritmos específicos,
chaves criptográficas e certificados digitais para autenticar a identidade do assinante e confirmar a
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Os requisitos só são aplicáveis quando há necessidade de utilizar assinaturas digitais para assegurar
autenticação, imputabilidade e irretratabilidade (ou irrefutabilidade).
ARMAZENAMENTO
Num cenário híbrido, isto é, que envolve ao mesmo tempo documentos arquivísticos convencionais
e digitais, devem-se considerar requisitos de armazenamento que atendam igualmente às necessidades
desses dois tipos de documentos.
No caso dos documentos arquivísticos digitais, os órgãos e entidades devem dispor de políticas e
diretrizes para conversão ou migração desses documentos de maneira a garantir sua autenticidade,
acessibilidade e utilização. Os procedimentos de conversão e migração devem detalhar as mudanças
ocorridas nos sistemas e nos formatos dos documentos.
PRESERVAÇÃO
Os documentos arquivísticos têm de se manter acessíveis e utilizáveis pelo tempo que for
necessário, garantindo-se sua longevidade, funcionalidade e acesso contínuo. Devem ser asseguradas as
características dos documentos, tais como autenticidade e acessibilidade, pela adoção de estratégias
institucionais e técnicas proativas de produção e preservação que garantam sua perenidade. Essas
estratégias são estabelecidas por uma política de preservação.
Por outro lado, nos documentos digitais, o foco da preservação é a manutenção do acesso, que pode
implicar mudança de suporte e formato, bem como atualização do ambiente tecnológico. A fragilidade do
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As estratégias de preservação de documentos arquivísticos devem ser selecionadas com base em sua
capacidade de manter as características desses documentos e na avaliação custo-benefício. Podem incluir
monitoramento e controle ambiental, restrições de acesso, cuidados no manuseio direto e obtenção de
suportes e materiais mais duráveis (papel, tinta, disco óptico, fita magnética). No caso específico dos
documentos digitais, essas estratégias incluem a prevenção da obsolescência tecnológica e de danos físicos
ao suporte, por meio de procedimentos de migração, como atualização (refreshing) e conversão.
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6 - Microfilmagem
6.1 - Introdução
Completando o quadro, vamos ver o que agora o DBTA, entende por microfilme (não há definição para
microfilmagem no DBTA):
Em linhas gerais a microfilmagem é uma técnica de substituição do material original por uma cópia
em miniatura em um filme de material translúcido, flexível e estável, servindo como base para projeção
posterior da imagem.
O acesso aos documentos micrográficos é feito por meio de leitoras de microfilmes ou leitoras de
microfichas.
VANTAGENS DESVANTAGENS
Validade legal, como veremos na legislação a seguir Baixa velocidade de recuperação
Redução do espaço e custos referentes ao Necessidade do emprego de máquinas para a
armazenamento visualização
Confiável quanto a autenticidade Acesso individualizado a cada documento
Segurança - filmes armazenados em cofres Cuidados na guarda devido a natureza do suporte
Confidencialidade - invisível a olho nu Perda de resolução devido a cópias sucessivas
Durabilidade do suporte
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6.2 - Legislação
Importante você conhecer os principais pontos da Lei 5.433/1968 e do Decreto 1.799/1996 que
regulam a microfilmagem de documentos oficiais e dão demais providências. Vamos aos pontos mais
relevantes (não estranhe pois eliminei vários trechos das normas para irmos só no que interessa):
Lei 5.433/1968
§ 1º Os microfilmes de que trata esta Lei, assim como as certidões, os traslados e as cópias
fotográficas obtidas diretamente dos filmes produzirão os mesmos efeitos legais dos
documentos originais em juízo ou fora dele.
A microfilmagem é legalmente autorizada e os filmes gerados possuem efeitos legais iguais aos dos
documentos originais. Isso diferenciava o microfilme das cópias digitalizadas até que em 2019 a Lei
13.874/2019, alterou a Lei 12.682/2012 e atribui também ao documento digitalizado o valor probatório do
original.
Os documentos de valor histórico não deverão ser eliminados, podendo ser arquivados em
local diverso da repartição detentora dos mesmos.
Decreto 1.799/1996
Art. 12. A eliminação de documentos, após a microfilmagem, dar-se-á por meios que
garantam sua inutilização, sendo a mesma precedida de lavratura de termo próprio e após
a revisão e a extração de filme cópia.
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Art. 13. Os documentos oficiais ou públicos, com valor de guarda permanente, não poderão
ser eliminados após a microfilmagem, devendo ser recolhidos ao arquivo público de sua
esfera de atuação ou preservados pelo próprio órgão detentor.
A eliminação deverá seguir a legislação vigente e não é permitida para os documentos de guarda
permanente.
