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VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO SEFAZ/CE - Auditor Fiscal da Receita Estadual

Legislação compilada pelo Estratégia Concursos

OLÁ, GUERREIROS (AS)!


TUDO BEM?

Sabemos que a leitura de lei seca é uma etapa muito importante durante a sua preparação. Por isso, resolvemos poupar o seu
precioso tempo e trazê-la para você!

Gostaríamos de lhes apresentar o Vade-Mécum Estratégico para os cargos de Auditor Fiscal da Receita Estadual do Ceará, que foi
preparado com muito cuidado para que possa lhe ajudar nesse caminho rumo à aprovação.

O Vade Mecum Estratégico é uma compilação das principais normas do seu concurso. Queremos que ele seja um material de
consulta, a ser utilizado em toda a sua preparação. Pretendemos que ele seja o seu companheiro sempre que você estiver
assistindo nossas videoaulas ou lendo os nossos livros digitais (PDFs). Acreditamos que ele fará diferença na sua preparação.

Tenho a convicção de que poderemos lhe ajudar muito nessa caminhada. Por isso, deixo o convite para que você conheça os
nossos cursos completos em vídeo, livro digital (PDF) e com acesso direto ao professor por meio do fórum de dúvidas. Acessando
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BONS ESTUDOS!
Estratégia Concursos

AVISO IMPORTANTE! Nesse Vade Mecum Estratégico, nós não inserimos todas as leis completas, mas apenas aquelas partes que
estão previstas no seu edital. Como exemplo, em Direito Constitucional, você não irá encontrar a Constituição Federal inteira por
aqui, mas apenas aqueles artigos que interessam para a sua prova!!  Tudo isso é feito com o objetivo de aproveitar ao máximo
o seu tempo.

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SUMÁRIO

Administração Pública......................................................................................................................................................................... 4

Lei nº 12.527/2011 ......................................................................................................................................................................... 4

Lei Complementar nº 131/2009 ................................................................................................................................................... 12

Ética na Administração Pública, Sociologia do Direito e Educação Fiscal ......................................................................................... 13

Lei Complementar nº 101/2000 ................................................................................................................................................... 13

Legislação Tributária do Estado do Ceará – Nível I ........................................................................................................................... 32

Lei Estadual nº 12.670/1996......................................................................................................................................................... 32

Lei Estadual nº 12.023/1992......................................................................................................................................................... 74

Lei Estadual nº 15.812/2015......................................................................................................................................................... 80

Lei Complementar Estadual nº 37/2003 ...................................................................................................................................... 86

Administração Orçamentária e Financeira e Patrimonial ................................................................................................................. 90

Lei nº 4.320/1964 ......................................................................................................................................................................... 90

Auditoria Fiscal ................................................................................................................................................................................ 101

Resolução CFC n° 1.222/2009..................................................................................................................................................... 101

Lei Complementar nº 105/2001 ................................................................................................................................................. 103

Contabilidade Geral ........................................................................................................................................................................ 106

Lei nº 11.638/2007 ..................................................................................................................................................................... 106

Lei nº 11.941/2009 ..................................................................................................................................................................... 109

Direito Empresarial ......................................................................................................................................................................... 133

Lei Complementar nº 123/2006 ................................................................................................................................................. 133

Lei nº 8.934/1994 ....................................................................................................................................................................... 177

Lei nº 6.404/1976 ....................................................................................................................................................................... 184

Direito Tributário ............................................................................................................................................................................ 242

Lei nº 5.172/1966 ....................................................................................................................................................................... 242

Lei Complementar nº 116/2003 ................................................................................................................................................. 265

Direito Civil ...................................................................................................................................................................................... 274

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Lei nº 13.140/2015 ..................................................................................................................................................................... 274

Noções de Direito Constitucional.................................................................................................................................................... 280

Constituição Da República Federativa Do Brasil De 1988 .......................................................................................................... 280

Legislação Tributária do Estado do Ceará – Nível II ........................................................................................................................ 301

Lei Estadual nº 16.259/2017....................................................................................................................................................... 301

Lei Estadual nº 15.614/2014....................................................................................................................................................... 304

Lei Estadual nº 13.568/2004....................................................................................................................................................... 324

Decreto Estadual nº 33.657/2020 .............................................................................................................................................. 324

Lei Complementar Estadual nº 37/2003 .................................................................................................................................... 328

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III - utilização de meios de comunicação viabilizados pela


ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA tecnologia da informação;
IV - fomento ao desenvolvimento da cultura de
transparência na administração pública;
Lei nº 12.527/2011
V - desenvolvimento do controle social da administração
pública.
Regula o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do
art. 5º, no inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º do art. 216 Art. 4º Para os efeitos desta Lei, considera-se:
da Constituição Federal; altera a Lei nº 8.112, de 11 de I - informação: dados, processados ou não, que podem ser
dezembro de 1990; revoga a Lei nº 11.111, de 5 de maio de utilizados para produção e transmissão de conhecimento,
2005, e dispositivos da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991; contidos em qualquer meio, suporte ou formato;
e dá outras providências.
II - documento: unidade de registro de informações,
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso qualquer que seja o suporte ou formato;
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: III - informação sigilosa: aquela submetida temporariamente
CAPÍTULO I à restrição de acesso público em razão de sua
DISPOSIÇÕES GERAIS imprescindibilidade para a segurança da sociedade e do
Estado;
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre os procedimentos a serem
observados pela União, Estados, Distrito Federal e IV - informação pessoal: aquela relacionada à pessoa natural
Municípios, com o fim de garantir o acesso a informações identificada ou identificável;
previsto no inciso XXXIII do art. 5º, no inciso II do § 3º do art. V - tratamento da informação: conjunto de ações referentes
37 e no § 2º do art. 216 da Constituição Federal. à produção, recepção, classificação, utilização, acesso,
Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei: reprodução, transporte, transmissão, distribuição,
arquivamento, armazenamento, eliminação, avaliação,
I - os órgãos públicos integrantes da administração direta dos destinação ou controle da informação;
Poderes Executivo, Legislativo, incluindo as Cortes de
Contas, e Judiciário e do Ministério Público; VI - disponibilidade: qualidade da informação que pode ser
conhecida e utilizada por indivíduos, equipamentos ou
II - as autarquias, as fundações públicas, as empresas sistemas autorizados;
públicas, as sociedades de economia mista e demais
entidades controladas direta ou indiretamente pela União, VII - autenticidade: qualidade da informação que tenha sido
Estados, Distrito Federal e Municípios. produzida, expedida, recebida ou modificada por
determinado indivíduo, equipamento ou sistema;
Art. 2º Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber,
às entidades privadas sem fins lucrativos que recebam, para VIII - integridade: qualidade da informação não modificada,
realização de ações de interesse público, recursos públicos inclusive quanto à origem, trânsito e destino;
diretamente do orçamento ou mediante subvenções sociais, IX - primariedade: qualidade da informação coletada na
contrato de gestão, termo de parceria, convênios, acordo, fonte, com o máximo de detalhamento possível, sem
ajustes ou outros instrumentos congêneres. modificações.
Parágrafo único. A publicidade a que estão submetidas as Art. 5º É dever do Estado garantir o direito de acesso à
entidades citadas no caput refere-se à parcela dos recursos informação, que será franqueada, mediante procedimentos
públicos recebidos e à sua destinação, sem prejuízo das objetivos e ágeis, de forma transparente, clara e em
prestações de contas a que estejam legalmente obrigadas. linguagem de fácil compreensão.
Art. 3º Os procedimentos previstos nesta Lei destinam-se a CAPÍTULO II
assegurar o direito fundamental de acesso à informação e DO ACESSO A INFORMAÇÕES E DA SUA DIVULGAÇÃO
devem ser executados em conformidade com os princípios
básicos da administração pública e com as seguintes Art. 6º Cabe aos órgãos e entidades do poder público,
diretrizes: observadas as normas e procedimentos específicos
aplicáveis, assegurar a:
I - observância da publicidade como preceito geral e do sigilo
como exceção; I - gestão transparente da informação, propiciando amplo
acesso a ela e sua divulgação;
II - divulgação de informações de interesse público,
independentemente de solicitações; II - proteção da informação, garantindo-se sua
disponibilidade, autenticidade e integridade; e

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III - proteção da informação sigilosa e da informação pessoal, abertura de sindicância para apurar o desaparecimento da
observada a sua disponibilidade, autenticidade, integridade respectiva documentação.
e eventual restrição de acesso.
§ 6º Verificada a hipótese prevista no § 5º deste artigo, o
Art. 7º O acesso à informação de que trata esta Lei responsável pela guarda da informação extraviada deverá,
compreende, entre outros, os direitos de obter: no prazo de 10 (dez) dias, justificar o fato e indicar
testemunhas que comprovem sua alegação.
I - orientação sobre os procedimentos para a consecução de
acesso, bem como sobre o local onde poderá ser encontrada Art. 8º É dever dos órgãos e entidades públicas promover,
ou obtida a informação almejada; independentemente de requerimentos, a divulgação em
local de fácil acesso, no âmbito de suas competências, de
II - informação contida em registros ou documentos,
informações de interesse coletivo ou geral por eles
produzidos ou acumulados por seus órgãos ou entidades,
produzidas ou custodiadas.
recolhidos ou não a arquivos públicos;
§ 1º Na divulgação das informações a que se refere
III - informação produzida ou custodiada por pessoa física ou
o caput, deverão constar, no mínimo:
entidade privada decorrente de qualquer vínculo com seus
órgãos ou entidades, mesmo que esse vínculo já tenha I - registro das competências e estrutura organizacional,
cessado; endereços e telefones das respectivas unidades e horários
de atendimento ao público;
IV - informação primária, íntegra, autêntica e atualizada;
II - registros de quaisquer repasses ou transferências de
V - informação sobre atividades exercidas pelos órgãos e
recursos financeiros;
entidades, inclusive as relativas à sua política, organização e
serviços; III - registros das despesas;
VI - informação pertinente à administração do patrimônio IV - informações concernentes a procedimentos licitatórios,
público, utilização de recursos públicos, licitação, contratos inclusive os respectivos editais e resultados, bem como a
administrativos; e todos os contratos celebrados;
VII - informação relativa: V - dados gerais para o acompanhamento de programas,
ações, projetos e obras de órgãos e entidades; e
a) à implementação, acompanhamento e resultados dos
programas, projetos e ações dos órgãos e entidades VI - respostas a perguntas mais frequentes da sociedade.
públicas, bem como metas e indicadores propostos;
§ 2º Para cumprimento do disposto no caput, os órgãos e
b) ao resultado de inspeções, auditorias, prestações e entidades públicas deverão utilizar todos os meios e
tomadas de contas realizadas pelos órgãos de controle instrumentos legítimos de que dispuserem, sendo
interno e externo, incluindo prestações de contas relativas a obrigatória a divulgação em sítios oficiais da rede mundial de
exercícios anteriores. computadores (internet).
§ 1º O acesso à informação previsto no caput não § 3º Os sítios de que trata o § 2º deverão, na forma de
compreende as informações referentes a projetos de regulamento, atender, entre outros, aos seguintes
pesquisa e desenvolvimento científicos ou tecnológicos cujo requisitos:
sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do
I - conter ferramenta de pesquisa de conteúdo que permita
Estado.
o acesso à informação de forma objetiva, transparente, clara
§ 2º Quando não for autorizado acesso integral à informação e em linguagem de fácil compreensão;
por ser ela parcialmente sigilosa, é assegurado o acesso à
II - possibilitar a gravação de relatórios em diversos formatos
parte não sigilosa por meio de certidão, extrato ou cópia com
eletrônicos, inclusive abertos e não proprietários, tais como
ocultação da parte sob sigilo.
planilhas e texto, de modo a facilitar a análise das
§ 3º O direito de acesso aos documentos ou às informações informações;
neles contidas utilizados como fundamento da tomada de
III - possibilitar o acesso automatizado por sistemas externos
decisão e do ato administrativo será assegurado com a
em formatos abertos, estruturados e legíveis por máquina;
edição do ato decisório respectivo.
IV - divulgar em detalhes os formatos utilizados para
§ 4º A negativa de acesso às informações objeto de pedido
estruturação da informação;
formulado aos órgãos e entidades referidas no art. 1º ,
quando não fundamentada, sujeitará o responsável a V - garantir a autenticidade e a integridade das informações
medidas disciplinares, nos termos do art. 32 desta Lei. disponíveis para acesso;
§ 5º Informado do extravio da informação solicitada, poderá VI - manter atualizadas as informações disponíveis para
o interessado requerer à autoridade competente a imediata acesso;

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VII - indicar local e instruções que permitam ao interessado § 1º Não sendo possível conceder o acesso imediato, na
comunicar-se, por via eletrônica ou telefônica, com o órgão forma disposta no caput, o órgão ou entidade que receber o
ou entidade detentora do sítio; e pedido deverá, em prazo não superior a 20 (vinte) dias:
VIII - adotar as medidas necessárias para garantir a I - comunicar a data, local e modo para se realizar a consulta,
acessibilidade de conteúdo para pessoas com deficiência, efetuar a reprodução ou obter a certidão;
nos termos do art. 17 da Lei nº 10.098, de 19 de dezembro
II - indicar as razões de fato ou de direito da recusa, total ou
de 2000, e do art. 9º da Convenção sobre os Direitos das
parcial, do acesso pretendido; ou
Pessoas com Deficiência, aprovada pelo Decreto Legislativo
nº 186, de 9 de julho de 2008. III - comunicar que não possui a informação, indicar, se for
do seu conhecimento, o órgão ou a entidade que a detém,
§ 4º Os Municípios com população de até 10.000 (dez mil)
ou, ainda, remeter o requerimento a esse órgão ou entidade,
habitantes ficam dispensados da divulgação obrigatória na
cientificando o interessado da remessa de seu pedido de
internet a que se refere o § 2º , mantida a obrigatoriedade
informação.
de divulgação, em tempo real, de informações relativas à
execução orçamentária e financeira, nos critérios e prazos § 2º O prazo referido no § 1º poderá ser prorrogado por mais
previstos no art. 73-B da Lei Complementar nº 101, de 4 de 10 (dez) dias, mediante justificativa expressa, da qual será
maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal). cientificado o requerente.
Art. 9º O acesso a informações públicas será assegurado § 3º Sem prejuízo da segurança e da proteção das
mediante: informações e do cumprimento da legislação aplicável, o
órgão ou entidade poderá oferecer meios para que o próprio
I - criação de serviço de informações ao cidadão, nos órgãos
requerente possa pesquisar a informação de que necessitar.
e entidades do poder público, em local com condições
apropriadas para: § 4º Quando não for autorizado o acesso por se tratar de
informação total ou parcialmente sigilosa, o requerente
a) atender e orientar o público quanto ao acesso a
deverá ser informado sobre a possibilidade de recurso,
informações;
prazos e condições para sua interposição, devendo, ainda,
b) informar sobre a tramitação de documentos nas suas ser-lhe indicada a autoridade competente para sua
respectivas unidades; apreciação.
c) protocolizar documentos e requerimentos de acesso a § 5º A informação armazenada em formato digital será
informações; e fornecida nesse formato, caso haja anuência do requerente.
II - realização de audiências ou consultas públicas, incentivo § 6º Caso a informação solicitada esteja disponível ao público
à participação popular ou a outras formas de divulgação. em formato impresso, eletrônico ou em qualquer outro meio
de acesso universal, serão informados ao requerente, por
CAPÍTULO III
escrito, o lugar e a forma pela qual se poderá consultar, obter
DO PROCEDIMENTO DE ACESSO À INFORMAÇÃO
ou reproduzir a referida informação, procedimento esse que
SEÇÃO I desonerará o órgão ou entidade pública da obrigação de seu
DO PEDIDO DE ACESSO fornecimento direto, salvo se o requerente declarar não
Art. 10. Qualquer interessado poderá apresentar pedido de dispor de meios para realizar por si mesmo tais
acesso a informações aos órgãos e entidades referidos no procedimentos.
art. 1º desta Lei, por qualquer meio legítimo, devendo o Art. 12. O serviço de busca e fornecimento da informação é
pedido conter a identificação do requerente e a gratuito, salvo nas hipóteses de reprodução de documentos
especificação da informação requerida. pelo órgão ou entidade pública consultada, situação em que
§ 1º Para o acesso a informações de interesse público, a poderá ser cobrado exclusivamente o valor necessário ao
identificação do requerente não pode conter exigências que ressarcimento do custo dos serviços e dos materiais
inviabilizem a solicitação. utilizados.

§ 2º Os órgãos e entidades do poder público devem viabilizar Parágrafo único. Estará isento de ressarcir os custos
alternativa de encaminhamento de pedidos de acesso por previstos no caput todo aquele cuja situação econômica não
meio de seus sítios oficiais na internet. lhe permita fazê-lo sem prejuízo do sustento próprio ou da
família, declarada nos termos da Lei nº 7.115, de 29 de
§ 3º São vedadas quaisquer exigências relativas aos motivos agosto de 1983.
determinantes da solicitação de informações de interesse
público. Art. 13. Quando se tratar de acesso à informação contida em
documento cuja manipulação possa prejudicar sua
Art. 11. O órgão ou entidade pública deverá autorizar ou integridade, deverá ser oferecida a consulta de cópia, com
conceder o acesso imediato à informação disponível. certificação de que esta confere com o original.

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Parágrafo único. Na impossibilidade de obtenção de cópias, § 1º O recurso previsto neste artigo somente poderá ser
o interessado poderá solicitar que, a suas expensas e sob dirigido às autoridades mencionadas depois de submetido à
supervisão de servidor público, a reprodução seja feita por apreciação de pelo menos uma autoridade
outro meio que não ponha em risco a conservação do hierarquicamente superior à autoridade que exarou a
documento original. decisão impugnada e, no caso das Forças Armadas, ao
respectivo Comando.
Art. 14. É direito do requerente obter o inteiro teor de
decisão de negativa de acesso, por certidão ou cópia. § 2º Indeferido o recurso previsto no caput que tenha como
objeto a desclassificação de informação secreta ou
SEÇÃO II
ultrassecreta, caberá recurso à Comissão Mista de
DOS RECURSOS
Reavaliação de Informações prevista no art. 35.
Art. 15. No caso de indeferimento de acesso a informações Art. 18. Os procedimentos de revisão de decisões
ou às razões da negativa do acesso, poderá o interessado denegatórias proferidas no recurso previsto no art. 15 e de
interpor recurso contra a decisão no prazo de 10 (dez) dias a revisão de classificação de documentos sigilosos serão
contar da sua ciência. objeto de regulamentação própria dos Poderes Legislativo e
Parágrafo único. O recurso será dirigido à autoridade Judiciário e do Ministério Público, em seus respectivos
hierarquicamente superior à que exarou a decisão âmbitos, assegurado ao solicitante, em qualquer caso, o
impugnada, que deverá se manifestar no prazo de 5 (cinco) direito de ser informado sobre o andamento de seu pedido.
dias. Art. 19. (VETADO).
Art. 16. Negado o acesso a informação pelos órgãos ou § 1º (VETADO).
entidades do Poder Executivo Federal, o requerente poderá
recorrer à Controladoria-Geral da União, que deliberará no § 2º Os órgãos do Poder Judiciário e do Ministério Público
prazo de 5 (cinco) dias se: informarão ao Conselho Nacional de Justiça e ao Conselho
Nacional do Ministério Público, respectivamente, as decisões
I - o acesso à informação não classificada como sigilosa for que, em grau de recurso, negarem acesso a informações de
negado; interesse público.
II - a decisão de negativa de acesso à informação total ou Art. 20. Aplica-se subsidiariamente, no que couber, a Lei nº
parcialmente classificada como sigilosa não indicar a 9.784, de 29 de janeiro de 1999, ao procedimento de que
autoridade classificadora ou a hierarquicamente superior a trata este Capítulo.
quem possa ser dirigido pedido de acesso ou
desclassificação; CAPÍTULO IV
DAS RESTRIÇÕES DE ACESSO À INFORMAÇÃO
III - os procedimentos de classificação de informação sigilosa
SEÇÃO I
estabelecidos nesta Lei não tiverem sido observados; e
DISPOSIÇÕES GERAIS
IV - estiverem sendo descumpridos prazos ou outros
procedimentos previstos nesta Lei. Art. 21. Não poderá ser negado acesso à informação
necessária à tutela judicial ou administrativa de direitos
§ 1º O recurso previsto neste artigo somente poderá ser fundamentais.
dirigido à Controladoria-Geral da União depois de submetido
à apreciação de pelo menos uma autoridade Parágrafo único. As informações ou documentos que versem
hierarquicamente superior àquela que exarou a decisão sobre condutas que impliquem violação dos direitos
impugnada, que deliberará no prazo de 5 (cinco) dias. humanos praticada por agentes públicos ou a mando de
autoridades públicas não poderão ser objeto de restrição de
§ 2º Verificada a procedência das razões do recurso, a acesso.
Controladoria-Geral da União determinará ao órgão ou
entidade que adote as providências necessárias para dar Art. 22. O disposto nesta Lei não exclui as demais hipóteses
cumprimento ao disposto nesta Lei. legais de sigilo e de segredo de justiça nem as hipóteses de
segredo industrial decorrentes da exploração direta de
§ 3º Negado o acesso à informação pela Controladoria-Geral atividade econômica pelo Estado ou por pessoa física ou
da União, poderá ser interposto recurso à Comissão Mista de entidade privada que tenha qualquer vínculo com o poder
Reavaliação de Informações, a que se refere o art. 35. público.
Art. 17. No caso de indeferimento de pedido de SEÇÃO II
desclassificação de informação protocolado em órgão da DA CLASSIFICAÇÃO DA INFORMAÇÃO QUANTO AO GRAU E
administração pública federal, poderá o requerente recorrer PRAZOS DE SIGILO
ao Ministro de Estado da área, sem prejuízo das
competências da Comissão Mista de Reavaliação de Art. 23. São consideradas imprescindíveis à segurança da
Informações, previstas no art. 35, e do disposto no art. 16. sociedade ou do Estado e, portanto, passíveis de

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classificação as informações cuja divulgação ou acesso informação e utilizado o critério menos restritivo possível,
irrestrito possam: considerados:
I - pôr em risco a defesa e a soberania nacionais ou a I - a gravidade do risco ou dano à segurança da sociedade e
integridade do território nacional; do Estado; e
II - prejudicar ou pôr em risco a condução de negociações ou II - o prazo máximo de restrição de acesso ou o evento que
as relações internacionais do País, ou as que tenham sido defina seu termo final.
fornecidas em caráter sigiloso por outros Estados e
SEÇÃO III
organismos internacionais;
DA PROTEÇÃO E DO CONTROLE DE INFORMAÇÕES
III - pôr em risco a vida, a segurança ou a saúde da população; SIGILOSAS
IV - oferecer elevado risco à estabilidade financeira, Art. 25. É dever do Estado controlar o acesso e a divulgação
econômica ou monetária do País; de informações sigilosas produzidas por seus órgãos e
V - prejudicar ou causar risco a planos ou operações entidades, assegurando a sua proteção. (Regulamento)
estratégicos das Forças Armadas; § 1º O acesso, a divulgação e o tratamento de informação
VI - prejudicar ou causar risco a projetos de pesquisa e classificada como sigilosa ficarão restritos a pessoas que
desenvolvimento científico ou tecnológico, assim como a tenham necessidade de conhecê-la e que sejam
sistemas, bens, instalações ou áreas de interesse estratégico devidamente credenciadas na forma do regulamento, sem
nacional; prejuízo das atribuições dos agentes públicos autorizados
por lei.
VII - pôr em risco a segurança de instituições ou de altas
autoridades nacionais ou estrangeiras e seus familiares; ou § 2º O acesso à informação classificada como sigilosa cria a
obrigação para aquele que a obteve de resguardar o sigilo.
VIII - comprometer atividades de inteligência, bem como de
investigação ou fiscalização em andamento, relacionadas § 3º Regulamento disporá sobre procedimentos e medidas a
com a prevenção ou repressão de infrações. serem adotados para o tratamento de informação sigilosa,
de modo a protegê-la contra perda, alteração indevida,
Art. 24. A informação em poder dos órgãos e entidades acesso, transmissão e divulgação não autorizados.
públicas, observado o seu teor e em razão de sua
imprescindibilidade à segurança da sociedade ou do Estado, Art. 26. As autoridades públicas adotarão as providências
poderá ser classificada como ultrassecreta, secreta ou necessárias para que o pessoal a elas subordinado
reservada. hierarquicamente conheça as normas e observe as medidas
e procedimentos de segurança para tratamento de
§ 1º Os prazos máximos de restrição de acesso à informação, informações sigilosas.
conforme a classificação prevista no caput, vigoram a partir
da data de sua produção e são os seguintes: Parágrafo único. A pessoa física ou entidade privada que, em
razão de qualquer vínculo com o poder público, executar
I - ultrassecreta: 25 (vinte e cinco) anos; atividades de tratamento de informações sigilosas adotará
II - secreta: 15 (quinze) anos; e as providências necessárias para que seus empregados,
prepostos ou representantes observem as medidas e
III - reservada: 5 (cinco) anos. procedimentos de segurança das informações resultantes da
§ 2º As informações que puderem colocar em risco a aplicação desta Lei.
segurança do Presidente e Vice-Presidente da República e SEÇÃO IV
respectivos cônjuges e filhos(as) serão classificadas como DOS PROCEDIMENTOS DE CLASSIFICAÇÃO,
reservadas e ficarão sob sigilo até o término do mandato em
RECLASSIFICAÇÃO E DESCLASSIFICAÇÃO
exercício ou do último mandato, em caso de reeleição.
Art. 27. A classificação do sigilo de informações no âmbito da
§ 3º Alternativamente aos prazos previstos no § 1º , poderá
administração pública federal é de
ser estabelecida como termo final de restrição de acesso a
competência: (Regulamento)
ocorrência de determinado evento, desde que este ocorra
antes do transcurso do prazo máximo de classificação. I - no grau de ultrassecreto, das seguintes autoridades:
§ 4º Transcorrido o prazo de classificação ou consumado o a) Presidente da República;
evento que defina o seu termo final, a informação tornar-se-
b) Vice-Presidente da República;
á, automaticamente, de acesso público.
c) Ministros de Estado e autoridades com as mesmas
§ 5º Para a classificação da informação em determinado grau
prerrogativas;
de sigilo, deverá ser observado o interesse público da

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d) Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica; possibilidade de danos decorrentes do acesso ou da


e divulgação da informação.
e) Chefes de Missões Diplomáticas e Consulares § 3º Na hipótese de redução do prazo de sigilo da
permanentes no exterior; informação, o novo prazo de restrição manterá como termo
inicial a data da sua produção.
II - no grau de secreto, das autoridades referidas no inciso I,
dos titulares de autarquias, fundações ou empresas públicas Art. 30. A autoridade máxima de cada órgão ou entidade
e sociedades de economia mista; e publicará, anualmente, em sítio à disposição na internet e
destinado à veiculação de dados e informações
III - no grau de reservado, das autoridades referidas nos
administrativas, nos termos de regulamento:
incisos I e II e das que exerçam funções de direção, comando
ou chefia, nível DAS 101.5, ou superior, do Grupo-Direção e I - rol das informações que tenham sido desclassificadas nos
Assessoramento Superiores, ou de hierarquia equivalente, últimos 12 (doze) meses;
de acordo com regulamentação específica de cada órgão ou
II - rol de documentos classificados em cada grau de sigilo,
entidade, observado o disposto nesta Lei.
com identificação para referência futura;
§ 1º A competência prevista nos incisos I e II, no que se refere
III - relatório estatístico contendo a quantidade de pedidos
à classificação como ultrassecreta e secreta, poderá ser
de informação recebidos, atendidos e indeferidos, bem
delegada pela autoridade responsável a agente público,
como informações genéricas sobre os solicitantes.
inclusive em missão no exterior, vedada a subdelegação.
§ 1º Os órgãos e entidades deverão manter exemplar da
§ 2º A classificação de informação no grau de sigilo
publicação prevista no caput para consulta pública em suas
ultrassecreto pelas autoridades previstas nas alíneas “d” e
sedes.
“e” do inciso I deverá ser ratificada pelos respectivos
Ministros de Estado, no prazo previsto em regulamento. § 2º Os órgãos e entidades manterão extrato com a lista de
informações classificadas, acompanhadas da data, do grau
§ 3º A autoridade ou outro agente público que classificar
de sigilo e dos fundamentos da classificação.
informação como ultrassecreta deverá encaminhar a decisão
de que trata o art. 28 à Comissão Mista de Reavaliação de SEÇÃO V
Informações, a que se refere o art. 35, no prazo previsto em DAS INFORMAÇÕES PESSOAIS
regulamento.
Art. 31. O tratamento das informações pessoais deve ser
Art. 28. A classificação de informação em qualquer grau de feito de forma transparente e com respeito à intimidade,
sigilo deverá ser formalizada em decisão que conterá, no vida privada, honra e imagem das pessoas, bem como às
mínimo, os seguintes elementos: liberdades e garantias individuais.
I - assunto sobre o qual versa a informação; § 1º As informações pessoais, a que se refere este artigo,
II - fundamento da classificação, observados os critérios relativas à intimidade, vida privada, honra e imagem:
estabelecidos no art. 24; I - terão seu acesso restrito, independentemente de
III - indicação do prazo de sigilo, contado em anos, meses ou classificação de sigilo e pelo prazo máximo de 100 (cem) anos
dias, ou do evento que defina o seu termo final, conforme a contar da sua data de produção, a agentes públicos
limites previstos no art. 24; e legalmente autorizados e à pessoa a que elas se referirem; e

IV - identificação da autoridade que a classificou. II - poderão ter autorizada sua divulgação ou acesso por
terceiros diante de previsão legal ou consentimento
Parágrafo único. A decisão referida no caput será mantida expresso da pessoa a que elas se referirem.
no mesmo grau de sigilo da informação classificada.
§ 2º Aquele que obtiver acesso às informações de que trata
Art. 29. A classificação das informações será reavaliada pela este artigo será responsabilizado por seu uso indevido.
autoridade classificadora ou por autoridade
hierarquicamente superior, mediante provocação ou de § 3º O consentimento referido no inciso II do § 1º não será
ofício, nos termos e prazos previstos em regulamento, com exigido quando as informações forem necessárias:
vistas à sua desclassificação ou à redução do prazo de sigilo, I - à prevenção e diagnóstico médico, quando a pessoa
observado o disposto no art. 24. (Regulamento) estiver física ou legalmente incapaz, e para utilização única e
§ 1º O regulamento a que se refere o caput deverá exclusivamente para o tratamento médico;
considerar as peculiaridades das informações produzidas no II - à realização de estatísticas e pesquisas científicas de
exterior por autoridades ou agentes públicos. evidente interesse público ou geral, previstos em lei, sendo
§ 2º Na reavaliação a que se refere o caput, deverão ser vedada a identificação da pessoa a que as informações se
examinadas a permanência dos motivos do sigilo e a referirem;

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III - ao cumprimento de ordem judicial; deverão ser apenadas, no mínimo, com suspensão, segundo
os critérios nela estabelecidos.
IV - à defesa de direitos humanos; ou
§ 2º Pelas condutas descritas no caput, poderá o militar ou
V - à proteção do interesse público e geral preponderante.
agente público responder, também, por improbidade
§ 4º A restrição de acesso à informação relativa à vida administrativa, conforme o disposto nas Leis nºs 1.079, de 10
privada, honra e imagem de pessoa não poderá ser invocada de abril de 1950, e 8.429, de 2 de junho de 1992.
com o intuito de prejudicar processo de apuração de
Art. 33. A pessoa física ou entidade privada que detiver
irregularidades em que o titular das informações estiver
informações em virtude de vínculo de qualquer natureza
envolvido, bem como em ações voltadas para a recuperação
com o poder público e deixar de observar o disposto nesta
de fatos históricos de maior relevância.
Lei estará sujeita às seguintes sanções:
§ 5º Regulamento disporá sobre os procedimentos para
I - advertência;
tratamento de informação pessoal.
II - multa;
CAPÍTULO V
DAS RESPONSABILIDADES III - rescisão do vínculo com o poder público;
Art. 32. Constituem condutas ilícitas que ensejam IV - suspensão temporária de participar em licitação e
responsabilidade do agente público ou militar: impedimento de contratar com a administração pública por
prazo não superior a 2 (dois) anos; e
I - recusar-se a fornecer informação requerida nos termos
desta Lei, retardar deliberadamente o seu fornecimento ou V - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com
fornecê-la intencionalmente de forma incorreta, incompleta a administração pública, até que seja promovida a
ou imprecisa; reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a
penalidade.
II - utilizar indevidamente, bem como subtrair, destruir,
inutilizar, desfigurar, alterar ou ocultar, total ou § 1º As sanções previstas nos incisos I, III e IV poderão ser
parcialmente, informação que se encontre sob sua guarda aplicadas juntamente com a do inciso II, assegurado o direito
ou a que tenha acesso ou conhecimento em razão do de defesa do interessado, no respectivo processo, no prazo
exercício das atribuições de cargo, emprego ou função de 10 (dez) dias.
pública; § 2º A reabilitação referida no inciso V será autorizada
III - agir com dolo ou má-fé na análise das solicitações de somente quando o interessado efetivar o ressarcimento ao
acesso à informação; órgão ou entidade dos prejuízos resultantes e após decorrido
o prazo da sanção aplicada com base no inciso IV.
IV - divulgar ou permitir a divulgação ou acessar ou permitir
acesso indevido à informação sigilosa ou informação § 3º A aplicação da sanção prevista no inciso V é de
pessoal; competência exclusiva da autoridade máxima do órgão ou
entidade pública, facultada a defesa do interessado, no
V - impor sigilo à informação para obter proveito pessoal ou respectivo processo, no prazo de 10 (dez) dias da abertura
de terceiro, ou para fins de ocultação de ato ilegal cometido de vista.
por si ou por outrem;
Art. 34. Os órgãos e entidades públicas respondem
VI - ocultar da revisão de autoridade superior competente diretamente pelos danos causados em decorrência da
informação sigilosa para beneficiar a si ou a outrem, ou em divulgação não autorizada ou utilização indevida de
prejuízo de terceiros; e informações sigilosas ou informações pessoais, cabendo a
VII - destruir ou subtrair, por qualquer meio, documentos apuração de responsabilidade funcional nos casos de dolo ou
concernentes a possíveis violações de direitos humanos por culpa, assegurado o respectivo direito de regresso.
parte de agentes do Estado. Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se à pessoa
§ 1º Atendido o princípio do contraditório, da ampla defesa física ou entidade privada que, em virtude de vínculo de
e do devido processo legal, as condutas descritas qualquer natureza com órgãos ou entidades, tenha acesso a
no caput serão consideradas: informação sigilosa ou pessoal e a submeta a tratamento
indevido.
I - para fins dos regulamentos disciplinares das Forças
Armadas, transgressões militares médias ou graves, segundo CAPÍTULO VI
os critérios neles estabelecidos, desde que não tipificadas DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
em lei como crime ou contravenção penal; ou
Art. 35. (VETADO).
II - para fins do disposto na Lei nº 8.112, de 11 de dezembro
§ 1º É instituída a Comissão Mista de Reavaliação de
de 1990, e suas alterações, infrações administrativas, que
Informações, que decidirá, no âmbito da administração

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pública federal, sobre o tratamento e a classificação de física ou jurídica, constante de registro ou banco de dados de
informações sigilosas e terá competência para: entidades governamentais ou de caráter público.
I - requisitar da autoridade que classificar informação como Art. 39. Os órgãos e entidades públicas deverão proceder à
ultrassecreta e secreta esclarecimento ou conteúdo, parcial reavaliação das informações classificadas como
ou integral da informação; ultrassecretas e secretas no prazo máximo de 2 (dois) anos,
contado do termo inicial de vigência desta Lei.
II - rever a classificação de informações ultrassecretas ou
secretas, de ofício ou mediante provocação de pessoa § 1º A restrição de acesso a informações, em razão da
interessada, observado o disposto no art. 7º e demais reavaliação prevista no caput, deverá observar os prazos e
dispositivos desta Lei; e condições previstos nesta Lei.
III - prorrogar o prazo de sigilo de informação classificada § 2º No âmbito da administração pública federal, a
como ultrassecreta, sempre por prazo determinado, reavaliação prevista no caput poderá ser revista, a qualquer
enquanto o seu acesso ou divulgação puder ocasionar tempo, pela Comissão Mista de Reavaliação de Informações,
ameaça externa à soberania nacional ou à integridade do observados os termos desta Lei.
território nacional ou grave risco às relações internacionais
§ 3º Enquanto não transcorrido o prazo de reavaliação
do País, observado o prazo previsto no § 1º do art. 24.
previsto no caput, será mantida a classificação da
§ 2º O prazo referido no inciso III é limitado a uma única informação nos termos da legislação precedente.
renovação.
§ 4º As informações classificadas como secretas e
§ 3º A revisão de ofício a que se refere o inciso II do § 1º ultrassecretas não reavaliadas no prazo previsto
deverá ocorrer, no máximo, a cada 4 (quatro) anos, após a no caput serão consideradas, automaticamente, de acesso
reavaliação prevista no art. 39, quando se tratar de público.
documentos ultrassecretos ou secretos.
Art. 40. No prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da vigência
§ 4º A não deliberação sobre a revisão pela Comissão Mista desta Lei, o dirigente máximo de cada órgão ou entidade da
de Reavaliação de Informações nos prazos previstos no § 3º administração pública federal direta e indireta designará
implicará a desclassificação automática das informações. autoridade que lhe seja diretamente subordinada para, no
âmbito do respectivo órgão ou entidade, exercer as
§ 5º Regulamento disporá sobre a composição, organização
seguintes atribuições:
e funcionamento da Comissão Mista de Reavaliação de
Informações, observado o mandato de 2 (dois) anos para I - assegurar o cumprimento das normas relativas ao acesso
seus integrantes e demais disposições desta a informação, de forma eficiente e adequada aos objetivos
Lei. (Regulamento) desta Lei;
Art. 36. O tratamento de informação sigilosa resultante de II - monitorar a implementação do disposto nesta Lei e
tratados, acordos ou atos internacionais atenderá às normas apresentar relatórios periódicos sobre o seu cumprimento;
e recomendações constantes desses instrumentos.
III - recomendar as medidas indispensáveis à implementação
Art. 37. É instituído, no âmbito do Gabinete de Segurança e ao aperfeiçoamento das normas e procedimentos
Institucional da Presidência da República, o Núcleo de necessários ao correto cumprimento do disposto nesta Lei; e
Segurança e Credenciamento (NSC), que tem por
IV - orientar as respectivas unidades no que se refere ao
objetivos: (Regulamento)
cumprimento do disposto nesta Lei e seus regulamentos.
I - promover e propor a regulamentação do credenciamento
Art. 41. O Poder Executivo Federal designará órgão da
de segurança de pessoas físicas, empresas, órgãos e
administração pública federal responsável:
entidades para tratamento de informações sigilosas; e
I - pela promoção de campanha de abrangência nacional de
II - garantir a segurança de informações sigilosas, inclusive
fomento à cultura da transparência na administração pública
aquelas provenientes de países ou organizações
e conscientização do direito fundamental de acesso à
internacionais com os quais a República Federativa do Brasil
informação;
tenha firmado tratado, acordo, contrato ou qualquer outro
ato internacional, sem prejuízo das atribuições do Ministério II - pelo treinamento de agentes públicos no que se refere ao
das Relações Exteriores e dos demais órgãos competentes. desenvolvimento de práticas relacionadas à transparência
na administração pública;
Parágrafo único. Regulamento disporá sobre a composição,
organização e funcionamento do NSC. III - pelo monitoramento da aplicação da lei no âmbito da
administração pública federal, concentrando e consolidando
Art. 38. Aplica-se, no que couber, a Lei nº 9.507, de 12 de
a publicação de informações estatísticas relacionadas no art.
novembro de 1997, em relação à informação de pessoa,
30;

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IV - pelo encaminhamento ao Congresso Nacional de Jorge Hage Sobrinho


relatório anual com informações atinentes à implementação
Maria do Rosário Nunes
desta Lei.
Art. 42. O Poder Executivo regulamentará o disposto nesta Lei Complementar nº 131/2009
Lei no prazo de 180 (cento e oitenta) dias a contar da data de
sua publicação.
Acrescenta dispositivos à Lei Complementar no 101, de 4 de
Art. 43. O inciso VI do art. 116 da Lei no 8.112, de 11 de maio de 2000, que estabelece normas de finanças públicas
dezembro de 1990, passa a vigorar com a seguinte redação: voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá
“Art. 116. outras providências, a fim de determinar a disponibilização,
em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a
VI - levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do execução orçamentária e financeira da União, dos Estados,
cargo ao conhecimento da autoridade superior ou, quando do Distrito Federal e dos Municípios.
houver suspeita de envolvimento desta, ao conhecimento de
outra autoridade competente para apuração; ” (NR) O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso
Art. 44. O Capítulo IV do Título IV da Lei nº 8.112, de 1990, Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei
passa a vigorar acrescido do seguinte art. 126-A: Complementar:

“Art. 126-A. Nenhum servidor poderá ser responsabilizado Art. 1o O art. 48 da Lei Complementar no 101, de 4 de maio
civil, penal ou administrativamente por dar ciência à de 2000, passa a vigorar com a seguinte redação:
autoridade superior ou, quando houver suspeita de “Art. 48.
envolvimento desta, a outra autoridade competente para
apuração de informação concernente à prática de crimes ou Parágrafo único. A transparência será assegurada também
improbidade de que tenha conhecimento, ainda que em mediante:
decorrência do exercício de cargo, emprego ou função I – incentivo à participação popular e realização de
pública.” audiências públicas, durante os processos de elaboração e
Art. 45. Cabe aos Estados, ao Distrito Federal e aos discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e
Municípios, em legislação própria, obedecidas as normas orçamentos;
gerais estabelecidas nesta Lei, definir regras específicas, II – liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da
especialmente quanto ao disposto no art. 9º e na Seção II do sociedade, em tempo real, de informações pormenorizadas
Capítulo III. sobre a execução orçamentária e financeira, em meios
Art. 46. Revogam-se: eletrônicos de acesso público;

I - a Lei nº 11.111, de 5 de maio de 2005 ; e III – adoção de sistema integrado de administração


financeira e controle, que atenda a padrão mínimo de
II - os arts. 22 a 24 da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991. qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da União e ao
Art. 47. Esta Lei entra em vigor 180 (cento e oitenta) dias disposto no art. 48-A.” (NR)
após a data de sua publicação. Art. 2o A Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000,
Brasília, 18 de novembro de 2011; 190º da Independência e passa a vigorar acrescida dos seguintes arts. 48-A, 73-A, 73-
123º da República. B e 73-C:

DILMA ROUSSEFF “Art. 48-A. Para os fins a que se refere o inciso II do


parágrafo único do art. 48, os entes da Federação
José Eduardo Cardoso disponibilizarão a qualquer pessoa física ou jurídica o acesso
Celso Luiz Nunes Amorim a informações referentes a:

Antonio de Aguiar Patriota I – quanto à despesa: todos os atos praticados pelas


unidades gestoras no decorrer da execução da despesa, no
Miriam Belchior momento de sua realização, com a disponibilização mínima
Paulo Bernardo Silva dos dados referentes ao número do correspondente
processo, ao bem fornecido ou ao serviço prestado, à pessoa
Gleisi Hoffmann física ou jurídica beneficiária do pagamento e, quando for o
José Elito Carvalho Siqueira caso, ao procedimento licitatório realizado;

Helena Chagas II – quanto à receita: o lançamento e o recebimento de toda


a receita das unidades gestoras, inclusive referente a
Luís Inácio Lucena Adams recursos extraordinários.”

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“Art. 73-A. Qualquer cidadão, partido político, associação ou CAPÍTULO I


sindicato é parte legítima para denunciar ao respectivo DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Tribunal de Contas e ao órgão competente do Ministério
Público o descumprimento das prescrições estabelecidas Art. 1º Esta Lei Complementar estabelece normas de
nesta Lei Complementar.” finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão
fiscal, com amparo no Capítulo II do Título VI da Constituição.
“Art. 73-B. Ficam estabelecidos os seguintes prazos para o
cumprimento das determinações dispostas nos incisos II e III § 1º A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação
do parágrafo único do art. 48 e do art. 48-A: planejada e transparente, em que se previnem riscos e
corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas
I – 1 (um) ano para a União, os Estados, o Distrito Federal e públicas, mediante o cumprimento de metas de resultados
os Municípios com mais de 100.000 (cem mil) habitantes; entre receitas e despesas e a obediência a limites e
II – 2 (dois) anos para os Municípios que tenham entre condições no que tange a renúncia de receita, geração de
50.000 (cinquenta mil) e 100.000 (cem mil) habitantes; despesas com pessoal, da seguridade social e outras, dívidas
consolidada e mobiliária, operações de crédito, inclusive por
III – 4 (quatro) anos para os Municípios que tenham até antecipação de receita, concessão de garantia e inscrição em
50.000 (cinquenta mil) habitantes. Restos a Pagar.
Parágrafo único. Os prazos estabelecidos neste artigo serão § 2º As disposições desta Lei Complementar obrigam a
contados a partir da data de publicação da lei complementar União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
que introduziu os dispositivos referidos no caput deste
artigo.” § 3º Nas referências:

“Art. 73-C. O não atendimento, até o encerramento dos I - à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios,
prazos previstos no art. 73-B, das determinações contidas estão compreendidos:
nos incisos II e III do parágrafo único do art. 48 e no art. 48- a) o Poder Executivo, o Poder Legislativo, neste abrangidos
A sujeita o ente à sanção prevista no inciso I do § 3o do art. os Tribunais de Contas, o Poder Judiciário e o Ministério
23.” Público;
Art. 3o Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua b) as respectivas administrações diretas, fundos, autarquias,
publicação. fundações e empresas estatais dependentes;
Brasília, 27 de maio de 2009; 188o da Independência e II - a Estados entende-se considerado o Distrito Federal;
121o da República.
III - a Tribunais de Contas estão incluídos: Tribunal de Contas
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA da União, Tribunal de Contas do Estado e, quando houver,
Tarso Genro Tribunal de Contas dos Municípios e Tribunal de Contas do
Guido Mantega Município.
Paulo Bernardo Silva
Luiz Augusto Fraga Navarro de Britto Filho Art. 2º Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se
como:

ÉTICA NA ADMINISTRAÇÃO I - ente da Federação: a União, cada Estado, o Distrito Federal


e cada Município;
PÚBLICA, SOCIOLOGIA DO DIREITO II - empresa controlada: sociedade cuja maioria do capital
social com direito a voto pertença, direta ou indiretamente,
E EDUCAÇÃO FISCAL a ente da Federação;
III - empresa estatal dependente: empresa controlada que
receba do ente controlador recursos financeiros para
Lei Complementar nº 101/2000 pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral
ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles
Estabelece normas de finanças públicas voltadas para a provenientes de aumento de participação acionária;
responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências.
IV - receita corrente líquida: somatório das receitas
tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais,
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso
agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei
receitas também correntes, deduzidos:
Complementar:
a) na União, os valores transferidos aos Estados e Municípios
por determinação constitucional ou legal, e as contribuições

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mencionadas na alínea a do inciso I e no inciso II do art. 195, montante da dívida pública, para o exercício a que se
e no art. 239 da Constituição; referirem e para os dois seguintes.
b) nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por § 2º O Anexo conterá, ainda:
determinação constitucional;
I - avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano
c) na União, nos Estados e nos Municípios, a contribuição dos anterior;
servidores para o custeio do seu sistema de previdência e
II - demonstrativo das metas anuais, instruído com memória
assistência social e as receitas provenientes da compensação
e metodologia de cálculo que justifiquem os resultados
financeira citada no § 9º do art. 201 da Constituição.
pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três
§ 1º Serão computados no cálculo da receita corrente líquida exercícios anteriores, e evidenciando a consistência delas
os valores pagos e recebidos em decorrência da Lei com as premissas e os objetivos da política econômica
Complementar no 87, de 13 de setembro de 1996, e do fundo nacional;
previsto pelo art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais
III - evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três
Transitórias.
exercícios, destacando a origem e a aplicação dos recursos
§ 2º Não serão considerados na receita corrente líquida do obtidos com a alienação de ativos;
Distrito Federal e dos Estados do Amapá e de Roraima os
IV - avaliação da situação financeira e atuarial:
recursos recebidos da União para atendimento das despesas
de que trata o inciso V do § 1º do art. 19. a) dos regimes geral de previdência social e próprio dos
servidores públicos e do Fundo de Amparo ao Trabalhador;
§ 3º A receita corrente líquida será apurada somando-se as
receitas arrecadadas no mês em referência e nos onze b) dos demais fundos públicos e programas estatais de
anteriores, excluídas as duplicidades. natureza atuarial;
CAPÍTULO II V - demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia
DO PLANEJAMENTO de receita e da margem de expansão das despesas
SEÇÃO I obrigatórias de caráter continuado.
DO PLANO PLURIANUAL § 3º A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de
Art. 3º (VETADO) Riscos Fiscais, onde serão avaliados os passivos contingentes
e outros riscos capazes de afetar as contas públicas,
SEÇÃO II informando as providências a serem tomadas, caso se
DA LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS concretizem.
Art. 4º A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto § 4º A mensagem que encaminhar o projeto da União
no § 2º do art. 165 da Constituição e: apresentará, em anexo específico, os objetivos das políticas
monetária, creditícia e cambial, bem como os parâmetros e
I - disporá também sobre:
as projeções para seus principais agregados e variáveis, e
a) equilíbrio entre receitas e despesas; ainda as metas de inflação, para o exercício subseqüente.
b) critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada SEÇÃO III
nas hipóteses previstas na alínea b do inciso II deste artigo, DA LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL
no art. 9º e no inciso II do § 1º do art. 31;
Art. 5º O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de
c) (VETADO) forma compatível com o plano plurianual, com a lei de
d) (VETADO) diretrizes orçamentárias e com as normas desta Lei
Complementar:
e) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos
resultados dos programas financiados com recursos dos I - conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da
orçamentos; programação dos orçamentos com os objetivos e metas
constantes do documento de que trata o § 1º do art. 4º;
f) demais condições e exigências para transferências de
recursos a entidades públicas e privadas; II - será acompanhado do documento a que se refere o §
6º do art. 165 da Constituição, bem como das medidas de
II - (VETADO) compensação a renúncias de receita e ao aumento de
III - (VETADO) despesas obrigatórias de caráter continuado;

§ 1º Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias III - conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização
Anexo de Metas Fiscais, em que serão estabelecidas metas e montante, definido com base na receita corrente líquida,
anuais, em valores correntes e constantes, relativas a serão estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias,
receitas, despesas, resultados nominal e primário e destinada ao:

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a) (VETADO) Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o


cronograma de execução mensal de desembolso. (Vide
b) atendimento de passivos contingentes e outros riscos e
Decreto nº 4.959, de 2004)(Vide Decreto nº 5.356, de 2005)
eventos fiscais imprevistos.
Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados a
§ 1º Todas as despesas relativas à dívida pública, mobiliária
finalidade específica serão utilizados exclusivamente para
ou contratual, e as receitas que as atenderão, constarão da
atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício
lei orçamentária anual.
diverso daquele em que ocorrer o ingresso.
§ 2º O refinanciamento da dívida pública constará
Art. 9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a
separadamente na lei orçamentária e nas de crédito
realização da receita poderá não comportar o cumprimento
adicional.
das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas
§ 3º A atualização monetária do principal da dívida no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público
mobiliária refinanciada não poderá superar a variação do promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários,
índice de preços previsto na lei de diretrizes orçamentárias, nos trinta dias subseqüentes, limitação de empenho e
ou em legislação específica. movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela
lei de diretrizes orçamentárias.
§ 4º É vedado consignar na lei orçamentária crédito com
finalidade imprecisa ou com dotação ilimitada. § 1º No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda
que parcial, a recomposição das dotações cujos empenhos
§ 5º A lei orçamentária não consignará dotação para
foram limitados dar-se-á de forma proporcional às reduções
investimento com duração superior a um exercício
efetivadas.
financeiro que não esteja previsto no plano plurianual ou em
lei que autorize a sua inclusão, conforme disposto no § 1º do § 2º Não serão objeto de limitação as despesas que
art. 167 da Constituição. constituam obrigações constitucionais e legais do ente,
inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da
§ 6º Integrarão as despesas da União, e serão incluídas na lei
dívida, e as ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias.
orçamentária, as do Banco Central do Brasil relativas a
pessoal e encargos sociais, custeio administrativo, inclusive § 3º No caso de os Poderes Legislativo e Judiciário e o
os destinados a benefícios e assistência aos servidores, e a Ministério Público não promoverem a limitação no prazo
investimentos. estabelecido no caput, é o Poder Executivo autorizado a
limitar os valores financeiros segundo os critérios fixados
§ 7º (VETADO)
pela lei de diretrizes orçamentárias. (Vide ADIN 2.238-5)
Art. 6º (VETADO)
§ 4º Até o final dos meses de maio, setembro e fevereiro, o
Art. 7º O resultado do Banco Central do Brasil, apurado após Poder Executivo demonstrará e avaliará o cumprimento das
a constituição ou reversão de reservas, constitui receita do metas fiscais de cada quadrimestre, em audiência pública na
Tesouro Nacional, e será transferido até o décimo dia útil comissão referida no § 1º do art. 166 da Constituição ou
subseqüente à aprovação dos balanços semestrais. equivalente nas Casas Legislativas estaduais e municipais.
§ 1º O resultado negativo constituirá obrigação do Tesouro § 5º No prazo de noventa dias após o encerramento de cada
para com o Banco Central do Brasil e será consignado em semestre, o Banco Central do Brasil apresentará, em reunião
dotação específica no orçamento. conjunta das comissões temáticas pertinentes do Congresso
Nacional, avaliação do cumprimento dos objetivos e metas
§ 2º O impacto e o custo fiscal das operações realizadas pelo
das políticas monetária, creditícia e cambial, evidenciando o
Banco Central do Brasil serão demonstrados
impacto e o custo fiscal de suas operações e os resultados
trimestralmente, nos termos em que dispuser a lei de
demonstrados nos balanços.
diretrizes orçamentárias da União.
Art. 10. A execução orçamentária e financeira identificará os
§ 3º Os balanços trimestrais do Banco Central do Brasil
beneficiários de pagamento de sentenças judiciais, por meio
conterão notas explicativas sobre os custos da remuneração
de sistema de contabilidade e administração financeira, para
das disponibilidades do Tesouro Nacional e da manutenção
fins de observância da ordem cronológica determinada
das reservas cambiais e a rentabilidade de sua carteira de
no art. 100 da Constituição.
títulos, destacando os de emissão da União.
CAPÍTULO III
SEÇÃO IV
DA RECEITA PÚBLICA
DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E DO CUMPRIMENTO DAS
SEÇÃO I
METAS
DA PREVISÃO E DA ARRECADAÇÃO
Art. 8º Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos
termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias e Art. 11. Constituem requisitos essenciais da
observado o disposto na alínea c do inciso I do art. 4º, o responsabilidade na gestão fiscal a instituição, previsão e

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efetiva arrecadação de todos os tributos da competência base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou
constitucional do ente da Federação. contribuição.
Parágrafo único. É vedada a realização de transferências § 1º A renúncia compreende anistia, remissão, subsídio,
voluntárias para o ente que não observe o disposto crédito presumido, concessão de isenção em caráter não
no caput, no que se refere aos impostos. geral, alteração de alíquota ou modificação de base de
cálculo que implique redução discriminada de tributos ou
Art. 12. As previsões de receita observarão as normas
contribuições, e outros benefícios que correspondam a
técnicas e legais, considerarão os efeitos das alterações na
tratamento diferenciado.
legislação, da variação do índice de preços, do crescimento
econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão § 2º Se o ato de concessão ou ampliação do incentivo ou
acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos benefício de que trata o caput deste artigo decorrer da
últimos três anos, da projeção para os dois seguintes àquele condição contida no inciso II, o benefício só entrará em vigor
a que se referirem, e da metodologia de cálculo e premissas quando implementadas as medidas referidas no
utilizadas. mencionado inciso.
§ 1º Reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo § 3º O disposto neste artigo não se aplica:
só será admitida se comprovado erro ou omissão de ordem
I - às alterações das alíquotas dos impostos previstos
técnica ou legal.
nos incisos I, II, IV e V do art. 153 da Constituição, na forma
§ 2º O montante previsto para as receitas de operações de do seu § 1º;
crédito não poderá ser superior ao das despesas de capital
II - ao cancelamento de débito cujo montante seja inferior ao
constantes do projeto de lei orçamentária.(Vide ADIN 2.238-
dos respectivos custos de cobrança.
5)
CAPÍTULO IV
§ 3º O Poder Executivo de cada ente colocará à disposição
DA DESPESA PÚBLICA
dos demais Poderes e do Ministério Público, no mínimo
trinta dias antes do prazo final para encaminhamento de SEÇÃO I
suas propostas orçamentárias, os estudos e as estimativas DA GERAÇÃO DA DESPESA
das receitas para o exercício subseqüente, inclusive da Art. 15. Serão consideradas não autorizadas, irregulares e
corrente líquida, e as respectivas memórias de cálculo. lesivas ao patrimônio público a geração de despesa ou
Art. 13. No prazo previsto no art. 8º, as receitas previstas assunção de obrigação que não atendam o disposto nos arts.
serão desdobradas, pelo Poder Executivo, em metas 16 e 17.
bimestrais de arrecadação, com a especificação, em Art. 16. A criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação
separado, quando cabível, das medidas de combate à evasão governamental que acarrete aumento da despesa será
e à sonegação, da quantidade e valores de ações ajuizadas acompanhado de:
para cobrança da dívida ativa, bem como da evolução do
montante dos créditos tributários passíveis de cobrança I - estimativa do impacto orçamentário-financeiro no
administrativa. exercício em que deva entrar em vigor e nos dois
subseqüentes;
SEÇÃO II
DA RENÚNCIA DE RECEITA II - declaração do ordenador da despesa de que o aumento
tem adequação orçamentária e financeira com a lei
Art. 14. A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício orçamentária anual e compatibilidade com o plano
de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias.
deverá estar acompanhada de estimativa do impacto
orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua § 1º Para os fins desta Lei Complementar, considera-se:
vigência e nos dois seguintes, atender ao disposto na lei de I - adequada com a lei orçamentária anual, a despesa objeto
diretrizes orçamentárias e a pelo menos uma das seguintes de dotação específica e suficiente, ou que esteja abrangida
condições:(Vide Medida Provisória nº 2.159, de 2001) (Vide por crédito genérico, de forma que somadas todas as
Lei nº 10.276, de 2001) despesas da mesma espécie, realizadas e a realizar, previstas
I - demonstração pelo proponente de que a renúncia foi no programa de trabalho, não sejam ultrapassados os limites
considerada na estimativa de receita da lei orçamentária, na estabelecidos para o exercício;
forma do art. 12, e de que não afetará as metas de resultados II - compatível com o plano plurianual e a lei de diretrizes
fiscais previstas no anexo próprio da lei de diretrizes orçamentárias, a despesa que se conforme com as diretrizes,
orçamentárias; objetivos, prioridades e metas previstos nesses instrumentos
II - estar acompanhada de medidas de compensação, no e não infrinja qualquer de suas disposições.
período mencionado no caput, por meio do aumento de
receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da
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§ 2º A estimativa de que trata o inciso I do caput será SEÇÃO II


acompanhada das premissas e metodologia de cálculo DAS DESPESAS COM PESSOAL
utilizadas. SUBSEÇÃO I
§ 3º Ressalva-se do disposto neste artigo a despesa DEFINIÇÕES E LIMITES
considerada irrelevante, nos termos em que dispuser a lei de Art. 18. Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se
diretrizes orçamentárias. como despesa total com pessoal: o somatório dos gastos do
§ 4º As normas do caput constituem condição prévia para: ente da Federação com os ativos, os inativos e os
pensionistas, relativos a mandatos eletivos, cargos, funções
I - empenho e licitação de serviços, fornecimento de bens ou ou empregos, civis, militares e de membros de Poder, com
execução de obras; quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimentos
II - desapropriação de imóveis urbanos a que se refere o § e vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos da
3º do art. 182 da Constituição. aposentadoria, reformas e pensões, inclusive adicionais,
gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer
SUBSEÇÃO I natureza, bem como encargos sociais e contribuições
DA DESPESA OBRIGATÓRIA DE CARÁTER CONTINUADO recolhidas pelo ente às entidades de previdência.
Art. 17. Considera-se obrigatória de caráter continuado a § 1º Os valores dos contratos de terceirização de mão-de-
despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou ato obra que se referem à substituição de servidores e
administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação empregados públicos serão contabilizados como "Outras
legal de sua execução por um período superior a dois Despesas de Pessoal".
exercícios.
§ 2º A despesa total com pessoal será apurada somando-se
§ 1º Os atos que criarem ou aumentarem despesa de que a realizada no mês em referência com as dos 11 (onze)
trata o caput deverão ser instruídos com a estimativa imediatamente anteriores, adotando-se o regime de
prevista no inciso I do art. 16 e demonstrar a origem dos competência, independentemente de empenho. (Redação
recursos para seu custeio. dada pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
§ 2º Para efeito do atendimento do § 1º, o ato será § 3º Para a apuração da despesa total com pessoal, será
acompanhado de comprovação de que a despesa criada ou observada a remuneração bruta do servidor, sem qualquer
aumentada não afetará as metas de resultados fiscais dedução ou retenção, ressalvada a redução para
previstas no anexo referido no § 1º do art. 4º, devendo seus atendimento ao disposto no art. 37, inciso XI, da
efeitos financeiros, nos períodos seguintes, ser Constituição Federal. (Incluído pela Lei Complementar
compensados pelo aumento permanente de receita ou pela nº 178, de 2021)
redução permanente de despesa.
Art. 19. Para os fins do disposto no caput do art. 169 da
§ 3º Para efeito do § 2º, considera-se aumento permanente Constituição, a despesa total com pessoal, em cada período
de receita o proveniente da elevação de alíquotas, ampliação de apuração e em cada ente da Federação, não poderá
da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou exceder os percentuais da receita corrente líquida, a seguir
contribuição. discriminados:
§ 4º A comprovação referida no § 2º, apresentada pelo I - União: 50% (cinqüenta por cento);
proponente, conterá as premissas e metodologia de cálculo
utilizadas, sem prejuízo do exame de compatibilidade da II - Estados: 60% (sessenta por cento);
despesa com as demais normas do plano plurianual e da lei III - Municípios: 60% (sessenta por cento).
de diretrizes orçamentárias.
§ 1º Na verificação do atendimento dos limites definidos
§ 5º A despesa de que trata este artigo não será executada neste artigo, não serão computadas as despesas:
antes da implementação das medidas referidas no § 2º, as
quais integrarão o instrumento que a criar ou aumentar. I - de indenização por demissão de servidores ou
empregados;
§ 6º O disposto no § 1º não se aplica às despesas destinadas
ao serviço da dívida nem ao reajustamento de remuneração II - relativas a incentivos à demissão voluntária;
de pessoal de que trata o inciso X do art. 37 da Constituição. III - derivadas da aplicação do disposto no inciso II do § 6º do
§ 7º Considera-se aumento de despesa a prorrogação art. 57 da Constituição;
daquela criada por prazo determinado. IV - decorrentes de decisão judicial e da competência de
período anterior ao da apuração a que se refere o § 2º do
art. 18;

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V - com pessoal, do Distrito Federal e dos Estados do Amapá b) 6% (seis por cento) para o Judiciário;
e Roraima, custeadas com recursos transferidos pela União
c) 49% (quarenta e nove por cento) para o Executivo;
na forma dos incisos XIII e XIV do art. 21 da Constituição e
do art. 31 da Emenda Constitucional no 19; d) 2% (dois por cento) para o Ministério Público dos Estados;
VI - com inativos e pensionistas, ainda que pagas por III - na esfera municipal:
intermédio de unidade gestora única ou fundo previsto
a) 6% (seis por cento) para o Legislativo, incluído o Tribunal
no art. 249 da Constituição Federal, quanto à parcela
de Contas do Município, quando houver;
custeada por recursos provenientes: (Redação dada pela
Lei Complementar nº 178, de 2021) b) 54% (cinqüenta e quatro por cento) para o Executivo.
a) da arrecadação de contribuições dos segurados; § 1º Nos Poderes Legislativo e Judiciário de cada esfera, os
limites serão repartidos entre seus órgãos de forma
b) da compensação financeira de que trata o § 9º do art. 201
proporcional à média das despesas com pessoal, em
da Constituição;
percentual da receita corrente líquida, verificadas nos três
c) de transferências destinadas a promover o equilíbrio exercícios financeiros imediatamente anteriores ao da
atuarial do regime de previdência, na forma definida pelo publicação desta Lei Complementar.
órgão do Poder Executivo federal responsável pela
§ 2º Para efeito deste artigo entende-se como órgão:
orientação, pela supervisão e pelo acompanhamento dos
regimes próprios de previdência social dos servidores I - o Ministério Público;
públicos. (Redação dada pela Lei Complementar nº 178,
II - no Poder Legislativo:
de 2021)
a) Federal, as respectivas Casas e o Tribunal de Contas da
§ 2º Observado o disposto no inciso IV do § 1º, as despesas
União;
com pessoal decorrentes de sentenças judiciais serão
incluídas no limite do respectivo Poder ou órgão referido no b) Estadual, a Assembléia Legislativa e os Tribunais de
art. 20. Contas;
§ 3º Na verificação do atendimento dos limites definidos c) do Distrito Federal, a Câmara Legislativa e o Tribunal de
neste artigo, é vedada a dedução da parcela custeada com Contas do Distrito Federal;
recursos aportados para a cobertura do déficit financeiro dos
d) Municipal, a Câmara de Vereadores e o Tribunal de Contas
regimes de previdência. (Incluído pela Lei Complementar
do Município, quando houver;
nº 178, de 2021)
III - no Poder Judiciário:
Art. 20. A repartição dos limites globais do art. 19 não poderá
exceder os seguintes percentuais: a) Federal, os tribunais referidos no art. 92 da Constituição;
I - na esfera federal: b) Estadual, o Tribunal de Justiça e outros, quando houver.
a) 2,5% (dois inteiros e cinco décimos por cento) para o § 3º Os limites para as despesas com pessoal do Poder
Legislativo, incluído o Tribunal de Contas da União; Judiciário, a cargo da União por força do inciso XIII do art. 21
da Constituição, serão estabelecidos mediante aplicação da
b) 6% (seis por cento) para o Judiciário;
regra do § 1º.
c) 40,9% (quarenta inteiros e nove décimos por cento) para
§ 4º Nos Estados em que houver Tribunal de Contas dos
o Executivo, destacando-se 3% (três por cento) para as
Municípios, os percentuais definidos nas alíneas a e c do
despesas com pessoal decorrentes do que dispõem
inciso II do caput serão, respectivamente, acrescidos e
os incisos XIII e XIV do art. 21 da Constituição e o art. 31 da
reduzidos em 0,4% (quatro décimos por cento).
Emenda Constitucional no 19, repartidos de forma
proporcional à média das despesas relativas a cada um § 5º Para os fins previstos no art. 168 da Constituição, a
destes dispositivos, em percentual da receita corrente entrega dos recursos financeiros correspondentes à despesa
líquida, verificadas nos três exercícios financeiros total com pessoal por Poder e órgão será a resultante da
imediatamente anteriores ao da publicação desta Lei aplicação dos percentuais definidos neste artigo, ou aqueles
Complementar; (Vide Decreto nº 3.917, de 2001) fixados na lei de diretrizes orçamentárias.
d) 0,6% (seis décimos por cento) para o Ministério Público da § 6º (VETADO)
União;
§ 7º Os Poderes e órgãos referidos neste artigo deverão
II - na esfera estadual: apurar, de forma segregada para aplicação dos limites de
que trata este artigo, a integralidade das despesas com
a) 3% (três por cento) para o Legislativo, incluído o Tribunal
pessoal dos respectivos servidores inativos e pensionistas,
de Contas do Estado;
mesmo que o custeio dessas despesas esteja a cargo de

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outro Poder ou órgão. (Incluído pela Lei Complementar nº II - aplicam-se somente aos titulares ocupantes de cargo
178, de 2021) eletivo dos Poderes referidos no art. 20. (Incluído pela Lei
Complementar nº 173, de 2020)
SUBSEÇÃO II
DO CONTROLE DA DESPESA TOTAL COM PESSOAL § 2º Para fins do disposto neste artigo, serão considerados
atos de nomeação ou de provimento de cargo público
Art. 21. É nulo de pleno direito: (Redação dada pela Lei aqueles referidos no § 1º do art. 169 da Constituição
Complementar nº 173, de 2020) Federal ou aqueles que, de qualquer modo, acarretem a
I - o ato que provoque aumento da despesa com pessoal e criação ou o aumento de despesa obrigatória. (Incluído
não atenda: pela Lei Complementar nº 173, de 2020)
a) às exigências dos arts. 16 e 17 desta Lei Complementar e Art. 22. A verificação do cumprimento dos limites
o disposto no inciso XIII do caput do art. 37 e no § 1º do art. estabelecidos nos arts. 19 e 20 será realizada ao final de cada
169 da Constituição Federal; e (Incluído pela Lei quadrimestre.
Complementar nº 173, de 2020) Parágrafo único. Se a despesa total com pessoal exceder a
b) ao limite legal de comprometimento aplicado às despesas 95% (noventa e cinco por cento) do limite, são vedados ao
com pessoal inativo; (Incluído pela Lei Complementar nº Poder ou órgão referido no art. 20 que houver incorrido no
173, de 2020) excesso:
II - o ato de que resulte aumento da despesa com pessoal nos I - concessão de vantagem, aumento, reajuste ou adequação
180 (cento e oitenta) dias anteriores ao final do mandato do de remuneração a qualquer título, salvo os derivados de
titular de Poder ou órgão referido no art. 20; (Redação sentença judicial ou de determinação legal ou contratual,
dada pela Lei Complementar nº 173, de 2020) ressalvada a revisão prevista no inciso X do art. 37 da
Constituição;
III - o ato de que resulte aumento da despesa com pessoal
que preveja parcelas a serem implementadas em períodos II - criação de cargo, emprego ou função;
posteriores ao final do mandato do titular de Poder ou órgão III - alteração de estrutura de carreira que implique aumento
referido no art. 20; (Incluído pela Lei Complementar nº de despesa;
173, de 2020)
IV - provimento de cargo público, admissão ou contratação
IV - a aprovação, a edição ou a sanção, por Chefe do Poder de pessoal a qualquer título, ressalvada a reposição
Executivo, por Presidente e demais membros da Mesa ou decorrente de aposentadoria ou falecimento de servidores
órgão decisório equivalente do Poder Legislativo, por das áreas de educação, saúde e segurança;
Presidente de Tribunal do Poder Judiciário e pelo Chefe do
Ministério Público, da União e dos Estados, de norma legal V - contratação de hora extra, salvo no caso do disposto
contendo plano de alteração, reajuste e reestruturação de no inciso II do § 6º do art. 57 da Constituição e as situações
carreiras do setor público, ou a edição de ato, por esses previstas na lei de diretrizes orçamentárias.
agentes, para nomeação de aprovados em concurso público, Art. 23. Se a despesa total com pessoal, do Poder ou órgão
quando: (Incluído pela Lei Complementar nº 173, de referido no art. 20, ultrapassar os limites definidos no
2020) mesmo artigo, sem prejuízo das medidas previstas no art. 22,
a) resultar em aumento da despesa com pessoal nos 180 o percentual excedente terá de ser eliminado nos dois
(cento e oitenta) dias anteriores ao final do mandato do quadrimestres seguintes, sendo pelo menos um terço no
titular do Poder Executivo; ou (Incluído pela Lei primeiro, adotando-se, entre outras, as providências
Complementar nº 173, de 2020) previstas nos §§ 3º e 4º do art. 169 da Constituição.
b) resultar em aumento da despesa com pessoal que preveja § 1º No caso do inciso I do § 3º do art. 169 da Constituição,
parcelas a serem implementadas em períodos posteriores ao o objetivo poderá ser alcançado tanto pela extinção de
final do mandato do titular do Poder Executivo. (Incluído cargos e funções quanto pela redução dos valores a eles
pela Lei Complementar nº 173, de 2020) atribuídos.(Vide ADIN 2.238-5)
§ 1º As restrições de que tratam os incisos II, III e § 2º É facultada a redução temporária da jornada de trabalho
IV: (Incluído pela Lei Complementar nº 173, de 2020) com adequação dos vencimentos à nova carga horária. (Vide
ADIN 2.238-5)
I - devem ser aplicadas inclusive durante o período de
recondução ou reeleição para o cargo de titular do Poder ou § 3º Não alcançada a redução no prazo estabelecido e
órgão autônomo; e (Incluído pela Lei Complementar nº enquanto perdurar o excesso, o Poder ou órgão referido no
173, de 2020) art. 20 não poderá: (Redação dada pela Lei Complementar
nº 178, de 2021)
I - receber transferências voluntárias;

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II - obter garantia, direta ou indireta, de outro ente; CAPÍTULO V


III - contratar operações de crédito, ressalvadas as DAS TRANSFERÊNCIAS VOLUNTÁRIAS
destinadas ao pagamento da dívida mobiliária e as que visem Art. 25. Para efeito desta Lei Complementar, entende-se por
à redução das despesas com pessoal. (Redação dada pela transferência voluntária a entrega de recursos correntes ou
Lei Complementar nº 178, de 2021) de capital a outro ente da Federação, a título de cooperação,
§ 4º As restrições do § 3º aplicam-se imediatamente se a auxílio ou assistência financeira, que não decorra de
despesa total com pessoal exceder o limite no primeiro determinação constitucional, legal ou os destinados ao
quadrimestre do último ano do mandato dos titulares de Sistema Único de Saúde.
Poder ou órgão referidos no art. 20. § 1º São exigências para a realização de transferência
§ 5º As restrições previstas no § 3º deste artigo não se voluntária, além das estabelecidas na lei de diretrizes
aplicam ao Município em caso de queda de receita real orçamentárias:
superior a 10% (dez por cento), em comparação ao I - existência de dotação específica;
correspondente quadrimestre do exercício financeiro
anterior, devido a: (Incluído pela Lei Complementar nº II - (VETADO)
164, de 2018)Produção de efeitos III - observância do disposto no inciso X do art. 167 da
I – diminuição das transferências recebidas do Fundo de Constituição;
Participação dos Municípios decorrente de concessão de IV - comprovação, por parte do beneficiário, de:
isenções tributárias pela União; e (Incluído pela Lei
Complementar nº 164, de 2018)Produção de efeitos a) que se acha em dia quanto ao pagamento de tributos,
empréstimos e financiamentos devidos ao ente transferidor,
II – diminuição das receitas recebidas de royalties e bem como quanto à prestação de contas de recursos
participações especiais. (Incluído pela Lei Complementar anteriormente dele recebidos;
nº 164, de 2018)Produção de efeitos
b) cumprimento dos limites constitucionais relativos à
§ 6º O disposto no § 5º deste artigo só se aplica caso a educação e à saúde;
despesa total com pessoal do quadrimestre vigente não
ultrapasse o limite percentual previsto no art. 19 desta Lei c) observância dos limites das dívidas consolidada e
Complementar, considerada, para este cálculo, a receita mobiliária, de operações de crédito, inclusive por
corrente líquida do quadrimestre correspondente do ano antecipação de receita, de inscrição em Restos a Pagar e de
anterior atualizada monetariamente. (Incluído pela Lei despesa total com pessoal;
Complementar nº 164, de 2018)Produção de efeitos d) previsão orçamentária de contrapartida.
SEÇÃO III § 2º É vedada a utilização de recursos transferidos em
DAS DESPESAS COM A SEGURIDADE SOCIAL finalidade diversa da pactuada.
Art. 24. Nenhum benefício ou serviço relativo à seguridade § 3º Para fins da aplicação das sanções de suspensão de
social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a transferências voluntárias constantes desta Lei
indicação da fonte de custeio total, nos termos do § 5º do Complementar, excetuam-se aquelas relativas a ações de
art. 195 da Constituição, atendidas ainda as exigências do educação, saúde e assistência social.
art. 17.
CAPÍTULO VI
§ 1º É dispensada da compensação referida no art. 17 o DA DESTINAÇÃO DE RECURSOS PÚBLICOS PARA O SETOR
aumento de despesa decorrente de: PRIVADO
I - concessão de benefício a quem satisfaça as condições de Art. 26. A destinação de recursos para, direta ou
habilitação prevista na legislação pertinente; indiretamente, cobrir necessidades de pessoas físicas ou
II - expansão quantitativa do atendimento e dos serviços déficits de pessoas jurídicas deverá ser autorizada por lei
prestados; específica, atender às condições estabelecidas na lei de
diretrizes orçamentárias e estar prevista no orçamento ou
III - reajustamento de valor do benefício ou serviço, a fim de em seus créditos adicionais.
preservar o seu valor real.
§ 1º O disposto no caput aplica-se a toda a administração
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se a benefício ou serviço indireta, inclusive fundações públicas e empresas estatais,
de saúde, previdência e assistência social, inclusive os exceto, no exercício de suas atribuições precípuas, as
destinados aos servidores públicos e militares, ativos e instituições financeiras e o Banco Central do Brasil.
inativos, e aos pensionistas.
§ 2º Compreende-se incluída a concessão de empréstimos,
financiamentos e refinanciamentos, inclusive as respectivas

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prorrogações e a composição de dívidas, a concessão de V - refinanciamento da dívida mobiliária: emissão de títulos


subvenções e a participação em constituição ou aumento de para pagamento do principal acrescido da atualização
capital. monetária.
Art. 27. Na concessão de crédito por ente da Federação a § 1º Equipara-se a operação de crédito a assunção, o
pessoa física, ou jurídica que não esteja sob seu controle reconhecimento ou a confissão de dívidas pelo ente da
direto ou indireto, os encargos financeiros, comissões e Federação, sem prejuízo do cumprimento das exigências dos
despesas congêneres não serão inferiores aos definidos em arts. 15 e 16.
lei ou ao custo de captação.
§ 2º Será incluída na dívida pública consolidada da União a
Parágrafo único. Dependem de autorização em lei específica relativa à emissão de títulos de responsabilidade do Banco
as prorrogações e composições de dívidas decorrentes de Central do Brasil.
operações de crédito, bem como a concessão de
§ 3º Também integram a dívida pública consolidada as
empréstimos ou financiamentos em desacordo com o caput,
operações de crédito de prazo inferior a doze meses cujas
sendo o subsídio correspondente consignado na lei
receitas tenham constado do orçamento.
orçamentária.
§ 4º O refinanciamento do principal da dívida mobiliária não
Art. 28. Salvo mediante lei específica, não poderão ser
excederá, ao término de cada exercício financeiro, o
utilizados recursos públicos, inclusive de operações de
montante do final do exercício anterior, somado ao das
crédito, para socorrer instituições do Sistema Financeiro
operações de crédito autorizadas no orçamento para este
Nacional, ainda que mediante a concessão de empréstimos
efeito e efetivamente realizadas, acrescido de atualização
de recuperação ou financiamentos para mudança de
monetária.
controle acionário.
SEÇÃO II
§ 1º A prevenção de insolvência e outros riscos ficará a cargo
DOS LIMITES DA DÍVIDA PÚBLICA E DAS OPERAÇÕES DE
de fundos, e outros mecanismos, constituídos pelas
instituições do Sistema Financeiro Nacional, na forma da lei. CRÉDITO

§ 2º O disposto no caput não proíbe o Banco Central do Art. 30. No prazo de noventa dias após a publicação desta Lei
Brasil de conceder às instituições financeiras operações de Complementar, o Presidente da República submeterá ao:
redesconto e de empréstimos de prazo inferior a trezentos e I - Senado Federal: proposta de limites globais para o
sessenta dias. montante da dívida consolidada da União, Estados e
CAPÍTULO VII Municípios, cumprindo o que estabelece o inciso VI do art.
DA DÍVIDA E DO ENDIVIDAMENTO 52 da Constituição, bem como de limites e condições
relativos aos incisos VII, VIII e IX do mesmo artigo;
SEÇÃO I
DEFINIÇÕES BÁSICAS II - Congresso Nacional: projeto de lei que estabeleça limites
para o montante da dívida mobiliária federal a que se refere
Art. 29. Para os efeitos desta Lei Complementar, são
o inciso XIV do art. 48 da Constituição, acompanhado da
adotadas as seguintes definições:
demonstração de sua adequação aos limites fixados para a
I - dívida pública consolidada ou fundada: montante total, dívida consolidada da União, atendido o disposto no inciso I
apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente do § 1º deste artigo.
da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos,
§ 1º As propostas referidas nos incisos I e II do caput e suas
convênios ou tratados e da realização de operações de
alterações conterão:
crédito, para amortização em prazo superior a doze meses;
I - demonstração de que os limites e condições guardam
II - dívida pública mobiliária: dívida pública representada por
coerência com as normas estabelecidas nesta Lei
títulos emitidos pela União, inclusive os do Banco Central do
Complementar e com os objetivos da política fiscal;
Brasil, Estados e Municípios;
II - estimativas do impacto da aplicação dos limites a cada
III - operação de crédito: compromisso financeiro assumido
uma das três esferas de governo;
em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de
título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado III - razões de eventual proposição de limites diferenciados
de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços, por esfera de governo;
arrendamento mercantil e outras operações assemelhadas, IV - metodologia de apuração dos resultados primário e
inclusive com o uso de derivativos financeiros; nominal.
IV - concessão de garantia: compromisso de adimplência de § 2º As propostas mencionadas nos incisos I e II
obrigação financeira ou contratual assumida por ente da do caput também poderão ser apresentadas em termos de
Federação ou entidade a ele vinculada;

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dívida líquida, evidenciando a forma e a metodologia de sua § 5º As normas deste artigo serão observadas nos casos de
apuração. descumprimento dos limites da dívida mobiliária e das
operações de crédito internas e externas.
§ 3º Os limites de que tratam os incisos I e II do caput serão
fixados em percentual da receita corrente líquida para cada SEÇÃO IV
esfera de governo e aplicados igualmente a todos os entes DAS OPERAÇÕES DE CRÉDITO
da Federação que a integrem, constituindo, para cada um SUBSEÇÃO I
deles, limites máximos. DA CONTRATAÇÃO
§ 4º Para fins de verificação do atendimento do limite, a Art. 32. O Ministério da Fazenda verificará o cumprimento
apuração do montante da dívida consolidada será efetuada dos limites e condições relativos à realização de operações
ao final de cada quadrimestre. de crédito de cada ente da Federação, inclusive das
§ 5º No prazo previsto no art. 5º, o Presidente da República empresas por eles controladas, direta ou indiretamente.
enviará ao Senado Federal ou ao Congresso Nacional, § 1º O ente interessado formalizará seu pleito
conforme o caso, proposta de manutenção ou alteração dos fundamentando-o em parecer de seus órgãos técnicos e
limites e condições previstos nos incisos I e II do caput. jurídicos, demonstrando a relação custo-benefício, o
§ 6º Sempre que alterados os fundamentos das propostas de interesse econômico e social da operação e o atendimento
que trata este artigo, em razão de instabilidade econômica das seguintes condições:
ou alterações nas políticas monetária ou cambial, o I - existência de prévia e expressa autorização para a
Presidente da República poderá encaminhar ao Senado contratação, no texto da lei orçamentária, em créditos
Federal ou ao Congresso Nacional solicitação de revisão dos adicionais ou lei específica;
limites.
II - inclusão no orçamento ou em créditos adicionais dos
§ 7º Os precatórios judiciais não pagos durante a execução recursos provenientes da operação, exceto no caso de
do orçamento em que houverem sido incluídos integram a operações por antecipação de receita;
dívida consolidada, para fins de aplicação dos limites.
III - observância dos limites e condições fixados pelo Senado
SEÇÃO III Federal;
DA RECONDUÇÃO DA DÍVIDA AOS LIMITES
IV - autorização específica do Senado Federal, quando se
Art. 31. Se a dívida consolidada de um ente da Federação tratar de operação de crédito externo;
ultrapassar o respectivo limite ao final de um quadrimestre,
deverá ser a ele reconduzida até o término dos três V - atendimento do disposto no inciso III do art. 167 da
subseqüentes, reduzindo o excedente em pelo menos 25% Constituição;
(vinte e cinco por cento) no primeiro. VI - observância das demais restrições estabelecidas nesta
§ 1º Enquanto perdurar o excesso, o ente que nele houver Lei Complementar.
incorrido: § 2º As operações relativas à dívida mobiliária federal
I - estará proibido de realizar operação de crédito interna ou autorizadas, no texto da lei orçamentária ou de créditos
externa, inclusive por antecipação de receita, ressalvadas as adicionais, serão objeto de processo simplificado que atenda
para pagamento de dívidas mobiliárias; (Redação dada às suas especificidades.
pela Lei Complementar nº 178, de 2021) § 3º Para fins do disposto no inciso V do § 1º, considerar-se-
II - obterá resultado primário necessário à recondução da á, em cada exercício financeiro, o total dos recursos de
dívida ao limite, promovendo, entre outras medidas, operações de crédito nele ingressados e o das despesas de
limitação de empenho, na forma do art. 9º. capital executadas, observado o seguinte:

§ 2º Vencido o prazo para retorno da dívida ao limite, e I - não serão computadas nas despesas de capital as
enquanto perdurar o excesso, o ente ficará também realizadas sob a forma de empréstimo ou financiamento a
impedido de receber transferências voluntárias da União ou contribuinte, com o intuito de promover incentivo fiscal,
do Estado. tendo por base tributo de competência do ente da
Federação, se resultar a diminuição, direta ou indireta, do
§ 3º As restrições do § 1º aplicam-se imediatamente se o ônus deste;
montante da dívida exceder o limite no primeiro
quadrimestre do último ano do mandato do Chefe do Poder II - se o empréstimo ou financiamento a que se refere o inciso
Executivo. I for concedido por instituição financeira controlada pelo
ente da Federação, o valor da operação será deduzido das
§ 4º O Ministério da Fazenda divulgará, mensalmente, a despesas de capital;
relação dos entes que tenham ultrapassado os limites das
dívidas consolidada e mobiliária. III - (VETADO)

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§ 4º Sem prejuízo das atribuições próprias do Senado Federal SUBSEÇÃO II


e do Banco Central do Brasil, o Ministério da Fazenda DAS VEDAÇÕES
efetuará o registro eletrônico centralizado e atualizado das
dívidas públicas interna e externa, garantido o acesso Art. 34. O Banco Central do Brasil não emitirá títulos da
público às informações, que incluirão: dívida pública a partir de dois anos após a publicação desta
Lei Complementar.
I - encargos e condições de contratação;
Art. 35. É vedada a realização de operação de crédito entre
II - saldos atualizados e limites relativos às dívidas um ente da Federação, diretamente ou por intermédio de
consolidada e mobiliária, operações de crédito e concessão fundo, autarquia, fundação ou empresa estatal dependente,
de garantias. e outro, inclusive suas entidades da administração indireta,
§ 5º Os contratos de operação de crédito externo não ainda que sob a forma de novação, refinanciamento ou
conterão cláusula que importe na compensação automática postergação de dívida contraída anteriormente.
de débitos e créditos. § 1º Excetuam-se da vedação a que se refere o caput as
§ 6º O prazo de validade da verificação dos limites e das operações entre instituição financeira estatal e outro ente da
condições de que trata este artigo e da análise realizada para Federação, inclusive suas entidades da administração
a concessão de garantia pela União será de, no mínimo, 90 indireta, que não se destinem a:
(noventa) dias e, no máximo, 270 (duzentos e setenta) dias, I - financiar, direta ou indiretamente, despesas correntes;
a critério do Ministério da Fazenda.(Incluído pela Lei
Complementar nº 159, de 2017) II - refinanciar dívidas não contraídas junto à própria
instituição concedente.
§ 7º Poderá haver alteração da finalidade de operação de
crédito de Estados, do Distrito Federal e de Municípios sem § 2º O disposto no caput não impede Estados e Municípios
a necessidade de nova verificação pelo Ministério da de comprar títulos da dívida da União como aplicação de
Economia, desde que haja prévia e expressa autorização suas disponibilidades.
para tanto, no texto da lei orçamentária, em créditos Art. 36. É proibida a operação de crédito entre uma
adicionais ou em lei específica, que se demonstre a relação instituição financeira estatal e o ente da Federação que a
custo-benefício e o interesse econômico e social da operação controle, na qualidade de beneficiário do empréstimo.
e que não configure infração a dispositivo desta Lei
Complementar. (Incluído pela Lei Complementar nº 178, Parágrafo único. O disposto no caput não proíbe instituição
de 2021) financeira controlada de adquirir, no mercado, títulos da
dívida pública para atender investimento de seus clientes, ou
Art. 33. A instituição financeira que contratar operação de títulos da dívida de emissão da União para aplicação de
crédito com ente da Federação, exceto quando relativa à recursos próprios.
dívida mobiliária ou à externa, deverá exigir comprovação de
que a operação atende às condições e limites estabelecidos. Art. 37. Equiparam-se a operações de crédito e estão
vedados:
§ 1º A operação realizada com infração do disposto nesta Lei
Complementar será considerada nula, procedendo-se ao seu I - captação de recursos a título de antecipação de receita de
cancelamento, mediante a devolução do principal, vedados tributo ou contribuição cujo fato gerador ainda não tenha
o pagamento de juros e demais encargos financeiros. ocorrido, sem prejuízo do disposto no § 7º do art. 150 da
Constituição;
§ 2º Se a devolução não for efetuada no exercício de ingresso
dos recursos, será consignada reserva específica na lei II - recebimento antecipado de valores de empresa em que o
orçamentária para o exercício seguinte. Poder Público detenha, direta ou indiretamente, a maioria
do capital social com direito a voto, salvo lucros e dividendos,
§ 3º Enquanto não for efetuado o cancelamento ou a na forma da legislação;
amortização ou constituída a reserva de que trata o § 2º,
aplicam-se ao ente as restrições previstas no § 3º do art. 23. III - assunção direta de compromisso, confissão de dívida ou
(Redação dada pela Lei Complementar nº 178, de 2021) operação assemelhada, com fornecedor de bens,
mercadorias ou serviços, mediante emissão, aceite ou aval
§ 4º Também se constituirá reserva, no montante de título de crédito, não se aplicando esta vedação a
equivalente ao excesso, se não atendido o disposto no inciso empresas estatais dependentes;
III do art. 167 da Constituição, consideradas as disposições
do § 3º do art. 32. IV - assunção de obrigação, sem autorização orçamentária,
com fornecedores para pagamento a posteriori de bens e
serviços.

