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Autor:
Ricardo Campanario
Aula 08
3 de Janeiro de 2021
Ricardo Campanario
Aula 08
Sumário
3 - Arranjo ..................................................................................................................................................... 9
4 - Descrição............................................................................................................................................... 16
5.1 - Guia................................................................................................................................................. 21
6 - Normatização ....................................................................................................................................... 27
6.2 - NOBRADE...................................................................................................................................... 32
Gabarito .......................................................................................................................................................... 80
Resumo ........................................................................................................................................................... 81
1 - Considerações Iniciais
Olá pessoal!
Estamos avançando em nosso curso regular de Arquivologia. Hoje falaremos dos Arquivos
Permanentes e dos seus instrumentos de pesquisa.
Antes de aprofundarmos um pouco mais o tema, insisto em dar a você a noção geral da estrutura
do nosso curso. Procurei para este aula criar a ilustração abaixo, para que você se localize ao longo de
nossa conversa:
Note que já passamos por toda a fase introdutória proposta (e que cai demais, lembre-se do Raio-X)
e hoje e na próxima aula fechamos o segundo quadro acima, ou seja, a conversa sobre a Teoria das 3
Idades, ao tratarmos do Arquivo Permanente.
É claro que, como já vimos inúmeras vezes, a Arquivologia tem inúmeras idas e vindas entre seus
tópicos e, por conta disso, certamente ainda falaremos bastante dos temas dos dois primeiros quadros.
Mas você também vai perceber que nossa conversa rapidamente migrará para a gestão digital dos
documentos, para as novas diretrizes de acesso aos documentos e para os novos perfis exigidos do
profissional arquivista.
Tudo isso vem sendo construído nos últimos anos em função de significativas mudanças legislativas
que também debateremos neste último terço do curso.
Bem, vamos lá. Hoje entraremos a fundo em três das principais atividades do Arquivo Permanente:
o Arranjo, a Descrição e a Referência. A última das atividades do arquivo permanente, a Conservação,
veremos mais adiante.
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Você deve lembrar que já falamos tanto de Arranjo como de Descrição ao longo das aulas e, desta
forma, é natural que eu traga de volta alguns conceitos para refrescarmos a memória antes de irmos mais a
fundo.
Por fim falaremos de políticas públicas dos arquivos permanentes, aqui representando a atividade
de Referência, típica de arquivos permanentes. Lá veremos como os arquivos podem se aproximar da
sociedade levando a ela informações e trazendo os interessados para dentro de suas instalações.
Ao final da aula, como sempre, trarei mais uma vez termos do DBTA, relacionados a aula. Assim
debatemos e reforçamos alguns conceitos, além de tocar em pequenos pontos que, eventualmente, não
tenham sido enfatizados ao longo da aula.
Relembro que ao longo da aula usaremos conceitos teóricos de estudiosos do tema, seguidos de
explicações e exemplos e, ao final das discussões, geralmente teremos questões específicas sobre o
assunto tratado, ajudando no entendimento e na fixação dos conceitos.
Tento sempre trazer as questões mais recentes disponíveis, mas, às vezes, por razões pedagógicas,
é necessário usar questões um pouco mais antigas para ilustrar alguns pontos específicos ou chamar
atenção de algum conteúdo ou formato de cobrança da banca, especialmente aqueles de maior incidência.
Vamos em frente!
Instagram: https://www.instagram.com/ricardocampanario
2 - Arquivos Permanentes
Dessa forma o arquivo permanente faz parte de todo esse ciclo. Podemos considerar que é sua
"última etapa", após o documento transitar pelas demais idades do ciclo vital.
Sabemos que o destino dos arquivos é passar por uma lenta evolução que os afasta cada vez mais
de seu objetivo primitivo, ou seja, a razão principal para a qual ele foi criado.
Sendo assim, com o passar dos anos, embora o documento perca o seu valor administrativo, ele
pode ganhar importância como documento histórico.
Uma forma fácil de resolver o problema seria separar os documentos em dois arquivos: o velho
(histórico) e o administrativo, mas não podemos fazer isso pois na realidade são todos simplesmente
documentos em processo de transformação.
Durante as três fases dos arquivos (corrente, intermediária e permanente) há uma série de tarefas e
atividades relativas ao processo de gestão documental que precisam ser desempenhadas e hoje vamos
tratar das atividades do arquivo permanente.
Ainda de acordo com a pesquisadora, o principal objetivo da reunião dos arquivos em um órgão
central é torná-los acessíveis e colocar à disposição dos usuários a experiência do passado, tanto quanto
ela se reflita em um documento.
Já a Lei Nacional dos Arquivos (Lei 8.159/1991), em seus artigos 8o e 10o, define que:
A segunda chave para resolver a questão refere-se ao ciclo de vida dos documentos. Como vimos até
mesmo na Lei 8.159/91, os documentos públicos são divididos em três grupos: os correntes, os
intermediários e os permanentes. Essas são exatamente as três idades documentais: primeira, segunda e
terceira idade, respectivamente.
Dessa forma estamos falando da terceira idade e do arquivo permanente.
Nas demais alternativas temos erros evidentes, que nos ajudam a responder à questão, mesmo que por
exclusão.
Na alternativa A a banca fala em primeira idade. Já vimos que estamos falando da terceira. Além disso, traz
o arquivo "secundário", que sequer é um dos tipos de arquivos que estamos estudando.
Na letra B o examinador traz a terceira idade, o que está correto, mas se equivoca ao trocar o arquivo
permanente pelo arquivo "histórico".
Na alternativa C temos dois erros. Não estamos falando da segunda idade do ciclo de vida dos documentos
e muito menos de arquivo de "custódia". Fuja dessa!
Finalmente, na letra E o examinador fala de primeira idade e arquivo "probatório". Ambos errados.
Lembre-se sempre:
Valor Primário (administrativo) - arquivos corrente ou intermediário
Valor Secundário (probatório, informativo, etc.) - arquivo permanente
Outra cobrança muito comum é a que se refere as relações abaixo, que você também não pode esquecer
para sua prova:
PRIMEIRA IDADE -> ARQUIVO CORRENTE
SEGUNDA IDADE -> ARQUIVO INTERMEDIÁRIO
TERCEIRA IDADE -> ARQUIVO PERMANENTE
Dessa forma, a afirmativa do enunciado está errada pois documento de valor primário (aquele que tem alta
frequência de uso em função do seu valor administrativo) é documento dos arquivos corrente ou
intermediário, mas nunca do permanente.
3 - Arranjo
Entrando nas principais atividades do Arquivo Permanente, vamos iniciar pelo arranjo, que pode ser
considerada uma operação tanto intelectual como material.
O arranjo nada mais é do que a ordenação dos conjuntos documentais remanescentes das
eliminações (lembra-se de como elas ocorrem, correto? Se não se lembra volte na aulas em que estudamos
as Tabelas de Temporalidade e o processo de eliminação!), obedecendo a critérios que respeitem sempre o
caráter orgânico dos conjuntos, tanto interna como externamente.
Note que agora estamos falando também dos princípios da Organicidade e da Proveniência, que
estudamos lá no início do curso. Ao se deparar com isso, a essa altura, você já precisa ter esses conceitos
solidificados. Voltaremos ao tema já já.
Esta definição é um pouco confusa mas note que, de novo, fala-se aqui da organicidade, ou seja, a
relação natural dos documentos de um arquivo, entre si e entre as atividades da entidade produtora.
Relembre algumas definições do princípio da Organicidade:
Dessa forma, o princípio da Organicidade nada mais é do que a relação que é naturalmente
estabelecida entre os documentos que são produzidos por uma mesma entidade produtora e isso é crítico
para estudar e entender a atividade de arranjo, que ocorre dentro dos arquivos permanentes.
Para aprofundarmos ainda mais o entendimento do termo arranjo, vamos ver como o DBTA o
define:
Perceba então que o próprio Dicionário define como uma atividade intelectual (análise do
documento quanto a sua forma, origem funcional e conteúdo) ou física (organização dos papéis nas
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galerias ou estantes, empacotamento, colocação de etiquetas, etc.), de acordo com plano previamente
estabelecido, que é justamente o plano que deve seguir os princípios da Organicidade e da Proveniência,
como vimos acima.
No arquivo permanente o arquivista não se interessa apenas pelo arranjo dos papéis de
determinado setor, mas se ocupa da ordenação de todos os documentos sob sua guarda e que provém de
múltiplos órgãos, onde foram manipulados por inúmeros funcionários ou interessados.
Ao tratar essa documentação, agora de uso não corrente, o arquivista deverá obedecer a
Proveniência dos documentos, princípio básico da Arquivologia, segundo o qual devem ser mantidos
reunidos, num mesmo fundo, todos os documentos provenientes de uma mesma fonte geradora de
arquivo.
Note que o mais importante em tudo isso é que os arquivos devem respeitar a sua origem ao longo
da atividade de arranjo, ou seja, devem respeitar o lugar de onde vêm, a sua proveniência, assim como a
relação que têm com as atividades da instituição, a sua organicidade.
Para finalizar, a atividade de arranjo está também diretamente ligada a mais um princípio, o do
Respeito a Ordem Original ou da Ordem Primitiva.
Para o DBTA, o princípio do Respeito a Ordem Original é o princípio segundo o qual o arquivo
deveria conservar o arranjo dado pela entidade coletiva, pessoa ou família que o produziu, ou seja, ele
deve ser alocado em seu lugar original, respeitando o fundo de onde provém, além de respeitar o fluxo
natural orgânico em que o documento foi produzido.
Veja então, antes de avançarmos, que a atividade de arranjo é regida basicamente por
três grandes princípios da Arquivologia: o da Proveniência, o da Organicidade e o do
Respeito à Ordem Original. Importante lembrar disso para a prova.
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ARRANJO
Voltando ao princípio da proveniência, uma das dificuldades encontradas na sua aplicação refere-se
à determinação das unidades administrativas que irão se constituir em fundos de arquivo pois é
indispensável que a ordenação de arquivos permanentes se faça por fundos.