Decreto 1.799/1996
Em relação a movimentação dos documentos, os filmes produzidos devem ficar arquivados e têm
sua saída terminantemente vedada, assim como a eliminação dos originais microfilmados ainda em trânsito
é proibida.
Decreto 1.799/1996
Os prazos de guarda dos documentos físicos devem ser aplicados aos microfilmados, no caso de
documentos sujeitos à fiscalização, ou necessários à prestação de contas.
Decreto 1.799/1996
Art. 5° A microfilmagem, de qualquer espécie, será feita sempre em filme original, com o
mínimo de 180 linhas por milímetro de definição, garantida a segurança e a qualidade de
imagem e de reprodução.
Por fim temos o estabelecimento do mínimo de 180 linhas por milímetro de definição para o processo
de microfilmagem e já vi isso em questão de prova!
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6.4 - Sinalética
Há um conjunto de sinais visuais relacionados à microfilmagem que você precisa conhecer para a
prova. Ele deriva da Resolução 10/1999 do Conarq, que dispõe sobre a adoção de símbolos ISO 9878/1990
nas sinaléticas a serem utilizadas no processo de microfilmagem de documentos arquivísticos.
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Como também já é de costume, vamos trazer definições do DBTA, pois é sempre comum termos ao
menos uma pergunta de Terminologia Arquivística nas provas de Arquivologia.
Desta vez relacionaremos os termos aqui trazidos com o conteúdo de Gestão Arquivística Digital, que
acabamos de estudar.
ACESSO
ARMAZENAMENTO
O armazenamento precisa cumprir uma série de requisitos quando falamos do documento digital.
Vimos em aula que os órgãos e entidades devem dispor de políticas e diretrizes para conversão
ou migração desses documentos de maneira a garantir sua autenticidade, acessibilidade e
utilização. Os procedimentos de conversão e migração devem detalhar as mudanças ocorridas
nos sistemas e nos formatos dos documentos.
ARMAZENAMENTO DE DADOS
ASSINATURA DIGITAL
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AUTENTICAÇÃO
Atestação de que um documento é verdadeiro ou de que uma cópia reproduz fielmente o original,
de acordo com as normas legais de validação.
Trago o termo aqui para relembrar que o documento digitalizado desde 2019 tem a mesma força
legal do original com base nas alterações introduzidas pela Lei 13.874/2019 que alterou a Lei
12.682/2012.
BACKUP
Mais um instrumento de controle que deve ser previsto pelo SIGAD proporcionando a salvaguarda
regular dos documentos arquivísticos e dos seus metadados.
BANCO DE DADOS
Conjunto de dados relacionados entre si, estruturados em forma de base de dados, gerenciado por
programa específico.
Importante notar a diferença entre banco e base de dados. O banco de dados é a matéria prima
de uma base de dados, que será processada eletronicamente.
BASE DE DADOS
CD
Disco ótico usado para armazenamento digital de áudio ou de dados e aplicações em meio
eletrônico. Abreviatura de compact disc.
CIFRA
Sistema de escrita organizado a partir de uma chave ou conjunto de regras ou símbolos previamente
escolhidos, destinado a comunicações secretas.
CIM
COM
CÓPIA DE SEGURANÇA
Cópia feita com vistas a preservar as informações no caso de perda ou destruição do original
CRIPTOGRAFIA
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DADO
DIGITALIZAÇÃO
Processo de conversão de um documento para o formato digital por meio de dispositivo apropriado,
como um escâner.
DISCO
DISCO MAGNÉTICO
Suporte circular plano, revestido por camada magnetizada que permite o armazenamento de
dados
Mais um suporte para a armazenagem de documentos digitais.
DISCO ÓTICO
Suporte circular plano, com grande capacidade de armazenamento, em que se registram sinais
visuais, sonoros ou audiovisuais, por gravação digital. Também chamado disco laser.
Outro suporte para a armazenagem de documentos digitais.
DOCUMENTO DIGITAL
Base de quase tudo que estudamos na aula de hoje. Faz parte do grupo de documentos
eletrônicos, que formam um gênero documental.
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DOCUMENTO ELETRÔNICO
Gênero documental que engloba os documentos digitais. Importante saber essa diferença.
DOCUMENTO MICROGRÁFICO
INDEXAÇÃO
Processo pelo qual documentos ou informações são representados por termos, palavras-chave
ou descritores, propiciando a recuperação da informação.
Processo crítico dentro da gestão arquivística digital que permite a localização e acesso dos
documentos em formato eletrônico.
METADADOS
Outro elemento do processo de indexação, que permite a localização e acesso dos documentos
digitais.