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SUBSEÇÃO III na carteira das instituições financeiras, que pode ser


DAS OPERAÇÕES DE CRÉDITO POR ANTECIPAÇÃO DE refinanciado mediante novas operações de venda a termo.
RECEITA ORÇAMENTÁRIA § 2º O Banco Central do Brasil só poderá comprar
Art. 38. A operação de crédito por antecipação de receita diretamente títulos emitidos pela União para refinanciar a
destina-se a atender insuficiência de caixa durante o dívida mobiliária federal que estiver vencendo na sua
exercício financeiro e cumprirá as exigências mencionadas carteira.
no art. 32 e mais as seguintes: § 3º A operação mencionada no § 2º deverá ser realizada à
I - realizar-se-á somente a partir do décimo dia do início do taxa média e condições alcançadas no dia, em leilão público.
exercício; § 4º É vedado ao Tesouro Nacional adquirir títulos da dívida
II - deverá ser liquidada, com juros e outros encargos pública federal existentes na carteira do Banco Central do
incidentes, até o dia dez de dezembro de cada ano; Brasil, ainda que com cláusula de reversão, salvo para reduzir
a dívida mobiliária.
III - não será autorizada se forem cobrados outros encargos
que não a taxa de juros da operação, obrigatoriamente SEÇÃO V
prefixada ou indexada à taxa básica financeira, ou à que vier DA GARANTIA E DA CONTRAGARANTIA
a esta substituir;
Art. 40. Os entes poderão conceder garantia em operações
IV - estará proibida: de crédito internas ou externas, observados o disposto neste
artigo, as normas do art. 32 e, no caso da União, também os
a) enquanto existir operação anterior da mesma natureza
limites e as condições estabelecidos pelo Senado Federal e
não integralmente resgatada;
as normas emitidas pelo Ministério da Economia acerca da
b) no último ano de mandato do Presidente, Governador ou classificação de capacidade de pagamento dos mutuários.
Prefeito Municipal. (Redação dada pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
§ 1º As operações de que trata este artigo não serão § 1º A garantia estará condicionada ao oferecimento de
computadas para efeito do que dispõe o inciso III do art. 167 contragarantia, em valor igual ou superior ao da garantia a
da Constituição, desde que liquidadas no prazo definido no ser concedida, e à adimplência da entidade que a pleitear
inciso II do caput. relativamente a suas obrigações junto ao garantidor e às
entidades por este controladas, observado o seguinte:
§ 2º As operações de crédito por antecipação de receita
realizadas por Estados ou Municípios serão efetuadas I - não será exigida contragarantia de órgãos e entidades do
mediante abertura de crédito junto à instituição financeira próprio ente;
vencedora em processo competitivo eletrônico promovido
II - a contragarantia exigida pela União a Estado ou
pelo Banco Central do Brasil.
Município, ou pelos Estados aos Municípios, poderá consistir
§ 3º O Banco Central do Brasil manterá sistema de na vinculação de receitas tributárias diretamente
acompanhamento e controle do saldo do crédito aberto e, arrecadadas e provenientes de transferências
no caso de inobservância dos limites, aplicará as sanções constitucionais, com outorga de poderes ao garantidor para
cabíveis à instituição credora. retê-las e empregar o respectivo valor na liquidação da
dívida vencida.
SUBSEÇÃO IV
DAS OPERAÇÕES COM O BANCO CENTRAL DO BRASIL § 2º No caso de operação de crédito junto a organismo
financeiro internacional, ou a instituição federal de crédito e
Art. 39. Nas suas relações com ente da Federação, o Banco fomento para o repasse de recursos externos, a União só
Central do Brasil está sujeito às vedações constantes do art. prestará garantia a ente que atenda, além do disposto no §
35 e mais às seguintes: 1º, as exigências legais para o recebimento de transferências
I - compra de título da dívida, na data de sua colocação no voluntárias.
mercado, ressalvado o disposto no § 2º deste artigo; § 3º (VETADO)
II - permuta, ainda que temporária, por intermédio de § 4º (VETADO)
instituição financeira ou não, de título da dívida de ente da
Federação por título da dívida pública federal, bem como a § 5º É nula a garantia concedida acima dos limites fixados
operação de compra e venda, a termo, daquele título, cujo pelo Senado Federal.
efeito final seja semelhante à permuta; § 6º É vedado às entidades da administração indireta,
III - concessão de garantia. inclusive suas empresas controladas e subsidiárias, conceder
garantia, ainda que com recursos de fundos.
§ 1º O disposto no inciso II, in fine, não se aplica ao estoque
de Letras do Banco Central do Brasil, Série Especial, existente § 7º O disposto no § 6º não se aplica à concessão de garantia
por:
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I - empresa controlada a subsidiária ou controlada sua, nem separada das demais disponibilidades de cada ente e
à prestação de contragarantia nas mesmas condições; aplicadas nas condições de mercado, com observância dos
limites e condições de proteção e prudência financeira.
II - instituição financeira a empresa nacional, nos termos da
lei. § 2º É vedada a aplicação das disponibilidades de que trata o
§ 1º em:
§ 8º Excetua-se do disposto neste artigo a garantia prestada:
I - títulos da dívida pública estadual e municipal, bem como
I - por instituições financeiras estatais, que se submeterão às
em ações e outros papéis relativos às empresas controladas
normas aplicáveis às instituições financeiras privadas, de
pelo respectivo ente da Federação;
acordo com a legislação pertinente;
II - empréstimos, de qualquer natureza, aos segurados e ao
II - pela União, na forma de lei federal, a empresas de
Poder Público, inclusive a suas empresas controladas.
natureza financeira por ela controladas, direta e
indiretamente, quanto às operações de seguro de crédito à SEÇÃO II
exportação. DA PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO PÚBLICO
§ 9º Quando honrarem dívida de outro ente, em razão de Art. 44. É vedada a aplicação da receita de capital derivada
garantia prestada, a União e os Estados poderão condicionar da alienação de bens e direitos que integram o patrimônio
as transferências constitucionais ao ressarcimento daquele público para o financiamento de despesa corrente, salvo se
pagamento. destinada por lei aos regimes de previdência social, geral e
§ 10. O ente da Federação cuja dívida tiver sido honrada pela próprio dos servidores públicos.
União ou por Estado, em decorrência de garantia prestada Art. 45. Observado o disposto no § 5º do art. 5º, a lei
em operação de crédito, terá suspenso o acesso a novos orçamentária e as de créditos adicionais só incluirão novos
créditos ou financiamentos até a total liquidação da projetos após adequadamente atendidos os em andamento
mencionada dívida. e contempladas as despesas de conservação do patrimônio
§ 11. A alteração da metodologia utilizada para fins de público, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes
classificação da capacidade de pagamento de Estados e orçamentárias.
Municípios deverá ser precedida de consulta pública, Parágrafo único. O Poder Executivo de cada ente
assegurada a manifestação dos entes. (Incluído pela Lei encaminhará ao Legislativo, até a data do envio do projeto
Complementar nº 178, de 2021) de lei de diretrizes orçamentárias, relatório com as
SEÇÃO VI informações necessárias ao cumprimento do disposto neste
DOS RESTOS A PAGAR artigo, ao qual será dada ampla divulgação.
Art. 46. É nulo de pleno direito ato de desapropriação de
Art. 41. (VETADO)
imóvel urbano expedido sem o atendimento do disposto
Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no no § 3º do art. 182 da Constituição, ou prévio depósito
art. 20, nos últimos dois quadrimestres do seu mandato, judicial do valor da indenização.
contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida
SEÇÃO III
integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem
DAS EMPRESAS CONTROLADAS PELO SETOR PÚBLICO
pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente
disponibilidade de caixa para este efeito. Art. 47. A empresa controlada que firmar contrato de gestão
Parágrafo único. Na determinação da disponibilidade de em que se estabeleçam objetivos e metas de desempenho,
caixa serão considerados os encargos e despesas na forma da lei, disporá de autonomia gerencial,
compromissadas a pagar até o final do exercício. orçamentária e financeira, sem prejuízo do disposto
no inciso II do § 5º do art. 165 da Constituição.
CAPÍTULO VIII
Parágrafo único. A empresa controlada incluirá em seus
DA GESTÃO PATRIMONIAL
balanços trimestrais nota explicativa em que informará:
SEÇÃO I
DAS DISPONIBILIDADES DE CAIXA I - fornecimento de bens e serviços ao controlador, com
respectivos preços e condições, comparando-os com os
Art. 43. As disponibilidades de caixa dos entes da Federação praticados no mercado;
serão depositadas conforme estabelece o § 3º do art. 164 da
Constituição. II - recursos recebidos do controlador, a qualquer título,
especificando valor, fonte e destinação;
§ 1º As disponibilidades de caixa dos regimes de previdência
social, geral e próprio dos servidores públicos, ainda que III - venda de bens, prestação de serviços ou concessão de
vinculadas a fundos específicos a que se referem os arts. empréstimos e financiamentos com preços, taxas, prazos ou
249 e 250 da Constituição, ficarão depositadas em conta condições diferentes dos vigentes no mercado.

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CAPÍTULO IX § 6º Todos os Poderes e órgãos referidos no art. 20,


DA TRANSPARÊNCIA, CONTROLE E FISCALIZAÇÃO incluídos autarquias, fundações públicas, empresas estatais
SEÇÃO I dependentes e fundos, do ente da Federação devem utilizar
DA TRANSPARÊNCIA DA GESTÃO FISCAL sistemas únicos de execução orçamentária e financeira,
mantidos e gerenciados pelo Poder Executivo, resguardada
Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, a autonomia. (Incluído pela Lei Complementar nº 156, de
aos quais será dada ampla divulgação, inclusive em meios 2016)
eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e leis
de diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o Art. 48-A. Para os fins a que se refere o inciso II do parágrafo
respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da único do art. 48, os entes da Federação disponibilizarão a
Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as qualquer pessoa física ou jurídica o acesso a informações
versões simplificadas desses documentos. referentes a: (Incluído pela Lei Complementar nº 131, de
2009).
§ 1º A transparência será assegurada também
mediante: (Redação dada pela Lei Complementar nº 156, I – quanto à despesa: todos os atos praticados pelas
de 2016) unidades gestoras no decorrer da execução da despesa, no
momento de sua realização, com a disponibilização mínima
I – incentivo à participação popular e realização de dos dados referentes ao número do correspondente
audiências públicas, durante os processos de elaboração e processo, ao bem fornecido ou ao serviço prestado, à pessoa
discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e física ou jurídica beneficiária do pagamento e, quando for o
orçamentos; (Incluído pela Lei Complementar nº 131, de caso, ao procedimento licitatório realizado; (Incluído pela
2009). Lei Complementar nº 131, de 2009).
II - liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da II – quanto à receita: o lançamento e o recebimento de toda
sociedade, em tempo real, de informações pormenorizadas a receita das unidades gestoras, inclusive referente a
sobre a execução orçamentária e financeira, em meios recursos extraordinários. (Incluído pela Lei Complementar
eletrônicos de acesso público; e(Redação dada pela Lei nº 131, de 2009).
Complementar nº 156, de 2016)
Art. 49. As contas apresentadas pelo Chefe do Poder
III – adoção de sistema integrado de administração Executivo ficarão disponíveis, durante todo o exercício, no
financeira e controle, que atenda a padrão mínimo de respectivo Poder Legislativo e no órgão técnico responsável
qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da União e ao pela sua elaboração, para consulta e apreciação pelos
disposto no art. 48-A. (Incluído pela Lei Complementar nº cidadãos e instituições da sociedade.
131, de 2009) (Vide Decreto nº 7.185, de 2010)
Parágrafo único. A prestação de contas da União conterá
§ 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios demonstrativos do Tesouro Nacional e das agências
disponibilizarão suas informações e dados contábeis, financeiras oficiais de fomento, incluído o Banco Nacional de
orçamentários e fiscais conforme periodicidade, formato e Desenvolvimento Econômico e Social, especificando os
sistema estabelecidos pelo órgão central de contabilidade da empréstimos e financiamentos concedidos com recursos
União, os quais deverão ser divulgados em meio eletrônico oriundos dos orçamentos fiscal e da seguridade social e, no
de amplo acesso público.(Incluído pela Lei Complementar nº caso das agências financeiras, avaliação circunstanciada do
156, de 2016) impacto fiscal de suas atividades no exercício.
§ 3º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios SEÇÃO II
encaminharão ao Ministério da Fazenda, nos termos e na DA ESCRITURAÇÃO E CONSOLIDAÇÃO DAS CONTAS
periodicidade a serem definidos em instrução específica
deste órgão, as informações necessárias para a constituição Art. 50. Além de obedecer às demais normas de
do registro eletrônico centralizado e atualizado das dívidas contabilidade pública, a escrituração das contas públicas
públicas interna e externa, de que trata o § 4º do art. observará as seguintes:
32. (Incluído pela Lei Complementar nº 156, de 2016) I - a disponibilidade de caixa constará de registro próprio, de
§ 4º A inobservância do disposto nos §§ 2º e 3º ensejará as modo que os recursos vinculados a órgão, fundo ou despesa
penalidades previstas no § 2º do art. 51. (Incluído pela Lei obrigatória fiquem identificados e escriturados de forma
Complementar nº 156, de 2016) individualizada;
§ 5º Nos casos de envio conforme disposto no § 2º, para II - a despesa e a assunção de compromisso serão registradas
todos os efeitos, a União, os Estados, o Distrito Federal e os segundo o regime de competência, apurando-se, em caráter
Municípios cumprem o dever de ampla divulgação a que se complementar, o resultado dos fluxos financeiros pelo
refere o caput. (Incluído pela Lei Complementar nº 156, regime de caixa;
de 2016) III - as demonstrações contábeis compreenderão, isolada e
conjuntamente, as transações e operações de cada órgão,
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fundo ou entidade da administração direta, autárquica e b) despesas por grupo de natureza, discriminando a dotação
fundacional, inclusive empresa estatal dependente; para o exercício, a despesa liquidada e o saldo;
IV - as receitas e despesas previdenciárias serão II - demonstrativos da execução das:
apresentadas em demonstrativos financeiros e
a) receitas, por categoria econômica e fonte, especificando a
orçamentários específicos;
previsão inicial, a previsão atualizada para o exercício, a
V - as operações de crédito, as inscrições em Restos a Pagar receita realizada no bimestre, a realizada no exercício e a
e as demais formas de financiamento ou assunção de previsão a realizar;
compromissos junto a terceiros, deverão ser escrituradas de
b) despesas, por categoria econômica e grupo de natureza
modo a evidenciar o montante e a variação da dívida pública
da despesa, discriminando dotação inicial, dotação para o
no período, detalhando, pelo menos, a natureza e o tipo de
exercício, despesas empenhada e liquidada, no bimestre e
credor;
no exercício;
VI - a demonstração das variações patrimoniais dará
c) despesas, por função e subfunção.
destaque à origem e ao destino dos recursos provenientes
da alienação de ativos. § 1º Os valores referentes ao refinanciamento da dívida
mobiliária constarão destacadamente nas receitas de
§ 1º No caso das demonstrações conjuntas, excluir-se-ão as
operações de crédito e nas despesas com amortização da
operações intragovernamentais.
dívida.
§ 2º A edição de normas gerais para consolidação das contas
§ 2º O descumprimento do prazo previsto neste artigo
públicas caberá ao órgão central de contabilidade da União,
sujeita o ente às sanções previstas no § 2º do art. 51.
enquanto não implantado o conselho de que trata o art. 67.
Art. 53. Acompanharão o Relatório Resumido
§ 3º A Administração Pública manterá sistema de custos que
demonstrativos relativos a:
permita a avaliação e o acompanhamento da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial. I - apuração da receita corrente líquida, na forma definida no
inciso IV do art. 2º, sua evolução, assim como a previsão de
Art. 51. O Poder Executivo da União promoverá, até o dia
seu desempenho até o final do exercício;
trinta de junho, a consolidação, nacional e por esfera de
governo, das contas dos entes da Federação relativas ao II - receitas e despesas previdenciárias a que se refere o
exercício anterior, e a sua divulgação, inclusive por meio inciso IV do art. 50;
eletrônico de acesso público.
III - resultados nominal e primário;
§ 1º Os Estados e os Municípios encaminharão suas contas
IV - despesas com juros, na forma do inciso II do art. 4º;
ao Poder Executivo da União nos seguintes prazos:
V - Restos a Pagar, detalhando, por Poder e órgão referido
I - Municípios, com cópia para o Poder Executivo do
no art. 20, os valores inscritos, os pagamentos realizados e o
respectivo Estado, até trinta de abril;
montante a pagar.
II - Estados, até trinta e um de maio.
§ 1º O relatório referente ao último bimestre do exercício
§ 2º O descumprimento dos prazos previstos neste artigo será acompanhado também de demonstrativos:
impedirá, até que a situação seja regularizada, que o ente da
I - do atendimento do disposto no inciso III do art. 167 da
Federação receba transferências voluntárias e contrate
Constituição, conforme o § 3º do art. 32;
operações de crédito, exceto as destinadas ao
refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária. II - das projeções atuariais dos regimes de previdência social,
geral e próprio dos servidores públicos;
SEÇÃO III
DO RELATÓRIO RESUMIDO DA EXECUÇÃO III - da variação patrimonial, evidenciando a alienação de
ORÇAMENTÁRIA ativos e a aplicação dos recursos dela decorrentes.

Art. 52. O relatório a que se refere o § 3º do art. 165 da § 2º Quando for o caso, serão apresentadas justificativas:
Constituição abrangerá todos os Poderes e o Ministério I - da limitação de empenho;
Público, será publicado até trinta dias após o encerramento
de cada bimestre e composto de: II - da frustração de receitas, especificando as medidas de
combate à sonegação e à evasão fiscal, adotadas e a adotar,
I - balanço orçamentário, que especificará, por categoria e as ações de fiscalização e cobrança.
econômica, as:
a) receitas por fonte, informando as realizadas e a realizar,
bem como a previsão atualizada;

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SEÇÃO IV relativas à alínea a do inciso I, e os documentos referidos nos


DO RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL incisos II e III.
Art. 54. Ao final de cada quadrimestre será emitido pelos § 2º O relatório será publicado até trinta dias após o
titulares dos Poderes e órgãos referidos no art. 20 Relatório encerramento do período a que corresponder, com amplo
de Gestão Fiscal, assinado pelo: acesso ao público, inclusive por meio eletrônico.

I - Chefe do Poder Executivo; § 3º O descumprimento do prazo a que se refere o §


2º sujeita o ente à sanção prevista no § 2º do art. 51.
II - Presidente e demais membros da Mesa Diretora ou órgão
decisório equivalente, conforme regimentos internos dos § 4º Os relatórios referidos nos arts. 52 e 54 deverão ser
órgãos do Poder Legislativo; elaborados de forma padronizada, segundo modelos que
poderão ser atualizados pelo conselho de que trata o art. 67.
III - Presidente de Tribunal e demais membros de Conselho
de Administração ou órgão decisório equivalente, conforme SEÇÃO V
regimentos internos dos órgãos do Poder Judiciário; DAS PRESTAÇÕES DE CONTAS
IV - Chefe do Ministério Público, da União e dos Estados. Art. 56. As contas prestadas pelos Chefes do Poder Executivo
incluirão, além das suas próprias, as dos Presidentes dos
Parágrafo único. O relatório também será assinado pelas
órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Chefe do
autoridades responsáveis pela administração financeira e
Ministério Público, referidos no art. 20, as quais receberão
pelo controle interno, bem como por outras definidas por
parecer prévio, separadamente, do respectivo Tribunal de
ato próprio de cada Poder ou órgão referido no art. 20.
Contas. (Vide ADIN 2324)
Art. 55. O relatório conterá:
§ 1º As contas do Poder Judiciário serão apresentadas no
I - comparativo com os limites de que trata esta Lei âmbito:
Complementar, dos seguintes montantes:
I - da União, pelos Presidentes do Supremo Tribunal Federal
a) despesa total com pessoal, distinguindo a com inativos e e dos Tribunais Superiores, consolidando as dos respectivos
pensionistas; tribunais;
b) dívidas consolidada e mobiliária; II - dos Estados, pelos Presidentes dos Tribunais de Justiça,
consolidando as dos demais tribunais.
c) concessão de garantias;
§ 2º O parecer sobre as contas dos Tribunais de Contas será
d) operações de crédito, inclusive por antecipação de
proferido no prazo previsto no art. 57 pela comissão mista
receita;
permanente referida no § 1º do art. 166 da Constituição ou
e) despesas de que trata o inciso II do art. 4º; equivalente das Casas Legislativas estaduais e
municipais. (Vide ADIN 2324)
II - indicação das medidas corretivas adotadas ou a adotar,
se ultrapassado qualquer dos limites; § 3º Será dada ampla divulgação dos resultados da
apreciação das contas, julgadas ou tomadas.
III - demonstrativos, no último quadrimestre:
Art. 57. Os Tribunais de Contas emitirão parecer prévio
a) do montante das disponibilidades de caixa em trinta e um
conclusivo sobre as contas no prazo de sessenta dias do
de dezembro;
recebimento, se outro não estiver estabelecido nas
b) da inscrição em Restos a Pagar, das despesas: constituições estaduais ou nas leis orgânicas municipais.
1) liquidadas; § 1º No caso de Municípios que não sejam capitais e que
tenham menos de duzentos mil habitantes o prazo será de
2) empenhadas e não liquidadas, inscritas por atenderem a
cento e oitenta dias.
uma das condições do inciso II do art. 41;
§ 2º Os Tribunais de Contas não entrarão em recesso
3) empenhadas e não liquidadas, inscritas até o limite do
enquanto existirem contas de Poder, ou órgão referido no
saldo da disponibilidade de caixa;
art. 20, pendentes de parecer prévio.
4) não inscritas por falta de disponibilidade de caixa e cujos
Art. 58. A prestação de contas evidenciará o desempenho da
empenhos foram cancelados;
arrecadação em relação à previsão, destacando as
c) do cumprimento do disposto no inciso II e na alínea b do providências adotadas no âmbito da fiscalização das receitas
inciso IV do art. 38. e combate à sonegação, as ações de recuperação de créditos
nas instâncias administrativa e judicial, bem como as demais
§ 1º O relatório dos titulares dos órgãos mencionados nos
medidas para incremento das receitas tributárias e de
incisos II, III e IV do art. 54 conterá apenas as informações
contribuições.

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SEÇÃO VI dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito e


DA FISCALIZAÇÃO DA GESTÃO FISCAL concessão de garantias.
Art. 59. O Poder Legislativo, diretamente ou com o auxílio Art. 61. Os títulos da dívida pública, desde que devidamente
dos Tribunais de Contas, e o sistema de controle interno de escriturados em sistema centralizado de liquidação e
cada Poder e do Ministério Público fiscalizarão o custódia, poderão ser oferecidos em caução para garantia de
cumprimento desta Lei Complementar, consideradas as empréstimos, ou em outras transações previstas em lei, pelo
normas de padronização metodológica editadas pelo seu valor econômico, conforme definido pelo Ministério da
conselho de que trata o art. 67, com ênfase no que se refere Fazenda.
a: (Redação dada pela Lei Complementar nº 178, de 2021) Art. 62. Os Municípios só contribuirão para o custeio de
I - atingimento das metas estabelecidas na lei de diretrizes despesas de competência de outros entes da Federação se
orçamentárias; houver:
II - limites e condições para realização de operações de I - autorização na lei de diretrizes orçamentárias e na lei
crédito e inscrição em Restos a Pagar; orçamentária anual;
III - medidas adotadas para o retorno da despesa total com II - convênio, acordo, ajuste ou congênere, conforme sua
pessoal ao respectivo limite, nos termos dos arts. 22 e 23; legislação.
IV - providências tomadas, conforme o disposto no art. 31, Art. 63. É facultado aos Municípios com população inferior a
para recondução dos montantes das dívidas consolidada e cinqüenta mil habitantes optar por:
mobiliária aos respectivos limites; I - aplicar o disposto no art. 22 e no § 4º do art. 30 ao final do
V - destinação de recursos obtidos com a alienação de ativos, semestre;
tendo em vista as restrições constitucionais e as desta Lei II - divulgar semestralmente:
Complementar;
a) (VETADO)
VI - cumprimento do limite de gastos totais dos legislativos
municipais, quando houver. b) o Relatório de Gestão Fiscal;

§ 1º Os Tribunais de Contas alertarão os Poderes ou órgãos c) os demonstrativos de que trata o art. 53;
referidos no art. 20 quando constatarem: III - elaborar o Anexo de Política Fiscal do plano plurianual, o
I - a possibilidade de ocorrência das situações previstas no Anexo de Metas Fiscais e o Anexo de Riscos Fiscais da lei de
inciso II do art. 4º e no art. 9º; diretrizes orçamentárias e o anexo de que trata o inciso I do
art. 5º a partir do quinto exercício seguinte ao da publicação
II - que o montante da despesa total com pessoal ultrapassou desta Lei Complementar.
90% (noventa por cento) do limite;
§ 1º A divulgação dos relatórios e demonstrativos deverá ser
III - que os montantes das dívidas consolidada e mobiliária, realizada em até trinta dias após o encerramento do
das operações de crédito e da concessão de garantia se semestre.
encontram acima de 90% (noventa por cento) dos
respectivos limites; § 2º Se ultrapassados os limites relativos à despesa total com
pessoal ou à dívida consolidada, enquanto perdurar esta
IV - que os gastos com inativos e pensionistas se encontram situação, o Município ficará sujeito aos mesmos prazos de
acima do limite definido em lei; verificação e de retorno ao limite definidos para os demais
V - fatos que comprometam os custos ou os resultados dos entes.
programas ou indícios de irregularidades na gestão Art. 64. A União prestará assistência técnica e cooperação
orçamentária. financeira aos Municípios para a modernização das
§ 2º Compete ainda aos Tribunais de Contas verificar os respectivas administrações tributária, financeira,
cálculos dos limites da despesa total com pessoal de cada patrimonial e previdenciária, com vistas ao cumprimento das
Poder e órgão referido no art. 20. normas desta Lei Complementar.
§ 3º O Tribunal de Contas da União acompanhará o § 1º A assistência técnica consistirá no treinamento e
cumprimento do disposto nos §§ 2º, 3º e 4º do art. 39. desenvolvimento de recursos humanos e na transferência de
tecnologia, bem como no apoio à divulgação dos
CAPÍTULO X instrumentos de que trata o art. 48 em meio eletrônico de
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS amplo acesso público.
Art. 60. Lei estadual ou municipal poderá fixar limites § 2º A cooperação financeira compreenderá a doação de
inferiores àqueles previstos nesta Lei Complementar para as bens e valores, o financiamento por intermédio das

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instituições financeiras federais e o repasse de recursos pública pelo Congresso Nacional e enquanto perdurar o
oriundos de operações externas. referido estado de calamidade; (Incluído pela Lei
Complementar nº 173, de 2020)
Art. 65. Na ocorrência de calamidade pública reconhecida
pelo Congresso Nacional, no caso da União, ou pelas b) aos atos de gestão orçamentária e financeira necessários
Assembléias Legislativas, na hipótese dos Estados e ao atendimento de despesas relacionadas ao cumprimento
Municípios, enquanto perdurar a situação: do decreto legislativo; (Incluído pela Lei Complementar nº
173, de 2020)
I - serão suspensas a contagem dos prazos e as disposições
estabelecidas nos arts. 23 , 31 e 70; II - não afasta as disposições relativas a transparência,
controle e fiscalização. (Incluído pela Lei Complementar
II - serão dispensados o atingimento dos resultados fiscais e
nº 173, de 2020)
a limitação de empenho prevista no art. 9º.
§ 3º No caso de aditamento de operações de crédito
§ 1º Na ocorrência de calamidade pública reconhecida pelo
garantidas pela União com amparo no disposto no § 1º deste
Congresso Nacional, nos termos de decreto legislativo, em
artigo, a garantia será mantida, não sendo necessária a
parte ou na integralidade do território nacional e enquanto
alteração dos contratos de garantia e de contragarantia
perdurar a situação, além do previsto nos inciso I e II
vigentes. (Incluído pela Lei Complementar nº 173, de
do caput: (Incluído pela Lei Complementar nº 173, de
2020)
2020)
Art. 66. Os prazos estabelecidos nos arts. 23, 31 e 70 serão
I - serão dispensados os limites, condições e demais
duplicados no caso de crescimento real baixo ou negativo do
restrições aplicáveis à União, aos Estados, ao Distrito Federal
Produto Interno Bruto (PIB) nacional, regional ou estadual
e aos Municípios, bem como sua verificação,
por período igual ou superior a quatro trimestres.
para: (Incluído pela Lei Complementar nº 173, de 2020)
§ 1º Entende-se por baixo crescimento a taxa de variação
a) contratação e aditamento de operações de
real acumulada do Produto Interno Bruto inferior a 1% (um
crédito; (Incluído pela Lei Complementar nº 173, de
por cento), no período correspondente aos quatro últimos
2020)
trimestres.
b) concessão de garantias; (Incluído pela Lei
§ 2º A taxa de variação será aquela apurada pela Fundação
Complementar nº 173, de 2020)
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ou outro órgão
c) contratação entre entes da Federação; e (Incluído pela que vier a substituí-la, adotada a mesma metodologia para
Lei Complementar nº 173, de 2020) apuração dos PIB nacional, estadual e regional.
d) recebimento de transferências voluntárias; (Incluído § 3º Na hipótese do caput, continuarão a ser adotadas as
pela Lei Complementar nº 173, de 2020) medidas previstas no art. 22.
II - serão dispensados os limites e afastadas as vedações e § 4º Na hipótese de se verificarem mudanças drásticas na
sanções previstas e decorrentes dos arts. 35, 37 e 42, bem condução das políticas monetária e cambial, reconhecidas
como será dispensado o cumprimento do disposto no pelo Senado Federal, o prazo referido no caput do art. 31
parágrafo único do art. 8º desta Lei Complementar, desde poderá ser ampliado em até quatro quadrimestres.
que os recursos arrecadados sejam destinados ao combate à
Art. 67. O acompanhamento e a avaliação, de forma
calamidade pública; (Incluído pela Lei Complementar nº
permanente, da política e da operacionalidade da gestão
173, de 2020)
fiscal serão realizados por conselho de gestão fiscal,
III - serão afastadas as condições e as vedações previstas nos constituído por representantes de todos os Poderes e
arts. 14, 16 e 17 desta Lei Complementar, desde que o esferas de Governo, do Ministério Público e de entidades
incentivo ou benefício e a criação ou o aumento da despesa técnicas representativas da sociedade, visando a:
sejam destinados ao combate à calamidade
I - harmonização e coordenação entre os entes da
pública. (Incluído pela Lei Complementar nº 173, de
Federação;
2020)
II - disseminação de práticas que resultem em maior
§ 2º O disposto no § 1º deste artigo, observados os termos
eficiência na alocação e execução do gasto público, na
estabelecidos no decreto legislativo que reconhecer o
arrecadação de receitas, no controle do endividamento e na
estado de calamidade pública: (Incluído pela Lei
transparência da gestão fiscal;
Complementar nº 173, de 2020)
III - adoção de normas de consolidação das contas públicas,
I - aplicar-se-á exclusivamente: (Incluído pela Lei
padronização das prestações de contas e dos relatórios e
Complementar nº 173, de 2020)
demonstrativos de gestão fiscal de que trata esta Lei
a) às unidades da Federação atingidas e localizadas no Complementar, normas e padrões mais simples para os
território em que for reconhecido o estado de calamidade
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pequenos Municípios, bem como outros, necessários ao seguinte à entrada em vigor desta Lei Complementar, a
controle social; despesa total com pessoal dos Poderes e órgãos referidos no
art. 20 não ultrapassará, em percentual da receita corrente
IV - divulgação de análises, estudos e diagnósticos.
líquida, a despesa verificada no exercício imediatamente
§ 1º O conselho a que se refere o caput instituirá formas de anterior, acrescida de até 10% (dez por cento), se esta for
premiação e reconhecimento público aos titulares de Poder inferior ao limite definido na forma do art. 20.
que alcançarem resultados meritórios em suas políticas de
Art. 72. A despesa com serviços de terceiros dos Poderes e
desenvolvimento social, conjugados com a prática de uma
órgãos referidos no art. 20 não poderá exceder, em
gestão fiscal pautada pelas normas desta Lei Complementar.
percentual da receita corrente líquida, a do exercício
§ 2º Lei disporá sobre a composição e a forma de anterior à entrada em vigor desta Lei Complementar, até o
funcionamento do conselho. término do terceiro exercício seguinte.
Art. 68. Na forma do art. 250 da Constituição, é criado o Art. 73. As infrações dos dispositivos desta Lei
Fundo do Regime Geral de Previdência Social, vinculado ao Complementar serão punidas segundo o Decreto-Lei
Ministério da Previdência e Assistência Social, com a no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal); a Lei
finalidade de prover recursos para o pagamento dos no 1.079, de 10 de abril de 1950; o Decreto-Lei no 201, de 27
benefícios do regime geral da previdência social. de fevereiro de 1967; a Lei no 8.429, de 2 de junho de 1992;
e demais normas da legislação pertinente.
§ 1º O Fundo será constituído de:
Art. 73-A. Qualquer cidadão, partido político, associação ou
I - bens móveis e imóveis, valores e rendas do Instituto
sindicato é parte legítima para denunciar ao respectivo
Nacional do Seguro Social não utilizados na
Tribunal de Contas e ao órgão competente do Ministério
operacionalização deste;
Público o descumprimento das prescrições estabelecidas
II - bens e direitos que, a qualquer título, lhe sejam nesta Lei Complementar. (Incluído pela Lei Complementar
adjudicados ou que lhe vierem a ser vinculados por força de nº 131, de 2009).
lei;
Art. 73-B. Ficam estabelecidos os seguintes prazos para o
III - receita das contribuições sociais para a seguridade social, cumprimento das determinações dispostas nos incisos II e III
previstas na alínea a do inciso I e no inciso II do art. 195 da do parágrafo único do art. 48 e do art. 48-A:(Incluído pela Lei
Constituição; Complementar nº 131, de 2009).
IV - produto da liquidação de bens e ativos de pessoa física I – 1 (um) ano para a União, os Estados, o Distrito Federal e
ou jurídica em débito com a Previdência Social; os Municípios com mais de 100.000 (cem mil)
habitantes; (Incluído pela Lei Complementar nº 131, de
V - resultado da aplicação financeira de seus ativos;
2009).
VI - recursos provenientes do orçamento da União.
II – 2 (dois) anos para os Municípios que tenham entre
§ 2º O Fundo será gerido pelo Instituto Nacional do Seguro 50.000 (cinquenta mil) e 100.000 (cem mil)
Social, na forma da lei. habitantes; (Incluído pela Lei Complementar nº 131, de
2009).
Art. 69. O ente da Federação que mantiver ou vier a instituir
regime próprio de previdência social para seus servidores III – 4 (quatro) anos para os Municípios que tenham até
conferir-lhe-á caráter contributivo e o organizará com base 50.000 (cinquenta mil) habitantes.(Incluído pela Lei
em normas de contabilidade e atuária que preservem seu Complementar nº 131, de 2009).
equilíbrio financeiro e atuarial.
Parágrafo único. Os prazos estabelecidos neste artigo serão
Art. 70. O Poder ou órgão referido no art. 20 cuja despesa contados a partir da data de publicação da lei complementar
total com pessoal no exercício anterior ao da publicação que introduziu os dispositivos referidos no caput deste
desta Lei Complementar estiver acima dos limites artigo.(Incluído pela Lei Complementar nº 131, de 2009).
estabelecidos nos arts. 19 e 20 deverá enquadrar-se no
Art. 73-C. O não atendimento, até o encerramento dos
respectivo limite em até dois exercícios, eliminando o
prazos previstos no art. 73-B, das determinações contidas
excesso, gradualmente, à razão de, pelo menos, 50% a.a.
nos incisos II e III do parágrafo único do art. 48 e no art. 48-
(cinqüenta por cento ao ano), mediante a adoção, entre
A sujeita o ente à sanção prevista no inciso I do § 3º do art.
outras, das medidas previstas nos arts. 22 e 23.
23. (Incluído pela Lei Complementar nº 131, de 2009).
Parágrafo único. A inobservância do disposto no caput, no
Art. 74. Esta Lei Complementar entra em vigor na data da sua
prazo fixado, sujeita o ente às sanções previstas no § 3º do
publicação.
art. 23.
Art. 75. Revoga-se a Lei Complementar no 96, de 31 de maio
Art. 71. Ressalvada a hipótese do inciso X do art. 37 da
de 1999.
Constituição, até o término do terceiro exercício financeiro
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Brasília, 4 de maio de 2000; 179º da Independência e V - a entrada, neste Estado, decorrente de operação
112º da República. interestadual, de:
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO a) mercadoria sujeita ao regime de pagamento antecipado
Pedro Malan do ICMS na forma que dispuser o Regulamento;
Martus Tavares
b) mercadoria, bem ou serviço destinados a contribuinte do
ICMS, para serem utilizados, consumidos ou incorporados ao
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA DO Ativo Permanente;

ESTADO DO CEARÁ – NÍVEL I c) energia elétrica e petróleo, inclusive lubrificantes e


combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, quando não
destinados à comercialização ou à industrialização;

Lei Estadual nº 12.670/1996 VI - as prestações de serviço de transporte interestadual e


intermunicipal, por qualquer via, de pessoas, bens,
Dispõe acerca do Imposto sobre Operações relativas à mercadorias ou valores;
Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços VII - as prestações onerosas de serviço de comunicação, por
de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de qualquer meio, inclusive a geração, a emissão, a recepção, a
Comunicação - ICMS, e dá outras providências. transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação de
O Governador do Estado do Ceará, comunicação de qualquer natureza;

Faço saber que a Assembléia Legislativa decretou e eu VIII - o serviço prestado no exterior.
sanciono a seguinte Lei: IX - as operações e prestações iniciadas em outra unidade da
CAPÍTULO I Federação que destinem bens ou serviços a consumidor final
DO IMPOSTO não contribuinte do imposto localizado neste Estado. (Inciso
acrescentado pela Lei Nº 15863 DE 13/10/2015, efeitos a
Art. 1º Esta Lei consolida as disposições legais referentes ao partir de 01/01/2016).
Imposto sobre Operações relativas à Circulação de
Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transportes § 1º Para efeito da incidência do ICMS, a energia elétrica
Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS, de considera-se mercadoria.
que tratam o inciso II do artigo 155, da Constituição da § 2º O ICMS incide ainda sobre as operações e as prestações
República Federativa do Brasil, e a Lei Complementar nº 87, que se iniciem no exterior.
de 13 de setembro de 1996.
§ 3º Na hipótese do inciso IX deste artigo, o remetente da
SEÇÃO I mercadoria ou prestador do serviço recolherá o imposto
DA HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA correspondente à diferença entre a alíquota interna deste
Estado e a interestadual da unidade federada de origem, no
Art. 2º São hipóteses de incidência do ICMS:
prazo estabelecido em regulamento. (Parágrafo
I - as operações relativas à circulação de mercadorias, acrescentado pela Lei Nº 15863 DE 13/10/2015, efeitos a
inclusive o fornecimento de alimentação e bebidas em bares, partir de 01/01/2016).
restaurantes e estabelecimentos similares;
§ 4º O disposto no § 3º deste artigo aplica-se, inclusive, nas
II - o fornecimento de mercadorias com prestação de operações e prestações praticadas por contribuintes
serviços não compreendidos na competência tributária dos optantes pelo Simples Nacional. (Parágrafo acrescentado
Municípios; pela Lei Nº 15863 DE 13/10/2015, efeitos a partir de
01/01/2016).
III - o fornecimento de mercadorias com prestação de
serviços compreendidos na competência tributária dos SEÇÃO II
Municípios, com indicação expressa da incidência do ICMS, DO FATO GERADOR
como definido na Lei Complementar Federal nº 116, de 31
de julho de 2003, que dispõe sobre o Imposto Sobre Serviços Art. 3º Considera-se ocorrido o fato gerador do ICMS no
de Qualquer Natureza, de competência dos Municípios e do momento:
Distrito Federal (ISS); (Redação do inciso dada pela Lei Nº I - da saída de mercadoria de estabelecimento de
16735 DE 26/12/2018). contribuinte, ainda que para outro estabelecimento do
IV - a entrada de mercadoria ou bem importados do Exterior mesmo titular;
por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte II - do fornecimento de alimentação, bebidas e outras
habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade; mercadorias, incluídos os serviços prestados, por qualquer
(Redação do inciso dada pela Lei Nº 15726 DE 29/12/2014). estabelecimento;

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III - da transmissão a terceiro de mercadoria depositada em comprovação do pagamento do ICMS devido no ato do
armazém geral ou em depósito fechado; despacho aduaneiro.
IV - da transmissão de propriedade de mercadoria ou de § 2º Na hipótese do inciso XII, quando o serviço for prestado
título que a represente, quando a mercadoria não houver mediante pagamento em ficha, cartão ou assemelhados,
transitado pelo estabelecimento transmitente; considera-se ocorrido o fato gerador do ICMS por ocasião do
fornecimento desses instrumentos ao usuário.
V - do fornecimento de mercadoria com prestação de
serviços: § 3º A caracterização do fato gerador independe da natureza
jurídica da operação ou prestação que o constitua.
a) não compreendidos na competência tributária dos
Municípios; § 4º A definição legal do fato gerador é interpretada
abstraindo-se:
b) compreendidos na competência tributária dos Municípios
e com indicação expressa de incidência do ICMS, como I - da validade jurídica dos atos efetivamente praticados
definida em Lei Complementar; pelos contribuintes, responsáveis ou terceiros, bem como da
natureza do seu objeto ou dos seus efeitos;
VI - do desembaraço aduaneiro da mercadoria ou bem
importados do exterior por pessoa física ou jurídica, ainda II - dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos;
que não seja contribuinte habitual do imposto; (Redação do
§ 5º Na hipótese de entrega ao destinatário de mercadoria
inciso dada pela Lei Nº 15726 DE 29/12/2014).
ou bem importados do exterior antes do desembaraço
VII - da aquisição, em licitação promovida pelo Poder aduaneiro, considera-se ocorrido o fato gerador neste
Público, de mercadorias ou bens importados do exterior e momento, devendo a autoridade responsável, salvo
apreendidos ou abandonados; disposição em contrário, exigir a comprovação do
pagamento do imposto. (Parágrafo acrescentado pela Lei Nº
VIII - da entrada, neste Estado, de energia elétrica, petróleo,
16735 DE 26/12/2018).
lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele
derivados, quando não destinados à comercialização ou à SEÇÃO III
industrialização; DA NÃO-INCIDÊNCIA
IX - do início da prestação de serviços de transporte Art. 4º O ICMS não incide sobre:
interestadual e intermunicipal, por qualquer via;
I - operações com livros, jornais, periódicos e o papel
X - do ato final do serviço de transporte iniciado no exterior; destinado à sua impressão;
XI - do recebimento, pelo destinatário, de serviço prestado II - operações e prestações que destinem ao exterior
no exterior; mercadorias, inclusive produtos primários e produtos
XII - das prestações onerosas de serviços de comunicação, industrializados semi-elaborados, ou serviços;
feitas por qualquer meio, inclusive a geração, a emissão, a III - operações interestaduais com energia elétrica e
recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e a petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e
ampliação de comunicação de qualquer natureza; gasosos dele derivados, quando destinados à
XIII - da utilização, por contribuinte, de serviço cuja industrialização ou à comercialização;
prestação se tenha iniciado em outro Estado e não esteja IV - operações com ouro, quando definido em Lei como ativo
vinculada a operação ou prestação subseqüente; financeiro ou instrumento cambial;
XIV - da entrada, no estabelecimento de contribuinte, de V - operações de remessa ou retorno de bens ou mercadorias
mercadoria ou bem oriundo de outra unidade da Federação, utilizados pelo próprio autor da saída na prestação de serviço
destinado a consumo ou Ativo Permanente; de qualquer natureza definido em Lei Complementar como
XV - da entrada de mercadoria neste Estado, na hipótese da sujeito ao imposto sobre serviços de competência dos
alínea a do inciso V do artigo 2º Municípios, ressalvadas as hipóteses previstas em Lei
Complementar;
XVI - da entrada, neste Estado, de mercadoria, bem ou
serviço, destinado a não contribuinte do ICMS. (Inciso VI - operações de qualquer natureza decorrentes da
acrescentado pela Lei Nº 15863 DE 13/10/2015, efeitos a transferência de propriedade de estabelecimento industrial,
partir de 01/01/2016). comercial ou de outra espécie;

§ 1º Na hipótese do inciso VI, após o desembaraço VII - operações decorrentes de alienação fiduciária em
aduaneiro, a entrega, pelo depositário, de mercadoria ou garantia, inclusive a operação efetuada pelo credor em
bem importados do exterior deverá ser autorizada pelo decorrência do inadimplemento do devedor;
órgão responsável pelo seu desembaraço, que somente se
fará, salvo disposição em contrário, mediante a
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VIII - operações resultantes de comodato, locação ou § 4º A não incidência prevista no inciso XIV do caput deste
arrendamento mercantil, não compreendida a venda do artigo não se aplica quando da confecção de bulas, rótulos,
bem arrendado ao arrendatário; etiquetas, caixas, cartuchos, embalagens e manuais técnicos
e de instrução, quando incorporados de qualquer forma a
IX - operações de qualquer natureza decorrentes de
outra mercadoria objeto de operação de comercialização ou
transferência de bens móveis salvados de sinistro para
industrialização realizada por contribuintes do ICMS.
companhias seguradoras;
(Parágrafo acrescentado pela Lei Nº 16735 DE 26/12/2018).
X - operações de remessa de mercadorias destinadas a
SEÇÃO IV
armazém geral ou depósito fechado e de retorno ao
estabelecimento remetente, quando situados neste Estado; DAS ISENÇÕES, DOS INCENTIVOS E OUTROS BENEFÍCIOS
FISCAIS
XI - operação de fornecimento de energia elétrica para
consumidor; Art. 5º As hipóteses de isenção, incentivos e outros
benefícios fiscais serão concedidos ou revogados mediante
a) da classe residencial com consumo mensal igual ou deliberação dos Estados e do Distrito Federal, na forma
inferior a 5O KWh; disposta em Lei Complementar à Constituição Federal.
b) da classe de produtor rural; Art. 6º A isenção, o incentivo ou o benefício fiscal, quando
c) enquadrado na classe "Residencial Baixa Renda", com não concedidos em caráter geral, são efetivados, em cada
consumo mensal de 51 a 140 KWh, na forma e condições caso, por despacho da autoridade administrativa
definidas pelo órgão federal regulador das operações com competente, em requerimento no qual o interessado faça
energia elétrica. (Alínea acrescentada pela Lei nº 12.945, de prova do preenchimento das condições e do cumprimento
27.09.1999, DOE CE de 08.10.1999) dos requisitos previstos na legislação respectiva.

XII - prestações gratuitas de radiodifusão sonora e televisão; § 1º O despacho referido neste artigo não gera direito
adquirido, devendo a concessão ser revogada de ofício
XIII - realizada entre mini produtor rural e o mercado sempre que se apure que o beneficiado não satisfazia ou
consumidor, desde que o produtor seja membro de entidade deixou de satisfazer as condições, ou não cumprira ou deixou
associativa comunitária, cujo objeto seja o fomento à de cumprir os requisitos para a sua concessão, cobrando-se
produção e reconhecida em lei Estadual de Utilidade Pública. o ICMS com os acréscimos legais:
XIV - operações de saída de impressos gráficos I - com imposição da penalidade cabível, nos casos de dolo,
personalizados, tais como folhetos, catálogos, faixas, fraude ou simulação do beneficiado, ou de terceiro em
cartazes, painéis, folders e banners, destinados ao uso benefício daquele;
exclusivo do encomendante; (Inciso acrescentado pela Lei Nº
16735 DE 26/12/2018). II - sem imposição de penalidade nos demais casos.

§ 1º O disposto no inciso I do caput deste artigo não se aplica § 2º A Secretaria da Fazenda remeterá anualmente à
às operações com: Comissão de Orçamento, Finanças e Tributação da
Assembléia Legislativa, relatório contendo os valores
I - livros em branco ou simplesmente pautados, bem como relativos ao ICMS objeto de isenções, incentivos e benefícios
os utilizados para escrituração de qualquer natureza, ainda concedidos mediante despacho.
que gravados em meio eletrônico;
Art. 7º A isenção, o incentivo ou o benefício fiscal cujo
II - agendas e similares. reconhecimento depender de condição posterior não
§ 2º Equipara-se às operações de que trata o inciso II do prevalecerão quando esta não for satisfeita, hipótese em
caput deste artigo a saída de mercadoria realizada com o fim que o ICMS será exigido a partir do momento da ocorrência
específico de exportação para o exterior, destinada a: do fato gerador, sem prejuízo da cobrança dos acréscimos
legais.
I - empresa comercial exportadora, inclusive trading
companie, ou outro estabelecimento da mesma empresa, na Art. 8º A concessão de isenção, incentivo ou benefício fiscal,
forma disposta em regulamento. salvo disposição em contrário na legislação, não é extensiva
às obrigações acessórias relacionadas com a obrigação
II - armazém alfandegado ou entreposto aduaneiro; principal alcançada pela exoneração fiscal.
III - consórcios de micro-empresas, organizados pelo Parágrafo único. São isentos do ICMS, nas operações e
SEBRAE-CE. prestações internas, os produtos feijão, farinha e rapadura.
§ 3º A classificação do mini produtor rural será feita Art. 9º É hipótese de isenção do ICMS, quando realizada por
obedecendo-se as normas de crédito rural vigente e outros mini produtor rural, a operação na aquisição de materiais e
critérios estabelecidos em regulamento. equipamentos, destinados à irrigação e eletrificação de sua

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propriedade, desde que não seja possuidor de outro imóvel máquinas, aparelhos e equipamentos, suas partes e peças, e
rural. respectivos códigos de classificação na Nomenclatura
Comercial do Mercosul - NCM/SH, a serem utilizados;
Art. 9º-A Ficam isentas do ICMS as operações internas e de
importação, do Exterior do País, inclusive em relação ao III - possua Outorga de Direito de Uso de Recursos Hídricos,
diferencial de alíquotas, de milho em grão nos períodos em nos termos da Lei nº 14.843, de 28 de dezembro de 2010;
que for declarada situação de emergência ou de calamidade
IV - possua Licença Ambiental;
pública, em razão de estiagem que venha a atingir o
território cearense, conforme se dispuser em regulamento. V - utilize equipamento específico para a hidrometração da
água de reúso.
Parágrafo único. O disposto neste artigo poderá ser
estendido a: § 1º A isenção de que trata este artigo aplica-se, também, ao
ICMS relativo ao diferencial de alíquotas nas entradas
I - outras situações de escassez do produto, quando
procedentes de outras unidades da Federação.
destinado à alimentação animal ou à utilização como insumo
na fabricação de ração animal; § 2º A isenção das operações de importação de que trata o
caput deste artigo fica condicionada a não existência de
II - outros produtos primários destinados à ração animal.
produto similar produzido neste Estado".
Art. 9º-B. Fica isenta do ICMS a saída de energia elétrica da
Art. 9º-D. Ficam isentas do ICMS as operações internas que
distribuidora à unidade consumidora, na quantidade
envolvam protetores, filtros ou bloqueadores solares.
correspondente à soma da energia elétrica injetada na rede
(Artigo acrescentado pela Lei Nº 15892 DE 27/11/2015).
de distribuição pela mesma unidade consumidora com os
créditos de energia ativa originados na própria unidade Art. 9º-E. Só poderão ser beneficiárias de isenção, incentivo
consumidora no mesmo mês, em meses anteriores ou em e outros benefícios fiscais, nos quais haja previsão de
outra unidade consumidora do mesmo titular, decorrentes celebração de regime especial de tributação com a
da microgeração e minigeração, nos termos de Resolução da Secretaria da Fazenda, as empresas que comprovarem,
Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL. anualmente, o cumprimento da Lei de Aprendizagem (Lei
Federal nº 10.097, de 19 de dezembro de 2000), sob pena da
§ 1º O benefício previsto no caput deste artigo:
perda dos benefícios, conforme disposto em ato do Poder
I - aplica-se somente à compensação de energia elétrica Executivo.
produzida por microgeração e minigeração;
§ 1º Não haverá retroatividade da regra.
II - não se aplica ao custo de disponibilidade, à energia
§ 2º O prazo para a aplicação da Norma será de até 180
reativa, à demanda de potência, aos encargos de conexão ou
(cento e oitenta) dias.
uso do sistema de distribuição, e a quaisquer outros valores
cobrados pela distribuidora; § 3º A isenção, o incentivo e outros benefícios ficais de que
tratam o caput desde artigo não serão destinados às
III - fica condicionado à observância pelas distribuidoras e
empresas que contratem, direta ou indiretamente, crianças
pelos microgeradores e minigeradores dos procedimentos
e adolescentes com idade inferior a 16 (dezesseis) anos,
previstos em Ajuste SINIEF.
salvo na condição de aprendiz, a partir dos 14 (quatorze)
§ 2º Não se exigirá o estorno do crédito fiscal previsto no art. anos, ou que contratem adolescentes para atividades
54. noturnas, perigosas ou insalubres, ou ainda, para quaisquer
das atividades relacionadas nas listas das piores formas de
Art. 9 º-C - 1. Ficam isentas do ICMS as operações internas e
trabalho infantil, aprovadas pelo Decreto Federal nº
de importação de máquinas, aparelhos e equipamentos,
6.481/2008, na forma da Convenção 182 da Organização
suas partes e peças, destinados à instalação de Estações de
Internacional do Trabalho.
Tratamento de Água de Reúso e Estações Elevatórias de Uso
Exclusivo para Água de Reúso, conforme disposto em SEÇÃO V
regulamento, desde que, cumulativamente, o DO DIFERIMENTO
estabelecimento produtor de água de reúso: (Antigo art. 9º-
C, renumerado pela Lei Nº 16258 DE 09/06/2017): Art. 10. O regulamento poderá dispor que o pagamento do
ICMS sobre determinadas operações ou prestações seja
I - seja consumidor de água bruta ou tratada, ou esgoto, com diferido para etapas posteriores.
média mensal de vazão igual ou superior à 4 L/s (quatro litros
por segundo); § 1º Ocorrendo o diferimento, atribuir-se-á responsabilidade
pelo pagamento do ICMS diferido ao adquirente ou
II - possua projeto de estação de tratamento de água de destinatário da mercadoria ou ao tomador do serviço.
reúso e de estações elevatórias de uso exclusivo para água
de reúso autorizado pela Secretaria de Recursos Hídricos - § 2º Encerrada a etapa do diferimento, salvo disposição em
SRH, devendo constar expressamente no projeto as contrário na legislação, o ICMS diferido será exigido ainda

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que a operação ou a prestação final do diferimento não f) o do Estado onde estiver localizado o adquirente ou
esteja sujeita ao pagamento do ICMS. destinatário, inclusive consumidor final, nas operações
interestaduais com energia elétrica, petróleo e lubrificantes
§ 3º Na hipótese da etapa do diferimento encerrar-se por
e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, quando
ocasião de operação de saída de mercadorias destinadas a
não destinados à comercialização ou à industrialização;
exportação para o exterior, não será exigido o recolhimento
do ICMS diferido. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº g) o do Estado onde o ouro tenha sido extraído, quando não
12.992, de 30.12.1999, DOE CE de 30.12.1999, com efeitos a considerado como ativo financeiro ou instrumento cambial;
partir de 01.01.2000)
h) o de desembarque do produto, na hipótese de captura de
Art. 11. Interrompe o diferimento a ocorrência de qualquer peixes, crustáceos e moluscos;
fato que altere o curso da operação ou da prestação
i) o do estabelecimento adquirente, na hipótese do inciso XIV
subordinada a esse regime, antes de encerrada a etapa do
do artigo 3º;
diferimento.
II - tratando-se de prestação de serviço de transporte:
Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, a
responsabilidade pelo recolhimento do ICMS diferido fica a) aquele onde tenha início a prestação;
atribuída ao contribuinte em cujo estabelecimento ocorra a
b) aquele onde se encontre o transportador, quando em
interrupção.
situação irregular pela falta de documentação fiscal ou
Art. 11-A. Fica diferido o pagamento do ICMS nas operações quando acompanhada de documentação inidônea, como
de importação de carvão mineral e nas operações internas dispuser a legislação tributária;
com cal, quando destinados à empresa geradora de energia
c) o do estabelecimento destinatário do serviço, na hipótese
termoelétrica, pelo prazo e nas condições estabelecidos em
do inciso XIII do artigo 3º;
regulamento.
III - tratando-se de prestação onerosa de serviço de
Parágrafo único. O recolhimento do imposto diferido nos
comunicação:
termos do caput deste artigo deverá ser efetuado pelo
destinatário, na condição de contribuinte substituto, até o a) o da prestação do serviço de radiodifusão sonora e de som
décimo dia do mês subsequente ao da entrada da e imagem, assim entendido o da geração, emissão,
mercadoria no estabelecimento, sendo o seu valor transmissão e retransmissão, repetição, ampliação e
equivalente à carga tributária líquida de 4% (quatro por recepção;
cento) sobre o valor da operação.
b) o do estabelecimento da concessionária ou da
CAPÍTULO II permissionária que forneça ficha, cartão ou assemelhados
DO LOCAL DA OPERAÇÃO E DA PRESTAÇÃO com que o serviço é pago;

Art. 12. O local da operação ou da prestação, para efeito da c) o do estabelecimento destinatário do serviço, na hipótese
cobrança do ICMS e definição do estabelecimento e para efeito do inciso XIII do artigo 3º;
responsável, é: c-1) o do estabelecimento ou domicílio do tomador do
I - tratando-se de mercadoria ou bem: serviço, quando prestado por meio de satélite; (Alínea
acrescentada pela Lei nº 13.076, de 04.12.2000, DOE CE de
a) o do estabelecimento onde se encontre, no momento da 04.12.2000, com efeitos a partir de 01.08.2000)
ocorrência do fato gerador;
d) onde seja cobrado o serviço, nos demais casos;
b) onde se encontre, quando em situação irregular por falta
de documentação fiscal ou quando acompanhado de IV - tratando-se de serviços prestados ou iniciados no
documentação inidônea, como dispuser a legislação exterior, o do estabelecimento ou do domicílio do
tributária; destinatário".

c) o do estabelecimento que transfira a propriedade, ou o § 1º O disposto na alínea c do inciso I não se aplica às


título que a represente, de mercadoria por ele adquirida no mercadorias recebidas em regime de depósito de
País e que não tenha por ele transitado; contribuinte de Estado que não o do depositário.

d) importado do Exterior, o do estabelecimento do § 2º Para efeito da alínea g do inciso I, o ouro, quando


destinatário ou o do domicílio do adquirente, quando este definido como ativo financeiro ou instrumento cambial, deve
não for estabelecido; (Redação da alínea dada pela Lei Nº ter sua origem identificada.
16735 DE 26/12/2018). § 3º Na hipótese do inciso III do caput deste artigo, tratando-
e) aquele onde seja realizada a licitação, no caso de se de serviços não medidos, que envolvam localidades
arrematação de mercadoria ou bem importado do exterior e situadas em diferentes unidades da Federação e cujo preço
apreendido ou abandonado; seja cobrado por períodos definidos, o imposto será

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recolhido em partes iguais para as unidades da Federação § 2º Incluem-se entre os contribuintes do ICMS:
onde estiverem localizados o prestador e o tomador.
I - o importador, o arrematante ou adquirente, o produtor, o
(Parágrafo acrescentado pela Lei nº 13.076, de 04.12.2000,
extrator, o industrial e o comerciante;
DOE CE de 04.12.2000, com efeitos a partir de 01.08.2000)
II - o prestador de serviço de transporte interestadual e
Art. 13. Para efeito desta Lei, estabelecimento é o local,
intermunicipal e de comunicação;
privado ou público, edificado ou não, próprio ou de terceiro,
onde pessoas físicas ou jurídicas exerçam suas atividades em III - a cooperativa;
caráter temporário ou permanente, bem como onde se
IV - a instituição financeira e a seguradora;
encontrem armazenadas mercadorias ou bens, observado,
ainda, o seguinte: V - a sociedade civil de fim econômico;
I - na impossibilidade de determinação do estabelecimento, VI - a sociedade civil de fim não econômico que explore a
considera-se como tal o local em que tenha sido efetuada a extração de substância mineral ou fóssil, a produção
operação ou prestação, encontrada a mercadoria ou bem ou agropecuária, industrial ou que comercialize mercadorias ou
constatada a prestação; bens que para esse fim adquira ou produza, bem como
serviços de transporte e de comunicação;
II - é autônomo cada estabelecimento do mesmo titular.
VII - os órgãos da administração pública, as entidades da
§ 1º Quando a mercadoria for remetida para armazém geral
administração indireta e as fundações instituídas e mantidas
ou para depósito fechado do próprio contribuinte, no
pelo Poder Público;
mesmo Estado, a posterior saída considerar-se-á ocorrida no
estabelecimento do depositante, salvo se para retornar ao VIII - a concessionária ou permissionária de serviço público
estabelecimento remetente. de transporte, de comunicação e de energia elétrica;
§ 2º O veículo usado no comércio ambulante, bem como a IX - o prestador de serviço não compreendido na
embarcação utilizada na captura de peixes, crustáceos e competência tributária dos Municípios, que envolva
moluscos, consideram-se extensão do estabelecimento. fornecimento de mercadoria;
§ 3º Para efeito do disposto neste Capítulo, a plataforma X - o prestador de serviço compreendido na competência
continental, o mar territorial e a zona econômica exclusiva tributária dos Municípios, desde que envolva fornecimento
integram o território do Estado na parte que lhe é de mercadoria ressalvada em Lei Complementar;
confrontante.
XI - o fornecedor de alimentação, bebidas e outras
CAPÍTULO III mercadorias em qualquer estabelecimento;
DA SUJEIÇÃO PASSIVA XII - qualquer pessoa indicada nos incisos anteriores que, na
SEÇÃO I condição de contribuinte ou não, consumidor final, adquira
DO CONTRIBUINTE mercadoria, bem ou serviço em operações interestaduais.
Art. 14. Contribuinte é qualquer pessoa física ou jurídica, que (Redação do inciso dada pela Lei Nº 15863 DE 13/10/2015,
realize, com habitualidade ou em volume que caracterize efeitos a partir de 01/01/2016).
intuito comercial, operações de circulação de mercadorias SEÇÃO II
ou prestações de serviços de transporte interestadual e DO RESPONSÁVEL
intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e
as prestações se iniciem no exterior. Art. 15. A responsabilidade pelo pagamento do ICMS e
acréscimos devidos pelo contribuinte ou responsável poderá
§ 1º É também contribuinte a pessoa que, mesmo sem ser atribuída a terceiros, quando os atos ou omissões destes
habitualidade: concorrerem para o não recolhimento do imposto.
I - importe mercadoria ou bem do exterior, ainda que os Art. 16. São responsáveis pelo pagamento do ICMS:
destine a consumo ou ao Ativo Permanente do
estabelecimento; I - os armazéns gerais e estabelecimentos depositários
congêneres:
II - seja destinatária de serviço prestado ou cuja prestação se
tenha iniciado no exterior; a) na saída de mercadoria depositada por contribuinte de
outro Estado;
III - adquira, em licitação, mercadorias ou bens apreendidos
ou abandonados; b) na transmissão de propriedade de mercadoria depositada
por contribuinte de outro Estado;
IV - adquira energia elétrica e petróleo, inclusive
lubrificantes e combustíveis líquidos ou gasosos dele c) no recebimento para depósito ou na saída de mercadoria
derivados, oriundos de outra unidade da Federação, quando sem documento fiscal ou com documento fiscal inidôneo.
não destinados à comercialização ou à industrialização. II - o transportador em relação à mercadoria:
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a) proveniente de outro Estado para entrega em território X - o depositário estabelecido em recinto alfandegado,
deste a destinatário não designado; relativamente à mercadoria ou bem importados, por ele
entregues sem a prévia apresentação, pelo importador, do
b) negociada em território deste Estado durante o
comprovante de recolhimento do ICMS ou do comprovante
transporte;
de exoneração do imposto, se for o caso, e de outros
c) que aceitar para despacho ou transportar sem documento documentos exigidos pela legislação. (Inciso acrescentado
fiscal, ou acompanhada de documento de documento fiscal pela Lei Nº 16735 DE 26/12/2018).
inidôneo ou com destino a contribuinte não identificado ou
XI - o intermediador das operações relativas à circulação de
baixado do Cadastro Geral da Fazenda - CGF; (Redação dada
mercadorias que promova arranjos de pagamento ou que
à alínea pela Lei nº 13.082, de 29.12.2000, DOE CE de
desenvolva atividades de marketplace, desde que o
29.12.2000)
contribuinte do ICMS não tenha emitido documento fiscal
d) que entregar a destinatário ou em local diverso do para acobertar a operação de circulação; (Inciso
indicado no documento fiscal. acrescentado pela Lei Nº 16904 DE 03/06/2019).
e) que transportar com documento fiscal sem o selo fiscal de XII - o transportador que realizar prestação de serviço de
trânsito; (Alínea acrescentada pela Lei nº 13.082, de transporte de gás natural por meio de gasoduto. (Inciso
29.12.2000, DOE CE de 29.12.2000). acrescentado pela Lei Nº 16904 DE 03/06/2019).
f) ou o bem objeto de remessa expressa internacional porta Parágrafo único. Na hipótese dos incisos II e III, caso as
a porta que transportar na condição de empresa de courier; pessoas ali indicadas não tenham domicílio neste Estado, a
(Alínea acrescentada pela Lei Nº 16904 DE 03/06/2019). responsabilidade poderá ser atribuída a estabelecimento
pertencente à mesma pessoa jurídica, inclusive do
III - o remetente, o destinatário, o depositário, ou qualquer
remetente, domiciliado neste Estado. (Redação dada ao
possuidor ou detentor de mercadoria ou bem
parágrafo pela Lei nº 13.418, de 30.12.2003, DOE CE de
desacompanhados de documento fiscal, ou acompanhados
30.12.2003)
de documento fiscal inidôneo ou sem o selo fiscal de
trânsito; (Redação dada ao inciso pela Lei nº 13.418, de SEÇÃO III
30.12.2003, DOE CE de 30.12.2003) DA RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA
IV - o contribuinte, ou destinatário, no recebimento de Art. 17. Respondem solidariamente pelo pagamento do
mercadorias ou bens e na prestação de serviços cujo ICMS ICMS:
não tenha sido pago, no todo ou em parte. (Redação dada ao
inciso pela Lei nº 13.418, de 30.12.2003, DOE CE de I - o entreposto aduaneiro, entreposto industrial e o depósito
30.12.2003) aduaneiro de distribuição, ou qualquer pessoa que promova:
(Redação dada pela Lei nº 13.268, de 30.12.2002, DOE CE de
V - os contribuintes, em relação a operações ou prestações 30.12.2002, com efeitos a partir de 01.01.2003)
cuja etapa de diferimento tenha sido encerrada ou
interrompida; a) a saída de mercadoria ou bem de origem estrangeira com
destino ao mercado interno sem a documentação fiscal
VI - os síndicos, comissários, inventariantes ou liquidantes, correspondente ou com destino a estabelecimento de titular
em relação ao ICMS devido sobre a saída de mercadoria diverso daquele que os houver importado ou arrematado ou,
decorrente de sua alienação, respectivamente, em falência, ainda, sem a comprovação do pagamento do imposto;
concordata, inventário ou dissolução de sociedade; (Redação dada à alínea pela Lei nº 13.268, de 30.12.2002,
VII - os leiloeiros, em relação ao ICMS devido sobre a saída DOE CE de 30.12.2002, com efeitos a partir de 01.01.2003)
de mercadoria ou bem decorrente de arrematação em leilão, b) a reintrodução, no mercado interno, de mercadoria
salvo o referente a mercadoria ou bem importados e depositada para o fim específico de exportação.
apreendidos ou abandonados;
c) reintrodução, no mercado interno, de mercadoria
VIII - o prestador de serviços, em relação às prestações de depositada para o fim específico de exportação. (Alínea
serviço de comunicação iniciadas no exterior e destinadas a acrescentada pela Lei nº 13.268, de 30.12.2002, DOE CE de
este Estado. 30.12.2002, com efeitos a partir de 01.01.2003)
IX - o tomador do serviço de comunicação, referente à II - o representante, mandatário ou gestor de negócio, em
transmissão das informações relativas à captação de jogos relação à operação ou prestação realizada por seu
lotéricos, à efetuação de pagamentos de contas e outras intermédio, e o despachante aduaneiro, em relação às
transmissões que utilizem o mesmo canal lotérico. (Inciso operações de importação ou exportação por ele
acrescentado pela Lei nº 13.569, de 30.12.2004, DOE CE de despachadas. (Redação dada ao inciso pela Lei nº 13.268, de
30.12.2004, rep. DOE CE de 26.01.2005). 30.12.2002, DOE CE de 30.12.2002, com efeitos a partir de
01.01.2003)

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III - os contribuintes que receberem mercadoria ou bem prestações, sejam antecedentes, concomitantes ou
contemplados com isenção condicionada, quando não subseqüentes, inclusive ao valor decorrente da diferença
ocorrer a implementação da condição prevista; entre as alíquotas interna e interestadual, nas operações e
prestações interestaduais que destinem bens e serviços a
IV - os estabelecimentos industrializadores, nas saídas de
consumidor final localizado neste Estado, que seja
mercadorias recebidas para industrialização, quando
contribuinte do ICMS.
destinadas a pessoa ou estabelecimento que não o de
origem; § 1º O regime de substituição tributária nas operações
interestaduais dependerá de acordo entre este Estado e as
V - os estabelecimentos gráficos, relativamente ao débito do
demais unidades da Federação interessadas.
ICMS decorrente da utilização indevida, por terceiros, de
documentos fiscais e formulários contínuos que imprimirem, § 2º O contribuinte substituto sub-roga-se em todas as
quando: obrigações do contribuinte substituído, relativamente às
operações internas.
a) não houver o prévio credenciamento do estabelecimento;
§ 3º A substituição tributária não exclui a responsabilidade
b) não houver a prévia autorização de autoridade fazendária
do contribuinte substituído, além de outras hipóteses
para a sua impressão;
previstas na legislação, quando o documento fiscal próprio
c) a impressão for vedada pela legislação tributária. não indicar o valor do ICMS objeto da substituição exigido
pela legislação tributária.
VI - os estabelecimentos transportadores, pelo pagamento
do ICMS devido pelos destinatários de mercadorias ou bens § 4º As mercadorias sujeitas ao regime de substituição
que transportarem, quando signatários de Termo de Acordo tributária são aquelas relacionadas no Anexo Único desta Lei.
com a Secretaria da Fazenda - SEFAZ;
Art. 19. A responsabilidade de que trata o artigo anterior
(Redação do inciso dada pela Lei Nº 16086 DE 27/07/2016): poderá ser atribuída:
VII - todos aqueles que concorrerem para a sonegação do I - ao contribuinte que realizar operação interestadual com
ICMS, mediante qualquer das seguintes práticas: petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e
gasosos dele derivados, em relação às operações
a) omissão quanto à observância das informações geradas
subseqüentes;
quando do processamento de pagamentos eletrônicos,
autorizando transações financeiras ou as intermediando, II - às empresas geradoras ou distribuidoras de energia
sem a correspondente emissão de documento fiscal; elétrica, nas operações internas e interestaduais, na
condição de contribuinte ou de substituto tributário, pelo
b) conluio;
pagamento do ICMS, desde a produção ou importação até a
VIII - o remetente ou o destinatário na hipótese do inciso III última operação, sendo seu cálculo efetuado sobre o preço
do art. 16; (Redação dada ao inciso pela Lei nº 13.418, de praticado na operação final realizada neste Estado, ao qual
30.12.2003, DOE CE de 30.12.2003) se assegurará o seu recolhimento.
IX - qualquer pessoa, física ou jurídica, que obtiver liberação Parágrafo único. Será devido a este Estado e recolhido pelo
de mercadoria retida, mediante decisão judicial ou por meio remetente o ICMS incidente sobre as operações
de qualquer procedimento administrativo. (Inciso interestaduais com as mercadorias de que tratam os incisos
acrescentado pela Lei nº 14.277, de 23.12.2008, DOE CE de I e II deste artigo, quando o destinatário for consumidor final
29.12.2008). aqui domiciliado ou estabelecido.
X - os estabelecimentos abatedores de animais, pelo ICMS Art. 20. Para efeito de exigência do ICMS por substituição
devido por ocasião das operações de entrada interestadual, tributária, inclui-se também como fato gerador a entrada de
que não tenha sido recolhido no todo ou em parte. (Inciso mercadoria no estabelecimento do adquirente ou em outro
acrescentado pela Lei Nº 16735 DE 26/12/2018). por ele indicado.
§ 1º A solidariedade referida neste artigo não comporta Art. 21. Na hipótese de responsabilidade tributária em
benefício de ordem. relação às operações ou prestações antecedentes, o ICMS
devido pelas referidas operações ou prestações será pago
§ 2º Respondem pelo crédito tributário todos os
pelo responsável quando:
estabelecimentos da mesma pessoa jurídica.
I - da entrada da mercadoria ou do recebimento do serviço;
SEÇÃO IV
DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA II - da saída subseqüente por ele promovida, ainda que isenta
ou não tributada;
Art. 18. A responsabilidade pelo pagamento do ICMS na
condição de substituto tributário poderá ser atribuída em III - ocorrer qualquer saída ou evento que impossibilite a
relação ao ICMS incidente sobre uma ou mais operações ou ocorrência do fato determinante do pagamento do ICMS.