Fundo é o:
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Além de ser necessário saber o que são os fundos, já que toda a atividade de arranjo se baseia
neles, é importante saber também que a escolha desses fundos deverá ser estabelecida de acordo com as
circunstâncias e conveniências, obedecendo a dois critérios:
Fundo Aberto - sua acumulação é contínua, uma vez que os documentos de valor
permanente passam a integrá-lo pouco a pouco, à medida que vencem os estágios
anteriores de vigência e validade administrativa e jurídica.
Por fim, importante falarmos sobre a dispersão e a reintegração de fundos no arquivo permanente:
DISPERSÃO DE FUNDOS
A dispersão de um fundo deve sempre ser encarada como uma exceção. A regra é que o fundo
nunca deve ser disperso.
Ela ocorre quando se retiram documentos de uma série, ou retiram-se séries de um fundo ou
mesmo fundos inteiros de um arquivo, com o objetivo de compor séries e fundos de outro arquivo.
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DISPERSÃO DE FUNDOS
REINTEGRAÇÃO DE FUNDOS
É exatamente o movimento inverso do que vimos acima. A reintegração de fundos, segundo o DBTA
é a:
Lembre-se que cada documento, em sua fase permanente de vida, deve ficar junto com os que
tiveram o mesmo meio de produção/tramitação/acumulação.
Em nenhuma hipótese é justificável a sua dispersão para proteção, melhor tratamento técnico ou
por outras razões que atendam às necessidades do historiador ou qualquer interessado.
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Lembre-se sempre dos principais princípios que estão ligados à atividade de arranjo, executada no arquivo
permanente. São eles os princípios da proveniência, da organicidade e do respeito a ordem original
também conhecido como o princípio da ordem primitiva. E, voltando ao enunciado, fica fácil de matar a
questão. O examinador fala em conservar o arranjo dado pela entidade coletiva, pessoa ou família que o
produziu, ou seja, está se referindo ao respeito à ordem original ou ordem primitiva.
A alternativa B é a correta e é o gabarito da questão.
Na alternativa A a banca fala no princípio da proveniência, que também é um dos princípios ligados ao
arranjo. E, não à toa, ele já é logo o primeiro, tentando induzir o candidato ao erro. Cuidado. Leia o
enunciado com cuidado e todas as alternativas. A proveniência, como vimos, refere-se à manutenção do
documento junto aos demais que foram produzidos pela mesma entidade. Não confunda os conceitos. Não
é disso que o examinador está falando.
As letras C e D trazem sim princípios da Arquivologia, mas não aqueles diretamente relacionados a
atividade de arranjo.
Por fim, na alternativa E o examinador lista o princípio do respeito aos fundos e aqui, importante saber que
esse é o princípio da proveniência, portanto também relacionado ao arranjo, mas não exatamente o que a
banca busca com a definição do enunciado.
Atenção pois esta relação entre os princípios da Arquivologia e as atividades executadas no arranjo é
bastante exigida em prova!
Cuidado para não se confundir. O examinador faz a menção aos 100 anos de existência para criar no
candidato a impressão de que o fundo é muito antigo e não existe mais. Não caia nessa!
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4 - Descrição
Outra atividade importante do arquivo permanente e que vamos abordar nessa aula é a descrição.
Para iniciarmos a discussão, vamos ver como o Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística
define o termo:
Veja que nos dois casos são citados os "conjuntos de procedimentos", a utilização dos "elementos
formais e de conteúdo" dos documentos e a "elaboração de instrumentos de pesquisa".
Tudo isso para propiciar e, sobretudo, facilitar o acesso ao documento ou a informação buscada
pelo interessado. É isso que você precisa saber e memorizar para a prova.
Para que o arquivo permanente cumpra de forma plena a função de atender ao público, ou seja,
possa disponibilizar aos usuários o conteúdo do seu acervo de forma rápida e prática, é preciso proceder à
descrição dos documentos, resultando daí os chamados instrumentos de pesquisa, que iremos estudar em
detalhe um pouco mais adiante.
Dessa forma, podemos considerar que a descrição é uma atividade típica dos arquivos
permanentes. Reforçando essa tese, segundo uma de nossas principais fontes, a professora Heloísa
Bellotto "ela não cabe nos arquivos correntes, onde seu correspondente é o estabelecimento dos códigos
dos planos de classificação".
Prossegue a professora: "tampouco a descrição faz sentido no âmbito dos arquivos intermediários,
onde a frequência de utilização secundária é quase nula".
Note que, para Bellotto, a descrição não só é uma atividade típica dos arquivos permanentes como
acontece só na terceira idade do ciclo de vida dos documentos.
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Como já vimos em aulas anteriores, essa não é uma interpretação unânime de toda a comunidade
arquivística. Não há um consenso em relação a quais estágios do ciclo vital são permeados pela função
Descrição. A maioria dos estudiosos cita a terceira idade/arquivo permanente, como a própria Heloisa
Bellotto, mas não todos.
Dentro da perspectiva da arquivística integrada, por exemplo, aquele ponto de vista que aborda a
atividade de gestão documental desde a produção do documento até seu recolhimento permanente ou
eliminação, a descrição começa no processo de Classificação, continua na Avaliação e se aprofunda em
instrumentos de busca mais específicos, se espalhando pelos três ciclos vitais documentais.
Veja que mesmo os que defendem que a descrição ocorre apenas no arquivo permanente, não
negam que essas atividades estejam presentes ao longo de toda a cadeia, apenas não as consideram como,
tipicamente, atividades de descrição.
Ainda nesta direção, a NOBRADE - Norma Brasileira de Descrição Arquivística, diz logo
na definição de seu âmbito e objetivos que "Embora voltada preferencialmente para a
descrição de documentos em fase permanente, pode também ser aplicada à descrição
em fases corrente e intermediária."
Assim, fique atento a esta particularidade caso venha a ser cobrada em prova e entenda o contexto
da questão ou a fonte que está sendo utilizada.
Em linhas gerais a descrição é uma atividade típica do arquivo permanente porém, de acordo com
fontes importantes da arquivística nacional e internacional, seus procedimentos podem ser encontrados
também nos arquivos corrente e intermediário. Fique atento à fonte que serve de referência a questão!
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Vamos aprofundar agora a discussão sobre os instrumentos de pesquisa, mas antes vamos exercitar
o tema recém discutido.
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Por fim, na letra E o examinador fala novamente na "elaboração de instrumentos", usando o mesmo
artifício da alternativa C, porém cita instrumentos que descrevem o trâmite documental e não o seu
conteúdo ou forma. Também não pode estar correto.
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5 - Instrumentos de Pesquisa
Como os arquivos não podem conceder livre acesso a cada um dos interessados em pesquisar seus
acervos é necessário que, por meio dos instrumentos de pesquisa, os interessados tenham acesso ao seu
potencial de informação.
Segundo Baudot:
Parciais (detalhados e
Ex: Inventários, Catálogos, catálogos seletivos,
especícos, tratando de
e índices
parcelas do acervo)
Publicação de documentos
EX: Edição de fontes
na íntegra
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Temos ainda os instrumentos de uso exclusivamente interno. Embora não sejam tão cobrados
como os que já vimos, precisamos conhecê-los, até para saber diferenciá-los quando a banca tenta
estabelecer confusão entre eles.
Não é raro o examinador misturar instrumentos externos e internos em questões sobre o tema.
Fique atento pois, na imensa maioria das vezes, a questão refere-se a instrumentos de uso externo, ou
seja, o usuário interessado na informação.
Antes de entrar em cada um dos instrumentos de pesquisa, vale lembrar que eles também devem
constituir uma espécie de família hierárquica, na qual o guia ocupa o vértice da hierarquia. Veremos a
razão mais a frente.
5.1 - Guia
No guia deverão constar todos os dados básicos necessários para orientar os interessados, desde as
informações práticas — tais como o endereço da instituição, os telefones, o horário de atendimento etc. —
até as informações específicas sobre o acervo, como por exemplo os fundos e as coleções que ele possui,
seu nível de organização, as condições físicas e jurídicas do acesso, as possibilidades de reprodução de
documentos etc.
O guia também deve conter uma pequena introdução que apresente o histórico da instituição e
explique o processo pelo qual seu acervo foi formado.
Através do guia, o pesquisador poderá programar sua visita, sabendo exatamente quais são as
condições de consulta, quais conjuntos documentais são pertinentes para seus interesses de pesquisa e
quais são as condições de acesso. Ele será o primeiro instrumento solicitado por qualquer consulente
familiarizado com os procedimentos técnicos do arquivo.
5.2 - Inventário
Os inventários são, pela ordem hierárquica dos níveis da classificação, os instrumentos de pesquisa
que se seguem ao guia. Eles buscam oferecer um quadro sumário de um ou mais fundos ou coleções.
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Uma boa descrição de cada fundo arquivístico permite que o pesquisador consiga detectar,
preliminarmente, a possível existência e a localização de documentos de seu interesse. O acesso a um
documento individual e específico ocorrerá mediante o conhecimento dos critérios de classificação e de
ordenação interna das séries.
No entanto, suas informações deverão ser reavaliadas sempre que novas inclusões documentais
forem feitas (no caso de fundos abertos), ou novos sistemas de ordenação e de acesso (com o incremento
da informática, por exemplo) forem executados. Pelo fato de o inventário ser basicamente um instrumento
para a pesquisa especializada, a elaboração de edições sofisticadas não compensa o investimento.
5.3 - Catálogo
No catálogo, por ser a representação descritiva de documento por documento, as sequências dos
dados necessários à identificação e ao resumo são as mesmas que as do inventário.
O fundamental do catálogo é que ele se atenha à compreensão dos documentos dentro de suas
relações orgânicas com as atividades que os produziram.
Na introdução do catálogo, deverão constar, além dos dados gerais da série (ou séries), levantados
por ocasião da confecção do inventário, as seguintes informações: explicação sobre a importância do
catálogo, contextualização da série dentro do fundo e indicação dos critérios para a ordenação de
documentos.