MICROFICHA
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MICROFILMAGEM
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PROCESSAMENTO DE DADOS
PROTEÇÃO DE DADOS
RECUPERAÇÃO DA INFORMAÇÃO
Resultado crítico para o processo de gestão documental digital. Informação continua tendo a
necessidade de ser localizada de maneira ágil e sistemática, o que exige emprego dos requisitos
do e-ARQ, sistematizando e trazendo eficiência e velocidade ao processo.
RESOLUÇÃO
Medida da nitidez de uma imagem, expressa no número de linhas discerníveis por milímetro.
Também chamada definição.
Lembre-se que de acordo com o artigo 5o do Decreto 1.799/1996, a microfilmagem, de qualquer
espécie, será feita sempre em filme original, com o mínimo de 180 linhas por milímetro de
definição, garantida a segurança e a qualidade de imagem e de reprodução.
RESTRIÇÃO DE ACESSO
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O sistema de gestão arquivística precisa limitar ou autorizar o acesso a documentos por usuário
e/ou grupos de usuários.
SINALÉTICA
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8 - Considerações Finais
Passamos pelos pontos mais importantes e mais cobrados em provas no que diz respeito à Gestão
Arquivística Digital.
Primeiro estudamos as diferenças entre as definições dos diferentes tipos de documentos, sejam eles
eletrônicos, nato digitais ou digitalizados.
Em seguida vimos os principais pontos e diferenças entre o GED e o SIGAD. Mergulhamos ainda no e-
ARQ com base nas diretivas e normatizações do Conarq, entendendo especialmente quais são seus principais
requisitos e objetivos.
Por último estudamos o processo de microfilmagem, passando por sua legislação e terminando na
sinalética, assunto que era mais cobrado há alguns anos, mas que ainda aparece em provas recentes.
Na próxima aula estudaremos a legislação arquivística nacional. Passaremos pela Constituição, Leis
Federais, Decretos que as regulamentam, Portarias e outras normativas importantes. Como já estudamos
praticamente tudo em Arquivologia será uma aula produtiva pois provavelmente vai "arrematar" alguns
temas que teremos que retomar para explicar os principais pontos da normativa vigente.
Ricardo Campanario
Instagram: https://www.instagram.com/ricardocampanario
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QUESTÕES COMENTADAS
a) Certo
b) Errado
Comentários:
a) SGBD.
b) SIGAD.
c) PDF/A.
51
d) OCR.
e) DOI.
Comentários:
A alternativa A está incorreta. O SGBD é um Sistema Gerenciador de Banco de Dados. Segundo o e-ARQ
Brasil (2011), é “software que implementa o banco de dados e permite a realização de operações de
manipulação de dados (inclusão, alteração, exclusão, consulta) e administrativas (gestão de usuários, cópia
e restauração de dados, alterações no modelo de dados)”.
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. É uma ótima definição do SIGAD. Note que cita os
"procedimentos e operações técnicas", o "processamento eletrônico", e a aplicação em ambientes somente
"digitais" ou "´híbridos".
A alternativa D está incorreta. O OCR (optical character recognition) é uma tecnologia de reconhecimento
óptico de caracteres dos arquivos, criando assim textos editáveis. Por exemplo, ao escanear a página de um
livro impresso em formato imagem, pode-se utilizar OCR posteriormente para que o texto seja reconhecido,
facilitando assim a busca por determinados termos.
A alternativa E está incorreta. O DOI (Digital Object Identifier) é um identificador único para objetos digitais,
como por exemplo, artigos, livros e outras publicações científicas disponíveis na web, de forma a preservar
a autenticidade dos arquivos.
a) Certo
b) Errado
Comentários:
52
a) Certo
b) Errado
Comentários:
II. Quando um documento digital estiver associado a mais de um processo ou dossiê, e tiver prazos
de guarda diferentes associados a ele, o sistema deverá verificar automaticamente todos os prazos
de guarda e as destinações previstas para esse documento, garantindo que ele seja mantido em
cada processo ou dossiê pelo tempo definido na tabela de temporalidade e destinação de
documentos.
III. No momento da eliminação, o objeto digital não poderá ser eliminado sem que antes se
verifique a temporalidade de todas as referências associadas a ele. O objeto digital só poderá ser
eliminado quando os prazos de guarda de todas as referências tiverem sido cumpridos. Antes
disso, só se pode fazer a eliminação de cada registro individualmente.
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a) I, II e III.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) III, apenas.
Comentários:
Vamos analisar cada uma das afirmativas antes de buscar a alternativa correta.
I. Quando um documento digital estiver associado a mais de um processo ou dossiê, o sistema deverá criar
um registro para cada referência desse documento, e cada registro estará vinculado ao mesmo objeto digital.