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Art. 22. É assegurado ao contribuinte substituído o direito à § 1º O disposto neste artigo é aplicável às mercadorias
restituição do valor do ICMS pago em razão da substituição remetidas pelo estabelecimento de cooperativa de
tributária, correspondente ao fato gerador presumido que produtores para estabelecimento, neste Estado, da própria
não se realizar, alternativamente, através dos seguintes cooperativa, de cooperativa central ou de federação de
procedimentos: cooperativas de que a cooperativa remetente faça parte.
I - emissão de documento fiscal constando o valor § 2º O ICMS devido pelas saídas mencionadas neste artigo
correspondente à restituição a ser aproveitada como crédito será recolhido pela destinatária, na condição de contribuinte
fiscal ; substituto, quando da saída subseqüente, esteja esta sujeita
ou não ao pagamento do Imposto.
II - emissão de documento fiscal, pelo valor a ser ressarcido,
tendo como destinatário o contribuinte que promoveu a Art. 25. O Poder Executivo poderá, a qualquer momento,
retenção do ICMS; suspender a aplicação do regime de substituição tributária
quando este, no todo ou em parte, for lesivo ao erário
III - requerimento, ao Secretário da Fazenda, do valor a ser
estadual.
restituído.
Parágrafo único. A responsabilidade pelo recolhimento do
§ 1º O contribuinte substituído terá, ainda, direito à
ICMS, a partir das operações ou prestações subseqüentes à
restituição do ICMS pago em valor maior que o devido
suspensão da aplicação do regime, ficará transferida para o
decorrente da utilização, no cálculo do imposto relativo à
adquirente da mercadoria ou o tomador do serviço,
substituição tributária progressiva, de base de cálculo
conforme se dispuser em regulamento.
presumida superior à base de cálculo do real valor de venda
do produto ao consumidor final. (Parágrafo acrescentado SEÇÃO V
pela Lei Nº 17440 DE 09/04/2021). DAS DISPOSIÇÕES GERAIS SOBRE SUJEIÇÃO PASSIVA
§ 2º Na hipótese do § 1º, caberá ao Fisco constituir, Art. 26. São irrelevantes para excluir a responsabilidade pelo
relativamente às operações praticadas durante os mesmos cumprimento da obrigação tributária ou a decorrente de sua
períodos a que se refiram as operações tributadas em valor inobservância:
maior que o devido, créditos tributários de ICMS
complementar quando ficar constatada a utilização, no I - a causa que, de acordo com o direito privado, exclua a
cálculo do imposto devido por substituição tributária capacidade civil da pessoa natural;
progressiva, de base de cálculo presumida inferior à base de II - o fato de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que
cálculo do real valor de venda do produto ao consumidor importem privação ou limitação do exercício de atividades
final, podendo inclusive ser realizada a compensação de civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta
ofício do crédito tributário complementar com valores a de seus bens ou negócios;
serem restituídos ao contribuinte. (Parágrafo acrescentado
pela Lei Nº 17440 DE 09/04/2021). III - a irregularidade formal na constituição da pessoa jurídica
de direito privado ou de firma individual, bastando que
§ 3º Ato normativo do Chefe do Poder Executivo disciplinará configure uma unidade econômica ou profissional;
os procedimentos de restituição e de compensação de que
tratam os §§ 1º e 2º deste artigo. (Parágrafo acrescentado IV - a inexistência de estabelecimento fixo e a sua
pela Lei Nº 17440 DE 09/04/2021). clandestinidade, ou a precariedade de suas instalações.

Art. 23. Fica atribuída a condição de contribuinte substituto, Art. 27. As convenções particulares relativas à
na forma disposta em regulamento, ao: responsabilidade pelo pagamento do ICMS não podem ser
opostas à Fazenda Pública para modificar a definição legal do
I - industrial, comerciante ou outra categoria de contribuinte, sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes.
pelo pagamento do ICMS devido na operação ou operações
anteriores; CAPÍTULO IV
DO CÁLCULO DO IMPOSTO
II - produtor, extrator, gerador, inclusive de energia, SEÇÃO I
industrial, distribuidor ou comerciante, pelo pagamento do DA BASE DE CÁLCULO
ICMS devido nas operações subseqüentes;
Art. 28. A base de cálculo do ICMS é:
III - contratante de serviço ou terceiro que participe da
prestação de serviços de transportes interestadual e I - na saída de mercadoria prevista nos incisos I, III e IV do
intermunicipal e de comunicação. artigo 3º, o valor da operação;
Art. 24. A responsabilidade pelo pagamento do ICMS devido II - na hipótese do inciso II do artigo 3º, o valor da operação,
nas operações entre associado e cooperativa de produtores compreendendo mercadoria e serviço;
de que aquele faça parte, situada neste Estado, fica
III - na prestação de serviço de transporte interestadual e
transferida para a destinatária.
intermunicipal e de comunicação, o preço do serviço;
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IV - no fornecimento de que trata o inciso V do artigo 3º: b) frete, caso o transporte seja efetuado pelo próprio
remetente ou por sua conta e ordem, e seja cobrado em
a) o valor da operação, compreendidos a mercadoria e o
separado.
serviço, na hipótese da alínea a;
§ 2º Não integra a base de cálculo do ICMS o montante do
b) o preço corrente da mercadoria fornecida ou empregada,
IPI, quando a operação, realizada entre contribuintes e
na hipótese da alínea b;
relativa a produto destinado à industrialização ou à
V - na hipótese do inciso VI do artigo 3º, a soma das seguintes comercialização, configurar fato gerador de ambos os
parcelas: impostos.
a) o valor da mercadoria ou bem constante dos documentos § 3º Na hipótese dos incisos XIII e XIV do artigo 3º, o ICMS a
de importação, observado o disposto no artigo 29; pagar será o valor resultante da aplicação, sobre a base de
cálculo ali prevista, do percentual equivalente à diferença
b) imposto de importação;
entre a alíquota interna e a interestadual.
c) imposto sobre produtos industrializados (IPI);
§ 4º Na saída de mercadoria para estabelecimento
d) imposto sobre operações de câmbio, quando for o caso; pertencente ao mesmo titular, a base de cálculo do ICMS é:
e) quaisquer despesas aduaneiras, assim entendidas aquelas I - o valor correspondente à entrada mais recente da
efetivamente pagas à repartição alfandegária até o mercadoria;
momento do desembaraço aduaneiro;
II - o custo da mercadoria produzida, assim entendida a soma
f) o montante do próprio ICMS; (Alínea acrescentada pela Lei do custo da matéria-prima, material secundário, mão-de-
nº 13.268, de 30.12.2002, DOE CE de 30.12.2002, com obra e acondicionamento;
efeitos a partir de 01.01.2003)
III - tratando-se de mercadorias não industrializadas, o seu
VI - na hipótese do inciso VII do artigo 3º, o valor da operação preço corrente no mercado atacadista do estabelecimento
acrescido dos valores dos impostos de importação e sobre remetente.
produtos industrializados e de todas as despesas cobradas
§ 5º Nas operações e prestações interestaduais entre
ou debitadas ao adquirente;
estabelecimentos de contribuintes diferentes, caso haja
VII - na hipótese do inciso VIII do artigo 3º, o valor da reajuste do valor depois da remessa ou da prestação, a
operação de que decorra a entrada; diferença fica sujeita ao ICMS no estabelecimento do
remetente ou do prestador.
VIII - na hipótese do inciso XII do artigo 3º, o valor da
prestação do serviço, acrescido, se for o caso, de todos os Art. 29. O preço de importação expresso em moeda
encargos relacionados com a sua utilização; estrangeira será convertido em moeda nacional pela mesma
taxa de câmbio utilizada no cálculo do imposto de
IX - na hipótese dos incisos XIII, XIV e XVI do art. 3º, o valor,
importação, sem qualquer acréscimo ou devolução posterior
respetivamente, da prestação ou da operação sobre o qual
se houver variação da taxa de câmbio até o pagamento
foi cobrado o ICMS no Estado de origem. (Redação do inciso
efetivo do preço.
dada pela Lei Nº 15863 DE 13/10/2015, efeitos a partir de
01/01/2016). Parágrafo único. O valor fixado pela autoridade aduaneira
para base de cálculo do imposto de importação, nos termos
X - na hipótese do inciso XV do artigo 3º, o montante
da Lei aplicável, substituirá o preço declarado.
correspondente ao valor da operação de entrada da
mercadoria, nele incluído o IPI, se incidente na operação, Art. 30. Na falta do valor a que se referem os incisos I e VIII
acrescido de percentual de agregação fixado em do artigo 3º, a base de cálculo do ICMS é:
regulamento, até o limite máximo de 30% (trinta por cento).
I - o preço corrente da mercadoria, ou de seu similar, no
§ 1º Integra a base de cálculo do ICMS: mercado atacadista do local da operação ou, na sua falta, no
mercado atacadista regional, caso o remetente seja
I - o montante do próprio imposto, inclusive na hipótese do
produtor, extrator ou gerador, inclusive de energia;
inciso IV do caput do art. 2º desta Lei, constituindo o
respectivo destaque indicação para fins de controle do II - o preço FOB estabelecimento industrial à vista, caso o
cumprimento da obrigação tributária; (Redação do inciso remetente seja industrial;
dada pela Lei Nº 15726 DE 29/12/2014).
III - o preço FOB estabelecimento comercial à vista, na venda
II - o valor correspondente a: a outros comerciantes ou industriais, caso o remetente seja
comerciante.
a) seguros, juros e demais importâncias pagas, recebidas ou
debitadas, bonificações, bem como descontos concedidos § 1º Para aplicação dos incisos II e III do caput, adotar-se-á
sob condição; sucessivamente:

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I - o preço efetivamente cobrado pelo estabelecimento levantamento, ainda que por amostragem ou através de
remetente na operação mais recente; informações e outros elementos fornecidos por entidades
representativas dos respectivos setores, adotando-se a
II - caso o remetente não tenha efetuado venda de
média ponderada dos preços coletados.
mercadoria, o preço corrente da mercadoria ou de seu
similar no mercado atacadista do local da operação ou, na § 5º Os critérios adotados para a fixação da margem, de que
falta deste, no mercado atacadista regional. trata o parágrafo anterior, serão, entre outros previstos na
legislação:
§ 2º Na hipótese do inciso III do caput, se o estabelecimento
remetente não efetuar vendas a outros comerciantes ou a) preço à vista;
industriais ou, em qualquer caso, se não houver mercadoria
b) especificação das características do produto, tais como
similar, a base de cálculo será equivalente a 75% (setenta e
modelo, tipo, espécie, rotatividade de estoque;
cinco por cento) do preço de venda corrente no varejo.
c) levantamento de preços praticados no comércio varejista,
Art. 31. Nas prestações sem valor determinado, a base de
exceto aqueles relativos a promoções;
cálculo do ICMS é o valor corrente do serviço no local da
prestação. d) período não superior a 30 (trinta) dias em relação aos
preços referenciais, de entradas e saídas utilizados.
Art. 32. A base de cálculo do ICMS para fins de substituição
tributária será: § 6º O ICMS a ser pago por substituição tributária, na
hipótese do inciso II do caput deste artigo, corresponderá à
I - em relação às operações ou prestações antecedentes ou
diferença entre o valor resultante da aplicação da alíquota
concomitantes, o valor da operação ou prestação praticado
prevista para as operações ou prestações internas sobre a
pelo contribuinte substituído;
respectiva base de cálculo, e o valor do ICMS devido pela
II - em relação às operações ou prestações subseqüentes operação ou prestação própria do substituto, quando for o
com as mercadorias elencadas no Anexo Único, obtida pelo caso.
somatório das seguintes parcelas:
Art. 33. Quando o valor do frete, cobrado por
a) o valor da operação ou prestação própria realizada pelo estabelecimento pertencente ao mesmo titular da
substituto tributário ou pelo substituído intermediário; mercadoria ou por outro estabelecimento de empresa que
com aquele mantenha relação de interdependência, exceder
b) o montante dos valores de seguro, de frete e de outros
os níveis normais de preços em vigor, no mercado local, para
encargos cobrados ou transferíveis aos adquirentes ou
serviço semelhante, constantes de tabelas elaboradas pelos
tomadores de serviço;
órgãos competentes, o valor excedente será havido como
c) a margem de valor agregado, inclusive lucro, relativa às parte do preço da mercadoria.
operações ou prestações subseqüentes, fixada em ato do
Parágrafo único. Considerar-se-ão interdependentes duas
chefe do Poder Executivo.
empresas quando:
§ 1º Na hipótese de responsabilidade tributária em relação
I - uma delas, por si, seus sócios ou acionistas, e respectivos
às operações ou prestações antecedentes, o ICMS incidente
cônjuges ou companheiros reconhecidos por Lei ou filhos
nas referidas operações ou prestações será pago pelo
menores, for titular de mais de 50% (cinqüenta por cento) do
responsável, quando:
capital de outra;
I - da entrada da mercadoria ou do recebimento do serviço;
II - uma mesma pessoa fizer parte de ambas, na qualidade de
II - da saída subseqüente por ele promovida, ainda que isenta diretor ou sócio com funções de gerência, ainda que
ou não tributada; exercidas sob outra denominação;
III - ocorrer qualquer saída ou evento que impossibilite a III - uma delas locar ou transferir a outra, a qualquer título,
ocorrência do fato determinante do pagamento do ICMS. veículo destinado ao transporte de mercadorias.
§ 2º Tratando-se de mercadoria ou serviço cujo preço final, Art. 34. Quando o cálculo do ICMS tenha por base ou tome
único ou máximo, a consumidor ou tomador, seja fixado por em consideração o valor ou o preço de mercadorias, bens,
órgão público competente, a base de cálculo do ICMS, para serviços e título que os represente, a autoridade lançadora,
fins de substituição tributária, é o preço por ele estabelecido. mediante processo regular, arbitrará aquele valor ou preço,
sempre que sejam omissas ou não mereçam fé as
§ 3º Existindo preço final a consumidor sugerido pelo
declarações ou os esclarecimentos prestados, ou os
fabricante ou importador, poderá ser tomado como base de
documentos expedidos pelo sujeito passivo ou pelo terceiro
cálculo este preço.
legalmente obrigado, ressalvada, em caso de contestação, a
§ 4º A margem a que se refere a alínea c do inciso II do caput avaliação contraditória, administrativa ou judicial.
será estabelecida com base em preços usualmente
praticados no mercado considerado, obtidos por
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Art. 35. A base de cálculo do ICMS devido pelas empresas valor real da operação ou da prestação, nos casos de perda
distribuidoras de energia elétrica, responsáveis pelo ou extravio de livros ou documentos fiscais;
pagamento do imposto relativamente às operações
II - fundada suspeita de que os documentos fiscais não
anteriores e posteriores, na condição de contribuinte
refletem o valor real da operação ou da prestação;
substituto, é o valor da operação da qual decorra a entrega
ao consumidor. III - declaração nos documentos fiscais, sem motivo
justificado, de valores notoriamente inferiores ao preço
Art. 36. O Poder Executivo, mediante ato normativo, poderá
corrente no mercado local ou regional das mercadorias ou
manter atualizada tabela de preços correntes de
dos serviços;
mercadorias e serviços para efeito de observância como
base de cálculo do ICMS quando: IV - transporte ou estocagem de mercadorias
desacompanhadas de documentos fiscais ou sendo estes
I - o preço declarado pelo contribuinte for inferior ao de
inidôneos.
mercado;
Art. 38. Nas hipóteses dos artigos 36 e 37, havendo
II - ocorrer a hipótese prevista no inciso I do artigo 32,
discordância em relação ao valor fixado ou arbitrado, caberá
relativamente às operações realizadas por produtores ou
ao contribuinte comprovar a exatidão do valor por ele
extratores.
declarado, que prevalecerá, nessa hipótese, como base de
Parágrafo único. Nas operações interestaduais, a aplicação cálculo.
do disposto neste artigo dependerá da celebração de acordo
Art. 39. A critério do Fisco, o ICMS devido por contribuintes
entre os Estados envolvidos na operação.
de pequeno porte cujo volume ou modalidade de negócios
Art. 36-A. Fica instituído o Catálogo Eletrônico de Valores de aconselhe tratamento tributário simplificado, poderá ser
Referência - CEVR, elaborado a partir das informações das adotada forma diversa de apuração, conforme se dispuser
operações e prestações praticadas pelos contribuintes em regulamento.
quando da emissão da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), do
Parágrafo único. Na hipótese do caput, verificada no final do
Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e) e demais
período qualquer diferença entre o ICMS devido e o
documentos fiscais, bem como seus registros na Escrituração
calculado, esta será:
Fiscal Digital - EFD, para efeito de observância como base de
cálculo do ICMS, conforme o disposto em regulamento, I - quando desfavorável ao contribuinte, recolhida na forma
quando: regulamentar, sem acréscimo de multa;
I - o preço da mercadoria ou do serviço declarado pelo II - quando favorável ao contribuinte:
contribuinte for inferior ao de mercado;
a) compensada para o período seguinte;
II - ocorrerem as hipóteses previstas no art. 32.
b) restituída no caso de encerramento de atividade.
§ 1º A implementação do CEVR poderá ocorrer de forma
Art. 40. Nas entradas de mercadorias trazidas por
gradativa por segmento econômico, por Classificação
contribuintes de outras unidades da Federação sem
Nacional de Atividade Econômica (CNAE-Fiscal), por produto
destinatário certo neste Estado, a base de cálculo será o
e Código Fiscal de Operações e Prestações - CFOP, na forma
valor constante do documento fiscal de origem, inclusive as
disciplinada em regulamento.
parcelas correspondentes ao Imposto sobre Produtos
§ 2º Os valores de referência para efeito de base de cálculo Industrializados e às despesas acessórias, acrescido de
do ICMS, incidente sobre os produtos constantes do CEVR, percentual de agregação específico para as mercadorias
serão calculados tomando por base a média aritmética respectivas, até o limite de 30% (trinta por cento).
ponderada dos valores de mercado coletados na forma do
§ 1º O disposto neste Artigo aplica-se às mercadorias
caput deste artigo, considerando-se, inclusive, o desvio
trazidas por comerciantes ambulantes ou não-estabelecidos.
padrão, podendo-se adicioná-lo como medida de dispersão,
em até duas vezes para efeito de valores de referência. § 2º Ocorrendo a situação descrita neste Artigo, deduzir-se-
á, para fins de cálculo do ICMS devido a este Estado, o
§ 3º O CEVR poderá ser utilizado por órgãos e instituições
montante devido ao Estado de origem.
públicas, inclusive para formação dos preços nas compras
governamentais, na forma disciplinada em regulamento. Art. 41. Quando a fixação de preços ou a apuração do valor
tributável depender de fatos ou condições verificáveis após
Art. 37. Nos seguintes casos especiais, o valor das operações
a saída da mercadoria, tais como pesagem, medições, análise
ou das prestações poderá ser arbitrado pela autoridade
e classificação, o ICMS será calculado inicialmente sobre
fiscal, sem prejuízo das penalidades cabíveis:
preço corrente da mercadoria e, após essa verificação, sobre
I - não exibição ou entrega, à fiscalização, dentro do prazo da a diferença, se houver, atendidas as normas fixadas em
intimação, dos elementos necessários à comprovação do regulamento.

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Art. 42. Quando, em virtude de contrato ocorrer v) telha (NCM 6905.10.00), exceto de amianto, tijolo (NCM
reajustamento de preço, o ICMS correspondente ao 6904.10-00), exceto os de PM-furado e cerâmica tipo "c"
acréscimo do valor será recolhido juntamente com o (NCM 6908.10.00); (Inciso acrescentado pela Lei nº 14.036,
montante devido no período em que for apurado, atendidas de 19.12.2007, DOE CE de 19.12.2007, com efeitos a partir
as normas fixadas em regulamento. de 01.01.2008)
SUBSEÇÃO I x) material escolar especificado abaixo:
DA REDUÇÃO DA BASE DE CÁLCULO DOS PRODUTOS DA
1. caderno (NCM 4820.20.00);
CESTA BÁSICA
2. caneta (NCM 9608.10.00);
Art. 43. Nas operações internas e de importação com os
produtos da cesta básica, a base de cálculo do Imposto sobre 3. lápis comum e de cor (NCM 9609.10.00);
Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre 4. borracha de apagar (NCM 4016.92.00);
Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e
Intermunicipal e de Comunicação - ICMS, será reduzida em: 5. apontador;
(Redação dada pela Lei nº 14.036, de 19.12.2007, DOE CE de 6. lapiseira (NCM 9608.40.00);
19.12.2007, com efeitos a partir de 01.01.2008)
7. agenda escolar;
I - 61,11% (sessenta e um vírgula onze por cento) para os
seguintes produtos: (Redação dada pela Lei Nº 16177 DE 8. cartolina;
27/12/2016). 9. papel;
a) arroz; 10. régua;
b) açúcar; 11. compasso;
c) aves e ovos; 12. esquadro;
d) banana, mamão, abacate, jaca, manga, laranja, melão, 13. transferidor; (Inciso acrescentado pela Lei nº 14.579, de
melancia, maracujá, abóbora, tomate e pimentão; 21.12.2009, DOE CE de 28.12.2009)
e) banha de porco; z) antenas parabólicas; (Alínea acrescentada pela Lei nº
f) café torrado e moído; 14.818, de 20.12.2010, DOE CE de 22.12.2010)

g) carne bovina, bufalina, caprina, ovina e suína; z.1) produtos resultantes de reciclagem de plásticos, papel,
papelão, resíduos sólidos da construção civil e outros
h) farinha e fubá de milho; materiais recicláveis conforme se dispuser em regulamento,
i) fécula de mandioca; desde que possuam a Certificação do Selo Verde emitida
pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente -
j) leite in natura e pasteurizado do tipo longa vida; SEMACE; (Nota Legisweb: Redação dada pelo Lei Nº 15228
l) margarina e creme vegetal; DE 08/11/2012)

m) mel de abelha em estado natural (NCM 0409.00.00); z.2) produtos de informática, definidos em
regulamento.(Nota Legisweb: Redação dada pelo Lei Nº
n) óleo comestível de soja, de algodão e de palma; 15228 DE 08/11/2012)
o) pescado, exceto molusco, crustáceo, salmão, bacalhau, z-3) bicicleta para uso em vias públicas, com valor até 1.000
hadoque e rã;(Redação dada pela Lei Nº 15155 DE (mil) Ufirces; (Alínea acrescentada pela Lei Nº 15892 DE
09/05/2012) 27/11/2015, efeitos a partir de 01/03/2016).
p) queijo de coalho produzido artesanalmente por pequeno z-4) peças para bicicletas, com valor até 100 (cem) Ufirces;
produtor cadastrado pelo Fisco, conforme dispuser o (Alínea acrescentada pela Lei Nº 15892 DE 27/11/2015,
regulamento; efeitos a partir de 01/03/2016).
q) sabão em pó e em barra; (Redação dada à alínea pela Lei z-5) capacete para motos; (Alínea acrescentada pela Lei Nº
nº 14.818, de 20.12.2010, DOE CE de 22.12.2010) 15892 DE 27/11/2015, efeitos a partir de 01/03/2016).
r) sal; z-6) protetor dianteiro e traseiro para motos; (Alínea
s) leite em pó; acrescentada pela Lei Nº 15892 DE 27/11/2015, efeitos a
partir de 01/03/2016).
t) sardinha (NCM 1604.13.10);
z-7) creme dental; (Alínea acrescentada pela Lei Nº 15892 DE
u) areia e cal virgem (NCM 2519.10); 27/11/2015, efeitos a partir de 01/03/2016).

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z-8) escova dental; (Alínea acrescentada pela Lei Nº 15892 g) soro fisiológico; (Alínea acrescentada pela Lei nº 14.233,
DE 27/11/2015, efeitos a partir de 01/03/2016). de 10.11.2008, DOE CE de 13.11.2008, com efeitos a partir
de 01.09.2008)
z-9) fraldas; (Alínea acrescentada pela Lei Nº 15892 DE
27/11/2015, efeitos a partir de 01/03/2016). h) insulina NPH; (Alínea acrescentada pela Lei nº 14.233, de
10.11.2008, DOE CE de 13.11.2008, com efeitos a partir de
z-10) papel higiênico; (Alínea acrescentada pela Lei Nº 15892
01.09.2008)
DE 27/11/2015, efeitos a partir de 01/03/2016).
i) dipirona (genérico); (Alínea acrescentada pela Lei nº
z-11) soro fisiológico; (Alínea acrescentada pela Lei Nº 15892
14.233, de 10.11.2008, DOE CE de 13.11.2008, com efeitos a
DE 27/11/2015, efeitos a partir de 01/03/2016).
partir de 01.09.2008)
z-12) insulina NPH; (Alínea acrescentada pela Lei Nº 15892
j) ácido acetilsalicílico (genérico); (Alínea acrescentada pela
DE 27/11/2015, efeitos a partir de 01/03/2016).
Lei nº 14.233, de 10.11.2008, DOE CE de 13.11.2008, com
z-13) dipirona (genérico); (Alínea acrescentada pela Lei Nº efeitos a partir de 01.09.2008)
15892 DE 27/11/2015, efeitos a partir de 01/03/2016).
k) água sanitária; (Alínea acrescentada pela Lei nº 14.233, de
z-14) ácido acetilsalicílico (genérico); (Alínea acrescentada 10.11.2008, DOE CE de 13.11.2008, com efeitos a partir de
pela Lei Nº 15892 DE 27/11/2015, efeitos a partir de 01.09.2008)
01/03/2016).
l) detergente; (Alínea acrescentada pela Lei nº 14.233, de
z-15) água sanitária; (Alínea acrescentada pela Lei Nº 15892 10.11.2008, DOE CE de 13.11.2008, com efeitos a partir de
DE 27/11/2015, efeitos a partir de 01/03/2016). 01.09.2008)
z-16) detergente; (Alínea acrescentada pela Lei Nº 15892 DE m) desinfetante; (Alínea acrescentada pela Lei nº 14.233, de
27/11/2015, efeitos a partir de 01/03/2016). 10.11.2008, DOE CE de 13.11.2008, com efeitos a partir de
01.09.2008)
z-17) desinfetante; (Alínea acrescentada pela Lei Nº 15892
DE 27/11/2015, efeitos a partir de 01/03/2016). n) desodorante para uso axilar; (Redação da alínea dada pela
Lei Nº 15892 DE 27/11/2015).
z-18) álcool em gel antisséptico; (Alínea acrescentada pela
Lei Nº 15892 DE 27/11/2015, efeitos a partir de 01/03/2016). o) xampu; (Alínea acrescentada pela Lei nº 14.233, de
10.11.2008, DOE CE de 13.11.2008, com efeitos a partir de
z-19) produtos orgânicos com Selo Verde, conforme o
01.09.2008)
disposto em regulamento. (Alínea acrescentada pela Lei Nº
15892 DE 27/11/2015, efeitos a partir de 01/03/2016). § 1º A utilização da redução de base de cálculo prevista neste
artigo, salvo disposição em contrário, não exclui benefícios
z-20) água mineral natural e água adicionada de sais
fiscais do ICMS concedidos através de convênios celebrados
envasadas em embalagens retornáveis com capacidade
pelo Conselho Nacional de Política Fazendária - CONFAZ.
entre 10 (dez) e 20 (vinte) litros. (Alínea acrescentada pela
(Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 14.036, de
Lei Nº 16904 DE 03/06/2019).
19.12.2007, DOE CE de 19.12.2007, com efeitos a partir de
II - 33,33% (trinta e três vírgula trinta e três por cento) para 01.01.2008)
os seguintes produtos: (Redação dada pela Lei Nº 16177 DE
§ 2º Na hipótese da redução de base de cálculo de que trata
27/12/2016).
este artigo, o estabelecimento vendedor grafará, no
a) absorvente; (Alínea acrescentada pela Lei nº 14.036, de documento que acobertar a operação, a declaração
19.12.2007, DOE CE de 19.12.2007, com efeitos a partir de "Produto da cesta básica, seguido da indicação do percentual
01.01.2008) de redução do ICMS correspondente, exceto para os
estabelecimentos usuários de Emissor Cupom Fiscal - ECF.
b) (Revogado)
(Redação dada pela Lei nº 14.036, de 19.12.2007, DOE CE de
c) (Revogado) 19.12.2007, com efeitos a partir de 01.01.2008)
d) papel higiênico; (Alínea acrescentada pela Lei nº 14.036, § 3º Aplica-se o mesmo percentual estabelecido no inciso I
de 19.12.2007, DOE CE de 19.12.2007, com efeitos a partir do caput aos produtos industrializados neste Estado,
de 01.01.2008) derivados de carne bovina, bufalina, caprina, ovina, suína e
de aves. (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 14.036, de
e) sabonete sólido; (Alínea acrescentada pela Lei nº 14.036,
19.12.2007, DOE CE de 19.12.2007, com efeitos a partir de
de 19.12.2007, DOE CE de 19.12.2007, com efeitos a partir
01.01.2008)
de 01.01.2008)
§ 4º A redução de base de cálculo prevista no inciso I deste
f) (Revogado)
artigo estende-se aos cortes especiais e aos "miúdos" dos
produtos arrolados em suas alíneas c, g e o. (Redação dada

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ao parágrafo pela Lei nº 14.036, de 19.12.2007, DOE CE de SUBSEÇÃO III


19.12.2007, com efeitos a partir de 01.01.2008) DA REDUÇÃO DA BASE DE CÁLCULO NAS PRESTAÇÕES DE
§ 5º Nas saídas interestaduais de carne e demais produtos SERVIÇO DE COMUNICAÇÃO
comestíveis frescos, resfriados, congelados, salgados, secos Art. 43-B Fica o Chefe do Poder Executivo, conforme se
ou temperados, resultantes do abate de aves, leporídeos e dispuser em regulamento, autorizado a aplicar a carga
gado bovino, bufalino, caprino, ovino e suíno, será reduzida tributária líquida de 8% (oito por cento), em substituição à
a base de cálculo de forma que a carga tributária resulte em sistemática normal de tributação, nas prestações de serviço
7% (sete por cento) - Convênio ICMS nº 89/05. (Parágrafo de telecomunicação destinadas a empresas de
acrescentado pela Lei nº 14.036, de 19.12.2007, DOE CE de telemarketing localizadas a, no mínimo, 60 (sessenta) km de
19.12.2007, com efeitos a partir de 01.01.2008) Fortaleza e com a geração mínima de 1.000 (mil) empregos
§ 6º Nas operações de que trata o § 5º será estornado o valor diretos, observadas, ainda, as seguintes condições:
do crédito fiscal da entrada que ultrapassar o limite de 7% I - a sistemática prevista neste artigo somente se aplica aos
(sete por cento) - Convênio ICMS nº 89/05. (NR) (Parágrafo contribuintes detentores de Resolução do Conselho Estadual
acrescentado pela Lei nº 14.036, de 19.12.2007, DOE CE de de Desenvolvimento Industrial - CEDIN;
19.12.2007, com efeitos a partir de 01.01.2008)
II - não fica dispensada a cobrança da parcela do imposto
§ 7º A redução da base de cálculo do ICMS prevista na alínea relativo ao Fundo Estadual de Combate à Pobreza - FECOP;
"x" do inciso I do caput deste artigo aplica-se
independentemente da destinação dos produtos, exceto em III - o benefício previsto neste artigo será deduzido do valor
relação ao "papel" constante no item 9, quando destinado à do serviço prestado, demonstrando-se na Nota Fiscal de
confecção de livros, jornais e periódicos, a qual sujeita-se à Serviço de Comunicação à respectiva redução;
não-incidência prevista no inciso I do caput do art. 4º. IV - não poderá ser utilizado qualquer crédito fiscal para
(Parágrafo acrescentado pela Lei nº 14.818, de 20.12.2010, compensar com o imposto devido na forma do caput deste
DOE CE de 22.12.2010) artigo.
§ 8º Entende-se por antenas parabólicas, para os efeitos § 1º Fica o Chefe do Poder Executivo, conforme se dispuser
deste artigo, as antenas refletoras utilizadas para a recepção em regulamento, autorizado a reduzir a carga tributária
de sinais de televisão. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº líquida estabelecida no caput deste artigo em até 100% (cem
14.818, de 20.12.2010, DOE CE de 22.12.2010) por cento), proporcionalmente ao aumento da distância em
§ 9º Ficam convalidados os procedimentos praticados pelos relação à capital do Estado e à geração de empregos diretos,
contribuintes nas operações com sabão em pó antes da observadas as condições e os critérios previstos nos incisos I
vigência desta Lei, desde que não tenha resultado em a III, e em regulamento.
recolhimento do imposto em valor inferior à carga tributária § 2º Fica dispensada a exigência do ICMS devido nas
estabelecida no inciso I do caput deste artigo. (Parágrafo aquisições interestaduais e de importação de mercadorias
acrescentado pela Lei nº 14.818, de 20.12.2010, DOE CE de ou bens destinados ao ativo imobilizado das empresas de
22.12.2010) telemarketing enquadradas na sistemática estabelecida no
§ 10. O disposto no § 9º deste artigo não confere ao sujeito caput deste artigo.
passivo qualquer direito à restituição ou compensação de SEÇÃO II
importâncias já pagas. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº DAS ALÍQUOTAS
14.818, de 20.12.2010, DOE CE de 22.12.2010)
Art. 44. As alíquotas do ICMS são:
SUBSEÇÃO II
DA REDUÇÃO DA BASE DE CÁLCULO NAS PRESTAÇÕES DE I - nas operações internas:
SERVIÇO DE TRANSPORTE. a) 25% (vinte e cinco por cento) para bebidas alcoólicas,
Art. 43-A. A base de cálculo do imposto poderá ser também armas e munições, fogos de artifício, fumo, cigarros e demais
reduzida em 58,82% (cinquenta e oito inteiros e oitenta e artigos de tabacaria, jóias, aviões ultra-leves, asas-delta,
dois centésimos por cento) nas prestações de serviço de energia elétrica, gasolina, querosene de aviação, óleo diesel
transporte de passageiros, vedada a utilização de quaisquer e álcool anidro e álcool hidratado para fins combustíveis;
créditos fiscais. (Redação dada à alínea pela Lei nº 12.770, de 24.12.1997,
DOE CE de 26.12.1997, com efeitos a partir de 01.01.1998)
Parágrafo único. A redução referida no caput será aplicada,
opcionalmente, pelo contribuinte, em substituição ao b) 28% (vinte e oito por cento) para rodas esportivas de
sistema de tributação previsto na legislação estadual, automóveis, partes e peças de ultraleves e asas-delta, e para
mediante celebração de Termo de Acordo entre a Secretaria os seguintes produtos, suas partes e peças: drones,
da Fazenda e o interessado. embarcações esportivas e de recreio e jet-skis; (Redação da
alínea dada pela Lei Nº 16735 DE 26/12/2018).

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c) 18% (dezoito por cento) para as demais mercadorias ou I - aos bens e mercadorias importados do exterior do País
bens; (Redação da alínea dada pela Lei Nº 16177 DE que não tenham similar nacional, a serem definidos em lista
27/12/2016); editada pelo Conselho de Ministros da Câmara de Comércio
Exterior -CAMECE;
d) 12% (doze por cento) para as operações realizadas com
contadores de líquido (NCM 9028.20) e medidor digital de II - aos bens produzidos em conformidade com os processos
vazão (NCM 9026.20.90); (Alínea acrescentada pela Lei Nº produtivos básicos de que tratam o Decreto-Lei nº 288, de
16177 DE 27/12/2016); 28 de fevereiro de 1967, e as Leis nº 8.248, de 23 de outubro
de 1991, 8.387, de 30 de dezembro de 1991, 10.176, de 11
II - nas prestações internas:
de janeiro de 2001, e 11.484, de 31 de maio de 2007;
a) 28% (vinte e oito por cento) para serviços de comunicação;
III - às operações que destinem gás natural importado do
(Redação da alínea dada pela Lei Nº 15892 DE 27/11/2015).
exterior do País a outros Estados.
b) 18% (dezoito por cento) para os serviços de transporte
§ 5º Nas operações internas com os seguintes produtos,
intermunicipal; (Redação da alínea dada pela Lei Nº 16177
serão adicionados pontos percentuais à alíquota
DE 27/12/2016);
estabelecida na alínea 'a' do inciso I do caput deste artigo,
III - nas operações e prestações interestaduais: como segue:
a) 4% (quatro por cento), nas prestações de serviço de I - 2% (dois pontos percentuais) para gasolina e 3% (três
transporte aéreo de passageiro, carga e mala postal; pontos percentuais) para as bebidas alcoólicas;
b) 4% (quatro por cento), para as mercadorias ou bens II - 3% (três pontos percentuais) para armas e munições,
importados do Exterior por contribuintes do imposto, nos fogos de artifício, fumo, cigarros e demais artigos de
termos da Resolução nº 13, de 25 de abril de 2012, do tabacaria, aviões ultraleves e asas-delta.
Senado Federal, desde que:
§ 6º A alíquota de que trata a alínea "c" do inciso I do caput
1. não tenham sido submetidos a processo de deste artigo aplica-se às operações de importação de
industrialização; ou mercadorias ou bens integrantes de remessa postal ou
encomenda aérea internacional, observado o disposto no
2. ainda que submetidos a processo de industrialização,
Decreto-Lei Federal nº 1.804, de 3 de setembro de 1980, e
resultem em mercadorias ou bens com conteúdo de
no Convênio ICMS nº 18, de 1995, ou outros atos normativos
importação superior a 40% (quarenta por cento);
que venham a substituí-los. (Parágrafo acrescentado pela Lei
c) 12% (doze por cento) para as demais prestações e Nº 16735 DE 26/12/2018).
operações com mercadorias ou bens destinados a
Art. 45. As alíquotas internas são aplicadas quando:
contribuintes ou não do imposto.
I - o remetente ou o prestador e o destinatário de
§ 1º Ficam convalidados os procedimentos previstos na
mercadorias ou serviços estiverem situados neste Estado;
alínea “c” do inciso I do caput deste artigo, com a redação
dada pela Lei nº 13.268, de 27 de dezembro de 2002, II - da entrada de mercadorias ou bens importados do
realizados no período de 29 de setembro de 2003, até a exterior;
publicação desta Lei. (Redação do parágrafo dada pela Lei Nº
III - da entrada, neste Estado, de energia elétrica, petróleo e
15383 DE 25/07/2013).
lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele
§ 2º Nos termos e condições definidos em regulamento, em derivados, quando não destinados à comercialização ou à
relação às mercadorias importadas do exterior do País e industrialização;
destinadas à comercialização em outra unidade da
IV - das prestações de serviço de transporte iniciado ou
Federação, conforme a Resolução nº 13, de 25 de abril de
contratado no exterior, e de comunicação transmitida ou
2012, do Senado Federal, poderá ser aplicada, por ocasião
emitida no estrangeiro e recebida neste Estado;
do desembaraço aduaneiro, a alíquota do ICMS equivalente
a 4% (quatro por cento). (Parágrafo acrescentado pela Lei Nº V - (Revogado)
15383 DE 25/07/2013).
VI da arrematação de mercadorias ou bens;
§ 3º O disposto no § 2º deste artigo, nas importações
CAPÍTULO V
realizadas por empresa enquadrada nas disposições da Lei nº
DA SISTEMÁTICA DE APURAÇÃO DO ICMS
14.237, de 10 de novembro de 2008, conforme se dispuser
em regulamento, poderá ser aplicado cumulativamente com SEÇÃO I
as disposições da Lei nº 13.025, de 20 de junho de 2000. DA NÃO-CUMULATIVIDADE
(Parágrafo acrescentado pela Lei Nº 15383 DE 25/07/2013). Art. 46. O ICMS é não-cumulativo, compensando-se o que for
§ 4º O disposto na alínea "b" do inciso III do caput deste devido em cada operação relativa à circulação de
artigo não se aplica: mercadorias ou prestação de serviços de transporte

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interestadual e intermunicipal e de comunicação com o dada ao parágrafo pela Lei nº 13.076, de 04.12.2000, DOE CE
montante cobrado nas anteriores por este ou por outro de 04.12.2000, com efeitos a partir de 01.01.2001)
Estado.
§ 2º No total do débito, em cada período considerado,
Parágrafo único. (Suprimido pela Lei nº 14.447, de devem estar compreendidas as importâncias relativas a:
01.09.2009, DOE CE de 02.09.2009)
I - saídas e prestações com débito;
§ 1º Não se considera como montante cobrado, para efeito
II - outros débitos;
da compensação referida no caput deste artigo, a parcela do
ICMS destacado em documento fiscal emitido por III - estornos de créditos.
contribuinte situado em outra unidade da Federação,
§ 3º No total do crédito, em cada período considerado,
correspondente à vantagem econômica resultante da
devem estar compreendidas as importâncias relativas a:
concessão de quaisquer incentivos ou benefícios fiscais em
desacordo com o disposto no art. 155, § 2º, inciso XII, alínea I - entradas e prestações com crédito;
g, da Constituição Federal. (Parágrafo acrescentado pela Lei
II - outros créditos;
nº 14.447, de 01.09.2009, DOE CE de 02.09.2009)
III - estornos de débitos;
§ 2º O disposto no § 1º aplica-se aos contribuintes,
atividades econômicas ou produtos, relacionados em ato IV - eventual saldo credor anterior.
específico da Secretaria da Fazenda. (Parágrafo
§ 4º As obrigações consideram-se vencidas na data em que
acrescentado pela Lei nº 14.447, de 01.09.2009, DOE CE de
termina o período de apuração, e são liquidadas por
02.09.2009)
compensação ou mediante pagamento em moeda corrente.
§ 3º A autoridade fiscal que constatar, no exercício de suas
§ 5º A liquidação das obrigações por compensação dar-se-á
atividades, apropriação indevida de crédito fiscal por
até o montante dos créditos escriturados no mesmo
contribuinte do imposto, na forma do § 1º deste artigo,
período, inclusive o saldo credor oriundo do período
deverá adotar os seguintes procedimentos:
anterior, se for o caso.
I - quando da fiscalização no trânsito de mercadorias, caso
§ 6º Quando o montante dos débitos do período superar o
haja cobrança do ICMS, considerar como crédito fiscal, a ser
dos créditos, a diferença será liquidada dentro do prazo
deduzido do imposto a recolher, o limite estabelecido no §
estabelecido em regulamento.
1º deste artigo;
§ 7º O saldo credor é transferível para o período ou períodos
II - quando da fiscalização de estabelecimento, expedir
seguintes.
notificação ao contribuinte que se tenha apropriado de
crédito fiscal em desacordo com o estabelecido no § 1º deste § 8º Na hipótese de créditos oriundos de transferências, a
artigo, no sentido de efetuar, de forma espontânea, o escrituração obedecerá às regras estabelecidas em
estorno do crédito considerado indevido no prazo de 10 regulamento.
(dez) dias, contado a partir do dia seguinte ao da respectiva
SEÇÃO II
ciência, nos termos do art. 125. (Parágrafo acrescentado pela
DO CRÉDITO DO ICMS
Lei nº 14.447, de 01.09.2009, DOE CE de 02.09.2009)
Art. 49. Para a compensação a que se refere o Artigo 46, é
Art. 47. O mês será o período considerado para efeito de
assegurado ao sujeito passivo o direito de creditar-se do
apuração e lançamento do ICMS, com base na escrituração
ICMS anteriormente cobrado em operações de que tenha
em conta gráfica.
resultado a entrada de mercadoria, real ou simbólica, no
Parágrafo único. Excepcionalmente, e atendendo a estabelecimento, inclusive a destinada ao seu consumo ou
peculiaridades de determinadas operações ou prestações, o ao Ativo Permanente, ou o recebimento de serviços de
ICMS poderá ser apurado por mercadoria ou serviço, à vista transporte interestadual e intermunicipal ou de
de cada operação ou prestação, ou, ainda, por período comunicação.
diverso do estabelecido no caput, na forma disposta em
§ 1º Para efeito do disposto no caput, dão direito também
regulamento.
ao crédito a partir de:
Art. 48. O montante do ICMS a recolher resultará da
I - 1º de novembro de 1996, as entradas de mercadorias
diferença positiva, no período considerado, do confronto
destinadas ao Ativo Permanente do estabelecimento e de
entre o débito e o crédito.
energia elétrica nele usada ou consumida;
§ 1º Para efeito de aplicação deste artigo, os débitos e
II - a partir de 1º de janeiro de 2007, nas demais hipóteses.
créditos devem ser apurados em cada estabelecimento,
(Redação dada ao inciso pela Lei nº 13.569, de 30.12.2004,
compensando-se os saldos credores e devedores entre os
estabelecimentos do mesmo sujeito passivo localizados DOE CE de 30.12.2004, rep. DOE CE de 26.01.2005)
neste Estado, conforme previsto em regulamento. (Redação
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§ 2º Somente dará direito a crédito a entrada de energia caso o período de apuração seja superior ou inferior a um
elétrica no estabelecimento: (Redação dada pela Lei nº mês;
13.076, de 04.12.2000, DOE CE de 04.12.2000, com efeitos a
V - na hipótese de alienação dos bens do ativo permanente,
partir de 01.01.2001).
antes de decorrido o prazo de quatro anos contado da data
I - a partir de 1º de janeiro de 2001: de sua aquisição, não será admitido, a partir da data da
alienação, o creditamento de que trata este parágrafo em
a) quando for objeto de operação de saída de energia
relação à fração que corresponderia ao restante do
elétrica;
quadriênio;
b) quando consumida no processo de industrialização; e
VI - serão objeto de outro lançamento, além do lançamento
c) quando seu consumo resultar em operação de saída ou em conjunto com os demais créditos, para efeito da
prestação para o exterior, na proporção destas sobre as compensação prevista neste artigo e no art. 46, em livro
saídas ou prestações totais; (Inciso acrescentado pela Lei nº próprio ou de outra forma que a legislação determinar, para
13.076, de 04.12.2000, DOE CE de 04.12.2000, com efeitos a aplicação do disposto nos incisos I a V deste parágrafo; e
partir de 01.01.2001)
VII - ao final do quadragésimo oitavo mês contados da data
II - a partir da data prevista em lei complementar nacional, da entrada do bem no estabelecimento, o saldo
nas demais hipóteses. (Redação do inciso dada pela Lei Nº remanescente do crédito será cancelado. (Parágrafo
17239 DE 13/07/2020). acrescentado pela Lei nº 13.076, de 04.12.2000, DOE CE de
04.12.2000, com efeitos a partir de 01.01.2001)
§ 3º Somente dará direito a crédito o recebimento de
serviços de comunicação utilizados pelo estabelecimento: § 5º O crédito relativo à aquisição de bens de uso ou de
consumo do estabelecimento, bem como os respectivos
I - a partir de 1º de janeiro de 2001:
serviços de transporte, somente será permitido a partir da
a) ao qual tenham sido prestados na execução de serviços da data prevista em lei complementar nacional. (Redação do
mesma natureza; parágrafo dada pela Lei Nº 17239 DE 13/07/2020).
b) quando sua utilização resultar em operação de saída ou Art. 50. Operações tributadas, posteriores às saídas de que
prestação para o exterior, na proporção desta sobre as tratam os incisos I e II do Artigo 54, dão ao estabelecimento
saídas ou prestações totais; e (Inciso acrescentado pela Lei que as praticar o direito a creditar-se do ICMS cobrado nas
nº 13.076, de 04.12.2000, DOE CE de 04.12.2000, com operações anteriores às isentas ou não tributadas, sempre
efeitos a partir de 01.01.2001) que estas sejam relativas a produtos agropecuários na forma
prevista em regulamento.
II - a partir da data prevista em lei complementar nacional,
nas demais hipóteses. (Redação do inciso dada pela Lei Nº Art. 51. O direito ao crédito, para efeito de compensação
17239 DE 13/07/2020). com o débito do ICMS, reconhecido ao estabelecimento que
tenha recebido as mercadorias ou para o qual tenham sido
§ 4º Para efeito do disposto no caput deste artigo,
prestados os serviços, está condicionado à idoneidade da
relativamente aos créditos decorrentes de entrada de
documentação e, se for o caso, à escrituração nos prazos e
mercadorias no estabelecimento destinadas ao ativo
condições estabelecidos na legislação.
permanente, deverá ser observado:
§ 1º Os créditos tributários poderão ser compensados com
I - a apropriação será feita à razão de um quarenta e oito avos
outros créditos da mesma espécie, líquidos e certos, desde
por mês, devendo a primeira fração ser apropriada no mês
que vencidos, do sujeito passivo contra a Fazenda Pública, na
em que ocorrer a entrada no estabelecimento;
forma disciplinada em regulamento.
II - em cada período de apuração do imposto só será
§ 2º A compensação a que se refere o parágrafo anterior
admitido o creditamento de que trata o inciso I,
poderá ser efetuada quando da comprovação, por parte do
proporcionalmente às operações de saídas ou prestações
sujeito passivo, da liquidez dos créditos compensáveis;
tributadas, efetuadas no mesmo período;
§ 3º Quando o ICMS destacado no documento fiscal for
III - para aplicação do disposto nos incisos I e II, o montante
maior do que o exigível na forma da Lei, o seu
do crédito a ser apropriado será obtido multiplicando-se o
aproveitamento como crédito terá por limite o valor correto,
valor total do respectivo crédito pelo fator igual a um
observadas as normas sobre correção previstas em
quarenta e oito avos da relação entre o valor das operações
regulamento.
de saídas e prestações tributadas, para fins deste inciso, as
saídas e prestações com destino ao exterior; § 4º O direito de aproveitar o crédito extingue-se depois de
decorridos cinco anos contados da data de emissão do
IV - o quociente de um quarenta e oito avos será
documento.
proporcionalmente aumentado ou diminuído, Pro rata die,

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SEÇÃO III V - for objeto de operação ou prestação subseqüente com


DA VEDAÇÃO AO CRÉDITO redução de base de cálculo, hipótese em que o estorno será
proporcional à redução;
Art. 52. Salvo disposição em contrário, não dão direito a
crédito as entradas de mercadorias ou utilização de serviços § 1º (Revogado pela Lei nº 13.076, de 04.12.2000, DOE CE de
resultantes de operações ou prestações isentas ou não 04.12.2000, com efeitos a partir de 01.01.2001)
tributadas, ou que se refiram a mercadorias ou serviços § 2º Não se estornam créditos referentes a mercadorias e
alheios à atividade do estabelecimento, conforme definidos serviços que venham a ser objeto de operações ou
em regulamento. prestações destinadas ao exterior.
Art. 53. É vedado o crédito relativo a mercadoria entrada no § 3º O não creditamento ou o estorno a que se referem os
estabelecimento ou a prestação de serviços a ele efetuada: incisos I e II do Artigo 53 e o caput deste Artigo não impedem
I - para integração ou consumo em processo de a utilização dos mesmos créditos em operações posteriores,
industrialização ou produção rural, quando a saída do sujeitas ao ICMS, com a mesma mercadoria.
produto resultante não for tributada ou estiver isenta do § 4º (Revogado pela Lei nº 13.076, de 04.12.2000, DOE CE de
ICMS, exceto as saídas para o exterior; 04.12.2000, com efeitos a partir de 01.01.2001)
II - para comercialização ou prestação de serviço, quando a § 5º Em cada período, o montante do estorno previsto no
saída ou a prestação subseqüente não forem tributadas ou parágrafo anterior será o que se obtiver multiplicando-se o
estiverem isentas do ICMS, exceto as destinadas ao exterior; respectivo crédito pelo fator igual a um sessenta avos da
III - acobertadas por documento fiscal em que o relação entre a soma das saídas e prestações isentas e não
estabelecimento destinatário seja diverso do nele indicado; tributadas, excetuadas as que se destinem ao exterior, e o
total das saídas e prestações no mesmo período.
IV - cujo ICMS destacado no documento fiscal tiver sido
devolvido, no todo ou em parte, pela entidade tributante sob § 6º O quociente de um sessenta avos será
a forma de prêmio ou estímulo, salvo se esse benefício proporcionalmente aumentado ou diminuído, pro rata dia,
houver sido concedido nos termos de convênio celebrado caso o período de apuração seja superior ou inferior a um
com base em Lei Complementar. mês.
V - quando a operação ou a prestação não estiver acobertada § 7º O valor do montante do estorno será lançado como
pela primeira via do documento fiscal, salvo comprovação do estorno de crédito.
registro da operação ou da prestação no livro Registro de § 8º (Revogado pela Lei nº 13.076, de 04.12.2000, DOE CE de
Saídas do contribuinte que a promoveu. 04.12.2000, com efeitos a partir de 01.01.2001)
Parágrafo único. Ressalvadas as hipóteses do inciso IV do SEÇÃO V
Artigo 3º e os casos previstos em regulamento, é vedado ao
DA TRANSFERÊNCIA DO CRÉDITO
contribuinte creditar-se do ICMS antes do recebimento do
serviço ou da entrada da mercadoria em seu Art. 55. Os saldos credores acumulados, a partir de 16 de
estabelecimento. setembro de 1996, por estabelecimentos que realizem
operações e prestações de exportação para o exterior,
SEÇÃO IV
podem ser, na proporção que essas saídas representem do
DO ESTORNO DO CRÉDITO
total das saídas realizadas por estabelecimento:
Art. 54. O sujeito passivo deverá efetuar o estorno do ICMS I - imputados pelo sujeito passivo a qualquer outro
de que se tiver creditado sempre que o serviço tomado ou a estabelecimento de sua propriedade neste Estado;
mercadoria entrada no estabelecimento:
II - havendo ainda saldo remanescente, transferidos pelo
I - for objeto de saída ou prestação de serviço não tributada sujeito passivo a outros contribuintes deste Estado,
ou isenta, sendo esta circunstância imprevisível na data da mediante prévia manifestação do Fisco, conforme dispuser o
entrada ou da utilização do serviço; regulamento.
II - for integrada ou consumida em processo de Art. 55-A. A apropriação dos valores dos créditos fiscais,
industrialização, quando a saída do produto resultante não recebidos a título de transferência, fica limitada a 20% (vinte
for tributada ou estiver isenta do ICMS; por cento) do valor total do ICMS a ser recolhido,
III - vier a ser utilizada em fim alheio à atividade do mensalmente, pelo contribuinte recebedor. (Caput
estabelecimento; acrescentado pela Lei nº 13.879, de 14.03.2007, DOE CE de
15.03.2007)
IV - quando da inexistência, por qualquer motivo, de
operação ou prestação subseqüente; § 1º Do valor do imposto a ser recolhido, referido no caput
deste artigo, exclui-se, quando for o caso, o valor destinado
ao Fundo Estadual de Combate à Pobreza - FECOP, instituído
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pela Lei Complementar Estadual nº 37, de 26 de novembro deslocamento físico de mercadorias ou bens, as quais são
de 2003. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 13.879, de realizadas a título provisório, sem que haja transferência
14.03.2007, DOE CE de 15.03.2007) definitiva de titularidade, não implicando redução de
estoque ou alterações de ordem patrimonial, tais como:
§ 2º Ocorrendo saldos remanescentes dos créditos fiscais
recebidos a título de transferência, os mesmos poderão ser I - remessa, para estabelecimento de terceiros, de
transferidos para o mês ou meses subseqüentes, até a sua mercadoria ou bem para fins de industrialização,
efetiva e total apropriação pelo estabelecimento recebedor, beneficiamento, conserto ou reparo, bem como para
sempre respeitada a limitação estabelecida no caput deste demonstração e armazenamento, desde que retornem ao
artigo. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 13.879, de estabelecimento remetente nos prazos previstos na
14.03.2007, DOE CE de 15.03.2007) legislação;
§ 3º O estabelecimento beneficiário do FDI, lançará o valor II - saída de bem do ativo imobilizado, quando a operação
recebido a título de transferência de créditos no campo não for tributada." (NR)
"deduções", do livro Registro de Apuração do ICMS,
Art. 56. (Revogado pela Lei nº 12.800, de 20.04.1998, DOE CE
conforme dispuser o regulamento. (Parágrafo acrescentado
de 24.04.1998)
pela Lei nº 14.277, de 23.12.2008, DOE CE de 29.12.2008)
Art. 57. É vedada a devolução de crédito para a origem ou a
Art. 55-B. Opcionalmente à sistemática estabelecida nos
sua retransferência para terceiro.
arts. 55 e 55-A desta Lei, e conforme se dispuser em
regulamento, os saldos credores acumulados a partir de 16 CAPÍTULO VI
de setembro de 1996 por estabelecimentos que realizem DO RECOLHIMENTO DO ICMS
operações e prestações de exportação para o exterior SEÇÃO I
poderão ser adquiridos, mediante leilão, pela Fazenda DA FORMA E DOS PRAZOS
Pública, com deságio mínimo de: (Redação do caput dada
pela Lei Nº 17440 DE 09/04/2021). Art. 58. Os prazos fixados na legislação serão contínuos,
excluindo-se da sua contagem o dia de início e incluindo-se
I - 2% (dois por cento), quando se tratar de empresa o de vencimento.
exclusivamente exportadora; (Inciso acrescentado pela Lei
Nº 17440 DE 09/04/2021). Parágrafo único. Os prazos só se iniciam ou vencem em dia
de expediente normal na repartição onde o contribuinte
II - 4% (quatro por cento), quanto aos demais contribuintes. tenha domicílio fiscal.
(Inciso acrescentado pela Lei Nº 17440 DE 09/04/2021).
Art. 59. Quando o pagamento do ICMS estiver sujeito a
§ 1º O Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico - regime de substituição tributária ou de diferimento, o
CEDE, realizará o pagamento no prazo de 30 (trinta) dias regulamento poderá dispor que o seu recolhimento seja
contados a partir do parecer homologatório dos créditos, feito independentemente do prazo de pagamento relativo às
emitido pela Secretaria da Fazenda - SEFAZ, operações normais do responsável.
§ 2º Para atender o disposto no caput deste artigo, fica o Art. 60. O encerramento das atividades do contribuinte é a
Chefe do Poder Executivo autorizado a abrir, no vigente data para recolhimento do ICMS, relativamente às
orçamento do Estado, crédito adicional no valor de mercadorias constantes do estoque final do
R$60.000.000,00 (sessenta milhões de reais) à conta do estabelecimento.
Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico - CEDE.
§ 1º Na hipótese deste Artigo, o ICMS a ser recolhido será
§ 3º O arrematante do lote poderá, de forma alternativa ao calculado mediante aplicação, no que couber, das regras do
pagamento de que trata este artigo, ser autorizado a Artigo 32.
transferir o crédito objeto do deságio para terceiros, que
será registrado na Escrituração Fiscal Digital (EFD) do § 2º Não existindo prazo determinado para o recolhimento
respectivo adquirente, conforme se dispuser em do ICMS, o seu vencimento ocorre trinta dias após a data em
regulamento. (Parágrafo acrescentado pela Lei Nº 17440 DE que se considere o sujeito passivo notificado do lançamento.
09/04/2021). SEÇÃO II
§ 4º Para os fins do disposto no inciso I do caput deste artigo, DOS ACRÉSCIMOS MORATÓRIOS
considera-se empresa exclusivamente exportadora aquela
Art. 61. O pagamento espontâneo do tributo, fora dos prazos
cujas operações de saída de mercadorias para o exterior
previstos na legislação e antes de qualquer procedimento do
representem no mínimo 90% (noventa por cento) do total
Fisco, ficará sujeito à mora de 0,15% (zero vírgula quinze por
das saídas praticadas pelo respectivo estabelecimento.
cento) por dia de atraso, até o limite máximo de 15% (quinze
(Parágrafo acrescentado pela Lei Nº 17440 DE 09/04/2021).
por cento).
§ 5º Excluem-se do total das saídas de que trata o § 4º as
operações internas ou interestaduais que envolvam simples
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Parágrafo único. O acréscimo de que trata o caput será da respectiva notificação, procederá ao estorno dos créditos
calculado sobre o valor originário do tributo. lançados, devidamente atualizados, com o pagamento dos
acréscimos legais cabíveis.
Art. 62. Os débitos fiscais do ICMS, quando não pagos na data
de seu vencimento, serão acrescidos de juros de mora § 3º Caso o valor nominal da restituição postulada seja
equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de inferior a 5.000 (cinco mil) UFIRCEs, o Secretário da Fazenda
Liquidação e Custódia - SELIC, acumulada mensalmente, ou poderá delegar a competência para autorizar a restituição à
a qualquer outra taxa que vier a substituí-la. outra autoridade da Administração Tributária, conforme
disposto em regulamento. (Parágrafo acrescentado pela Lei
§ 1º Os juros moratórios incidirão a partir do primeiro dia do
Nº 15383 DE 25/07/2013).
mês subseqüente ao do vencimento do débito. (Redação
dada ao parágrafo pela Lei nº 13.569, de 30.12.2004, DOE CE § 4º O pedido de restituição, de que trata este artigo, poderá
de 30.12.2004, rep. DOE CE de 26.01.2005) ser operacionalizado através de sistema informatizado
específico, inclusive mediante acesso via internet, conforme
§ 2º (Revogado pela Lei nº 13.569, de 30.12.2004, DOE CE de
dispuser o regulamento. (Parágrafo acrescentado pela Lei Nº
30.12.2004, rep. DOE CE de 26.01.2005)
15383 DE 25/07/2013).
§ 3º (Revogado pela Lei nº 13.569, de 30.12.2004, DOE CE de
Art. 66. A restituição total ou parcial do ICMS dá lugar à
30.12.2004, rep. DOE CE de 26.01.2005)
restituição, na mesma proporção, dos juros de mora e das
§ 4º Para efeito da aplicação dos juros de mora previstos no penalidades pecuniárias, salvo se referentes a infrações de
caput, a SEFAZ utilizará a taxa divulgada pelo Banco Central caráter formal não prejudicadas pela causa da restituição.
do Brasil.
Parágrafo único. A importância a ser restituída será
§ 5º O crédito tributário, inclusive o decorrente de multa, fica atualizada, observados os mesmos critérios aplicáveis à
acrescido dos juros de que trata o caput exceto na parte cobrança de crédito tributário.
relativa à mora de que trata o art. 61. (Redação dada ao
CAPÍTULO VIII
parágrafo pela Lei nº 13.569, de 30.12.2004, DOE CE de
30.12.2004, rep. DOE CE de 26.01.2005) DOS REGIMES ESPECIAIS DE TRIBUTAÇÃO

SEÇÃO III Art. 67. Em casos peculiares e objetivando facilitar o


cumprimento das obrigações tributárias, poder-se-á adotar
DO PARCELAMENTO
regime especial de tributação, mediante prévia
Art. 63. Os créditos tributários poderão ser pagos manifestação de órgão técnico fazendário.
parceladamente, conforme critérios fixados em
Parágrafo único. Regime Especial de Tributação, para efeito
regulamento.
deste Capítulo, é o que se caracteriza por qualquer
CAPÍTULO VII tratamento diferenciado em relação às regras gerais de
DA RESTITUIÇÃO exigência do ICMS e de cumprimento das obrigações
acessórias, sem que dele resulte desoneração da carga
Art. 64. O ICMS indevidamente recolhido será restituído, no tributária.
todo ou em parte, a requerimento do sujeito passivo.
Art. 68. Os regimes especiais serão concedidos:
Parágrafo único. A Secretaria da Fazenda, ao verificar que o
titular do crédito a ser restituído tem débito de ICMS, inscrito I - através da celebração de acordo entre a Secretaria da
na Dívida Ativa do Estado, poderá efetuar a compensação de Fazenda e o representante legal da empresa;
ofício. (Parágrafo acrescentado pela Lei Nº 15383 DE II - com base no que se dispuser em regulamento, quando a
25/07/2013). situação peculiar abranger vários contribuintes ou
Art. 65. A restituição será autorizada pelo Secretário da responsáveis.
Fazenda e somente será feita a quem prove haver assumido § 1º Fica proibida qualquer concessão de regime especial por
o referido encargo, ou, no caso de tê-lo transferido a meio de instrumento diverso dos indicados neste Artigo.
terceiro, estar por este expressamente autorizado a recebê-
lo. § 2º O regime especial concedido na forma do inciso I pode
ser revogado a qualquer tempo, podendo ser rescindido
§ 1º Formulado o pedido de restituição, e não tendo o isoladamente ou por ambas as partes.
Secretário da Fazenda deliberado a respeito no prazo de 90
(noventa dias), o contribuinte poderá compensar o valor § 3º Incorrerá em crime de responsabilidade o Secretário da
pago indevidamente no período de apuração seguinte, salvo Fazenda que celebrar Regime Especial de Tributação que
quanto aos recolhimentos decorrentes de Auto de Infração. resulte em desoneração de carga tributária, sem prejuízo de
outras cominações legais.
§ 2º Na hipótese do parágrafo anterior, sobrevindo decisão
contrária irrecorrível, o contribuinte, no prazo de quinze dias Art. 69. Incumbe às autoridades fiscais, atendendo às
conveniências da administração fazendária, propor ao
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Secretário da Fazenda a reformulação ou revogação das I - que não disponha de patrimônio e capacidade operacional
concessões. necessários à realização de seu objeto;
CAPÍTULO IX II - que tenha cedido seu nome, inclusive mediante a
DAS OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS disponibilidade de documentos próprios, para a realização
SEÇÃO I de operações de terceiros, com vistas ao acobertamento de
DO CADASTRAMENTO DOS CONTRIBUINTES seus reais beneficiários. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº
14.277, de 23.12.2008, DOE CE de 29.12.2008).
Art. 70. Os contribuintes definidos nesta Lei são obrigados a
inscrever seus estabelecimentos no Cadastro Geral da Art. 71-A. Os contribuintes que se omitirem em transmitir a
Fazenda (C.G.F.) antes de iniciar as suas atividades, na forma Escrituração Fiscal Digital (EFD), por 2 (dois) meses
como dispuser o regulamento. consecutivos a cada exercício, terão suas inscrições
suspensas do CGF por ato específico do Secretário da
SEÇÃO II Fazenda, após regular encaminhamento de notificação do
DA SUSPENSÃO E DA CASSAÇÃO descumprimento da obrigação acessória por meio do
domicílio fiscal eletrônico do contribuinte, ou meio
Art. 71. Os contribuintes terão suas inscrições suspensas do
equivalente.
C.G.F. por ato específico do Secretário da Fazenda, mediante
instauração de processo administrativo com amplo direito § 1º Enquadram-se no disposto no caput deste artigo os
de defesa, quando praticarem irregularidades fiscais, com as contribuintes que, possuindo documentos fiscais de entrada
respectivas lavraturas de autos de infração, nas hipóteses ou de saída, ou valores referentes a pagamentos das
abaixo: operações e prestações de ICMS realizados com cartões de
crédito, de débito ou similar informados pelas
I - fraudar ou adulterar livros ou documentos fiscais, bem
administradoras de cartão de crédito ou de débito,
como agir em conluio com o fim de iludir o Fisco, fugindo ao
transmitirem a EFD sem informar os dados relativos ao Bloco
pagamento do ICMS ou retardando-o;
C (Documentos Fiscais
II - confeccionar, utilizar ou possuir notas fiscais ou
I - Mercadorias) ou Bloco D (Documentos Fiscais
documentos fiscais equivalentes ou impressos sem a
autorização do Fisco; II - Serviços), durante 2 (dois) meses consecutivos a cada
exercício.
III - reter e não recolher o ICMS de sua responsabilidade, na
hipótese de substituição tributária prevista na legislação. § 2º Podem ter ainda as inscrições do CGF suspensas os
contribuintes enquadrados como Microempreendedores
§ 1º Terão ainda suspensas as inscrições, mediante a
Individuais (MEI), Microempresa (ME) e Empresa de
instauração de processo administrativo, com amplo direito
Pequeno Porte (EPP), desde que regularmente notificados,
de defesa, os contribuintes que praticarem de forma
caso se constate que:
reiterada irregularidades fiscais, com as respectivas
lavraturas de autos de infração, nas seguintes hipóteses: I - durante o ano-calendário, o valor das aquisições de
mercadorias para comercialização ou industrialização for
I - falta de exibição da documentação fiscal, quando
superior a 80% (oitenta por cento) dos ingressos de recursos
solicitada pelas autoridades fazendárias competentes, salvo
no mesmo período, excluído o ano de início de atividade;
motivo justificado;
II - durante o ano-calendário, o valor das despesas pagas
II - negar ou deixar de fornecer nota fiscal ou documento
superar em 20% (vinte por cento) o valor de ingressos de
equivalente relativo a saída de mercadoria ou prestação de
recursos no mesmo período, excluído o ano de início de
serviço;
atividade.
III - receber ou estocar mercadoria sem a devida
Art. 72. As suspensões previstas nos arts. 71 e 71-A não
documentação fiscal ou com documentação fiscal inidônea.
poderão ultrapassar o prazo de 60 (sessenta) dias, ao fim do
(Antigo parágrafo único renomeado pela Lei nº 14.277, de
qual dar-se-á a cassação da inscrição, na hipótese de não
23.12.2008, DOE CE de 29.12.2008)
resolução das pendências pelo contribuinte. (Redação do
§ 2º Fica o Poder Executivo autorizado a disciplinar os artigo dada pela Lei Nº 16735 DE 26/12/2018).
procedimentos relativos à cassação sumária de inscrição do
Art. 73. Quando da suspensão, cassação ou anulação de
contribuinte no Cadastro Geral da Fazenda quando esta for
ofício, o contribuinte deverá entregar, mediante notificação
declarada inapta pela autoridade competente da Secretaria
do Fisco, no prazo de 5 (cinco) dias, a documentação fiscal
da Fazenda, ante a sua inexistência de fato. (Parágrafo
em seu poder, a qual lhe será devolvida após a regularização
acrescentado pela Lei nº 14.277, de 23.12.2008, DOE CE de
das respectivas pendências. (Redação dada ao caput pela Lei
29.12.2008)
nº 15.066, de 20.12.2011, DOE CE de 27.12.2011)
§ 3º Considera-se inexistente de fato a pessoa:

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§ 1º A cassação implicará na inidoneidade dos documentos Art. 74. A Secretaria da Fazenda poderá solicitar força policial
fiscais, repercutindo na imediata irregularidade fiscal dos para recuperação de livros e documentos contábeis e fiscais,
estoques remanescentes e das mercadorias que estiverem bem como dos estoques remanescentes de empresas
em trânsito, que ficarão sujeitos à autuação e retenção, a suspensas, cassadas ou com inscrição anulada, mediante
partir da data da publicação do Ato do Secretário da Fazenda abertura de inquérito policial nos termos da Lei Federal nº
no Diário Oficial do Estado. 8.137, de 27 de dezembro de 1990, que define crimes contra
a ordem tributária, econômica e contra as relações de
§ 2º Os titulares, sócios ou diretores de empresas cujas
consumo. (NR) (Redação dada ao artigo pela Lei nº 15.066,
inscrições tenham sido cassadas ou anuladas de ofício, e que
de 20.12.2011, DOE CE de 27.12.2011)
venham a participar de outra empresa, terão que resolver as
pendências para posterior liberação da inscrição cadastral SEÇÃO III
pelo Fisco. (NR) (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº DA DOCUMENTAÇÃO E DA ESCRITURAÇÃO FISCAL
15.066, de 20.12.2011, DOE CE de 27.12.2011)
Art. 75. As pessoas definidas nesta Lei como contribuintes,
Art. 73-A. Fica o Secretário da Fazenda autorizado a anular quando da realização de operações relativas à circulação de
de ofício, mediante Ato Declaratório, inscrição do mercadorias ou prestação de serviços, estão obrigadas à
contribuinte no Cadastro Geral da Fazenda quando esta for emissão de documentos fiscais próprios bem como ao
homologada com base em documentos falsificados ou cumprimento das demais obrigações acessórias previstas na
adulterados, incapazes de produzir atos jurídicos válidos. legislação.
§ 1º O regulamento disporá sobre o procedimento Parágrafo único. A forma, modelo, série, emissão, registro e
administrativo destinado à decretação da anulação da demais requisitos dos documentos fiscais serão disciplinados
inscrição do contribuinte com base no caput deste artigo, em regulamento.
devendo prever prazo de, no mínimo, 5 (cinco) dias para a
apresentação de defesa escrita pelo contribuinte. Art. 76. A impressão de documentos fiscais só poderá ser
efetuada mediante autorização prévia da autoridade
§ 2º Havendo indícios suficientes de ocorrência das situações fazendária competente, na forma disposta em regulamento.
previstas no caput, poderá o Secretário da Fazenda,
mediante decisão fundamentada, suspender, Art. 77. Os contribuintes definidos nesta Lei deverão utilizar,
cautelarmente, a inscrição do contribuinte, desde que para cada um dos estabelecimentos obrigados à inscrição,
vislumbre a possibilidade de iminente dano grave ao Erário livros fiscais distintos, que servirão ao registro das operações
ou à ordem pública. e prestações que realizarem, ainda que isentas ou não
tributadas, na forma disposta em regulamento.
§ 3º Como fundamentação da decisão a que se refere o
parágrafo anterior, pode o Secretário da Fazenda acolher as § 1º O livro Caixa Analítico também será de uso obrigatório
informações prestadas pelos órgãos da Secretaria da para os contribuintes a que se refere o caput para cada um
Fazenda, fazendo-lhes expressa remissão. dos estabelecimentos obrigados a inscrição, devendo nele
ser registrada toda a movimentação financeira,
§ 4º A suspensão cautelar da inscrição, autoriza, de logo, a representada pelas contas do "Ativo Disponível", em
apreensão de todos os livros e documentos fiscais, dos bens lançamentos individualizados, de forma diária. (Parágrafo
e das mercadorias em estoques, bem como dos que acrescentado pela Lei nº 13.082, de 29.12.2000, DOE CE de
estiverem em trânsito, podendo aplicar o disposto no 29.12.2000)
parágrafo único do art. 73-B. (Artigo acrescentado pela Lei
nº 15.066, de 20.12.2011, DOE CE de 27.12.2011) § 2º Na hipótese de o contribuinte ser obrigado a manter
escrita contábil regular, deverá apresentar ao Fisco, quando
Art. 73-B. A anulação de ofício nos termos do art. 73-A, solicitado, os livros Diário, Razão Analítico, bem como as
produzirá efeitos "ex tunc" e implicará desde o momento da Demonstrações Contábeis previstas na Lei nº 6.404/76 ou
homologação da inscrição, na inidoneidade de todos os outra que vier a substituí-la. (Parágrafo acrescentado pela
documentos fiscais, caracterizando o perdimento, em favor Lei nº 13.082, de 29.12.2000, DOE CE de 29.12.2000)
do Estado do Ceará, dos bens e das mercadorias em
estoques, bem como dos que estiverem em trânsito, § 3º O modelo, forma e prazo de escrituração e manutenção
repercutindo, desde então, nos créditos fiscais apropriados, dos livros fiscais, como também o cumprimento dos demais
inclusive por terceiros. requisitos, serão estabelecidos em regulamento. (Antigo
parágrafo único renomeado pela Lei nº 13.082, de
Parágrafo único. O Estado do Ceará, por meio da Secretaria 29.12.2000, DOE CE de 29.12.2000)
da Fazenda, poderá usar, gozar e dispor dos bens e
mercadorias perdidos, na forma do caput deste artigo. Art. 78. Os livros e os documentos que servirem de base à
(Artigo acrescentado pela Lei nº 15.066, de 20.12.2011, DOE escrituração serão conservados durante o prazo de cinco
CE de 27.12.2011) anos para serem entregues ou exibidos à fiscalização,
quando exigidos, ressalvado o disposto em regulamento.

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Parágrafo único. Quando os livros e documentos fiscais e VIII - as empresas de administração de bens;
contábeis tiverem servido de base a levantamentos fiscais
IX - as empresas administradoras de centros comerciais,
que motivaram a lavratura de auto de infração, deverão ser
feiras, exposições e as demais empresas administradoras de
conservados até a solução definitiva do processo
empreendimentos, ou assemelhadas que pratiquem a
administrativo-tributário respectivo ou, se for o caso, até
mesma atividade, quer sejam pessoas físicas ou jurídicas, e
que ocorra a prescrição do crédito tributário decorrente das
que firmem contratos de locação com base no faturamento
operações ou prestações a que se refiram. (Redação dada ao
da empresa locatária, relativamente às informações que
parágrafo pela Lei nº 13.082, de 29.12.2000, DOE CE de
disponham a respeito dos contribuintes localizados nos
29.12.2000)
respectivos empreendimentos, inclusive sobre valor
Art. 79. Considerar-se-á inidônea a documentação fiscal e locatício, nas condições previstas em regulamento; (Inciso
contábil que não preencher os seus requisitos fundamentais acrescentado pela Lei nº 13.975, de 14.09.2007, DOE CE de
de validade e eficácia ou for, comprovadamente, expedida 28.09.2007)
com dolo, fraude ou simulação, conforme o disposto em
X - as administradoras de cartões de crédito ou débito, ou
regulamento. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 13.082, de
estabelecimento similar; (Inciso acrescentado pela Lei nº
29.12.2000, DOE CE de 29.12.2000)
13.975, de 14.09.2007, DOE CE de 28.09.2007)
CAPÍTULO X
XI - as empresas de informática que desenvolvam programas
DA FISCALIZAÇÃO
aplicativos para usuários de Equipamento Emissor de Cupom
SEÇÃO I Fiscal - ECF. (Inciso acrescentado pela Lei nº 13.975, de
DA COMPETÊNCIA 14.09.2007, DOE CE de 28.09.2007)
Art. 80. A fiscalização do ICMS compete aos servidores do § 1º A obrigação prevista neste Artigo não abrange a
Grupo Ocupacional Tributação, Arrecadação e Fiscalização prestação de informações relativas a fatos sobre os quais o
da Secretaria da Fazenda, com as atribuições previstas na Lei informante esteja obrigado a guardar sigilo profissional.
nº 12.582, de 30 de abril de 1996.
§ 2º As diligências necessárias à ação fiscal serão exercidas
Parágrafo único. Os procedimentos relativos à ação fiscal, sobre documentos, papéis, livros equipamentos e arquivos
inclusive a constituição do crédito tributário, serão definidos eletrônicos, de natureza comercial ou fiscal, sendo
em regulamento. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 13.418, franqueados aos agentes do Fisco os estabelecimentos,
de 30.12.2003, DOE CE de 30.12.2003) depósitos, dependências, arquivos, móveis e veículos, a
SEÇÃO II qualquer hora do dia ou da noite, se estiverem em
DA AÇÃO FISCAL funcionamento. (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº
13.082, de 29.12.2000, DOE CE de 29.12.2000)
Art. 81. A fiscalização será exercida sobre todos os sujeitos
Art. 82-A. Sem prejuízo do disposto no inciso X do art. 82, as
de obrigações tributárias previstas na legislação do ICMS,
administradoras de cartões de crédito ou débito, ou
inclusive os que gozarem de isenção, forem imunes ou não
estabelecimento similar, ficam obrigadas a fornecer à
estejam sujeitos ao pagamento do imposto.
Secretaria da Fazenda do Estado, nas condições previstas em
Art. 82. Mediante intimação escrita, são obrigados a exibir regulamento específico, as informações sobre as operações
ou entregar, conforme o caso, mercadoria, documentos, e prestações realizadas pelos estabelecimentos de
livros, papéis ou arquivos eletrônicos, de natureza fiscal ou contribuintes cujos pagamentos sejam feitos por meio de
comercial relacionados com o ICMS, bem como prestar seus sistemas de crédito, débito ou similares. (NR). (Artigo
informações solicitadas pelo Fisco: acrescentado pela Lei nº 13.975, de 14.09.2007, DOE CE de
28.09.2007)
I - as pessoas inscritas ou obrigadas à inscrição no C.G.F. e
todas as que tomarem parte em operações ou prestações § 1º As administradoras de cartões de crédito ou de débito e
relacionadas ao ICMS; os estabelecimentos similares ficam obrigados a promover a
integração de seus sistemas operacionais de crédito, débito
II - os serventuários da justiça;
ou similares, quando da disponibilização dos equipamentos
III - os servidores da administração pública estadual, direta e aos contribuintes do ICMS, conforme estabelecido em
indireta, inclusive suas autarquias e fundações; regulamento do Chefe do Poder Executivo. (Parágrafo
acrescentado pela Lei Nº 15892 DE 27/11/2015).
IV - os bancos e demais instituições financeiras e as empresas
seguradoras; § 2º No que se refere aos equipamentos já em uso, a
integração prevista no § 1º deste artigo deverá ocorrer em
V - os síndicos, comissários, liquidantes e inventariantes;
até 90 (noventa) dias contados da data de publicação do
VI - os leiloeiros, corretores e despachantes; referido regulamento. (Parágrafo acrescentado pela Lei Nº
VII - os armazéns gerais; 15892 DE 27/11/2015).