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O catálogo seletivo, por sua vez, é o instrumento de pesquisa que traz uma relação seletiva de
documentos pertencentes a um ou mais fundos e no qual cada peça integrante de uma unidade de
arquivamento é descrita minuciosamente.
O que difere o catálogo seletivo do catálogo ou mesmo do inventário é que, nestes dois últimos,
após escolhido o fundo, não há seleção de documentos, enquanto no catálogo seletivo, há.
O DBTA não traz definição para o catálogo seletivo porém, para o DTA, sua definição é:
5.5 - Índice
O índice aponta nomes, lugares ou assuntos em ordem alfabética e remete o usuário às respectivas
notações de localização.
Índices têm como objetivo permitir uma rápida localização das unidades documentais que atendam
a critérios específicos, tanto de uma única série como de diferentes fundos.
Na confecção de índices, deve-se tomar muito cuidado com a escolha dos termos a serem
utilizados. Em tais tarefas a utilização de vocabulários controlados e tesauros é imperativa.
Dessa forma os índices podem ser utilizados como parte complementar de inventários e catálogos
analíticos ou mesmo ter personalidade própria, indexando diretamente os documentos.
Quando tem "personalidade própria" e são utilizados como instrumentos de pesquisa autônomos,
procuram decompor os documentos em descritores, que podem ser temáticos, cronológicos, onomásticos,
geográficos etc.
Entretanto, a forma mais comum de ocorrência dos índices é sua integração dentro de outros
instrumentos de pesquisa, visando garantir possibilidades variadas de acesso aos documentos em questão.
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Ótima questão para reforçarmos um ponto bastante cobrado entre os instrumentos de pesquisa, ou seja,
qual é aquele que costuma ser produzido em primeiro lugar.
A alternativa B é a correta e é o gabarito da questão.
Vimos isso quando falamos do Guia, lembra? O guia é, preferencialmente, o primeiro instrumento de
pesquisa a ser produzido por um arquivo. Ele é a porta de entrada da instituição e permite um
mapeamento panorâmico do acervo.
Os instrumentos de pesquisa devem constituir uma espécie de família hierárquica, na qual o guia ocupa o
vértice da hierarquia, justamente por executar esse papel.
Na alternativa A o examinador fala de índice. Vimos que o índice é, segundo o DBTA, a relação sistemática
de nomes de pessoas, lugares, assuntos ou datas contidos em documentos ou em instrumentos de
pesquisa, acompanhados das referências para sua localização. E, nessa situação, certamente não é o
primeiro a ser produzido por uma instituição arquivística.
Na letra C a banca traz o inventário. Para o DBTA é o instrumento de pesquisa que descreve, sumária ou
analiticamente, as unidades de arquivamento de um fundo ou parte dele, cuja apresentação obedece a
uma ordenação lógica que poderá refletir ou não a disposição física dos documentos. Note que ele já está
um degrau abaixo do Guia.
Os inventários são, pela ordem hierárquica dos níveis da classificação, os instrumentos de pesquisa que se
seguem ao guia. Eles buscam oferecer um quadro sumário de um ou mais fundos ou coleções.
Ao contrário do guia, os inventários devem, necessariamente, abordar conjuntos documentais com algum
nível de organização do ponto de vista da classificação arquivística. A descrição das séries documentais de
cada fundo é uma atividade fundamental para permitir o pleno acesso aos documentos de um arquivo.
Por fim, na alternativa D a banca fala em "folder", que sequer é um instrumento de pesquisa. Aqui não dá
nem para ficar em dúvida!
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Por outro lado, temos os instrumentos considerados genéricos como os Guias e os parciais como os
inventários, catálogos, repertórios e índices. Relembre abaixo:
Parciais (detalhados e
especícos, tratando de parcelas Ex: Inventários, catálogos, repertórios e índices
do acervo)
Publicação de documentos na
EX: Edição de fontes
íntegra
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6 - Normatização
Como já sabemos, a normatização está diretamente ligada a atividade de descrição, que é uma das
principais atividades executadas na terceira idade do ciclo documental, ou seja, no arquivo permanente. E
é um assunto que cai com razoável frequência em provas.
Esse processo contribui para que todas as organizações que trabalham com arquivos possam
realizar suas atividades de tratamento técnico dos acervos documentais com a maior eficácia possível,
economia de recursos, ampliando o potencial dos instrumentos de pesquisa gerados, simplificando o
acesso aos usuários e viabilizando o intercâmbio entre as diferentes instituições arquivísticas.
Já em relação ao Brasil, temos a NOBRADE (Norma Brasileira de Descrição Arquivística), que adapta
as normas internacionais à realidade brasileira.
Antes de entrarmos um pouco mais a fundo na ISAD(G) e na NOBRADE (que são as duas mais
cobradas), relembre este esquema que já foi estudado em aula anterior. Se não estiver confortável com os
conceitos volte a aula respectiva pois esse é um assunto que já encerramos, especialmente para as normas
sobre as quais não falaremos hoje.
NORMAS INTERNACIONAIS
DE DESCRIÇÃO ARQUIVÍSTICA
CONTEXTO/ ACERVOS
PRODUÇÃO /
PRODUÇÃO / ARQUIVÍSTICOS
CONTEÚDO MANUTENÇÃO
MANUTENÇÃO
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OBJETIVOS
A ISAD tem como principal objetivo estabelecer diretrizes gerais para a preparação de descrições
arquivísticas, podendo ser usada juntamente com as normativas nacionais de diversos outros países. Além
disso, tem como outros objetivos:
REGRAS E PRINCÍPIOS
No primeiro nível (fundo) a descrição deve dar informações do fundo como um todo. Nos níveis
seguintes deve-se dar informação sobre as partes descritas. As descrições resultantes se mostrarão em
uma relação hierárquica da parte até o todo, indo do nível mais amplo (fundo) até o mais específico.
Esta é a regra mais importante da norma. Note que ela avança sempre do geral para o
particular, ou seja, do fundo para as partes descritas. Isso precisa estar claro no dia da
prova pois tem alta incidência em questões.
Além da regra mais importante, que diz que a descrição deve ir sempre do geral para o particular, a
ISAD possui outras três regras que devem ser conhecidas:
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- Informação relevante para o nível de descrição: deve-se fornecer informação apropriada apenas
para o nível que está sendo descrito. Se a descrição é de um fundo não se deve fornecer informações
específicas de processos ou dossiês que constituem esse fundo, mas só do fundo.
- Relação entre descrições: as descrições devem sempre ser relacionadas a que estiver mais
próxima e acima.
- Não repetição da informação: informação já dada em um nível superior (e isso deve ser feito
quando ela for comum aos níveis inferiores), não deve ser repetida em cada um dos níveis abaixo.
COMPOSIÇÃO
A ISAD (G) define 26 elementos que podem ser combinados para constituir a descrição de uma
entidade arquivística (sendo que 6 deles são obrigatórios - abaixo estão grifados em vermelho) e as regras
estão organizadas em 7 áreas de informação descritiva.
São elas, incluindo cada um dos 26 elementos, com atenção para os obrigatórios:
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5. Área de fontes relacionadas (informa sobre fontes com uma relação importante com
a unidade de descrição)
6. Área de notas (qualquer outra informação que não possa ser incluída em nenhuma
das outras áreas)
- Notas - Fornece informação que não possa ser incluída em qualquer das outras áreas.
7. Área de controle da descrição (informa sobre como, quando e por quem a descrição
arquivística foi elaborada)
Note que os cinco elementos da área de identificação são obrigatórios, assim como a indicação do
produtor, que está na área de contextualização.
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Em relação a ISAD(G) é muito importante saber que ela possui 26 elementos espalhados
por 7 áreas (é bom saber quais são elas) e 6 deles são obrigatórios (também importante
lembrar quais são no momento em que a banca os citar).
Sabendo quais são os elementos você já conseguiria matar a questão pois encontraria dois deles juntos, na
alternativa B, o código de referência e o título.
Na alternativa A o examinador traz "controle de vocábulo" como elemento. Note que você só conseguiria
descartar essa alternativa sabendo quais são os elementos ou ao menos lembrando que este não é um dos
26!
Na letra C a banca diz que "intercâmbio de materiais" é um elemento. Mesmo cenário. É necessário ter um
mínimo de conhecimento do universo dos 26 elementos para poder descartar esta também.
Na alternativa D fala-se em "regras para o registro da autoridade arquivística". As regras para o registro de
autoridade arquivística estão constantes em outra norma: a ISAAR(CPF).
A ISAAR(CPF) fornece regras gerais para o estabelecimento de registros de autoridade arquivística que
descrevem entidades coletivas, pessoas e famílias que podem ser citadas como produtores nas descrições
de documentos de arquivos, como vimos em aula do início do curso.
Por fim, na letra E o examinador traz a informação que "a incorporação de elementos depende de
determinações internacionais. Também não está correto. A incorporação de elementos, além dos
essenciais, já está prevista e pode acontecer sempre que o arquivista julgar necessário usar algum dos
elementos da ISAD(G) além dos 6 considerados essenciais.
6.2 - NOBRADE
Para que não se confunda considere que a descrição é atividade típica de arquivo permanente, mas
pode ser encontrada nas demais idades documentais. E atenção à fonte que a banca está usando na
questão!
OBJETIVOS
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Cabe a cada entidade custodiadora e a seus profissionais a decisão acerca dos recursos utilizados
para a descrição, bem como o formato final de seus instrumentos de pesquisa, sendo apenas
imprescindível a presença dos elementos de descrição obrigatórios.
Veja que a NOBRADE procura, portanto, padronizar sem "engessar" demasiadamente a instituição
arquivística, dando a ela espaço para que possa incorporar suas particularidades e contexto ao longo da
atividade de descrição.
O único ponto em que a norma é inflexível é em relação a utilização dos 7 elementos obrigatórios.