- CORRETO. O sistema deve ser capaz de registrar os vínculos do documento digital com cada um dos
processos ou dossiês com os quais ele estiver associado.
II. Quando um documento digital estiver associado a mais de um processo ou dossiê, e tiver prazos de guarda
diferentes associados a ele, o sistema deverá verificar automaticamente todos os prazos de guarda e as
destinações previstas para esse documento, garantindo que ele seja mantido em cada processo ou dossiê
pelo tempo definido na tabela de temporalidade e destinação de documentos. - CORRETO. O sistema deve
ser capaz de identificar e alertar o usuário sobre os diferentes prazos de guarda e/ou destinação, permitindo
que o documento digital cumpra todos eles, junto aos diferentes processos e/ou dossiês aos quais está
associado. A alternativa seguinte exemplifica muito bem essa questão.
III. No momento da eliminação, o objeto digital não poderá ser eliminado sem que antes se verifique a
temporalidade de todas as referências associadas a ele. O objeto digital só poderá ser eliminado quando os
prazos de guarda de todas as referências tiverem sido cumpridos. Antes disso, só se pode fazer a eliminação
de cada registro individualmente. CORRETO. Esta afirmativa tem ligação direta com a anterior. O documento
digital só poderá ser eliminado individualmente, permanecendo vinculado aos demais processos e/ou
dossiês que possuem prazos de guarda mais extensos ou mesmo que preveem guarda permanente. Neste
último caso não serão nunca eliminados, mesmo que a destinação de outros processos e/ou dossiês aos
quais estivessem atrelados fossem a eliminação após o cumprimento dos respectivos prazos de guarda.
54
b) a estratégia que se baseia no uso de recursos computacionais para fazer com que uma nova tecnologia
possa funcionar com as características de outra que se tornou obsoleta.
c) a técnica de migração que consiste em mudar a maneira como se apresenta um documento para fins de
acesso ou manutenção dos dados nele contidos.
d) o processo de conversão de um documento para o formato analógico, por meio de dispositivo apropriado.
e) o rastreamento de intervenções ou tentativas de intervenções feitas no sistema computacional.
Comentários:
A alternativa A está incorreta. Essa é a definição do processo de exportação de dados, que admite ou não
conversões.
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Segundo o Modelo de Requisitos para Sistemas
Informatizados de Gestão Arquivística de Documentos, emulação é a estratégia de preservação digital que
se baseia na utilização de recursos computacionais para fazer uma tecnologia atual funcionar com as
características de uma obsoleta, aceitando as mesmas entradas e produzindo as mesmas saídas, literalmente
o que a banca traz na alternativa correta.
A alternativa C está incorreta. Esse é o processo de reformatação, técnica de migração que consiste na
mudança da forma de apresentação de um documento para fins de acesso ou preservação dos dados, como,
por exemplo, a impressão ou transformação de documentos digitais em microfilme (tecnologia COM) ou a
transferência de documentos de um sistema computacional para uma mídia móvel (tecnologia COLD).
A alternativa D está incorreta. Essa é quase a definição de digitalização, trocando o termo "formato digital"
por "formato analógico".
A alternativa E está incorreta. Desta feita o examinador está se referindo à trilha de auditoria que é o
conjunto de informações registradas que permite o rastreamento de intervenções ou tentativas de
intervenção no documento arquivístico digital ou no sistema computacional.
a) Certo
b) Errado
Comentários:
55
a) Certo
b) Errado
Comentários:
a) Certo
b) Errado
Comentários:
a) Certo
b) Errado
Comentários:
56
a) Certo
==62cfa==
b) Errado
Comentários:
• captura individual de documento produzido em arquivo digital fora do SIGAD, em aplicativo e formato
específicos (.doc, .pdf, .rtf) – o registro inicial é feito pelo usuário ao capturar o documento para o
SIGAD;
a) Certo
b) Errado
Comentários:
57
a) Certo
b) Errado
Comentários:
De acordo com a Resolução Conarq 25/2007, o SIGAD aplica-se somente as fases corrente e intermediária.
Relembremos a norma:
58
Dessa forma, com a gestão arquivística de documentos ocorre apenas nas fases corrente e intermediária e o
SIGAD é um sistema de gestão arquivística de documentos, ele não pode ser admitido nas três idades
documentais, mas somente nas duas primeiras.
a) e-ARQ Brasil.
b) NOBRADE.
c) ISAD(G).
d) EAD.
e) SINAR.
Comentários:
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. O enunciado refere-se claramente ao e-ARQ Brasil,
uma especificação de requisitos a serem cumpridos pela organização produtora/recebedora de documentos,
pelo sistema de gestão arquivística e pelos próprios documentos, a fim de garantir sua confiabilidade e
autenticidade, assim como sua acessibilidade.