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§ 3º A solução de integração dos sistemas operacionais de SEÇÃO III


crédito, débito ou similares deverá ser homologada pela DAS DILIGÊNCIAS ESPECIAIS
Secretaria da Fazenda do Estado do Ceará. (Parágrafo
acrescentado pela Lei Nº 15892 DE 27/11/2015). Art. 85. Quando, através dos elementos apresentados pela
pessoa fiscalizada, não se apurar convenientemente o
§ 4º Enquadram-se na obrigatoriedade prevista no caput movimento do estabelecimento, colher-se-ão os elementos
deste artigo as adquirentes, subadquirentes, gateways, necessários através de livros, documentos, papéis ou
empresas que promovam arranjos de pagamento ou que arquivos eletrônicos de outros estabelecimentos que com o
desenvolvam atividades de market place, as quais fiscalizado transacionaram, assim como nos despachos, nos
intervenham, direta ou indiretamente, nos pagamentos livros, documentos, papéis ou arquivos eletrônicos de
feitos por meio de cartões de crédito, de débito ou similares. transportadores, suas estações ou agências,
(Parágrafo acrescentado pela Lei Nº 16735 DE 26/12/2018). estabelecimentos gráficos, ou em outras fontes subsidiárias.
§ 5º A obrigatoriedade do fornecimento de informações por (Redação dada ao artigo pela Lei nº 13.082, de 29.12.2000,
parte das empresas previstas no § 4º deste artigo estende- DOE CE de 29.12.2000)
se aos pagamentos feitos a pessoas físicas ou jurídicas por Art. 86. Mediante ato do Secretário da Fazenda, quaisquer
meio de cartões de crédito, de débito ou similares, cujas diligências de fiscalização poderão ser repetidas, em relação
operações possam ser enquadradas como operações a um mesmo fato e período de tempo simultâneos,
relativas à circulação de mercadorias ou prestações de enquanto não atingido pela decadência o direito de lançar o
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de crédito tributário.
comunicação, por meio da utilização indevida de Terminal de
Pagamento Eletrônico (POS) ou similar, autorizado para § 1º A decadência prevista neste artigo não se aplica aos atos
aquelas pessoas, nos estabelecimentos de contribuintes de praticados com dolo, fraude ou simulação.
ICMS. (Parágrafo acrescentado pela Lei Nº 16735 DE § 2º As disposições a que se refere este artigo aplicam-se,
26/12/2018). inclusive, aos casos em que o crédito tributário
§ 6º Fica vedada a utilização, por contribuintes do ICMS, de correspondente já tenha sido lançado e arrecadado.
equipamentos ou meios de pagamento eletrônico similares § 3º O Secretário da Fazenda poderá delegar a um dos
que processem pagamentos efetuados por meio de cartão coordenadores da Coordenadoria de Administração
de crédito, de débito ou similar, autorizados para uso em Fazendária - CATRI, a competência para determinar,
outro estabelecimento, ainda que da mesma empresa, ou mediante emissão de ordem de serviço, as ações fiscais de
autorizados para pessoa física, ou cujas transações repetição de fiscalização.
financeiras sejam destinadas a estes. (Parágrafo
acrescentado pela Lei Nº 16735 DE 26/12/2018). § 4º Não caracteriza repetição de fiscalização as ações fiscais
desenvolvidas visando constituir créditos tributários
Art. 83. A recusa por parte do contribuinte ou responsável, lançados por intermédio de autos de infração julgados nulos,
da apresentação de livros, documentos, papéis, sem análise de mérito, por vício formal. (Redação dada ao
equipamentos e arquivos eletrônicos necessários à ação artigo pela Lei nº 13.418, de 30.12.2003, DOE CE de
fiscal, ensejará ao agente do Fisco o lacre dos móveis e 30.12.2003)
arquivos onde presumivelmente se encontrem tais
elementos, exigindo-se, para tanto, lavratura de termo com SEÇÃO IV
indicação dos motivos que levaram a esse procedimento, do DO DESENVOLVIMENTO DA AÇÃO FISCAL
qual será entregue uma cópia ao contribuinte ou Art. 87. Antes de qualquer diligência de fiscalização, os
responsável. (Redação dada ao caput pela Lei nº 13.082, de agentes do Fisco exibirão ao contribuinte, ou a seu preposto,
29.12.2000, DOE CE de 29.12.2000) identidade funcional que os credencie ao exercício da ação
Parágrafo único. Configurada a hipótese prevista neste fiscal.
Artigo, o setor competente da SEFAZ providenciará, de Art. 88. As ações fiscais começarão com a lavratura do Termo
imediato, por intermédio da Procuradoria Geral do Estado de Início de Fiscalização, do qual constará a identificação:
(PGE), medidas judiciais com vistas à exibição dos livros,
documentos, papéis e arquivos eletrônicos omitidos, sem I - do ato designatório;
prejuízo da lavratura de auto de infração por embaraço à II - do projeto de fiscalização;
fiscalização.
III - do contribuinte;
Art. 84. Os agentes do Fisco, quando vítimas de desacato ou
da manifestação de embaraço ao exercício de suas funções IV - da hora e data do início do procedimento;
ou quando, de qualquer forma, se fizer necessário a V - de livros, documentos e arquivos eletrônicos necessários
efetivação de medida prevista na legislação tributária, à ação fiscal, e do prazo em que estes deverão ser
poderão solicitar o auxílio da autoridade policial a fim de que apresentados.
as diligências pretendidas possam ser consumadas.
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§ 1º Lavrado o termo de inicio de fiscalização, o agente do recebimento de mercadorias. (Parágrafo acrescentado pela
Fisco terá o prazo de até cento e oitenta dias para conclusão Lei nº 13.418, de 30.12.2003, DOE CE de 30.12.2003)
dos trabalhos, contados da data da ciência ao sujeito passivo,
SEÇÃO V
conforme disposto em regulamento. (Redação dada ao
DO LEVANTAMENTO FISCAL
parágrafo pela Lei nº 13.537, de 11.11.2004, DOE CE de
12.11.2004) Art. 92. O movimento real tributável, realizado pelo
§ 2º Esgotado o prazo previsto no § 1º deste artigo, sem que estabelecimento em determinado período, poderá ser
o sujeito passivo seja cientificado da conclusão dos apurado através de levantamento fiscal e contábil, em que
trabalhos, poderá ser emitido novo ato designatório para serão considerados o valor de entradas e saídas de
continuidade da ação fiscal. (Redação dada ao parágrafo pela mercadorias, o dos estoques inicial e final, as despesas,
Lei nº 13.537, de 11.11.2004, DOE CE de 12.11.2004) outros gastos, outras receitas e lucros do estabelecimento,
inclusive levantamento unitário com identificação das
Art. 89. Encerrados os trabalhos, será lavrado o Termo de mercadorias e outros elementos informativos. (Redação
Conclusão de Fiscalização, no qual, dentre outras indicações, dada ao caput pela Lei nº 13.082, de 29.12.2000, DOE CE de
serão mencionados o período fiscalizado, a situação do 29.12.2000)
contribuinte perante as exigências legais e, se lavrado auto
de infração, os elementos que o identifiquem. § 1º Na apuração do movimento real tributável, poderão ser
aplicados coeficientes médios de lucro bruto ou de valor
Art. 90. Quando os termos de fiscalização corresponderem a agregado e de preços unitários, levando-se em consideração
mais de uma autuação, tirar-se-ão quantas cópias forem a atividade econômica do contribuinte. (Redação dada ao
necessárias para acompanhar os respectivos autos de parágrafo pela Lei nº 13.082, de 29.12.2000, DOE CE de
infração. 29.12.2000)
Art. 91. É dispensável a lavratura de termos de início e de § 2º Constituem elementos subsidiários para o cálculo do
conclusão de fiscalização nos casos de: custo da produção dos estabelecimentos industriais e
I - auto de infração com retenção de mercadorias em trânsito correspondente cobrança do imposto devido, o valor e a
ou depositadas em situação irregular; quantidade de matérias-primas, dos produtos
intermediários e das embalagens adquiridas e empregadas
II - auto de infração lavrado por funcionário no exercício de na industrialização e acondicionamento dos produtos, a
fiscalização de mercadorias em trânsito; mão-de-obra empregada, os gastos gerais de fabricação e
III - atraso de recolhimento; dos demais componentes do custo de produção, assim como
as variações dos estoques inicial e final dos produtos
IV - descumprimento de obrigações acessórias; acabados, dos produtos em elaboração e dos insumos.
V - falta de recolhimento em decorrência de não escrituração (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 13.082, de
de documento fiscal; 29.12.2000, DOE CE de 29.12.2000)

VI - funcionamento irregular de equipamento fiscal; § 3º Constituem elementos subsidiários para o cálculo do


custo dos serviços prestados o material aplicado, a
VII - procedimento relativo à baixa do contribuinte no CGF, remuneração de dirigentes, o custo do pessoal, os serviços
nas hipóteses previstas em regulamento. prestados por terceiros pessoas físicas ou jurídicas, os
VIII - saída de mercadoria ou prestação de serviço encargos de depreciação e amortização, arrendamento
desacompanhadas de documento fiscal ou, quando emitido, mercantil, o valor do saldo inicial e final dos serviços em
com valor deliberadamente inferior ao preço real da andamento e outros custos aplicados na prestação de
operação ou prestação. serviços. (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 13.082, de
29.12.2000, DOE CE de 29.12.2000)
§ 1º O disposto no inciso VIII deste artigo somente se aplicará
aos casos em que houver declaração formal emitida pelo § 4º Em casos de impossibilidade de detectar-se as alíquotas
detentor ou possuidor da mercadoria, responsabilizando o específicas aplicáveis a operações e prestações de entradas
contribuinte pela irregularidade fiscal praticada. (Antigo e saídas poderá ser aplicada a média de alíquotas dos
parágrafo único renomeado pela Lei nº 13.418, de produtos, mercadorias e serviços do período analisado.
30.12.2003, DOE CE de 30.12.2003) (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 13.082, de
29.12.2000, DOE CE de 29.12.2000)
§ 2º Considera-se mercadoria em trânsito, para fins de
fiscalização do imposto, aquela encontrada em terminais de § 5º Para efeito de cobrança do ICMS serão desconsiderados
passageiros, de encomendas ou de cargas, em recintos de os livros fiscais e contábeis quando contiverem vícios ou
feiras, exposições, leilões ou similares, ou em irregularidades que comprovem a sonegação de tributos.
estabelecimentos em situação cadastral irregular ou em (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 13.082, de
veículos dentro do estabelecimento, quando da entrega ou 29.12.2000, DOE CE de 29.12.2000)

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§ 6º Caracterizada a situação prevista no parágrafo anterior, ao caput pela Lei nº 13.418, de 30.12.2003, DOE CE de
o valor das saídas promovidas pelo contribuinte no período 30.12.2003)
examinado poderá ser arbitrado pelo Fisco, na forma
§ 1º Os arquivos eletrônicos compreendem, inclusive,
disposta em regulamento. (Redação dada ao parágrafo pela
programas e arquivos armazenados em meio magnético ou
Lei nº 13.082, de 29.12.2000, DOE CE de 29.12.2000)
em qualquer outro meio utilizado pelo contribuinte para a
§ 7º Havendo a necessidade de arbitramento do valor do guarda de dados. (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº
ICMS a ser recolhido, este será calculado tendo como base 13.418, de 30.12.2003, DOE CE de 30.12.2003)
de cálculo a média aritmética dos valores constantes dos
§ 2º Para fins do disposto neste artigo, presumem-se de
documentos compreendidos entre o número inicial de toda
natureza comercial quaisquer livros, documentos,
a seqüência impressa e o maior número de emissão
impressos, papéis de qualquer natureza, programas e
identificado. (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 13.418,
arquivos armazenados em meio magnético ou qualquer
de 30.12.2003, DOE CE de 30.12.2003)
outro meio pertencente ao contribuinte. (Redação dada ao
§ 8º Caracteriza-se omissão de receita a ocorrência dos parágrafo pela Lei nº 13.418, de 30.12.2003, DOE CE de
seguintes fatos: 30.12.2003)
I - suprimento de caixa sem comprovação da origem do § 3º Os anexos utilizados no levantamento de que resultar
numerário; autuação deverão ser entregues, mediante cópia ou arquivo
magnético, ao contribuinte, juntamente com a via
II - saldo credor de caixa, apresentado na escrituração ou
correspondente ao Auto de Infração e ao Termo de
apurado na ação fiscal após inclusão de operações não
Conclusão de Fiscalização que lhes couber. (Parágrafo
declaradas, assim como a manutenção no passivo de
acrescentado pela Lei nº 13.418, de 30.12.2003, DOE CE de
obrigações já pagas ou inexistentes;
30.12.2003)
III - diferença apurada pelo cotejo entre as saídas registradas
§ 4º Os documentos, a que se refere o caput e os anexos
e o valor das saídas efetivamente praticadas ou através do
citados no parágrafo anterior, quando constituírem prova de
confronto entre os registros contábil e fiscal;
infração à legislação tributária, deverão ser retidos
IV - montante da receita líquida inferior ao custo dos temporariamente pelas autoridades administrativas,
produtos vendidos, ao custo das mercadoria vendidas e ao mediante termo específico, sendo entregue cópia para o
custo dos serviços prestados no período analisado; sujeito passivo. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 13.418,
de 30.12.2003, DOE CE de 30.12.2003)
V - diferença a maior entre o preço médio ponderado das
mercadorias adquiridas ou produzidas e os seus respectivos SEÇÃO VI
valores unitários registrados no livro de Inventário. DAS DISPOSIÇÕES GERAIS SOBRE FISCALIZAÇÃO
VI - déficit financeiro resultante do confronto entre o saldo Art. 94. Sempre que for identificada infração a dispositivo da
das disponibilidades no início do período fiscalizado, legislação tributária, o agente do Fisco deverá adotar as
acrescido dos ingressos de numerários e deduzidos os providências legais acautelatórias aos interesses do Estado,
desembolsos e o saldo final das disponibilidades, e, se for o caso, promover a autuação do infrator, sob pena
considerando-se, ainda, os gastos indispensáveis à de responsabilidade por omissão ao cumprimento do dever.
manutenção do estabelecimento, mesmo que não
escrituradas. Parágrafo único. Quando da constituição do crédito
tributário através de lançamento em auto de infração que
VII - A diferença apurada no confronto do movimento diário venha a ser julgado nulo ou extinto, pelo órgão de
do caixa com os valores registrados nos arquivos magnéticos julgamento administrativo, em razão de desídia, abuso de
dos equipamentos utilizados pelo contribuinte e com o total autoridade ou manifesta inobservância às normas legais, o
dos documentos fiscais emitidos. (Redação dada ao servidor poderá responder a processo administrativo com
parágrafo pela Lei nº 13.082, de 29.12.2000, DOE CE de vistas à apuração da responsabilidade funcional.
29.12.2000)
Art. 95. Os agentes do Fisco não deverão apor "visto" em
§ 9º O disposto neste artigo aplica-se, no que couber, às documentos que devam acompanhar mercadorias sem que
prestações de serviços." (Parágrafo acrescentado pela Lei nº estas estejam em sua presença e sob sua imediata
13.082, de 29.12.2000, DOE CE de 29.12.2000) fiscalização.
Art. 93. Todos os documentos, livros, impressos, papéis, Art. 96. Nos casos de prática reiterada de desrespeito à
inclusive arquivos eletrônicos que serviram de base à ação legislação com vistas ao descumprimento de obrigação
fiscal devem ser mencionados na informação complementar tributária, é facultado ao Secretário da Fazenda aplicar ao
e anexados ao auto de infração, respeitada a contribuinte faltoso regime especial de fiscalização e
indisponibilidade dos originais, se for o caso. (Redação dada controle, sem prejuízo de outras penalidades cabíveis, que
compreenderá o seguinte:

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I - execução, pelo órgão competente, em caráter prioritário, SEÇÃO II


de todos os débitos fiscais; DA RETENÇÃO DE MERCADORIAS EM SITUAÇÃO
II - fixação de prazo especial e sumário para recolhimento IRREGULAR
dos tributos devidos; Art. 100. Esgotadas as hipóteses de legalização das
III - manutenção de agente ou grupo fiscal, em constante mercadorias retidas para averiguação, ou quando ficar
rodízio, com o fim de acompanhar todas as operações ou evidenciado o propósito de fraude por parte do condutor ou
negócios do contribuinte faltoso, no estabelecimento ou depositário, será lavrado o competente auto de infração.
fora dele, a qualquer hora do dia e da noite, durante o Art. 101. Esgotadas as hipóteses de legalização das
período fixado no ato que instituir o regime especial; mercadorias retidas para averiguação ou quando ficar
IV - cancelamento de todos os benefícios fiscais de que, evidenciado o propósito de fraude por parte do condutor ou
porventura, goze o contribuinte faltoso. depositário ou, ainda, quando as mercadorias estiverem
desacompanhadas de documentação fiscal, será lavrado o
V - recolhimento antecipado do ICMS incidente sobre as competente auto de infração.
operações e prestações internas e interestaduais.
Parágrafo único. Deverão ser igualmente objeto de retenção
§ 1º Relativamente ao inciso V deste Artigo, a base de cálculo as mercadorias que forem encontradas ou sendo entregues
será o montante correspondente ao valor da operação ou da em local diverso do indicado na documentação fiscal, bem
prestação, nele incluídos o IPI, quando incidente, e demais como aquelas que constituam prova material de infração à
despesas debitadas ao adquirente, acrescido do percentual legislação tributária.
de agregação previsto em regulamento.
Art. 102. Ficam também sujeitos à retenção, isoladamente
§ 2º Na hipótese do parágrafo primeiro, o ICMS a ser ou em conjunto com as mercadorias em situação irregular,
recolhido será a diferença entre o valor resultante da os documentos fiscais que se prestem a comprovar a
aplicação da alíquota interna sobre a base de cálculo definida infração cometida ou a instruir processo administrativo-
no parágrafo anterior e o crédito destacado na tributário.
documentação fiscal de origem.
Parágrafo único. Havendo retenção de documentos fiscais, o
CAPÍTULO XI agente do Fisco entregará ao contribuinte ou responsável
DA RETENÇÃO DE MERCADORIAS EM SITUAÇÃO uma ressalva, na forma como se dispuser em regulamento.
IRREGULAR
Art. 103. Qualquer pessoa que detiver ou conduzir
SEÇÃO I
mercadorias ou documentos em situação fiscal irregular
DO CONCEITO DE MERCADORIA EM SITUAÇÃO FISCAL
poderá ser intimada pela autoridade competente a
IRREGULAR apresentá-los ao Fisco, no prazo que lhe for assinalado.
Art. 97. Entende-se por mercadoria em situação fiscal Parágrafo único. O não atendimento à intimação de que
irregular aquela que, depositada ou em trânsito, for trata este Artigo ensejará à autoridade fazendária
encontrada desacompanhada de documentação fiscal competente requerer as providências necessárias à busca e
própria ou com documentação que acoberte o trânsito de retenção das mercadorias e dos documentos.
mercadoria destinada a contribuinte não identificado ou
excluído do CGF ou, ainda, com documentação fiscal SEÇÃO III
inidônea, na forma do art. 79. (Redação dada ao artigo pela DA GUARDA E DO DEPÓSITO DAS MERCADORIAS RETIDAS
Lei nº 12.992, de 30.12.1999, DOE CE de 30.12.1999, com
Art. 104. Ficam sob a guarda e proteção do Estado as
efeitos a partir de 01.01.2000)
mercadorias retidas, a partir do momento em que o agente
Art. 98. Sempre que forem encontradas mercadorias em fazendário exercitar os atos de sua competência.
situação fiscal irregular, na forma como define o Artigo
§ 1º Quando no local da retenção não existir acomodação
anterior, excetuando-se aquelas desacompanhadas de
adequada, deverá o agente do Fisco, quando for o caso,
documentação fiscal própria, deverão os agentes do Fisco
promover o deslocamento das mercadorias para instalações
retê-las para fins de averiguação quanto à sua origem ou
que ofereçam condições de guarda e segurança.
destino.
§ 2º Na falta de local público adequado à acomodação das
Art. 99. Se da averiguação a que se refere o Artigo anterior
mercadorias, ou por conveniência administrativa do Fisco, a
resultar a possibilidade de legalização das mercadorias e
autoridade fazendária poderá nomear a empresa
desde que, atendida essa hipótese, fique assegurado o
transportadora, o destinatário ou o remetente, se pessoa
crédito tributário respectivo, o agente do Fisco colaborará,
cadastrada na SEFAZ e idônea, como fiel depositário da
no que legalmente lhe couber, para que as mesmas sejam
mercadoria, competindo a esta total responsabilidade pelas
restituídas ao depósito ou à circulação.
mercadorias. (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 13.418,
de 30.12.2003, DOE CE de 30.12.2003)

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§ 3º O depositário responderá, nesta e noutras hipóteses, SEÇÃO IV


pelos prejuízos que, por dolo ou culpa, causar à Fazenda DA LIBERAÇÃO DAS MERCADORIAS
Pública ou a terceiros, em razão do desvio, perecimento ou
avaria das mercadorias que estiverem sob sua guarda. Art. 110. As mercadorias retidas poderão ser liberadas, no
todo em parte, antes do trânsito em julgado do processo
§ 4º A empresa de transporte de carga estabelecida neste administrativo tributário, a requerimento do interessado e a
Estado, regularmente inscrita no CGF, autorizará o condutor critério da autoridade fazendária, mediante um dos
do veículo, devidamente identificado no manifesto de carga, seguintes procedimentos:
a assinar o Certificado de Guarda de Mercadorias ou Termo
de Retenção de Mercadorias. (Parágrafo acrescentado pela I - extinção total do crédito tributário pelo pagamento;
Lei nº 13.418, de 30.12.2003, DOE CE de 30.12.2003) II - extinção parcial do crédito tributário pelo pagamento da
Art. 105. O servidor fazendário que retiver ou exercer a parte incontroversa;
guarda de mercadorias apreendidas, para salvaguardar III - depósito do montante do crédito tributário ou da parte
direitos do Fisco ou de terceiros, emitirá certificado de controversa;
guarda de mercadorias, conforme se dispuser em
regulamento. IV - fiança idônea.

Art. 106. O agente do Fisco que promover a retenção não § 1º Para efeito do disposto neste artigo, entende-se por
encaminhará a depósito em órgão fazendário as mercadorias crédito tributário, o somatório dos valores correspondentes
que: ao ICMS, multa, juros e demais acréscimos legais, bem como
a atualização monetária, quando for o caso, observadas as
I - pelo seu grau de perecibilidade, sujeitem-se a regras de descontos previstas no art.127.
deterioração, se não acondicionadas adequadamente;
§ 2º O disposto no inciso II do caput aplica-se a qualquer das
II - por seu porte ou volume, não possam ser depositadas em modalidades de lançamento por parte do Fisco, mediante
órgãos fazendários ou quando estes estiverem auto de infração.
impossibilitados de acolhê-las.
§ 3º Os procedimentos indicados nos incisos III e IV do caput
Art. 107. Consumada a hipótese prevista no Artigo anterior, não extinguem o crédito tributário e pode ser contestado,
a guarda e o depósito das mercadorias retidas poderão ser pelo contribuinte, na forma da legislação processual
confiados, por indicação do autuado, a terceiro, desde que administrativo-tributária.
contribuinte devidamente inscrito no CGF, na forma como
disposta em regulamento. § 4º O depósito do crédito tributário de que trata o inciso III
do caput, poderá ser utilizado pelo Tesouro Estadual, ficando
Parágrafo único. Com vistas a acautelar os interesses do o Estado responsável pela restituição ao contribuinte nas
Fisco, na hipótese do caput, será exigido como garantia do hipóteses dos incisos I e II do art.112.
ICMS, da multa e dos demais acréscimos legais, fiança
idônea, com a devida anuência da autoridade fazendária, ou § 5º O pedido de liberação das mercadorias mediante
depósito do valor correspondente. utilização de qualquer das garantias referidas nos incisos do
caput deve ser apresentado, pelo contribuinte ou
Art. 108. No caso de falência ou concordata do fiador, deverá responsável, nos prazos a seguir especificados:
o autuado, no prazo de cinco dias, contados da data de
publicação da sentença que determinar aquelas I - 48 (quarenta e oito) horas, ao da lavratura do auto de
providências judiciais, oferecer nova fiança. infração, no caso de produtos perecíveis ou de fácil
deterioração ou de animais vivos;
Parágrafo único. Semelhantes providências deverão ser
adotadas nos casos em que o fiador, de fato ou de direito, II - 10 (dez) dias, a contar da lavratura do auto de infração,
vier a encerrar as atividades empresariais. quanto aos demais produtos.

Art. 109. Excluem-se da massa falida ou do patrimônio do § 6º Decorridos os prazos definidos nos incisos I e II do §5º
concordatário as mercadorias de terceiros, retidas e sem que o contribuinte ou responsável tenha apresentado
submetidas à sua guarda. garantia para liberação das mercadorias, a Secretaria da
Fazenda poderá adotar os seguintes procedimentos:
Parágrafo único. Configurado qualquer dos procedimentos
judiciais previstos nesta seção, as mercadorias serão I - doação, na hipótese do inciso I do §5º;
removidas para outro local, a requerimento da autoridade II - leilão ou doação, nas hipóteses dos incisos I e II do §5º.
competente.
§ 7º O pedido de liberação de mercadorias retidas impetrado
após o decurso dos prazos previstos nos incisos do § 5º,
poderá ser deferido, na hipótese de não haver se consumado
um dos procedimentos consignados nos incisos do § 6º.

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(Redação dada ao artigo pela Lei nº 14.277, de 23.12.2008, instituído pelo Poder Executivo do Estado do Ceará com base
DOE CE de 29.12.2008) na Lei nº 13.568 , de 30 de dezembro de 2004, para o
Programa Mais Infância Ceará, de que trata a Lei nº 17.380,
Art. 111. A liberação de mercadorias retidas, em qualquer
de 5 de janeiro de 2021, ou para órgão da Administração
caso, somente poderá ocorrer mediante determinação
Pública Direta deste Estado.
expressa da autoridade fazendária competente.
§ 4º Ato normativo do Secretário da Fazenda disciplinará o
SEÇÃO V
disposto neste artigo.
DA RESTITUIÇÃO OU CONVERSÃO DO DEPÓSITO EM
RENDA SEÇÃO II
DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DO LEILÃO E DA
Art. 112. Esgotadas as instâncias administrativas, conforme
DOAÇÃO DE MERCADORIAS ABANDONADAS
decisão final dada ao processo, a restituição do depósito em
garantia, de que tratam o inciso III do art.110, será realizada Art. 114. O leilão ou a doação de mercadorias, nos termos do
da seguintes formas: § 6º do art. 110, será sempre precedido de avaliação
administrativa e publicação de edital.
I - integral, devidamente atualizada com base nos índices
aplicáveis aos depósitos judiciais se absolutória a decisão, § 1º A designação do avaliador não poderá recair na pessoa
declaratória de nulidade ou de extinção processual; do agente do fisco que tenha participado da retenção da
mercadoria ou da lavratura do auto de infração.
II - o montante que exceder ao crédito tributário, atualizado
nos termos do inciso I, se parcialmente condenatória a § 2º Fica o Poder Executivo autorizado a realizar o certame
decisão. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 14.277, de mediante leiloeiro oficial. (Redação dada ao artigo pela Lei
23.12.2008, DOE CE de 29.12.2008) nº 14.277, de 23.12.2008, DOE CE de 29.12.2008)
CAPÍTULO XII Art. 115. Realizado o leilão, sendo o crédito tributário:
DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO, DA RESTITUIÇÃO
I - inferior ao valor da arrematação, a diferença apurada será
OU PERDA, DO LEILÃO, DA DOAÇÃO E DA INCINERAÇÃO restituída ao contribuinte ou responsável;
DE MERCADORIAS RETIDAS
SEÇÃO I II - superior ao valor da arrematação, a diferença apurada
não será inscrita em dívida ativa e, no caso que já esteja, dar-
DA RESTITUIÇÃO OU PERDA DAS MERCADORIAS RETIDAS
se-á ciência à Procuradoria Geral do Estado para efetivar o
Art. 113. As mercadorias retidas que, mediante laudo técnico seu cancelamento. (NR). (Redação dada ao artigo pela Lei nº
de entidade competente, forem consideradas falsificadas, 14.277, de 23.12.2008, DOE CE de 29.12.2008)
adulteradas, inservíveis ou deterioradas, não serão objeto de
Art. 116. O regulamento disporá sobre as normas
leilão.
procedimentais relativas a esta Seção.
Parágrafo único. Na hipótese do caput deste artigo, os
CAPÍTULO XIII
créditos tributários correspondentes deverão ser extintos,
sem prejuízo das providências junto aos órgãos DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES
competentes, se for o caso. (Redação dada ao artigo pela Lei SEÇÃO I
nº 14.277, de 23.12.2008, DOE CE de 29.12.2008) DAS INFRAÇÕES

Art. 113-A. A Secretaria da Fazenda - Sefaz poderá notificar Art. 117. Infração é toda ação ou omissão, voluntária ou não,
o sujeito passivo que possua mercadorias apreendidas pelo praticada por qualquer pessoa, que resulte em inobservância
Fisco para que manifeste interesse na manutenção da de norma estabelecida pela legislação pertinente ao ICMS.
guarda pelo Estado. Art. 118. Não haverá definição de infração, nem cominação
§ 1º Caso o sujeito passivo não venha a se manifestar no de penalidade sem expressa previsão em Lei.
prazo de até 30 (trinta) dias contados da data da ciência da Art. 119. As infrações serão apuradas de acordo com as
notificação, poderá ficar sujeito ao perdimento das formalidades processuais específicas, aplicando-se as
mercadorias apreendidas, devendo o respectivo crédito penalidades respectivas, por intermédio da competente
tributário ser extinto. autuação.
§ 2º A notificação de que trata o caput deste artigo poderá § 1º Fica dispensada a lavratura de auto de infração:
ocorrer inclusive por meio de edital, a ser divulgado em
jornal de grande circulação ou por meio eletrônico, I - nos casos de atraso de recolhimento de crédito declarado
conforme se dispuser em regulamento. pelo contribuinte, em documento que formalizar o
cumprimento de obrigação acessória;
§ 3º A Sefaz poderá doar as mercadorias perdidas para
instituições de assistência social sem fins lucrativos II - nas hipóteses dos arts. 127-A, 127-B e 127-C; (Redação do
devidamente cadastradas no Programa sua Nota tem Valor, inciso dada pela Lei Nº 17440 DE 09/04/2021).

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III - quando o contribuinte deixar de utilizar o Módulo Fiscal a.1) utilizar documentos fiscais ou livros fiscais, inclusive
Eletrônico - MFE, ou utilizá-lo em desacordo com as eletrônicos, fraudados, nas hipóteses de não incidência,
especificações técnicas adotadas pela legislação pertinente, isenção, diferimento, suspensão ou regime de substituição
conforme a infração definida no art. 123, inciso VII, alínea tributária cujo imposto já tenha sido recolhido: multa
"q". equivalente a 30% (trinta por cento) do valor da operação ou
da prestação; (Subalínea acrescentada pela Lei Nº 16258 DE
§ 2º Ato do Chefe do Poder Executivo disciplinará os
09/06/2017).
procedimentos para a aplicação das penalidades de que
trata este artigo. b) (Revogada pela Lei nº 13.418, de 30.12.2003, DOE CE de
30.12.2003)
§ 3º Às multas aplicadas na forma do inciso III do § 1º deste
artigo poderão ser concedidos descontos de 70% (setenta c) falta de recolhimento do imposto, no todo ou em parte,
por cento), conforme se dispuser em regulamento. (Redação inclusive o devido por substituição tributária, na forma e nos
do parágrafo dada pela Lei Nº 17440 DE 09/04/2021). prazos regulamentares, em todos os casos não
compreendidos nas alíneas d e e deste inciso: multa
§ 4º Serão aplicadas às infrações da legislação do ICMS as
equivalente a uma vez o valor do imposto; (Redação dada à
seguintes penalidades isoladas ou cumulativamente:
alínea pela Lei nº 13.418, de 30.12.2003, DOE CE de
I - multa; 30.12.2003)
II - sujeição a regime de fiscalização; d) falta de recolhimento, no todo ou em parte, na forma e
nos prazos regulamentares, quando as operações, as
III - cancelamento de benefícios fiscais;
prestações e o imposto a recolher estiverem regularmente
IV - cassação de regime especial para pagamento, emissão escriturados: multa equivalente a 50% (cinqüenta por cento)
de documentos fiscais ou escrituração de livros fiscais. do imposto devido;
Art. 120. As multas serão calculadas tomando-se por base: e) falta de recolhimento, no todo ou em parte, do imposto
de responsabilidade do contribuinte substituto que o houver
I - o valor do ICMS;
retido: multa equivalente a duas vezes o valor do imposto
II - o valor da operação ou da prestação; retido e não recolhido; (Redação dada à alínea pela Lei nº
13.418, de 30.12.2003, DOE CE de 30.12.2003)
III - o valor do faturamento do estabelecimento;
f) (Revogada pela Lei nº 13.418, de 30.12.2003, DOE CE de
IV - o valor da Unidade Fiscal de Referência do Estado do
30.12.2003)
Ceará - Ufirce, ou qualquer outro índice que venha a
substituí-la. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 13.418, de g) omitir documentos ou informações, necessários à fixação
30.12.2003, DOE CE de 30.12.2003) do imposto a ser recolhido em determinado período, quando
sujeito ao recolhimento do tributo na forma prevista no
SEÇÃO II
Artigo 39: multa equivalente a 1 (uma) vez o valor do
DA RESPONSABILIDADE
imposto não recolhido em decorrência da omissão;
Art. 121. Salvo disposição expressa em contrário, a
h) simular saída para outra unidade da Federação de
responsabilidade por infrações à legislação tributária mercadoria efetivamente internada no território cearense:
independe da intenção do agente ou do responsável e da
multa equivalente a uma vez o valor do imposto devido;
efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato. (Redação da alínea dada pela Lei Nº 16258 DE 09/06/2017).
Art. 122. Respondem pela infração, conjunta ou
i) internar no território cearense mercadoria indicada como
isoladamente, todos os que, de qualquer forma, concorram "em trânsito" para outra unidade da Federação: multa
para a sua prática ou dela se beneficiem. equivalente a 30% (trinta por cento) do valor da operação;
SEÇÃO III (Redação dada ao inciso pela Lei nº 13.418, de 30.12.2003,
DAS PENALIDADES DOE CE de 30.12.2003)

Art. 123. As infrações à legislação do ICMS sujeitam o infrator j) simular saída de mercadoria para o exterior, inclusive por
às seguintes penalidades, sem prejuízo do pagamento do intermédio de empresa comercial exportadora, trading
imposto, quando for o caso: companie, armazém alfandegado, entreposto aduaneiro e
consórcios de microempresas: multa equivalente a 30%
I - com relação ao recolhimento do ICMS: (trinta por cento) do valor da operação; (Redação dada ao
a) utilizar documentos fiscais ou livros fiscais, inclusive inciso pela Lei nº 13.418, de 30.12.2003, DOE CE de
eletrônicos, fraudados: multa equivalente a 2 (duas) vezes o 30.12.2003)
valor do imposto; (Redação da alínea dada pela Lei Nº 16258 II - com relação ao crédito do ICMS:
DE 09/06/2017).

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a) crédito indevido, assim considerado todo aquele c) (Revogado)


escriturado na conta-gráfica do ICMS em desacordo com a
d) emitir documento fiscal para destinatário diverso do que
legislação ou decorrente da não-realização de estorno, nos
efetivamente adquiriu a mercadoria: multa equivalente a
casos exigidos pela legislação: multa equivalente a uma vez
50% (cinquenta por cento) do valor do imposto devido;
o valor do crédito indevidamente aproveitado ou não
(Redação da alínea dada pela Lei Nº 16258 DE 09/06/2017).
estornado; (Redação dada à alínea pela Lei nº 13.418, de
30.12.2003, DOE CE de 30.12.2003) e) emitir documento fiscal com preço da mercadoria ou do
serviço deliberadamente inferior ao que alcançaria, na
b) aproveitar crédito antecipadamente: multa equivalente a
mesma época, mercadoria ou serviço similar, no mercado do
50% (cinquenta por cento) do valor do crédito
domicílio do emitente, sem motivo devidamente justificado:
indevidamente apropriado; (Redação da alínea dada pela Lei
multa equivalente a uma vez o valor do imposto que deixou
Nº 16258 DE 09/06/2017).
de ser recolhido; (Redação dada à alínea pela Lei nº 13.418,
c) (Revogada pela Lei nº 13.418, de 30.12.2003, DOE CE de de 30.12.2003, DOE CE de 30.12.2003)
30.12.2003)
f) promover saída de mercadoria ou prestação de serviço
d) transferência de crédito nos casos não previstos na acompanhada de documento fiscal já utilizado em operação
legislação, ou sem atender às exigências nela estabelecidas, ou prestação anterior, inclusive quando se tratar de
ou, ainda, em montante superior aos limites permitidos: documento fiscal eletrônico ou sua respectiva representação
multa equivalente a uma vez o valor do crédito gráfica impressa: multa equivalente a 30% (trinta por cento)
irregularmente transferido; (Redação dada à alínea pela Lei do valor da operação ou da prestação; (Redação da alínea
nº 13.418, de 30.12.2003, DOE CE de 30.12.2003) dada pela Lei Nº 16258 DE 09/06/2017).
e) crédito indevido proveniente da hipótese de transferência g) deixar de escriturar no livro fiscal próprio para registro de
prevista na alínea d: multa equivalente a uma vez o valor do entradas, inclusive em sua modalidade eletrônica, conforme
crédito recebido. (Redação dada à alínea pela Lei nº 13.418, dispuser a legislação, documento fiscal relativo a operação
de 30.12.2003, DOE CE de 30.12.2003) ou prestação: multa equivalente a 10% (dez por cento) do
valor da operação ou prestação; (Redação da alínea dada
III - relativamente à documentação e à escrituração:
pela Lei Nº 16258 DE 09/06/2017).
a) entregar, remeter, transportar, receber, estocar ou
h) (Revogado)
depositar mercadorias, bem como prestar ou utilizar
serviços: i) (Revogada pela Lei nº 13.418, de 30.12.2003, DOE CE de
30.12.2003)
1. sem documentação fiscal: multa equivalente a 30% (trinta
por cento) do valor da operação ou da prestação; j) (Revogado)
2. com documentação fiscal inidônea: multa equivalente a k) entregar, remeter, transportar ou receber mercadorias
uma vez o valor do imposto devido; destinados a contribuintes baixados do C.G.F.: multa
equivalente a 20% (vinte por cento) do valor da operação;
b) deixar de emitir documento fiscal:
l) transportar mercadorias em quantidade divergente da
1. em operações e prestações tributadas: multa equivalente
descrita no documento fiscal, quando verificado in loco pelo
a 30% (trinta por cento) do valor da operação ou da
agente do Fisco: multa equivalente a 20% (vinte por cento)
prestação;
do valor da operação; (Redação da alínea dada pela Lei Nº
2. em operações e prestações tributadas pelo regime de 16258 DE 09/06/2017).
substituição tributária cujo imposto já tenha sido recolhido,
m) entregar, transportar, receber, estocar ou depositar
bem como as amparadas por não incidência ou isenção
mercadoria acompanhada de documento fiscal sem o selo
incondicionada: multa equivalente a 10% (dez por cento) do
fiscal de trânsito ou virtual ou registro eletrônico
valor da operação ou da prestação;
equivalente, quando oriunda do exterior do País ou de outra
b.1) deixar de emitir documento fiscal na venda a unidade da Federação, não se aplicando às operações de
consumidor, inclusive em sua modalidade eletrônica, fato saídas interestaduais: multa equivalente a 20% (vinte por
este constatado in loco por agente do Fisco: multa cento) do valor da operação; (Redação da alínea dada pela
equivalente a: Lei Nº 16258 DE 09/06/2017).
1. 2.000 (duas mil) UFIRCEs, quando se tratar de contribuinte n) cancelar documento fiscal, inclusive de natureza
inscrito no Regime Normal de recolhimento; eletrônica, que tenha acobertado uma real operação relativa
à circulação de mercadoria ou bem, ou uma efetiva
2. 1.000 (mil) UFIRCEs, quando se tratar de contribuinte
prestação de serviço de transporte interestadual ou
inscrito nos demais regimes de recolhimento, inclusive
intermunicipal ou de comunicação: multa equivalente a 30%
quando optante pelo Simples Nacional, nos termos da Lei
Complementar Federal nº 123, de 14 de dezembro de 2006;
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(trinta por cento) do valor da operação ou prestação; c) (Revogada pela Lei nº 13.418, de 30.12.2003, DOE CE de
(Redação da alínea dada pela Lei Nº 16258 DE 09/06/2017). 30.12.2003)
o) entregar ao adquirente ou destinatário documento d) extraviar selo fiscal de autenticidade pelo
diferente de documento fiscal exigido pela legislação: multa estabelecimento gráfico ou transportador: multa
equivalente a 30% (trinta por cento) do valor da operação ou equivalente a 100 (cem) UFIR por selo, sem prejuízo da
prestação; (Redação da alínea dada pela Lei Nº 16258 DE instauração de processo administrativo pela SEFAZ, para fins
09/06/2017). de suspensão ou cassação do credenciamento, quando se
tratar de estabelecimento gráfico;
p) deixar o contribuinte de emitir o Manifesto Eletrônico de
Documentos Fiscais (MDF-e), quando obrigado nos termos e) deixar o estabelecimento gráfico credenciado de devolver
da legislação pertinente: multa equivalente a 200 (duzentas) à SEFAZ selo fiscal de autenticidade inutilizado: multa
UFIRCEs por cada MDF-e não emitido; (Redação da alínea equivalente a 50 (cinqüenta) UFIR por unidade inutilizada e
dada pela Lei Nº 16735 DE 26/12/2018). não devolvida;
q) transportar mercadoria ou bem desacompanhado do f) imprimir selos fiscais sem autorização do Fisco, fora das
Documento Auxiliar do Manifesto Eletrônico de Documentos especificações técnicas, em paralelo, ou em quantidade
Fiscais (DAMDFE): multa equivalente a 200 (duzentas) superior à prevista em documento autorizativo: multa
UFIRCEs por documento; (Redação da alínea dada pela Lei Nº equivalente 90 (noventa) UFIR por selo, nunca inferior a
16735 DE 26/12/2018). 18.000 (dezoito mil) UFIR, sem prejuízo da suspensão ou
cassação do credenciamento;
r) transportar mercadoria ou bem cujo documento fiscal não
esteja relacionado no Documento Auxiliar do Manifesto g) deixar o estabelecimento gráfico credenciado à confecção
Eletrônico de Documentos Fiscais (DAMDFE) que de documentos fiscais de adotar as medidas de segurança
acompanha a carga: multa equivalente a 50 (cinquenta) relativas a pessoal, produto, processo e patrimônio, na
UFIRCEs por cada documento omitido; (Redação da alínea forma disposta em regulamento: multa equivalente a 1.800
dada pela Lei Nº 16735 DE 26/12/2018). (um mil e oitocentas) UFIR;
s) omissão de entradas de mercadorias decorrente de h) deixar o estabelecimento gráfico credenciado à confecção
levantamento quantitativo de estoque de mercadorias: de selos fiscais de adotar as medidas de segurança relativas
multa equivalente a 30% (trinta por cento) do valor das a pessoal, produto, processo e patrimônio, na forma
entradas omitidas; (Alínea acrescentada pela Lei Nº 16258 disposta em regulamento: multa equivalente a 18.000
DE 09/06/2017). (dezoito mil) UFIR;
t) deixar o contribuinte de transmitir o Cupom Fiscal i) extravio de documento fiscal selado, inclusive formulário
Eletrônico (CF-e) na forma e nos prazos previstos na contínuo, pelo transportador: multa equivalente a 90
legislação pertinente: multa equivalente a 100 (cem) (noventa) UFIR por documento;
UFIRCEs por cada CF-e não transmitido, nunca superior a
j) deixar o estabelecimento gráfico credenciado de devolver
30% (trinta por cento) do valor da operação ou prestação;
à SEFAZ saldo de selos fiscais remanescentes: multa
(Alínea acrescentada pela Lei Nº 16258 DE 09/06/2017).
equivalente a 180 (cento e oitenta) UFIR por selo não
u) deixar o contribuinte de registrar os eventos da devolvido;
manifestação do destinatário nas Notas Fiscais Eletrônicas
k) extravio, pelo contribuinte, de documento fiscal, de selo
quando a este destinadas, na forma e nos prazos previstos
fiscal, de formulário contínuo, de Formulário de Segurança
na legislação: multa equivalente a 5 (cinco) UFIRCEs por Nota
(FS) ou de Formulário de Segurança de Documento Auxiliar
Fiscal Eletrônica não manifestada, limitada a 1.000 (mil)
Eletrônico (FS-DA): multa equivalente a 20% (vinte por
UFIRCEs por período de apuração. (Alínea acrescentada pela
cento) do valor arbitrado; na impossibilidade de
Lei Nº 16258 DE 09/06/2017).
arbitramento, multa equivalente a 10 (dez) UFIRCEs por
IV - relativamente a impressos e documentos fiscais: documento extraviado; na hipótese de contribuinte optante
pelo Simples Nacional, nos termos da Lei Complementar
a) falta de aposição do selo fiscal de autenticidade no
Federal nº 123, de 2006, a penalidade será reduzida em 50%
correspondente documento pelo estabelecimento gráfico,
(cinquenta por cento); (Redação da alínea dada pela Lei Nº
conforme estabelecido em Autorização para Impressão de
16258 DE 09/06/2017).
Documentos Fiscais AIDF: multa equivalente a 50
(cinqüenta) UFIR por documento irregular; l) deixar o fabricante de selos fiscais ou o estabelecimento
gráfico autorizado para confecção de documentos fiscais, de
b) efetuar o estabelecimento gráfico aposição indevida de
comunicar ao Fisco alteração contratual ou estatutária, no
selo fiscal de autenticidade em documento fiscal autorizado
prazo estabelecido em regulamento: multa equivalente a
através de AIDF: multa equivalente a 10(dez) UFIR por
350 (trezentas e cinqüenta) UFIR;
documento irregular;

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m) deixar o contribuinte de entregar ao órgão fazendário e-1) falta de transmissão, para a Escrituração Fiscal Digital
competente, na forma e prazo regulamentares, a Guia (EFD), na forma, condições e prazo previstos na legislação,
Informativa de Documentos Fiscais Emitidos ou Cancelados - dos dados relativos ao livro Registro de Controle da
GIDEC-, ou documento que a substitua: multa equivalente a Produção e do Estoque: multa equivalente a 1.200 (mil e
180 (cento e oitenta) UFIR por mês de atraso; duzentas) UFIRCEs, reduzida em 50% (cinquenta por cento)
no caso de empresas optantes pelo Simples Nacional; (Alínea
n) omissão ou indicação incorretas de dados informados na
acrescentada pela Lei Nº 16258 DE 09/06/2017).
GIDEC ou documento que a substitua: multa equivalente a
90 (noventa) UFIR por documento. f) (Revogado)
o) emitir documento fiscal com destaque do imposto em g) deixar de informar na EFD as informações relativas a
operações ou prestações isentas ou não tributadas, com documentos fiscais denegados ou cancelados: multa
vedação do destaque do imposto, e naquelas com redução equivalente a 1 (uma) UFIRCE por documento fiscal; (Alínea
de base de cálculo, relativamente à parcela reduzida: multa acrescentada pela Lei Nº 16258 DE 09/06/2017).
equivalente a uma vez o valor do imposto destacado, salvo
VI - faltas relativas à apresentação de informações
se este tiver sido recolhido pelo emitente; (Redação da
econômico-fiscais:
alínea dada pela Lei Nº 16258 DE 09/06/2017).
a) deixar o contribuinte, na forma e prazos regulamentares,
p) (Revogado)
de entregar ao Fisco os documentos que esteja obrigado a
q) (Revogado) remeter, em decorrência da legislação: multa equivalente a
90 (noventa) Ufirces por documento; (Redação dada à alínea
r) vender, adquirir, transferir ou utilizar Formulário de
pela Lei nº 13.418, de 30.12.2003, DOE CE de 30.12.2003)
Segurança (FS) ou Formulário de Segurança de Documento
Auxiliar Eletrônico (FS-DA) sem autorização do Fisco: multa b) (Revogado)
equivalente a 10 (dez) UFIRCEs por formulário; (Alínea
c) deixar o contribuinte, na forma e prazos regulamentares,
acrescentada pela Lei Nº 16258 DE 09/06/2017).
de entregar ao Fisco as Demonstrações Contábeis a que
s) deixar de transmitir o documento fiscal emitido em esteja obrigado, por força da Lei nº 6.404 , de 15 de
contingência ou de obter a autorização do Fisco, quando dezembro de 1976 (Lei das Sociedades Anônimas), ou outra
exigida pela legislação: multa de 20% (vinte por cento) sobre que a substituir: multa equivalente a 3.000 (três mil)
o valor da operação ou prestação indicada no respectivo UFIRCEs; (Redação da alínea dada pela Lei Nº 16258 DE
documento fiscal; (Alínea acrescentada pela Lei Nº 16258 DE 09/06/2017);
09/06/2017).
d) deixar o contribuinte, quando enquadrado no regime de
V - relativamente aos livros fiscais: microempresa e microempresa social, de entregar ao Fisco a
Guia de Informação Anual de Microempresa - GIAME, ou
a) inexistência de livros fiscais ou contábeis, quando exigidos
outra que venha a substituí-la: multa equivalente a 250
pela legislação, exceto os livros fiscais eletrônicos
(duzentas e cinqüenta) Ufirces por documento; (Alínea
transmitidos ao Fisco: multa equivalente a 600 (seiscentas)
acrescentada pela Lei nº 13.418, de 30.12.2003, DOE CE de
UFIRCEs por livro; (Redação da alínea dada pela Lei Nº 16258
30.12.2003)
DE 09/06/2017).
(Redação da alínea dada pela Lei Nº 16258 DE 09/06/2017):
b) atraso de escrituração dos livros fiscais ou contábeis,
quando exigidos pela legislação, exceto os livros fiscais e) deixar o contribuinte, na forma e nos prazos
eletrônicos transmitidos ao Fisco: multa equivalente a 60 regulamentares, de transmitir a Escrituração Fiscal Digital
(sessenta) UFIRCEs por livro e período de apuração; (EFD), a Declaração de Informações Econômico Fiscais (DIEF)
(Redação da alínea dada pela Lei Nº 16258 DE 09/06/2017). ou outro documento que venha a substituí-la: multa
equivalente a:
c) (Revogada pela Lei nº 13.418, de 30.12.2003, DOE CE de
30.12.2003) 1. 500 (quinhentas) UFIRCEs por período de apuração,
quando se tratar de contribuinte inscrito no Regime Normal
d) extravio, perda ou inutilização de livro fiscal ou contábil:
de recolhimento;
multa equivalente a 800 (oitocentas) UFIRCEs por livro;
(Redação da alínea dada pela Lei Nº 16258 DE 09/06/2017). 2. 150 (cento e cinquenta) UFIRCEs por período de apuração,
quando se tratar de contribuinte inscrito nos demais regimes
e) inexistência, perda, extravio ou não escrituração do
de recolhimento, inclusive quando optante do Simples
Inventário de Mercadorias no livro Registro de Inventário,
Nacional, nos termos da Lei Complementar Federal nº 123,
inclusive o seu não registro na DIEF ou na Escrituração Fiscal
de 14 de dezembro de 2006;
Digital, no prazo previsto: multa equivalente a 1.200 (mil e
duzentas) UFIRCEs, reduzida em 50% (cinquenta por cento) f) deixar o importador de apresentar ao Fisco a
no caso de empresas optantes pelo Simples Nacional; documentação comprobatória de extinção do Regime
(Redação da alínea dada pela Lei Nº 16258 DE 09/06/2017). Aduaneiro Especial de Admissão Temporária ou de sua
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prorrogação antes do término do referido regime, nos 1. 4.000 (quatro mil) UFIRCEs por equipamento, quando se
termos previstos na legislação: multa equivalente a 400 tratar de contribuinte inscrito no Regime Normal de
(quatrocentas) UFIRCEs por regime não apresentado ao Recolhimento;
Fisco; (Alínea acrescentada pela Lei Nº 16258 DE
2. 2.000 (duas mil) UFIRCEs por equipamento, quando se
09/06/2017).
tratar de contribuinte inscrito no Regime de Empresa de
g) deixar o estabelecimento remetente de comprovar a Pequeno Porte (EPP);
efetiva exportação de mercadoria ou bem remetido para
3. 500 (quinhentas) UFIRCEs por equipamento, quando se
terceiros com esse fim específico, na forma e nos prazos
tratar de contribuinte inscrito no Regime de Microempresa;
previstos na legislação: multa equivalente a 100 (cem)
UFIRCEs por operação, limitada a 1.000 (mil) UFIRCEs por (Redação da alínea dada pela Lei Nº 16258 DE 09/06/2017):
período de apuração; (Redaçaõ da alínea dada pela Lei Nº
f) extraviar ou inutilizar equipamento de uso fiscal
16735 DE 26/12/2018).
autorizado pelo Fisco, multa equivalente a:
h) deixar o importador de apresentar ao Fisco a
1. 400 (quatrocentas) UFIRCEs por equipamento, quando se
documentação comprobatória de exoneração do ICMS
tratar de contribuinte inscrito no Regime Normal de
Importação em decorrência de Regime Especial de
Recolhimento;
Drawback, na forma e nos prazos previstos na legislação:
multa equivalente a 300 (trezentas) UFIRCEs por importação 2. 200 (duzentas) UFIRCEs por equipamento, quando se
realizada com base no referido regime. (Alínea acrescentada tratar de contribuinte inscrito no Regime de Empresa de
pela Lei Nº 16258 DE 09/06/2017). Pequeno Porte (EPP);
VII - faltas relativas ao uso irregular de equipamento de uso 3. 50 (cinquenta) UFIRCEs por equipamento, quando se
fiscal: tratar de contribuinte inscrito no Regime de Microempresa;
a) deixar de emitir, nas hipóteses previstas na legislação, ou g) utilizar programas aplicativos, teclas ou funções que
ainda extraviar, omitir, bem como emitir de forma ilegível permitam o registro de vendas sem a impressão
documento fiscal de controle, dificultando a identificação de concomitante do cupom fiscal: multa equivalente a 450
seus registros, na forma e prazos regulamentares: multa (quatrocentas e cinqüenta) Ufirces por equipamento;
equivalente a 5 (cinco) UFIRCEs por documento; (Redação da (Redação dada à alínea pela Lei nº 13.418, de 30.12.2003,
alínea dada pela Lei Nº 16258 DE 09/06/2017); DOE CE de 30.12.2003)
b) utilizar equipamento de uso fiscal sem a devida h) deixar de escriturar o Mapa Resumo ECF: multa
autorização do Fisco: multa equivalente a 800 (oitocentas) equivalente a 5 (cinco) Ufirces por documento não
UFIRCEs por equipamento; (Redação da alínea dada pela Lei escriturado; (Redação dada à alínea pela Lei nº 13.418, de
Nº 16258 DE 09/06/2017); 30.12.2003, DOE CE de 30.12.2003)
c) utilizar ou manter no estabelecimento equipamento de i) utilizar dispositivo ou programa aplicativo que permita
uso fiscal deslacrado, com lacre violado, danificado ou omitir ou reduzir os valores registrados ou acumulados em
aposto de forma a possibilitar o acesso aos dispositivos por equipamento de uso fiscal: multa equivalente a 2 (duas)
ele assegurados: multa equivalente a 200 (duzentas) vezes o valor do imposto calculado com base na média
UFIRCEs por equipamento; (Redação da alínea dada pela Lei aritmética das vendas brutas registradas nos demais
Nº 16258 DE 09/06/2017); equipamentos de uso fiscal autorizados para o
estabelecimento ou, na impossibilidade desse cálculo, multa
d) utilizar ou manter no estabelecimento equipamento de
equivalente a 40% (quarenta por cento) do faturamento
uso fiscal sem afixação da etiqueta de identificação relativa
bruto auferido pelo estabelecimento; (Redação da alínea
à autorização de uso do equipamento, ou estando ela
dada pela Lei Nº 16258 DE 09/06/2017);
danificada ou rasurada: multa equivalente a 50 (cinquenta)
UFIRCEs por equipamento; (Redação da alínea dada pela Lei j) retirar do estabelecimento equipamento de uso fiscal sem
Nº 16258 DE 09/06/2017); prévia autorização do Fisco, exceto no caso de remessa a
estabelecimento autorizado a intervir no equipamento:
e) utilizar ou manter no recinto de atendimento ao público,
multa equivalente a 2.000 (duas mil) UFIRCEs por
sem a devida autorização do Fisco, equipamento diverso
equipamento; (Redação da alínea dada pela Lei Nº 16258 DE
daquele de uso fiscal, que processe ou registre dados
09/06/2017);
referentes a operações com mercadorias ou prestações de
serviços, ou, ainda, que possibilite emitir cupom ou k) remover memória fiscal ou outro dispositivo equivalente
documento que possa ser confundido com Cupom Fiscal ou que contenha o software básico de equipamento de uso
Cupom Fiscal Eletrônico (CF-e), multa equivalente a: fiscal, em desacordo com o previsto na legislação, que
interfira em seu regular funcionamento: multa equivalente a
4.000 (quatro mil) UFIRCEs por equipamento; (Redação da
alínea dada pela Lei Nº 16258 DE 09/06/2017);
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l) deixar de proceder à atualização da versão do software perda do credenciamento: multa equivalente a 30.000
básico homologada ou registrada por meio de parecer ou ato (trinta mil) UFIRCEs; sendo constatada por qualquer meio
da Comissão Técnica Permanente do ICMS (COTEPE/ICMS), idôneo, inclusive auto de infração, a redução ou a supressão
na forma e prazos previstos na legislação: multa equivalente de tributo de contribuinte ou responsável mediante
a 300 (trezentas) UFIRCEs por equipamento; (Redação da utilização da ferramenta desenvolvida ou comercializada, a
alínea dada pela Lei Nº 16258 DE 09/06/2017); multa será equivalente a 100% (cem por cento) do montante
do imposto reduzido ou suprimido; (Alínea acrescentada
m) (Revogado)
pela Lei Nº 16258 DE 09/06/2017);
n) possuir ou manter equipamento para emissão de
p) suprimir ou reduzir tributo de contribuinte ou
comprovante de pagamento efetuado por meio de cartão de
responsável, constatado por qualquer meio idôneo,
crédito, de débito ou similar, autorizado para uso em outro
mediante utilização da ferramenta desenvolvida ou
estabelecimento, ainda que da mesma empresa, ou
comercializada a que se refere a alínea "o": multa
autorizado para pessoa física, ou que não esteja
equivalente a uma vez do valor do imposto reduzido ou
devidamente adaptado à obrigatoriedade de utilização do
suprimido; (Alínea acrescentada pela Lei Nº 16258 DE
Integrador Fiscal: multa equivalente a:
09/06/2017);
1. 2.000 (duas mil) UFIRCEs por equipamento, sem prejuízo
q) deixar de utilizar o contribuinte Módulo Fiscal Eletrônico
da apuração do imposto devido, quando se tratar de
(MFE), ou utilizá-lo em desacordo com as especificações
contribuinte inscrito no Regime Normal de Recolhimento;
técnicas adotadas pela legislação pertinente: multa
2. 1.500 (mil e quinhentas) UFIRCEs por equipamento, sem equivalente a 1.500 (mil e quinhentas) UFIRCEs por
prejuízo da apuração do imposto devido, quando se tratar de equipamento; (Alínea acrescentada pela Lei Nº 16258 DE
contribuinte inscrito no Regime de Empresa de Pequeno 09/06/2017);
Porte (EPP);
r) utilizar o contribuinte serviços de empresas que prestem
3. 1.000 (mil) UFIRCEs por equipamento, sem prejuízo da serviço de sistema de automação comercial ou de
apuração do imposto devido, quando se tratar de instituições financeiras que possibilitem transações de
contribuinte inscrito no Regime de Microempresa; pagamento com cartão de crédito ou qualquer outro meio
eletrônico que não tenham credenciamento perante a
n.1) utilizar equipamento para emissão de comprovante de
Secretaria da Fazenda, multa equivalente a:
pagamento efetuado por meio de cartão de crédito ou de
débito, ou similar, sem a devida emissão do documento fiscal 1. 3.000 (três mil) UFIRCEs quando se tratar de contribuinte
respectivo: multa equivalente a 30% (trinta por cento) do inscrito no Regime Normal de recolhimento;
valor da operação ou prestação; (Subalínea acrescentada
2. 1.500 (mil e quinhentas) UFIRCEs quando se tratar de
pela Lei Nº 16258 DE 09/06/2017).
contribuinte inscrito nos demais regimes de recolhimento;
(Subalínea acrescentada pela Lei Nº 16735 DE 26/12/2018):
s) utilizar o Módulo Fiscal Eletrônico (MFE) ativado em nome
n.2) utilizar-se de meios de pagamento eletrônico que de outro estabelecimento do mesmo ou de outro
processem pagamentos efetuados por meio de cartão de contribuinte: multa equivalente a 500 (quinhentas) UFIRCEs
crédito, de débito ou similar, cujas transações financeiras por equipamento MFE utilizado indevidamente; (Alínea
sejam destinadas a outros estabelecimentos, ainda que da acrescentada pela Lei Nº 16258 DE 09/06/2017);
mesma empresa, ou a pessoas físicas, ou que não esteja
t) utilizar com o Módulo Fiscal Eletrônico (MFE) componente
devidamente adaptado à obrigatoriedade de utilização do
de comunicação diverso do estabelecido pela legislação
Integrador Fiscal: multa equivalente a:
pertinente: multa equivalente a 30% (trinta por cento) das
1. 2.000 (duas mil) UFIRCEs por período de apuração, sem operações ou prestações discriminadas no MFE nos últimos
prejuízo da apuração do imposto devido, quando se tratar de 12 (doze) meses anteriores ao período fiscalizado, reduzida
contribuinte inscrito no Regime Normal de Recolhimento; em 50% (cinquenta por cento) no caso de empresas optantes
pelo Simples Nacional; (Alínea acrescentada pela Lei Nº
2. 1.500 (mil e quinhentas) UFIRCEs por período de apuração,
16258 DE 09/06/2017);
sem prejuízo da apuração do imposto devido, quando se
tratar de contribuinte inscrito no Regime de Empresa de VII-A - faltas relativas à utilização irregular de equipamento
Pequeno Porte (EPP); de uso fiscal, de responsabilidade da empresa fabricante ou
da credenciada a intervir em equipamento: (Redação dada
3. 1.000 (mil) UFIRCEs por período de apuração, sem prejuízo
pela Lei nº 13.975, de 14.09.2007, DOE CE de 28.09.2007)
da apuração do imposto devido, quando se tratar de
contribuinte inscrito no Regime de Microempresa; a) remover EPROM ou outro dispositivo equivalente, que
contém o software básico ou a memória fiscal de
o) desenvolver ou comercializar ferramentas de automação
equipamento de uso fiscal, em desacordo com o previsto na
comercial que estabeleçam regras tributárias automatizadas
legislação: multa equivalente a 5.000 (cinco mil) Ufirces por
em desconformidade com a legislação, sem prejuízo da
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equipamento, sem prejuízo da instauração de processo b) (Revogado)


administrativo, com vista à suspensão ou cassação do
c) (Revogado)
credenciamento;
d) (Revogado)
b) habilitar tecla ou função vedadas ou não autorizadas ou
alterar hardware ou software de equipamento de uso fiscal, e) deixar de manter, pelo prazo decadencial, o arquivo
em desacordo com a legislação, parecer ou ato da eletrônico com registro fiscal dos documentos emitidos por
COTEPE/ICMS: multa equivalente a 5.000 (cinco mil) Ufirces, qualquer meio, referente à totalidade das operações de
sem prejuízo da instauração de processo administrativo, com entrada e de saída e das aquisições e prestações de serviço
vista à suspensão ou cassação do credenciamento; realizadas no exercício de apuração, nos prazos, condições e
padrão previstos na legislação: multa equivalente a 2% (dois
c) manter adulterados os dados acumulados no Totalizador
por cento) do valor das operações de saída, limitada a 1.000
Geral - GT, ou na memória fiscal do equipamento ou
(mil) UFIRCEs por período; (Redação da alínea dada pela Lei
contribuir para adulteração destes: multa equivalente a
Nº 16258 DE 09/06/2017);
5.000 (cinco mil) Ufirces, sem prejuízo da instauração de
processo administrativo, com vista à suspensão ou cassação f) vender, adquirir ou utilizar formulário de segurança, sem
do credenciamento; prévia autorização do Fisco: multa equivalente a 90
(noventa) Ufirces por formulário, aplicável tanto ao
d) deixar de lacrar, lacrar de forma irregular ou retirar o lacre
fabricante quanto ao usuário;
de equipamento de uso fiscal nas hipóteses não previstas na
legislação, ou liberá-lo para uso, sem observância dos g) emitir documentos fiscais em formulário contínuo ou de
requisitos legais: multa equivalente a 1.000 (uma mil) Ufirces segurança, que não contenham numeração tipográfica:
por equipamento; multa equivalente a 10 (dez) Ufirces por documento;
e) deixar de devolver ao Fisco o estoque de lacres não h) deixar de imprimir em código de barras os dados exigidos
utilizados, ou de entregar os Atestados de Intervenção não na legislação pertinente, quando da utilização do formulário
utilizados, nas hipóteses de baixa de CGF, cessação de de segurança: multa equivalente a 10 (dez) Ufirces por
atividade ou descredenciamento: multa equivalente a 10 formulário;
(dez) Ufirces por lacre não devolvido ou documento não
i) deixar o fabricante do formulário de segurança de
entregue;
comunicar ao Fisco, na forma e prazo regulamentares, a
f) (Revogado) numeração e seriação de cada lote fabricado: multa
equivalente a 1.000 (uma mil) Ufirces por lote não
g) (Revogado)
informado;
h) deixar de comunicar ao Fisco a saída de equipamento de
j) deixar o fabricante do formulário de segurança de enviar
uso fiscal para outro estabelecimento, exceto no caso de
ao Fisco, na forma e prazo determinados em legislação, as
remessa para conserto ao fabricante ou importador, bem
informações referentes às transações comerciais efetuadas
como o correspondente retorno ao estabelecimento de
com formulário de segurança: multa equivalente a 450
origem: multa equivalente a 200 (duzentas) UFIRCEs por
(quatrocentas e cinqüenta) Ufirces por período não
equipamento. (Redação da alínea dada pela Lei Nº 16258 DE
informado; (Inciso acrescentado pela Lei nº 13.418, de
09/06/2017);
30.12.2003, DOE CE de 30.12.2003)
i) extraviar, antes de sua utilização, lacre de segurança de
o) desenvolver ou comercializar ferramentas de automação
ECF, ou deixar de devolvê-lo ao órgão fazendário
comercial que estabeleçam regras tributárias automatizadas
competente quando de sua inutilização: multa de 50
em desconformidade com a legislação: multa equivalente a
(cinqüenta) Ufirces por lacre não devolvido ou extraviado.
30.000 (trinta mil) Ufirces; sendo constatada, por qualquer
(Alínea acrescentada pela Lei nº 13.633, de 20.07.2005, DOE
meio idôneo, inclusive auto de infração, a redução ou a
CE de 28.07.2005)
supressão de tributo de contribuinte ou responsável
j) deixar o fabricante ou credenciado, ou estabelecimento mediante utilização da ferramenta desenvolvida ou
similar, de informar ao Fisco, na forma e no prazo comercializada, a multa será equivalente a 100% (cem por
estabelecidos na legislação, relação de todos os cento) do montante do imposto reduzido ou suprimido.
equipamentos ECF comercializados no mês anterior: multa (Alínea acrescentada pela Lei Nº 16086 DE 27/07/2016).
de 250 (duzentos e cinqüenta) Ufirces por período não
VIII - outras faltas:
informado. (Alínea acrescentada pela Lei nº 13.975, de
14.09.2007, DOE CE de 28.09.2007) a) (Revogada pela Lei nº 13.418, de 30.12.2003, DOE CE de
30.12.2003)
VII-B - faltas relativas ao uso irregular de sistema eletrônico
de processamento de dados: b) falta de retorno, total ou parcial, dentro dos prazos
regulamentares, do gado enviado para recurso de pasto ou
a) (Revogado)
para fins de exposição em outro Estado: multa equivalente a
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1 (uma) vez o valor do imposto, salvo a existência prévia de l) omitir informações em arquivos eletrônicos ou nestes
depósito, caso em que este será convertido em renda; informar dados divergentes dos constantes nos documentos
fiscais: multa equivalente a 2% (dois por cento) do valor das
c) embaraçar a ação fiscal, quando decorrente da não
operações ou prestações omitidas ou informadas
entrega de livros ou documentos fiscais nos prazos previstos
incorretamente, limitada a 1.000 (mil) UFIRCEs por período
na legislação, previamente solicitados pelo agente do Fisco:
de apuração; (Redação da alínea dada pela Lei Nº 16258 DE
multa equivalente a 900 (novecentas) UFIRCEs; (Redação da
09/06/2017);
alínea dada pela Lei Nº 16258 DE 09/06/2017);
m) deixar a administradora de cartão de crédito ou de
c.1) resistir ou impedir a ação fiscal por qualquer meio ou
débito, ou estabelecimento similar, de entregar, na forma e
forma: multa equivalente a 1.800 (mil e oitocentas) UFIRCEs,
no prazo estabelecidos na legislação, as informações sobre
sem prejuízo dos procedimentos previstos nos arts.83 e 84
as operações ou prestações realizadas por estabelecimentos
desta Lei; (Alínea acrescentada pela Lei Nº 16258 DE
de contribuintes cujos pagamentos sejam feitos por meio de
09/06/2017);
seus sistemas de crédito, débito ou similares: multa de 300
d) faltas decorrentes apenas do não-cumprimento de (trezentas) Ufirces por contribuinte e por período não
formalidades previstas na legislação, para as quais não haja informado. (NR). (Alínea acrescentada pela Lei nº 13.975, de
penalidades específicas: multa equivalente a 200 (duzentas) 14.09.2007, DOE CE de 28.09.2007)
Ufirces; (Redação dada à alínea pela Lei nº 13.418, de
n) perdimento, em favor do Estado, de mercadorias ou bens
30.12.2003, DOE CE de 30.12.2003)
na hipótese de anulação da inscrição de contribuinte na
e) na hipótese de o contribuinte promover o rompimento do forma prevista no art. 73-B desta Lei. (Redação da alínea
lacre previsto no Artigo 83: multa equivalente a 9.000 (nove dada pela Lei Nº 16258 DE 09/06/2017).
mil) UFIR;
§ 1º Considera-se extravio o desaparecimento, em qualquer
f) falta decorrente do não cumprimento de disposições hipótese, de documento fiscal, formulário contínuo,
previstas em Regime Especial de Tributação, Termo de Formulário de Segurança (FS), Formulário de Segurança de
Acordo ou Termo de Credenciamento firmados com a SEFAZ: Documento Auxiliar Eletrônico (FS-DA), selo fiscal,
multa equivalente a 900 (novecentas) UFIRCEs; (Redação da equipamento de uso fiscal ou livro fiscal. (Redação do
alínea dada pela Lei Nº 16258 DE 09/06/2017); parágrafo dada pela Lei Nº 17440 DE 09/04/2021).
g) romper lacre da SEFAZ, aposto pela fiscalização no trânsito § 2º Não se configura a irregularidade a que se refere o § 1º
de mercadorias, sem prévia autorização da autoridade deste artigo nas hipóteses de caso fortuito ou de força maior,
fazendária: multa equivalente a 450 (quatrocentas e devidamente comprovado, ou quando houver a
cinqüenta) UFIR. apresentação dos documentos supostamente extraviados.
(Redação do parágrafo dada pela Lei Nº 16258 DE
h) seccionar a bobina que contém a fita-detalhe, exceto no
09/06/2017).
caso de intervenção técnica que implique necessidade de
seccionamento: multa equivalente a 50 (cinqüenta) Ufirces § 3º O Secretário da Fazenda poderá, conforme se dispuser
por seccionamento; (Redação dada à alínea pela Lei nº em regulamento, excluir a culpabilidade nos casos de
13.418, de 30.12.2003, DOE CE de 30.12.2003) extravio previstos no § 1º deste artigo, exceto quando:
i) deixar o contribuinte usuário de sistema eletrônico de I - a denúncia relativa ao extravio:
processamento de dados, de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), de
a) não for considerada espontânea, nos termos do § 1º do
equipamento ECF ou de MFE de entregar ao Fisco arquivo
art. 125;
eletrônico referente a operações ou prestações ou entregá-
lo em padrão diferente do estabelecido pela legislação ou, b) houver sido apresentada após a baixa de ofício da
ainda, em condições que impossibilitem a leitura dos dados inscrição no CGF do contribuinte, conforme se dispuser em
nele contidos: multa equivalente a 2% (dois por cento) do regulamento;
valor das operações de saída ou prestações de cada período
c) estiver relacionada ao extravio de selo fiscal ou de
irregular, limitada a 1.000 (mil) UFIRCEs por período de
documento fiscal ou formulário contínuo que contenham
apuração; (Redação da alínea dada pela Lei Nº 16258 DE
selos fiscais;
09/06/2017);
d) envolver documento fiscal que permita a transferência de
j) extraviar ou deixar de manter arquivada, por
crédito do imposto nele destacado;
equipamento, durante o prazo decadencial, a bobina que
contém a fita-detalhe, na forma prevista na legislação: multa e) não puder ser acolhida em razão de demais vedações
equivalente a 1% (um por cento) do total do valor das constantes em regulamento.
operações ou prestações registradas no período
II - o sujeito passivo não efetuar o pagamento tempestivo do
correspondente ou do valor arbitrado; (Redação da alínea
ICMS arbitrado, quando for o caso, na forma da legislação.
dada pela Lei Nº 16258 DE 09/06/2017);

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§ 3º-A. A exclusão da culpabilidade por extravio não impede acobertadores de operações ou prestações sujeitas à
o Fisco de realizar ação fiscal concernente ao imposto nos incidência do ICMS.
casos de documentos fiscais emitidos e extraviados, nos
(Redação do parágrafo dada pela Lei Nº 16258 DE
termos previstos em decreto regulamentar. (Parágrafo
09/06/2017):
acrescentado pela Lei Nº 16258 DE 09/06/2017).
§ 10. Na hipótese da alínea "l" do inciso III do caput deste
§ 4º Na hipótese da alínea "k" do inciso IV deste artigo, caso
artigo, observar-se-á o seguinte:
o documento fiscal extraviado seja Nota Fiscal de Venda a
Consumidor ou Bilhete de Passagem, a multa aplicável será I - na hipótese de excesso de mercadorias em relação à
equivalente a 5 (cinco) UFIRCEs por documento. (Redação do quantidade descrita no documento fiscal, a multa será
parágrafo dada pela Lei Nº 16258 DE 09/06/2017). cobrada sobre o valor da quantidade excedente;
§ 5º Relativamente às penalidades previstas nas alíneas "a" II - na hipótese de mercadorias em quantidade inferior à
e "e" do inciso II do caput deste artigo, observar-se-á o descrita no documento fiscal, a multa será cobrada sobre o
seguinte: valor das mercadorias faltantes.
I - se o crédito não tiver sido aproveitado, a multa será § 11. Na hipótese da alínea a do inciso VII, considera-se
reduzida para 10% (dez por cento) do valor do crédito documento fiscal de controle os seguintes documentos:
registrado, sem prejuízo da realização do estorno pelo
I - Redução Z;
contribuinte;
II - Leitura X;
II - se o crédito tiver sido parcialmente aproveitado, a multa
será integral, mas somente incidirá sobre a parcela III - Leitura da Memória Fiscal;
efetivamente utilizada, hipótese em que se exigirá:
IV - Mapa Resumo de Viagem;
a) o pagamento do ICMS que deixou de ser recolhido em
V - Registro de Venda;
razão do aproveitamento parcial do crédito;
VI - Atestado de Intervenção Técnica em ECF. (Parágrafo
b) o estorno do crédito relativo à parcela não aproveitada.
acrescentado pela Lei nº 13.418, de 30.12.2003, DOE CE de
§ 6º Na hipótese do inciso VII do caput deste Artigo, 30.12.2003)
independentemente das penalidades nele previstas, o
§ 12. A penalidade prevista na alínea "m" do inciso III deste
contribuinte ficará obrigado, no prazo assinalado para
artigo será reduzida para 2% (dois por cento) do valor da
defesa do auto de infração, regularizar, junto à SEFAZ, a
operação ou prestação quando o imposto houver sido
utilização de seu equipamento de uso fiscal ou adotar, em
devidamente recolhido e as operações ou prestações
substituição a esta, a emissão de documento fiscal
estiverem regularmente escrituradas nos livros fiscais ou
pertinente.
transmitidas na EFD do sujeito passivo. (Parágrafo
§ 7º Decorrido o prazo de que trata o parágrafo anterior, sem acrescentado pela Lei Nº 16258 DE 09/06/2017).
que o autuado tenha tomado as providências nele indicadas,
Art. 124. Continuarão sujeitos às multas previstas nas alíneas
o servidor fazendário adotará as seguintes providências:
c e e do inciso I do artigo anterior o contribuinte ou
I - lavratura de termo de retenção do equipamento de uso responsável que, por qualquer motivo, apenas recolher o
fiscal em situação irregular; imposto, salvo se, antes de qualquer procedimento fiscal,
recolher os acréscimos moratórios previstos no artigo 61
II - representação ao Secretário da Fazenda para aplicar
desta Lei.
contra o autuado o regime especial de fiscalização previsto
no artigo 96 desta Lei. Art. 125. A responsabilidade é excluída pela denúncia
espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do
§ 7º-A. Constatadas as infrações previstas nas alíneas b a e
pagamento do tributo devido e dos acréscimos moratórios,
do inciso VII, poderá o agente do Fisco reter o equipamento
ou do depósito da importância arbitrada pela autoridade
para fins de averiguação dos valores armazenados.
administrativa, quando o montante do tributo dependa de
(Parágrafo acrescentado pela Lei nº 13.418, de 30.12.2003,
apuração.
DOE CE de 30.12.2003)
§ 1º Sem prejuízo de outras hipóteses previstas em
§ 8º Na hipótese de reincidência do disposto na alínea c do
regulamento, não se considera espontânea a denúncia
inciso VIII, a multa será aplicada em dobro a cada prazo
apresentada após o início de ação fiscal, exceto se instaurada
estabelecido e não cumprido, de que tratam os artigos 82 e
especificamente para a apuração de infração não
88 desta Lei.
relacionada ao objeto da denúncia apresentada pelo
§ 9º Para efeito do disposto no inciso VII, entende-se como contribuinte.
equipamento de uso fiscal todo aquele eletromecânico ou
§ 2º Nos casos em que a legislação reconhecer a
eletro-eletrônico utilizado na emissão de documentos fiscais
espontaneidade no cumprimento de obrigações tributárias
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por parte do sujeito passivo, a não aplicação da penalidade Parágrafo único. A penalidade prevista no caput deste artigo
ficará condicionada, quando for o caso, ao saneamento da será reduzida para 1% (um por cento) do valor das operações
irregularidade no prazo de até 10 (dez) dias contados da data ou prestações quando estas estiverem regularmente
em que o sujeito passivo tomar ciência da notificação escrituradas nos livros fiscais ou transmitidas na EFD do
emitida em decorrência de análises e acompanhamentos sujeito passivo.
efetuados pelo Fisco.
SEÇÃO IV
§ 3º O prazo de que trata o § 2º deste artigo aplica-se DOS DESCONTOS NO PAGAMENTO DE MULTAS
também no caso de saneamento espontâneo de
irregularidade constatada por ocasião da análise pelo Fisco Art. 127. Haverá os seguintes descontos no pagamento da
de pedido de alteração cadastral apresentado pelo multa, desde que recolhida com o principal, se este houver:
contribuinte ou responsável. I - se o contribuinte ou responsável renunciar à defesa e
§ 4º Salvo disposição em contrário constante de pagar a multa no prazo desta:
regulamento, o disposto neste artigo não se aplica à a) 79% (setenta e nove por cento) nos casos não
denúncia espontânea relativa ao descumprimento de compreendidos na alínea b deste inciso;
obrigações acessórias.
b) 50% (cinqüenta por cento) nas infrações capituladas nas
§ 5º Nas hipóteses das alíneas "b", "c", "d" e "e" do inciso I alíneas a, b, d e e do inciso I do art. 123, as decorrentes
do § 3º do art. 123, bem como do § 4º deste artigo, caso a exclusivamente de penalidades por descumprimento de
denúncia tenha sido realizada antes do início de ação fiscal, obrigações acessórias e as decorrentes de fiscalizações de
permitir-se-á o pagamento da respectiva multa por meio de trânsito de mercadorias. (Redação dada ao inciso pela Lei nº
DAE, sem a lavratura de auto de infração, com redução de 13.418, de 30.12.2003, DOE CE de 30.12.2003)
até 70% (setenta por cento) do valor efetivamente devido
nos termos da legislação, conforme se dispuser em II - de 30% (trinta por cento) se o contribuinte ou responsável
regulamento. renunciar, expressamente, ao recurso para o Conselho de
Recursos Tributários, desde que pague a multa no prazo
§ 6º O sujeito passivo perderá o direito à redução deste;
especificada no § 5º deste artigo caso não efetue o
pagamento tempestivo da multa, devendo ser lavrado o III - de 20% (vinte por cento) se o contribuinte ou responsável
respectivo auto de infração para aplicação da penalidade recolher a multa no prazo de liquidação fixado na intimação
cabível, salvo disposição em contrário constante da da decisão condenatória do Conselho de Recursos
legislação. Tributários.