Tente memorizar as diferenças entre a ISAD(G) e a NOBRADE. Isso tem boa possibilidade
de ser tema de questão de prova quando falamos de normatização:
REGRAS E PRINCÍPIOS
A NOBRADE tem como pressupostos básicos o respeito aos fundos e a descrição multinível,
adotando exatamente os mesmos princípios expressos na ISAD(G):
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REGRAS E PRINCÍPIOS
ISAD(G) & NOBRADE
Descrição do Informação
Relação entre Não repetição da
geral para o relevante para o
descrições informação
particular nível de descrição
COMPOSIÇÃO
A NOBRADE define 28 elementos que podem ser combinados para constituir a descrição de uma
entidade arquivística (sendo que 7 deles são obrigatórios - abaixo estão grifados em vermelho) e as regras
estão organizadas em 8 áreas de informação descritiva.
São elas, incluindo cada um dos 28 elementos, com atenção para os obrigatórios (em vermelho):
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5. Área de fontes relacionadas (registra informação sobre outras fontes que têm
importante relação com a unidade de descrição)
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7. Área de controle da descrição (registra informação sobre como, quando e por quem a
descrição foi elaborada)
Perceba que a comparação entre a ISAD(G) e a NOBRADE não é tão difícil quanto parece, pois são
muito parecidas.
Até a área 5 há total coincidência entre a ISAD(G) e a NOBRADE, tanto em relação as áreas quanto
em relação aos seus elementos e objetivos. São idênticas.
Na área 6 a NOBRADE traz a primeira novidade. Cria o elemento "notas sobre conservação", que
não existe na ISAD(G) e rebatiza o elemento "notas" da ISAD(G) como "notas gerais", mantendo seu
objetivo.
A partir daí a norma brasileira acrescenta mais uma área, de número 8. É a área de pontos de
acesso e descrição de assuntos, que não possui estrutura semelhante na ISAD(G). Essa é basicamente a
única diferença entre a composição das áreas das 2 normas.
Por fim, há ainda outra diferença significativa que precisa ser memorizada: a NOBRADE tem 7
elementos obrigatórios ao invés dos 6 da ISAD(G). O elemento adicional são as "condições de acesso" na
área 4, sinalizado na caixa de destaque acima.
Temos, portanto, pouquíssimas diferenças entre as duas normas e é isso que você
precisa saber. Novo elemento na área 6, uma nova área (8) - com seu novo elemento - e
um novo elemento obrigatório, as "condições de acesso", da área 4.
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Além disso, importante ter alguma intimidade com a nomenclatura dos elementos e das áreas
(incluindo aí os seus objetivos) pois é comum a banca pedir a avaliação de elementos ou de áreas e colocar
entre eles termos ou definições que não se encaixam com o que trazem ISAD(G) e NOBRADE.
Geralmente são questões simples e fáceis de matar, desde que você minimamente conheça a lista
de áreas e elementos. Fique atento!
e) Área de notas: registra informação sobre outras fontes que têm importante relação com a unidade de
descrição.
Comentário:
Veja que na questão a banca cobra o conhecimento dos objetivos das áreas da NOBRADE. Como eu disse:
questão bastante simples e rápida, desde que você conheça as áreas e seus objetivos.
A alternativa A é a correta e é o gabarito da questão.
Vimos agora mesmo que a área de contextualização tem como objetivo registrar informação sobre a
proveniência e custódia da unidade de descrição. É exatamente o que a alternativa traz para o candidato.
Gabarito!
Na letra B examinador traz o objetivo da área de conteúdo e estrutura e não de identificação. E ele usará
esse recurso ao longo de todas as alternativas. Veja adiante.
Na alternativa C a banca traz o objetivo da área de identificação e não de conteúdo e estrutura.
Na letra D ao invés da área de controle e descrição, que é a proposta, o examinador traz o objetivo da área
de pontos de acesso e descrição de assuntos, justamente aquela área que só a NOBRADE possui, quando
comparada com a ISAD(G).
Por último, na E o examinador traz o objetivo da área de fontes relacionadas e não da área de notas,
conforme diz a alternativa.
38
Sabemos que os arquivos públicos existem com o principal objetivo de recolher, custodiar,
preservar e organizar fundos documentais originados na área governamental, disponibilizando essa
informação para administradores, historiadores, cidadãos e demais interessados.
Existe porém uma outra atividade, talvez secundária, que é porém a que melhor pode desenhar o
seu papel social, conferindo-lhe um papel na sociedade e concretizando a real dimensão popular e cultural
que reforça o seu primeiro objetivo.
Estamos falando das políticas públicas de difusão (ou atividade de Referência) implementadas
pelas instituições arquivísticas. Dentro delas temos compreendidos os serviços editoriais, de difusão
cultural e de assistência educativa que os arquivos prestam à sociedade de maneira geral.
Vimos lá no início da aula que as principais atividades do arquivo permanente são: arranjo,
descrição, conservação e referência (políticas de acesso e uso). Pronto. Agora estamos falando desta
última.
O arquivo é algo como a "consciência histórica" da administração e também pode e deve exercer o
mesmo papel em relação a sociedade. E há algumas formas de fazer isso, que é o que nos importa sob o
ponto de vista de matérias cobradas em concurso. Vamos a elas.
Os arquivos têm duas formas de promover essas atividades: de fora para dentro, atraindo o
público para as suas instalações ou de dentro para fora, levando para o público parte de seu conteúdo,
valores e pensamentos.
Dessa forma são dois grandes caminhos que os arquivos podem percorrer nesse sentido: as
atividades culturais / educacionais e os serviços editoriais.
• visitas guiadas
• palestras/aulas
• debates
• lançamentos de obras
• concursos
• patrocínios de:
o simpósios
o congressos
o jornadas
o reuniões
39
Importante frisar que tais atividades não se referem apenas a profissão e à prática arquivística e/ou
histórica, mas podem também se relacionar a outros campos da cultura.
Por meio desses eventos os arquivos trazem para dentro de suas instalações físicas os mais
variados interessados, sejam eles os próprios frequentadores (historiadores, administradores e cidadão
interessados) ou, o mais importante, novos públicos como estudantes e demais cidadãos que não
conhecem o arquivo e não criariam nenhuma relação com o órgão sem esse tipo de iniciativa.
Em relação as atividades educacionais, hoje considera-se que o arquivo pode atuar em dois
formatos:
• Contato direto do aluno com a fonte primária documental, ou seja, trazê-lo para dentro da
instituição arquivística.
• Seleção de documentos para pesquisa de acordo com o conteúdo programático escolar. Dessa
vez a relação pode se estabelecer tanto dentro da instituição arquivística como no próprio
ambiente de ensino.
Já as publicações são o canal de comunicação com o exterior pois levam não só à comunidade, mas
também à própria administração e à academia informações sobre o acervo documental, as atividades e os
programas dos arquivos.
Por meio das publicações os arquivos podem atrair novos usuários e fazê-los compreender o que
eles representam para a sociedade.
Nesse contexto, perceba que, além dos instrumentos de pesquisa que acabamos de estudar, os
arquivos têm em sua produção editorial outra grande possibilidade de permitir ao usuário o acesso as suas
informações, ao seu acervo a as suas atividades do dia a dia.
• manuais
• edições de textos
• monografias
• edições comemorativas
• folders promocionais ou explicativos
40
41
Como também já é de costume, vamos trazer definições do DBTA, pois é sempre comum termos ao
menos uma pergunta de Terminologia Arquivística nas provas de Arquivologia.
ACESSO
ARQUIVO PERMANENTE
Definição do DBTA do que mais estudamos nesta aula. Note que vincula a preservação dos
documentos ao valor detectado, neste caso, o valor secundário.
ARRANJO
Uma das principais atividades do arquivo permanente, conforme estudamos. Está diretamente
relacionado aos princípios da Organicidade, Proveniência e Respeito a Ordem Original. Veja que
o dicionário faz referência às atividades intelectuais (classificação dos documentos) e físicas
(organização em estantes, arquivos, etc.).
ARRANJO ESTRUTURAL
Arranjo que tem por eixo a estrutura administrativa da entidade produtora do arquivo.
Vimos isso ao estudarmos os tipos de fundos, lembra? Quando os fundos são arranjados de
maneira estrutural significa que são provenientes de uma mesma fonte geradora de arquivos.
ARRANJO FUNCIONAL
42
Arranjo que tem por eixo as funções desempenhadas pela entidade produtora do arquivo.
Ao contrário, o fundo quando arranjado de maneira funcional, provém de mais de uma fonte
geradora de arquivos, reunidos por semelhança de suas atividades, mantido, porém, o princípio
da proveniência.
CATÁLOGO
CÓDIGO DE REFERÊNCIA
Recurso utilizado, de acordo com a norma internacional ISAD(G), para efetuar a descrição de
documentos.
CUSTÓDIA
DESCRIÇÃO
Vimos ao longo da aula que a descrição, assim como o arranjo, é uma das atividades típicas do
arquivo permanente. Como estudamos também, tem como principal resultado a elaboração de
instrumentos de pesquisa que facilitem o acesso aos documentos, ou seja, o desenvolvimento
de guias, inventários, catálogos, catálogos seletivos, índices e edições de fontes.
DESCRIÇÃO MULTINÍVEL
Um dos tipos de descrição. Não entramos nesse tipo de detalhe pela pequena probabilidade de
cobrança em provas, mas vale ler a definição.
ELEMENTO DE DESCRIÇÃO
FUNDO
O conceito de fundo é muito cobrado quando se fala em arranjo. Importante saber também que
é um termo equivalente a "arquivo".
FUNDO ABERTO
Fundo ao qual podem ser acrescentados novos documentos em função do fato de a entidade
produtora continuar em atividade.
FUNDO FECHADO
Fundo que, não recebe acréscimos de documentos, em função de a entidade produtora não se
encontrar mais em atividade.
O fundo fechado, por sua vez, é aquele cuja entidade produtora/acumuladora já encerrou suas
atividades ou as teve tão substancialmente modificadas que justificam um encerramento do
fundo e abertura de outro.