O e-ARQ Brasil estabelece requisitos mínimos para um Sistema Informatizado de Gestão Arquivística de
Documentos (SIGAD), independentemente da plataforma tecnológica em que for desenvolvido e/ou
implantado.
A alternativa B está incorreta. NOBRADE é a Norma Brasileira de Descrição Arquivística. Não tem qualquer
relação com o tema.
A alternativa C está incorreta. ISAD(G) é uma norma internacional de descrição arquivística. Não tem
qualquer relação com a questão em tela.
A alternativa D está incorreta. EAD é a sigla utilizada para representar Educação a Distância. É uma forma de
ensino/aprendizagem mediados por tecnologias que permitem que o professor e o aluno estejam em
ambientes físicos diferentes. Também sem relação com a questão.
A alternativa E está incorreta. O SINAR é o Sistema Nacional de Arquivos. Também não tem relação qualquer
com o enunciado.
59
a) Certo
b) Errado
Comentários:
O SIGAD pode ser considerado um conjunto de procedimentos e operações técnicas que visam o controle
do ciclo de vida dos documentos, desde a produção até a destinação final, seguindo os princípios da gestão
arquivística de documentos e apoiado em um sistema informatizado, dessa forma, trata os documentos de
maneira temporal e orgânica e não compartimentada.
Já o GED é o conjunto de tecnologias utilizadas para organização da informação não estruturada de um órgão
ou entidade, que pode ser dividido nas seguintes funcionalidades: captura, gerenciamento, armazenamento
e distribuição, podendo agir, portanto, de forma compartimentada.
Resumindo:
Comentários:
60
A alternativa B está incorreta. A preservação do documento digital não está vinculada a realização diária de
downloads.
A alternativa C está incorreta. A preservação do documento digital também não está vinculada ao uso de
fontes adequadas.
A alternativa D está incorreta. Não há relação entre a solicitação antecipada de copyright e a preservação
de documentos em formato digital.
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. Segundo o e-ARQ Brasil, os documentos arquivísticos
têm de se manter acessíveis e utilizáveis pelo tempo que for necessário, garantindo-se sua longevidade,
funcionalidade e acesso contínuo.
Devem ser asseguradas as características dos documentos, tais como autenticidade e acessibilidade, pela
adoção de estratégias institucionais e técnicas proativas de produção e preservação que garantam sua
perenidade. Essas estratégias são estabelecidas por uma política de preservação.
Por outro lado, nos documentos digitais, o foco da preservação é a manutenção do acesso, que pode implicar
mudança de suporte e formato, bem como atualização do ambiente tecnológico. Para completar, a
fragilidade do suporte digital e a obsolescência tecnológica de hardware, software e formato exigem
intervenções periódicas.
Comentários:
A alternativa A está incorreta. Os Tipos de Meio estabelecidos pelo e-ARQ em seu item 1.8 são digital, não
digital ou híbrido.
A alternativa B está incorreta. Os Tipos de Meio estabelecidos pelo e-ARQ em seu item 1.8 são digital, não
digital ou híbrido.
61
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. O item 1.8 do e-ARQ estabelece os Tipos de Meio
possíveis para um documento. São eles: digital, não digital ou híbrido.
Veja abaixo:
A alternativa D está incorreta. Os Tipos de Meio estabelecidos pelo e-ARQ em seu item 1.8 são digital, não
digital ou híbrido.
A alternativa E está incorreta. Os Tipos de Meio estabelecidos pelo e-ARQ em seu item 1.8 são digital, não
digital ou híbrido.
a) OWL.
b) HTML.
c) RDF.
d) SIGAD.
e) XML.
Comentários:
A alternativa B está incorreta. HTML também é uma extensão de documentos de arquivo eletrônico.
A alternativa C está incorreta. RDF é, mais uma vez, uma extensão de documentos de arquivo eletrônico.
62
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. O SIGAD pode ser considerado um conjunto de
procedimentos e operações técnicas que visam o controle do ciclo de vida dos documentos, desde a
produção até a destinação final, seguindo os princípios da gestão arquivística de documentos e apoiado em
um sistema informatizado, dessa forma, trata os documentos de maneira temporal e orgânica e não
compartimentada.
A alternativa E está incorreta. Por fim, XML é de novo uma extensão de documentos de arquivo eletrônico.
a) Certo
b) Errado
Comentários:
20. (CEBRASPE/STJ/Analista Judiciário/2015) O e-ARQ Brasil deve ser utilizado para desenvolver um
sistema informatizado ou para avaliar um já existente, cuja atividade principal seja a gestão de
documentos de arquivo.
a) Certo
b) Errado
Comentários:
a) Certo
b) Errado
Comentários:
• registro;
• classificação;
• indexação;
• atribuição de restrição de acesso;
• arquivamento.