§ 7º O reconhecimento da espontaneidade ficará Parágrafo único. Na hipótese do pagamento do débito


condicionado, quando for o caso, ao pagamento do ICMS através da modalidade de parcelamento, a aplicação dos
arbitrado na forma da legislação, que deverá ser recolhido descontos será feita na forma abaixo especificada:
no prazo de até 10 (dez) dias, contados da data em que o I - quando o devedor renunciar, expressamente, à
sujeito passivo tomar ciência da notificação para pagamento impugnação e requerer o parcelamento, pagando a primeira
decorrente da análise efetuada pelo Fisco da denúncia prestação no prazo regulamentar:
espontânea.
a) na primeira prestação do débito parcelado:
§ 8º Ato normativo do Chefe do Poder Executivo poderá:
1. 79% (setenta e nove por cento) nos casos não
I - delegar aos servidores da SEFAZ integrantes do Grupo compreendidos no item 2 desta alínea.
Tributação, Arrecadação e Fiscalização - TAF a análise de
processos envolvendo denúncia espontânea do 2. 50% (cinqüenta por cento) nas infrações capituladas nas
cometimento de infrações, inclusive quando relacionados alíneas a, b, d e e do inciso I do art. 123, as decorrentes
com pedidos de exclusão de culpabilidade referentes ao exclusivamente de penalidades por descrumprimento de
disposto no § 3º do art. 123; obrigações acessórias e as decorrentes de fiscalizações de
transito de mercadorias. (Redação dada à alínea pela Lei nº
II - estabelecer disposições complementares ao disposto 13.418, de 30.12.2003, DOE CE de 30.12.2003)
neste artigo.
b) 40% (quarenta por cento) da multa inclusa nas prestações
Art. 126. As infrações decorrentes de operações com seguintes, aplicável somente aos parcelamentos realizados
mercadoria ou prestações de serviços tributados pelo regime até o limite de 6 (seis) parcelas;
de substituição tributária cujo imposto já tenha sido retido,
bem como as amparadas por não incidência ou c) 30% (trinta por cento) da multa inclusa nas prestações
contempladas com isenção incondicionada, ficam sujeitas à seguintes, aplicável somente aos parcelamentos realizados
multa de 10% (dez por cento) sobre o valor da operação ou até o limite de 12 (doze) parcelas;
prestação.

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II - quando o contribuinte renunciar expressamente ao da penalidade prevista no art. 123, inciso III, alínea "b", itens
recurso perante o Conselho de Recursos Tributários e 1 e 2, desta Lei, conforme o caso, com redução de até 90%
requerer parcelamento, pagando a primeira prestação no (noventa por cento), sem a lavratura de auto de infração, na
prazo regulamentar: forma prevista em regulamento. (Artigo acrescentado pela
Lei Nº 17440 DE 09/04/2021).
a) 30% (trinta por cento) da multa inclusa na primeira
prestação do débito parcelado; Art. 127-C. A empresa optante pelo Simples Nacional cujo
valor das despesas pagas, durante o ano-calendário, tenha
b) 20% (vinte por cento) da multa inclusa nas prestações
superado em 20% (vinte por cento) o valor de ingresso de
seguintes, aplicável somente aos parcelamentos realizados
recursos no mesmo período, excluído o ano de início de
até o limite de 6 (seis) parcelas;
atividade, ou quando o valor das aquisições de mercadorias
c) 10% (dez por cento) da multa inclusa nas prestações para comercialização ou industrialização for superior a 80%
seguintes, aplicável somente aos parcelamentos realizados (oitenta por cento) dos ingressos de recursos no mesmo
até o limite de 12 (doze) parcelas; período, excluído o ano de início de atividade, poderá,
através de autorregularização, por meio de DAE, sem a
III - quando, esgotadas as instâncias administrativas, o
lavratura de auto de infração, efetuar o pagamento da
contribuinte requerer o benefício e pagar a primeira
penalidade prevista no art. 123, inciso III, alínea "b", item 2,
prestação no prazo de liquidação fixado na intimação da
desta Lei, com redução de até 70%(setenta por cento), na
decisão condenatória do Conselho de Recursos Tributários:
forma prevista em regulamento. (Artigo acrescentado pela
a) 20% (vinte por cento) da multa inclusa na primeira Lei Nº 17440 DE 09/04/2021).
prestação do débito parcelado;
CAPÍTULO XIV
b) 10% (dez por cento) da multa inclusa nas prestações DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
seguintes, aplicável somente aos parcelamentos realizados
até o limite de 6 (seis) parcelas; Art. 128. É assegurado ao sujeito passivo, por si ou por suas
entidades representativas, o direito de consulta sobre a
c) 5% (cinco por cento) da multa inclusa nas prestações aplicação da legislação relativa aos tributos de competência
seguintes, aplicável somente aos parcelamentos realizados impositiva estadual, como se dispuser em regulamento.
até o limite de 12 (doze) parcelas.
Parágrafo único. Nos casos em que a solução da consulta
Art. 127-A. Nos termos e nas condições definidos em envolva questão juridicamente relevante, que,
regulamento, a multa prevista no art. 123, inciso VI, alínea ultrapassando o interesse subjetivo do consulente, seja
"e", será reduzida em 70% (setenta por cento) nos casos em considerada de interesse geral, poderão ser atribuídos
que o contribuinte, antes do início de ação fiscal, vier a efeitos normativos à resposta ofertada, na forma definida
transmitir, de forma extemporânea, a EFD, ficando em regulamento, hipótese em que vinculará a todos os
dispensada a lavratura de auto de infração. contribuintes, bem como os órgãos e agentes fiscais.
§ 1º Por ocasião do cumprimento da obrigação acessória, (Parágrafo acrescentado pela Lei Nº 16735 DE 26/12/2018).
poderá ser lançada, via sistema informatizado, a multa Art. 129. Não será aplicado selo fiscal de trânsito nos
autônoma de que trata o caput deste artigo, momento em documentos fiscais de pequeno valor econômico, bem como
que será realizada a notificação do lançamento respectivo. naqueles acobertadores de operações ou prestações de
§ 2º Caso o pagamento da multa não seja efetuado no prazo serviços, conforme o disposto em regulamento.
de 30 (trinta) dias, contados da data do cumprimento da Art. 130. O Estado do Ceará deverá prestar assistência
obrigação acessória respectiva, o débito será remetido judicial ao servidor do Grupo Ocupacional Tributação,
diretamente para inscrição em Dívida Ativa, independente Arrecadação e Fiscalização (TAF) da Secretaria da Fazenda,
da lavratura de auto de infração. quando este for parte em ações decorrentes do exercício do
§ 3º Na hipótese do § 2º, não incidirá o desconto de que trata cargo, na forma disposta em regulamento.
o caput na composição do débito. Art. 131. Os servidores a que se refere o artigo anterior,
Art. 127-B. Sem prejuízo da ação fiscal individual, quando for quando em exercício de atividades de fiscalização neste
o caso, na hipótese de autorregularização de diferenças de Estado, poderão portar arma para defesa pessoal.
valores verificadas em operações com cartões de crédito ou Art. 132. O Chefe do Poder Executivo expedirá os atos
de débito, ou similares, existentes entre as informações regulamentares necessários à execução desta Lei.
prestadas ao Fisco pelo contribuinte e as informações
prestadas pelas empresas administradoras de cartões de Parágrafo único. Enquanto não forem expedidos os atos a
crédito, de débito, ou similares, das quais resultem ou não que se refere este artigo, continuam em vigor, no que não
em falta de recolhimento do imposto pela não emissão de colidirem com esta Lei, os atos normativos que
documentos fiscais relacionados com essas operações, o regulamentam a Lei nº 11.530, de 27 de janeiro de 1989, e
contribuinte poderá efetuar o pagamento, por meio de DAE, suas alterações.

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Art. 133. Ficam convalidados os regimes de recolhimento por - Bebidas quentes em geral: uísques, vinhos, sidras,
substituição tributária concedidos na forma prevista na aguardentes e outras bebidas com teor alcoólico;
legislação anterior.
- Biscoitos e bolachas;
Art. 134. Esta Lei entra em vigor a partir de 1º de janeiro de
- Café torrado e moído;
1997, exceto em relação:
- Calçados;
I - ao inciso II do artigo 4º e § 2º do artigo 54, que produzem
efeitos desde 16 de setembro de 1996; - Carne bovina;
II - ao inciso I do § 1º do artigo 49, que produz efeito desde - Carne suína;
1º de novembro de 1996.
- Cerveja, refrigerantes, chope, água, inclusive mineral, gelo,
Art. 135. Revogam-se as disposições seguintes: xarope e concentrado;
I - do artigo 2º ao artigo 127 da Lei nº 11.530, de 27 de janeiro - Cimento;
de 1989;
- Colchões, travesseiros e pillows;
II - a Lei nº 11.532, de 13 de março de 1989;
- Combustíveis derivados ou não de petróleo;
III - o artigo 5º da Lei nº 11.961, de 10 de junho de 1992;
- Contraceptivos;
IV - a Lei nº 12.385, de 09 de dezembro de 1994;
- Disco fonográfico, fita virgem ou gravada;
V - a Lei nº 12.446, de 1º de junho de 1995;
- Energia elétrica;
VII - a Lei nº 12.474, de 21 de julho de 1995;
- Equipamentos de informática;
VIII - a Lei n 12.540, de 27 de dezembro de 1995;
- Escovas e pastas dentifrícias;
PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ, aos 30 de
- Farinha de trigo: aditivada ou acondicionada em
dezembro de 1996.
embalagem de 1kg, a granel ou nos demais tipos de
MORONI BING TORGAN embalagem;
Governador do Estado, em exercício - Filmes fotográficos, cinematográficos e slide;
ALEXANDRE ADOLFO ALVES NETO - Fio e fita dental;
Secretário da Fazenda, em exercício - Fio de algodão, rede e pano de rede;
ANEXO ÚNICO - Fraldas descartáveis ou não;
A QUE SE REFERE O § 4º DO ART.18 DA LEI Nº 12.670, DE - Fumo e seus derivados;
30 DE DEZEMBRO DE 1996
DISCRIMINAÇÃO DOS PRODUTOS - Gado e produtos dele derivados;

- Absorventes higiênicos, de uso interno ou externo; - Gás Natural Industrial;

- Açúcar; - Gás Natural Veicular;

- Agulhas para seringas; - Gasolina automotiva;

- Álcool anidro; - Gasolina de avião;

- Álcool para qualquer fim; - Gêneros alimentícios;

- Aparelho celular; - Instrumentos musicais;

- Artigos de joalheria e de óticas; - Lâmpadas elétricas, reatores e starter;

- Artigos de higiene pessoal e de toucador; - Leite em pó, leite condensado, inclusive os de soja, creme
de leite e café solúvel;
- Artigos em couro;
- Leite longa vida, inclusive o de soja;
- aves, carne de aves e seus derivados. (Acrescentado pela
Lei Nº 17251 DE 27/07/2020). - Lubrificantes, aditivos, agentes de limpeza, anticorrosivos,
desengraxantes, desinfetantes, fluídos, graxas, removedores
- Aviamentos; e óleo de tempero, protetivos e para transformadores, ainda
- Bebida láctea; que não derivados de petróleo, para uso em aparelhos,
equipamentos, máquinas, motores e veículos;
- Bebidas isotônicas e energéticas;
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- Macarrão; - Querosene iluminante;


- Madeira; - Ração para animais domésticos;
- Mamadeiras e bicos para mamadeiras e chupetas; - Refresco, bebida de fruta e bebida de vegetal, inclusive as
bebidas mistas, adicionadas ou não de soja;
- Material elétrico e aparelho elétrico e eletrônico,
eletrodomésticos em geral; - Preparação para higiene bucal e dentária;
- Material de construção; - Seringas;
- Material de limpeza; - Soro e vacina;
- Medicamentos; - Sorvete de qualquer espécie, acessórios e componentes;
- Mistura de farinha de trigo a outros produtos; - Tanques e reservatórios;
- Mistura para bolo e outras pré-misturas; - Tecidos e confecções em geral;
- Móveis e utensílios; - Telhas, cumeeiras, calhas, caixas d’água;
- Navalha, aparelho e lâmina de barbear e isqueiro de bolso - Tintas e vernizes, solvente diluidor ou removedor de tintas
a gás, não recarregável; e vernizes, cera e massa de polir, xadrez e pós-assemelhados,
piche ou pez, impermeabilizantes, aguarrás, secantes
- Petróleo e seus derivados;
preparados, catalisadores, massa: rápida, acrílica, plástica e
- Peças, componentes e acessórios para autopropulsados e de vedação, corantes, tinta em pó e cal hidratada e moída
outros fins; para pintura;
- Perfumaria e cosméticos; - Trigo em grão;
- Picolé; - Veículos automotores.
- Pilhas e baterias elétricas;
Lei Estadual nº 12.023/1992
- Pneumáticos, câmaras-de-ar e protetores de borracha;
- Preparações químicas contraceptivas à base de hormônios Dispõe sobre o Imposto sobre a Propriedade de Veículos
ou de espermicidas; Automotores - IPVA.

- Preservativos; O Governador do Estado do Ceará,

- Produtos destinados a estabelecimentos gráficos; Faço saber que a Assembléia Legislativa decretou e eu
sanciono a seguinte Lei:
- Produtos destinados a supermercados e assemelhados;
Art. 1º O Imposto sobre a Propriedade de Veículos
- Produtos cerâmicos; Automotores - IPVA, devido anualmente, tem como fato
- Produtos de cama e mesa; gerador a propriedade de veículo automotor.

- Produtos destinados a estabelecimentos panificadores; § 1º Ocorre o fato gerador do imposto em 1º (primeiro) de


janeiro de cada exercício.
- Produtos destinados a livrarias;
§ 2º Em se tratando de veículo novo, ocorre o fato gerador
- Produtos destinados a postos de serviços; na data de sua aquisição por consumidor final ou quando da
- Produtos destinados a revendedores não inscritos; incorporação ao ativo permanente.

- Produtos farmacêuticos; § 3º Em se tratando de veículo usado não registrado e não


licenciado neste Estado, ocorre o fato gerador na data da
- Produtos hortifrutícolas: abacaxi, alho, alpiste, ameixa, aquisição, quando não houver comprovação do pagamento
amendoim, batata inglesa, caqui, castanha-do-pará, cebola, do IPVA em outra unidade da Federação.
kiwi, laranja, maçã, maracujá, morango, noz, painço, pera,
pêssego, pimenta-do-reino, tangerina, uva e qualquer § 4º Em se tratando de veículo de procedência estrangeira,
espécie de amêndoa; novo ou usado, para efeito da primeira tributação, ocorre o
fato gerador:
- Produtos siderúrgicos;
I - na data do desembaraço aduaneiro, quando importado
- Provitaminas e vitaminas; por consumidor final;
- Queijo; II - na data da aquisição por consumidor final, quando
- Querosene de aviação; importado por empresa revendedora;

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III - no momento da incorporação ao ativo permanente da § 3º Para os efeitos do inciso II do § 2º deste artigo, equipara-
empresa importadora. se a estabelecimento da empresa locadora neste Estado o
lugar de situação dos veículos mantidos ou colocados à
§ 5º Ocorre também o fato gerador no momento da perda
disposição para locação. (Parágrafo acrescentado pela Lei Nº
da condição que fundamentava a isenção ou a não-
17080 DE 23/10/2019).
incidência.
Art. 3º O imposto não incide sobre os veículos automotores
§ 6º Em se tratando de veículo de propriedade de empresa
de propriedade:
locadora, ocorre o fato gerador:
I - da União, dos Estados, dos Municípios, do Distrito Federal
I - no dia 1º de janeiro de cada ano, em se tratando de veículo
e das respectivas autarquias e fundações instituídas ou
usado, que esteja registrado ou licenciado neste Estado;
mantidas integralmente pelo poder público;
II - na data em que vier a ser locado ou disponibilizado para
II - dos partidos políticos, inclusive suas fundações;
locação no território deste Estado, em se tratando de veículo
usado registrado anteriormente em outro Estado; III - das entidades sindicais dos trabalhadores;
III - na data de sua aquisição para integrar a frota destinada IV - das instituições de educação ou de assistência social que:
à locação neste Estado, em se tratando de veículo novo.
a) não distribuam qualquer parcela do seu patrimônio ou de
§ 7º Na hipótese prevista no inciso II do § 6º deste artigo, não suas rendas, a título de lucro ou participação no seu
se considera ocorrido o fato gerador do imposto quando se resultado;
tratar de veículo disponibilizado temporariamente para
b) não restrinjam a prestação de serviços a associados ou
locação no território deste Estado. (Parágrafo acrescentado
contribuintes;
pela Lei Nº 17080 DE 23/10/2019).
c) apliquem integralmente os seus recursos na manutenção
§ 8º Considera-se disponibilizado temporariamente para
de seus objetivos institucionais no País;
locação neste Estado o veículo que seja objeto de, no
máximo, um contrato de locação que envolva a entrega d) mantenham escrituração de suas receitas em livros
desse veículo ao locatário em território cearense. (Parágrafo revestidos de formalidades capazes de assegurar sua
acrescentado pela Lei Nº 17080 DE 23/10/2019). exatidão.
§ 9º Na hipótese dos incisos II e III do § 6º, o imposto será V - dos templos de qualquer culto.
cobrado proporcionalmente ao período que faltar para
Parágrafo único. A não incidência prevista neste artigo
completar 12 (doze) meses do respectivo
restringe-se aos veículos relacionados com as finalidades da
exercício. (Parágrafo acrescentado pela Lei Nº 17080 DE
instituição ou delas decorrentes.
23/10/2019).
Art. 4º São isentas do pagamento do imposto:
Art. 2º O imposto será devido no local do domicílio do
proprietário do veículo. I - o veículo de propriedade de embaixada, consulado ou
órgão equivalente e de membros ou representantes do
§ 1º O disposto no § 6º do art. 1º aplica-se às empresas
Corpo Diplomático, acreditados junto ao Governo brasileiro;
locadoras de veículos qualquer que seja o seu
(Redação dada ao inciso pela Lei nº 14.559, de 21.12.2009,
domicílio. (Parágrafo acrescentado pela Lei Nº 17080 DE
DOE CE de 28.12.2009)
23/10/2019).
II - as máquinas agrícolas e de terraplenagem;
§ 2º Para os efeitos do disposto no § 1º deste artigo,
considerar-se-á domicílio: III - os veículos destinados à condução de passageiros, desde
que de propriedade de profissional autônomo, registrados
I - o estabelecimento situado no território deste Estado,
na categoria de aluguel - TáXI;
quanto aos veículos automotores que a ele estejam
vinculados na data da ocorrência do fato gerador; IV - o veículo com potência inferior a 50 cilindradas;
II - o estabelecimento onde o veículo estiver disponível para V - o ônibus, inclusive adquirido através de contrato de
entrega ao locatário na data da ocorrência do fato gerador, arrendamento mercantil, seja qual for a sua natureza, e
na hipótese de contrato de locação avulsa; embarcações, quando empregados no serviço público de
transporte coletivo, desde que os estabelecimentos
III - o local do domicílio do locatário ao qual estiver vinculado
proprietários dos bens estejam em situação regular perante
o veículo na data da ocorrência do fato gerador, na hipótese
o Fisco e o Departamento Estadual de Rodagem - DER;
de locação de veículo para integrar sua frota;
(Redação dada ao inciso pela Lei nº 14.559, de 21.12.2009,
IV - o local de qualquer órgão da Administração Pública DOE CE de 28.12.2009)
Estadual de todos os Poderes, quando esse for o locatário.
VI - o veículo de propriedade de pessoa portadora de
deficiência física, visual, mental severa ou profunda, ou
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autista e outras, conforme definido em regulamento. (NR) § 4º a isenção prevista no inciso X do caput deste artigo
(Redação dada ao inciso pela Lei nº 15.066, de 20.12.2011, aplica-se desde 1º de janeiro de 2008, sem autorização para
DOE CE de 27.12.2011) compensação ou restituição de importâncias já
pagas. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 15.066, de
VII - a embarcação pertencente a pescador profissional,
20.12.2011, DOE CE de 27.12.2011).
pessoa física, utilizada na atividade pesqueira artesanal ou
de subsistência, comprovada por entidade representativa da § 5º Compete ao DETRAN-CE remeter à Secretaria da
classe, limitada a um veículo por beneficiário; Fazenda - SEFAZ, anualmente, na forma e nos termos
previstos em regulamento, a relação dos veículos que
VIII - os veículos de uso rodoviário com mais de quinze anos
preencham os requisitos para o gozo do benefício previsto
de fabricação, contados a partir do primeiro mês do exercício
no inciso XI do caput deste artigo. (Redação dada pela Lei Nº
seguinte ao do registro em órgão de trânsito. (Redação dada
15193 DE 19/07/2012).
ao inciso pela Lei nº 12.659, de 27.12.1996, DOE CE de
30.12.1996) § 6º Na hipótese do inciso VI do caput deste artigo, a isenção
do imposto ou, quando recolhido, a sua compensação ou
IX - os veículos movidos a motor elétrico.
restituição, somente se fará se o respectivo processo for
Parágrafo único. (Suprimido pela Lei nº 14.559, de protocolizado no mesmo exercício. (Redação dada pela Lei
21.12.2009, DOE CE de 28.12.2009) Nº 15193 DE 19/07/2012).
X - máquina de terraplenagem, empilhadeira, guindaste e § 7º A isenção de que trata o inciso IX do caput deste artigo
demais máquinas utilizadas na construção civil ou por terá vigência até 31 de dezembro de 2020. (Parágrafo
estabelecimentos industriais ou comerciais, para monte e acrescentado pela Lei Nº 16735 DE 26/12/2018).
desmonte de cargas. (Inciso acrescentado pela Lei nº 15.066,
Art. 5º Verificado pelo Fisco ou autoridade responsável pelo
de 20.12.2011, DOE CE de 27.12.2011)
registro e licenciamento, inscrição ou matrícula do veículo,
XI - os veículos do tipo micro-ônibus, vans e topics, inclusive que o requerente não preenchia ou deixou de preencher as
os adquiridos através de contrato de arrendamento condições exigidas para o gozo da isenção ou não incidência,
mercantil, quando empregados no Serviço Regular e desde que não tenha havido dolo, fraude ou simulação, o
Complementar de Transporte Rodoviário Intermunicipal de interessado será notificado a recolher o imposto devido, na
Passageiros do Estado do Ceará e no Serviço Regular forma do artigo 15, no prazo de 30 (trinta) dias, a contar do
Complementar de Transporte Público Urbano de Passageiros recebimento da notificação fiscal, sob pena de sujeitar-se à
de Fortaleza, desde que estejam em situação regular perante lavratura de Auto de Infração.
o Fisco, o Departamento Estadual de Trânsito - DETRAN-CE,
Art. 6º Aos veículos abaixo discriminados aplicar-se-ão as
e o Departamento Estadual de Rodovias - DER; (Redação do
seguintes alíquotas: (Redação dada pela Lei nº 14.559, de
inciso dada pela Lei Nº 15893 DE 27/11/2015).
21.12.2009, DOE CE de 28.12.2009)
XII - veículos destinados à condução de passageiros desde
I - ônibus, microônibus, caminhões e cavalos mecânicos:
que de propriedade de profissional autônomo registrado na
1,0% (um por cento); (Redação dada ao inciso pela Lei nº
categoria de aluguel - mototaxi; (Inciso acrescentado pela Lei
14.559, de 21.12.2009, DOE CE de 28.12.2009)
Nº 15893 DE 27/11/2015).
II - aeronaves: 2,5% (dois vírgula cinco por cento). (Redação
§ 1º Relativamente à isenção prevista no inciso I do caput
do inciso dada pela Lei Nº 15893 DE 27/11/2015).
deste artigo, em se tratando de veículos de propriedade de
membros ou representantes do Corpo Diplomático, a (Redação do inciso dada pela Lei Nº 15893 DE 27/11/2015):
dispensa do imposto fica limitada a um único veículo por
III - motocicletas, motonetas, ciclomotores e triciclos com
cada membro ou representante. (Parágrafo acrescentado
potência:
pela Lei nº 14.559, de 21.12.2009, DOE CE de 28.12.2009)
a) de até 125 cilindradas, 2,0% (dois por cento);
§ 2º Em relação à isenção prevista nos incisos III e VI do caput
deste artigo, a dispensa do imposto fica limitada a um único b) superior a 125 e até 300 cilindradas, 3,0% (três por cento);
veículo da propriedade do condutor. (Parágrafo
c) superior a 300 cilindradas, 3,5% (três vírgula cinco por
acrescentado pela Lei nº 14.559, de 21.12.2009, DOE CE de
cento);
28.12.2009)
(Redação do inciso dada pela Lei Nº 15893 DE 27/11/2015):
§ 3º As condições para a fruição das isenções previstas neste
artigo deverão ser especificadas em decreto regulamentar, a V - automóveis, camionetas, caminhonetes e utilitários com
ser editado pelo Chefe do Poder Executivo. (Parágrafo potência:
acrescentado pela Lei nº 14.559, de 21.12.2009, DOE CE de
a) de até 100cv, 2,5% (dois vírgula cinco por cento);
28.12.2009)
b) superior a 100cv e até 180cv, 3,0% (três por cento);

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c) superior a 180cv, 3,5 (três vírgula cinco por cento); § 6º Na hipótese de desincorporação de veículos
automotores de que trata o inciso VI do caput deste artigo,
IV-A - embarcações, 3,5% (três vírgula cinco por
sem prejuízo do pagamento do IPVA devido relativamente
cento); (Inciso acrescentado pela Lei Nº 15893 DE
ao exercício em que ocorrer a desincorporação, caberá a
27/11/2015).
cobrança do imposto complementar correspondente à
V - outros veículos automotores não especificados nos diferença entre a alíquota de 1% (um por cento) e as
demais incisos do caput deste artigo, 2,5% (dois vírgula cinco previstas nos incisos III, IV e V do caput, conforme o
por cento). (Redação do inciso dada pela Lei Nº 15893 DE caso. (Redação do parágrafo dada pela Lei Nº 17352 DE
27/11/2015). 14/12/2020).
VI - 1,0% (um por cento) para veículos automotores de § 7º Relativamente ao disposto na alínea "b" do inciso VI do
propriedade de: caput deste artigo, observar-se-á o seguinte:
a) estabelecimentos exclusivamente locadores de veículos, I - o veículo deverá manter todas as características de que
desde que utilizados na atividade de locação; trata o caput do art. 154 da Lei Federal nº 9.503, de 23 de
setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro);
b) pessoa jurídica enquadrada como Centro de Formação de
Condutores (CFC), desde que devidamente credenciada II - não se aplica ao veículo autorizado para utilização
junto ao Departamento Estadual de Trânsito do Ceará eventual na aprendizagem, referido no parágrafo único do
(Detran-CE). art. 154 do Código de Trânsito Brasileiro;
Parágrafo Único. (Suprimido pela Lei nº 13.414, de III - o veículo deverá ser utilizado exclusivamente para fins de
26.12.2003, DOE CE de 29.12.2003, com efeitos a partir de instrução de alunos por instrutor devidamente habilitado
01.01.2004) para o exercício da profissão, na forma da Lei Federal nº
12.302, de 2 de agosto de 2010;
§ 1º Na hipótese de desincorporação de veículo automotor
de propriedade de estabelecimentos exclusivamente IV - a pessoa jurídica deverá possuir credenciamento que a
locadores após a quitação do IPVA no exercício considerado, habilite ao ensino prático de direção veicular ou,
caberá a estes o recolhimento da diferença entre a alíquota cumulativamente, ensino teórico-técnico e prático de
prevista no inciso VI e a prevista nos incisos III, IV e V do direção veicular;
caput deste artigo, proporcionalmente ao período que faltar
V - é extensível até o limite de 15 (quinze) veículos
para completar 12 (doze) meses. (Parágrafo acrescentado
pertencentes à mesma pessoa jurídica".
pela Lei nº 13.414, de 26.12.2003, DOE CE de 29.12.2003,
com efeitos a partir de 01.01.2004) Art. 6º-A A partir de 1º de janeiro de 2021, os veículos
movidos a motor elétrico sujeitar-se-ão a uma alíquota de
§ 2º Para os efeitos do inciso I do caput deste artigo,
0,5% (zero vírgula cinco por cento), a qual será acrescida
entende-se por caminhão o veículo destinado ao transporte
dessa mesma percentagem a cada 1º de janeiro dos
de carga com peso bruto total acima de 3.500 (três mil e
exercícios subsequentes, dentro de cada categoria de
quinhentos) quilogramas. (Redação do parágrafo dada pela
veículo, até alcançar as alíquotas dispostas no art. 6º desta
Lei Nº 16735 DE 26/12/2018).
Lei. (Artigo acrescentado pela Lei Nº 16735 DE 26/12/2018).
§ 3º Os veículos automotores de propriedade de
§ 1º Aos veículos das espécies motocicleta, motoneta,
estabelecimentos exclusivamente locadores, desde que
ciclomotor e triciclo movidos a motor elétrico aplicar-se-á a
utilizados na atividade de locação, aplicar-se-á a alíquota
alíquota de 0,5% (zero vírgula cinco por cento) a partir do
equivalente a 1% (um por cento). (Parágrafo acrescentado
exercício de 2021, a qual será acrescida dessa mesma
pela Lei nº 14.559, de 21.12.2009, DOE CE de 28.12.2009)
percentagem a cada 1º de janeiro dos exercícios
§ 4º Aos veículos de até 125cc, de que trata o inciso III do subsequentes, até alcançar os seguintes limites:
caput deste artigo, aplicar-se-á uma redução de 50%
a) até 3kw de potência: alíquota de 2,0% (dois por cento);
(cinquenta por cento) da alíquota correspondente, para o
exercício de 2010. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº b) superior a 3kw e até 6kw: alíquota de 3,0% (três por
14.559, de 21.12.2009, DOE CE de 28.12.2009) cento);
§ 5º O disposto no § 4º aplica-se a partir do ano de 2011, c) superior a 6kw: alíquota de 3,5% (três vírgula cinco por
desde que não constatado junto ao DETRAN-CE, qualquer cento).
infração registrada no cadastro do veículo, nos últimos 12
§ 2º Aos veículos de que trata a alínea "a" do art. 1º deste
(doze) meses anteriores ao exercício do benefício, conforme
artigo aplicar-se-á uma redução de 50% (cinquenta por
disposto em ato do Secretário da Fazenda. (Parágrafo
cento) da alíquota correspondente, a partir do exercício de
acrescentado pela Lei nº 14.559, de 21.12.2009, DOE CE de
2024, desde que não constatada junto ao Detran-CE
28.12.2009)
qualquer infração registrada no cadastro do veículo nos
últimos 12 (doze) meses anteriores ao exercício do
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benefício". (Parágrafo acrescentado pela Lei Nº 17352 DE V - o estabelecimento vendedor, inclusive concessionário,
14/12/2020). que entregar veículo a consumidor final sem o devido
emplacamento e sem o consequente recolhimento do
Art. 7º A base de cálculo do imposto é o valor corrente do
imposto. (Inciso acrescentado pela Lei Nº 15893 DE
veículo automotor, levando-se em conta os preços
27/11/2015).
praticados no mercado e os divulgados em publicações
especializadas. Parágrafo único. A solidariedade prevista neste artigo não
comporta benefício de ordem.
§ 1º No caso de veículo novo, a base de cálculo será o valor
venal constante da nota fiscal ou do documento que Art. 11. O lançamento do imposto será efetuado mediante
represente a transmissão da propriedade, não podendo o emissão de documento de arrecadação pela Secretaria da
valor ser inferior ao preço de mercado e os divulgados em Fazenda, podendo ser expedido conjuntamente com o
publicações especializadas. licenciamento, registro, inscrição ou matrícula nos órgãos
competentes.
§ 2º Em se tratando de veículo de procedência estrangeira, a
base de cálculo, para efeito do primeiro lançamento, será: Parágrafo único. O imposto devido pelas locadoras
relativamente aos fatos geradores definidos nos incisos II e
I - nas importações realizadas por usuário final, o valor
III do § 6º do art. 1º deverá ser recolhido até o 5º (quinto) dia
constante do documento relativo ao desembaraço
útil do 2º (segundo) mês subsequente ao da ocorrência do
aduaneiro, acrescido dos tributos e demais gravames
fato gerador. (Parágrafo acrescentado pela Lei Nº 17080 DE
devidos pela importação, ainda que não recolhidos pelo
23/10/2019).
importador;
Art. 12. O IPVA resultará da aplicação da alíquota
II - nos demais casos, o preço final de venda efetuado pelo
correspondente sobre a respectiva base de cálculo.
importador.
Parágrafo único. (Suprimido pela Lei nº 12.397, de
§ 3º A Secretaria da Fazenda divulgará tabela em valor
23.12.1994, DOE CE de 23.12.1994)
constante do imposto a ser recolhido, levando em conta a
marca, modelo, espécie e ano de fabricação, bem como a § 1º A Secretaria da Fazenda divulgará no mês de dezembro
forma e os prazos de recolhimento. tabela com valores do imposto no exercício subseqüente.
(Parágrafo acrescentado pela Lei nº 12.397, de 23.12.1994,
§ 4º O registro inicial de veículos automotores, quando feito
DOE CE de 23.12.1994)
a partir do mês de fevereiro, inclusive, determinará uma
relação correspondente a tantos doze avos do valor do § 2º Ocorrendo o pagamento em parcela única, até o prazo
imposto quantos forem os meses vincendos. fixado pela legislação, será concedido desconto de 5% (cinco
por cento) sobre o valor do imposto devido. (Redação dada
Art. 8º A Secretaria da Fazenda dispensará o pagamento do
ao parágrafo pela Lei nº 12.659, de 27.12.1996, DOE CE de
imposto quando ocorrer perda total do veículo por furto,
30.12.1996)
roubo, sinistro ou outro motivo que descaracterize seu
domínio ou posse, segundo normas estabelecidas em § 3º O imposto pago fora do prazo regulamentar será
legislação específica. monetariamente atualizado pelo mesmo indexador utilizado
pelo Governo Federal para atualização de seus débitos
Art. 9º Contribuinte do imposto é o proprietário do veículo
fiscais. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 12.397, de
automotor.
23.12.1994, DOE CE de 23.12.1994)
Art. 10. São responsáveis solidariamente pelo pagamento do
Art. 13. Nenhum veículo será registrado, inscrito ou
imposto e, conforme o caso, pelos acréscimos incidentes:
matriculado perante as repartições competentes sem a
(Redação do caput dada pela Lei Nº 15893 DE 27/11/2015).
prova do pagamento do imposto ou amparado por isenção
I - o adquirente, em relação ao veículo adquirido sem o ou não incidência.
pagamento do imposto do exercício ou exercícios anteriores;
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se
II - o titular do domínio ou o possuidor a qualquer título; igualmente aos casos de inspeção, renovação, vistoria,
transferência, averbação, cancelamento e quaisquer outros
III - o proprietário de veículo automotor que o alienar e não
atos que impliquem alteração no registro, inscrição ou
comunicar a ocorrência ao órgão público encarregado do
matrícula do veículo.
registro e licenciamento, inscrição ou matrícula;
Art. 14. O imposto é vinculado ao veículo, não se exigindo,
IV - o servidor que autorizar ou efetuar o registro e
nos casos de transferência, novo pagamento do imposto já
licenciamento, inscrição, matrícula, inspeção, vistoria ou
solvido neste Estado ou em outra Unidade da Federação,
transferência de veículo de qualquer espécie, sem a prova de
observado, sempre, o respectivo exercício.
pagamento ou do reconhecimento de isenção ou não
incidência do imposto. Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, o comprovante do
pagamento do imposto transmite-se ao novo proprietário do
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veículo para efeito de registro, inscrição, matrícula ou IV - 20% (vinte por cento), se o sujeito passivo liquidar o
averbação de qualquer alteração desses assentamentos. crédito tributário devido antes do ajuizamento da ação de
execução fiscal. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 12.397,
Art. 15. O pagamento espontâneo do imposto feito fora do
de 23.12.1994, DOE CE de 23.12.1994)
prazo regulamentar sujeita-se à atualização monetária de
seu valor, a juros de mora de 1% (um por cento) ao mês ou I - 50% (cinqüenta por cento), se o contribuinte ou
fração de mês, e aos seguintes acréscimos moratórios: responsável renunciar, expressamente, à defesa e pagar a
multa no prazo de 30 (trinta) dias, contados da data da
I - 10% (dez por cento), até 30 (trinta) dias da data prevista
lavratura do auto de infração
para o pagamento;
II - 40% (quarenta por cento), se o contribuinte ou
II - 15% (quinze por cento), de 31 (trinta e um) a 60 (sessenta)
responsável renunciar, expressamente, ao recurso para o
dias;
Conselho de Recursos Tributários, desde que pague a multa
III - 20% (vinte por cento), depois de 60 (sessenta) dias. no prazo de 30 (trinta) dias, contados da data da recepção da
intimação;
Parágrafo único. Os juros de mora e os acréscimos
moratórios de que trata este artigo serão calculados sobre III - 30% (trinta por cento), se o contribuinte ou responsável
valores atualizados monetariamente. recolher a multa no prazo de liquidação fixado na intimação
da decisão condenatória do Conselho de Recursos
Art. 16. A inobservância dos dispositivos desta Lei sujeitará o
Tributários;
infrator às seguintes penalidades:
IV - 20% (vinte por cento), se o contribuinte ou responsável
I - a ocorrência de fraude, dolo ou simulação no
recolher a multa antes do ajuizamento da execução do
preenchimento do documento de arrecadação, de
crédito tributário.
reconhecimento de isenção ou não incidência: multa de 5%
(cinco por cento) do valor venal do veículo, sem prejuízo do Parágrafo único. Condiciona-se o benefício ao pagamento
pagamento do imposto; integral do imposto devido."
II - demais infrações: multa de 100% (cem por cento) do valor Art. 18. Aplicam-se ao IPVA, no que couber, as disposições
do imposto, sem prejuízo do pagamento deste. da Lei nº 11.530, de 18 de janeiro de 1989.
§ 1º As infrações serão apuradas de acordo com as Art. 19. Do produto da arrecadação do imposto, inclusive os
formalidades processuais específicas, não se podendo acréscimos moratórios correspondentes, 50% (cinqüenta
aplicar penalidade senão através da autuação competente. por cento) constituirão receita do Estado e 50% (cinqüenta
por cento) do município onde estiver licenciado, inscrito ou
§ 2º As penalidades previstas no artigo são impostas por
matriculado o veículo.
exercício, cumulativamente.
Parágrafo único. A Secretaria da Fazenda providenciará o
§ 3º A empresa locadora que, quando obrigada, deixar de
estorno da importância indevidamente repassada ao
fornecer documentos ou de prestar informações, ou prestá-
município, em função da repartição do indébito.
las de forma inexata ou incompleta, nos termos do art. 20-A,
fica sujeita à aplicação de multa correspondente a 50 Art. 20. A Secretaria da Fazenda poderá firmar convênios
(cinquenta) UFIRCEs por veículo, sem prejuízo do pagamento com o Departamento Estadual de Trânsito - DETRAN e com
do imposto, quando devido. (Parágrafo acrescentado pela órgãos dos Ministérios da Marinha e da Aeronáutica para
Lei Nº 17080 DE 23/10/2019). efeito de controle e cadastramento dos automóveis, das
embarcações e das aeronaves, visando a tributação dos
Art. 17. As multas previstas no artigo anterior serão
referidos veículos.
reduzidas nos seguintes percentuais:
Art. 20-A. A empresa locadora de veículos que operar neste
I - 50% (cinquenta por cento), se o sujeito passivo renunciar
Estado fica obrigada a fornecer a relação de todos os veículos
expressamente à impugnação e liquidar o crédito tributário
que vierem a ser locados ou colocados à disposição para
devido no prazo de vinte dias, contados da data da lavratura
locação neste Estado, inclusive os veículos a que se refere o
do auto de infração;
§ 7º do art. 1º.
II - 40% (quarenta por cento), se o sujeito passivo renunciar,
§ 1º A empresa locadora deverá encaminhar à Secretaria da
expressamente, ao recurso para o Conselho de Recursos
Fazenda, até o dia 10 (dez) de cada mês, a relação dos
Tributários e liquidar o crédito tributário devido no prazo de
veículos cuja propriedade tenha configurado fato gerador do
vinte dias, contados da data da recepção da intimação.
imposto, na forma dos incisos II e III do § 6º do art. 1º,
III - 30 % (trinta por cento), se o sujeito passivo liquidar o relativamente ao mês antecedente.
crédito tributário no prazo fixado na intimação da decisão
§ 2º Para fins de desoneração da cobrança do imposto
condenatória do Conselho de Recursos Tributários;
relativamente aos exercícios subsequentes à ocorrência do
fato gerador, conforme definida nos incisos II e III do § 6º do
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art. 1º, a locadora deverá fornecer à Secretaria da Fazenda,


até o dia 30 de novembro de cada exercício, relação dos Lei Estadual nº 15.812/2015
veículos que não permaneçam à disposição para locação no
Estado do Ceará. Dispõe acerca do Imposto Sobre Transmissão Causa Mortis
E Doação, De Quaisquer Bens Ou Direitos - ITCD.
§ 3º A Secretaria da Fazenda poderá firmar convênios com o
Departamento Estadual de Trânsito - DETRAN e com órgãos O Governador do Estado do Ceará .
de Trânsito Municipais e Federais visando criar no Faço saber que a Assembleia Legislativa decretou e eu
ferramentas para viabilizar a comunicação imediata às sanciono a seguinte Lei:
locadoras das multas de trânsito no âmbito do Estado do
Ceará. CAPÍTULO I
DA COMPETÊNCIA
Art. 20-B. A Secretaria da Fazenda poderá firmar convênios
com os órgãos e as entidades componentes do Sistema Art. 1º O Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação
Nacional de Trânsito para a troca de informações, no - ITCD, compete a este Estado nas seguintes situações:
interesse da Administração Tributária. (Artigo acrescentado I - relativamente a bens imóveis situados em seu território e
pela Lei Nº 17080 DE 23/10/2019). respectivos direitos, na transmissão de propriedade ou
Art. 20-C. Todo aquele a quem forem solicitadas domínio útil;
informações de interesse da fiscalização está obrigado a II - relativamente a bens móveis, títulos e créditos, desde que
prestá-las. nele se tenha processado o inventário ou arrolamento;
§ 1º Os contribuintes e terceiros que tenham informações III - relativamente a bens móveis, títulos e créditos, desde
sobre fatos relacionados ao imposto não poderão embaraçar que nele tenha domicílio o doador.
a ação fiscalizadora e, mediante notificação, serão obrigados
a exibir documentos, guias, impressos ou arquivos Art. 2º Tratando-se de bens, títulos e créditos, o ITCD
magnéticos relacionados à administração e à arrecadação. compete a este Estado quando o donatário, o herdeiro ou o
legatário estiver nele domiciliado, nas hipóteses em que:
§ 2º Os veículos objeto de contrato de locação que
circularem no território deste Estado deverão estar I - o doador resida ou tenha domicílio no exterior;
acompanhados do respectivo contrato de locação, para II - o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou
apresentação à autoridade de trânsito, quando solicitado. teve seu inventário processado fora do país.
Art. 20-D. As disposições desta Lei relativas às empresas CAPÍTULO II
locadoras serão aplicáveis aos veículos de propriedade de
DAS HIPÓTESES DE INCIDÊNCIA
empresas de arrendamento mercantil (leasing) quando o
arrendatário for empresa locadora. (Artigo acrescentado Art. 3º Constitui hipótese de incidência do ITCD a
pela Lei Nº 17080 DE 23/10/2019). transmissão de quaisquer bens ou direitos:
Art. 20-E. A Secretaria da Fazenda poderá fornecer para I - decorrente de sucessão legítima ou testamentária,
instituições financeiras com as quais tenha celebrado inclusive na sucessão provisória, nos termos definidos na Lei
convênio voltado a conferir maior eficiência à arrecadação Federal nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil);
do IPVA informações relativas à base de dados de veículos,
II - mediante doação.
bem como de seus respectivos proprietários, utilizada na
constituição de créditos tributários do imposto, desde que o § 1º Para os efeitos deste artigo, considera-se doação o ato
respectivo convênio contenha cláusula de confidencialidade ou fato em que o doador, por liberalidade, transmitir bem,
que assegure a preservação do sigilo das informações a vantagem ou direito de seu patrimônio ao donatário, que o
serem fornecidas, observado o disposto na Lei Nacional nº aceitará expressa, tácita ou presumidamente, incluindo a
13.709, de 2018. (Artigo acrescentado pela Lei Nº 17362 DE doação efetuada com encargo ou ônus e o adiantamento da
21/12/2020). legítima.
Art. 21. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação. § 2º Nas transmissões de que trata este artigo, ocorrem
tantos fatos geradores distintos quantos forem os herdeiros,
Art. 22. Revogam-se as disposições em contrário,
legatários, donatários e usufrutuários, ainda que o bem ou
especialmente a Lei nº 11.779, de 28 de dezembro de 1990.
direito seja indivisível.
PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ, em
§ 3º Ficam sujeitos à incidência do ITCD a herança e o legado,
Fortaleza, aos 20 de novembro de 1992.
ainda que gravados nos termos da lei civil.
§ 4º Está compreendida na incidência do ITCD a transmissão
de bens e direitos que, na divisão de patrimônio comum, na
partilha ou na adjudicação, forem atribuídos a um dos
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cônjuges, a um dos companheiros, ou a qualquer herdeiro, d) da homologação da partilha ou adjudicação, decorrente


acima do valor da meação ou do respectivo quinhão. de inventário, separação, divórcio ou dissolução de união
estável, em relação aos excedentes de meação e quinhão
§ 5º Haverá nova incidência do imposto quando as partes se
que beneficiar uma das partes;
retratarem de contrato ou qualquer outro instrumento que
importe em transmissão não onerosa, observado o disposto e) da lavratura da escritura pública de partilha ou
no art. 117 do Código Tributário Nacional. adjudicação extrajudicial, decorrente de inventário, divórcio
ou dissolução de união estável, em relação aos excedentes
§ 6º Considera-se também como doação a renúncia, a cessão
de meação e quinhão que beneficiar uma das partes;
não onerosa e a desistência de herança, com identificação
do respectivo beneficiário. f) do arquivamento na Junta Comercial, na hipótese de:
§ 7º Tendo sido feita a renúncia, a cessão não onerosa e a 1. transmissão de quotas de participação em empresas ou do
desistência de herança em favor do monte, e não de alguém patrimônio de empresário individual;
particularmente, não incide o ITCD.
2. desincorporação do patrimônio de pessoa jurídica, que
Art. 4º Sujeita-se à incidência do ITCD a transmissão causa implique em redução de capital social;
mortis ou mediante doação de:
g) da formalização do ato ou negócio jurídico, nos casos não
I - bem imóvel e direitos a ele relativos; previstos nas alíneas "a" a "f" deste inciso.
II - bem móvel, mesmo que representado por título, crédito, Parágrafo único. O disposto na alínea "a" do inciso II do caput
certificado ou registro, inclusive: deste artigo aplica-se, inclusive, na hipótese de doação
declarada no Imposto de Renda.
a) semovente, joia, obra de arte e mercadoria;
Art. 6º Considera-se iniciada a contagem do prazo
b) qualquer título ou direito representativo do patrimônio ou
decadencial, nos termos do art. 173 da Lei Federal nº 5.172,
capital de sociedade e companhia, tal como ação, quota,
de 25 de outubro de 1966 (Código Tributário Nacional), após
quinhão, participação civil ou comercial, nacional ou
a comunicação ao Fisco, pelos respectivos interessados, da
estrangeira, direito societário, debênture e dividendo;
concretização dos fatos geradores previstos no art. 5º desta
c) dinheiro, em moeda nacional ou estrangeira, depósito Lei.
bancário, em conta corrente, em caderneta de poupança e a
CAPÍTULO IV
prazo fixo, quota ou participação em fundo mútuo de ações,
de renda fixa, de curto prazo, e qualquer outra aplicação DA NÃO INCIDÊNCIA
financeira e de risco, seja qual for o prazo e a forma de Art. 7º O ITCD não incide sobre a transmissão causa mortis
garantia; ou por doação:
d) bem incorpóreo em geral, direitos autorais e qualquer I - em que figurem como adquirentes ou beneficiários:
direito ou ação que deva ser exercido;
a) a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;
e) desincorporação de bens e direitos do patrimônio de
pessoa jurídica, que implique redução de capital social, nos b) autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo Poder
termos definidos em regulamento. Público;

CAPÍTULO III c) partido político, inclusive suas fundações;


DO MOMENTO DA OCORRÊNCIA DO FATO GERADOR d) templo de qualquer culto;
Art. 5º Ocorre o fato gerador do ITCD: e) entidade sindical de trabalhadores, instituição de
educação e de assistência social, sem fins lucrativos;
I - quando da transmissão causa mortis, na data da:
II - de livro, jornal, periódico e de papel destinado a sua
a) abertura da sucessão legítima ou testamentária, mesmo
impressão;
no caso de sucessão provisória;
III - de fonogramas e videofonogramas musicais produzidos
b) substituição de fideicomisso;
no Brasil, contendo obras musicais ou literomusicais de
II - quando da transmissão por doação, na data: autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por
artistas brasileiros, bem como os suportes materiais ou
a) da doação, ainda que a título de adiantamento da legítima;
arquivos digitais que os contenham.
b) da instituição de usufruto convencional ou de qualquer
§ 1º O ITCD também não incide:
outro direito real;
I - sobre a transmissão em que o herdeiro ou legatário
c) da renúncia à herança ou ao legado em favor de pessoa
renuncie à herança ou ao legado, somente quando feita sem
determinada;
ressalva ou condição, em benefício do monte, configurando

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renúncia pura e simples e que não tenha o renunciante a) do patrimônio transmitido pelo de cujus ao herdeiro ou
praticado qualquer ato que demonstre aceitação da herança legatário cujo valor do respectivo quinhão ou legado não
ou do legado; ultrapasse 7.000 (sete mil) Ufirces;
II - no recebimento de capital estipulado de seguro de vida II - as transmissões causa mortis ou por doação:
ou pecúlio por morte;
a) imóveis estabelecidos em núcleos oficiais ou reconhecidos
III - na extinção de usufruto ou de qualquer outro direito real pelo Governo, em atendimento à política de redistribuição
que resulte na consolidação da propriedade plena; de terras, e de habitação de interesse social, desde que feita
à pessoa que não seja proprietária de imóvel de qualquer
IV - sobre o fruto e rendimento do bem do espólio havidos
natureza no município da doação;
após o falecimento do autor da herança ou do legado.
b) bens e direitos a associações comunitárias de moradores
§ 2º As hipóteses de não incidência, previstas para as
de habitação de interesse social, atendidas as condições
entidades mencionadas nas alíneas "b" e "d" do inciso I do
estabelecidas nas alíneas "a", "b" e "c" do inciso II do § 3º do
caput deste artigo, aplicam-se às transmissões de bens ou
art. 7º desta Lei.
direitos vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas
decorrentes. c) bens, direitos e dinheiro, em moeda nacional ou
estrangeira, quando destinados ao enfrentamento da
§ 3º A não incidência de que tratam as alíneas "c" e "e" do
pandemia causada pelo Novo Coronavírus (COVID-19),
inciso I do caput deste artigo:
realizadas por pessoas físicas ou jurídicas, ainda que
I - compreende somente bens ou direitos relacionados às recebidos por terceiro para posterior encaminhamento,
finalidades essenciais das entidades ali mencionadas, ou às desde que destinados ao Estado do Ceará. (Alínea
delas decorrentes; acrescentada pela Lei Nº 17193 DE 27/03/2020).
II - condiciona-se à observância dos seguintes requisitos III - a transmissão causa mortis de imóvel rural de área não
pelas entidades nelas referidas: superior a 3 (três) módulos rurais, assim caracterizados na
forma de legislação pertinente, desde que feitas a quem não
a) não distribuir qualquer parcela de seu patrimônio ou de
seja proprietário de imóvel de qualquer natureza.
sua renda, a qualquer título;
IV - transmissão por doação de valores até R$ 50,00
b) aplicar integralmente, no país, os seus recursos na
(cinquenta reais). (Inciso acrescentado pela Lei Nº 17457 DE
manutenção dos seus objetivos institucionais;
30/04/2021).
c) manter escrituração de suas receitas e despesas em livros
Parágrafo único. O valor alcançado pela isenção será
revestidos de formalidades capazes de assegurar sua
deduzido da base de cálculo para fins de aplicação da
exatidão.
alíquota do imposto de que trata esta Lei.
§ 4º O disposto neste artigo não dispensa a prática de atos
CAPÍTULO VI
assecuratórios do cumprimento das obrigações acessórias
quando previstas na legislação tributária alusiva ao ITCD. DA SUJEIÇÃO PASSIVA
SEÇÃO I
§ 5º A não incidência a que se refere à alínea "e" do inciso I DO CONTRIBUINTE
do caput deste artigo aplica-se à instituição de educação ou
de assistência social, sem fins lucrativos, que preste os Art. 9º São contribuintes do ITCD:
serviços para os quais foi instituída e os coloque à disposição I - o herdeiro ou o legatário, na transmissão causa mortis;
da população em geral, em caráter complementar às
atividades do Estado. II - o donatário, na doação;

§ 6º Para os efeitos de aplicação da não incidência a que se III - o beneficiário, na desistência de quinhão ou de direito,
refere a alínea "e" do inciso I do caput deste artigo, as por herdeiro ou legatário;
entidades e as organizações de assistência social deverão IV - o cessionário, na cessão de herança ou de bem ou direito
estar registradas no órgão competente e ser detentoras do a título não oneroso;
respectivo certificado.
V - o fiduciário, na instituição do fideicomisso;
CAPÍTULO V
DAS ISENÇÕES VI - o fideicomissário, na substituição do fideicomisso;

Art. 8º São isentas do ITCD: VII - o beneficiário, na instituição de direito real.

I - a transmissão causa mortis: Parágrafo único. Na hipótese de doação, se o donatário não


residir nem for domiciliado neste Estado, o contribuinte do
imposto será o doador residente ou domiciliado neste
Estado.

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SEÇÃO II II - de 1/3 (um terço) do valor venal do bem, em se tratando


DA RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA dos demais direitos reais.
Art. 10. Nos casos de impossibilidade de exigir do Art. 13. No caso de bem móvel ou direito não abrangido pelo
contribuinte o pagamento do ITCD, respondem disposto nos arts.11 e 12 desta Lei, a base de cálculo é o valor
solidariamente com este nos atos que intervierem ou pelas corrente de mercado do bem, título, crédito ou direito, na
omissões de que forem responsáveis: data da constituição do crédito tributário.
I - o doador, o cedente de bem ou direito, ou, no caso do § 1º Na falta do valor de que trata este artigo, admitir-se-á o
parágrafo único do art. 9º desta Lei, o donatário; que for declarado pelo interessado, ressalvada a revisão do
lançamento pela autoridade competente, nos termos do art.
II - os notários, os registradores, os escrivães e os demais 149 do Código Tributário Nacional - CTN, e do art. 14 desta
servidores do Poder Judiciário, em relação aos atos Lei.
praticados por eles ou perante eles, em razão de seu ofício,
bem como a autoridade judicial que não exigir o § 2º Em se tratando de ações representativas do capital de
cumprimento do disposto nesta Lei; sociedade, a base de cálculo é determinada por sua cotação
média na Bolsa de Valores na data da transmissão, ou na
III - a sociedade empresária, a instituição financeira ou data imediatamente anterior quando não houver pregão ou
bancária e todo aquele a quem caiba a responsabilidade pelo quando estas não tiverem sido negociadas naquele dia,
registro ou pela prática de ato que implique na transmissão regredindo-se, se for o caso, até o máximo de 180 (cento e
de bem móvel ou imóvel e respectivos direitos e ações; oitenta) dias.
IV - o inventariante ou o testamenteiro, em relação aos atos § 3º No caso em que a ação, quota, participação ou qualquer
que praticarem; título representativo do capital de sociedade não tenha sido
V - o titular, o administrador e o servidor dos demais órgãos objeto de negociação nos últimos 180 (cento e oitenta) dias,
ou entidades de direito público ou privado onde se processe admitir-se-á seu valor patrimonial na data da transmissão,
o registro, a anotação ou a averbação de doação; nos termos do regulamento.
VI - qualquer pessoa natural ou jurídica que detenha a posse § 4º Na hipótese em que o capital da sociedade tiver sido
do bem transmitido ou doado; integralizado em prazo inferior a 5 (cinco) anos, mediante
incorporação de bens móveis e imóveis ou de direitos a eles
VII - a pessoa natural ou jurídica que tenha interesse comum relativos, a base de cálculo do imposto não será inferior ao
na situação que constitua o fato gerador da obrigação valor venal atualizado dos referidos bens e direitos.
principal;
Art. 14. O contribuinte ou responsável que discordar do valor
VIII - o doador, na inadimplência do donatário. atribuído pelo Fisco deste Estado poderá impugná-lo
CAPÍTULO VII administrativamente no prazo de até 30 (trinta) dias,
DO CÁLCULO DO IMPOSTO contado a partir da ciência da notificação expedida pelo
SEÇÃO I Fisco, nos termos definidos em regulamento.
DA BASE DE CÁLCULO § 1º Em relação à decisão proferida após análise da
impugnação:
Art. 11. A base de cálculo do ITCD é o valor venal dos bens ou
direitos transmitidos, expresso em moeda nacional. I - sendo indeferida, o contribuinte ou responsável será
notificado para recolher o crédito tributário no prazo de até
§ 1º O valor venal do bem ou do direito transmitido será
30 (trinta) dias, contados a partir do primeiro dia útil
apurado na data da declaração ou da avaliação pelo Fisco
subsequente ao da ciência da notificação;
deste Estado, e atualizado nos termos definidos nesta Lei.
II - sendo deferida, no todo ou em parte, o contribuinte ou
§ 2º O valor venal do bem ou direito transmitido, declarado
responsável será notificado para recolher no prazo de até 30
pelo contribuinte ou responsável, fica sujeito à avaliação
(trinta) dias, contados a partir do primeiro dia útil
pelo Fisco deste Estado.
subsequente ao da ciência da notificação, nos termos da
§ 3º O valor mínimo dos bens e direitos para efeito de base decisão.
de cálculo do ITCD poderá ser estabelecido pelo Fisco deste
§ 2º As disposições constantes deste artigo, inclusive a
Estado por meio de valores de referência, conforme definido
competência para análise da impugnação e do recurso, serão
em regulamento.
regulamentadas pelo Poder Executivo.
Art. 12. Na hipótese de desmembramento da propriedade, a
Art. 15. No caso de sobrepartilha, à base de cálculo original
base de cálculo do ITCD será:
serão acrescentados os novos bens, conforme definido em
I - de 2/3 (dois terços) do valor venal do bem, em se tratando regulamento.
de disposição da nua propriedade;

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SEÇÃO II SEÇÃO II
DAS ALÍQUOTAS DO LANÇAMENTO
Art. 16. As alíquotas do ITCD, considerando-se o valor da Art. 19. O lançamento do ITCD ocorre no momento da
respectiva base de cálculo, são: apuração do tributo pela autoridade fazendária, conforme
definido em regulamento.
I - nas transmissões causa mortis:
Art. 20. São modalidades de lançamento, visando à
a) 2% (dois por cento), até 10.000 (dez mil) Ufirces;
constituição do crédito tributário relativo ao ITCD:
b) 4% (quatro por cento), acima de 10.000 (dez mil) e até
I - lançamento de ofício, mediante intimação formalizada
20.000 (vinte mil) Ufirces;
pelo Fisco, com ou sem lavratura de auto de infração, e
c) 6% (seis por cento), acima de 20.000 (vinte mil) e até regularmente notificada ao contribuinte ou responsável;
40.000 (quarenta mil) Ufirces;
II - lançamento por declaração, efetuado pelo Fisco mediante
d) 8% (oito por cento), acima de 40.000 (quarenta mil) informações prestadas pelo contribuinte ou responsável ou,
Ufirces; conforme o caso, pela autoridade judicial.
II - nas transmissões por doação: III - lançamento, por homologação, nos casos dispostos em
ato do Poder Executivo, para as hipóteses em que o sujeito
a) 2% (dois por cento), até 25.000 (vinte e cinco mil) Ufirces;
passivo tenha o dever de antecipar o pagamento do tributo
b) 4% (quatro por cento), acima de 25.000 (vinte e cinco mil) sem prévio exame da autoridade administrativa. (Inciso
e até 150.000 (cem mil) Ufirces; acrescentado pela Lei Nº 16904 DE 03/06/2019).
c) 6% (seis por cento), acima de 150.000 (cinquenta mil) e até § 1º O lançamento efetuado de ofício poderá ser contestado
250.000 (duzentas e cinquenta mil) Ufirces; pelo contribuinte ou responsável nos termos definidos em
regulamento.
d) 8% (oito por cento), acima de 250.000 (duzentas e
cinquenta mil) Ufirces; § 2º O Fisco poderá desconsiderar o valor declarado pelo
contribuinte ou responsável caso este não seja compatível
Art. 17. A apuração do imposto devido será efetuada
com o valor de mercado, nos termos definidos em
mediante a decomposição em faixas de valores totais dos
regulamento.
bens e direitos transmitidos, que será convertida em Ufirce,
ou outro índice que a substitua, sendo que a cada uma das § 3º O Fisco, mediante processo administrativo regular,
faixas será aplicada a respectiva alíquota. poderá arbitrar o valor da base de cálculo do ITCD nos casos
omissos ou quando não mereçam fé as informações
§ 1º As alíquotas deste imposto serão definidas com base no
prestadas ou os documentos apresentados pelo contribuinte
resultado da soma do valor da totalidade dos bens e direitos
ou responsável ou, ainda, do terceiro obrigado.
transmitidos, inclusive na hipótese de liberação de parte dos
bens do espólio, por meio de autorização ou alvará judicial. Art. 21. O regulamento deverá definir a forma e os prazos
para contestação do valor apurado ou arbitrado pelo Fisco,
§ 2º O imposto de transmissão causa mortis é devido pela
concedendo-se ao contribuinte ou responsável o
alíquota vigente ao tempo da abertura da sucessão, nos
contraditório e a ampla defesa.
termos do art. 1.784 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de
2002, que institui o Código Civil Brasileiro. SEÇÃO III
CAPÍTULO VIII DO RECOLHIMENTO
DA CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO, DO Art. 22. Nas transmissões causa mortis, o imposto deve ser
LANÇAMENTO, DOS PRAZOS DE RECOLHIMENTO E DO recolhido em até 60 (sessenta) dias, contados da notificação,
PARCELAMENTO ao sujeito passivo, pela autoridade fazendária.
SEÇÃO I Parágrafo único. Na hipótese da ocorrência de desistência ou
DA CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO renúncia à herança, o imposto deve ser recolhido no mesmo
Art. 18. Na constituição do crédito tributário relativo ao ITCD, prazo definido no caput deste artigo.
sem prejuízo das normas constantes do Código Tributário Art. 23. Nas transmissões por doação, o imposto deve ser
Nacional (Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1965), observar- recolhido:
se-á o disposto nesta Lei.
I - em até 30 (trinta) dias do seu lançamento pela autoridade
fazendária e antes da lavratura do instrumento público;
II - em até 30 (trinta) dias do trânsito em julgado da sentença
ou antes da lavratura da escritura pública, no caso de
partilha de bem ou divisão do patrimônio comum;

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III - em até 30 (trinta) dias após a lavratura do instrumento e cobrança, salvo se o contribuinte comprovar prejuízo para
particular. sua defesa ou para a lisura do procedimento fiscalizatório.
Art. 24. Nas transmissões formalizadas por quaisquer SEÇÃO II
instrumentos, públicos ou particulares, lavrados fora do DAS INFRAÇÕES
Estado, o imposto deverá ser recolhido em até 60 (sessenta)
dias, contados da lavratura do ato ou contrato ou da ciência Art. 29. Considera-se infração à legislação tributária
do fato pelo Fisco. relacionada com o ITCD toda ação ou omissão, voluntária ou
involuntária, praticada por pessoa física ou jurídica, que
Art. 25. Não tendo o contribuinte recolhido o imposto resulte em descumprimento de obrigação tributária
lançado no prazo previsto nos arts.22, 23 e 24, a autoridade principal ou acessória.
competente inscreverá o crédito tributário na Dívida Ativa
do Estado. Art. 30. As infrações serão apuradas de acordo com as
formalidades processuais específicas, no âmbito
SEÇÃO IV administrativo, com ou sem lavratura de auto de infração,
DO PARCELAMENTO nos termos definidos em regulamento.
Art. 26. O crédito tributário relativo ao ITCD não recolhido Art. 31. Considerando a natureza da infração, as multas
nos prazos regulamentares, inclusive o inscrito em Dívida poderão ser calculadas tendo como base de cálculo:
Ativa do Estado, poderá ser parcelado em até 30 (trinta)
I - o valor do ITCD;
parcelas mensais e sucessivas, desde que o valor de cada
parcela não seja inferior a 50 (cinquenta) Ufirces. II - valor da Ufirce.
§ 1º Aplicam-se ao ITCD, no que couber, as disposições Art. 32. A responsabilidade por infração à legislação
relativas ao parcelamento de ICMS, inclusive quanto à tributária relativa ao ITCD independe da intenção do
competência para a concessão. contribuinte ou responsável, bem como da efetividade,
natureza ou extensão dos efeitos do ato praticado.
§ 2º O parcelamento implicará confissão irretratável e
irrevogável do débito. Parágrafo único. Respondem pela infração todos aqueles
que, em conjunto ou isoladamente, concorram para a sua
CAPÍTULO IX
prática.
DA FISCALIZAÇÃO, DAS INFRAÇÕES E DAS PENALIDADES
SEÇÃO I SEÇÃO III
DA FISCALIZAÇÃO DAS PENALIDADES

Art. 27. A fiscalização do ITCD compete aos servidores do Art. 33. Nas transmissões causa mortis ou por doação, o
Grupo Ocupacional Tributação, Arrecadação e Fiscalização contribuinte ou responsável que recolher o imposto fora dos
da Secretaria da Fazenda, nos termos definidos em prazos legais, antes de qualquer procedimento do Fisco, fica
regulamento. sujeito à multa de 0,15% (zero vírgula quinze por cento) ao
dia, limitada ao total de 15% (quinze por cento).
Parágrafo único. São competentes para designar servidores
para procederem a diligências de fiscalização, objetivando Art. 34. As infrações relacionadas com as transmissões causa
constituir o crédito tributário decorrente do ITCD: mortis são punidas com a aplicação das seguintes
penalidades, sem prejuízo da cobrança do imposto, quando
I - quaisquer dos coordenadores da Coordenadoria de for o caso:
Administração Tributária;
I - multa equivalente a 10% (dez por cento) sobre o valor do
II - exercentes de funções gerenciais na Célula de Execução imposto devido, pelo atraso no requerimento do inventário
da Administração Tributária (CEXAT). ou arrolamento, que deverá dar-se no prazo previsto na
Art. 28. A ação fiscal de que trata o art. 27 desta Lei será legislação processual civil, aumentada para 20% (vinte por
precedida de ato designatório expedido pela respectiva cento) quando o atraso ultrapassar 180 (cento e oitenta)
autoridade competente, devendo ser concluída no prazo dias;
máximo de 90 (noventa) dias, conforme o disposto em II - multa equivalente a 3 (três) vezes o valor do imposto
regulamento. devido, pela falta de seu recolhimento, decorrente de
§ 1º Os procedimentos relativos à ação fiscal, inclusive a fraude, dolo ou simulação.
constituição do crédito tributário decorrente do ITCD, Parágrafo único. Relativamente ao disposto no inciso I do
quando for o caso, serão definidos em regulamento. caput deste artigo, de forma excepcional, tratando-se de
§ 2º O desatendimento das normas previstas nesta seção fatos geradores ocorridos até 31 de dezembro de 2020, o
não resultará em nulidade dos atos de fiscalização, autuação prazo de tolerância para requerimento do inventário ou
arrolamento, judicial ou extrajudicial, será de 180 (cento e

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oitenta) dias. (Parágrafo acrescentado pela Lei Nº 17251 DE renúncia ou falecimento, ou do qual decorra a transferência
27/07/2020). de imóveis, desde que constitua fato gerador do imposto,
sob pena de responder solidariamente pela omissão.
Art. 35. As infrações relacionadas com as transmissões por
doação são punidas com a aplicação das seguintes § 1º Para a comunicação de que trata o caput deste artigo,
penalidades, sem prejuízo da cobrança do imposto, quando aplicase o prazo de até 30 (trinta) dias, contados do primeiro
for o caso: dia útil após a alteração de participação societária ou
transferência de imóveis.
I - multa equivalente a 10% (dez por cento) sobre o valor do
imposto devido, pelo atraso na comunicação, ao Fisco, da § 2º Os titulares mencionados neste artigo exibirão à
transmissão do bem ou direito, que se dará dentro de 60 autoridade fazendária, quando solicitados, livros, registros,
(sessenta) dias, contados da concretização da doação, fichas e quaisquer outros instrumentos que estiverem em
aumentada para 20% (vinte por cento) quando o atraso seu poder, inclusive produzindo, se for o caso, fotocópias ou
ultrapassar 180 (cento e oitenta) dias; certidões de inteiro teor dos documentos exigidos pela
fiscalização.
II - multa equivalente a 3 (três) vezes o valor do imposto, na
falta de seu recolhimento, decorrente de fraude, dolo ou Art. 41. O valor devido pelo sujeito passivo a título de ITCD,
simulação. decorrente da transmissão causa mortis, poderá ser
compensado, mediante prévia autorização da Procuradoria-
CAPÍTULO X
Geral do Estado, com precatório devido ao de cujus, nos
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
termos definidos em regulamento.
Art. 36. O reconhecimento da não incidência ou da isenção CAPÍTULO XI
será verificado em processo administrativo, mediante
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
requerimento do interessado ao órgão da administração
fazendária que recebeu o pedido de lançamento do tributo, Art. 42. Fica o Chefe do Poder Executivo autorizado a editar
nos termos definidos em regulamento. as normas regulamentares necessárias à fiel execução desta
Lei.
Art. 37. O imposto recolhido a maior ou indevidamente será
restituído, no todo ou em parte, a requerimento do sujeito Art. 43. Compete ao Secretário da Fazenda editar atos
passivo. normativos complementares necessários ao cumprimento
desta Lei e do seu regulamento.
Parágrafo único. O procedimento, os termos e as condições
da restituição de que trata o caput deste artigo serão Art. 44. Esta Lei entra em vigor em 1º de janeiro de 2016.
definidos em regulamento.
Art. 45. Ficam revogadas todas as disposições em contrário,
Art. 38. A pessoa jurídica cujo sócio venha a falecer em especial a Lei nº 13.417, de 30 de dezembro de 2003.
disponibilizará à autoridade fazendária os haveres apurados
PALÁCIO DA ABOLIÇÃO, DO GOVERNO DO ESTADO DO
do sócio falecido, por meio de balanço patrimonial ou outros
CEARÁ, em Fortaleza, 20 de julho de 2015.
documentos exigidos pela fiscalização.
Camilo Sobreira de Santana
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se,
ainda, nos casos de doação de quotas ou ações. GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ
Art. 39. A Junta Comercial do Estado do Ceará - Jucec, enviará
mensalmente à Secretaria da Fazenda informações sobre Lei Complementar Estadual nº
todos os atos relativos à constituição, modificação e extinção
de pessoas jurídicas, bem como de empresários, realizados
37/2003
no mês imediatamente anterior, que constituam fato Institui o Fundo Estadual de Combate à Pobreza - FECOP,
gerador do imposto. nos termos da Emenda Constitucional Federal nº 31, de 14
Parágrafo único. A comunicação de que trata o caput deste de dezembro de 2000, cria o Conselho Consultivo de
artigo deverá ser efetuada até o dia 10 (dez) do mês Políticas de Inclusão Social, extingue os Fundos que indica
subsequente àquele em que ocorrer a referida entrada. e dá outras providências.

Art. 40. Os titulares de Cartórios de Notas, de Registro de O Governador do Estado do Ceará


Pessoas Jurídicas, Registro de Títulos e Documentos, de Faço saber que a Assembléia Legislativa decretou e eu
Cartórios de Registro de Imóveis e de Cartórios de Registro sanciono a seguinte Lei:
Civil das Pessoas Naturais prestarão informações referentes
à escritura ou registro de doação, de constituição de Art. 1º É instituído, no âmbito do Poder Executivo Estadual,
usufruto ou de fideicomisso, de formalização ou registro de o Fundo Estadual de Combate à Pobreza - Fecop, de natureza
qualquer instrumento que altere a participação societária de contábil, com o objetivo de viabilizar, a toda a população do
sócios, em razão de transferência por cessão, doação, Ceará, acesso a níveis dignos de subsistência, cujos recursos
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serão aplicados exclusivamente em ações suplementares de (Parágrafo acrescentado pela Lei Complementar Nº 230 DE
assistência social, nutrição, habitação, educação, saúde, 07/01/2021).
saneamento básico, reforço de renda familiar, combate à
Art. 2º Compõem o Fundo Estadual de Combate à Pobreza -
seca, desenvolvimento infantil e outros programas de
FECOP:
relevante interesse social, voltados para a melhoria da
qualidade de vida, conforme disposto no art. 82 do Ato das (Redação do inciso dada pela Lei Complementar Nº 161 DE
Disposições Constitucionais Transitórias - ADCT, da 23/03/2016):
Constituição Federal. (Redação do caput dada pela Lei
I - a parcela do produto da arrecadação correspondente ao
Complementar Nº 217 DE 07/05/2020).
adicional de 2 (dois) pontos percentuais nas alíquotas
§ 1º O Fundo será gerido financeiramente pela Secretaria da previstas no art. 44 da Lei nº 12.670 , de 27 de dezembro de
Fazenda, segundo programação estabelecida pelo Conselho 1996, do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de
Consultivo de Políticas de Inclusão Social. Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte
Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS, ou
§2°. Os recursos que compõem o Fundo Estadual de
do imposto que vier a substituí-lo, incidentes sobre os
Combate à Pobreza - FECOP serão, ainda, utilizados na
produtos e serviços abaixo especificados:
aquisição de sementes agrícolas a serem distribuídas com a
população de baixa renda no âmbito do Estado do Ceará, na a) bebidas alcoólicas;
forma do CAPUT deste artigo. (Redação do parágrafo dada
b) armas e munições;
pela Resolução Nº 2 DE 22/02/2016).
c) embarcações esportivas;
§ 3º Os programas, projetos e atividades financiados pelo
Fundo Estadual de Combate à Pobreza - FECOP, terão suas d) fumo, cigarros e demais artigos de tabacaria;
dotações orçamentárias consignadas nos órgãos e entidades
e) aviões ultraleves e asas-deltas;
executores, com fonte de recursos identificada por código
próprio, denominado "Recursos Provenientes do FECOP. f) energia elétrica;
(Parágrafo acrescentado pela Lei Complementar nº 76, de
g) gasolina;
21.05.2009, DOE CE de 25.05.2009)
h) serviços de comunicação, exceto cartões telefônicos de
§ 4º Semestralmente o Poder Executivo enviará relatório
telefonia fixa;
circunstanciado à Assembleia Legislativa sobre o montante
dos recursos arrecadados pelo FECOP, sua aplicação e i) joias;
resultados obtidos. (NR). (Parágrafo acrescentado pela Lei
j) isotônicos, bebidas gaseificadas não alcoólicas e
Complementar nº 76, de 21.05.2009, DOE CE de 25.05.2009)
refrigerantes;
§ 6º Os recursos destinados ao combate à seca serão
k) perfumes, extratos, águas-de-colônia e produtos de
utilizados preferencialmente para a aquisição de máquina
beleza ou de maquiagem, desde que o valor unitário da
perfuratriz e perfuração de poços profundos. (Parágrafo
mercadoria seja superior a 50 (cinquenta) Ufirces;
acrescentado pela Lei Complementar Nº 152 DE
27/07/2015). l) artigos e alimentos para animais de estimação, exceto
medicamentos e vacinas;
§ 7º Os recursos advindos do incremento da arrecadação do
ICMS Fecop relativo às alíneas "i", "j", "k", "l" e "m", serão m) inseticidas, fungicidas, formicidas, herbicidas,
aplicados, preferencialmente, em ações de urgência e parasiticidas, germicidas, acaricidas, nematicidas, raticidas,
emergência em saúde. (Parágrafo acrescentado pela Lei desfolhantes, dessecantes, espalhantes adesivos,
Complementar Nº 152 DE 27/07/2015). estimuladores e inibidores de crescimento (reguladores);
§ 8º Os recursos do Fundo Estadual de Combate à Pobreza - II - dotações orçamentárias, em limites definidos,
Fecop serão também destinados aos objetivos da Lei nº anualmente, na Lei de Diretrizes Orçamentárias;
8.742 , de 7 de dezembro de 1993, que instituiu o Sistema
III - doações, auxílios, subvenções e legados, de qualquer
Único de Assistência Social e da Política Nacional de
natureza, de pessoas físicas ou jurídicas do País ou do
Segurança Alimentar e Nutricional - PNSAN, instituído pelo
exterior;
Decreto nº 7.272 , de 25 de agosto de 2010". (Parágrafo
acrescentado pela Lei Complementar Nº 204 DE IV - receitas decorrentes da aplicação dos seus recursos;
30/08/2019). V - outras receitas que vierem a ser destinadas ao Fundo.
§ 9º Os recursos do Fundo Estadual de Combate à Pobreza - § 1º Os recursos do Fundo serão recolhidos em conta única
Fecop também serão destinados a financiar ações e e específica, no Banco do Estado do Ceará ou, no caso de sua
programas relacionados aos objetivos do Fundo de privatização, em outra instituição financeira oficial,
Investimentos de Microcrédito Produtivo do Ceará. autorizada pelo Poder Executivo.