GUIA
Instrumento de pesquisa que oferece informações gerais sobre fundos e coleções existentes em um
ou mais arquivos.
Vimos na aula que o Guia é o primeiro instrumento de pesquisa que geralmente é produzido por
um arquivo. Isso o diferencia dos demais e é bom guardar para o dia da prova!
INCORPORAÇÃO
44
ÍNDICE
O índice é mais um instrumento de pesquisa e tem como objetivo permitir uma rápida
localização das unidades documentais que atendam a critérios específicos, tanto de uma única
série como de diferentes fundos.
INSTRUMENTO DE PESQUISA
Resultado final da atividade de descrição documental. Os principais são (isso você precisa
saber!): Guia, Inventário, Catálogo, Catálogo Seletivo (anteriormente chamado de Repertório),
Índice e Edição de Fontes. A Tabela de Equivalência e Concordância, que vimos na aula, é
trazida como um instrumento por alguns arquivistas mas não está entre os 6 instrumentos
clássicos, que são os listados anteriormente.
INVENTÁRIO
Mais um instrumento de pesquisa. Na ordem hierárquica estabelecida entre eles, é bom saber
que ele vem depois do Guia.
Trago este termo aqui porque muitas vezes as bancas usam termos como esses para confundir o
candidato em relação aos instrumentos de pesquisa. Listagens de acervo, listagens de
eliminação, tabelas de temporalidade e outros são instrumentos que auxiliam a instituição em
seu trabalho de gestão documental, mas não são instrumentos de pesquisa.
45
METADADOS
Não estudamos exatamente os metadados, mas como tem alguma relação com a atividade de
descrição é bom conhecer sua definição.
NÍVEL DE ARRANJO
NÍVEL DE DESCRIÇÃO
Lembre-se que de acordo com a ISAD(G), a descrição deve sempre ser feita sempre do nível mais
amplo (fundo) até o mais específico.
NOTAÇÃO
PALAVRA-CHAVE
PONTO DE ACESSO
Outro termo diretamente ligado à descrição documental. Vale ficar atento pois pode aparecer.
PROCESSAMENTO TÉCNICO
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QUADRO DE ARRANJO
Esquema estabelecido para o arranjo dos documentos de um arquivo, a partir do estudo das
estruturas, funções ou atividades da entidade produtora e da análise do acervo. Expressão adotada
em arquivos permanentes.
Veja que a própria definição do DBTA frisa que é uma expressão adotada em arquivos
permanentes. Nada mais é do que o próprio arranjo, esquematizado.
RECOLHIMENTO
REINTEGRAÇÃO
Como já vimos um pouco mais acima, cuidado para não confundir com incorporação. A
reintegração só ocorre quando o documento volta ao fundo ao qual já pertencia e saiu por
qualquer razão.
SALA DE CONSULTAS
Área de um arquivo destinada à consulta. Também chamada sala de leitura ou sala de pesquisa.
Área geralmente próxima à sala de consultas, na qual os instrumentos de pesquisa estão disponíveis
para os usuários.
Complementa os recursos que são oferecidos aos interessados na busca por documentos.
SERVIÇO DE REFERÊNCIA
Conjunto de atividades destinadas a orientar o usuário quanto aos documentos relativos ao tema
de seu interesse, aos instrumentos de pesquisa disponíveis e às condições de acesso e de
reprodução.
SERVIÇO EDUCATIVO
Mais do que relacionado aos arquivos permanentes, relaciona-se com o tema Políticas Públicas
dos arquivos permanentes (ou atividade de Referência), que estudamos no fim da aula. É uma
das frentes dessa iniciativa.
SISTEMA DE ARRANJO
TABELA DE EQUIVALÊNCIA
Vimos anteriormente que é o instrumento de pesquisa auxiliar que facilita a busca esclarecendo
a correspondência atual de notações antigas. Não está na lista dos instrumentos de pesquisa
clássicos.
TERMO DE RECOLHIMENTO
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VALOR PERMANENTE
Abrange os valores probatório e informativo. Atenção pois, para o DBTA, não é o mesmo que
valor secundário, que veremos abaixo.
VALOR SECUNDÁRIO
Valor atribuído a um documento em função do interesse que possa ter para a entidade produtora e
outros usuários, tendo em vista a sua utilidade para fins diferentes daqueles para os quais foi
originalmente produzido.
O que define o valor secundário é o interesse que o documento gera a outras pessoas,
diferentes daquelas para as quais foi produzido.
49
Nas demais alternativas o examinador traz outros termos com definições completamente diferentes. É
aquilo que costumo dizer: matar uma questão dessa não é difícil, ela não é complexa, mas você precisa ter
um mínimo de conhecimento dos verbetes do DBTA. Por isso em todas as aulas fazemos um pouco desse
exercício!
50
9 - Considerações Finais
Vimos ainda, agora de maneira mais profunda, a normatização, que impacta diretamente a
atividade de descrição documental. ISAD(G) e NOBRADE, suas áreas, funções, elementos e, sobretudo, suas
diferenças, são os tópicos mais cobrados em provas. Fique atento.
Ao final passamos pela atividade de referência, que inclui a difusão, fruto de políticas públicas
implementadas nas instituições arquivísticas. Importante notar que podem ocorrer tanto de fora para
dentro (ações culturais e educacionais) como de dentro para fora, por meio da produção editorial.
Prepare-se pois estamos chegando ao fim de nosso segundo grande ciclo, as três idades
documentais, que se encerram com nosso estudo do arquivo permanente. Feito isso caminhamos para o
fim do curso, restando ainda nos dedicar a gestão arquivística digital e ao estudo mais profundo da
legislação que envolve tudo que estamos vendo
Vamos em frente!
Ricardo Campanario
E-mail: ricardo.campanario@gmail.com
Instagram: https://www.instagram.com/ricardocampanario
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QUESTÕES COMENTADAS
ARQUIVOS PERMANENTES
a) Certo
b) Errado
Comentários:
Os documentos dos arquivos permanentes devem ser organizados por fundos, ficando a cargo da
função descrição o levantamento dos assuntos e de outras informações contidas nos
documentos.
a) Certo
b) Errado
Comentários:
52
Ao ser arquivado de maneira permanente o documento deve ficar junto dos demais documentos que
provém do mesmo local (princípio da proveniência) e deve respeitar todas as relações criadas com os
demais documentos em decorrência das atividades da entidade produtora (princípio da organicidade).
Por fim, é a atividade de descrição que possibilita o levantamento das informações do documento que
possibilitam a sua inserção no fundo correto.
Dessa forma, os documentos permanentes devem sim ser organizados em fundos após passarem pela
atividade de descrição. Tais características possibilitam um acesso mais fácil aos documentos além de
contribuir com a organização/preservação dos mesmos.
a) Certo
b) Errado
Comentários:
Os arquivos permanentes devem ser preservados apenas se ficar constatado o seu uso específico,
imediato ou remoto.
a) Certo
b) Errado
Comentários:
53
Não é isso que diz a lei. O parágrafo 3o. do artigo 8o. da Lei Nacional dos Arquivos diz que "consideram-se
permanentes os conjuntos de documentos de valor histórico, probatório e informativo que devem ser
definitivamente preservados". Note que a lei não impõe qualquer condição para a sua preservação,
determinando que basta a sua condição de permanente (presença de valor secundário) para que seja
definitivamente preservado.
Comentários:
A alternativa A está incorreta. Temos dois problemas aqui: a presença de valor secundário leva o
documento à terceira idade documental, onde está o arquivo permanente e não a primeira idade, onde
temos o arquivo corrente. Além disso, embora o valor seja secundário, a denominação correta do arquivo é
permanente e não secundário.
A alternativa B está incorreta. Aqui o examinador traz a idade documental correta: terceira idade, porém
erra novamente no nome do arquivo. Atenção, pois, formalmente, não existem arquivos "histórico",
"secundário", "probatório", etc. As bancas fazem muito esse tipo de jogo. O nome correto é arquivo
"permanente" quando se fala de valor secundário, especialmente quando a banca compara essas
denominações com a denominação correta "permanente".
Você vai ver abaixo em outra questão que, as vezes e dependendo do contexto, é necessário aceitar outra
definição, mas não no caso dessa questão, cujo erro principal é exatamente esse.
A alternativa C está incorreta. Novamente os mesmos problemas. Erro na idade documental: o correto é
terceira idade e não segunda e erro no nome do arquivo: o correto é permanente no lugar de "de
custódia".
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Nesta questão o examinador traz o conceito de
arquivo permanente e testa os conhecimentos do candidato em relação à Teoria das Três Idades. O arquivo
permanente é o arquivo relativo a Terceira Idade documental. Isso já estudamos bastante e, a essa altura,
não dá mais para errar.
A alternativa E está incorreta. Mesmo padrão de erro das anteriores. Erro na idade documental: o correto
é terceira idade e não primeira e erro no nome do arquivo: o correto é permanente no lugar de
"probatório".
54
Um documento que passou pela atividade de recolhimento não pode mais ser eliminado.
a) Certo
b) Errado
Comentários:
a) Arquivo público.
b) Arquivo morto.
c) Arquivo Intermediário.
d) Arquivo patrimonial.
e) Arquivo histórico.
Comentários:
A alternativa A está incorreta. Arquivo público não define o ciclo de vida documental, podendo ser
corrente, intermediário ou permanente.
A alternativa B está incorreta. Arquivo morto não é mais uma terminologia comumente usada na
Arquivologia.
A alternativa C está incorreta. Arquivo intermediário representa a segunda idade documental e não a
terceira, na qual se encontra o arquivo permanente.
55
A alternativa D está incorreta. Arquivo patrimonial não é uma definição correta para arquivo de terceira
idade ou sinônimo de arquivo permanente.