22. (CEBRASPE/CGM - João Pessoa-PB/Técnico Municipal Controle Interno/2018) Uma das indicações
para a digitalização de documentos é a necessidade do múltiplo acesso ou a grande demanda pela
documentação.
a) Certo
b) Errado
Comentários:
O mais importante é que antes de qualquer processo de digitalização os documentos passem pela atividade
de avaliação para que se possa determinar a sua destinação final. Digitalizar documentos, por exemplo, que
serão eliminados em futuro próximo, provavelmente não é uma boa decisão em função do custo da atividade
de digitalização.
a) Certo
b) Errado
Comentários:
• registro;
• classificação;
• indexação;
• atribuição de restrição de acesso;
• arquivamento.
65
a) Certo
b) Errado
Comentários:
a) Certo
b) Errado
Comentários:
De acordo com Rosely Rondinelli: "Em relação ao grau de completude da forma intelectual, observe-se que
enquanto nos documentos convencionais elementos como data e assinatura são considerados suficientes
para que os mesmos sejam considerados completos, o mesmo não acontece com os documentos
eletrônicos, os quais precisam de complementos. Assim, à data do documento faz-se necessário acrescentar
a hora de sua transmissão aos destinatários (...). Da mesma maneira, em relação à assinatura (...) é preciso
que seja reforçada pelo acréscimo automático (...) do nome do autor no cabeçalho do documento, ou ainda
por meio de uma assinatura eletrônica ou digital."
66
a) Certo
b) Errado
Comentários:
De acordo com Rosely Rondinelli "...para existir o documento arquivístico tem que estar afixado num
suporte. Isso quer dizer que dados contidos em bases de dados dinâmicas, isto é, que mudam
constantemente, não podem ser considerados documentos arquivísticos. Para tanto, esses dados teriam que
ser reunidos e seu conteúdo, devidamente articulado, fixado num suporte."
Dessa forma, o conteúdo das bases de dados dinâmicas não é considerado um documento de arquivo
justamente em função de sua dinamicidade e por sua falta de fixação em um suporte.
a) Certo
b) Errado
Comentários:
a) cujo conteúdo é de caráter pessoal, sem relação com as atividades do órgão ou entidade.
b) cujo conteúdo se refere a correntes, propagandas, promoções e afins.
c) cujo conteúdo inicia, autoriza ou completa uma ação de um órgão ou entidade.
d) enviadas para grupos de trabalho ou coordenações, com a finalidade de informação.
e) com material de referência, isto é, documentos usados para subsídio teórico no desenvolvimento de uma
atividade.
67
Comentários:
A alternativa A está incorreta. Não é um documento eletrônico. Veja a explicação na alternativa correta.
A alternativa B está incorreta. Não é um documento eletrônico. Veja a explicação na alternativa correta.
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Veja as situações nas quais a ONU (Organização das
Nações Unidas) identifica a mensagem eletrônica como um documento arquivístico:
- mensagem cujo conteúdo inicia, autoriza ou completa uma ação de um órgão ou entidade.
- mensagem trocada entre pessoas da mesma equipe ou de outras equipes, em trabalho conjunto, e cujo
conteúdo se refere à atividade do órgão ou entidade.
- mensagem recebida de fonte externa (pessoa física ou jurídica) que compõe um documento arquivístico
oficial.
- mensagem cujo conteúdo refere-se à pauta ou registro de reunião.
- mensagem cujo conteúdo é nota, relatório final ou recomendação para uma ação em desenvolvimento ou
finalizada.
Há também situações em que a ONU considera que a mensagem eletrônica não é um documento
arquivístico:
- mensagem cujo conteúdo é de caráter pessoal (não tem relação com as atividades do órgão ou entidade).
- mensagem cujo conteúdo se refere a “correntes”, propagandas, promoções e afins.
- cópia de mensagem enviada para grupos de trabalho ou coordenações, com a única finalidade de
referência ou informação.
- material de referência, isto é, documentos usados apenas para subsídio teórico no desenvolvimento de
uma atividade.
A alternativa D está incorreta. Não é um documento eletrônico. Veja a explicação na alternativa correta.
A alternativa E está incorreta. Não é um documento eletrônico. Veja a explicação na alternativa correta.
A alternativa C está incorreta. Não é uma desvantagem pois a digitalização na verdade não apresenta essa
dificuldade na geração de cópias, tornando-as inclusive, mais fáceis.
A alternativa D está incorreta. Essa dificuldade também não existe no processo de digitalização.
Por outro lado a digitalização apresenta uma série de vantagens, muitas delas listadas nas demais
alternativas desta mesma questão:
a) linha de temporalidade.
b) teoria das três idades.
c) cadeia de preservação.
d) jurisdição arquivística.
e) integridade arquivística.