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§ 2º Não se aplica sobre o adicional do ICMS, de que trata de bolsas do Programa Bolsa Catador, nos termos da Lei nº
este artigo, o disposto nos arts. 158, inciso IV, e 167, inciso 16.032 , de 20 de junho de 2016. (Parágrafo acrescentado
IV, da Constituição Federal, bem como qualquer pela Lei Complementar Nº 204 DE 30/08/2019).
desvinculação orçamentária, conforme previsto no art. 82, §
§ 5º Fica autorizada a utilização dos recursos do Fundo
1º, combinado com o art. 80, § 1º, ambos do Ato das
Estadual de Combate à Pobreza - Fecop para o custeio de
Disposições Constitucionais Transitórias - ADCT da
bolsas universitárias ofertadas pelas instituições públicas de
Constituição Federal.
ensino superior, no Estado do Ceará aos estudantes pobres,
§ 3º O cálculo do ICMS com base na aplicação da alíquota na forma da Lei nº 14.859, de 28 de dezembro de 2010, que
adicionada de dois pontos percentuais, de que trata o inciso dispõe sobre o conceito e a comprovação de pobreza.
I deste artigo, poderá ser realizado somente nas operações (Parágrafo acrescentado pela Lei Complementar Nº 204 DE
destinadas ao consumo final, ou por ocasião da cobrança do 30/08/2019).
ICMS sob a modalidade da substituição tributária, conforme
§ 6º Fica autorizada a utilização dos recursos do Fundo
definido em regulamento.
Estadual de Combate à Pobreza - Fecop para a
§ 4º O recolhimento do imposto com o adicional de dois implementação de equipamentos públicos para
pontos percentuais a que se refere o inciso I deste artigo será atendimentos da população mais vulnerável (Parágrafo
efetuado por meio de documento de arrecadação específico acrescentado pela Lei Complementar Nº 204 DE
e será calculado com base nos procedimentos definidos em 30/08/2019).
regulamento.
Art. 5º Fica criado o Conselho Consultivo de Políticas de
§ 5º Ficam excluídas da incidência do adicional, a que se Inclusão Social, presidido pelo Secretário do Planejamento e
refere o caput deste artigo, as prestações de serviços de Gestão do Estado, com a finalidade de: (Redação dada pela
telefonia fixa residencial e não residencial com faturamento Lei Complementar nº 76, de 21.05.2009, DOE CE de
igual ou inferior ao valor da tarifa ou preço da assinatura. 25.05.2009)
Art. 3º A parcela adicional do ICMS, a que se refere o inciso I I - coordenar a formulação de políticas e diretrizes dos
do artigo anterior, não poderá ser utilizada nem considerada programas e ações governamentais voltados para a redução
para efeito do cálculo de quaisquer benefícios ou incentivos da pobreza e das desigualdades sociais;
fiscais, inclusive em relação ao previsto na Lei Estadual nº
II - coordenar e estabelecer, em articulação com os órgãos
10.367, de 7 de dezembro de 1979.
responsáveis pela execução dos programas, a programação
Art. 4º Os recursos do FECOP não poderão ser objeto de a ser financiada com recursos provenientes do Fundo
remanejamento, transposição ou transferência de finalidade Estadual de Combate à Pobreza - FECOP.
diversa daquela prevista nesta Lei Complementar.
§ 1º O Conselho Consultivo de Políticas de Inclusão Social
§ 1º É vedada a utilização dos recursos do Fecop para o terá a seguinte composição:
pagamento de despesas de pessoal e de encargos sociais
I - Secretário do Planejamento e Gestão; (Redação dada ao
relativos à remuneração de servidores públicos, exceto na
inciso pela Lei Complementar nº 76, de 21.05.2009, DOE CE
forma de concessão de bolsa para ocupantes de cargos do
de 25.05.2009)
Grupo Magistério 1º e 2º Graus - MAG, da Secretaria da
Educação e professores do Grupo Magistério Superior - MAS, II - Secretário da Fazenda;
da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior,
III - Secretário da Proteção Social, Justiça, Cidadania,
quando na atuação em programa de formação e qualificação
Mulheres e Direitos Humanos; (Redação do inciso dada pela
educacional de professores leigos, não podendo ser superior
Lei Complementar Nº 217 DE 07/05/2020).
a 3 (três) anos de concessão. (Redação do parágrafo dada
pela Lei Complementar Nº 217 DE 07/05/2020). IV - Secretário da Saúde; (Redação dada ao inciso pela Lei
Complementar nº 76, de 21.05.2009, DOE CE de 25.05.2009)
§ 2º Fica autorizada a utilização dos recursos do FECOP para
o pagamento de bolsas do Programa Agente Rural, instituído V - Secretário da Educação; (Redação dada ao inciso pela Lei
pela Lei nº 15.170 , de 18 de junho de 2012. (Parágrafo Complementar nº 76, de 21.05.2009, DOE CE de 25.05.2009)
acrescentado pela Lei Complementar Nº 161 DE
VI - Secretário da Cultura; (Redação dada ao inciso pela Lei
23/03/2016).
Complementar nº 76, de 21.05.2009, DOE CE de 25.05.2009)
§ 3º Fica autorizada a utilização dos recursos do FECOP para
VII - Secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior;
o pagamento de bolsas do Programa Ceará Atleta, nos
(Redação dada ao inciso pela Lei Complementar nº 76, de
termos da legislação aplicável. (Parágrafo acrescentado pela
21.05.2009, DOE CE de 25.05.2009)
Lei Complementar Nº 195 DE 06/05/2019).
VIII - Secretário do Esporte e Juventude; (Redação do inciso
§ 4º Fica autorizada a utilização dos recursos do Fundo
dada pela Lei Complementar Nº 217 DE 07/05/2020).
Estadual de Combate à Pobreza - Fecop para o pagamento

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IX - Secretário do Desenvolvimento Agrário; (Redação dada V - dar publicidade aos critérios de alocação e de uso dos
ao inciso pela Lei Complementar nº 76, de 21.05.2009, DOE recursos do Fundo, encaminhando, semestralmente à
CE de 25.05.2009) Assembléia Legislativa do Estado do Ceará, prestação de
contas.
X - Secretário das Cidades; (Redação dada ao inciso pela Lei
Complementar nº 76, de 21.05.2009, DOE CE de 25.05.2009) Art. 7º Os projetos financiados com recursos do Fundo
Estadual de Combate à Pobreza observarão as seguintes
XI - Secretário da Casa Civil; (Redação dada ao inciso pela Lei
diretrizes: (NR). (Redação dada pela Lei Complementar nº 76,
Complementar nº 76, de 21.05.2009, DOE CE de 25.05.2009)
de 21.05.2009, DOE CE de 25.05.2009)
XII - Cinco representantes da sociedade civil; (Redação dada
I - atenção integral para superação da pobreza e redução das
ao inciso pela Lei Complementar nº 76, de 21.05.2009, DOE
desigualdades sociais;
CE de 25.05.2009)
II - acesso de pessoas, famílias e comunidades a
XIII - Um representante da Associação dos Prefeitos do Ceará
oportunidades de desenvolvimento integral;
- APRECE. (Inciso acrescentado pela Lei Complementar nº 76,
de 21.05.2009, DOE CE de 25.05.2009) III - fortalecimento de oportunidades econômicas e de
inserção de pessoas na faixa economicamente ativa no setor
§ 2º Os membros do Conselho e seus suplentes serão
produtivo;
nomeados pelo Governador.
IV - combate aos mecanismos de geração da pobreza e de
§ 3º Os representantes da sociedade civil, e seus respectivos
desigualdades sociais.
suplentes serão escolhidos entre os representantes da
sociedade civil junto ao: Art. 8º Os recursos do FECOP para projetos multisetoriais
serão alocados diretamente nos órgãos e entidades
I - Conselho Estadual da Assistência Social;
responsáveis pela execução das respectivas ações,
II - Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do observando-se a competência institucional. (NR). (Redação
Adolescente; dada ao artigo pela Lei Complementar nº 76, de 21.05.2009,
DOE CE de 25.05.2009)
III - Conselho Estadual da Educação;
Art. 9º Ficam extintos os Fundos Especiais instituídos pelas:
IV - Conselho Estadual da Saúde;
I - Lei nº 7.190, de 16 de abril de 1964;
V - Conselho Estadual de Segurança Alimentar. (NR).
(Redação dada ao parágrafo pela Lei Complementar nº 76, II - Lei nº 8.012, de 12 de maio de 1965;
de 21.05.2009, DOE CE de 25.05.2009)
III - Lei nº 9.617, de 13 de setembro de 1972;
§ 4º Os membros do Conselho não perceberão qualquer
IV - Lei nº 10.791, de 4 de maio de 1983;
remuneração, sendo consideradas de relevante interesse
público as funções por eles exercidas. V - Lei nº 11.380, de 15 de dezembro de 1987;
§ 5º O Poder Executivo regulamentará o funcionamento do VI - Lei nº 12.622, de 18 de setembro de 1996.
Conselho de que trata este artigo.
Art. 11. Os saldos financeiros, patrimoniais e de dotação
Art. 6º Compete ao Conselho Consultivo de Políticas de orçamentária pertencentes ao Fundo Especial de que trata a
Inclusão Social: Lei nº 12.183, de 5 de outubro de 1993, reverterão para o
Fundo Estadual de Combate à Pobreza - FECOP.
I - coordenar a formulação das políticas e diretrizes gerais
que orientarão as aplicações do FECOP; Art. 10. O saldo de almoxarifado contabilizado em nome do
Fundo Especial do Corpo de Bombeiros Militar, extinto pelo
II. Selecionar programas, serviços, projetos e benefícios e
art. 20 da Lei nº 13.084, de 29 de dezembro de 2000, será
ações a serem financiadas com recursos do FECOP. (Redação
revertido para o patrimônio do Corpo de Bombeiros Militar.
do inciso dada pela Resolução Nº 2 DE 22/02/2016).
Art. 12. Os saldos financeiros, patrimoniais pertencentes ao
III - coordenar, em articulação com os órgãos responsáveis
Fundo Especial de que tratam as Leis nºs 9.617, de 13 de
pela execução dos programas e das ações financiadas pelo
setembro de 1972, e 12.622, de 18 de setembro de 1996,
FECOP, a elaboração das propostas orçamentárias a serem
reverterão para o Fundo Estadual de Combate à Pobreza -
encaminhadas à Secretaria do Planejamento e Gestão. (NR).
FECOP.
(Redação dada ao inciso pela Lei Complementar nº 76, de
21.05.2009, DOE CE de 25.05.2009) Art. 13. Os saldos financeiros, patrimoniais e de dotação
orçamentária pertencentes ao Fundo Especial de que trata a
IV - publicar, trimestralmente no Diário Oficial do Estado do
Lei nº 10.791, de 4 de maio de 1983, reverterão para o Fundo
Ceará, relatório circunstanciado, discriminando as receitas e
Estadual de Combate à Pobreza - FECOP.
as aplicações dos recursos do FECOP;

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Art. 14. Os bens patrimoniais, móveis e imóveis, PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ, em
pertencentes ao Fundo Especial de que trata a Lei nº 8.012, Fortaleza, 26 de novembro de 2003.
de 12 de maio de 1965, reverterão para o Fundo Estadual de
Lúcio Gonçalo de Alcântara
Combate à Pobreza - FECOP.
GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ
Art. 15. Os saldos financeiro e patrimonial pertencente ao
Fundo Especial de que trata a Lei nº 11.380, de 15 de
dezembro de 1987, reverterão para o Fundo Estadual de
Combate à Pobreza - FECOP.
ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA
Art. 16. Ficam anistiadas as dívidas contraídas pelos E FINANCEIRA E PATRIMONIAL
produtores rurais na forma do disposto no Decreto nº
19.499, de 22 de agosto de 1988.
Lei nº 4.320/1964
Art. 17. O art. 46 da Lei nº 12.670, de 27 de dezembro de
1996, fica acrescido de um parágrafo único com a seguinte
redação: Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para
elaboração e contrôle dos orçamentos e balanços da União,
"Art. 46. ..... dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.
Parágrafo único. Não se considera como montante cobrado
a parcela do ICMS contida no valor destacado no documento Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono
fiscal emitido por contribuinte estabelecido em outra a seguinte Lei;
unidade da federação, que corresponda à vantagem DISPOSIÇÃO PRELIMINAR
econômica resultante da concessão de quaisquer benefícios
ou incentivos fiscais concedidos em desacordo com o art. Art. 1º Esta lei estatui normas gerais de direito financeiro
155, § 2º, inciso XII, alínea "g" da Constituição Federal." para elaboração e contrôle dos orçamentos e balanços da
União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, de
Art. 18. Deverá ser estabelecido tratamento especial de acôrdo com o disposto no art. 5º, inciso XV, letra b, da
tributação do ICMS às microempresas e empresas de Constituição Federal.
pequeno porte, com atividade industrial, com o objetivo de
tornar seus produtos competitivos e evitar desequilíbrios da TÍTULO I
concorrência de mercado. DA LEI DE ORÇAMENTO
CAPÍTULO I
Parágrafo único. Decreto do Poder Executivo regulamentará DISPOSIÇÕES GERAIS
os procedimentos e implementação de normas de que trata
este artigo. Art. 2° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da
receita e despesa de forma a evidenciar a política econômica
Art. 19. VETADO. financeira e o programa de trabalho do Govêrno, obedecidos
Art. 20. O Poder Executivo regulamentará as matérias de que os princípios de unidade universalidade e anualidade.
trata esta Lei Complementar, cabendo à Secretaria da § 1° Integrarão a Lei de Orçamento:
Fazenda - SEFAZ, baixar as normas tributárias necessárias ao
fiel cumprimento da matéria regulamentada. (NR) (Redação I - Sumário geral da receita por fontes e da despesa por
dada ao caput pela Lei Complementar nº 76, de 21.05.2009, funções do Govêrno;
DOE CE de 25.05.2009) II - Quadro demonstrativo da Receita e Despesa segundo as
Parágrafo único. A regulamentação a ser editada pelo Poder Categorias Econômicas, na forma do Anexo nº 1;
Executivo deverá estabelecer procedimentos necessários à III - Quadro discriminativo da receita por fontes e respectiva
redução do impacto da cobrança do adicional do ICMS legislação;
referente ao fornecimento de energia elétrica na empresa
com atividade industrial especificamente com relação aos IV - Quadro das dotações por órgãos do Govêrno e da
produtos: Administração.

a) exportados para o exterior; § 2º Acompanharão a Lei de Orçamento:

b) tributados pelo regime de substituição tributária. I - Quadros demonstrativos da receita e planos de aplicação
dos fundos especiais;
Art. 21. Observado o disposto no art. 150, inciso III, letras "a"
e "b", da Constituição Federal, esta Lei Complementar entra II - Quadros demonstrativos da despesa, na forma
em vigor na data de sua publicação, revogadas as demais dos Anexos nºs 6 a 9;
disposições em contrário.

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III - Quadro demonstrativo do programa anual de trabalho Art. 8º A discriminação da receita geral e da despesa de cada
do Govêrno, em têrmos de realização de obras e de órgão do Govêrno ou unidade administrativa, a que se refere
prestação de serviços. o artigo 2º, § 1º, incisos III e IV obedecerá à forma do Anexo
nº 2.
Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá tôdas as receitas,
inclusive as de operações de crédito autorizadas em lei. § 1° Os itens da discriminação da receita e da despesa,
mencionados nos artigos 11, § 4°, e 13, serão identificados
Parágrafo único. Não se consideram para os fins deste artigo
por números de códigos decimal, na forma dos Anexos nºs 3
as operações de credito por antecipação da receita, as
e 4.
emissões de papel-moeda e outras entradas
compensatórias, no ativo e passivo financeiros . (Veto § 2º Completarão os números do código decimal referido no
rejeitado no DOU, de 5.5.1964) parágrafo anterior os algarismos caracterizadores da
classificação funcional da despesa, conforme estabelece
Art. 4º A Lei de Orçamento compreenderá tôdas as despesas
o Anexo nº 5.
próprias dos órgãos do Govêrno e da administração
centralizada, ou que, por intermédio dêles se devam realizar, § 3° O código geral estabelecido nesta lei não prejudicará a
observado o disposto no artigo 2°. adoção de códigos locais.
Art. 5º A Lei de Orçamento não consignará dotações globais CAPÍTULO II
destinadas a atender indiferentemente a despesas de DA RECEITA
pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou
Art. 9º Tributo é a receita derivada instituída pelas entidades
quaisquer outras, ressalvado o disposto no artigo 20 e seu
de direito publico, compreendendo os impostos, as taxas e
parágrafo único.
contribuições nos termos da constituição e das leis vigentes
Art. 6º Tôdas as receitas e despesas constarão da Lei de em matéria financeira, destinado-se o seu produto ao
Orçamento pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções. custeio de atividades gerais ou especificas exercidas por
essas entidades (Veto rejeitado no DOU, de 5.5.1964)
§ 1º As cotas de receitas que uma entidade pública deva
transferir a outra incluir-se-ão, como despesa, no orçamento Art. 10. (Vetado).
da entidade obrigada a transferência e, como receita, no
Art. 11 - A receita classificar-se-á nas seguintes categorias
orçamento da que as deva receber.
econômicas: Receitas Correntes e Receitas de
§ 2º Para cumprimento do disposto no parágrafo anterior, o Capital. (Redação dada pelo Decreto Lei nº 1.939, de
calculo das cotas terá por base os dados apurados no balanço 1982)
do exercício anterior aquele em que se elaborar a proposta
§ 1º - São Receitas Correntes as receitas tributária, de
orçamentária do governo obrigado a
contribuições, patrimonial, agropecuária, industrial, de
transferência. (Veto rejeitado no DOU, de 5.5.1964)
serviços e outras e, ainda, as provenientes de recursos
Art. 7° A Lei de Orçamento poderá conter autorização ao financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou
Executivo para: privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis
em Despesas Correntes. (Redação dada pelo Decreto Lei
I - Abrir créditos suplementares até determinada
nº 1.939, de 1982)
importância obedecidas as disposições do artigo
43; (Veto rejeitado no DOU, de 5.5.1964) § 2º - São Receitas de Capital as provenientes da realização
de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas;
II - Realizar em qualquer mês do exercício financeiro,
da conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos
operações de crédito por antecipação da receita, para
recebidos de outras pessoas de direito público ou privado,
atender a insuficiências de caixa.
destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de
§ 1º Em casos de déficit, a Lei de Orçamento indicará as Capital e, ainda, o superávit do Orçamento
fontes de recursos que o Poder Executivo fica autorizado a Corrente. (Redação dada pelo Decreto Lei nº 1.939, de
utilizar para atender a sua cobertura. 1982)
§ 2° O produto estimado de operações de crédito e de § 3º - O superávit do Orçamento Corrente resultante do
alienação de bens imóveis sòmente se incluirá na receita balanceamento dos totais das receitas e despesas correntes,
quando umas e outras forem especìficamente autorizadas apurado na demonstração a que se refere o Anexo nº 1, não
pelo Poder Legislativo em forma que jurìdicamente constituirá item de receita orçamentária. (Redação
possibilite ao Poder Executivo realizá-las no exercício. dada pelo Decreto Lei nº 1.939, de 1982)
§ 3º A autorização legislativa a que se refere o parágrafo § 4º - A classificação da receita obedecerá ao seguinte
anterior, no tocante a operações de crédito, poderá constar esquema: (Redação dada pelo Decreto Lei nº 1.939, de
da própria Lei de Orçamento. 1982)
RECEITAS CORRENTES
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RECEITA TRIBUTÁRIA I - subvenções sociais, as que se destinem a instituições


públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural, sem
Impostos.
finalidade lucrativa;
Taxas.
II - subvenções econômicas, as que se destinem a emprêsas
Contribuições de Melhoria. públicas ou privadas de caráter industrial, comercial, agrícola
ou pastoril.
RECEITA DE CONTRIBUIÇÕES
§ 4º Classificam-se como investimentos as dotações para o
RECEITA PATRIMONIAL
planejamento e a execução de obras, inclusive as destinadas
RECEITA AGROPECUÁRIA à aquisição de imóveis considerados necessários à realização
destas últimas, bem como para os programas especiais de
RECEITA INDUSTRIAL
trabalho, aquisição de instalações, equipamentos e material
RECEITA DE SERVIÇOS permanente e constituição ou aumento do capital de
emprêsas que não sejam de caráter comercial ou financeiro.
TRANSFERÊNCIAS CORRENTES
§ 5º Classificam-se como Inversões Financeiras as dotações
OUTRAS RECEITAS CORRENTES
destinadas a:
RECEITAS DE CAPITAL
I - aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em
OPERAÇÕES DE CRÉDITO utilização;
ALIENAÇÃO DE BENS II - aquisição de títulos representativos do capital de
emprêsas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas,
AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS
quando a operação não importe aumento do capital;
TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL
III - constituição ou aumento do capital de entidades ou
OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL emprêsas que visem a objetivos comerciais ou financeiros,
CAPÍTULO III inclusive operações bancárias ou de seguros.
DA DESPESA § 6º São Transferências de Capital as dotações para
Art. 12. A despesa será classificada nas seguintes categorias investimentos ou inversões financeiras que outras pessoas
econômicas: (Veto rejeitado no DOU, de 5.5.1964) de direito público ou privado devam realizar,
independentemente de contraprestação direta em bens ou
DESPESAS CORRENTES serviços, constituindo essas transferências auxílios ou
Despesas de Custeio contribuições, segundo derivem diretamente da Lei de
Orçamento ou de lei especialmente anterior, bem como as
Transferências Correntes dotações para amortização da dívida pública.
DESPESAS DE CAPITAL Art. 13. Observadas as categorias econômicas do art. 12, a
Investimentos discriminação ou especificação da despesa por elementos,
em cada unidade administrativa ou órgão de govêrno,
Inversões Financeiras obedecerá ao seguinte esquema:
Transferências de Capital DESPESAS CORRENTES
§ 1º Classificam-se como Despesas de Custeio as dotações Despesas de Custeio
para manutenção de serviços anteriormente criados,
inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e Pessoa Civil
adaptação de bens imóveis. Pessoal Militar
§ 2º Classificam-se como Transferências Correntes as Material de Consumo
dotações para despesas as quais não corresponda
contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para Serviços de Terceiros
contribuições e subvenções destinadas a atender à Encargos Diversos
manutenção de outras entidades de direito público ou
privado. Transferências Correntes

§ 3º Consideram-se subvenções, para os efeitos desta lei, as Subvenções Sociais


transferências destinadas a cobrir despesas de custeio das Subvenções Econômicas
entidades beneficiadas, distinguindo-se como:
Inativos
Pensionistas

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Salário Família e Abono Familiar § 2º Para efeito de classificação da despesa, considera-se


material permanente o de duração superior a dois anos.
Juros da Dívida Pública
SEÇÃO I
Contribuições de Previdência Social
DAS DESPESAS CORRENTES
Diversas Transferências Correntes. SUBSEÇÃO ÚNICA
DAS TRANSFERÊNCIAS CORRENTES
DESPESAS DE CAPITAL
I) Das Subvenções Sociais
Investimentos
Art. 16. Fundamentalmente e nos limites das possibilidades
Obras Públicas
financeiras a concessão de subvenções sociais visará a
Serviços em Regime de Programação Especial prestação de serviços essenciais de assistência social, médica
e educacional, sempre que a suplementação de recursos de
Equipamentos e Instalações
origem privada aplicados a êsses objetivos, revelar-se mais
Material Permanente econômica.
Participação em Constituição ou Aumento de Capital de Parágrafo único. O valor das subvenções, sempre que
Emprêsas ou Entidades Industriais ou Agrícolas possível, será calculado com base em unidades de serviços
efetivamente prestados ou postos à disposição dos
Inversões Financeiras
interessados obedecidos os padrões mínimos de eficiência
Aquisição de Imóveis prèviamente fixados.
Participação em Constituição ou Aumento de Capital de Art. 17. Somente à instituição cujas condições de
Emprêsas ou Entidades Comerciais ou Financeiras funcionamento forem julgadas satisfatórias pelos órgãos
oficiais de fiscalização serão concedidas subvenções.
Aquisição de Títulos Representativos de Capital de Emprêsa
em Funcionamento II) Das Subvenções Econômicas
Constituição de Fundos Rotativos Art. 18. A cobertura dos déficits de manutenção das
emprêsas públicas, de natureza autárquica ou não, far-se-á
Concessão de Empréstimos
mediante subvenções econômicas expressamente incluídas
Diversas Inversões Financeiras nas despesas correntes do orçamento da União, do Estado,
Transferências de Capital do Município ou do Distrito Federal.

Amortização da Dívida Pública Parágrafo único. Consideram-se, igualmente, como


subvenções econômicas:
Auxílios para Obras Públicas
a) as dotações destinadas a cobrir a diferença entre os
Auxílios para Equipamentos e Instalações preços de mercado e os preços de revenda, pelo Govêrno, de
Auxílios para Inversões Financeiras gêneros alimentícios ou outros materiais;

Outras Contribuições. b) as dotações destinadas ao pagamento de bonificações a


produtores de determinados gêneros ou materiais.
Art. 14. Constitui unidade orçamentária o agrupamento de
serviços subordinados ao mesmo órgão ou repartição a que Art. 19. A Lei de Orçamento não consignará ajuda financeira,
serão consignadas dotações próprias. (Veto a qualquer título, a emprêsa de fins lucrativos, salvo quando
rejeitado no DOU, de 5.5.1964) se tratar de subvenções cuja concessão tenha sido
expressamente autorizada em lei especial.
Parágrafo único. Em casos excepcionais, serão consignadas
dotações a unidades administrativas subordinadas ao SEÇÃO II
mesmo órgão. DAS DESPESAS DE CAPITAL
SUBSEÇÃO PRIMEIRA
Art. 15. Na Lei de Orçamento a discriminação da despesa far- DOS INVESTIMENTOS
se-á no mínimo por elementos. (Veto rejeitado no
DOU, de 5.5.1964) Art. 20. Os investimentos serão discriminados na Lei de
Orçamento segundo os projetos de obras e de outras
§ 1º Entende-se por elementos o desdobramento da aplicações.
despesa com pessoal, material, serviços, obras e outros
meios de que se serve a administração publica para Parágrafo único. Os programas especiais de trabalho que,
consecução dos seus fins. (Veto rejeitado no DOU, por sua natureza, não possam cumprir-se subordinadamente
de 5.5.1964) às normas gerais de execução da despesa poderão ser
custeadas por dotações globais, classificadas entre as
Despesas de Capital.
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SUBSEÇÃO SEGUNDA CAPÍTULO II


DAS TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL DA ELABORAÇÃO DA PROPOSTA ORÇAMENTÁRIA
SEÇÃO PRIMEIRA
Art. 21. A Lei de Orçamento não consignará auxílio para
DAS PREVISÕES PLURIENAIS
investimentos que se devam incorporar ao patrimônio das
emprêsas privadas de fins lucrativos. Art. 23. As receitas e despesas de capital serão objeto de um
Quadro de Recursos e de Aplicação de Capital, aprovado por
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se às
decreto do Poder Executivo, abrangendo, no mínimo um
transferências de capital à conta de fundos especiais ou
triênio.
dotações sob regime excepcional de aplicação.
Parágrafo único. O Quadro de Recursos e de Aplicação de
TÍTULO II
Capital será anualmente reajustado acrescentando-se-lhe as
DA PROPOSTA ORCAMENTÁRIA
previsões de mais um ano, de modo a assegurar a projeção
CAPÍTULO I
contínua dos períodos.
CONTEÚDO E FORMA DA PROPOSTA ORÇAMENTÁRIA
Art. 24. O Quadro de Recursos e de Aplicação de Capital
Art. 22. A proposta orçamentária que o Poder Executivo
abrangerá:
encaminhará ao Poder Legislativo nos prazos estabelecidos
nas Constituições e nas Leis Orgânicas dos Municípios, I - as despesas e, como couber, também as receitas previstas
compor-se-á: em planos especiais aprovados em lei e destinados a atender
a regiões ou a setores da administração ou da economia;
I - Mensagem, que conterá: exposição circunstanciada da
situação econômico-financeira, documentada com II - as despesas à conta de fundos especiais e, como couber,
demonstração da dívida fundada e flutuante, saldos de as receitas que os constituam;
créditos especiais, restos a pagar e outros compromissos
III - em anexos, as despesas de capital das entidades
financeiros exigíveis; exposição e justificação da política
referidas no Título X desta lei, com indicação das respectivas
econômica-financeira do Govêrno; justificação da receita e
receitas, para as quais forem previstas transferências de
despesa, particularmente no tocante ao orçamento de
capital.
capital;
Art. 25. Os programas constantes do Quadro de Recursos e
II - Projeto de Lei de Orçamento;
de Aplicação de Capital sempre que possível serão
III - Tabelas explicativas, das quais, além das estimativas de correlacionados a metas objetivas em têrmos de realização
receita e despesa, constarão, em colunas distintas e para fins de obras e de prestação de serviços.
de comparação:
Parágrafo único. Consideram-se metas os resultados que se
a) A receita arrecadada nos três últimos exercícios anteriores pretendem obter com a realização de cada programa.
àquele em que se elaborou a proposta;
Art. 26. A proposta orçamentária conterá o programa anual
b) A receita prevista para o exercício em que se elabora a atualizado dos investimentos, inversões financeiras e
proposta; transferências previstos no Quadro de Recursos e de
Aplicação de Capital.
c) A receita prevista para o exercício a que se refere a
proposta; SEÇÃO SEGUNDA
DAS PREVISÕES ANUAIS
d) A despesa realizada no exercício imediatamente anterior;
Art. 27. As propostas parciais de orçamento guardarão
e) A despesa fixada para o exercício em que se elabora a
estrita conformidade com a política econômica-financeira, o
proposta; e
programa anual de trabalho do Govêrno e, quando fixado, o
f) A despesa prevista para o exercício a que se refere a limite global máximo para o orçamento de cada unidade
proposta. administrativa.
IV - Especificação dos programas especiais de trabalho Art. 28 As propostas parciais das unidades administrativas,
custeados por dotações globais, em têrmos de metas organizadas em formulário próprio, serão acompanhadas
visadas, decompostas em estimativa do custo das obras a de:
realizar e dos serviços a prestar, acompanhadas de
I - tabelas explicativas da despesa, sob a forma estabelecida
justificação econômica, financeira, social e administrativa.
no artigo 22, inciso III, letras d, e e f;
Parágrafo único. Constará da proposta orçamentária, para
II - justificação pormenorizada de cada dotação solicitada,
cada unidade administrativa, descrição sucinta de suas
com a indicação dos atos de aprovação de projetos e
principais finalidades, com indicação da respectiva
orçamentos de obras públicas, para cujo início ou
legislação.
prosseguimento ela se destina.

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Art. 29. Caberá aos órgãos de contabilidade ou de processado na época própria, bem como os Restos a Pagar
arrecadação organizar demonstrações mensais da receita com prescrição interrompida e os compromissos
arrecadada, segundo as rubricas, para servirem de base a reconhecidos após o encerramento do exercício
estimativa da receita, na proposta orçamentária. correspondente poderão ser pagos à conta de dotação
específica consignada no orçamento, discriminada por
Parágrafo único. Quando houver órgão central de
elementos, obedecida, sempre que possível, a ordem
orçamento, essas demonstrações ser-lhe-ão remetidas
cronológica. (Regulamento)
mensalmente.
Art. 38. Reverte à dotação a importância de despesa anulada
Art. 30. A estimativa da receita terá por base as
no exercício; quando a anulação ocorrer após o
demonstrações a que se refere o artigo anterior à
encerramento dêste considerar-se-á receita do ano em que
arrecadação dos três últimos exercícios, pelo menos bem
se efetivar.
como as circunstâncias de ordem conjuntural e outras, que
possam afetar a produtividade de cada fonte de receita. Art. 39. Os créditos da Fazenda Pública, de natureza
tributária ou não tributária, serão escriturados como receita
Art. 31. As propostas orçamentárias parciais serão revistas e
do exercício em que forem arrecadados, nas respectivas
coordenadas na proposta geral, considerando-se a receita
rubricas orçamentárias. (Redação dada pelo Decreto
estimada e as novas circunstâncias.
Lei nº 1.735, de 1979)
TÍTULO III
§ 1º - Os créditos de que trata este artigo, exigíveis pelo
DA ELABORAÇÃO DA LEI DE ORÇAMENTO
transcurso do prazo para pagamento, serão inscritos, na
Art. 32. Se não receber a proposta orçamentária no prazo forma da legislação própria, como Dívida Ativa, em registro
fixado nas Constituições ou nas Leis Orgânicas dos próprio, após apurada a sua liquidez e certeza, e a respectiva
Municípios, o Poder Legislativo considerará como proposta a receita será escriturada a esse título. (Incluído pelo
Lei de Orçamento vigente. Decreto Lei nº 1.735, de 1979)
Art. 33. Não se admitirão emendas ao projeto de Lei de § 2º - Dívida Ativa Tributária é o crédito da Fazenda Pública
Orçamento que visem a: dessa natureza, proveniente de obrigação legal relativa a
tributos e respectivos adicionais e multas, e Dívida Ativa não
a) alterar a dotação solicitada para despesa de custeio, salvo
Tributária são os demais créditos da Fazenda Pública, tais
quando provada, nesse ponto a inexatidão da proposta;
como os provenientes de empréstimos compulsórios,
b) conceder dotação para o início de obra cujo projeto não contribuições estabelecidas em lei, multa de qualquer
esteja aprovado pelos órgãos competentes; origem ou natureza, exceto as tributárias, foros, laudêmios,
alugueis ou taxas de ocupação, custas processuais, preços de
c) conceder dotação para instalação ou funcionamento de
serviços prestados por estabelecimentos públicos,
serviço que não esteja anteriormente criado;
indenizações, reposições, restituições, alcances dos
d) conceder dotação superior aos quantitativos prèviamente responsáveis definitivamente julgados, bem assim os
fixados em resolução do Poder Legislativo para concessão de créditos decorrentes de obrigações em moeda estrangeira,
auxílios e subvenções. de subrogação de hipoteca, fiança, aval ou outra garantia, de
contratos em geral ou de outras obrigações
TÍTULO IV
legais. (Incluído pelo Decreto Lei nº 1.735, de 1979)
DO EXERCÍCIO FINANCEIRO
§ 3º - O valor do crédito da Fazenda Nacional em moeda
Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.
estrangeira será convertido ao correspondente valor na
Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro: moeda nacional à taxa cambial oficial, para compra, na data
da notificação ou intimação do devedor, pela autoridade
I - as receitas nêle arrecadadas;
administrativa, ou, à sua falta, na data da inscrição da Dívida
II - as despesas nêle legalmente empenhadas. Ativa, incidindo, a partir da conversão, a atualização
Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as despesas monetária e os juros de mora, de acordo com preceitos
empenhadas mas não pagas até o dia 31 de dezembro legais pertinentes aos débitos tributários. (Incluído
distinguindo-se as processadas das não processadas. pelo Decreto Lei nº 1.735, de 1979)

Parágrafo único. Os empenhos que sorvem a conta de § 4º - A receita da Dívida Ativa abrange os créditos
créditos com vigência plurienal, que não tenham sido mencionados nos parágrafos anteriores, bem como os
liquidados, só serão computados como Restos a Pagar no valores correspondentes à respectiva atualização monetária,
último ano de vigência do crédito. à multa e juros de mora e ao encargo de que tratam o art. 1º
do Decreto-lei nº 1.025, de 21 de outubro de 1969, e o art.
Art. 37. As despesas de exercícios encerrados, para as quais 3º do Decreto-lei nº 1.645, de 11 de dezembro de
o orçamento respectivo consignava crédito próprio, com 1978. (Incluído pelo Decreto Lei nº 1.735, de 1979)
saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham

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§ 5º - A Dívida Ativa da União será apurada e inscrita na créditos extraordinários abertos no exercício. (Veto
Procuradoria da Fazenda Nacional. (Incluído pelo rejeitado no DOU, de 5.5.1964)
Decreto Lei nº 1.735, de 1979)
Art. 44. Os créditos extraordinários serão abertos por
TÍTULO V decreto do Poder Executivo, que dêles dará imediato
DOS CRÉDITOS ADICIONAIS conhecimento ao Poder Legislativo.
Art. 40. São créditos adicionais, as autorizações de despesa Art. 45. Os créditos adicionais terão vigência adstrita ao
não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei de exercício financeiro em que forem abertos, salvo expressa
Orçamento. disposição legal em contrário, quanto aos especiais e
extraordinários.
Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:
Art. 46. O ato que abrir crédito adicional indicará a
I - suplementares, os destinados a refôrço de dotação
importância, a espécie do mesmo e a classificação da
orçamentária;
despesa, até onde fôr possível.
II - especiais, os destinados a despesas para as quais não haja
TÍTULO VI
dotação orçamentária específica;
DA EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO
III - extraordinários, os destinados a despesas urgentes e CAPÍTULO I
imprevistas, em caso de guerra, comoção intestina ou DA PROGRAMAÇÃO DA DESPESA
calamidade pública.
Art. 47. Imediatamente após a promulgação da Lei de
Art. 42. Os créditos suplementares e especiais serão Orçamento e com base nos limites nela fixados, o Poder
autorizados por lei e abertos por decreto executivo. Executivo aprovará um quadro de cotas trimestrais da
despesa que cada unidade orçamentária fica autorizada a
Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais
utilizar.
depende da existência de recursos disponíveis para ocorrer a
despesa e será precedida de exposição Art. 48 A fixação das cotas a que se refere o artigo anterior
justificativa. (Veto rejeitado no DOU, de 5.5.1964) atenderá aos seguintes objetivos:
§ 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde a) assegurar às unidades orçamentárias, em tempo útil a
que não comprometidos: (Veto rejeitado no DOU, soma de recursos necessários e suficientes a melhor
de 5.5.1964) execução do seu programa anual de trabalho;
I - o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do b) manter, durante o exercício, na medida do possível o
exercício anterior; (Veto rejeitado no DOU, equilíbrio entre a receita arrecadada e a despesa realizada,
de 5.5.1964) de modo a reduzir ao mínimo eventuais insuficiências de
tesouraria.
II - os provenientes de excesso de arrecadação; (Veto
rejeitado no DOU, de 5.5.1964) Art. 49. A programação da despesa orçamentária, para efeito
do disposto no artigo anterior, levará em conta os créditos
III - os resultantes de anulação parcial ou total de dotações
adicionais e as operações extra-orçamentárias.
orçamentárias ou de créditos adicionais, autorizados em
Lei; (Veto rejeitado no DOU, de 5.5.1964) Art. 50. As cotas trimestrais poderão ser alteradas durante o
exercício, observados o limite da dotação e o
IV - o produto de operações de credito autorizadas, em
comportamento da execução orçamentária.
forma que juridicamente possibilite ao poder executivo
realiza-las. (Veto rejeitado no DOU, de 5.5.1964) CAPÍTULO II
DA RECEITA
§ 2º Entende-se por superávit financeiro a diferença positiva
entre o ativo financeiro e o passivo financeiro, conjugando- Art. 51. Nenhum tributo será exigido ou aumentado sem que
se, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos e as a lei o estabeleça, nenhum será cobrado em cada exercício
operações de credito a eles vinculadas. (Veto sem prévia autorização orçamentária, ressalvados a tarifa
rejeitado no DOU, de 5.5.1964) aduaneira e o impôsto lançado por motivo de guerra.
§ 3º Entende-se por excesso de arrecadação, para os fins Art. 52. São objeto de lançamento os impostos diretos e
deste artigo, o saldo positivo das diferenças acumuladas mês quaisquer outras rendas com vencimento determinado em
a mês entre a arrecadação prevista e a realizada, lei, regulamento ou contrato.
considerando-se, ainda, a tendência do
Art. 53. O lançamento da receita é ato da repartição
exercício. (Veto rejeitado no DOU, de 5.5.1964)
competente, que verifica a procedência do crédito fiscal e a
§ 4° Para o fim de apurar os recursos utilizáveis, provenientes pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta.
de excesso de arrecadação, deduzir-se-a a importância dos

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Art. 54. Não será admitida a compensação da obrigação de § 1º Em casos especiais previstos na legislação específica
recolher rendas ou receitas com direito creditório contra a será dispensada a emissão da nota de empenho.
Fazenda Pública.
§ 2º Será feito por estimativa o empenho da despesa cujo
Art. 55. Os agentes da arrecadação devem fornecer recibos montante não se possa determinar.
das importâncias que arrecadarem.
§ 3º É permitido o empenho global de despesas contratuais
§ 1º Os recibos devem conter o nome da pessoa que paga a e outras, sujeitas a parcelamento.
soma arrecadada, proveniência e classificação, bem como a
Art. 61. Para cada empenho será extraído um documento
data a assinatura do agente arrecadador. (Veto
denominado "nota de empenho" que indicará o nome do
rejeitado no DOU, de 5.5.1964)
credor, a representação e a importância da despesa bem
§ 2º Os recibos serão fornecidos em uma única via. como a dedução desta do saldo da dotação própria.
Art. 56. O recolhimento de tôdas as receitas far-se-á em Art. 62. O pagamento da despesa só será efetuado quando
estrita observância ao princípio de unidade de tesouraria, ordenado após sua regular liquidação.
vedada qualquer fragmentação para criação de caixas
Art. 63. A liquidação da despesa consiste na verificação do
especiais.
direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e
Art. 57. Ressalvado o disposto no parágrafo único do artigo documentos comprobatórios do respectivo crédito.
3. desta lei serão classificadas como receita orçamentária,
§ 1° Essa verificação tem por fim apurar:
sob as rubricas próprias, tôdas as receitas arrecadadas,
inclusive as provenientes de operações de crédito, ainda que I - a origem e o objeto do que se deve pagar;
não previstas no Orçamento. (Veto rejeitado no
II - a importância exata a pagar;
DOU, de 5.5.1964)
III - a quem se deve pagar a importância, para extinguir a
CAPÍTULO III
obrigação.
DA DESPESA
§ 2º A liquidação da despesa por fornecimentos feitos ou
Art. 58. O empenho de despesa é o ato emanado de
serviços prestados terá por base:
autoridade competente que cria para o Estado obrigação de
pagamento pendente ou não de implemento de I - o contrato, ajuste ou acôrdo respectivo;
condição. (Veto rejeitado no DOU, de 5.5.1964)
II - a nota de empenho;
Art. 59 - O empenho da despesa não poderá exceder o limite
III - os comprovantes da entrega de material ou da prestação
dos créditos concedidos. (Redação dada pela Lei nº
efetiva do serviço.
6.397, de 1976)
Art. 64. A ordem de pagamento é o despacho exarado por
§ 1º Ressalvado o disposto no Art. 67 da Constituição
autoridade competente, determinando que a despesa seja
Federal, é vedado aos Municípios empenhar, no último mês
paga.
do mandato do Prefeito, mais do que o duodécimo da
despesa prevista no orçamento vigente. (Incluído pela Parágrafo único. A ordem de pagamento só poderá ser
Lei nº 6.397, de 1976) exarada em documentos processados pelos serviços de
contabilidade (Veto rejeitado no DOU, de 5.5.1964)
§ 2º Fica, também, vedado aos Municípios, no mesmo
período, assumir, por qualquer forma, compromissos Art. 65. O pagamento da despesa será efetuado por
financeiros para execução depois do término do mandato do tesouraria ou pagadoria regularmente instituídos por
Prefeito. (Incluído pela Lei nº 6.397, de 1976) estabelecimentos bancários credenciados e, em casos
excepcionais, por meio de adiantamento.
§ 3º As disposições dos parágrafos anteriores não se aplicam
nos casos comprovados de calamidade Art. 66. As dotações atribuídas às diversas unidades
pública. (Incluído pela Lei nº 6.397, de 1976) orçamentárias poderão quando expressamente
determinado na Lei de Orçamento ser movimentadas por
§ 4º Reputam-se nulos e de nenhum efeito os empenhos e
órgãos centrais de administração geral.
atos praticados em desacordo com o disposto nos parágrafos
1º e 2º deste artigo, sem prejuízo da responsabilidade do Parágrafo único. É permitida a redistribuição de parcelas das
Prefeito nos termos do Art. 1º, inciso V, do Decreto-lei n.º dotações de pessoal, de uma para outra unidade
201, de 27 de fevereiro de 1967. (Incluído pela Lei nº orçamentária, quando considerada indispensável à
6.397, de 1976) movimentação de pessoal dentro das tabelas ou quadros
comuns às unidades interessadas, a que se realize em
Art. 60. É vedada a realização de despesa sem prévio
obediência à legislação específica.
empenho.

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Art. 67. Os pagamentos devidos pela Fazenda Pública, em CAPÍTULO II


virtude de sentença judiciária, far-se-ão na ordem de DO CONTRÔLE INTERNO
apresentação dos precatórios e à conta dos créditos
Art. 76. O Poder Executivo exercerá os três tipos de contrôle
respectivos, sendo proibida a designação de casos ou de
a que se refere o artigo 75, sem prejuízo das atribuições do
pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos
Tribunal de Contas ou órgão equivalente.
adicionais abertos para êsse fim.
Art. 77. A verificação da legalidade dos atos de execução
Art. 68. O regime de adiantamento é aplicável aos casos de
orçamentária será prévia, concomitante e subseqüente.
despesas expressamente definidos em lei e consiste na
entrega de numerário a servidor, sempre precedida de Art. 78. Além da prestação ou tomada de contas anual,
empenho na dotação própria para o fim de realizar despesas, quando instituída em lei, ou por fim de gestão, poderá haver,
que não possam subordinar-se ao processo normal de a qualquer tempo, levantamento, prestação ou tomada de
aplicação. contas de todos os responsáveis por bens ou valores
públicos.
Art. 69. Não se fará adiantamento a servidor em alcance nem
a responsável por dois adiantamento. (Veto Art. 79. Ao órgão incumbido da elaboração da proposta
rejeitado no DOU, de 5.5.1964) orçamentária ou a outro indicado na legislação, caberá o
contrôle estabelecido no inciso III do artigo 75.
Art. 70. A aquisição de material, o fornecimento e a
adjudicação de obras e serviços serão regulados em lei, Parágrafo único. Êsse controle far-se-á, quando fôr o caso,
respeitado o princípio da concorrência. em têrmos de unidades de medida, prèviamente
estabelecidos para cada atividade.
TÍTULO VII
DOS FUNDOS ESPECIAIS Art. 80. Compete aos serviços de contabilidade ou órgãos
equivalentes verificar a exata observância dos limites das
Art. 71. Constitui fundo especial o produto de receitas
cotas trimestrais atribuídas a cada unidade orçamentária,
especificadas que por lei se vinculam à realização de
dentro do sistema que fôr instituído para êsse fim.
determinados objetivos ou serviços, facultada a adoção de
normas peculiares de aplicação. CAPÍTULO III
DO CONTRÔLE EXTERNO
Art. 72. A aplicação das receitas orçamentárias vinculadas a
fundos especiais far-se-á através de dotação consignada na Art. 81. O contrôle da execução orçamentária, pelo Poder
Lei de Orçamento ou em créditos adicionais. Legislativo, terá por objetivo verificar a probidade da
administração, a guarda e legal emprêgo dos dinheiros
Art. 73. Salvo determinação em contrário da lei que o
públicos e o cumprimento da Lei de Orçamento.
instituiu, o saldo positivo do fundo especial apurado em
balanço será transferido para o exercício seguinte, a crédito Art. 82. O Poder Executivo, anualmente, prestará contas ao
do mesmo fundo. Poder Legislativo, no prazo estabelecido nas Constituições
ou nas Leis Orgânicas dos Municípios.
Art. 74. A lei que instituir fundo especial poderá determinar
normas peculiares de contrôle, prestação e tomada de § 1º As contas do Poder Executivo serão submetidas ao
contas, sem de qualquer modo, elidir a competência Poder Legislativo, com Parecer prévio do Tribunal de Contas
específica do Tribunal de Contas ou órgão equivalente. ou órgão equivalente.
TÍTULO VIII § 2º Quando, no Munícipio não houver Tribunal de Contas
DO CONTRÔLE DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA ou órgão equivalente, a Câmara de Vereadores poderá
CAPÍTULO I designar peritos contadores para verificarem as contas do
DISPOSIÇÕES GERAIS prefeito e sôbre elas emitirem parecer.
Art. 75. O contrôle da execução orçamentária TÍTULO IX
compreenderá: DA CONTABILIDADE
CAPÍTULO I
I - a legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da
DISPOSIÇÕES GERAIS
receita ou a realização da despesa, o nascimento ou a
extinção de direitos e obrigações; Art. 83. A contabilidade evidenciará perante a Fazenda
Pública a situação de todos quantos, de qualquer modo,
II - a fidelidade funcional dos agentes da administração,
arrecadem receitas, efetuem despesas, administrem ou
responsáveis por bens e valores públicos;
guardem bens a ela pertencentes ou confiados.
III - o cumprimento do programa de trabalho expresso em
Art. 84. Ressalvada a competência do Tribunal de Contas ou
têrmos monetários e em têrmos de realização de obras e
órgão equivalente, a tomada de contas dos agentes
prestação de serviços.
responsáveis por bens ou dinheiros públicos será realizada
ou superintendida pelos serviços de contabilidade.
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Art. 85. Os serviços de contabilidade serão organizados de Art. 96. O levantamento geral dos bens móveis e imóveis terá
forma a permitirem o acompanhamento da execução por base o inventário analítico de cada unidade
orçamentária, o conhecimento da composição patrimonial, administrativa e os elementos da escrituração sintética na
a determinação dos custos dos serviços industriais, o contabilidade.
levantamento dos balanços gerais, a análise e a
Art. 97. Para fins orçamentários e determinação dos
interpretação dos resultados econômicos e financeiros.
devedores, ter-se-á o registro contábil das receitas
Art. 86. A escrituração sintética das operações financeiras e patrimoniais, fiscalizando-se sua efetivação.
patrimoniais efetuar-se-á pelo método das partidas
Art. 98. A divida fundada compreende os compromissos de
dobradas.
exigibilidade superior a doze meses, contraídos para atender
Art. 87. Haverá contrôle contábil dos direitos e obrigações a desequilíbrio orçamentário ou a financeiro de obras e
oriundos de ajustes ou contratos em que a administração serviços públicos. (Veto rejeitado no DOU,
pública fôr parte. de 5.5.1964)
Art. 88. Os débitos e créditos serão escriturados com Parágrafo único. A dívida fundada será escriturada com
individuação do devedor ou do credor e especificação da individuação e especificações que permitam verificar, a
natureza, importância e data do vencimento, quando fixada. qualquer momento, a posição dos empréstimos, bem como
os respectivos serviços de amortização e juros.
Art. 89. A contabilidade evidenciará os fatos ligados à
administração orçamentária, financeira patrimonial e Art. 99. Os serviços públicos industriais, ainda que não
industrial. organizados como emprêsa pública ou autárquica, manterão
contabilidade especial para determinação dos custos,
CAPÍTULO II
ingressos e resultados, sem prejuízo da escrituração
DA CONTABILIDADE ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA
patrimonial e financeira comum.
Art. 90 A contabilidade deverá evidenciar, em seus registros,
Art. 100 As alterações da situação líquida patrimonial, que
o montante dos créditos orçamentários vigentes, a despesa
abrangem os resultados da execução orçamentária, bem
empenhada e a despesa realizada, à conta dos mesmos
como as variações independentes dessa execução e as
créditos, e as dotações disponíveis.
superveniências e insubsistência ativas e passivas,
Art. 91. O registro contábil da receita e da despesa far-se-á constituirão elementos da conta patrimonial.
de acôrdo com as especificações constantes da Lei de
CAPÍTULO IV
Orçamento e dos créditos adicionais.
DOS BALANÇOS
Art. 92. A dívida flutuante compreende:
Art. 101. Os resultados gerais do exercício serão
I - os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida; demonstrados no Balanço Orçamentário, no Balanço
Financeiro, no Balanço Patrimonial, na Demonstração das
II - os serviços da dívida a pagar;
Variações Patrimoniais, segundo os Anexos números 12, 13,
III - os depósitos; 14 e 15 e os quadros demonstrativos constantes dos Anexos
números 1, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 16 e 17.
IV - os débitos de tesouraria.
Art. 102. O Balanço Orçamentário demonstrará as receitas e
Parágrafo único. O registro dos restos a pagar far-se-á por
despesas previstas em confronto com as realizadas.
exercício e por credor distinguindo-se as despesas
processadas das não processadas. Art. 103. O Balanço Financeiro demonstrará a receita e a
despesa orçamentárias bem como os recebimentos e os
Art. 93. Tôdas as operações de que resultem débitos e
pagamentos de natureza extra-orçamentária, conjugados
créditos de natureza financeira, não compreendidas na
com os saldos em espécie provenientes do exercício
execução orçamentária, serão também objeto de registro,
anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte.
individuação e contrôle contábil.
Parágrafo único. Os Restos a Pagar do exercício serão
CAPÍTULO III
computados na receita extra-orçamentária para compensar
DA CONTABILIDADE PATRIMONIAL E INDUSTRIAL
sua inclusão na despesa orçamentária.
Art. 94. Haverá registros analíticos de todos os bens de
Art. 104. A Demonstração das Variações Patrimoniais
caráter permanente, com indicação dos elementos
evidenciará as alterações verificadas no patrimônio,
necessários para a perfeita caracterização de cada um dêles
resultantes ou independentes da execução orçamentária, e
e dos agentes responsáveis pela sua guarda e administração.
indicará o resultado patrimonial do exercício.
Art. 95 A contabilidade manterá registros sintéticos dos bens
Art. 105. O Balanço Patrimonial demonstrará:
móveis e imóveis.
I - O Ativo Financeiro;

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II - O Ativo Permanente; Parágrafo único. Compreendem-se nesta disposição as


emprêsas com autonomia financeira e administrativa cujo
III - O Passivo Financeiro;
capital pertencer, integralmente, ao Poder Público.
IV - O Passivo Permanente;
Art. 108. Os orçamentos das entidades referidas no artigo
V - O Saldo Patrimonial; anterior vincular-se-ão ao orçamento da União, dos Estados,
dos Municípios e do Distrito Federal, pela inclusão:
VI - As Contas de Compensação.
I - como receita, salvo disposição legal em contrário, de saldo
§ 1º O Ativo Financeiro compreenderá os créditos e valores
positivo previsto entre os totais das receitas e despesas;
realizáveis independentemente de autorização
orçamentária e os valores numerários. II - como subvenção econômica, na receita do orçamento da
beneficiária, salvo disposição legal em contrário, do saldo
§ 2º O Ativo Permanente compreenderá os bens, créditos e
negativo previsto entre os totais das receitas e despesas.
valores, cuja mobilização ou alienação dependa de
autorização legislativa. § 1º Os investimentos ou inversões financeiras da União, dos
Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, realizados por
§ 3º O Passivo Financeiro compreenderá as dívidas fundadas
intermédio das entidades aludidas no artigo anterior, serão
e outras pagamento independa de autorização
classificados como receita de capital destas e despesa de
orçamentária.
transferência de capital daqueles.
§ 4º O Passivo Permanente compreenderá as dívidas
§ 2º As previsões para depreciação serão computadas para
fundadas e outras que dependam de autorização legislativa
efeito de apuração do saldo líquido das mencionadas
para amortização ou resgate.
entidades.
§ 5º Nas contas de compensação serão registrados os bens,
Art. 109. Os orçamentos e balanços das entidades
valores, obrigações e situações não compreendidas nos
compreendidas no artigo 107 serão publicados como
parágrafos anteriores e que, mediata ou indiretamente,
complemento dos orçamentos e balanços da União, dos
possam vir a afetar o patrimônio.
Estados, dos Municípios e do Distrito Federal a que estejam
Art. 106. A avaliação dos elementos patrimoniais obedecerá vinculados.
as normas seguintes:
Art. 110. Os orçamentos e balanços das entidades já
I - os débitos e créditos, bem como os títulos de renda, pelo referidas, obedecerão aos padrões e normas instituídas por
seu valor nominal, feita a conversão, quando em moeda esta lei, ajustados às respectivas peculiaridades.
estrangeira, à taxa de câmbio vigente na data do balanço;
Parágrafo único. Dentro do prazo que a legislação fixar, os
II - os bens móveis e imóveis, pelo valor de aquisição ou pelo balanços serão remetidos ao órgão central de contabilidade
custo de produção ou de construção; da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal,
para fins de incorporação dos resultados, salvo disposição
III - os bens de almoxarifado, pelo preço médio ponderado
legal em contrário.
das compras.
TÍTULO XI
§ 1° Os valores em espécie, assim como os débitos e
DISPOSIÇÕES FINAIS
créditos, quando em moeda estrangeira, deverão figurar ao
lado das correspondentes importâncias em moeda nacional. Art. 111. O Conselho Técnico de Economia e Finanças do
Ministério da Fazenda, além de outras apurações, para fins
§ 2º As variações resultantes da conversão dos débitos,
estatísticos, de interêsse nacional, organizará e publicará o
créditos e valores em espécie serão levadas à conta
balanço consolidado das contas da União, Estados,
patrimonial.
Municípios e Distrito Federal, suas autarquias e outras
§ 3º Poderão ser feitas reavaliações dos bens móveis e entidades, bem como um quadro estruturalmente idêntico,
imóveis. baseado em dados orçamentários.
TÍTULO X § 1º Os quadros referidos neste artigo terão a estrutura
DAS AUTARQUIAS E OUTRAS ENTIDADES do Anexo nº 1.
Art. 107. As entidades autárquicas ou paraestatais, inclusive § 2 O quadro baseado nos orçamentos será publicado até o
de previdência social ou investidas de delegação para último dia do primeiro semestre do próprio exercício e o
arrecadação de contribuições parafiscais da União, dos baseado nos balanços, até o último dia do segundo semestre
Estados, dos Municípios e do Distrito Federal terão seus do exercício imediato àquele a que se referirem.
orçamentos aprovados por decreto do Poder Executivo,
Art. 112. Para cumprimento do disposto no artigo
salvo se disposição legal expressa determinar que o sejam
precedente, a União, os Estados, os Municípios e o Distrito
pelo Poder Legislativo. (Vide Decreto nº 60.745, de
Federal remeterão ao mencionado órgão, até 30 de abril, os
1967)
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orçamentos do exercício, e até 30 de junho, os balanços do


exercício anterior. AUDITORIA FISCAL
Parágrafo único. O pagamento, pela União, de auxílio ou
contribuição a Estados, Municípios ou Distrito Federal, cuja
concessão não decorra de imperativo constitucional, Resolução CFC n° 1.222/2009
dependerá de prova do atendimento ao que se determina
neste artigo. Aprova a NBC TA 530 - Amostragem em Auditoria.

Art. 113. Para fiel e uniforme aplicação das presentes O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de
normas, o Conselho Técnico de Economia e Finanças do suas atribuições legais e regimentais,
Ministério da Fazenda atenderá a consultas, coligirá CONSIDERANDO o processo de convergência das Normas
elementos, promoverá o intercâmbio de dados informativos, Brasileiras de Contabilidade aos padrões internacionais;
expedirá recomendações técnicas, quando solicitadas, e
atualizará sempre que julgar conveniente, os anexos que CONSIDERANDO que o Conselho Federal de Contabilidade é
integram a presente lei. membro associado da IFAC - Federação Internacional de
Contadores;
Parágrafo único. Para os fins previstos neste artigo, poderão
ser promovidas, quando necessário, conferências ou CONSIDERANDO a Política de Tradução e Reprodução de
reuniões técnicas, com a participação de representantes das Normas, emitida pela IFAC em dezembro de 2008;
entidades abrangidas por estas normas. CONSIDERANDO que a IFAC, como parte do serviço ao
Art. 114. Os efeitos desta lei são contados a partir de 1º de interesse público, recomenda que seus membros e
janeiro de 1964 para o fim da elaboração dos orçamentos e associados realizem a tradução das suas normas
a partir de 1º de janeiro de 1965, quanto às demais internacionais e demais publicações;
atividades estatuídas. (Redação dada pela Lei nº CONSIDERANDO que mediante acordo firmado entre as
4.489, de 1964) partes, a IFAC autorizou, no Brasil, como tradutores das suas
Art. 115. Revogam-se as disposições em contrário. normas e publicações, o Conselho Federal de Contabilidade
e o IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes do
Brasília, 17 de março de 1964; 143º da Independência e 76º Brasil;
da República.
CONSIDERANDO que a IFAC, conforme cessão de direitos
JOÃO GOULART firmado, outorgou aos órgãos tradutores os direitos de
Abelardo Jurema realizar a tradução, publicação e distribuição das normas
internacionais impressas e em formato eletrônico, resolve:
Sylvio Borges de Souza Motta
Art. 1º Aprovar a NBC TA 530 - "Amostragem em Auditoria",
Jair Ribeiro elaborada de acordo com a sua equivalente internacional ISA
João Augusto de Araújo Castro 530.

Waldyr Ramos Borges Art. 2º Esta Resolução entra em vigor nos exercícios iniciados
em ou após 1º. de janeiro de 2010.
Expedito Machado
Art. 3º Observado o disposto no art. 3º da Resolução CFC nº
Oswaldo Costa Lima Filho 1.203/09, ficam revogadas a partir de 1º de janeiro de 2010
Júlio Furquim Sambaquy as disposições em contrário nos termos do art. 4º da mesma
resolução.
Amaury Silva
ATA CFC Nº 931
Anysio Botelho NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE
Wilson Fadul NBC TA 530 - AMOSTRAGEM EM AUDITORIA
Antonio Oliveira Brito Introdução
Egydio Michaelsen Alcance
1. Esta Norma se aplica quando o auditor independente
decide usar amostragem na execução de procedimentos de
auditoria. Essa Norma trata do uso de amostragem
estatística e não estatística na definição e seleção da
amostra de auditoria, na execução de testes de controles e
de detalhes e na avaliação dos resultados da amostra.

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2. Esta Norma complementa a NBC TA 500 - Evidência de razão que não seja relacionada ao risco de amostragem (ver
Auditoria, que trata da responsabilidade do auditor na item A1).
definição e execução de procedimentos de auditoria para
Anomalia é a distorção ou o desvio que é comprovadamente
obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para
não representativo de distorção ou desvio em uma
chegar a conclusões razoáveis que fundamentem sua
população.
opinião de auditoria. A NBC TA 500 fornece orientação sobre
os meios disponíveis para o auditor selecionar os itens para Unidade de amostragem é cada um dos itens individuais que
teste, dos quais a amostragem de auditoria é um deles. constituem uma população (ver item A2).
Data de vigência Amostragem estatística é a abordagem à amostragem com
as seguintes características:
3. Esta Norma é aplicável a auditoria de demonstrações
contábeis para os períodos iniciados em ou após 1º de (a) seleção aleatória dos itens da amostra; e ]
janeiro de 2010.
(b) o uso da teoria das probabilidades para avaliar os
Objetivo resultados das amostras, incluindo a mensuração do risco de
amostragem.
4. O objetivo do auditor, ao usar a amostragem em auditoria,
é o de proporcionar uma base razoável para o auditor A abordagem de amostragem que não tem as características
concluir quanto à população da qual a amostra é (i) e (ii) é considerada uma amostragem não estatística.
selecionada.
Estratificação é o processo de dividir uma população em
Definições subpopulações, cada uma sendo um grupo de unidades de
amostragem com características semelhantes (geralmente
5. Para fins das normas de auditoria, os termos a seguir têm
valor monetário).
os significados a eles atribuídos:
Distorção tolerável é um valor monetário definido pelo
Amostragem em auditoria é a aplicação de procedimentos
auditor para obter um nível apropriado de segurança de que
de auditoria em menos de 100% dos itens de população
esse valor monetário não seja excedido pela distorção real
relevante para fins de auditoria, de maneira que todas as
na população (ver item A3).
unidades de amostragem tenham a mesma chance de serem
selecionadas para proporcionar uma base razoável que Taxa tolerável de desvio é a taxa de desvio dos
possibilite o auditor concluir sobre toda a população. procedimentos de controles internos previstos, definida pelo
auditor para obter um nível apropriado de segurança de que
População é o conjunto completo de dados sobre o qual a
essa taxa de desvio não seja excedida pela taxa real de desvio
amostra é selecionada e sobre o qual o auditor deseja
na população.
concluir.
Requisitos Definição da amostra, tamanho e seleção dos
Risco de amostragem é o risco de que a conclusão do auditor,
itens para teste
com base em amostra, pudesse ser diferente se toda a
população fosse sujeita ao mesmo procedimento de 6. Ao definir uma amostra de auditoria, o auditor deve
auditoria. O risco de amostragem pode levar a dois tipos de considerar a finalidade do procedimento de auditoria e as
conclusões errôneas: características da população da qual será retirada a amostra
(ver itens A4 a A9).
(a) no caso de teste de controles, em que os controles são
considerados mais eficazes do que realmente são ou no caso 7. O auditor deve determinar o tamanho de amostra
de teste de detalhes, em que não seja identificada distorção suficiente para reduzir o risco de amostragem a um nível
relevante, quando, na verdade, ela existe. O auditor está mínimo aceitável (ver itens A10 e A11).
preocupado com esse tipo de conclusão errônea porque ela
8. O auditor deve selecionar itens para a amostragem de
afeta a eficácia da auditoria e é provável que leve a uma
forma que cada unidade de amostragem da população tenha
opinião de auditoria não apropriada.
a mesma chance de ser selecionada (ver itens A12 e A13).
(b) no caso de teste de controles, em que os controles são
Execução de procedimentos de auditoria
considerados menos eficazes do que realmente são ou no
caso de teste de detalhes, em que seja identificada distorção 9. O auditor deve executar os procedimentos de auditoria,
relevante, quando, na verdade, ela não existe. Esse tipo de apropriados à finalidade, para cada item selecionado.
conclusão errônea afeta a eficiência da auditoria porque ela
10. Se o procedimento de auditoria não for aplicável ao item
normalmente levaria a um trabalho adicional para
selecionado, o auditor deve executar o procedimento em um
estabelecer que as conclusões iniciais estavam incorretas.
item que substitua o anteriormente selecionado (ver item
Risco não resultante da amostragem é o risco de que o A14).
auditor chegue a uma conclusão errônea por qualquer outra

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11. Se o auditor não puder aplicar os procedimentos de IV – sociedades de crédito, financiamento e investimentos;
auditoria definidos ou procedimentos alternativos
V – sociedades de crédito imobiliário;
adequados em um item selecionado, o auditor deve tratar
esse item como um desvio do controle previsto, no caso de VI – administradoras de cartões de crédito;
testes de controles ou uma distorção, no caso de testes de
VII – sociedades de arrendamento mercantil;
detalhes (ver itens A15 e A16).
VIII – administradoras de mercado de balcão organizado;
Natureza e causa de desvios e distorções
IX – cooperativas de crédito;
12. O auditor deve investigar a natureza e a causa de
quaisquer desvios ou distorções identificados e avaliar o X – associações de poupança e empréstimo;
possível efeito causado por eles na finalidade do
XI – bolsas de valores e de mercadorias e futuros;
procedimento de auditoria e em outras áreas de auditoria
(ver item A17). XII – entidades de liquidação e compensação;
13. Em circunstâncias extremamente raras, quando o auditor XIII – outras sociedades que, em razão da natureza de suas
considera que uma distorção ou um desvio descobertos na operações, assim venham a ser consideradas pelo Conselho
amostra são anomalias, o auditor deve obter um alto grau de Monetário Nacional.
certeza de que essa distorção ou esse desvio não sejam
§ 2o As empresas de fomento comercial ou factoring, para os
representativos da população. O auditor deve obter esse
efeitos desta Lei Complementar, obedecerão às normas
grau de certeza mediante a execução de procedimentos
aplicáveis às instituições financeiras previstas no § 1o.
adicionais de auditoria, para obter evidência de auditoria
apropriada e suficiente de que a distorção ou o desvio não § 3o Não constitui violação do dever de sigilo:
afetam o restante da população.
I – a troca de informações entre instituições financeiras, para
Projeção de distorções fins cadastrais, inclusive por intermédio de centrais de risco,
observadas as normas baixadas pelo Conselho Monetário
14. Para os testes de detalhes, o auditor deve projetar, para
Nacional e pelo Banco Central do Brasil;
a população, as distorções encontradas na amostra (ver itens
A18 a A20). II - o fornecimento de informações constantes de cadastro
de emitentes de cheques sem provisão de fundos e de
Avaliação do resultado da amostragem em auditoria
devedores inadimplentes, a entidades de proteção ao
15. O auditor deve avaliar: crédito, observadas as normas baixadas pelo Conselho
Monetário Nacional e pelo Banco Central do Brasil;
(a) os resultados da amostra (ver itens A21 e A22); e
III – o fornecimento das informações de que trata o § 2o do
(b) se o uso de amostragem de auditoria forneceu uma base
art. 11 da Lei no 9.311, de 24 de outubro de 1996;
razoável para conclusões sobre a população que foi testada
(ver item A23). IV – a comunicação, às autoridades competentes, da prática
de ilícitos penais ou administrativos, abrangendo
CONTADORA MARIA CLARA CAVALCANTE BUGARIM
o fornecimento de informações sobre operações que
Presidente envolvam recursos provenientes de qualquer prática
criminosa;
Lei Complementar nº 105/2001 V – a revelação de informações sigilosas com o
consentimento expresso dos interessados;
Dispõe sobre o sigilo das operações de instituições
financeiras e dá outras providências. VI – a prestação de informações nos termos e condições
estabelecidos nos artigos 2o, 3o, 4o, 5o, 6o, 7o e 9 desta Lei
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Complementar.
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei
Complementar: VII - o fornecimento de dados financeiros e de pagamentos,
relativos a operações de crédito e obrigações de pagamento
Art. 1o As instituições financeiras conservarão sigilo em suas adimplidas ou em andamento de pessoas naturais ou
operações ativas e passivas e serviços prestados. jurídicas, a gestores de bancos de dados, para formação de
§ 1o São consideradas instituições financeiras, para os efeitos histórico de crédito, nos termos de lei
desta Lei Complementar: específica. (Incluído pela Lei Complementar nº 166,
de 2019) (Vigência)
I – os bancos de qualquer espécie;
§ 4o A quebra de sigilo poderá ser decretada, quando
II – distribuidoras de valores mobiliários; necessária para apuração de ocorrência de qualquer ilícito,
III – corretoras de câmbio e de valores mobiliários;

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em qualquer fase do inquérito ou do processo judicial, e a) a fiscalização de filiais e subsidiárias de instituições


especialmente nos seguintes crimes: financeiras estrangeiras, em funcionamento no Brasil e de
filiais e subsidiárias, no exterior, de instituições financeiras
I – de terrorismo;
brasileiras;
II – de tráfico ilícito de substâncias entorpecentes ou drogas
b) a cooperação mútua e o intercâmbio de informações para
afins;
a investigação de atividades ou operações que impliquem
III – de contrabando ou tráfico de armas, munições ou aplicação, negociação, ocultação ou transferência de ativos
material destinado a sua produção; financeiros e de valores mobiliários relacionados com a
prática de condutas ilícitas.
IV – de extorsão mediante seqüestro;
§ 5o O dever de sigilo de que trata esta Lei Complementar
V – contra o sistema financeiro nacional;
estende-se aos órgãos fiscalizadores mencionados no § 4o e
VI – contra a Administração Pública; a seus agentes.
VII – contra a ordem tributária e a previdência social; § 6o O Banco Central do Brasil, a Comissão de Valores
Mobiliários e os demais órgãos de fiscalização, nas áreas de
VIII – lavagem de dinheiro ou ocultação de bens, direitos e
suas atribuições, fornecerão ao Conselho de Controle de
valores;
Atividades Financeiras – COAF, de que trata o art. 14 da Lei
IX – praticado por organização criminosa. no 9.613, de 3 de março de 1998, as informações cadastrais
e de movimento de valores relativos às operações previstas
Art. 2o O dever de sigilo é extensivo ao Banco Central do
no inciso I do art. 11 da referida Lei.
Brasil, em relação às operações que realizar e às informações
que obtiver no exercício de suas atribuições. Art. 3o Serão prestadas pelo Banco Central do Brasil, pela
Comissão de Valores Mobiliários e pelas instituições
§ 1o O sigilo, inclusive quanto a contas de depósitos,
financeiras as informações ordenadas pelo Poder Judiciário,
aplicações e investimentos mantidos em instituições
preservado o seu caráter sigiloso mediante acesso restrito às
financeiras, não pode ser oposto ao Banco Central do Brasil:
partes, que delas não poderão servir-se para fins estranhos
I – no desempenho de suas funções de fiscalização, à lide.
compreendendo a apuração, a qualquer tempo, de ilícitos
§ 1o Dependem de prévia autorização do Poder Judiciário a
praticados por controladores, administradores, membros de
prestação de informações e o fornecimento de documentos
conselhos estatutários, gerentes, mandatários e prepostos
sigilosos solicitados por comissão de inquérito
de instituições financeiras;
administrativo destinada a apurar responsabilidade de
II – ao proceder a inquérito em instituição financeira servidor público por infração praticada no exercício de suas
submetida a regime especial. atribuições, ou que tenha relação com as atribuições do
cargo em que se encontre investido.
§ 2o As comissões encarregadas dos inquéritos a que se
refere o inciso II do § 1o poderão examinar quaisquer § 2o Nas hipóteses do § 1o, o requerimento de quebra de
documentos relativos a bens, direitos e obrigações das sigilo independe da existência de processo judicial em curso.
instituições financeiras, de seus controladores,
§ 3o Além dos casos previstos neste artigo o Banco Central
administradores, membros de conselhos estatutários,
do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários fornecerão à
gerentes, mandatários e prepostos, inclusive contas
Advocacia-Geral da União as informações e os documentos
correntes e operações com outras instituições financeiras.
necessários à defesa da União nas ações em que seja parte.
§ 3o O disposto neste artigo aplica-se à Comissão de Valores
Art. 4o O Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores
Mobiliários, quando se tratar de fiscalização de operações e
Mobiliários, nas áreas de suas atribuições, e as instituições
serviços no mercado de valores mobiliários, inclusive nas
financeiras fornecerão ao Poder Legislativo Federal as
instituições financeiras que sejam companhias abertas.
informações e os documentos sigilosos que,
§ 4o O Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores fundamentadamente, se fizerem necessários ao exercício de
Mobiliários, em suas áreas de competência, poderão firmar suas respectivas competências constitucionais e legais.
convênios:
§ 1o As comissões parlamentares de inquérito, no exercício
I - com outros órgãos públicos fiscalizadores de instituições de sua competência constitucional e legal de ampla
financeiras, objetivando a realização de fiscalizações investigação, obterão as informações e documentos sigilosos
conjuntas, observadas as respectivas competências; de que necessitarem, diretamente das
instituições financeiras, ou por intermédio do Banco Central
II - com bancos centrais ou entidades fiscalizadoras de outros
do Brasil ou da Comissão de Valores Mobiliários.
países, objetivando:
§ 2o As solicitações de que trata este artigo deverão ser
previamente aprovadas pelo Plenário da Câmara dos
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Deputados, do Senado Federal, ou do plenário de suas necessitar, bem como realizar fiscalização ou auditoria para
respectivas comissões parlamentares de inquérito. a adequada apuração dos fatos.
Art. 5o O Poder Executivo disciplinará, inclusive quanto à § 5o As informações a que refere este artigo serão
periodicidade e aos limites de valor, os critérios segundo os conservadas sob sigilo fiscal, na forma da legislação em vigor.
quais as instituições financeiras informarão à administração
Art. 6o As autoridades e os agentes fiscais tributários da
tributária da União, as operações financeiras efetuadas pelos
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
usuários de seus serviços. (Regulamento)
somente poderão examinar documentos, livros e registros
§ 1o Consideram-se operações financeiras, para os efeitos de instituições financeiras, inclusive os referentes a contas
deste artigo: de depósitos e aplicações financeiras, quando houver
processo administrativo instaurado ou procedimento fiscal
I – depósitos à vista e a prazo, inclusive em conta de
em curso e tais exames sejam considerados indispensáveis
poupança;
pela autoridade administrativa
II – pagamentos efetuados em moeda corrente ou em competente. (Regulamento)
cheques;
Parágrafo único. O resultado dos exames, as informações e
III – emissão de ordens de crédito ou documentos os documentos a que se refere este artigo serão conservados
assemelhados; em sigilo, observada a legislação tributária.
IV – resgates em contas de depósitos à vista ou a prazo, Art. 7o Sem prejuízo do disposto no § 3o do art. 2o, a
inclusive de poupança; Comissão de Valores Mobiliários, instaurado inquérito
administrativo, poderá solicitar à autoridade judiciária
V – contratos de mútuo;
competente o levantamento do sigilo junto às instituições
VI – descontos de duplicatas, notas promissórias e outros financeiras de informações e documentos relativos a bens,
títulos de crédito; direitos e obrigações de pessoa física ou jurídica submetida
ao seu poder disciplinar.
VII – aquisições e vendas de títulos de renda fixa ou variável;
Parágrafo único. O Banco Central do Brasil e a Comissão de
VIII – aplicações em fundos de investimentos;
Valores Mobiliários, manterão permanente intercâmbio de
IX – aquisições de moeda estrangeira; informações acerca dos resultados das inspeções que
realizarem, dos inquéritos que instaurarem e das
X – conversões de moeda estrangeira em moeda nacional;
penalidades que aplicarem, sempre que as informações
XI – transferências de moeda e outros valores para o forem necessárias ao desempenho de suas atividades.
exterior;
Art. 8o O cumprimento das exigências e formalidades
XII – operações com ouro, ativo financeiro; previstas nos artigos 4o, 6o e 7o, será expressamente
declarado pelas autoridades competentes nas solicitações
XIII - operações com cartão de crédito;
dirigidas ao Banco Central do Brasil, à Comissão de Valores
XIV - operações de arrendamento mercantil; e Mobiliários ou às instituições financeiras.
XV – quaisquer outras operações de natureza semelhante Art. 9o Quando, no exercício de suas atribuições, o Banco
que venham a ser autorizadas pelo Banco Central do Brasil, Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários
Comissão de Valores Mobiliários ou outro órgão verificarem a ocorrência de crime definido em lei como de
competente. ação pública, ou indícios da prática de tais crimes,
§ 2o As informações transferidas na forma do caput deste informarão ao Ministério Público, juntando à comunicação
artigo restringir-se-ão a informes relacionados com a os documentos necessários à apuração ou comprovação dos
identificação dos titulares das operações e os montantes fatos.
globais mensalmente movimentados, vedada a inserção de § 1o A comunicação de que trata este artigo será efetuada
qualquer elemento que permita identificar a sua origem ou pelos Presidentes do Banco Central do Brasil e da Comissão
a natureza dos gastos a partir deles efetuados. de Valores Mobiliários, admitida delegação de competência,
§ 3o Não se incluem entre as informações de que trata este no prazo máximo de quinze dias, a contar do recebimento do
artigo as operações financeiras efetuadas pelas processo, com manifestação dos respectivos serviços
administrações direta e indireta da União, dos Estados, do jurídicos.
Distrito Federal e dos Municípios. § 2o Independentemente do disposto no caput deste artigo,
§ 4o Recebidas as informações de que trata este artigo, se o Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários
detectados indícios de falhas, incorreções ou omissões, ou comunicarão aos órgãos públicos competentes as
de cometimento de ilícito fiscal, a autoridade interessada irregularidades e os ilícitos administrativos de que tenham
poderá requisitar as informações e os documentos de que

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conhecimento, ou indícios de sua prática, anexando os § 6º A companhia fechada com patrimônio líquido, na data
documentos pertinentes. do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais)
não será obrigada à elaboração e publicação da
Art. 10. A quebra de sigilo, fora das hipóteses autorizadas
demonstração dos fluxos de caixa.” (NR)
nesta Lei Complementar, constitui crime e sujeita os
responsáveis à pena de reclusão, de um a quatro anos, e “Art. 177...........................................................
multa, aplicando-se, no que couber, o Código Penal, sem
§ 2º As disposições da lei tributária ou de legislação especial
prejuízo de outras sanções cabíveis.
sobre atividade que constitui o objeto da companhia que
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem omitir, conduzam à utilização de métodos ou critérios contábeis
retardar injustificadamente ou prestar falsamente as diferentes ou à elaboração de outras demonstrações não
informações requeridas nos termos desta Lei elidem a obrigação de elaborar, para todos os fins desta Lei,
Complementar. demonstrações financeiras em consonância com o disposto
no caput deste artigo e deverão ser alternativamente
Art. 11. O servidor público que utilizar ou viabilizar a
observadas mediante registro:
utilização de qualquer informação obtida em decorrência da
quebra de sigilo de que trata esta Lei Complementar I – em livros auxiliares, sem modificação da escrituração
responde pessoal e diretamente pelos danos decorrentes, mercantil; ou
sem prejuízo da responsabilidade objetiva da entidade
II – no caso da elaboração das demonstrações para fins
pública, quando comprovado que o servidor agiu de acordo
tributários, na escrituração mercantil, desde que sejam
com orientação oficial.
efetuados em seguida lançamentos contábeis adicionais que
Art. 12. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua assegurem a preparação e a divulgação de demonstrações
publicação. financeiras com observância do disposto no caput deste
artigo, devendo ser essas demonstrações auditadas por
Art. 13. Revoga-se o art. 38 da Lei no 4.595, de 31 de
auditor independente registrado na Comissão de Valores
dezembro de 1964.
Mobiliários.
Brasília, 10 de janeiro de 2001; 180o da Independência e
§ 5º As normas expedidas pela Comissão de Valores
113o da República.
Mobiliários a que se refere o § 3o deste artigo deverão ser
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO elaboradas em consonância com os padrões internacionais
José Gregori de contabilidade adotados nos principais mercados de
Pedro Malan valores mobiliários.
Martus Tavares
§ 6o As companhias fechadas poderão optar por observar as
Este texto não substitui o publicado no DOU de 11.1.2001 normas sobre demonstrações financeiras expedidas pela
Comissão de Valores Mobiliários para as companhias

CONTABILIDADE GERAL abertas.