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. Essa é a questão que eu me referia acima. É sempre
muito importante perceber o contexto da questão. Quando a comparação é feita entre diversas
denominações e o termo "permanente", é evidente que o correto é o último. Nesse caso o examinador
lista diversas denominações e busca aquela que mantém relação com o arquivo permanente, no caso, o
arquivo "histórico".
a) Avaliação e Arranjo
b) Descrição e Arranjo
c) Difusão e transferência
d) Reprodução e Classificação
e) Arquivamento e análise
Comentários:
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Vimos ao longo da aula que as atividades do
arquivo permanente são: arranjo, descrição, conservação e referência (políticas de acesso e uso). Dessa
forma, duas delas estão nesta alternativa, o gabarito da questão.
A alternativa C está incorreta. Embora difusão possa ser entendida como uma atividade de referência
(fazendo parte, portanto, do arquivo permanente), transferência não pode ser. Transferência nada mais é
do que o termo que significa a movimentação de documentos do arquivo corrente para o arquivo
intermediário, estando definitivamente distante do arquivo permanente.
A alternativa D está incorreta. Nem reprodução e nem classificação são atividades do arquivo permanente.
A alternativa E está incorreta. Embora a arquivamento seja uma ação que, classicamente, ocorra no
arquivo permanente, nem ele e nem a análise são consideradas atividades "típicas" de arquivo permanente
que, como já vimos são: arranjo, descrição, conservação e referência (políticas de acesso e uso).
d) Arquivos especiais.
e) Arquivos correntes ou de primeira idade.
Comentários:
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Já vimos que em questões desse tipo devemos
buscar duas coisas: a idade correta do ciclo de vida documental (terceira idade) e a denominação correta
do arquivo que faz parte dessa idade (arquivo permanente).
A alternativa B está incorreta. Veja que o examinador o tempo todo joga com idades documentais e nomes
de arquivo incorretos. Aqui traz a segunda idade e arquivo intermediário. Errado. Estamos falando de
terceira idade e arquivo permanente.
A alternativa C está incorreta. Nesta a banca sequer traz uma idade documental ou um dos três arquivos
que representam cada uma das três idades.
A alternativa D está incorreta. Arquivos especiais também nada têm a ver com o tema. Essa é uma
classificação dos arquivos de acordo com a natureza dos seus documentos, tema que estudamos logo no
início do curso.
A alternativa E está incorreta. Aqui a banca concentra-se na primeira idade documental. Errado. Estamos
falando da terceira idade.
ARRANJO
No trecho anterior a autora está tratando sobre que tipo de operação arquivística?
a) Arranjo.
b) Avaliação.
c) Descrição
d) Recolhimento.
Comentários:
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. A maior dica da questão está na referência a
atividade ao mesmo tempo "intelectual" e "material". Vimos isso na definição de arranjo que se reflete na
análise do documento (intelectual) e sua organização física em estantes e galerias (operação material ou
física). Essa é exatamente a definição de arranjo.
57
A alternativa D está incorreta. Por último, recolhimento, como já vimos, corresponde a entrada de
documentos públicos em arquivos permanentes, com competência formalmente estabelecida.
a) Arquivo Permanente.
b) Arquivo Corrente.
c) Arquivo Intermediário.
d) Arquivo Administrativo.
e) Arquivo Setorial.
Comentários:
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. A atividade de arranjo, assim como a descrição, é
tida como atividade típica de arquivo permanente.
A alternativa B está incorreta. Não há atividade de arranjo no arquivo corrente. No arquivo corrente o
documento é classificado e tal classificação deve ser seguida no arquivo permanente.
A alternativa D está incorreta. Arquivo "administrativo" sequer é um arquivo que represente alguma idade
documental e que pudesse nos levar a alguma confusão na questão.
A alternativa E está incorreta. O mesmo se aplica a arquivo "setorial", que é na verdade uma classificação
dos arquivos quanto a sua extensão.
a) Certo
b) Errado
Comentários:
a) Certo
b) Errado
Comentários:
a) Certo
59
b) Errado
Comentários:
a) Certo
b) Errado
Comentários:
O princípio da Territorialidade alega que o documento deve sempre ficar o mais próximo possível do local
onde foi produzido, exceção feita aos documentos derivados de operações militares ou representações
diplomáticas, justamente pelas suas particularidades geográficas.
DESCRIÇÃO
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Uma confusão de termos fora do lugar. A descrição
aplica-se especialmente a arquivos permanentes, ou seja, a documentos de valor secundário, ao contrário
do que diz a alternativa, portanto, equivocada.
A alternativa C está incorreta. Sim os processos historiográficos dependem dos instrumentos de pesquisa
para o acesso correto e eficiente das informações e documentos buscados na atividade de pesquisa.
A alternativa D está incorreta. O ICA-AtoM é um software livre criado por iniciativa do Conselho
Internacional de Arquivos (CIA) para descrição de documentos arquivísticos.
Ele foi desenvolvido com o objetivo de proporcionar uma ferramenta gratuita e de fácil manejo às
entidades custodiadoras espalhadas pelo mundo, visando à divulgação e disponibilização de seus acervos
na internet.
A descrição documental tem por finalidade criar critérios para definir os tipos de documentos
que devem ser mantidos nos arquivos correntes, intermediários e permanentes.
a) Certo
b) Errado
Comentários:
61
Ela não tem como finalidade criar critérios para definir os tipos de documentos que devem ser mantidos
nos arquivos correntes, intermediários e permanentes. Na verdade a descrição segue os critérios
estabelecidos pela normatização nacional e internacional de processo descritivo.
A atividade que cria critérios para a definição dos tipos de documentos que devem ser mantidas em cada
um dos arquivos é a classificação, que não ocorre nos arquivos permanentes.
INSTRUMENTOS DE PESQUISA
O instrumento de pesquisa que toma por unidade de referência o acervo de uma instituição é o
a) guia.
b) inventário.
c) catálogo.
d) catálogo seletivo.
e) índice.
Comentários:
No guia deverão constar todos os dados básicos necessários para orientar os interessados, desde as
informações práticas — tais como o endereço da instituição, os telefones, o horário de atendimento etc. —
até as informações específicas sobre o acervo, como, por exemplo, os fundos e as coleções que ele possui,
seu nível de organização, as condições físicas e jurídicas do acesso, as possibilidades de reprodução de
documentos etc.
A alternativa B está incorreta. O inventário é, pela ordem hierárquica dos níveis da classificação, o
instrumento de pesquisa que se segue ao guia. Busca oferecer um quadro sumário de um ou mais fundos
ou coleções. Não tem o acervo completo da instituição como referência.
A alternativa D está incorreta. O catálogo seletivo, por sua vez, é o instrumento de pesquisa que traz uma
relação seletiva de documentos pertencentes a um ou mais fundos e no qual cada peça integrante de uma
62
unidade de arquivamento é descrita minuciosamente. Também não tem o acervo completo como
referência.
A alternativa E está incorreta. Por último, o índice aponta nomes, lugares ou assuntos em ordem alfabética
e remete o usuário às respectivas notações de localização. Também não é o instrumento buscado pelo
examinador.
a) catálogo.
b) guia.
c) repertório.
d) inventário.
e) índice.
Comentários:
A alternativa C está incorreta. Repertório, segundo o DBTA é o instrumento de pesquisa no qual são
descritos pormenorizadamente documentos, pertencentes a um ou mais fundos e/ou coleções,
selecionados segundo critérios previamente definidos. É o chamado catálogo seletivo.
A alternativa D está incorreta. O inventário é, pela ordem hierárquica dos níveis da classificação, o
instrumento de pesquisa que se segue ao guia. Busca oferecer um quadro sumário de um ou mais fundos
ou coleções. Não tem o acervo completo da instituição como referência.
A alternativa E está incorreta. Por último, o índice aponta nomes, lugares ou assuntos em ordem alfabética
e remete o usuário às respectivas notações de localização. Também não é o instrumento buscado pelo
examinador.
a) índice.
b) guia.
c) catálogo.
d) catálogo seletivo.
e) inventário.
Comentários:
A alternativa A está incorreta. O índice aponta nomes, lugares ou assuntos em ordem alfabética e remete
o usuário às respectivas notações de localização. Não tem a série documental como unidade de referência.
A alternativa B está incorreta. O guia tem o acervo completo da instituição como unidade de referência.
A alternativa D está incorreta. Já o catálogo seletivo, por sua vez, é o instrumento de pesquisa que traz
uma relação seletiva de documentos pertencentes a um ou mais fundos e no qual cada peça integrante de
uma unidade de arquivamento é descrita minuciosamente. Baseia-se em um ou mais documentos
selecionados de um ou mais fundos, não tendo dessa forma as séries como unidades de referência.
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. O inventário tem como objetivo descrever as
atividades de cada titular, as séries integrantes, o volume de documentos, as datas-limite e os critérios de
classificação e de ordenação.
a) inventário.
b) guia.
c) catálogo.
d) catálogo seletivo.
e) índice.
Comentários:
A alternativa A está incorreta. O inventário tem como objetivo descrever as atividades de cada titular, as
séries integrantes, o volume de documentos, as datas-limite e os critérios de classificação e de ordenação.
As séries são seus elementos de referência.
64
A alternativa B está incorreta. Os guias têm sempre o acervo completo da instituição como referência. São,
preferencialmente, o primeiro instrumento de pesquisa a ser produzido por um arquivo. Ele é a porta de
entrada da instituição e permite um mapeamento panorâmico do acervo, permitindo ao pesquisador
conhecer seus recursos, a natureza e o interesse dos fundos custodiados, entre outras informações.
A alternativa D está incorreta. O catálogo seletivo, por sua vez, é o instrumento de pesquisa que traz uma
relação seletiva de documentos pertencentes a um ou mais fundos e no qual cada peça integrante de uma
unidade de arquivamento é descrita minuciosamente. Baseia-se em um ou mais documentos selecionados
de um ou mais fundos e os tem como referência.