Comentários:
A alternativa A está incorreta. Linha de temporalidade não é um conceito apresentado nem no DBTA e nem
no Glossário da CTDE, do Conarq. Possivelmente está aí apenas para confundir o candidato com o termo
Tabela de Temporalidade, que também não tem qualquer relação com o tema abordado.
A alternativa B está incorreta. Segundo o DBTA a teoria das três idades é a teoria de acordo com a qual os
arquivos são considerados arquivos correntes, intermediários ou permanentes, de acordo com a frequência
de uso por suas entidades produtoras e a identificação de seus valores primário e secundário.
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. A cadeia de preservação é o sistema de controles que
se estende por todo o ciclo de vida dos documentos, a fim de assegurar sua autenticidade ao longo do tempo.
69
a) Certo
b) Errado
Comentários:
É correta a afirmação de que "são duas as formas de se gerarem documentos digitais (eletrônicos):
diretamente, com o uso de um software ou sistema específico; ou por processo de digitalização".
Porém, a questão peca ao informar que "Em ambos os casos, a visualização dos documentos digitais
independe do uso de softwares específicos ou de computadores". Os documentos digitais em regra
dependem do uso de softwares específicos e do próprio computador para poderem ser visualizados.
a) Certo
b) Errado
Comentários:
De acordo com a Resolução nº 20, de 16 julho de 2004, em seu artigo 3º, a gestão arquivística de documentos
digitais deverá prever a implantação de um sistema eletrônico de gestão arquivística de documentos, que
adotará requisitos funcionais, requisitos não funcionais e metadados estabelecidos pelo Conselho Nacional
de Arquivos, que visam garantir a integridade e a acessibilidade de longo prazo dos documentos
arquivísticos.
70
Dessa forma, os documentos digitais produzidos e(ou) recebidos no desenvolvimento das atividades do
MTE também são considerados documentos arquivísticos e devem ser tratados como tal, e não
exclusivamente pela área de TI.
a) Certo
b) Errado
Comentários:
a) Certo
b) Errado
Comentários:
(lembrando que, mesmo após digitalizados, os originais de documentos de valor secundário não devem ser
eliminados).
Veja outras ocasiões nas quais a digitalização é bem-vinda:
• Visualização de documentos em alta resolução, permitindo ampliações;
• Praticidade no manuseio e localização rápida dos arquivos;
• Redução do risco de fraudes, pela maior transparência na exposição destes documentos;
• Redução de gastos com cópias;
• Garantia de preservação e segurança dos documentos originais;
• Visualização e acesso simultâneo por diferentes usuários (alta demanda).
a) Certo
b) Errado
Comentários:
Não há, portanto, nenhum tipo de exclusão em relação a qualquer tipo de documento.
72
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. De acordo com o artigo 3o. do Decreto nº
1.799/1996, “Entende-se por microfilme, para fins deste Decreto, o resultado do processo de reprodução
em filme, de documentos, dados e imagens, por meios fotográficos ou eletrônicos, em diferentes graus de
redução.”
A alternativa B está incorreta. A legislação não define ou especifica o grau de redução: " em diferentes graus
de redução". Além disso não é um processo de reprodução fotográfica, mas em filme por meio fotográfico.
A alternativa C está incorreta. A legislação não define ou especifica o grau de redução: " em diferentes graus
de redução", além de abranger dados e imagens, não listados na alternativa.
A alternativa D está incorreta. A legislação não define ou especifica o grau de redução: " em diferentes graus
de redução" e não fala sobre processo de reprodução ótica, mas sim em filme por meio fotográfico ou
eletrônico.
A alternativa E está incorreta. Não se refere a "qualquer processo de transferência", mas sim um processo
de reprodução em filme, de documentos, dados e imagens, por meios fotográficos ou eletrônicos.
A alternativa A está incorreta. Não é recomendável o uso de cores e a resolução mínima é de 300 dpi e não
600.
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. A publicação do Conarq que trata sobre o tema
(Recomendações para Digitalização de Documentos Arquivísticos Permanentes) indica, para microfilmes e
microfichas, o uso de tons de cinza e resolução mínima de 300 dpi, veja abaixo:
73
A alternativa E está incorreta. A recomendação é do uso de tons cinza e não bitonal, além da resolução
mínima ser de 300 e não de 600 dpi.
74
A alternativa A está incorreta. Veja as recomendações do Conarq nos comentários da alternativa correta ou
na própria tabela.
A alternativa B está incorreta. Veja as recomendações do Conarq nos comentários da alternativa correta ou
na própria tabela.