§ 7o Os lançamentos de ajuste efetuados exclusivamente
para harmonização de normas contábeis, nos termos do §
Lei nº 11.638/2007 2o deste artigo, e as demonstrações e apurações com eles
elaboradas não poderão ser base de incidência de impostos
Altera e revoga dispositivos da Lei no 6.404, de 15 de e contribuições nem ter quaisquer outros efeitos
dezembro de 1976, e da Lei no 6.385, de 7 de dezembro de tributários.” (NR)
1976, e estende às sociedades de grande porte disposições “Art. 178..........................................................
relativas à elaboração e divulgação de demonstrações
financeiras. § 1o ................................................................

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso c) ativo permanente, dividido em investimentos,
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: imobilizado, intangível e diferido.

Art. 1o Os arts. 176 a 179, 181 a 184, 187, 188, 197, 199, 226 § 2o ................................................................
e 248 da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, passam d) patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de
a vigorar com a seguinte redação: capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros,
“Art. 176......................................................... ações em tesouraria e prejuízos acumulados.

IV – demonstração dos fluxos de caixa; e .......................................................................” (NR)

V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. “Art. 179..........................................................

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IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto VIII – os elementos do ativo decorrentes de operações de
bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da longo prazo serão ajustados a valor presente, sendo os
companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, demais ajustados quando houver efeito relevante.
inclusive os decorrentes de operações que transfiram à
§ 1o.................................................................
companhia os benefícios, riscos e controle desses bens;
d) dos instrumentos financeiros, o valor que pode se obter
V – no diferido: as despesas pré-operacionais e os gastos de
em um mercado ativo, decorrente de transação não
reestruturação que contribuirão, efetivamente, para o
compulsória realizada entre partes independentes; e, na
aumento do resultado de mais de um exercício social e que
ausência de um mercado ativo para um determinado
não configurem tão-somente uma redução de custos ou
instrumento financeiro:
acréscimo na eficiência operacional;
1) o valor que se pode obter em um mercado ativo com a
VI – no intangível: os direitos que tenham por objeto bens
negociação de outro instrumento financeiro de natureza,
incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou
prazo e risco similares;
exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio
adquirido. 2) o valor presente líquido dos fluxos de caixa futuros para
instrumentos financeiros de natureza, prazo e risco
.......................................................................” (NR)
similares; ou
“(VETADO)
3) o valor obtido por meio de modelos matemático-
Art. 181. (VETADO)” estatísticos de precificação de instrumentos financeiros.
“Patrimônio Líquido § 2o A diminuição do valor dos elementos dos ativos
imobilizado, intangível e diferido será registrada
Art. 182...........................................................
periodicamente nas contas de:
§ 1o ................................................................
§ 3º A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise
c) (revogada); sobre a recuperação dos valores registrados no imobilizado,
no intangível e no diferido, a fim de que sejam:
d) (revogada).
I – registradas as perdas de valor do capital aplicado quando
§ 3º Serão classificadas como ajustes de avaliação
houver decisão de interromper os empreendimentos ou
patrimonial, enquanto não computadas no resultado do
atividades a que se destinavam ou quando comprovado que
exercício em obediência ao regime de competência, as
não poderão produzir resultados suficientes para
contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor
recuperação desse valor; ou
atribuído a elementos do ativo (§ 5o do art. 177, inciso I
do caput do art. 183 e § 3o do art. 226 desta Lei) e do passivo, II – revisados e ajustados os critérios utilizados para
em decorrência da sua avaliação a preço de mercado. determinação da vida útil econômica estimada e para cálculo
da depreciação, exaustão e amortização.
.......................................................................” (NR)
.......................................................................” (NR)
“Critérios de Avaliação do Ativo
“Critérios de Avaliação do Passivo
Art. 183............................................................
Art. 184............................................................
I - as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive
derivativos, e em direitos e títulos de créditos, classificados III – as obrigações, encargos e riscos classificados no passivo
no ativo circulante ou no realizável a longo prazo: exigível a longo prazo serão ajustados ao seu valor presente,
sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante.”
a) pelo seu valor de mercado ou valor equivalente, quando
(NR)
se tratar de aplicações destinadas à negociação ou
disponíveis para venda; e “Demonstração do Resultado do Exercício
b) pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, Art. 187............................................................
atualizado conforme disposições legais ou contratuais,
VI – as participações de debêntures, de empregados e
ajustado ao valor provável de realização, quando este for
administradores, mesmo na forma de instrumentos
inferior, no caso das demais aplicações e os direitos e títulos
financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou
de crédito;
previdência de empregados, que não se caracterizem como
VII – os direitos classificados no intangível, pelo custo despesa;
incorrido na aquisição deduzido do saldo da respectiva conta
.......................................................................
de amortização;
§ 2º (Revogado).” (NR)

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“Demonstrações dos Fluxos de Caixa e do Valor Adicionado .......................................................................” (NR)


Art. 188. As demonstrações referidas nos incisos IV e V Art. 2o A Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, passa a
do caput do art. 176 desta Lei indicarão, no mínimo: vigorar acrescida do seguinte art. 195-A:
I – demonstração dos fluxos de caixa – as alterações “Reserva de Incentivos Fiscais
ocorridas, durante o exercício, no saldo de caixa e
Art. 195-A. A assembléia geral poderá, por proposta dos
equivalentes de caixa, segregando-se essas alterações em,
órgãos de administração, destinar para a reserva de
no mínimo, 3 (três) fluxos:
incentivos fiscais a parcela do lucro líquido decorrente de
a) das operações; doações ou subvenções governamentais para investimentos,
que poderá ser excluída da base de cálculo do dividendo
b) dos financiamentos; e
obrigatório (inciso I do caput do art. 202 desta Lei).”
c) dos investimentos;
Demonstrações Financeiras de Sociedades de Grande Porte
II – demonstração do valor adicionado – o valor da riqueza
Art. 3o Aplicam-se às sociedades de grande porte, ainda que
gerada pela companhia, a sua distribuição entre os
não constituídas sob a forma de sociedades por ações, as
elementos que contribuíram para a geração dessa riqueza,
disposições da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976,
tais como empregados, financiadores, acionistas, governo e
sobre escrituração e elaboração de demonstrações
outros, bem como a parcela da riqueza não distribuída.
financeiras e a obrigatoriedade de auditoria independente
....................................................................... ”(NR) por auditor registrado na Comissão de Valores Mobiliários.
“Reserva de Lucros a Realizar Parágrafo único. Considera-se de grande porte, para os fins
exclusivos desta Lei, a sociedade ou conjunto de sociedades
Art. 197............................................................
sob controle comum que tiver, no exercício social anterior,
§ 1o ................................................................ ativo total superior a R$ 240.000.000,00 (duzentos e
quarenta milhões de reais) ou receita bruta anual superior a
II – o lucro, rendimento ou ganho líquidos em operações ou
R$ 300.000.000,00 (trezentos milhões de reais).
contabilização de ativo e passivo pelo valor de mercado, cujo
prazo de realização financeira ocorra após o término do Art. 4o As normas de que tratam os incisos I, II e IV do § 1º
exercício social seguinte. do art. 22 da Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976,
poderão ser especificadas por categorias de companhias
.......................................................................” (NR)
abertas e demais emissores de valores mobiliários em função
“Limite do Saldo das Reservas de Lucro do seu porte e das espécies e classes dos valores mobiliários
por eles emitidos e negociados no mercado.
Art. 199. O saldo das reservas de lucros, exceto as para
contingências, de incentivos fiscais e de lucros a realizar, não Art. 5o A Lei no 6.385, de 7 de dezembro de 1976, passa a
poderá ultrapassar o capital social. Atingindo esse limite, a vigorar acrescida do seguinte art. 10-A:
assembléia deliberará sobre aplicação do excesso na
“Art. 10-A. A Comissão de Valores Mobiliários, o Banco
integralização ou no aumento do capital social ou na
Central do Brasil e demais órgãos e agências reguladoras
distribuição de dividendos.” (NR)
poderão celebrar convênio com entidade que tenha por
“Transformação, Incorporação, Fusão e Cisão objeto o estudo e a divulgação de princípios, normas e
padrões de contabilidade e de auditoria, podendo, no
Art. 226............................................................
exercício de suas atribuições regulamentares, adotar, no
§ 3º Nas operações referidas no caput deste artigo, todo ou em parte, os pronunciamentos e demais orientações
realizadas entre partes independentes e vinculadas à efetiva técnicas emitidas.
transferência de controle, os ativos e passivos da sociedade
Parágrafo único. A entidade referida no caput deste artigo
a ser incorporada ou decorrente de fusão ou cisão serão
deverá ser majoritariamente composta por contadores, dela
contabilizados pelo seu valor de mercado.” (NR)
fazendo parte, paritariamente, representantes de entidades
“Avaliação do Investimento em Coligadas e Controladas representativas de sociedades submetidas ao regime de
elaboração de demonstrações financeiras previstas nesta
Art. 248. No balanço patrimonial da companhia, os
Lei, de sociedades que auditam e analisam as demonstrações
investimentos em coligadas sobre cuja administração tenha
financeiras, do órgão federal de fiscalização do exercício da
influência significativa, ou de que participe com 20% (vinte
profissão contábil e de universidade ou instituto de pesquisa
por cento) ou mais do capital votante, em controladas e em
com reconhecida atuação na área contábil e de mercado de
outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou
capitais.”
estejam sob controle comum serão avaliados pelo método
da equivalência patrimonial, de acordo com as seguintes Art. 6o Os saldos existentes nas reservas de reavaliação
normas: deverão ser mantidos até a sua efetiva realização ou

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estornados até o final do exercício social em que esta Lei no 11.196, de 21 de novembro de 2005; e dá outras
entrar em vigor. providências.
Art. 7o As demonstrações referidas nos incisos IV e V O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso
do caput do art. 176 da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
1976, poderão ser divulgadas, no primeiro ano de vigência
CAPÍTULO I
desta Lei, sem a indicação dos valores correspondentes ao
DOS PARCELAMENTOS
exercício anterior.
SEÇÃO I
Art. 8o Os textos consolidados das Leis nºs 6.404, de 15 de DO PARCELAMENTO OU PAGAMENTO DE DÍVIDAS
dezembro de 1976, e 6.385, de 7 de dezembro de 1976, com
todas as alterações nelas introduzidas pela legislação Art. 1o Poderão ser pagos ou parcelados, em até 180 (cento
posterior, inclusive esta Lei, serão publicados no Diário e oitenta) meses, nas condições desta Lei, os débitos
Oficial da União pelo Poder Executivo. administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil e
os débitos para com a Procuradoria-Geral da Fazenda
Art. 9o Esta Lei entra em vigor no primeiro dia do exercício Nacional, inclusive o saldo remanescente dos débitos
seguinte ao de sua publicação. consolidados no Programa de Recuperação Fiscal – REFIS, de
Art. 10. Ficam revogadas as alíneas c e d do § 1o do art. 182 que trata a Lei no 9.964, de 10 de abril de 2000, no
e o § 2º do art. 187 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de Parcelamento Especial – PAES, de que trata a Lei no 10.684,
1976. de 30 de maio de 2003, no Parcelamento Excepcional – PAEX,
de que trata a Medida Provisória no 303, de 29 de junho de
Brasília, 28 de dezembro de 2007; 186o da Independência e 2006, no parcelamento previsto no art. 38 da Lei no 8.212, de
119o da República. 24 de julho de 1991, e no parcelamento previsto no art. 10
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA da Lei no 10.522, de 19 de julho de 2002, mesmo que tenham
Arno Hugo Augustin Filho sido excluídos dos respectivos programas e parcelamentos,
bem como os débitos decorrentes do aproveitamento
Lei nº 11.941/2009 indevido de créditos do Imposto sobre Produtos
Industrializados – IPI oriundos da aquisição de matérias-
Altera a legislação tributária federal relativa ao primas, material de embalagem e produtos intermediários
parcelamento ordinário de débitos tributários; concede relacionados na Tabela de Incidência do Imposto sobre
remissão nos casos em que especifica; institui regime Produtos Industrializados – TIPI, aprovada pelo Decreto
tributário de transição, alterando o Decreto no 70.235, de no 6.006, de 28 de dezembro de 2006, com incidência de
6 de março de 1972, as Leis nos 8.212, de 24 de julho de alíquota 0 (zero) ou como não-tributados. (Vide Lei
1991, 8.213, de 24 de julho de 1991, 8.218, de 29 de agosto nº 12.865, de 2013) (Vide Lei nº 12.996, de
de 1991, 9.249, de 26 de dezembro de 1995, 9.430, de 27 de 2014) (Vide Lei nº 13.043, de 2014)
dezembro de 1996, 9.469, de 10 de julho de 1997, 9.532, de § 1o O disposto neste artigo aplica-se aos créditos
10 de dezembro de 1997, 10.426, de 24 de abril de 2002, constituídos ou não, inscritos ou não em Dívida Ativa da
10.480, de 2 de julho de 2002, 10.522, de 19 de julho de União, mesmo em fase de execução fiscal já ajuizada,
2002, 10.887, de 18 de junho de 2004, e 6.404, de 15 de inclusive os que foram indevidamente aproveitados na
dezembro de 1976, o Decreto-Lei no 1.598, de 26 de apuração do IPI referidos no caput deste artigo.
dezembro de 1977, e as Leis nos 8.981, de 20 de janeiro de
§ 2o Para os fins do disposto no caput deste artigo, poderão
1995, 10.925, de 23 de julho de 2004, 10.637, de 30 de
ser pagas ou parceladas as dívidas vencidas até 30 de
dezembro de 2002, 10.833, de 29 de dezembro de 2003,
novembro de 2008, de pessoas físicas ou jurídicas,
11.116, de 18 de maio de 2005, 11.732, de 30 de junho de
consolidadas pelo sujeito passivo, com exigibilidade
2008, 10.260, de 12 de julho de 2001, 9.873, de 23 de
suspensa ou não, inscritas ou não em dívida ativa,
novembro de 1999, 11.171, de 2 de setembro de 2005,
consideradas isoladamente, mesmo em fase de execução
11.345, de 14 de setembro de 2006; prorroga a vigência da
fiscal já ajuizada, ou que tenham sido objeto de
Lei no 8.989, de 24 de fevereiro de 1995; revoga
parcelamento anterior, não integralmente quitado, ainda
dispositivos das Leis nos 8.383, de 30 de dezembro de 1991,
que cancelado por falta de pagamento, assim considerados:
e 8.620, de 5 de janeiro de 1993, do Decreto-Lei no 73, de
21 de novembro de 1966, das Leis nos 10.190, de 14 de I – os débitos inscritos em Dívida Ativa da União, no âmbito
fevereiro de 2001, 9.718, de 27 de novembro de 1998, e da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional;
6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.964, de 10 de abril de
II – os débitos relativos ao aproveitamento indevido de
2000, e, a partir da instalação do Conselho Administrativo
crédito de IPI referido no caput deste artigo;
de Recursos Fiscais, os Decretos nos 83.304, de 28 de março
de 1979, e 89.892, de 2 de julho de 1984, e o art. 112 da Lei III – os débitos decorrentes das contribuições sociais
previstas nas alíneas a, b e c do parágrafo único do art. 11 da

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Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, das contribuições II – R$ 100,00 (cem reais), no caso de pessoa jurídica.
instituídas a título de substituição e das contribuições
§ 7o As empresas que optarem pelo pagamento ou
devidas a terceiros, assim entendidas outras entidades e
parcelamento dos débitos nos termos deste artigo poderão
fundos, administrados pela Secretaria da Receita Federal do
liquidar os valores correspondentes a multa, de mora ou de
Brasil; e
ofício, e a juros moratórios, inclusive as relativas a débitos
IV – os demais débitos administrados pela Secretaria da inscritos em dívida ativa, com a utilização de prejuízo fiscal e
Receita Federal do Brasil. de base de cálculo negativa da contribuição social sobre o
lucro líquido próprios.
§ 3o Observado o disposto no art. 3o desta Lei e os requisitos
e as condições estabelecidos em ato conjunto do § 8o Na hipótese do § 7o deste artigo, o valor a ser utilizado
Procurador-Geral da Fazenda Nacional e do Secretário da será determinado mediante a aplicação sobre o montante do
Receita Federal do Brasil, a ser editado no prazo de 60 prejuízo fiscal e da base de cálculo negativa das alíquotas de
(sessenta) dias a partir da data de publicação desta Lei, os 25% (vinte e cinco por cento) e 9% (nove por cento),
débitos que não foram objeto de parcelamentos anteriores respectivamente.
a que se refere este artigo poderão ser pagos ou parcelados
§ 9o A manutenção em aberto de 3 (três) parcelas,
da seguinte forma:
consecutivas ou não, ou de uma parcela, estando pagas
I – pagos a vista, com redução de 100% (cem por cento) das todas as demais, implicará, após comunicação ao sujeito
multas de mora e de ofício, de 40% (quarenta por cento) das passivo, a imediata rescisão do parcelamento e,
isoladas, de 45% (quarenta e cinco por cento) dos juros de conforme o caso, o prosseguimento da cobrança.
mora e de 100% (cem por cento) sobre o valor do encargo
§ 10. As parcelas pagas com até 30 (trinta) dias de atraso não
legal;
configurarão inadimplência para os fins previstos no §
II – parcelados em até 30 (trinta) prestações mensais, com 9o deste artigo.
redução de 90% (noventa por cento) das multas de mora e
§ 11. A pessoa jurídica optante pelo parcelamento previsto
de ofício, de 35% (trinta e cinco por cento) das isoladas, de
neste artigo deverá indicar pormenorizadamente, no
40% (quarenta por cento) dos juros de mora e de 100% (cem
respectivo requerimento de parcelamento, quais débitos
por cento) sobre o valor do encargo legal;
deverão ser nele incluídos.
III – parcelados em até 60 (sessenta) prestações mensais,
§ 12. Os contribuintes que tiverem optado pelos
com redução de 80% (oitenta por cento) das multas de mora
parcelamentos previstos nos arts. 1o a 3o da Medida
e de ofício, de 30% (trinta por cento) das isoladas, de 35%
Provisória no 449, de 3 de dezembro de 2008, poderão optar,
(trinta e cinco por cento) dos juros de mora e de 100% (cem
na forma de regulamento, pelo reparcelamento dos
por cento) sobre o valor do encargo legal;
respectivos débitos segundo as regras previstas neste artigo
IV – parcelados em até 120 (cento e vinte) prestações até o último dia útil do 6o (sexto) mês subsequente ao da
mensais, com redução de 70% (setenta por cento) das multas publicação desta Lei. (Vide Lei nº 12.865, de
de mora e de ofício, de 25% (vinte e cinco por cento) das 2013) (Vide Lei nº 12.996, de 2014)
isoladas, de 30% (trinta por cento) dos juros de mora e de
§ 13. Podem ser parcelados nos termos e condições desta
100% (cem por cento) sobre o valor do encargo legal; ou
Lei os débitos de Contribuição para o Financiamento da
V – parcelados em até 180 (cento e oitenta) prestações Seguridade Social – COFINS das sociedades civis de prestação
mensais, com redução de 60% (sessenta por cento) das de serviços profissionais relativos ao exercício de profissão
multas de mora e de ofício, de 20% (vinte por cento) das legalmente regulamentada a que se referia o Decreto-Lei
isoladas, de 25% (vinte e cinco por cento) dos juros de mora no 2.397, de 21 de dezembro de 1987, revogado pela Lei
e de 100% (cem por cento) sobre o valor do encargo legal. no 9.430, de 27 de dezembro de 1996.
§ 4o O requerimento do parcelamento abrange os débitos § 14. Na hipótese de rescisão do parcelamento com o
de que trata este artigo, incluídos a critério do optante, no cancelamento dos benefícios concedidos:
âmbito de cada um dos órgãos.
I – será efetuada a apuração do valor original do débito, com
§ 5o (VETADO) a incidência dos acréscimos legais, até a data da rescisão;
§ 6o Observado o disposto no art. 3o desta Lei, a dívida II – serão deduzidas do valor referido no inciso I deste
objeto do parcelamento será consolidada na data do seu parágrafo as parcelas pagas, com acréscimos legais até a
requerimento e será dividida pelo número de prestações que data da rescisão.
forem indicadas pelo sujeito passivo, nos termos dos §§ 2o e
§ 15. A pessoa física responsabilizada pelo não pagamento
5o deste artigo, não podendo cada prestação mensal ser
ou recolhimento de tributos devidos pela pessoa jurídica
inferior a:
poderá efetuar, nos mesmos termos e condições previstos
I – R$ 50,00 (cinquenta reais), no caso de pessoa física; e

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nesta Lei, em relação à totalidade ou à parte determinada do parcelamento previsto no art. 10 da Lei no 10.522, de 19
dos débitos: de julho de 2002, observar-se-á o seguinte: (Vide Lei
nº 12.865, de 2013) (Vide Lei nº 13.043, de 2014)
I – pagamento;
I – serão restabelecidos à data da solicitação do novo
II – parcelamento, desde que com anuência da pessoa
parcelamento os valores correspondentes ao crédito
jurídica, nos termos a serem definidos em regulamento.
originalmente confessado e seus respectivos acréscimos
§ 16. Na hipótese do inciso II do § 15 deste artigo: legais, de acordo com a legislação aplicável em cada caso,
consolidado à época do parcelamento anterior;
I – a pessoa física que solicitar o parcelamento passará a ser
solidariamente responsável, juntamente com a pessoa II – computadas as parcelas pagas, atualizadas pelos critérios
jurídica, em relação à dívida parcelada; aplicados aos débitos, até a data da solicitação do novo
parcelamento, o pagamento ou parcelamento do saldo que
II – fica suspensa a exigibilidade de crédito tributário,
houver poderá ser liquidado pelo contribuinte na forma e
aplicando-se o disposto no art. 125 combinado com o inciso
condições previstas neste artigo; e
IV do parágrafo único do art. 174, ambos da Lei nº 5.172, de
25 de outubro de 1966 – Código Tributário Nacional; III – a opção pelo pagamento ou parcelamento de que trata
este artigo importará desistência compulsória e definitiva do
III – é suspenso o julgamento na esfera administrativa.
REFIS, do PAES, do PAEX e dos parcelamentos previstos
§ 17. Na hipótese de rescisão do parcelamento previsto no no art. 38 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, e no art.
inciso II do § 15 deste artigo, a pessoa jurídica será intimada 10 da Lei no 10.522, de 19 de julho de 2002
a pagar o saldo remanescente calculado na forma do § 14
§ 1o Relativamente aos débitos previstos neste artigo:
deste artigo.
I – será observado como parcela mínima do parcelamento o
SEÇÃO II
equivalente a 85% (oitenta e cinco por cento) do valor da
DO PAGAMENTO OU DO PARCELAMENTO DE DÍVIDAS
última parcela devida no mês anterior ao da edição
DECORRENTES DE APROVEITAMENTO INDEVIDO DE da Medida Provisória no 449, de 3 de dezembro de 2008;
CRÉDITOS DE IPI, DOS PARCELAMENTOS ORDINÁRIOS E
DOS PROGRAMAS REFIS, PAES E PAEX II – no caso dos débitos do Programa de Recuperação Fiscal
– REFIS, será observado como parcela mínima do
Art. 2o No caso dos débitos decorrentes do aproveitamento parcelamento o equivalente a 85% (oitenta e cinco por
indevido de créditos do Imposto sobre Produtos cento) da média das 12 (doze) últimas parcelas devidas no
Industrializados – IPI oriundos da aquisição de matérias- Programa antes da edição da Medida Provisória no 449, de 3
primas, material de embalagem e produtos intermediários de dezembro de 2008;
relacionados na Tabela de Incidência do Imposto sobre
Produtos Industrializados – TIPI, aprovada pelo Decreto nº III – caso tenha havido a exclusão ou rescisão do Programa
6.006, de 28 de dezembro de 2006, com incidência de de Recuperação Fiscal – REFIS em um período menor que 12
alíquota zero ou como não-tributados: (Vide Lei nº 12.865, (doze) meses, será observado como parcela mínima do
de 2013) (Vide Lei nº 13.043, de 2014) parcelamento o equivalente a 85% (oitenta e cinco por
cento) da média das parcelas devidas no Programa antes da
I – o valor mínimo de cada prestação não poderá ser inferior edição da Medida Provisória no 449, de 3 de dezembro de
a R$ 2.000,00 (dois mil reais); 2008;
II – a pessoa jurídica não está obrigada a consolidar todos os IV – (VETADO)
débitos existentes decorrentes do aproveitamento indevido
de créditos do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI V – na hipótese em que os débitos do contribuinte tenham
oriundos da aquisição de matérias-primas, material de sido objeto de reparcelamento na forma do Refis, do Paes ou
embalagem e produtos intermediários relacionados na do Paex, para a aplicação das regras previstas nesta Lei será
Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos levado em conta o primeiro desses parcelamentos em que
Industrializados – TIPI neste parcelamento, devendo indicar, os débitos tenham sido incluídos.
por ocasião do requerimento, quais débitos deverão ser § 2o Serão observadas as seguintes reduções para os débitos
incluídos nele. previstos neste artigo:
Art. 3o No caso de débitos que tenham sido objeto do I – os débitos anteriormente incluídos no Refis terão redução
Programa de Recuperação Fiscal – REFIS, de que trata a Lei de 40% (quarenta por cento) das multas de mora e de ofício,
no 9.964, de 10 de abril de 2000, do Parcelamento Especial – de 40% (quarenta por cento) das isoladas, de 25% (vinte e
PAES, de que trata a Lei no 10.684, de 30 de maio de 2003, cinco por cento) dos juros de mora e de 100% (cem por
do Parcelamento Excepcional – PAEX, de que trata a Medida cento) sobre o valor do encargo legal;
Provisória no 303, de 29 de junho de 2006, do parcelamento
previsto no art. 38 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, e II – os débitos anteriormente incluídos no Paes terão
redução de 70% (setenta por cento) das multas de mora e de
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ofício, de 40% (quarenta por cento) das isoladas, de 30% § 1o Ficam dispensados os honorários advocatícios em razão
(trinta por cento) dos juros de mora e de 100% (cem por da extinção da ação na forma deste artigo.
cento) sobre o valor do encargo legal;
§ 2o Para os fins de que trata este artigo, o saldo
III – os débitos anteriormente incluídos no Paex terão remanescente será apurado de acordo com as regras
redução de 80% (oitenta por cento) das multas de mora e de estabelecidas no art. 3o desta Lei, adotando-se valores
ofício, de 40% (quarenta por cento) das isoladas, de 35% confessados e seus respectivos acréscimos devidos na data
(trinta e cinco por cento) dos juros de mora e de 100% (cem da opção do respectivo parcelamento.
por cento) sobre o valor do encargo legal; e
Art. 7o A opção pelo pagamento a vista ou pelos
IV – os débitos anteriormente incluídos no parcelamento parcelamentos de débitos de que trata esta Lei deverá ser
previsto no art. 38 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, e efetivada até o último dia útil do 6o (sexto) mês subsequente
do parcelamento previsto no art. 10 da Lei no 10.522, de 19 ao da publicação desta Lei. (Vide Lei nº 12.865, de
de julho de 2002, terão redução de 100% (cem por cento) 2013) (Vide Lei nº 12.865, de 2013) (Vide
das multas de mora e de ofício, de 40% (quarenta por cento) Lei nº 12.996, de 2014) (Vide Lei nº 13.043, de 2014)
das isoladas, de 40% (quarenta por cento) dos juros de mora
§ 1o As pessoas que se mantiverem ativas no parcelamento
e de 100% (cem por cento) sobre o valor do encargo legal.
de que trata o art. 1o desta Lei poderão amortizar seu saldo
SEÇÃO III devedor com as reduções de que trata o inciso I do § 3o do
DISPOSIÇÕES COMUNS AOS PARCELAMENTOS art. 1o desta Lei, mediante a antecipação no pagamento de
parcelas.
Art. 4o Aos parcelamentos de que trata esta Lei não se aplica
o disposto no § 1o do art. 3o da Lei no 9.964, de 10 de abril de § 2o O montante de cada amortização de que trata o §
2000, no § 2o do art. 14-A da Lei no 10.522, de 19 de julho de 1o deste artigo deverá ser equivalente, no mínimo, ao valor
2002, e no § 10 do art. 1o da Lei no 10.684, de 30 de maio de de 12 (doze) parcelas.
2003. (Vide Lei nº 12.865, de 2013) (Vide § 3o A amortização de que trata o § 1o deste artigo implicará
Lei nº 13.043, de 2014) redução proporcional da quantidade de parcelas vincendas.
Parágrafo único. Não será computada na apuração da base Art. 8o A inclusão de débitos nos parcelamentos de que trata
de cálculo do Imposto de Renda, da Contribuição Social esta Lei não implica novação de dívida. (Vide Lei nº
sobre o Lucro Líquido, da Contribuição para o PIS/PASEP e da 12.865, de 2013) (Vide Lei nº 13.043, de 2014)
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social –
COFINS a parcela equivalente à redução do valor das multas, Art. 9o As reduções previstas nos arts. 1o, 2o e 3o desta Lei
juros e encargo legal em decorrência do disposto nos arts. não são cumulativas com outras previstas em lei e serão
1o, 2o e 3o desta Lei. aplicadas somente em relação aos saldos devedores dos
débitos. (Vide Lei nº 12.865, de 2013) (Vide
Art. 5o A opção pelos parcelamentos de que trata esta Lei Lei nº 13.043, de 2014)
importa confissão irrevogável e irretratável dos débitos em
nome do sujeito passivo na condição de contribuinte ou Parágrafo único. Na hipótese de anterior concessão de
responsável e por ele indicados para compor os referidos redução de multa, de mora e de ofício, de juros de mora ou
parcelamentos, configura confissão extrajudicial nos termos de encargos legais em percentuais diversos dos
dos arts. 348, 353 e 354 da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de estabelecidos nos arts. 1o, 2o e 3o desta Lei, prevalecerão os
1973 – Código de Processo Civil, e condiciona o sujeito percentuais nela referidos, aplicados sobre os respectivos
passivo à aceitação plena e irretratável de todas as condições valores originais.
estabelecidas nesta Lei. (Vide Lei nº 12.865, de 2013) (Vide Art. 10. Os depósitos existentes, vinculados aos débitos a
Lei nº 13.043, de 2014) serem pagos ou parcelados nos termos desta Lei, serão
Art. 6o O sujeito passivo que possuir ação judicial em curso, automaticamente convertidos em renda da União,
na qual requer o restabelecimento de sua opção ou a sua aplicando-se as reduções para pagamento a vista ou
reinclusão em outros parcelamentos, deverá, como condição parcelamento, sobre o saldo remanescente.
para valer-se das prerrogativas dos arts. 1o, 2o e 3o desta Lei, Art. 10. Os depósitos existentes vinculados aos débitos a
desistir da respectiva ação judicial e renunciar a qualquer serem pagos ou parcelados nos termos desta Lei serão
alegação de direito sobre a qual se funda a referida ação, automaticamente convertidos em renda da União, após
protocolando requerimento de extinção do processo com aplicação das reduções para pagamento a vista ou
resolução do mérito, nos termos do inciso V do caput do art. parcelamento. (Redação dada pela Lei nº 12.024, de
269 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 – Código de 2009) (Vide Lei nº 12.865, de 2013) (Vide Lei
Processo Civil, até 30 (trinta) dias após a data de ciência do nº 13.043, de 2014)
deferimento do requerimento do
parcelamento. (Vide Lei nº 12.865, de § 1o Na hipótese em que o valor depositado exceda o valor
2013) (Vide Lei nº 13.043, de 2014) do débito após a consolidação de que trata esta Lei, o saldo

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remanescente será levantado pelo sujeito Art. 13. Aplicam-se, subsidiariamente, aos parcelamentos
passivo. (Renumerado do parágrafo único pela Lei previstos nos arts. 1o, 2o e 3o desta Lei as disposições do §
nº 13.043, de 2014) 1o do art. 14-A da Lei no 10.522, de 19 de julho de 2002, não
se lhes aplicando o disposto no art. 14 da mesma
§ 2o Tratando-se de depósito judicial, o disposto
Lei. (Vide Lei nº 12.865, de 2013) (Vide
no caput somente se aplica aos casos em que tenha ocorrido
Lei nº 13.043, de 2014)
desistência da ação ou recurso e renúncia a qualquer
alegação de direito sobre o qual se funda a ação, para CAPÍTULO II
usufruir dos benefícios desta Lei. (Incluído pela Lei nº DA REMISSÃO
13.043, de 2014)
Art. 14. Ficam remitidos os débitos com a Fazenda Nacional,
§ 3º Os valores oriundos de constrição judicial, depositados inclusive aqueles com exigibilidade suspensa que, em 31 de
na conta única do Tesouro Nacional até a edição da Medida dezembro de 2007, estejam vencidos há 5 (cinco) anos ou
Provisória nº 651, de 9 de julho de 2014, poderão ser mais e cujo valor total consolidado, nessa mesma data, seja
utilizados para pagamento da antecipação prevista no § igual ou inferior a R$ 10.000,00 (dez mil reais).
2º do art. 2º da Lei nº 12.996, de 18 de junho de
2014. (Incluído pela Medida Provisória nº 668, de § 1o O limite previsto no caput deste artigo deve ser
2015) considerado por sujeito passivo e, separadamente, em
relação:
§ 4º A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e a Secretaria
da Receita Federal do Brasil, no âmbito de suas respectivas I – aos débitos inscritos em Dívida Ativa da União, no âmbito
competências, editarão os atos regulamentares, necessários da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, decorrentes das
a aplicação do disposto neste artigo. (Incluído pela contribuições sociais previstas nas alíneas a, b e c do
Medida Provisória nº 668, de 2015) parágrafo único do art. 11 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de
1991, das contribuições instituídas a título de substituição e
§ 3o Os valores oriundos de constrição judicial depositados das contribuições devidas a terceiros, assim entendidas
na conta única do Tesouro Nacional até a edição da Medida outras entidades e fundos;
Provisória no 651, de 9 de julho de 2014, poderão ser
utilizados para pagamento da antecipação prevista no § II – aos demais débitos inscritos em Dívida Ativa da União, no
2o do art. 2o da Lei no 12.996, de 18 de junho de âmbito da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional;
2014. (Incluído pela Lei nº 13.137, de III – aos débitos decorrentes das contribuições sociais
2015) (Vigência) previstas nas alíneas a, b e c do parágrafo único do art. 11 da
§ 4o A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e a Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, das contribuições
Secretaria da Receita Federal do Brasil, no âmbito das instituídas a título de substituição e das contribuições
respectivas competências, editarão os atos regulamentares devidas a terceiros, assim entendidas outras entidades e
necessários a aplicação do disposto neste fundos, administrados pela Secretaria da Receita Federal do
artigo. (Incluído pela Lei nº 13.137, de Brasil; e
2015) (Vigência) IV – aos demais débitos administrados pela Secretaria da
Art. 11. Os parcelamentos requeridos na forma e condições Receita Federal do Brasil.
de que tratam os arts. 1o, 2o e 3o desta Lei: (Vide Lei § 2o Na hipótese do IPI, o valor de que trata este artigo será
nº 12.865, de 2013) (Vide Lei nº 13.043, de 2014) apurado considerando a totalidade dos estabelecimentos da
I – não dependem de apresentação de garantia ou de pessoa jurídica.
arrolamento de bens, exceto quando já houver penhora em § 3o O disposto neste artigo não implica restituição de
execução fiscal ajuizada; e quantias pagas.
II – no caso de débito inscrito em Dívida Ativa da União, § 4o Aplica-se o disposto neste artigo aos débitos originários
abrangerão inclusive os encargos legais que forem devidos, de operações de crédito rural e do Programa Especial de
sem prejuízo da dispensa prevista no § 1o do art. 6o desta Lei. Crédito para a Reforma Agrária – PROCERA transferidas ao
Art. 12. A Secretaria da Receita Federal do Brasil e a Tesouro Nacional, renegociadas ou não com amparo em
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, no âmbito de suas legislação específica, inscritas na dívida ativa da União,
respectivas competências, editarão, no prazo máximo de 60 inclusive aquelas adquiridas ou desoneradas de risco pela
(sessenta) dias a contar da data de publicação desta Lei, os União por força da Medida Provisória no 2.196-3, de 24 de
atos necessários à execução dos parcelamentos de que trata agosto de 2001.
esta Lei, inclusive quanto à forma e ao prazo para confissão
dos débitos a serem parcelados. (Vide Lei nº 12.865,
de 2013) (Vide Lei nº 13.043, de 2014)

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CAPÍTULO III 2013) (Vigência) (Revogado pela Lei nº


DO REGIME TRIBUTÁRIO DE TRANSIÇÃO 12.973, de 2014) (Vigência)
Art. 15. Fica instituído o Regime Tributário de Transição – Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput deste artigo
RTT de apuração do lucro real, que trata dos ajustes às normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários,
tributários decorrentes dos novos métodos e critérios com base na competência conferida pelo § 3º do art. 177 da
contábeis introduzidos pela Lei no 11.638, de 28 de Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e pelos demais
dezembro de 2007, e pelos arts. 37 e 38 desta órgãos reguladores que visem a alinhar a legislação
Lei. (Vide Medida Provisória nº 627, de específica com os padrões internacionais de contabilidade.
2013) (Vigência) (Revogado pela Lei nº 12.973, Art. 17. Na ocorrência de disposições da lei tributária que
de 2014) (Vigência) conduzam ou incentivem a utilização de métodos ou
§ 1o O RTT vigerá até a entrada em vigor de lei que discipline critérios contábeis diferentes daqueles determinados
os efeitos tributários dos novos métodos e critérios pela Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, com as
contábeis, buscando a neutralidade tributária. alterações da Lei nº 11.638, de 28 de dezembro de 2007, e
dos arts. 37 e 38 desta Lei, e pelas normas expedidas pela
§ 2o Nos anos-calendário de 2008 e 2009, o RTT será Comissão de Valores Mobiliários com base na competência
optativo, observado o seguinte: conferida pelo § 3º do art. 177 da Lei nº 6.404, de 15 de
I – a opção aplicar-se-á ao biênio 2008-2009, vedada a dezembro de 1976, e demais órgãos reguladores, a pessoa
aplicação do regime em um único ano-calendário; jurídica sujeita ao RTT deverá realizar o seguinte
procedimento: (Vide Medida Provisória nº 627,
II – a opção a que se refere o inciso I deste parágrafo deverá de 2013) (Vigência) (Revogado pela Lei nº
ser manifestada, de forma irretratável, na Declaração de 12.973, de 2014) (Vigência)
Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica 2009;
I – utilizar os métodos e critérios definidos pela Lei nº 6.404,
III – no caso de apuração pelo lucro real trimestral dos de 15 de dezembro de 1976, para apurar o resultado do
trimestres já transcorridos do ano-calendário de 2008, a exercício antes do Imposto sobre a Renda, referido no inciso
eventual diferença entre o valor do imposto devido com V do caput do art. 187 dessa Lei, deduzido das participações
base na opção pelo RTT e o valor antes apurado deverá ser de que trata o inciso VI do caput do mesmo artigo, com a
compensada ou recolhida até o último dia útil do primeiro adoção:
mês subsequente ao de publicação desta Lei, conforme o
caso; a) dos métodos e critérios introduzidos pela Lei nº 11.638, de
28 de dezembro de 2007, e pelos arts. 37 e 38 desta Lei; e
IV – na hipótese de início de atividades no ano-calendário de
2009, a opção deverá ser manifestada, de forma irretratável, b) das determinações constantes das normas expedidas pela
na Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Comissão de Valores Mobiliários, com base na competência
Jurídica 2010. conferida pelo § 3º do art. 177 da Lei nº 6.404, de 15 de
dezembro de 1976, no caso de companhias abertas e outras
§ 3o Observado o prazo estabelecido no § 1o deste artigo, o que optem pela sua observância;
RTT será obrigatório a partir do ano-calendário de 2010,
inclusive para a apuração do imposto sobre a renda com II – realizar ajustes específicos ao lucro líquido do período,
base no lucro presumido ou arbitrado, da Contribuição Social apurado nos termos do inciso I do caput deste artigo, no
sobre o Lucro Líquido – CSLL, da Contribuição para o Livro de Apuração do Lucro Real, inclusive com observância
PIS/PASEP e da Contribuição para o Financiamento da do disposto no § 2o deste artigo, que revertam o efeito da
Seguridade Social – COFINS. utilização de métodos e critérios contábeis diferentes
daqueles da legislação tributária, baseada nos critérios
§ 4o Quando paga até o prazo previsto no inciso III do § contábeis vigentes em 31 de dezembro de 2007, nos termos
2o deste artigo, a diferença apurada será recolhida sem do art. 16 desta Lei; e
acréscimos.
III – realizar os demais ajustes, no Livro de Apuração do Lucro
Art. 16. As alterações introduzidas pela Lei nº 11.638, de 28 Real, de adição, exclusão e compensação, prescritos ou
de dezembro de 2007, e pelos arts. 37 e 38 desta Lei que autorizados pela legislação tributária, para apuração da base
modifiquem o critério de reconhecimento de receitas, custos de cálculo do imposto.
e despesas computadas na apuração do lucro líquido do
exercício definido no art. 191 da Lei no 6.404, de 15 de § 1o Na hipótese de ajustes temporários do imposto,
dezembro de 1976, não terão efeitos para fins de apuração realizados na vigência do RTT e decorrentes de fatos
do lucro real da pessoa jurídica sujeita ao RTT, devendo ser ocorridos nesse período, que impliquem ajustes em períodos
considerados, para fins tributários, os métodos e critérios subsequentes, permanece:
contábeis vigentes em 31 de dezembro de I – a obrigação de adições relativas a exclusões temporárias;
2007. (Vide Medida Provisória nº 627, de e

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II – a possibilidade de exclusões relativas a adições de doações ou subvenções governamentais para


temporárias. investimentos;
§ 2o A pessoa jurídica sujeita ao RTT, desde que observe as II – restituição de capital aos sócios ou ao titular, mediante
normas constantes deste Capítulo, fica dispensada de redução do capital social, nos 5 (cinco) anos anteriores à data
realizar, em sua escrituração comercial, qualquer da doação ou da subvenção, com posterior capitalização do
procedimento contábil determinado pela legislação valor da doação ou da subvenção, hipótese em que a base
tributária que altere os saldos das contas patrimoniais ou de para a incidência será o valor restituído, limitado ao valor
resultado quando em desacordo com: total das exclusões decorrentes de doações ou de
subvenções governamentais para investimentos; ou
I – os métodos e critérios estabelecidos pela Lei nº 6.404, de
15 de dezembro de 1976, alterada pela Lei nº 11.638, de 28 III – integração à base de cálculo dos dividendos
de dezembro de 2007, e pelos arts. 37 e 38 desta Lei; ou obrigatórios.
II – as normas expedidas pela Comissão de Valores § 2o O disposto neste artigo terá aplicação vinculada à
Mobiliários, no uso da competência conferida pelo § 3º do vigência dos incentivos de que trata o § 2º do art. 38 do
art. 177 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e pelos Decreto-Lei no 1.598, de 26 de dezembro de 1977, não se lhe
demais órgãos reguladores. aplicando o caráter de transitoriedade previsto no § 1o do
art. 15 desta Lei.
Art. 18. Para fins de aplicação do disposto nos arts. 15 a 17
desta Lei às subvenções para investimento, inclusive § 3o Se, no período base em que ocorrer a exclusão referida
mediante isenção ou redução de impostos, concedidas como no inciso II do caput deste artigo, a pessoa jurídica apurar
estímulo à implantação ou expansão de empreendimentos prejuízo contábil ou lucro líquido contábil inferior à parcela
econômicos, e às doações, feitas pelo Poder Público, a que decorrente de doações e subvenções governamentais, e
se refere o art. 38 do Decreto-Lei no 1.598, de 26 de neste caso não puder ser constituída como parcela de lucros
dezembro de 1977, a pessoa jurídica nos termos do inciso III do caput deste artigo, esta deverá
deverá: (Vide Medida Provisória nº 627, de ocorrer nos exercícios subsequentes.
2013) (Vigência) (Revogado pela Lei nº 12.973,
Art. 19. Para fins de aplicação do disposto nos arts. 15 a 17
de 2014) (Vigência)
desta Lei em relação ao prêmio na emissão de debêntures a
I – reconhecer o valor da doação ou subvenção em conta do que se refere o art. 38 do Decreto-Lei nº 1.598, de 26 de
resultado pelo regime de competência, inclusive com dezembro de 1977, a pessoa jurídica deverá: (Vide
observância das determinações constantes das normas Medida Provisória nº 627, de
expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, no uso da 2013) (Vigência) (Revogado pela Lei nº 12.973,
competência conferida pelo § 3º do art. 177 da Lei nº 6.404, de 2014) (Vigência)
de 15 de dezembro de 1976, no caso de companhias abertas
I – reconhecer o valor do prêmio na emissão de debêntures
e de outras que optem pela sua observância;
em conta do resultado pelo regime de competência e de
II – excluir do Livro de Apuração do Lucro Real o valor acordo com as determinações constantes das normas
decorrente de doações ou subvenções governamentais para expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, no uso da
investimentos, reconhecido no exercício, para fins de competência conferida pelo § 3º do art. 177 da Lei nº 6.404,
apuração do lucro real; de 15 de dezembro de 1976, no caso de companhias abertas
e de outras que optem pela sua observância;
III – manter em reserva de lucros a que se refere o art. 195-
A da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, a parcela II – excluir do Livro de Apuração do Lucro Real o valor
decorrente de doações ou subvenções governamentais, referente à parcela do lucro líquido do exercício decorrente
apurada até o limite do lucro líquido do exercício; do prêmio na emissão de debêntures, para fins de apuração
do lucro real;
IV – adicionar no Livro de Apuração do Lucro Real, para fins
de apuração do lucro real, o valor referido no inciso II III – manter o valor referente à parcela do lucro líquido do
do caput deste artigo, no momento em que ele tiver exercício decorrente do prêmio na emissão de debêntures
destinação diversa daquela referida no inciso III do caput e em reserva de lucros específica; e
no § 3o deste artigo.
IV – adicionar no Livro de Apuração do Lucro Real, para fins
§ 1o As doações e subvenções de que trata o caput deste de apuração do lucro real, o valor referido no inciso II
artigo serão tributadas caso seja dada destinação diversa da do caput deste artigo, no momento em que ele tiver
prevista neste artigo, inclusive nas hipóteses de: destinação diversa daquela referida no inciso III
do caput deste artigo.
I – capitalização do valor e posterior restituição de capital aos
sócios ou ao titular, mediante redução do capital social, § 1o A reserva de lucros específica a que se refere o inciso III
hipótese em que a base para a incidência será o valor do caput deste artigo, para fins do limite de que trata o art.
restituído, limitado ao valor total das exclusões decorrentes 199 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, terá o
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mesmo tratamento dado à reserva de lucros prevista no art. II – o valor do prêmio na emissão de debêntures, de que trata
195-A da referida Lei. o art. 19 desta Lei.
§ 2o O prêmio na emissão de debêntures de que trata Art. 22. (VETADO) (Vide Medida Provisória nº
o caput deste artigo será tributado caso seja dada 627, de 2013) (Vigência) (Revogado pela Lei
destinação diversa da que está prevista neste artigo, nº 12.973, de 2014) (Vigência)
inclusive nas hipóteses de:
Art. 23. (VETADO) (Vide Medida Provisória nº
I – capitalização do valor e posterior restituição de capital aos 627, de 2013) (Vigência) (Revogado pela Lei
sócios ou ao titular, mediante redução do capital social, nº 12.973, de 2014) (Vigência)
hipótese em que a base para a incidência será o valor
Art. 24. Nas hipóteses de que tratam os arts. 20 e 21 desta
restituído, limitado ao valor total das exclusões decorrentes
Lei, o controle dos ajustes extracontábeis decorrentes da
de prêmios na emissão de debêntures;
opção pelo RTT será definido em ato da Secretaria da Receita
II – restituição de capital aos sócios ou ao titular, mediante Federal do Brasil. (Vide Medida Provisória nº
redução do capital social, nos 5 (cinco) anos anteriores à data 627, de 2013) (Vigência) (Revogado pela Lei nº
da emissão das debêntures com o prêmio, com posterior 12.973, de 2014) (Vigência)
capitalização do valor do prêmio, hipótese em que a base
CAPÍTULO IV
para a incidência será o valor restituído, limitado ao valor
DISPOSIÇÕES GERAIS
total das exclusões decorrentes de prêmios na emissão de
debêntures; ou Art. 25. O Decreto no 70.235, de 6 de março de 1972, passa
III – integração à base de cálculo dos dividendos a vigorar com as seguintes alterações:
obrigatórios. “Art. 9º A exigência do crédito tributário e a aplicação de
Art. 20. Para os anos-calendário de 2008 e de 2009, a opção penalidade isolada serão formalizados em autos de infração
pelo RTT será aplicável também à apuração do Imposto ou notificações de lançamento, distintos para cada tributo
sobre a Renda das Pessoas Jurídicas - IRPJ com base no lucro ou penalidade, os quais deverão estar instruídos com todos
presumido. (Vide Medida Provisória nº 627, de os termos, depoimentos, laudos e demais elementos de
2013) (Vigência) (Revogado pela Lei nº prova indispensáveis à comprovação do ilícito.
12.973, de 2014) (Vigência) § 4º O disposto no caput deste artigo aplica-se também nas
§ 1 A opção de que trata o caput deste artigo é aplicável a
o hipóteses em que, constatada infração à legislação
todos os trimestres nos anos-calendário de 2008 e de 2009. tributária, dela não resulte exigência de crédito tributário.

§ 2o Nos trimestres já transcorridos do ano-calendário de § 5o Os autos de infração e as notificações de lançamento de


2008, a eventual diferença entre o valor do imposto devido que trata o caput deste artigo, formalizados em decorrência
com base na opção pelo RTT e o valor antes apurado deverá de fiscalização relacionada a regime especial unificado de
ser compensada ou recolhida até o último dia útil do arrecadação de tributos, poderão conter lançamento único
primeiro mês subsequente ao de publicação desta Lei, para todos os tributos por eles abrangidos.
conforme o caso. § 6o O disposto no caput deste artigo não se aplica às
§ 3o Quando paga até o prazo previsto no § 2o deste artigo, contribuições de que trata o art. 3o da Lei no 11.457, de 16
a diferença apurada será recolhida sem acréscimos. de março de 2007.” (NR)

Art. 21. As opções de que tratam os arts. 15 e 20 desta Lei, “Art. 23. ....................................................................
referentes ao IRPJ, implicam a adoção do RTT na apuração § 1º Quando resultar improfícuo um dos meios previstos
da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL, da no caput deste artigo ou quando o sujeito passivo tiver sua
Contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição para o inscrição declarada inapta perante o cadastro fiscal, a
Financiamento da Seguridade Social – intimação poderá ser feita por edital publicado:
COFINS. (Vide Medida Provisória nº 627, de
2013) (Vigência) (Revogado pela Lei nº ...................................................................................” (NR)
12.973, de 2014) (Vigência) “Art. 24. .......................................................................
Parágrafo único. Para fins de aplicação do RTT, poderão ser Parágrafo único. Quando o ato for praticado por meio
excluídos da base de cálculo da Contribuição para o eletrônico, a administração tributária poderá atribuir o
PIS/Pasep e da Cofins, quando registrados em conta de preparo do processo a unidade da administração tributária
resultado: diversa da prevista no caput deste artigo.” (NR)
I – o valor das subvenções e doações feitas pelo poder “Art. 25. .......................................................................
público, de que trata o art. 18 desta Lei; e
II – em segunda instância, ao Conselho Administrativo de
Recursos Fiscais, órgão colegiado, paritário, integrante da
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estrutura do Ministério da Fazenda, com atribuição de julgar § 1o (Revogado).


recursos de ofício e voluntários de decisão de primeira
§ 2o (Revogado).
instância, bem como recursos de natureza especial.
§ 3o (Revogado).
§ 1o O Conselho Administrativo de Recursos Fiscais será
constituído por seções e pela Câmara Superior de Recursos § 4o (Revogado).
Fiscais.
§ 5o (Revogado).
I – (revogado);
§ 6o O disposto no caput deste artigo não se aplica aos casos
II – (revogado); de tratado, acordo internacional, lei ou ato normativo:
III – (revogado); I – que já tenha sido declarado inconstitucional por decisão
definitiva plenária do Supremo Tribunal Federal;
IV – (revogado).
II – que fundamente crédito tributário objeto de:
§ 2o As seções serão especializadas por matéria e
constituídas por câmaras. a) dispensa legal de constituição ou de ato declaratório do
Procurador-Geral da Fazenda Nacional, na forma dos arts. 18
§ 3o A Câmara Superior de Recursos Fiscais será constituída
e 19 da Lei no 10.522, de 19 de julho de 2002;
por turmas, compostas pelos Presidentes e Vice-Presidentes
das câmaras. b) súmula da Advocacia-Geral da União, na forma do art. 43
da Lei Complementar no 73, de 10 de fevereiro de 1993; ou
§ 4 As câmaras poderão ser divididas em turmas.
o

c) pareceres do Advogado-Geral da União aprovados pelo


§ 5o O Ministro de Estado da Fazenda poderá criar, nas
Presidente da República, na forma do art. 40 da Lei
seções, turmas especiais, de caráter temporário, com
Complementar no 73, de 10 de fevereiro de 1993.” (NR)
competência para julgamento de processos que envolvam
valores reduzidos, que poderão funcionar nas cidades onde “Art. 37. O julgamento no Conselho Administrativo de
estão localizadas as Superintendências Regionais da Receita Recursos Fiscais far-se-á conforme dispuser o regimento
Federal do Brasil. interno.
§ 6o (VETADO) § 2º Caberá recurso especial à Câmara Superior de Recursos
Fiscais, no prazo de 15 (quinze) dias da ciência do acórdão ao
§ 7o As turmas da Câmara Superior de Recursos Fiscais serão
interessado:
constituídas pelo Presidente do Conselho Administrativo de
Recursos Fiscais, pelo Vice-Presidente, pelos Presidentes e I – (VETADO)
pelos Vice-Presidentes das câmaras, respeitada a paridade.
II – de decisão que der à lei tributária interpretação
§ 8o A presidência das turmas da Câmara Superior de divergente da que lhe tenha dado outra Câmara, turma de
Recursos Fiscais será exercida pelo Presidente do Conselho Câmara, turma especial ou a própria Câmara Superior de
Administrativo de Recursos Fiscais e a vice-presidência, por Recursos Fiscais.
conselheiro representante dos contribuintes.
§ 3o (VETADO)
§ 9o Os cargos de Presidente das Turmas da Câmara Superior
I – (revogado);
de Recursos Fiscais, das câmaras, das suas turmas e das
turmas especiais serão ocupados por conselheiros II – (revogado).” (NR)
representantes da Fazenda Nacional, que, em caso de
Art. 26. A Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, passa a
empate, terão o voto de qualidade, e os cargos de Vice-
vigorar com as seguintes alterações:
Presidente, por representantes dos contribuintes.
“Art. 21. .......................................................................
§ 10. Os conselheiros serão designados pelo Ministro de
Estado da Fazenda para mandato, limitando-se as § 3º O segurado que tenha contribuído na forma do §
reconduções, na forma e no prazo estabelecidos no 2o deste artigo e pretenda contar o tempo de contribuição
regimento interno. correspondente para fins de obtenção da aposentadoria por
tempo de contribuição ou da contagem recíproca do tempo
§ 11. O Ministro de Estado da Fazenda, observado o devido
de contribuição a que se refere o art. 94 da Lei no 8.213, de
processo legal, decidirá sobre a perda do mandato dos
24 de julho de 1991, deverá complementar a contribuição
conselheiros que incorrerem em falta grave, definida no
mensal mediante o recolhimento de mais 9% (nove por
regimento interno.” (NR)
cento), acrescido dos juros moratórios de que trata o § 3o do
“Art. 26-A. No âmbito do processo administrativo fiscal, fica art. 61 da Lei no 9.430, de 27 de dezembro de 1996.
vedado aos órgãos de julgamento afastar a aplicação ou
...................................................................................” (NR)
deixar de observar tratado, acordo internacional, lei ou
decreto, sob fundamento de inconstitucionalidade. “Art. 31. .....................................................................

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§ 1º O valor retido de que trata o caput deste artigo, que ocorra a prescrição relativa aos créditos decorrentes das
deverá ser destacado na nota fiscal ou fatura de prestação operações a que se refiram.” (NR)
de serviços, poderá ser compensado por qualquer
“Art. 32-A. O contribuinte que deixar de apresentar a
estabelecimento da empresa cedente da mão de obra, por
declaração de que trata o inciso IV do caput do art. 32 desta
ocasião do recolhimento das contribuições destinadas à
Lei no prazo fixado ou que a apresentar com incorreções ou
Seguridade Social devidas sobre a folha de pagamento dos
omissões será intimado a apresentá-la ou a prestar
seus segurados.
esclarecimentos e sujeitar-se-á às seguintes multas:
§ 6º Em se tratando de retenção e recolhimento realizados
I – de R$ 20,00 (vinte reais) para cada grupo de 10 (dez)
na forma do caput deste artigo, em nome de consórcio, de
informações incorretas ou omitidas; e
que tratam os arts. 278 e 279 da Lei no 6.404, de 15 de
dezembro de 1976, aplica-se o disposto em todo este artigo, II – de 2% (dois por cento) ao mês-calendário ou fração,
observada a participação de cada uma das empresas incidentes sobre o montante das contribuições informadas,
consorciadas, na forma do respectivo ato constitutivo.” ainda que integralmente pagas, no caso de falta de entrega
(NR) da declaração ou entrega após o prazo, limitada a 20% (vinte
por cento), observado o disposto no § 3o deste artigo.
“Art. 32. .......................................................................
§ 1o Para efeito de aplicação da multa prevista no inciso II
III – prestar à Secretaria da Receita Federal do Brasil todas as
do caput deste artigo, será considerado como termo inicial o
informações cadastrais, financeiras e contábeis de seu
dia seguinte ao término do prazo fixado para entrega da
interesse, na forma por ela estabelecida, bem como os
declaração e como termo final a data da efetiva entrega ou,
esclarecimentos necessários à fiscalização;
no caso de não-apresentação, a data da lavratura do auto de
IV – declarar à Secretaria da Receita Federal do Brasil e ao infração ou da notificação de lançamento.
Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de
§ 2o Observado o disposto no § 3o deste artigo, as multas
Serviço – FGTS, na forma, prazo e condições estabelecidos
serão reduzidas:
por esses órgãos, dados relacionados a fatos geradores, base
de cálculo e valores devidos da contribuição previdenciária e I – à metade, quando a declaração for apresentada após o
outras informações de interesse do INSS ou do Conselho prazo, mas antes de qualquer procedimento de ofício; ou
Curador do FGTS;
II – a 75% (setenta e cinco por cento), se houver
§ 1º (Revogado). apresentação da declaração no prazo fixado em intimação.
§ 2o A declaração de que trata o inciso IV do caput deste § 3o A multa mínima a ser aplicada será de:
artigo constitui instrumento hábil e suficiente para a
I – R$ 200,00 (duzentos reais), tratando-se de omissão de
exigência do crédito tributário, e suas informações
declaração sem ocorrência de fatos geradores de
comporão a base de dados para fins de cálculo e concessão
contribuição previdenciária; e
dos benefícios previdenciários.
II – R$ 500,00 (quinhentos reais), nos demais casos.”
§ 3o (Revogado).
“Art. 33. À Secretaria da Receita Federal do Brasil compete
§ 4o (Revogado).
planejar, executar, acompanhar e avaliar as atividades
§ 5o (Revogado). relativas à tributação, à fiscalização, à arrecadação, à
cobrança e ao recolhimento das contribuições sociais
§ 6o (Revogado).
previstas no parágrafo único do art. 11 desta Lei, das
§ 7o (Revogado). contribuições incidentes a título de substituição e das
devidas a outras entidades e fundos.
§ 8o (Revogado).
§ 1o É prerrogativa da Secretaria da Receita Federal do
§ 9o A empresa deverá apresentar o documento a que se
Brasil, por intermédio dos Auditores-Fiscais da Receita
refere o inciso IV do caput deste artigo ainda que não
Federal do Brasil, o exame da contabilidade das empresas,
ocorram fatos geradores de contribuição previdenciária,
ficando obrigados a prestar todos os esclarecimentos e
aplicando-se, quando couber, a penalidade prevista no art.
informações solicitados o segurado e os terceiros
32-A desta Lei.
responsáveis pelo recolhimento das contribuições
§ 10. O descumprimento do disposto no inciso IV previdenciárias e das contribuições devidas a outras
do caput deste artigo impede a expedição da certidão de entidades e fundos.
prova de regularidade fiscal perante a Fazenda Nacional.
§ 2o A empresa, o segurado da Previdência Social, o
§ 11. Em relação aos créditos tributários, os documentos serventuário da Justiça, o síndico ou seu representante, o
comprobatórios do cumprimento das obrigações de que comissário e o liquidante de empresa em liquidação judicial
trata este artigo devem ficar arquivados na empresa até que ou extrajudicial são obrigados a exibir todos os documentos

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e livros relacionados com as contribuições previstas nesta § 2o (Revogado).


Lei.
§ 3o (Revogado).
§ 3 Ocorrendo recusa ou sonegação de qualquer
o
§ 4o (Revogado).” (NR)
documento ou informação, ou sua apresentação deficiente,
a Secretaria da Receita Federal do Brasil pode, sem prejuízo “Art. 35-A. Nos casos de lançamento de ofício relativos às
da penalidade cabível, lançar de ofício a importância devida. contribuições referidas no art. 35 desta Lei, aplica-se o
disposto no art. 44 da Lei no 9.430, de 27 de dezembro de
§ 4o Na falta de prova regular e formalizada pelo sujeito
1996.”
passivo, o montante dos salários pagos pela execução de
obra de construção civil pode ser obtido mediante cálculo da “Art. 37. Constatado o não-recolhimento total ou parcial das
mão de obra empregada, proporcional à área construída, de contribuições tratadas nesta Lei, não declaradas na forma do
acordo com critérios estabelecidos pela Secretaria da art. 32 desta Lei, a falta de pagamento de benefício
Receita Federal do Brasil, cabendo ao proprietário, dono da reembolsado ou o descumprimento de obrigação acessória,
obra, condômino da unidade imobiliária ou empresa será lavrado auto de infração ou notificação de lançamento.
corresponsável o ônus da prova em contrário.
§ 1o (Revogado).
§ 7 O crédito da seguridade social é constituído por meio
o
§ 2o (Revogado).” (NR)
de notificação de lançamento, de auto de infração e de
confissão de valores devidos e não recolhidos pelo “Art. 43. .......................................................................
contribuinte.
§ 1o Nas sentenças judiciais ou nos acordos homologados
§ 8 Aplicam-se às contribuições sociais mencionadas neste
o em que não figurarem, discriminadamente, as parcelas legais
artigo as presunções legais de omissão de receita previstas relativas às contribuições sociais, estas incidirão sobre o
nos §§ 2o e 3o do art. 12 do Decreto-Lei no 1.598, de 26 de valor total apurado em liquidação de sentença ou sobre o
dezembro de 1977, e nos arts. 40, 41 e 42 da Lei no 9.430, de valor do acordo homologado.
27 de dezembro de 1996.” (NR)
§ 2o Considera-se ocorrido o fato gerador das contribuições
“Art. 35. Os débitos com a União decorrentes das sociais na data da prestação do serviço.
contribuições sociais previstas nas alíneas a, b e c do
§ 3o As contribuições sociais serão apuradas mês a mês, com
parágrafo único do art. 11 desta Lei, das contribuições
referência ao período da prestação de serviços, mediante a
instituídas a título de substituição e das contribuições
aplicação de alíquotas, limites máximos do salário-de-
devidas a terceiros, assim entendidas outras entidades e
contribuição e acréscimos legais moratórios vigentes
fundos, não pagos nos prazos previstos em legislação, serão
relativamente a cada uma das competências abrangidas,
acrescidos de multa de mora e juros de mora, nos termos do
devendo o recolhimento ser efetuado no mesmo prazo em
art. 61 da Lei no 9.430, de 27 de dezembro de 1996.
que devam ser pagos os créditos encontrados em liquidação
I – (revogado): de sentença ou em acordo homologado, sendo que nesse
último caso o recolhimento será feito em tantas parcelas
a) (revogada);
quantas as previstas no acordo, nas mesmas datas em que
b) (revogada); sejam exigíveis e proporcionalmente a cada uma delas.
c) (revogada); § 4o No caso de reconhecimento judicial da prestação de
serviços em condições que permitam a aposentadoria
II – (revogado):
especial após 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco)
a) (revogada); anos de contribuição, serão devidos os acréscimos de
contribuição de que trata o § 6o do art. 57 da Lei no 8.213, de
b) (revogada);
24 de julho de 1991.
c) (revogada);
§ 5o Na hipótese de acordo celebrado após ter sido proferida
d) (revogada); decisão de mérito, a contribuição será calculada com base no
valor do acordo.
III – (revogado):
§ 6o Aplica-se o disposto neste artigo aos valores devidos ou
a) (revogada);
pagos nas Comissões de Conciliação Prévia de que trata a Lei
b) (revogada); no 9.958, de 12 de janeiro de 2000.” (NR)
c) (revogada); “Art. 49. A matrícula da empresa será efetuada nos termos
e condições estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal
d) (revogada).
do Brasil.
§ 1o (Revogado).
I – (revogado);

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II – (revogado). devido até o mês anterior ao da compensação ou restituição


e de 1% (um por cento) relativamente ao mês em que estiver
§ 1o No caso de obra de construção civil, a matrícula deverá
sendo efetuada.
ser efetuada mediante comunicação obrigatória do
responsável por sua execução, no prazo de 30 (trinta) dias, § 5o (Revogado).
contado do início de suas atividades, quando obterá número
§ 6o (Revogado).
cadastral básico, de caráter permanente.
§ 7o (Revogado).
a) (revogada);
§ 9o Os valores compensados indevidamente serão exigidos
b) (revogada).
com os acréscimos moratórios de que trata o art. 35 desta
§ 2o (Revogado). Lei.
§ 3o O não cumprimento do disposto no § 1o deste artigo § 10. Na hipótese de compensação indevida, quando se
sujeita o responsável a multa na forma estabelecida no art. comprove falsidade da declaração apresentada pelo sujeito
92 desta Lei. passivo, o contribuinte estará sujeito à multa isolada
aplicada no percentual previsto no inciso I do caput do art.
§ 4o O Departamento Nacional de Registro do Comércio –
44 da Lei no 9.430, de 27 de dezembro de 1996, aplicado em
DNRC, por intermédio das Juntas Comerciais bem como os
dobro, e terá como base de cálculo o valor total do débito
Cartórios de Registro Civil de Pessoas Jurídicas prestarão,
indevidamente compensado.
obrigatoriamente, à Secretaria da Receita Federal do Brasil
todas as informações referentes aos atos constitutivos e § 11. Aplica-se aos processos de restituição das
alterações posteriores relativos a empresas e entidades contribuições de que trata este artigo e de reembolso de
neles registradas. salário-família e salário-maternidade o rito previsto no
Decreto no 70.235, de 6 de março de 1972.” (NR)
...................................................................................” (NR)
“Art. 102. ......................................................................
“Art. 50. (VETADO)”
§ 1o O disposto neste artigo não se aplica às penalidades
“Art. 52. Às empresas, enquanto estiverem em débito não
previstas no art. 32-A desta Lei.
garantido com a União, aplica-se o disposto no art. 32 da Lei
no 4.357, de 16 de julho de 1964. § 2o O reajuste dos valores dos salários-de-contribuição em
decorrência da alteração do salário-mínimo será descontado
I – (revogado);
por ocasião da aplicação dos índices a que se refere
II – (revogado). o caput deste artigo.” (NR)
Parágrafo único. (Revogado).” (NR) Art. 27. A Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, passa a
vigorar acrescida do seguinte art. 125-A:
“Art. 60. O pagamento dos benefícios da Seguridade Social
será realizado por intermédio da rede bancária ou por outras “Art. 125-A. Compete ao Instituto Nacional do Seguro Social
formas definidas pelo Ministério da Previdência Social. – INSS realizar, por meio dos seus próprios agentes, quando
designados, todos os atos e procedimentos necessários à
...................................................................................” (NR)
verificação do atendimento das obrigações não tributárias
“Art. 89. As contribuições sociais previstas nas impostas pela legislação previdenciária e à imposição da
alíneas a, b e c do parágrafo único do art. 11 desta Lei, as multa por seu eventual descumprimento.
contribuições instituídas a título de substituição e as
§ 1o A empresa disponibilizará a servidor designado por
contribuições devidas a terceiros somente poderão ser
dirigente do INSS os documentos necessários à comprovação
restituídas ou compensadas nas hipóteses de pagamento ou
de vínculo empregatício, de prestação de serviços e de
recolhimento indevido ou maior que o devido, nos termos e
remuneração relativos a trabalhador previamente
condições estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal
identificado.
do Brasil.
§ 2o Aplica-se ao disposto neste artigo, no que couber, o art.
§ 1o (Revogado).
126 desta Lei.
§ 2o (Revogado).
§ 3o O disposto neste artigo não abrange as competências
§ 3o (Revogado). atribuídas em caráter privativo aos ocupantes do cargo de
Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil previstas no inciso
§ 4o O valor a ser restituído ou compensado será acrescido
I do caput do art. 6o da Lei no 10.593, de 6 de dezembro de
de juros obtidos pela aplicação da taxa referencial do
2002.”
Sistema Especial de Liquidação e de Custódia – SELIC para
títulos federais, acumulada mensalmente, a partir do mês
subsequente ao do pagamento indevido ou a maior que o

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Art. 28. O art. 6o da Lei no 8.218, de 29 de agosto de omitida, aplicar-se-á a esta a alíquota mais elevada entre
1991, passa a vigorar com a seguinte aquelas previstas para as receitas auferidas pela pessoa
redação: (Vide Decreto nº 7.212, de 2010) jurídica.
“Art. 6o Ao sujeito passivo que, notificado, efetuar o § 5o Na hipótese de a pessoa jurídica sujeitar-se ao
pagamento, a compensação ou o parcelamento dos tributos recolhimento da Cofins e da Contribuição para o PIS/Pasep,
administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, calculadas por unidade de medida de produto, não sendo
inclusive das contribuições sociais previstas nas possível identificar qual o produto vendido ou a quantidade
alíneas a, b e c do parágrafo único do art. 11 da Lei no 8.212, que se refere à receita omitida, a contribuição será
de 24 de julho de 1991, das contribuições instituídas a título determinada com base na alíquota ad valorem mais elevada
de substituição e das contribuições devidas a terceiros, assim entre aquelas previstas para as receitas auferidas pela
entendidas outras entidades e fundos, será concedido pessoa jurídica.
redução da multa de lançamento de ofício nos seguintes
§ 6o Na determinação da alíquota mais elevada, considerar-
percentuais:
se-ão:
I – 50% (cinquenta por cento), se for efetuado o pagamento
I – para efeito do disposto nos §§ 4o e 5o deste artigo, as
ou a compensação no prazo de 30 (trinta) dias, contado da
alíquotas aplicáveis às receitas auferidas pela pessoa jurídica
data em que o sujeito passivo foi notificado do lançamento;
no ano-calendário em que ocorreu a omissão;
II – 40% (quarenta por cento), se o sujeito passivo requerer
II – para efeito do disposto no § 5o deste artigo, as
o parcelamento no prazo de 30 (trinta) dias, contado da data
alíquotas ad valorem correspondentes àquelas fixadas por
em que foi notificado do lançamento;
unidade de medida do produto, bem como as alíquotas
III – 30% (trinta por cento), se for efetuado o pagamento ou aplicáveis às demais receitas auferidas pela pessoa jurídica.”
a compensação no prazo de 30 (trinta) dias, contado da data (NR)
em que o sujeito passivo foi notificado da decisão
Art. 30. A Lei no 9.430, de 27 de dezembro de 1996,
administrativa de primeira instância; e
passa a vigorar com as seguintes alterações:
IV – 20% (vinte por cento), se o sujeito passivo requerer o
“Art. 24-A. ......................................................................
parcelamento no prazo de 30 (trinta) dias, contado da data
em que foi notificado da decisão administrativa de primeira Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo, considera-se
instância. regime fiscal privilegiado aquele que apresentar uma ou
mais das seguintes características:
§ 1o No caso de provimento a recurso de ofício interposto
por autoridade julgadora de primeira instância, aplica-se a ...................................................................................” (NR)
redução prevista no inciso III do caput deste artigo, para o
“Art. 68-A. O Poder Executivo poderá elevar para até R$
caso de pagamento ou compensação, e no inciso IV
100,00 (cem reais) os limites e valores de que tratam os arts.
do caput deste artigo, para o caso de parcelamento.
67 e 68 desta Lei, inclusive de forma diferenciada por tributo,
§ 2o A rescisão do parcelamento, motivada pelo regime de tributação ou de incidência, relativos à utilização
descumprimento das normas que o regulam, implicará do Documento de Arrecadação de Receitas Federais,
restabelecimento do montante da multa proporcionalmente podendo reduzir ou restabelecer os limites e valores que vier
ao valor da receita não satisfeita e que exceder o valor obtido a fixar.”
com a garantia apresentada.” (NR)
“Art. 74. .........................................................................
Art. 29. O art. 24 da Lei no 9.249, de 26 de dezembro
§ 12. ..............................................................................
de 1995, passa a vigorar com as seguintes alterações:
II – ..................................................................................
“Art. 24. ......................................................................
f) tiver como fundamento a alegação de
§ 2o O valor da receita omitida será considerado na
inconstitucionalidade de lei, exceto nos casos em que a lei:
determinação da base de cálculo para o lançamento da
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL, da 1 – tenha sido declarada inconstitucional pelo Supremo
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – Tribunal Federal em ação direta de inconstitucionalidade ou
COFINS, da Contribuição para o PIS/Pasep e das em ação declaratória de constitucionalidade;
contribuições previdenciárias incidentes sobre a receita.
2 – tenha tido sua execução suspensa pelo Senado Federal;
§ 4o Para a determinação do valor da Contribuição para o
3 – tenha sido julgada inconstitucional em sentença judicial
Financiamento da Seguridade Social – COFINS e da
transitada em julgado a favor do contribuinte; ou
Contribuição para o PIS/Pasep, na hipótese de a pessoa
jurídica auferir receitas sujeitas a alíquotas diversas, não
sendo possível identificar a alíquota aplicável à receita

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4 – seja objeto de súmula vinculante aprovada pelo Supremo § 5o Poderá também ser declarada inapta a inscrição no
Tribunal Federal nos termos do art. 103-A da Constituição CNPJ da pessoa jurídica que não for localizada no endereço
Federal. informado ao CNPJ, nos termos e condições definidos pela
Secretaria da Receita Federal do Brasil.” (NR)
...................................................................................” (NR)
Art. 31. A Lei no 9.469, de 10 de julho de 1997, passa a
“Art. 80. As pessoas jurídicas que, estando obrigadas,
vigorar com as seguintes alterações:
deixarem de apresentar declarações e demonstrativos por 5
(cinco) ou mais exercícios poderão ter sua inscrição no “Art. 1o O Advogado-Geral da União, diretamente ou
Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica – CNPJ baixada, nos mediante delegação, e os dirigentes máximos das empresas
termos e condições definidos pela Secretaria da Receita públicas federais poderão autorizar a realização de acordos
Federal do Brasil, se, intimadas por edital, não regularizarem ou transações, em juízo, para terminar o litígio, nas causas
sua situação no prazo de 60 (sessenta) dias, contado da data de valor até R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais).
da publicação da intimação.
§ 1o Quando a causa envolver valores superiores ao limite
§ 1o Poderão ainda ter a inscrição no CNPJ baixada, nos fixado neste artigo, o acordo ou a transação, sob pena de
termos e condições definidos pela Secretaria da Receita nulidade, dependerá de prévia e expressa autorização do
Federal do Brasil, as pessoas jurídicas: Advogado-Geral da União e do Ministro de Estado ou do
titular da Secretaria da Presidência da República a cuja área
I – que não existam de fato; ou
de competência estiver afeto o assunto, ou ainda do
II – que, declaradas inaptas, nos termos do art. 81 desta Lei, Presidente da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, do
não tenham regularizado sua situação nos 5 (cinco) Tribunal de Contas da União, de Tribunal ou Conselho, ou do
exercícios subsequentes. Procurador-Geral da República, no caso de interesse dos
órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, ou do Ministério
§ 2o No edital de intimação, que será publicado no Diário
Público da União, excluídas as empresas públicas federais
Oficial da União, as pessoas jurídicas serão identificadas
não dependentes, que necessitarão apenas de prévia e
pelos respectivos números de inscrição no CNPJ.
expressa autorização de seu dirigente máximo.
§ 3o Decorridos 90 (noventa) dias da publicação do edital de
§ 3o As competências previstas neste artigo podem ser
intimação, a Secretaria da Receita Federal do Brasil publicará
delegadas.” (NR)
no Diário Oficial da União a relação de CNPJ das pessoas
jurídicas que houverem regularizado sua situação, tornando- “Art. 1o-A. O Advogado-Geral da União poderá dispensar a
se automaticamente baixadas, nessa data, as inscrições das inscrição de crédito, autorizar o não ajuizamento de ações e
pessoas jurídicas que não tenham providenciado a a não-interposição de recursos, assim como o requerimento
regularização. de extinção das ações em curso ou de desistência dos
respectivos recursos judiciais, para cobrança de créditos da
§ 4o A Secretaria da Receita Federal do Brasil manterá, para
União e das autarquias e fundações públicas federais,
consulta, em seu sítio na internet, informação sobre a
observados os critérios de custos de administração e
situação cadastral das pessoas jurídicas inscritas no
cobrança.
CNPJ.” (NR)
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica à
“Art. 80-A. Poderão ter sua inscrição no CNPJ baixada, nos
Dívida Ativa da União e aos processos em que a União seja
termos e condições definidos pela Secretaria da Receita
autora, ré, assistente ou opoente cuja representação judicial
Federal do Brasil, as pessoas jurídicas que estejam extintas,
seja atribuída à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.”
canceladas ou baixadas nos respectivos órgãos de registro.”
“Art. 1o-B. Os dirigentes máximos das empresas públicas
“Art. 80-B. O ato de baixa da inscrição no CNPJ não impede
federais poderão autorizar a não-propositura de ações e a
que, posteriormente, sejam lançados ou cobrados os débitos
não-interposicão de recursos, assim como o requerimento
de natureza tributária da pessoa jurídica.”
de extinção das ações em curso ou de desistência dos
“Art. 80-C. Mediante solicitação da pessoa jurídica, poderá respectivos recursos judiciais, para cobrança de créditos,
ser restabelecida a inscrição no CNPJ, observados os termos atualizados, de valor igual ou inferior a R$ 10.000,00 (dez mil
e condições definidos pela Secretaria da Receita Federal do reais), em que interessadas essas entidades na qualidade de
Brasil.” autoras, rés, assistentes ou opoentes, nas condições aqui
estabelecidas.
“Art. 81. Poderá ser declarada inapta, nos termos e
condições definidos pela Secretaria da Receita Federal do Parágrafo único. Quando a causa envolver valores
Brasil, a inscrição no CNPJ da pessoa jurídica que, estando superiores ao limite fixado neste artigo, o disposto no caput,
obrigada, deixar de apresentar declarações e sob pena de nulidade, dependerá de prévia e expressa
demonstrativos em 2 (dois) exercícios consecutivos. autorização do Ministro de Estado ou do titular da Secretaria
da Presidência da República a cuja área de competência
estiver afeto o assunto, excluído o caso das empresas
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públicas não dependentes que necessitarão apenas de qualquer infração à legislação tributária, decorrente de seu
prévia e expressa autorização de seu dirigente máximo.” uso.” (NR)
“Art. 1o-C. Verificada a prescrição do crédito, o “Art. 64. .......................................................................
representante judicial da União, das autarquias e fundações
§ 10. Fica o Poder Executivo autorizado a aumentar ou
públicas federais não efetivará a inscrição em dívida ativa
restabelecer o limite de que trata o § 7o deste artigo.” (NR)
dos créditos, não procederá ao ajuizamento, não recorrerá e
desistirá dos recursos já interpostos.” Art. 33. O art. 7o da Lei no 10.426, de 24 de abril de
2002, passa a vigorar acrescido do seguinte § 6o:
“Art. 2o O Procurador-Geral da União, o Procurador-Geral
Federal e os dirigentes máximos das empresas públicas “Art. 7o ........................................................................
federais e do Banco Central do Brasil poderão autorizar a
§ 6o No caso de a obrigação acessória referente ao
realização de acordos, homologáveis pelo Juízo, nos autos do
Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais –
processo judicial, para o pagamento de débitos de valores
DACON ter periodicidade semestral, a multa de que trata o
não superiores a R$ 100.000,00 (cem mil reais), em parcelas
inciso III do caput deste artigo será calculada com base nos
mensais e sucessivas até o máximo de 30 (trinta).
valores da Contribuição para o Financiamento da Seguridade
§ 1o O valor de cada prestação mensal, por ocasião do Social – COFINS ou da Contribuição para o PIS/Pasep,
pagamento, será acrescido de juros equivalentes à taxa informados nos demonstrativos mensais entregues após o
referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia prazo.” (NR)
– SELIC para títulos federais, acumulada mensalmente,
Art. 34. O art. 11 da Lei no 10.480, de 2 de julho de
calculados a partir do mês subsequente ao da consolidação
2002, passa a vigorar com a seguinte redação:
até o mês anterior ao do pagamento, e de 1% (um por cento)
relativamente ao mês em que o pagamento estiver sendo “Art. 11. .......................................................................
efetuado.
§ 1o O Procurador-Geral Federal é nomeado pelo Presidente
...................................................................................” (NR) da República, mediante indicação do Advogado-Geral da
União.
“Art.
3o ..................................................................................... § 2o Compete ao Procurador-Geral Federal:
Parágrafo único. Quando a desistência de que trata este I – dirigir a Procuradoria-Geral Federal, coordenar suas
artigo decorrer de prévio requerimento do autor dirigido à atividades e orientar-lhe a atuação;
administração pública federal para apreciação de pedido
II – exercer a representação das autarquias e fundações
administrativo com o mesmo objeto da ação, esta não
federais perante o Supremo Tribunal Federal e os Tribunais
poderá negar o seu deferimento exclusivamente em razão
Superiores;
da renúncia prevista no caput deste artigo.” (NR)
III – sugerir ao Advogado-Geral da União medidas de caráter
“Art. 7o-A. As competências previstas nesta Lei aplicam-se
jurídico de interesse das autarquias e fundações federais,
concorrentemente àquelas específicas existentes na
reclamadas pelo interesse público;
legislação em vigor em relação às autarquias, às fundações e
às empresas públicas federais não dependentes.” IV – distribuir os cargos e lotar os membros da Carreira nas
Procuradorias-Gerais ou Departamentos Jurídicos de
“Art. 10-A. Ficam convalidados os acordos ou transações,
autarquias e fundações federais;
em juízo, para terminar o litígio, realizados pela União ou
pelas autarquias, fundações ou empresas públicas federais V – disciplinar e efetivar as promoções e remoções dos
não dependentes durante o período de vigência da Medida membros da Carreira de Procurador Federal;
Provisória no 449, de 3 de dezembro de 2008, que estejam
VI – instaurar sindicâncias e processos administrativos
de acordo com o disposto nesta Lei.”
disciplinares contra membros da Carreira de Procurador
Art. 32. Os arts. 62 e 64 da Lei no 9.532, de 10 de Federal, julgar os respectivos processos e aplicar as
dezembro de 1997, passam a vigorar com a seguinte correspondentes penalidades;
redação:
VII – ceder, ou apresentar quando requisitados, na forma da
“Art. 62. ....................................................................... lei, Procuradores Federais; e
Parágrafo único. O equipamento em uso, sem a autorização VIII – editar e praticar os atos normativos ou não, inerentes
a que se refere o caput deste artigo ou que não satisfaça os a suas atribuições.
requisitos deste artigo, poderá ser apreendido pela
§ 3o No desempenho de suas atribuições, o Procurador-
Secretaria da Receita Federal do Brasil ou pela Secretaria de
Geral Federal pode atuar junto a qualquer juízo ou Tribunal.
Fazenda da Unidade Federada e utilizado como prova de