A alternativa E está incorreta. O índice aponta nomes, lugares ou assuntos em ordem alfabética e remete o
usuário às respectivas notações de localização. Também não é o instrumento buscado pelo examinador.
a) Certo
b) Errado
Comentários:
65
As demais alternativas apresentam sequências que não correspondem as definições apresentadas pela
banca.
a) Inventário.
b) Guia.
c) Índice.
d) Catálogo.
e) Edição de fontes.
Comentários:
A alternativa A está incorreta. O inventário tem como objetivo descrever as atividades de cada titular, as
séries integrantes, o volume de documentos, as datas-limite e os critérios de classificação e de ordenação.
As séries são seus elementos de referência.
Os inventários são, pela ordem hierárquica dos níveis da classificação, os instrumentos de pesquisa que se
seguem ao guia. Eles buscam oferecer um quadro sumário de um ou mais fundos ou coleções.
66
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Vimos bastante até aqui que o instrumento de
pesquisa mais abrangente e popular é o guia. Insisto neste tipo de questão para que você note como as
diferentes bancas cobram este tema.
Apenas reforçando, o guia é, preferencialmente, o primeiro instrumento de pesquisa a ser produzido por
um arquivo. Ele é a porta de entrada da instituição e permite um mapeamento panorâmico do acervo.
No guia deverão constar todos os dados básicos necessários para orientar os interessados, desde as
informações práticas — tais como o endereço da instituição, os telefones, o horário de atendimento etc. —
até as informações específicas sobre o acervo, como por exemplo os fundos e as coleções que ele possui,
seu nível de organização, as condições físicas e jurídicas do acesso, as possibilidades de reprodução de
documentos etc.
A alternativa C está incorreta. O índice aponta nomes, lugares ou assuntos em ordem alfabética e remete o
usuário às respectivas notações de localização. Também não é o instrumento buscado pelo examinador.
Definitivamente não é o instrumento de pesquisa mais abrangente e popular.
A alternativa E está incorreta. Por último, a edição de fontes compreende a publicação de um instrumento
de pesquisa no qual os documentos não recebem resumos indicativos e/ou informativos, como nos
anteriormente citados, figurando o texto integral, conforme relata a professora Heloísa Bellotto. Também
não é o instrumento buscado pela banca.
a) guia.
b) catálogo.
c) inventário.
d) repertório.
e) inventário topográfico.
Comentários:
A alternativa A está incorreta. Como a questão está cobrando definição literal do DBTA, vamos ver o que
ele diz sobre o guia: Instrumento de pesquisa que oferece informações gerais sobre fundos e coleções
existentes em um ou mais arquivos.
67
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Essa é exatamente a definição prevista para
catálogo pelo DBTA. Vejamos: Instrumento de pesquisa organizado segundo critérios temáticos,
cronológicos, onomásticos ou toponímicos, reunindo a descrição individualizada de documentos
pertencentes a um ou mais fundos, de forma sumária ou analítica.
A alternativa C está incorreta. Para o DBTA Inventário é o instrumento de pesquisa que descreve, sumária
ou analiticamente, as unidades de arquivamento de um fundo ou parte dele, cuja apresentação obedece a
uma ordenação lógica que poderá refletir ou não a disposição física dos documentos.
A alternativa D está incorreta. Para o DBTA repertório é o Instrumento de pesquisa no qual são descritos
pormenorizadamente documentos, pertencente a um ou mais fundos e/ou coleções, selecionados segundo
critérios previamente definidos.
A alternativa E está incorreta. Por último, para o DBTA o Inventário Topográfico é o instrumento de
controle ou gestão de depósito destinado a indicar a localização física das unidades de arquivamento nos
depósitos.
Se for necessário elaborar um instrumento mais abrangente e com linguagem adequada para
atingir o grande público, a opção será feita pelo instrumento denominado guia.
a) Certo
b) Errado
Comentários:
Apenas para enfatizar, vimos que o guia é, preferencialmente, o primeiro instrumento de pesquisa a ser
produzido por um arquivo. Ele é a porta de entrada da instituição e permite um mapeamento panorâmico
do acervo.
Tem como características ser abrangente e ter linguagem adequada para atingir o grande público.
NORMATIZAÇÃO
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Área de conteúdo e estrutura (informa sobre o assunto e organização da unidade de descrição). Composta
pelos seguintes elementos:
- Avaliação, eliminação e temporalidade – Fornece informação sobre qualquer ação relativa à avaliação,
seleção e eliminação.
- Sistema de arranjo – Fornece informação sobre a estrutura interna, ordem e/ou sistema de arranjo da
unidade de descrição.
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. É a única alternativa que possui elementos da área
de conteúdo e estrutura da ISAD(G).
A alternativa C está incorreta. Condições de acesso e idioma pertencem a área de condições de acesso e de
uso da ISAD(G).
A alternativa D está incorreta. Título e nível de descrição pertencem a área de identificação da ISAD(G).
A alternativa E está incorreta. Existência e localização dos originais ou de cópias pertencem a área de
fontes relacionadas da ISAD(G).
a) história administrativa/biografia.
b) história arquivística.
c) incorporações.
d) nota do arquivista.
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e) procedência.
Comentários:
A alternativa A está incorreta. O elemento história administrativa/biografia tem como função fornecer
uma história administrativa ou dados biográficos do(s) produtor(es) da unidade de descrição, para
contextualizar o acervo e torná-lo mais compreensível. Faz parte da área de contextualização da ISAD (G).
A alternativa C está incorreta. A função de incorporações é informar o usuário sobre acréscimos previstos à
unidade de descrição. É um elemento da área de conteúdo e estrutura da ISAD(G).
A alternativa D está incorreta. A função da nota do arquivista é explicar como a descrição foi preparada e
por quem. Faz parte da área de controle da descrição da ISAD(G).
==62cfa==
A alternativa E está incorreta. Por último, a função da procedência é identificar a origem imediata de
aquisição ou transferência da unidade de descrição. É elemento da área de contextualização da ISAD(G).
A alternativa A está incorreta. Avaliação, eliminação e temporalidade são elementos não obrigatórios da
área de conteúdo e estrutura.
A alternativa B está incorreta. História arquivística e procedência são elementos não obrigatórios da área
de contextualização.
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A alternativa C está incorreta. Embora "condições de acesso" faça parte do rol de elementos de descrição
obrigatórios da NOBRADE, idioma não faz. Ambos fazem parte da área de condições de acesso e uso da
NOBRADE.
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Título e nível de descrição são ambos elementos de
descrição obrigatórios e fazem parte da área de identificação da NOBRADE.
A alternativa E está incorreta. Ambos são elementos de descrição não obrigatórios da área de fontes
relacionadas da NOBRADE.
1. ISDF.
2. NOBRADE.
3. ISAAR-CPF.
4. ISDIAH.
( ) Norma que determina o tipo de informação que pode ser incluída em descrições de funções e
fornece orientação sobre como tais descrições podem ser desenvolvidas em um sistema
arquivístico de informação.
( ) Norma que determina o tipo de informação que pode ser incluída em descrições de
instituições com acervo arquivístico e fornece orientação sobre como tais descrições podem
ser desenvolvidas em um sistema de descrição arquivística.
a) 2, 3, 1, 4.
b) 3, 1, 4, 2.
c) 4, 2, 3, 1.
d) 3, 4, 1, 2.
Comentários:
Antes de buscar a alternativa correta, vamos analisar cada um dos itens:
71
Norma que dá diretivas para a preparação de registros de autoridade arquivística que forneçam
descrições de entidades (entidades coletivas, pessoas e famílias) relacionadas à produção e
manutenção de arquivos - toda vez que se fala em norma relacionada à produção de arquivos, o
examinador está à busca da ISAAR-CPF. Não se esqueça: Produção = ISAAR-CPF
Norma que determina o tipo de informação que pode ser incluída em descrições de funções e fornece
orientação sobre como tais descrições podem ser desenvolvidas em um sistema arquivístico de
informação - já quando a banca fala em descrição de funções, não titubeie: está falando da ISDF. Use o
"F" de ISDF para lembrar: ISDF = Funções.
Norma que determina o tipo de informação que pode ser incluída em descrições de instituições com
acervo arquivístico e fornece orientação sobre como tais descrições podem ser desenvolvidas em um
sistema de descrição arquivística - Agora o examinador fala em acervo. Falou em acervo a norma
procurada é a ISDIAH. Não se assuste. É simples assim mesmo. Você só precisa memorizar essas
correspondência: Acervo = ISDIAH.
Norma que estabelece diretivas para a descrição no Brasil de documentos arquivísticos, compatíveis
com as normas internacionais em vigor e tem em vista facilitar o acesso e o intercâmbio de informações
em âmbito nacional e internacional - Por fim, o examinador traz a norma que estabelece as diretivas
para a descrição no Brasil. Todos sabemos que a norma nacional que adapta as normas internacionais à
realidade arquivística brasileira é a NOBRADE.
As demais alternativas apresentam sequências numéricas que não correspondem ao retratado pela banca.
a) História administrativa
b) História arquivística
c) Código de referência
d) Âmbito e conteúdo
e) Procedência
Comentários:
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A alternativa B está incorreta. História arquivística é um elemento descritivo não obrigatório da NOBRADE,
também da área de contextualização.
A alternativa D está incorreta. Âmbito e conteúdo é um elemento descritivo não obrigatório da NOBRADE,
da área de conteúdo e estrutura.
a) nível 0 = acervo da entidade custodiadora; nível 1 = fundo ou coleção; nível 2 = seção; nível 3 = série;
nível 4 = dossiê ou processo; nível 5 = item documental.
b) nível 0 = fundo ou coleção; nível 1 = acervo da entidade custodiadora; nível 2 = seção; nível 3 = série;
nível 4 = dossiê ou processo; nível 5 = item documental.
c) nível 0 = acervo da entidade custodiadora; nível 1 = fundo ou coleção; nível 2 = seção; nível 3 = dossiê ou
processo; nível 4 = série; nível 5 = item documental.
d) nível 0 = fundo ou coleção; nível 1 = acervo da entidade custodiadora; nível 2 = seção; nível 3 = dossiê ou
processo; nível 4 = item documental; nível 5 = série.