A alternativa C está incorreta. Veja as recomendações do Conarq nos comentários da alternativa correta ou
na própria tabela.
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Mais uma questão sobre o tema e, mais uma vez,
temos que recorrer a tabela do Conarq. Note que ela indica a adoção de tons de cinza TIFF e resolução
mínima de 300 dpi.
A alternativa E está incorreta. Veja as recomendações do Conarq nos comentários da alternativa correta ou
na própria tabela.
75
76
significa
a) repetição de imagem.
b) documento restaurado.
c) página retirada.
d) papel rasgado.
e) rolo inicial.
Comentários:
Veja na tabela abaixo que o símbolo trazido pelo enunciado se refere exatamente à repetição de imagem.
77
A alternativa B está incorreta. NO Anexo I da Resolução 10/1999 do Conarq, que trata de SÍMBOLOS
UTILIZADOS – ISO 9878/1990, não há menção à símbolo aplicado a documento restaurado.
A alternativa C está incorreta. Este seria o símbolo correto para "página retirada".
78
A alternativa D está incorreta. Este seria o símbolo correto para "papel rasgado".
A alternativa E está incorreta. Estes seriam os símbolos a ser utilizados no rolo inicial (o primeiro, à
esquerda) e nos demais rolos (o segundo, a direita);
79
Comentários:
A alternativa B está incorreta. Este símbolo indica "numeração e/ou data incorreta".
A alternativa D está incorreta. Este símbolo indica "páginas e/ou números em falta".
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. Este é o símbolo que representa "continua em outro
rolo". Veja abaixo:
80
GABARITO
81
RESUMO
Documentos Eletrônicos
Documento Digital: documento codificado em dígitos binários, acessível por meio de sistema
computacional.
• Em 2019, a chamada Lei da Liberdade Econômica - Lei 13.874/2019, alterou a Lei 12.682/2012
que regulava este tema e trouxe a ela a seguinte nova redação (vou concentrar no que nos
interesse, a respeito do tema): Artigo 2o-A, § 2º O documento digital e a sua reprodução, em
qualquer meio, realizada de acordo com o disposto nesta Lei e na legislação específica, terão
o mesmo valor probatório do documento original, para todos os fins de direito, inclusive para
atender ao poder fiscalizatório do
• O documento digitalizado passa a ter o mesmo valor probatório do documento original, para
todos os fins de direito, inclusive para atender ao poder fiscalizatório do Estado.
• Os originais de valor histórico (secundário) devem ser preservados de acordo com a legislação.
• Em 2020 o Decreto 10.278/2020 aprofunda o detalha o tema, garantindo ao documento
digitalizado o mesmo valor probatório de seu original físico, desde que garantidas a
integridade, rastreabilidade/auditabilidade, qualidade/legibilidade, confidencialidade e
interoperabilidade da versão digital.
• Além disso o mesmo Decreto impõe o uso de certificação digital no padrão ICP-Brasil e os
padrões técnicos mínimos de resolução, cor, formato e metadados disponíveis, tudo listado
nos Anexos do próprio Decreto.
82
Objetivos:
• implantação da gestão arquivística de documentos arquivísticos digitais e não digitais.
• Fornecer especificações técnicas e funcionais, além de metadados, para orientar a aquisição
e/ou a especificação e desenvolvimento de sistemas informatizados de gestão arquivística de
documentos.
83
Requisitos Arquivísticos:
• captura, armazenamento, indexação e recuperação de todos os tipos de documentos
arquivísticos;
• captura, armazenamento, indexação e recuperação de todos os componentes digitais do
documento arquivístico como uma unidade complexa;
• gestão dos documentos a partir do plano de classificação para manter a relação orgânica entre
os documentos.
Legislação:
• legalmente autorizada e os filmes gerados possuem efeitos legais iguais aos dos documentos
originais.
• A eliminação deverá seguir a legislação vigente e não é permitida para os documentos de
guarda permanente.
• Em relação a movimentação dos documentos, os filmes produzidos devem ficar arquivados e
têm sua saída terminantemente vedada, assim como a eliminação dos originais microfilmados
ainda em trânsito é proibida.
• Os prazos de guarda dos documentos físicos devem ser aplicados aos microfilmados, no caso
de documentos sujeitos à fiscalização, ou necessários à prestação de contas.
Tipos de Microfilmagem:
• Complemento - complementação de acervos.
• Referência - instrumentos de pesquisa.
• Segurança - cópias de segurança.
• Conservação (ou Preservação) - visa a conservação das informações contidas em documentos
de valor permanente. Documentos históricos, mesmo que microfilmados, não podem ser
eliminados.
• Substituição - documentos de valor temporário, eliminados com vista ao aproveitamento de
espaço e equipamento.
84
Sinalética:
85