Comentários:
Não estudamos isso na teoria e por isso é bom trazer esta questão. Pouco provável cair pergunta nessa
linha, porém é bom conhecer.
Veja que, como estudamos, os níveis vão do geral para o particular, ou do maior para o menor (do acervo
ao item).
As demais alternativas apresentam sequência que não representam corretamente os seis principais níveis
de descrição.
73
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. A área de conteúdo e estrutura, que tem como
função registrar informação sobre o assunto e a organização da unidade de descrição, é composta pelos
seguintes elementos e respectivas funções:
Avaliação, eliminação e temporalidade – Fornece informação sobre qualquer ação relativa à avaliação,
seleção e eliminação.
Sistema de arranjo – Fornece informação sobre a estrutura interna, ordem e/ou sistema de arranjo da
unidade de descrição.
A alternativa C está incorreta. Condições de acesso e idioma são elementos da área de condições de acesso
e de uso.
A alternativa D está incorreta. Título e nível de descrição são elementos da área de identificação. Ambos
obrigatórios.
A alternativa E está incorreta. Existência e localização dos originais ou de cópias são elementos não
obrigatórios da área de fontes relacionadas da ISAD(G).
A NOBRADE prevê a existência de oito áreas e de vinte e oito elementos de descrição, o que está
em consonância com as normas internacionais.
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a) Certo
b) Errado
Comentários:
A NOBRADE de fato prevê 8 áreas de informação e 28 elementos de descrição, sendo que destes, 7 são
elementos obrigatórios porém, não pode-se dizer que está em total consonância com as normas
internacionais, visto que a ISAD(G) possui 7 áreas de informação e 26 elementos de descrição, sendo que
destes, 6 são elementos obrigatórios. Essa diferença é importante conhecer, pois têm boa probabilidade de
cair em prova.
POLÍTICAS PÚBLICAS DOS ARQUIVOS PERMANENTES - REFERÊNCIA
A alternativa A está incorreta. A visitação, mesmo que a locais não abertos a consulentes, é uma das
atividades culturais típicas promovidas pelas instituições arquivísticas.
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. A avaliação de documentos é uma atividade interna
da instituição arquivística e nada tem a ver com as atividades culturais e/ou educacionais promovidas em
seus arquivos permanentes.
A alternativa C está incorreta. A manipulação de documentos dentro dos arquivos pelos visitantes é outra
atividade comum em busca da difusão dos conteúdos do acervos arquivísticos. Um ponto importante aqui
é a dicotomia criada entre a difusão (inclusive e especialmente o manuseio de documentos) e as atividades
de preservação e conservação de documentos que veremos na próxima aula. A primeira pode prejudicar a
segunda caso não seja feita com toda a técnica recomendada!
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a) Certo
b) Errado
Comentários:
Vimos que as principais atividades do arquivo permanente são: arranjo, descrição, conservação e
referência (políticas de acesso e uso). A difusão é uma atividade diretamente ligada a atividade de
referência pois trata-se de iniciativas para a divulgação e propagação dos conteúdos custodiados pela
instituição arquivística. Desta forma, a afirmativa está errada pois a difusão é ligada ao arquivo
permanente e não intermediário.
A aproximação estudante-documento pode ser abordada por meio de dois ângulos: o contato
direto do estudante com as fontes primárias e a seleção de documentos para o ensino de história.
a) Certo
b) Errado
Comentários:
Vimos ao longo da aula que em relação as atividades educacionais, hoje considera-se que o arquivo pode
atuar em dois formatos:
• Contato direto do aluno com a fonte primária documental, ou seja, trazê-lo para dentro da
instituição arquivística.
• Seleção de documentos para pesquisa de acordo com o conteúdo programático escolar. Dessa
vez a relação pode se estabelecer tanto dentro da instituição arquivística como no próprio
ambiente de ensino.
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Visitas guiadas, aulas de história no arquivo, realização de concursos são ações de difusão nos
arquivos permanentes.
a) Certo
b) Errado
Comentários:
• visitas guiadas
• palestras/aulas
• debates
• lançamentos de obras
• concursos
• patrocínios de:
o simpósios
o congressos
o jornadas
o reuniões
a) Certo
b) Errado
Comentários:
a) destinação
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b) arranjo
c) referência
d) conservação
e) descrição e publicação
Comentários:
A alternativa A está incorreta. Destinação não é atividade específica do arquivo permanente. Cuidado para
não confundir com descrição em uma leitura rápida.
A alternativa B está incorreta. O arranjo é sim atividade típica do arquivo permanente, porém não é a que
implica em estabelecer uma política de acesso aos documentos.
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Referência é justamente o nome pelo qual a
atividade de difusão e promoção do conhecimento do conteúdo e acervo arquivístico é conhecida.
Estamos falando das políticas públicas de difusão (ou atividade de Referência) implementadas pelas
instituições arquivísticas. Dentro delas temos compreendidos os serviços editoriais, de difusão cultural e
de assistência educativa que os arquivos prestam à sociedade de maneira geral.
A referência é atividade típica do arquivo permanente, assim como o arranjo, a descrição e a preservação /
conservação, que veremos na próxima aula.
A alternativa D está incorreta. A conservação é atividade típica do arquivo permanente, porém também
não é a que implica em estabelecer uma política de acesso aos documentos.
A alternativa E está incorreta. A descrição é atividade típica de arquivo permanente, mas não a
responsável pelo estabelecimento de política de acesso aos documentos.
a) Repertório.
b) Inventário Analítico.
c) Inventário Sumário.
d) Índice.
Comentários:
78
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Segundo o DBTA esta é exatamente a definição de
repertório.
A alternativa B está incorreta. O inventário é o meio que permite a identificação, localização ou consulta a
documentos ou a informações neles contidas. Não é o instrumento de pesquisa buscado pela banca.
A alternativa C está incorreta. Da mesma forma, não é do inventário sumário que o examinador está
falando.
A alternativa D está incorreta. O índice aponta nomes, lugares ou assuntos em ordem alfabética e remete
o usuário às respectivas notações de localização. Também não é o instrumento buscado pelo examinador.
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GABARITO
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RESUMO
Arquivos Permanentes: Conjunto de documentos preservados em caráter definitivo em função de seu
valor.
Arranjo: sequência de operações intelectuais e físicas que visam à organização dos documentos de um
arquivo ou coleção, de acordo com um plano ou quadro previamente estabelecido.
Descrição: conjunto de procedimentos que leva em conta os elementos formais e de conteúdo dos
documentos para elaboração de instrumentos de pesquisa.
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• Genéricos e globalizantes
o Guia: oferece informações gerais sobre fundos e coleções existentes em um ou mais
arquivos.
• Parciais:
o Inventários: descreve, sumária ou analiticamente, as unidades de arquivamento de
um fundo ou parte dele, cuja apresentação obedece a uma ordenação lógica que
poderá refletir ou não a disposição física dos documentos.
o Catálogos: organizado segundo critérios temáticos, cronológicos, onomásticos ou
toponímicos, reunindo a descrição individualizada de documentos pertencentes a
um ou mais fundos, de forma sumária ou analítica.
o Catálogos Seletivos: catálogo que toma por unidade documentos previamente
selecionados, pertencentes a um ou mais fundos ou arquivos, segundo um critério
temático.
o Índices: Relação sistemática de nomes de pessoas, lugares, assuntos ou datas
contidos em documentos ou em instrumentos de pesquisa, acompanhados das
referências para sua localização.
• Publicação de documentos na íntegra:
o Edição de fontes: publicação de textos de documentos na íntegra.
Normatização: surge com o intuito de garantir que a descrição documental dos documentos de
arquivo seja consistente, apropriada e intuitiva, faz-se necessário ter algumas regras que a
padronize, ou seja, normas específicas voltadas para este processo.
• ISAD(G): norma geral internacional de descrição arquivística. Estabelece diretrizes gerais
para a preparação de descrições arquivísticas, que tem como objetivo principal identificar e
explicar o contexto e o conteúdo de documentos de arquivo a fim de promover o acesso aos
mesmos.
o 26 elementos que podem ser combinados para constituir a descrição de uma
entidade arquivística (sendo que 6 deles são obrigatórios), Os elementos estão
organizadas em 7 áreas de informação descritiva.
• ISAAR(CPF): norma internacional de registro de autoridade arquivística para entidades
coletivas, pessoas e famílias. Dá diretivas para a preparação de registros de autoridade
arquivística que forneçam descrições de entidades (entidades coletivas, pessoas e famílias)
relacionadas à produção e manutenção de arquivos. promove a preparação de descrições
consistentes, apropriadas e autoexplicativas de entidades coletivas, pessoas e famílias que
produzem documentos.
• ISDIAH: norma internacional para descrição de instituições com acervo arquivístico.
Apresenta regras gerais para a normalização de descrições de instituições com acervos
arquivísticos.
• ISDF: norma internacional para descrição de funções. Dá diretivas para a preparação de
descrições de funções de entidades coletivas associadas à produção e manutenção de
arquivos.
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Políticas públicas dos arquivos permanentes (Referência): políticas de difusão implementadas pelas
instituições arquivísticas. Dentro delas temos compreendidos os serviços editoriais, de difusão cultural e
de assistência educativa que os arquivos prestam à sociedade de maneira geral.
Atividades culturais / educacionais: eventos que trazem para dentro de suas instalações físicas
os mais variados interessados sejam eles os próprios frequentadores (historiadores,
administradores e cidadão interessados) ou, o mais importante, novos públicos como estudantes e
demais cidadãos. As principais atividades são visitas guiadas, palestras, aulas, debates, concursos e
atividades com alunos dentro e fora do arquivo.
Serviços editoriais: publicações que levam não só à comunidade, mas também à própria
administração e à academia informações sobre o acervo documental, as atividades e os programas
dos arquivos (manuais, monografias, edições de textos ou comemorativas, folders, etc.).
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