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§ 4o É permitida a delegação da atribuição prevista no inciso calculados a partir do mês subsequente ao da consolidação
II do § 2o deste artigo aos Procuradores-Gerais ou Chefes de até o mês anterior ao do pagamento, e de 1% (um por cento)
Procuradorias, Departamentos, Consultorias ou Assessorias relativamente ao mês em que o pagamento estiver sendo
Jurídicas de autarquias e fundações federais e aos efetuado.
procuradores federais na Adjuntoria de Contencioso, bem
§ 1o O valor mínimo de cada prestação será fixado em ato
como as dos incisos IV a VII do § 2o deste artigo ao
conjunto do Secretário da Receita Federal do Brasil e do
Subprocurador-Geral Federal.” (NR)
Procurador-Geral da Fazenda Nacional.
Art. 35. A Lei no 10.522, de 19 de julho de 2002, passa
§ 2o No caso de parcelamento de débito inscrito em Dívida
a vigorar com as seguintes alterações:
Ativa da União, o devedor pagará custas, emolumentos e
“Art. 2o .....................................................…………….... demais encargos legais.” (NR)
II – ............……................................................................ “Art. 13-A. O parcelamento dos débitos decorrentes das
contribuições sociais instituídas pelos arts. 1o e 2o da Lei
a) cancelada no Cadastro de Pessoas Físicas – CPF;
Complementar no 110, de 29 de junho de 2001, será
§ 4o A notificação expedida pela Secretaria da Receita requerido perante a Caixa Econômica Federal, aplicando-se-
Federal do Brasil, pela Procuradoria-Geral da Fazenda lhe o disposto no caput do art. 10, nos arts. 11 e 12, no §
Nacional ou pela Procuradoria-Geral Federal, dando 2o do art. 13 e nos arts. 14 e 14-B desta Lei.
conhecimento ao devedor da existência do débito ou da sua
§ 5o É vedado o reparcelamento de débitos a que se refere
inscrição em Dívida Ativa atenderá ao disposto no § 2o deste
o caput, exceto quando inscritos em Dívida Ativa da União.”
artigo.
(NR)
...................................................................................” (NR)
“Art. 14. .......................................................................
“Art. 11. O parcelamento terá sua formalização
I – tributos passíveis de retenção na fonte, de desconto de
condicionada ao prévio pagamento da primeira prestação,
terceiros ou de sub-rogação;
conforme o montante do débito e o prazo solicitado,
observado o disposto no § 1o do art. 13 desta Lei. IV – tributos devidos no registro da Declaração de
Importação;
§ 4o (Revogado).
V – incentivos fiscais devidos ao Fundo de Investimento do
§ 5o (Revogado).
Nordeste – FINOR, Fundo de Investimento da Amazônia –
§ 6o (Revogado). FINAM e Fundo de Recuperação do Estado do Espírito Santo
– FUNRES;
§ 7o (Revogado).
VI – pagamento mensal por estimativa do Imposto sobre a
§ 8o (Revogado).
Renda da Pessoa Jurídica – IRPJ e da Contribuição Social
§ 9o (Revogado).” (NR) sobre o Lucro Líquido – CSLL, na forma do art. 2o da Lei
no 9.430, de 27 de dezembro de 1996;
“Art. 12. O pedido de parcelamento deferido constitui
confissão de dívida e instrumento hábil e suficiente para a VII – recolhimento mensal obrigatório da pessoa física
exigência do crédito tributário, podendo a exatidão dos relativo a rendimentos de que trata o art. 8o da Lei no 7.713,
valores parcelados ser objeto de verificação. de 22 de dezembro de 1988;
§ 1o Cumpridas as condições estabelecidas no art. 11 desta VIII – tributo ou outra exação qualquer, enquanto não
Lei, o parcelamento será: integralmente pago parcelamento anterior relativo ao
mesmo tributo ou exação, salvo nas hipóteses previstas no
I – consolidado na data do pedido; e
art. 14-A desta Lei;
II – considerado automaticamente deferido quando
IX – tributos devidos por pessoa jurídica com falência
decorrido o prazo de 90 (noventa) dias, contado da data do
decretada ou por pessoa física com insolvência civil
pedido de parcelamento sem que a Fazenda Nacional tenha
decretada; e
se pronunciado.
X – créditos tributários devidos na forma do art. 4o da Lei
§ 2o Enquanto não deferido o pedido, o devedor fica
no 10.931, de 2 de agosto de 2004, pela incorporadora
obrigado a recolher, a cada mês, como antecipação, valor
optante do Regime Especial Tributário do Patrimônio de
correspondente a uma parcela.” (NR)
Afetação.
“Art. 13. O valor de cada prestação mensal, por ocasião do
Parágrafo único. (Revogado).” (NR)
pagamento, será acrescido de juros equivalentes à taxa
referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia
– SELIC para títulos federais, acumulada mensalmente,

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“Art. 14-A. Observadas as condições previstas neste artigo, “Art. 25. O termo de inscrição em Dívida Ativa da União,
será admitido reparcelamento de débitos constantes de bem como o das autarquias e fundações públicas federais, a
parcelamento em andamento ou que tenha sido rescindido. Certidão de Dívida Ativa dele extraída e a petição inicial em
processo de execução fiscal poderão ser subscritos
§ 1o No reparcelamento de que trata o caput deste artigo
manualmente, ou por chancela mecânica ou eletrônica,
poderão ser incluídos novos débitos.
observadas as disposições legais.
§ 2o A formalização do pedido de reparcelamento previsto
…......................................................................” (NR)
neste artigo fica condicionada ao recolhimento da primeira
parcela em valor correspondente a: “Art. 37-A. Os créditos das autarquias e fundações públicas
federais, de qualquer natureza, não pagos nos prazos
I – 10% (dez por cento) do total dos débitos consolidados; ou
previstos na legislação, serão acrescidos de juros e multa de
II – 20% (vinte por cento) do total dos débitos consolidados, mora, calculados nos termos e na forma da legislação
caso haja débito com histórico de reparcelamento anterior. aplicável aos tributos federais.
§ 3o Aplicam-se subsidiariamente aos pedidos de que trata § 1o Os créditos inscritos em Dívida Ativa serão acrescidos
este artigo as demais disposições relativas ao parcelamento de encargo legal, substitutivo da condenação do devedor em
previstas nesta Lei.” honorários advocatícios, calculado nos termos e na forma da
legislação aplicável à Dívida Ativa da União.
“Art. 14-B. Implicará imediata rescisão do parcelamento e
remessa do débito para inscrição em Dívida Ativa da União § 2o O disposto neste artigo não se aplica aos créditos do
ou prosseguimento da execução, conforme o caso, a falta de Banco Central do Brasil.”
pagamento:
“Art. 37-B. Os créditos das autarquias e fundações públicas
I – de 3 (três) parcelas, consecutivas ou não; ou federais, de qualquer natureza, poderão ser parcelados em
até 60 (sessenta) prestações mensais.
II – de 1 (uma) parcela, estando pagas todas as demais.”
§ 1o O disposto neste artigo somente se aplica aos créditos
“Art. 14-C. Poderá ser concedido, de ofício ou a pedido,
inscritos em Dívida Ativa e centralizados nas Procuradorias
parcelamento simplificado, importando o pagamento da
Regionais Federais, Procuradorias Federais nos Estados e
primeira prestação em confissão de dívida e instrumento
Procuradorias Seccionais Federais, nos termos dos §§ 11 e
hábil e suficiente para a exigência do crédito tributário.
12 do art. 10 da Lei no 10.480, de 2 de julho de 2002, e do
Parágrafo único. Ao parcelamento de que trata art. 22 da Lei no 11.457, de 16 de março de 2007.
o caput deste artigo não se aplicam as vedações
§ 2o O parcelamento terá sua formalização condicionada ao
estabelecidas no art. 14 desta Lei.”
prévio pagamento da primeira prestação, conforme o
“Art. 14-D. Os parcelamentos concedidos a Estados, Distrito montante do débito e o prazo solicitado, observado o
Federal ou Municípios conterão cláusulas em que estes disposto no § 9o deste artigo.
autorizem a retenção do Fundo de Participação dos Estados
§ 3o Enquanto não deferido o pedido, o devedor fica
– FPE ou do Fundo de Participação dos Municípios – FPM.
obrigado a recolher, a cada mês, o valor correspondente a
Parágrafo único. O valor mensal das obrigações uma prestação.
previdenciárias correntes, para efeito deste artigo, será
§ 4o O não cumprimento do disposto neste artigo implicará
apurado com base na respectiva Guia de Recolhimento do
o indeferimento do pedido.
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e de Informações à
Previdência Social – GFIP ou, no caso de sua não- § 5o Considerar-se-á automaticamente deferido o
apresentação no prazo legal, estimado, utilizando-se a média parcelamento, em caso de não manifestação da autoridade
das últimas 12 (doze) competências recolhidas anteriores ao competente no prazo de 90 (noventa) dias, contado da data
mês da retenção prevista no caput deste artigo, sem prejuízo da protocolização do pedido.
da cobrança ou restituição ou compensação de eventuais
§ 6o O pedido de parcelamento deferido constitui confissão
diferenças.”
de dívida e instrumento hábil e suficiente para exigência do
“Art. 14-E. Mensalmente, a Secretaria da Receita Federal do crédito, podendo a exatidão dos valores parcelados ser
Brasil e a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional objeto de verificação.
divulgarão, em seus sítios na internet, demonstrativos dos
§ 7o O débito objeto de parcelamento será consolidado na
parcelamentos concedidos no âmbito de suas
data do pedido.
competências.”
§ 8o O devedor pagará as custas, emolumentos e demais
“Art. 14-F. A Secretaria da Receita Federal do Brasil e a
encargos legais.
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, no âmbito de suas
competências, editarão atos necessários à execução do § 9o O valor mínimo de cada prestação mensal será definido
parcelamento de que trata esta Lei.” por ato do Procurador-Geral Federal.
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§ 10. O valor de cada prestação mensal, por ocasião do “Art. 37-C. A Advocacia-Geral da União poderá celebrar os
pagamento, será acrescido de juros equivalentes à taxa convênios de que trata o art. 46 da Lei no 11.457, de 16 de
referencial do Sistema Especial de Liquidação e de março de 2007, em relação às informações de pessoas físicas
Custódia – SELIC para títulos federais, acumulada ou jurídicas que tenham débito inscrito em Dívida Ativa das
mensalmente, calculados a partir do mês subsequente ao da autarquias e fundações públicas federais.”
consolidação até o mês anterior ao do pagamento, e de 1%
Art. 36. A Lei no 10.887, de 18 de junho de 2004, passa
(um por cento) relativamente ao mês em que o pagamento
a vigorar acrescida do seguinte art. 16-A:
estiver sendo efetuado.
“Art. 16-A. A contribuição do Plano de Seguridade do
§ 11. A falta de pagamento de 3 (três) parcelas, consecutivas
Servidor Público – PSS, decorrente de valores pagos em
ou não, ou de uma parcela, estando pagas todas as demais,
cumprimento de decisão judicial, ainda que decorrente de
implicará a imediata rescisão do parcelamento e, conforme
homologação de acordo, será retida na fonte, no momento
o caso, o prosseguimento da cobrança.
do pagamento ao beneficiário ou seu representante legal,
§ 12. Atendendo ao princípio da economicidade, observados pela instituição financeira responsável pelo pagamento, por
os termos, os limites e as condições estabelecidos em ato do intermédio da quitação da guia de recolhimento, remetida
Procurador-Geral Federal, poderá ser concedido, de ofício ou pelo setor de precatórios do Tribunal respectivo.
a pedido, parcelamento simplificado, importando o
Parágrafo único. O Tribunal respectivo, por ocasião da
pagamento da primeira prestação em confissão de dívida e
remessa dos valores do precatório ou requisição de pequeno
instrumento hábil e suficiente para a exigência do crédito.
valor, emitirá guia de recolhimento devidamente
§ 13. Observadas as condições previstas neste artigo, será preenchida, que será remetida à instituição financeira
admitido reparcelamento dos débitos, inscritos em Dívida juntamente com o comprovante da transferência do
Ativa das autarquias e fundações públicas federais, numerário objeto da condenação.”
constantes de parcelamento em andamento ou que tenha
Art. 37. A Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976,
sido rescindido.
passa a vigorar com as seguintes alterações:
§ 14. A formalização do pedido de reparcelamento fica
“Art. 142. .....................................................................
condicionada ao recolhimento da primeira parcela em valor
correspondente a: VIII – autorizar, se o estatuto não dispuser em contrário, a
alienação de bens do ativo não circulante, a constituição de
I – 10% (dez por cento) do total dos débitos consolidados; ou
ônus reais e a prestação de garantias a obrigações de
II – 20% (vinte por cento) do total dos débitos consolidados, terceiros;
caso haja débito com histórico de reparcelamento anterior.
...................................................................................” (NR)
§ 15. Aplicam-se subsidiariamente aos pedidos de
“Art. 176. .......................................................................
reparcelamento, naquilo que não os contrariar, as demais
disposições relativas ao parcelamento previstas neste § 5o As notas explicativas devem:
artigo.
I – apresentar informações sobre a base de preparação das
§ 16. O parcelamento de que trata este artigo será requerido demonstrações financeiras e das práticas contábeis
exclusivamente perante as Procuradorias Regionais específicas selecionadas e aplicadas para negócios e eventos
Federais, as Procuradorias Federais nos Estados e as significativos;
Procuradorias Seccionais Federais.
II – divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis
§ 17. A concessão do parcelamento dos débitos a que se adotadas no Brasil que não estejam apresentadas em
refere este artigo compete privativamente às Procuradorias nenhuma outra parte das demonstrações financeiras;
Regionais Federais, às Procuradorias Federais nos Estados e
III – fornecer informações adicionais não indicadas nas
às Procuradorias Seccionais Federais.
próprias demonstrações financeiras e consideradas
§ 18. A Procuradoria-Geral Federal editará atos necessários necessárias para uma apresentação adequada; e
à execução do parcelamento de que trata este artigo.
IV – indicar:
§ 19. Mensalmente, a Procuradoria-Geral Federal divulgará,
a) os principais critérios de avaliação dos elementos
no sítio da Advocacia-Geral da União, demonstrativos dos
patrimoniais, especialmente estoques, dos cálculos de
parcelamentos concedidos no âmbito de sua competência.
depreciação, amortização e exaustão, de constituição de
§ 20. Ao disposto neste artigo aplicam-se subsidiariamente provisões para encargos ou riscos, e dos ajustes para atender
as regras previstas nesta Lei para o parcelamento dos a perdas prováveis na realização de elementos do ativo;
créditos da Fazenda Nacional.”
b) os investimentos em outras sociedades, quando
relevantes (art. 247, parágrafo único);

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c) o aumento de valor de elementos do ativo resultante de ...................................................................................” (NR)


novas avaliações (art. 182, § 3o );
“Art. 180. As obrigações da companhia, inclusive
d) os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as financiamentos para aquisição de direitos do ativo não
garantias prestadas a terceiros e outras responsabilidades circulante, serão classificadas no passivo circulante, quando
eventuais ou contingentes; se vencerem no exercício seguinte, e no passivo não
circulante, se tiverem vencimento em prazo maior,
e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das
observado o disposto no parágrafo único do art. 179 desta
obrigações a longo prazo;
Lei.” (NR)
f) o número, espécies e classes das ações do capital social;
“Art. 182. ........................................................................
g) as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no
§ 3o Serão classificadas como ajustes de avaliação
exercício;
patrimonial, enquanto não computadas no resultado do
h) os ajustes de exercícios anteriores (art. 186, § 1o); e exercício em obediência ao regime de competência, as
contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor
i) os eventos subsequentes à data de encerramento do
atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência
exercício que tenham, ou possam vir a ter, efeito relevante
da sua avaliação a valor justo, nos casos previstos nesta Lei
sobre a situação financeira e os resultados futuros da
ou, em normas expedidas pela Comissão de Valores
companhia.
Mobiliários, com base na competência conferida pelo § 3o do
§ 7o A Comissão de Valores Mobiliários poderá, a seu art. 177 desta Lei.
critério, disciplinar de forma diversa o registro de que trata
...................................................................................” (NR)
o § 3o deste artigo.” (NR)
“Art. 183. ..................…………….......................................
“Art. 177. .....................................................................
I – .............................….......................................................
§ 2o A companhia observará exclusivamente em livros ou
registros auxiliares, sem qualquer modificação da a) pelo seu valor justo, quando se tratar de aplicações
escrituração mercantil e das demonstrações reguladas nesta destinadas à negociação ou disponíveis para venda; e
Lei, as disposições da lei tributária, ou de legislação especial
VI – (revogado);
sobre a atividade que constitui seu objeto, que prescrevam,
conduzam ou incentivem a utilização de métodos ou § 1o Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se valor
critérios contábeis diferentes ou determinem registros, justo:
lançamentos ou ajustes ou a elaboração de outras
§ 2o A diminuição do valor dos elementos dos ativos
demonstrações financeiras.
imobilizado e intangível será registrada periodicamente nas
I – (revogado); contas de:
II – (revogado). § 3o A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise
sobre a recuperação dos valores registrados no imobilizado
§ 3o As demonstrações financeiras das companhias abertas
e no intangível, a fim de que sejam:
observarão, ainda, as normas expedidas pela Comissão de
Valores Mobiliários e serão obrigatoriamente submetidas a ...................................................................................” ( NR)
auditoria por auditores independentes nela registrados.
“Art. 184. ........................................................................
§ 7o (Revogado).” (NR)
III – as obrigações, os encargos e os riscos classificados no
“Art. 178. ....................................................................... passivo não circulante serão ajustados ao seu valor presente,
sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante.”
§ 1o ................................................................................
(NR)
I – ativo circulante; e
“Art. 187. ......................................................................
II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a
IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as
longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível.
outras despesas;
§ 2o ..............................................................................
VI – as participações de debêntures, empregados,
I – passivo circulante; administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de
instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de
II – passivo não circulante; e
assistência ou previdência de empregados, que não se
III – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas caracterizem como despesa;
de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de
...................................................................................” (NR)
lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados.

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“Art. 226. .......................................................................... ...................................................................................” (NR)


§ 3o A Comissão de Valores Mobiliários estabelecerá normas Art. 38. A Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976,
especiais de avaliação e contabilização aplicáveis às passa a vigorar acrescida dos arts. 184-A, 299-A e 299-B:
operações de fusão, incorporação e cisão que envolvam
“Critérios de Avaliação em Operações Societárias
companhia aberta.” (NR)
‘Art. 184-A. A Comissão de Valores Mobiliários estabelecerá,
“Art. 243. .......................................................................
com base na competência conferida pelo § 3o do art. 177
§ 1o São coligadas as sociedades nas quais a investidora desta Lei, normas especiais de avaliação e contabilização
tenha influência significativa. aplicáveis à aquisição de controle, participações societárias
ou negócios.’”
§ 4º Considera-se que há influência significativa quando a
investidora detém ou exerce o poder de participar nas “Art. 299-A. O saldo existente em 31 de dezembro de 2008
decisões das políticas financeira ou operacional da investida, no ativo diferido que, pela sua natureza, não puder ser
sem controlá-la. alocado a outro grupo de contas, poderá permanecer no
ativo sob essa classificação até sua completa amortização,
§ 5o É presumida influência significativa quando a
sujeito à análise sobre a recuperação de que trata o § 3o do
investidora for titular de 20% (vinte por cento) ou mais do
art. 183 desta Lei.”
capital votante da investida, sem controlá-la.” (NR)
“Art. 299-B. O saldo existente no resultado de exercício
“Art. 247. As notas explicativas dos investimentos a que se
futuro em 31 de dezembro de 2008 deverá ser reclassificado
refere o art. 248 desta Lei devem conter informações
para o passivo não circulante em conta representativa de
precisas sobre as sociedades coligadas e controladas e suas
receita diferida.
relações com a companhia, indicando:
Parágrafo único. O registro do saldo de que trata
...................................................................................” (NR)
o caput deste artigo deverá evidenciar a receita diferida e o
“Art. 248. No balanço patrimonial da companhia, os respectivo custo diferido.”
investimentos em coligadas ou em controladas e em outras
Art. 39. Os arts. 8o e 19 do Decreto-Lei no 1.598, de 26
sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam
de dezembro de 1977, passam a vigorar com a seguinte
sob controle comum serão avaliados pelo método da
redação:
equivalência patrimonial, de acordo com as seguintes
normas: “Art. 8o .........................................................................
...................................................................................” (NR) § 2o Para fins da escrituração contábil, inclusive da aplicação
do disposto no § 2o do art. 177 da Lei no 6.404, de 15 de
“Art. 250. ......................................................................
dezembro de 1976, os registros contábeis que forem
III – as parcelas dos resultados do exercício, dos lucros ou necessários para a observância das disposições tributárias
prejuízos acumulados e do custo de estoques ou do ativo não relativos à determinação da base de cálculo do imposto de
circulante que corresponderem a resultados, ainda não renda e, também, dos demais tributos, quando não devam,
realizados, de negócios entre as sociedades. por sua natureza fiscal, constar da escrituração contábil, ou
forem diferentes dos lançamentos dessa escrituração, serão
.............................................................................................
efetuados exclusivamente em:
§ 2o A parcela do custo de aquisição do investimento em
I – livros ou registros contábeis auxiliares; ou
controlada, que não for absorvida na consolidação, deverá
ser mantida no ativo não circulante, com dedução da II – livros fiscais, inclusive no livro de que trata o inciso I
provisão adequada para perdas já comprovadas, e será do caput deste artigo.
objeto de nota explicativa.
§ 3o O disposto no § 2o deste artigo será disciplinado pela
...................................................................................” (NR) Secretaria da Receita Federal do Brasil.” (NR)
“Art. 252. ....................................................................... “Art. 19. ........................................................................
§ 4o A Comissão de Valores Mobiliários estabelecerá normas III – outras receitas ou outras despesas de que trata o inciso
especiais de avaliação e contabilização aplicáveis às IV do caput do art. 187 da Lei no 6.404, de 15 de dezembro
operações de incorporação de ações que envolvam de 1976;
companhia aberta.” (NR)
...................................................................................” (NR)
“Art. 279. O consórcio será constituído mediante contrato
Art. 40. O art. 47 da Lei no 8.981, de 20 de janeiro de
aprovado pelo órgão da sociedade competente para
1995, passa a vigorar acrescido do seguinte inciso VIII:
autorizar a alienação de bens do ativo não circulante, do qual
constarão: “Art. 47. ........................................................................

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VIII – o contribuinte não escriturar ou deixar de apresentar à Parágrafo único. São prerrogativas do Conselheiro
autoridade tributária os livros ou registros auxiliares de que integrante do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais -
trata o § 2o do art. 177 da Lei no 6.404, de 15 de dezembro CARF: (Incluído pela Lei nº 12.833, de 2013)
de 1976, e § 2o do art. 8o do Decreto-Lei no 1.598, de 26 de
I - somente ser responsabilizado civilmente, em processo
dezembro de 1977.
judicial ou administrativo, em razão de decisões proferidas
...................................................................................” (NR) em julgamento de processo no âmbito do CARF, quando
proceder comprovadamente com dolo ou fraude no
Art. 41. (VETADO)
exercício de suas funções; e (Incluído pela Lei nº
Art. 42. (VETADO) 12.833, de 2013)
Art. 43. (VETADO) II – (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.833, de
2013)
Art. 44. (VETADO)
Art. 49. Ficam transferidas para o Conselho
Art. 45. O art. 8o da Lei no 11.732, de 30 de junho de
Administrativo de Recursos Fiscais as atribuições e
2008, passa a vigorar com a seguinte redação:
competências do Primeiro, Segundo e Terceiro Conselhos de
“Art. 8o O prazo a que se refere o art. 25 da Lei no 11.508, Contribuintes do Ministério da Fazenda e da Câmara
de 20 de julho de 2007, fica prorrogado até o dia 1o de julho Superior de Recursos Fiscais, e suas respectivas câmaras e
de 2010.” (NR) turmas.
Art. 46. O conceito de sociedade coligada previsto § 1o Compete ao Ministro de Estado da Fazenda instalar
no art. 243 da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, com o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, nomear seu
a redação dada por esta Lei, somente será utilizado para os presidente, entre os representantes da Fazenda Nacional e
propósitos previstos naquela Lei. dispor quanto às competências para julgamento em razão da
matéria.
Parágrafo único. Para os propósitos previstos em leis
especiais, considera-se coligada a sociedade referida no art. § 2o (VETADO)
1.099 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 – Código
§ 3o Fica prorrogada a competência dos Conselhos de
Civil.
Contribuintes e da Câmara Superior de Recursos Fiscais
Art. 47. A Lei no 10.260, de 12 de julho de 2001, passa enquanto não instalado o Conselho Administrativo de
a vigorar com as seguintes alterações: Recursos Fiscais.
“Art. 5o ......................................................................... § 4o Enquanto não aprovado o regimento interno do
Conselho Administrativo de Recursos Fiscais serão aplicados,
IV – carência: de 18 (dezoito) meses contados a partir do mês
no que couber, os Regimentos Internos dos Conselhos de
imediatamente subsequente ao da conclusão do curso,
Contribuintes e da Câmara Superior de Recursos Fiscais do
mantido o pagamento dos juros nos termos do § 1o deste
Ministério da Fazenda.
artigo;
Art. 50. Ficam removidos, na forma do disposto
V – amortização: terá início no 19o (décimo nono) mês ao da
no inciso I do parágrafo único do art. 36 da Lei no 8.112, de
conclusão do curso, ou antecipadamente, por iniciativa do
11 de dezembro de 1990, para o Conselho Administrativo de
estudante financiado, calculando-se as prestações, em
Recursos Fiscais, os servidores que, na data da publicação
qualquer caso: (Revogado pela Medida Provisória nº 487, de
desta Lei, se encontravam lotados e em efetivo exercício no
2010) (Sem eficácia)
Primeiro, Segundo e Terceiro Conselhos de Contribuintes do
...................................................................................” (NR) Ministério da Fazenda e na Câmara Superior de Recursos
Fiscais.
CAPÍTULO V
DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 51. Ficam transferidos os cargos em comissão e
funções gratificadas da estrutura do Primeiro, Segundo e
Art. 48. O Primeiro, o Segundo e o Terceiro Conselhos Terceiro Conselhos de Contribuintes do Ministério da
de Contribuintes do Ministério da Fazenda, bem como a Fazenda e da Câmara Superior de Recursos Fiscais para o
Câmara Superior de Recursos Fiscais, ficam unificados em
Conselho Administrativo de Recursos Fiscais.
um órgão, denominado Conselho Administrativo de
Recursos Fiscais, colegiado, paritário, integrante da Art. 52. As disposições da legislação tributária em vigor,
estrutura do Ministério da Fazenda, com competência para que se refiram aos Conselhos de Contribuintes e à Câmara
julgar recursos de ofício e voluntários de decisão de primeira Superior de Recursos Fiscais devem ser entendidas como
instância, bem como recursos especiais, sobre a aplicação da pertinentes ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais.
legislação referente a tributos administrados pela Secretaria Art. 53. A prescrição dos créditos tributários pode ser
da Receita Federal do Brasil. reconhecida de ofício pela autoridade administrativa.

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Parágrafo único. O reconhecimento de ofício a que se § 1o Nos termos convencionados com as instituições
refere o caput deste artigo aplica-se inclusive às financeiras, os órgãos responsáveis pela cobrança da Dívida
contribuições sociais previstas nas alíneas a, b e c do Ativa:
parágrafo único do art. 11 da Lei no 8.212, de 24 de julho de
I – orientarão a instituição financeira sobre a legislação
1991, às contribuições instituídas a título de substituição e
tributária aplicável ao tributo objeto de satisfação amigável;
às contribuições devidas a terceiros, assim entendidas outras
entidades e fundos. II – delimitarão os atos de cobrança amigável a serem
realizados pela instituição financeira;
Art. 54. Terão sua inscrição no Cadastro Nacional da
Pessoa Jurídica – CNPJ baixada, nos termos e condições III – indicarão as remissões e anistias, expressamente
definidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, as previstas em lei, aplicáveis ao tributo objeto de satisfação
pessoas jurídicas que tenham sido declaradas inaptas até a amigável;
data de publicação desta Lei.
IV – fixarão o prazo que a instituição financeira terá para
Art. 55. As pessoas jurídicas que tiverem sua inscrição obter êxito na satisfação amigável do crédito inscrito, antes
no CNPJ baixada até 31 de dezembro de 2008, nos termos do do ajuizamento da ação de execução fiscal, quando for o
art. 54 desta Lei e dos arts. 80 e 80-A da Lei no 9.430, de 27 caso; e
de dezembro de 1996, ficam dispensadas:
V – fixarão os mecanismos e parâmetros de remuneração
I – da apresentação de declarações e demonstrativos por resultado.
relativos a tributos administrados pela Secretaria da Receita
§ 2o Para os fins deste artigo, é dispensável a licitação, desde
Federal do Brasil;
que a instituição financeira pública possua notória
II – da comunicação à Secretaria da Receita Federal do competência na atividade de recuperação de créditos não
Brasil da baixa, extinção ou cancelamento nos órgãos de pagos.
registro; e
§ 3o Ato conjunto do Advogado-Geral da União e do Ministro
III – das penalidades decorrentes do descumprimento das de Estado da Fazenda:
obrigações acessórias de que tratam os incisos I e II
I – fixará a remuneração por resultado devida à instituição
do caput deste artigo.
financeira; e
Art. 56. A partir de 1o de janeiro de 2008, o imposto de renda
II – determinará os créditos que podem ser objeto do
sobre prêmios obtidos em loterias incidirá apenas sobre o
disposto no caput deste artigo, inclusive estabelecendo
valor do prêmio em dinheiro que exceder ao valor da
alçadas de valor.
primeira faixa da tabela de incidência mensal do Imposto de
Renda da Pessoa Física – IRPF. Art. 59. Para fins de cálculo dos juros sobre o capital a que
se refere o art. 9o da Lei no 9.249, de 26 de dezembro de
Parágrafo único. (VETADO)
1995, não se incluem entre as contas do patrimônio líquido
Art. 57. A aplicação do disposto nos arts. 35 e 35-A da Lei sobre as quais os juros devem ser calculados os valores
no 8.212, de 24 de julho de 1991, às prestações ainda não relativos a ajustes de avaliação patrimonial a que se refere
pagas de parcelamento e aos demais débitos, inscritos ou o § 3o do art. 182 da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de
não em Dívida Ativa, cobrado por meio de processo ainda 1976, com a redação dada pela Lei no 11.638, de 28 de
não definitivamente julgado, ocorrerá: dezembro de 2007. (Vide Medida Provisória nº
627, de 2013) (Vigência) (Revogado pela
I – mediante requerimento do sujeito passivo, dirigido à
Lei nº 12.973, de 2014) (Vigência)
autoridade administrativa competente, informando e
comprovando que se subsume à mencionada hipótese; ou Art. 60. O disposto no inciso IV do caput do art. 187 da Lei
nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, com a redação dada
II – de ofício, quando verificada pela autoridade
por esta Lei, não altera o tratamento dos resultados
administrativa a possibilidade de aplicação.
operacionais e não-operacionais para fins de apuração e
Parágrafo único. O procedimento de revisão de multas compensação de prejuízos fiscais. (Vide
previsto neste artigo será regulamentado em portaria Medida Provisória nº 627, de
conjunta da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e da 2013) (Vigência) (Revogado pela Lei nº 12.973, de
Secretaria da Receita Federal do Brasil. 2014) (Vigência)
Art. 58. Os órgãos responsáveis pela cobrança da Dívida Parágrafo único. As alterações efetuadas pelo art. 37 desta
Ativa da União poderão utilizar serviços de instituições Lei não poderão ser aplicadas à contabilidade dos partidos
financeiras públicas para a realização de atos que viabilizem políticos antes de 1o de janeiro de
a satisfação amigável de créditos inscritos. 2011. (Revogado pela Lei nº 12.973, de
2014) (Vigência)

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Art. 61. A escrituração de que trata o art. 177 da Lei de 1o de agosto de 2008 a 31 dezembro de 2008 nos demais
no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, quando realizada por casos e 1o de janeiro de 2009 ao final da safra, considerando
instituições financeiras e demais entidades autorizadas a a média dos valores mensais da subvenção de cada período.
funcionar pelo Banco Central do Brasil, inclusive as
§ 2o Os custos decorrentes dessa subvenção serão
constituídas na forma de companhia aberta, deve observar
suportados pela ação correspondente à Garantia e
as disposições da Lei no 4.595, de 31 de dezembro de 1964,
Sustentação de Preços na Comercialização de Produtos
e os atos normativos dela decorrentes.
Agropecuários, do Orçamento das Operações Oficiais de
Art. 62. O texto consolidado da Lei no 6.404, de 15 de Crédito, sob a coordenação do Ministério da Fazenda.
dezembro de 1976, com todas as alterações nela
Art. 66. Fica a União autorizada, em caráter excepcional, a
introduzidas pela legislação posterior, inclusive por esta Lei,
proceder à aquisição de açúcar produzido pelas usinas
será publicado no Diário Oficial da União pelo Poder
circunscritas à região Nordeste, da safra 2008/2009, por
Executivo.
preço não superior ao preço médio praticado na região, com
Art. 63. Ficam extintos, no âmbito do Poder Executivo base em parâmetros de preços definidos conjuntamente
Federal, 28 (vinte e oito) cargos em comissão do Grupo- pelos Ministérios da Fazenda e da Agricultura, Pecuária e
Direção e Assessoramento Superiores – DAS e 16 (dezesseis) Abastecimento, observada a legislação vigente.
Funções Gratificadas - FG, sendo 16 (dezesseis) DAS-101.2,
Parágrafo único. Os custos decorrentes das aquisições de
12 (doze) DAS-101.1, 4 (quatro) FG-1, 2 (dois) FG-2 e 10 (dez)
que trata este artigo serão suportados pela dotação
FG-3, e criados 15 (quinze) cargos em comissão do Grupo-
consignada no Programa Abastecimento Agroalimentar, na
Direção e Assessoramento Superiores – DAS, sendo 2 (dois)
ação correspondente à Formação de Estoques, sob a
DAS-101.5, 1 (um) DAS-101.4 e 12 (doze) DAS-101.3.
coordenação da Conab.
Art. 64. O disposto nos arts. 1o a 7o da Medida Provisória
Art. 67. Na hipótese de parcelamento do crédito tributário
no 447, de 14 de novembro de 2008, aplica-se também aos
antes do oferecimento da denúncia, essa somente poderá
fatos geradores ocorridos entre 1o e 31 de outubro de 2008.
ser aceita na superveniência de inadimplemento da
Art. 65. Fica a União autorizada a conceder subvenção obrigação objeto da denúncia.
extraordinária para os produtores independentes de cana-
Art. 68. É suspensa a pretensão punitiva do Estado,
de-açúcar da região Nordeste e do Estado do Rio de Janeiro
referente aos crimes previstos nos arts. 1o e 2º da Lei nº
na safra 2008/2009.
8.137, de 27 de dezembro de 1990, e nos arts. 168-A e 337-
§ 1o Os Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento A do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 –
e da Fazenda estabelecerão em ato conjunto as condições Código Penal, limitada a suspensão aos débitos que tiverem
operacionais para a implementação, execução, pagamento, sido objeto de concessão de parcelamento, enquanto não
controle e fiscalização da subvenção prevista no caput deste forem rescindidos os parcelamentos de que tratam os arts.
artigo, devendo observar que a subvenção será: 1o a 3o desta Lei, observado o disposto no art. 69 desta Lei.
I – concedida diretamente aos produtores ou por meio de Parágrafo único. A prescrição criminal não corre durante o
suas cooperativas, em função da quantidade de cana-de- período de suspensão da pretensão punitiva.
açúcar efetivamente vendida às usinas de açúcar e de álcool
Art. 69. Extingue-se a punibilidade dos crimes referidos no
da região;
art. 68 quando a pessoa jurídica relacionada com o agente
II – definida pela diferença entre o custo variável de efetuar o pagamento integral dos débitos oriundos de
produção do Nordeste para a safra 2008/2009, calculado tributos e contribuições sociais, inclusive acessórios, que
pela Companhia Nacional de Abastecimento – CONAB em R$ tiverem sido objeto de concessão de parcelamento.
40,92 (quarenta reais e noventa e dois centavos) por
Parágrafo único. Na hipótese de pagamento efetuado pela
tonelada de cana-de-açúcar e o preço médio líquido mensal
pessoa física prevista no § 15 do art. 1o desta Lei, a extinção
da tonelada de cana padrão calculado a partir do preço
da punibilidade ocorrerá com o pagamento integral dos
apurado pelo Conselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar,
valores correspondentes à ação penal.
Açúcar e Álcool – CONSECANA, de Alagoas e de Pernambuco,
ponderado pela produção desses Estados estimada no Art. 70. (VETADO)
levantamento de safra da Conab de dezembro de 2008;
Art. 71. A adjudicação de ações pela União, para pagamento
III – limitada a R$ 5,00 (cinco reais) por tonelada de cana-de- de débitos inscritos na Dívida Ativa, que acarrete a
açúcar e a 10.000 (dez mil) toneladas por produtor em toda participação em sociedades empresariais, deverá ter a
a safra; anuência prévia, por meio de resolução, da Comissão
Interministerial de Governança Corporativa e de
IV – paga em 2008 e 2009, referente à produção da safra
Administração de Participações Societárias da União –
2008/2009 efetivamente entregue a partir de 1o de maio de
CGPAR, vedada a assunção pela União do controle
2008 na hipótese do Estado do Rio de Janeiro e nos períodos
societário. (Regulamento)
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§ 1o A adjudicação de que trata o caput deste artigo limitar- “Art. 28. Fica vedada a cessão para outros órgãos ou
se-á às ações de sociedades empresariais com atividade entidades da administração pública federal, dos Estados, do
econômica no setor de defesa nacional. Distrito Federal e dos Municípios de servidores do DNIT, nos
seguintes casos:
§ 2o O disposto no caput deste artigo aplica-se também à
dação em pagamento, para quitação de débitos de natureza I – durante os primeiros 10 (dez) anos de efetivo exercício no
não tributária inscritos em Dívida Ativa. DNIT, a partir do ingresso em cargo das Carreiras de que trata
o art. 1o desta Lei; ou
§ 3o Ato do Poder Executivo regulamentará o disposto neste
artigo. II – pelo prazo de 10 (dez) anos contado da publicação desta
Lei, para os servidores do Plano Especial de Cargos do DNIT,
Art. 72. A Lei n 9.873, de 23 de novembro de 1999, passa a
o
instituído pelo art. 3o desta Lei.
vigorar com as seguintes alterações:
Parágrafo único. Excetua-se do disposto no caput deste
“Art. 1o-A. Constituído definitivamente o crédito não
artigo a cessão ou requisição para o atendimento de
tributário, após o término regular do processo
situações previstas em leis específicas, ou para a ocupação
administrativo, prescreve em 5 (cinco) anos a ação de
de cargos de Natureza Especial, de provimento em comissão
execução da administração pública federal relativa a crédito
do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores, DAS-6,
decorrente da aplicação de multa por infração à legislação
DAS-5, DAS-4 ou equivalentes no âmbito do Ministério dos
em vigor.”
Transportes.” (NR)
“Art. 2o Interrompe-se a prescrição da ação punitiva:
Art. 75. O art. 4o da Lei no 11.345, de 14 de setembro de
I – pela notificação ou citação do indiciado ou acusado, 2006, passa a vigorar com a seguinte redação:
inclusive por meio de edital;
“Art. 4o .........................................................................
IV – por qualquer ato inequívoco que importe em
§ 14. Aplica-se o disposto no § 12 aos clubes sociais sem fins
manifestação expressa de tentativa de solução conciliatória
econômicos que comprovem a participação em competições
no âmbito interno da administração pública federal.” (NR)
oficiais em ao menos 3 (três) modalidades esportivas
“Art. 2o-A. Interrompe-se o prazo prescricional da ação distintas, de acordo com certidão a ser expedida anualmente
executória: pela Confederação Brasileira de Clubes.” (NR)
I – pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução Art. 76. O prazo previsto no art. 10 da Lei nº 11.345, de 14
fiscal; de setembro de 2006, fica reaberto por 180 (cento e oitenta)
dias contados da publicação desta Lei para as Santas Casas
II – pelo protesto judicial;
de Misericórdia, para as entidades de saúde de reabilitação
III – por qualquer ato judicial que constitua em mora o física de deficientes sem fins econômicos e para os clubes
devedor; sociais sem fins econômicos que comprovem a participação
em competições oficiais em ao menos 3 (três) modalidades
IV – por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial,
esportivas distintas, de acordo com certidão a ser expedida
que importe em reconhecimento do débito pelo devedor;
anualmente pela Confederação Brasileira de Clubes.
V – por qualquer ato inequívoco que importe em
Art. 77. Fica prorrogada até 31 de dezembro de 2014 a
manifestação expressa de tentativa de solução conciliatória
vigência da Lei no 8.989, de 24 de fevereiro de 1995.
no âmbito interno da administração pública federal.”
Art. 78. (VETADO)
Art. 73. O art. 32 da Lei no 9.430, de 27 de dezembro de
1996, passa a vigorar acrescido dos seguintes parágrafos: Art. 79. Ficam revogados:
“Art. 32. ...................................................................... I – os §§ 1o e 3º a 8º do art. 32, o art. 34, os §§ 1º a 4º do art.
35, os §§ 1º e 2º do art. 37, os arts. 38 e 41, o § 8º do art. 47,
§ 11. Somente se inicia o procedimento que visa à
o § 2º do art. 49, o parágrafo único do art. 52, o inciso II do
suspensão da imunidade tributária dos partidos políticos
caput do art. 80, o art. 81, os §§ 1º, 2º, 3º, 5º, 6º e 7º do art.
após trânsito em julgado de decisão do Tribunal Superior
89 e o parágrafo único do art. 93 da Lei nº 8.212, de 24 de
Eleitoral que julgar irregulares ou não prestadas, nos termos
julho de 1991;
da Lei, as devidas contas à Justiça Eleitoral.
II – o art. 60 da Lei no 8.383, de 30 de dezembro de 1991;
§ 12. A entidade interessada disporá de todos os meios
legais para impugnar os fatos que determinam a suspensão III – o parágrafo único do art. 133 da Lei no 8.213, de 24 de
do benefício.” (NR) julho de 1991;
Art. 74. O art. 28 da Lei no 11.171, de 2 de setembro de 2005, IV – o art. 7o da Lei no 9.469, de 10 de julho de 1997;
passa a vigorar com a seguinte redação:

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V – o parágrafo único do art. 10, os §§ 4º ao 9º do art. 11 e O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso
o parágrafo único do art. 14 da Lei nº 10.522, de 19 de julho Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei
de 2002; Complementar:
VI – o parágrafo único do art. 15 do Decreto no 70.235, de 6 CAPÍTULO I
de março de 1972; DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
VII – o art. 13 da Lei no 8.620, de 5 de janeiro de 1993; Art. 1o Esta Lei Complementar estabelece normas gerais
relativas ao tratamento diferenciado e favorecido a ser
VIII – os §§ 1o, 2o e 3o do art. 84 do Decreto-Lei no 73, de 21
dispensado às microempresas e empresas de pequeno
de novembro de 1966;
porte no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do
IX – o art. 1o da Lei no 10.190, de 14 de fevereiro de 2001, na Distrito Federal e dos Municípios, especialmente no que se
parte em que altera o art. 84 do Decreto-Lei nº 73, de 21 de refere:
novembro de 1966;
I - à apuração e recolhimento dos impostos e contribuições
X – o § 7o do art. 177, o inciso V do caput do art. 179, o art. da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
181, o inciso VI do caput do art. 183 e os incisos III e IV do mediante regime único de arrecadação, inclusive
caput do art. 188 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de obrigações acessórias;
1976;
II - ao cumprimento de obrigações trabalhistas e
XI – a partir da instalação do Conselho Administrativo de previdenciárias, inclusive obrigações acessórias;
Recursos Fiscais:
III - ao acesso a crédito e ao mercado, inclusive quanto à
a) o Decreto no 83.304, de 28 de março de 1979; preferência nas aquisições de bens e serviços pelos Poderes
Públicos, à tecnologia, ao associativismo e às regras de
b) o Decreto no 89.892, de 2 de julho de 1984; e
inclusão.
c) o art. 112 da Lei no 11.196, de 21 de novembro de 2005;
IV - ao cadastro nacional único de contribuintes a que se
XII – o § 1o do art. 3o da Lei no 9.718, de 27 de novembro de refere o inciso IV do parágrafo único do art. 146, in fine, da
1998; Constituição Federal. (Incluído pela Lei Complementar nº
147, de 2014)
XIII – o inciso III do caput do art. 8o da Lei no 6.938, de 31 de
agosto de 1981; e § 1o Cabe ao Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN)
apreciar a necessidade de revisão, a partir de 1o de janeiro
XIV – o inciso II do § 2o do art. 1o da Lei no 9.964, de 10 de
de 2015, dos valores expressos em moeda nesta Lei
abril de 2000.
Complementar.
Art. 80. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
§ 2o (VETADO).
Brasília, 27 de maio de 2009; 188 da Independência e
o
§ 3o Ressalvado o disposto no Capítulo IV, toda nova
121o da República.
obrigação que atinja as microempresas e empresas de
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA pequeno porte deverá apresentar, no instrumento que a
Tarso Genro instituiu, especificação do tratamento diferenciado,
Guido Mantega simplificado e favorecido para cumprimento. (Incluído pela
Reinhold Stephanes Lei Complementar nº 147, de 2014)
José Antonio Dias Toffoli § 4o Na especificação do tratamento diferenciado,
simplificado e favorecido de que trata o § 3o, deverá constar

DIREITO EMPRESARIAL prazo máximo, quando forem necessários procedimentos


adicionais, para que os órgãos fiscalizadores cumpram as
medidas necessárias à emissão de documentos, realização
de vistorias e atendimento das demandas realizadas pelas
Lei Complementar nº 123/2006 microempresas e empresas de pequeno porte com o
objetivo de cumprir a nova obrigação. (Incluído pela Lei
Institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa Complementar nº 147, de 2014)
de Pequeno Porte; altera dispositivos das Leis no 8.212 e § 5o Caso o órgão fiscalizador descumpra os prazos
8.213, ambas de 24 de julho de 1991, da Consolidação das estabelecidos na especificação do tratamento diferenciado e
Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, favorecido, conforme o disposto no § 4o, a nova obrigação
de 1o de maio de 1943, da Lei no 10.189, de 14 de fevereiro será inexigível até que seja realizada visita para fiscalização
de 2001, da Lei Complementar no 63, de 11 de janeiro de orientadora e seja reiniciado o prazo para regularização.
1990; e revoga as Leis no 9.317, de 5 de dezembro de 1996, (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
e 9.841, de 5 de outubro de 1999.

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§ 6o A ausência de especificação do tratamento § 5o O Fórum referido no inciso II do caput deste artigo tem
diferenciado, simplificado e favorecido ou da determinação por finalidade orientar e assessorar a formulação e
de prazos máximos, de acordo com os §§ 3o e 4o, tornará a coordenação da política nacional de desenvolvimento das
nova obrigação inexigível para as microempresas e empresas microempresas e empresas de pequeno porte, bem como
de pequeno porte. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, acompanhar e avaliar a sua implantação, sendo presidido e
de 2014) coordenado pela Secretaria da Micro e Pequena Empresa da
§ 7o A inobservância do disposto nos §§ 3o a 6o resultará em Presidência da República. (Redação dada pela Lei nº 12.792,
atentado aos direitos e garantias legais assegurados ao de 2013)
exercício profissional da atividade empresarial. (Incluído pela
§ 6º Ao Comitê de que trata o inciso I do caput deste artigo
Lei Complementar nº 147, de 2014)
compete regulamentar a opção, exclusão, tributação,
Art. 2o O tratamento diferenciado e favorecido a ser fiscalização, arrecadação, cobrança, dívida ativa,
dispensado às microempresas e empresas de pequeno recolhimento e demais itens relativos ao regime de que
porte de que trata o art. 1o desta Lei Complementar será trata o art. 12 desta Lei Complementar, observadas as
gerido pelas instâncias a seguir especificadas: demais disposições desta Lei Complementar.
I - Comitê Gestor do Simples Nacional, vinculado ao § 7º Ao Comitê de que trata o inciso III do caput deste
Ministério da Fazenda, composto por 4 (quatro) artigo compete, na forma da lei, regulamentar a inscrição,
representantes da Secretaria da Receita Federal do Brasil, cadastro, abertura, alvará, arquivamento, licenças,
como representantes da União, 2 (dois) dos Estados e do permissão, autorização, registros e demais itens relativos à
Distrito Federal e 2 (dois) dos Municípios, para tratar dos abertura, legalização e funcionamento de empresários e de
aspectos tributários; e pessoas jurídicas de qualquer porte, atividade econômica
ou composição societária.
II - Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de
Pequeno Porte, com a participação dos órgãos federais § 8o Os membros dos Comitês de que tratam os incisos I e
competentes e das entidades vinculadas ao setor, para III do caput deste artigo serão designados,
tratar dos demais aspectos, ressalvado o disposto no inciso respectivamente, pelos Ministros de Estado da Fazenda e
III do caput deste artigo; da Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência
da República, mediante indicação dos órgãos e entidades
III - Comitê para Gestão da Rede Nacional para
vinculados. (Redação pela Lei Complementar nº 147, de
Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e
2014)
Negócios - CGSIM, vinculado à Secretaria da Micro e
Pequena Empresa da Presidência da República, composto § 9o O CGSN poderá determinar, com relação à
por representantes da União, dos Estados e do Distrito microempresa e à empresa de pequeno porte optante pelo
Federal, dos Municípios e demais órgãos de apoio e de Simples Nacional, a forma, a periodicidade e o prazo:
registro empresarial, na forma definida pelo Poder (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
Executivo, para tratar do processo de registro e de I - de entrega à Secretaria da Receita Federal do Brasil - RFB
legalização de empresários e de pessoas jurídicas. (Redação de uma única declaração com dados relacionados a fatos
pela Lei Complementar nº 147, de 2014) geradores, base de cálculo e valores da contribuição para a
Seguridade Social devida sobre a remuneração do trabalho,
§ 1º Os Comitês de que tratam os incisos I e III
inclusive a descontada dos trabalhadores a serviço da
do caput deste artigo serão presididos e coordenados por
empresa, do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS
representantes da União.
e outras informações de interesse do Ministério do Trabalho
§ 2º Os representantes dos Estados e do Distrito Federal e Emprego - MTE, do Instituto Nacional do Seguro Social -
nos Comitês referidos nos incisos I e III do caput deste INSS e do Conselho Curador do FGTS, observado o disposto
artigo serão indicados pelo Conselho Nacional de Política no § 7o deste artigo; e (Incluído pela Lei Complementar nº
Fazendária - CONFAZ e os dos Municípios serão indicados, 147, de 2014)
um pela entidade representativa das Secretarias de II - do recolhimento das contribuições descritas no inciso I e
Finanças das Capitais e outro pelas entidades de do FGTS. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
representação nacional dos Municípios brasileiros. § 10. O recolhimento de que trata o inciso II do § 9o deste
artigo poderá se dar de forma unificada relativamente aos
§ 3º As entidades de representação referidas no inciso III
tributos apurados na forma do Simples Nacional. (Incluído
do caput e no § 2º deste artigo serão aquelas regularmente
pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
constituídas há pelo menos 1 (um) ano antes da publicação
§ 11. A entrega da declaração de que trata o inciso I do §
desta Lei Complementar.
9o substituirá, na forma regulamentada pelo CGSN, a
§ 4º Os Comitês de que tratam os incisos I e III obrigatoriedade de entrega de todas as informações,
do caput deste artigo elaborarão seus regimentos internos formulários e declarações a que estão sujeitas as demais
mediante resolução. empresas ou equiparados que contratam trabalhadores,
inclusive relativamente ao recolhimento do FGTS, à Relação
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Anual de Informações Sociais e ao Cadastro Geral de § 4º Não poderá se beneficiar do tratamento jurídico
Empregados e Desempregados. (Incluído pela Lei diferenciado previsto nesta Lei Complementar, incluído o
Complementar nº 147, de 2014) regime de que trata o art. 12 desta Lei Complementar, para
§ 12. Na hipótese de recolhimento do FGTS na forma do nenhum efeito legal, a pessoa jurídica:
inciso II do § 9o deste artigo, deve-se assegurar a
I - de cujo capital participe outra pessoa jurídica;
transferência dos recursos e dos elementos identificadores
do recolhimento ao gestor desse fundo para crédito na conta II - que seja filial, sucursal, agência ou representação, no
vinculada do trabalhador. (Incluído pela Lei Complementar País, de pessoa jurídica com sede no exterior;
nº 147, de 2014)
III - de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita
§ 13. O documento de que trata o inciso I do § 9o tem caráter
como empresário ou seja sócia de outra empresa que
declaratório, constituindo instrumento hábil e suficiente
receba tratamento jurídico diferenciado nos termos desta
para a exigência dos tributos, contribuições e dos débitos
Lei Complementar, desde que a receita bruta global
fundiários que não tenham sido recolhidos resultantes das
ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste
informações nele prestadas. (Incluído pela Lei
artigo;
Complementar nº 147, de 2014)
IV - cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por
CAPÍTULO II
cento) do capital de outra empresa não beneficiada por
DA DEFINIÇÃO DE MICROEMPRESA E DE EMPRESA DE
esta Lei Complementar, desde que a receita bruta global
PEQUENO PORTE
ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste
Art. 3º Para os efeitos desta Lei Complementar, artigo;
consideram-se microempresas ou empresas de pequeno
V - cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado
porte, a sociedade empresária, a sociedade simples, a
de outra pessoa jurídica com fins lucrativos, desde que a
empresa individual de responsabilidade limitada e o
receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso
empresário a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de
II do caput deste artigo;
10 de janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente
registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no VI - constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de
Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde consumo;
que:
VII - que participe do capital de outra pessoa jurídica;
I - no caso da microempresa, aufira, em cada ano-
VIII - que exerça atividade de banco comercial, de
calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00
investimentos e de desenvolvimento, de caixa econômica,
(trezentos e sessenta mil reais); e
de sociedade de crédito, financiamento e investimento ou
II - no caso de empresa de pequeno porte, aufira, em c de crédito imobiliário, de corretora ou de distribuidora de
ada ano-calendário, receita bruta superior a títulos, valores mobiliários e câmbio, de empresa de
R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e arrendamento mercantil, de seguros privados e de
igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 capitalização ou de previdência complementar;
(quatro milhões e oitocentos mil reais). (Redação dada pela
IX - resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra
Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito
forma de desmembramento de pessoa jurídica que tenha
§ 1º Considera-se receita bruta, para fins do disposto ocorrido em um dos 5 (cinco) anos-calendário anteriores;
no caput deste artigo, o produto da venda de bens e
X - constituída sob a forma de sociedade por ações.
serviços nas operações de conta própria, o preço dos
serviços prestados e o resultado nas operações em conta XI - cujos titulares ou sócios guardem, cumulativamente,
alheia, não incluídas as vendas canceladas e os descontos com o contratante do serviço, relação de pessoalidade,
incondicionais concedidos. subordinação e habitualidade. (Incluído pela Lei
Complementar nº 147, de 2014)
§ 2º No caso de início de atividade no próprio ano-
calendário, o limite a que se refere o caput deste artigo § 5o O disposto nos incisos IV e VII do § 4o deste artigo não
será proporcional ao número de meses em que a se aplica à participação no capital de cooperativas de
microempresa ou a empresa de pequeno porte houver crédito, bem como em centrais de compras, bolsas de
exercido atividade, inclusive as frações de meses. subcontratação, no consórcio referido no art. 50 desta Lei
Complementar e na sociedade de propósito específico
§ 3º O enquadramento do empresário ou da sociedade
prevista no art. 56 desta Lei Complementar, e em
simples ou empresária como microempresa ou empresa de
associações assemelhadas, sociedades de interesse
pequeno porte bem como o seu desenquadramento não
econômico, sociedades de garantia solidária e outros tipos
implicarão alteração, denúncia ou qualquer restrição em
de sociedade, que tenham como objetivo social a defesa
relação a contratos por elas anteriormente firmados.
exclusiva dos interesses econômicos das microempresas e
empresas de pequeno porte.
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§ 6º Na hipótese de a microempresa ou empresa de receita bruta não for superior a 20% (vinte por cento) dos
pequeno porte incorrer em alguma das situações previstas respectivos limites referidos naquele parágrafo, hipótese
nos incisos do § 4o, será excluída do tratamento jurídico em que os efeitos do impedimento ocorrerão no ano-
diferenciado previsto nesta Lei Complementar, bem como calendário subsequente.
do regime de que trata o art. 12, com efeitos a partir do
§ 14. Para fins de enquadramento como microempresa ou
mês seguinte ao que incorrida a situação impeditiva.
empresa de pequeno porte, poderão ser auferidas receitas
§ 7o Observado o disposto no § 2o deste artigo, no caso de no mercado interno até o limite previsto no inciso II
início de atividades, a microempresa que, no ano- do caput ou no § 2o, conforme o caso, e, adicionalmente,
calendário, exceder o limite de receita bruta anual previsto receitas decorrentes da exportação de mercadorias ou
no inciso I do caput deste artigo passa, no ano-calendário serviços, inclusive quando realizada por meio de comercial
seguinte, à condição de empresa de pequeno porte. exportadora ou da sociedade de propósito específico
prevista no art. 56 desta Lei Complementar, desde que as
§ 8o Observado o disposto no § 2o deste artigo, no caso de
receitas de exportação também não excedam os referidos
início de atividades, a empresa de pequeno porte que, no
limites de receita bruta anual. (Redação dada pela Lei
ano-calendário, não ultrapassar o limite de receita bruta
Complementar nº 147, de 2014) (Produção de efeito)
anual previsto no inciso I do caput deste artigo passa, no
ano-calendário seguinte, à condição de microempresa. § 15. Na hipótese do § 14, para fins de determinação da
alíquota de que trata o § 1o do art. 18, da base de cálculo
§ 9º A empresa de pequeno porte que, no ano-calendário,
prevista em seu § 3o e das majorações de alíquotas previstas
exceder o limite de receita bruta anual previsto no inciso II
em seus §§ 16, 16-A, 17 e 17-A, serão consideradas
do caput deste artigo fica excluída, no mês subsequente à
separadamente as receitas brutas auferidas no mercado
ocorrência do excesso, do tratamento jurídico diferenciado
interno e aquelas decorrentes da exportação. (Redação dada
previsto nesta Lei Complementar, incluído o regime de que
pela Lei Complementar nº 147, de 2014) (Produção de
trata o art. 12, para todos os efeitos legais, ressalvado o
efeito)
disposto nos §§ 9o-A, 10 e 12.
§ 16. O disposto neste artigo será regulamentado por
§ 9o-A. Os efeitos da exclusão prevista no § 9o dar-se-ão no resolução do CGSN. (Incluído pela Lei Complementar nº 147,
ano-calendário subsequente se o excesso verificado em de 2014)
relação à receita bruta não for superior a 20% (vinte por
§ 17. (VETADO). (Incluído pela Lei Complementar nº 155,
cento) do limite referido no inciso II do caput.
de 2016) Produção de efeito
§ 10. A empresa de pequeno porte que no decurso do ano-
§ 18. (VETADO). (Incluído pela Lei Complementar nº 155,
calendário de início de atividade ultrapassar o limite
de 2016) Produção de efeito
proporcional de receita bruta de que trata o § 2o estará
excluída do tratamento jurídico diferenciado previsto nesta Art. 3o-A. Aplica-se ao produtor rural pessoa física e ao
Lei Complementar, bem como do regime de que trata o art. agricultor familiar conceituado na Lei no 11.326, de 24 de
12 desta Lei Complementar, com efeitos retroativos ao julho de 2006, com situação regular na Previdência Social e
início de suas atividades. no Município que tenham auferido receita bruta anual até o
limite de que trata o inciso II do caput do art. 3o o disposto
§ 11. Na hipótese de o Distrito Federal, os Estados e os
nos arts. 6o e 7o, nos Capítulos V a X, na Seção IV do Capítulo
respectivos Municípios adotarem um dos limites previstos
XI e no Capítulo XII desta Lei Complementar, ressalvadas as
nos incisos I e II do caput do art. 19 e no art. 20, caso a
disposições da Lei no 11.718, de 20 de junho de 2008.
receita bruta auferida pela empresa durante o ano-
(Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
calendário de início de atividade ultrapasse 1/12 (um doze
Parágrafo único. A equiparação de que trata o caput não se
avos) do limite estabelecido multiplicado pelo número de
aplica às disposições do Capítulo IV desta Lei Complementar.
meses de funcionamento nesse período, a empresa não
(Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
poderá recolher o ICMS e o ISS na forma do Simples
Art. 3o-B. Os dispositivos desta Lei Complementar, com
Nacional, relativos ao estabelecimento localizado na
exceção dos dispostos no Capítulo IV, são aplicáveis a todas
unidade da federação que os houver adotado, com efeitos
as microempresas e empresas de pequeno porte, assim
retroativos ao início de suas atividades.
definidas pelos incisos I e II do caput e § 4o do art. 3o, ainda
§ 12. A exclusão de que trata o § 10 não retroagirá ao início que não enquadradas no regime tributário do Simples
das atividades se o excesso verificado em relação à receita Nacional, por vedação ou por opção. (Incluído pela Lei
bruta não for superior a 20% (vinte por cento) do respectivo Complementar nº 147, de 2014)
limite referido naquele parágrafo, hipótese em que os
CAPÍTULO III
efeitos da exclusão dar-se-ão no ano-calendário
DA INSCRIÇÃO E DA BAIXA
subsequente.
Art. 4o Na elaboração de normas de sua competência, os
§ 13. O impedimento de que trata o § 11 não retroagirá ao
órgãos e entidades envolvidos na abertura e fechamento de
início das atividades se o excesso verificado em relação à
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empresas, dos 3 (três) âmbitos de governo, deverão II - o desrespeito ao disposto neste parágrafo configurará
considerar a unicidade do processo de registro e de vantagem ilícita pelo induzimento ao erro em prejuízo do
legalização de empresários e de pessoas jurídicas, para MEI, aplicando-se as sanções previstas em lei. (Incluído pela
tanto devendo articular as competências próprias com Lei Complementar nº 147, de 2014)
aquelas dos demais membros, e buscar, em conjunto, § 5o (VETADO). (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de
compatibilizar e integrar procedimentos, de modo a evitar a 2014)
duplicidade de exigências e garantir a linearidade do
§ 6o Na ocorrência de fraude no registro
processo, da perspectiva do usuário.
do Microempreendedor Individual -
§ 1o O processo de abertura, registro, alteração e baixa da MEI feito por terceiros, o pedido de baixa deve ser feito
microempresa e empresa de pequeno porte, bem como por meio exclusivamente eletrônico,
qualquer exigência para o início de seu funcionamento, com efeitos retroativos à data de registro, na forma a ser
deverão ter trâmite especial e simplificado, regulamentada pelo CGSIM, não sendo
preferencialmente eletrônico, opcional para o aplicáveis os efeitos do § 1o do art. 29 desta Lei Complemen
empreendedor, observado o seguinte: (Redação dada pela tar. (Incluído pela Lei Complementar nº 155, de 2016)
Lei Complementar nº 147, de 2014) Produção de efeito
I - poderão ser dispensados o uso da firma, com a Art. 5o Os órgãos e entidades envolvidos na abertura e
respectiva assinatura autógrafa, o capital, requerimentos, fechamento de empresas, dos 3 (três) âmbitos de governo,
demais assinaturas, informações relativas ao estado civil e no âmbito de suas atribuições, deverão manter à disposição
regime de bens, bem como remessa de documentos, na dos usuários, de forma presencial e pela rede mundial de
forma estabelecida pelo CGSIM; e computadores, informações, orientações e instrumentos,
de forma integrada e consolidada, que permitam pesquisas
II - (Revogado). (Redação dada pela Lei Complementar nº
prévias às etapas de registro ou inscrição, alteração e baixa
147, de 2014) (Produção de efeito)
de empresários e pessoas jurídicas, de modo a prover ao
§ 2º (REVOGADO) usuário certeza quanto à documentação exigível e quanto à
viabilidade do registro ou inscrição.
§ 3o Ressalvado o disposto nesta Lei Complementar, ficam
reduzidos a 0 (zero) todos os custos, inclusive prévios, Parágrafo único. As pesquisas prévias à elaboração de ato
relativos à abertura, à inscrição, ao registro, ao constitutivo ou de sua alteração deverão bastar a que o
funcionamento, ao alvará, à licença, ao cadastro, às usuário seja informado pelos órgãos e entidades
alterações e procedimentos de baixa e encerramento e aos competentes:
demais itens relativos ao Microempreendedor Individual,
I - da descrição oficial do endereço de seu interesse e da
incluindo os valores referentes a taxas, a emolumentos e a
possibilidade de exercício da atividade desejada no local
demais contribuições relativas aos órgãos de registro, de
escolhido;
licenciamento, sindicais, de regulamentação, de anotação de
responsabilidade técnica, de vistoria e de fiscalização do II - de todos os requisitos a serem cumpridos para obtenção
exercício de profissões regulamentadas. (Redação dada pela de licenças de autorização de funcionamento, segundo a
Lei Complementar nº 147, de 2014) atividade pretendida, o porte, o grau de risco e a
§ 3o-A. O agricultor familiar, definido conforme a Lei nº localização; e
11.326, de 24 de julho de 2006, e identificado pela
III - da possibilidade de uso do nome empresarial de seu
Declaração de Aptidão ao Pronaf - DAP física ou jurídica, bem
interesse.
como o MEI e o empreendedor de economia solidária ficam
isentos de taxas e outros valores relativos à fiscalização da Art. 6o Os requisitos de segurança sanitária, metrologia,
vigilância sanitária. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, controle ambiental e prevenção contra incêndios, para os
de 2014) fins de registro e legalização de empresários e pessoas
§ 4o No caso do MEI, de que trata o art. 18-A desta Lei jurídicas, deverão ser simplificados, racionalizados e
Complementar, a cobrança associativa ou oferta de serviços uniformizados pelos órgãos envolvidos na abertura e
privados relativos aos atos de que trata o § 3o deste artigo fechamento de empresas, no âmbito de suas competências.
somente poderá ser efetuada a partir de demanda prévia do
§ 1o Os órgãos e entidades envolvidos na abertura e
próprio MEI, firmado por meio de contrato com assinatura
fechamento de empresas que sejam responsáveis pela
autógrafa, observando-se que: (Incluído pela Lei
emissão de licenças e autorizações de
Complementar nº 147, de 2014)
funcionamento somente realizarão vistorias após o início
I - para a emissão de boletos de cobrança, os bancos públicos
de operação do estabelecimento, quando a atividade, por
e privados deverão exigir das instituições sindicais e
sua natureza, comportar grau de risco compatível com esse
associativas autorização prévia específica a ser emitida pelo
procedimento.
CGSIM; (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014)

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§ 2o Os órgãos e entidades competentes definirão, em 6 § 1o O sistema de que trata o inciso II do caput deve garantir
(seis) meses, contados da publicação desta Lei aos órgãos e entidades integrados: (Incluído pela Lei
Complementar, as atividades cujo grau de risco seja Complementar nº 147, de 2014)
considerado alto e que exigirão vistoria prévia. I - compartilhamento irrestrito dos dados da base nacional
única de empresas; (Incluído pela Lei Complementar nº 147,
§ 3o Na falta de legislação estadual, distrital ou municipal
de 2014)
específica relativa à definição do grau de risco da atividade
II - autonomia na definição das regras para comprovação do
aplicar-se-á resolução do CGSIM. (Incluído pela Lei
cumprimento de exigências nas respectivas etapas do
Complementar nº 147, de 2014)
processo. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
§ 4o A classificação de baixo grau de risco permite ao
§ 2o A identificação nacional cadastral única substituirá para
empresário ou à pessoa jurídica a obtenção do licenciamento
todos os efeitos as demais inscrições, sejam elas federais,
de atividade mediante o simples fornecimento de dados e a
estaduais ou municipais, após a implantação do sistema a
substituição da comprovação prévia do cumprimento de
que se refere o inciso II do caput, no prazo e na forma
exigências e restrições por declarações do titular ou
estabelecidos pelo CGSIM. (Incluído pela Lei Complementar
responsável. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de
nº 147, de 2014)
2014)
§ 3o É vedado aos órgãos e entidades integrados ao sistema
§ 5o O disposto neste artigo não é impeditivo da inscrição
informatizado de que trata o inciso II do caput o
fiscal. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
estabelecimento de exigências não previstas em lei. (Incluído
Art. 7o Exceto nos casos em que o grau de risco da pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
atividade seja considerado alto, os Municípios emitirão § 4o A coordenação do desenvolvimento e da implantação
Alvará de Funcionamento Provisório, que permitirá o início do sistema de que trata o inciso II do caput ficará a cargo do
de operação do estabelecimento imediatamente após o ato CGSIM. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
de registro.
Art. 9o O registro dos atos constitutivos, de suas alterações
Parágrafo único. Nos casos referidos no caput deste artigo, e extinções (baixas), referentes a empresários e pessoas
poderá o Município conceder Alvará de Funcionamento jurídicas em qualquer órgão dos 3 (três) âmbitos de
Provisório para o microempreendedor individual, para governo ocorrerá independentemente da regularidade de
microempresas e para empresas de pequeno porte: obrigações tributárias, previdenciárias ou trabalhistas,
principais ou acessórias, do empresário, da sociedade, dos
I - instaladas em área ou edificação desprovidas de
sócios, dos administradores ou de empresas de que
regulação fundiária e imobiliária, inclusive habite-se; ou
participem, sem prejuízo das responsabilidades do
(Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
empresário, dos titulares, dos sócios ou dos
II - em residência do microempreendedor individual ou do administradores por tais obrigações, apuradas antes ou
titular ou sócio da microempresa ou empresa de pequeno após o ato de extinção. (Redação dada pela Lei
porte, na hipótese em que a atividade não gere grande Complementar nº 147, de 2014)
circulação de pessoas.
§ 1o O arquivamento, nos órgãos de registro, dos atos
Art. 8 Será assegurado aos empresários e pessoas
o
constitutivos de empresários, de sociedades empresárias e
jurídicas: (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de de demais equiparados que se enquadrarem como
2014) microempresa ou empresa de pequeno porte bem como o
arquivamento de suas alterações são dispensados das
I - entrada única de dados e documentos; (Incluído pela Lei
seguintes exigências:
Complementar nº 147, de 2014)
II - processo de registro e legalização integrado entre os I - certidão de inexistência de condenação criminal, que
órgãos e entes envolvidos, por meio de sistema será substituída por declaração do titular ou administrador,
informatizado que garanta: (Incluído pela Lei Complementar firmada sob as penas da lei, de não estar impedido de
nº 147, de 2014) exercer atividade mercantil ou a administração de
a) sequenciamento das seguintes etapas: consulta prévia de sociedade, em virtude de condenação criminal;
nome empresarial e de viabilidade de localização, registro
II - prova de quitação, regularidade ou inexistência de
empresarial, inscrições fiscais e licenciamento de atividade;
débito referente a tributo ou contribuição de qualquer
(Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
natureza.
b) criação da base nacional cadastral única de empresas;
(Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014) § 2o Não se aplica às microempresas e às empresas de
III - identificação nacional cadastral única que corresponderá pequeno porte o disposto no § 2o do art. 1o da Lei no 8.906,
ao número de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas de 4 de julho de 1994.
Jurídicas - CNPJ. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de
§ 3o (Revogado). (Redação dada pela Lei Complementar nº
2014)
147, de 2014)

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§ 4o A baixa do empresário ou da pessoa jurídica não condicionante, pelos órgãos envolvidos na abertura e
impede que, posteriormente, sejam lançados ou cobrados fechamento de empresas, dos 3 (três) âmbitos de governo,
tributos, contribuições e respectivas penalidades, que exceda o estrito limite dos requisitos pertinentes à
decorrentes da falta do cumprimento de obrigações ou da essência do ato de registro, alteração ou baixa da empresa.
prática comprovada e apurada em processo administrativo
CAPÍTULO IV
ou judicial de outras irregularidades praticadas pelos
DOS TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES
empresários, pelas pessoas jurídicas ou por seus titulares,
SEÇÃOI
sócios ou administradores. (Redação dada pela Lei
DA INSTITUIÇÃO E ABRANGÊNCIA
Complementar nº 147, de 2014)
Art. 12. Fica instituído o Regime Especial Unificado de
§ 5o A solicitação de baixa do empresário ou da pessoa
Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas
jurídica importa responsabilidade solidária dos
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - Simples
empresários, dos titulares, dos sócios e dos administradores
Nacional.
no período da ocorrência dos respectivos fatos geradores.
(Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014) Parágrafo único. (VETADO). (Incluído pela Lei
Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito
§ 6º Os órgãos referidos no caput deste artigo terão o
prazo de 60 (sessenta) dias para efetivar a baixa nos Art. 13. O Simples Nacional implica o recolhimento mensal,
respectivos cadastros. mediante documento único de arrecadação, dos seguintes
impostos e contribuições:
§ 7º Ultrapassado o prazo previsto no § 6º deste artigo sem
manifestação do órgão competente, presumir-se-á a baixa I - Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica - IRPJ;
dos registros das microempresas e a das empresas de
II - Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI, observado
pequeno porte.
o disposto no inciso XII do § 1o deste artigo;
§ 8o (Revogado). (Redação dada pela Lei Complementar nº
III - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL;
147, de 2014)
IV - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social
§ 9o (Revogado). (Redação dada pela Lei Complementar nº
- COFINS, observado o disposto no inciso XII do § 1o deste
147, de 2014)
artigo;
§ 10. (Revogado). (Redação dada pela Lei Complementar nº
V - Contribuição para o PIS/Pasep, observado o disposto no
147, de 2014)
inciso XII do § 1o deste artigo;
§ 11. (Revogado). (Redação dada pela Lei Complementar nº
VI - Contribuição Patronal Previdenciária - CPP para a
147, de 2014)
Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica, de que trata
§ 12. (Revogado). (Redação dada pela Lei Complementar nº o art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, exceto no
147, de 2014) caso da microempresa e da empresa de pequeno porte que
se dedique às atividades de prestação de serviços referidas
Art. 10. Não poderão ser exigidos pelos órgãos e entidades
no § 5º-C do art. 18 desta Lei Complementar;
envolvidos na abertura e fechamento de empresas, dos 3
(três) âmbitos de governo: VII - Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de
Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de Transporte
I - excetuados os casos de autorização prévia, quaisquer
Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS;
documentos adicionais aos requeridos pelos órgãos
executores do Registro Público de Empresas Mercantis e VIII - Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS.
Atividades Afins e do Registro Civil de Pessoas Jurídicas;
§ 1o O recolhimento na forma deste artigo não exclui a
II - documento de propriedade ou contrato de locação do incidência dos seguintes impostos ou contribuições, devidos
imóvel onde será instalada a sede, filial ou outro na qualidade de contribuinte ou responsável, em relação
estabelecimento, salvo para comprovação do endereço aos quais será observada a legislação aplicável às demais
indicado; pessoas jurídicas:
III - comprovação de regularidade de prepostos dos I - Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro,
empresários ou pessoas jurídicas com seus órgãos de ou Relativas a Títulos ou Valores Mobiliários - IOF;
classe, sob qualquer forma, como requisito para
II - Imposto sobre a Importação de Produtos Estrangeiros -
deferimento de ato de inscrição, alteração ou baixa de
II;
empresa, bem como para autenticação de instrumento de
escrituração. III - Imposto sobre a Exportação, para o Exterior, de
Produtos Nacionais ou Nacionalizados - IE;
Art. 11. Fica vedada a instituição de qualquer tipo de
exigência de natureza documental ou formal, restritiva ou IV - Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR;

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V - Imposto de Renda, relativo aos rendimentos ou ganhos alvejantes; esponjas; palhas de aço e amaciantes de roupas;
líquidos auferidos em aplicações de renda fixa ou variável; venda de mercadorias pelo sistema porta a porta; nas
operações sujeitas ao regime de substituição tributária
VI - Imposto de Renda relativo aos ganhos de capital
pelas operações anteriores; e nas prestações de serviços
auferidos na alienação de bens do ativo permanente;
sujeitas aos regimes de substituição tributária e de
VII - Contribuição Provisória sobre Movimentação ou antecipação de recolhimento do imposto com
Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de encerramento de tributação; (Redação dada pele Lei
Natureza Financeira - CPMF; Complementar nº 147, de 2014) (Produção de efeito)
VIII - Contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de b) por terceiro, a que o contribuinte se ache obrigado, por
Serviço - FGTS; força da legislação estadual ou distrital vigente;
IX - Contribuição para manutenção da Seguridade Social, c) na entrada, no território do Estado ou do Distrito Federal,
relativa ao trabalhador; de petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e
gasosos dele derivados, bem como energia elétrica, quando
X - Contribuição para a Seguridade Social, relativa à pessoa
não destinados à comercialização ou industrialização;
do empresário, na qualidade de contribuinte individual;
d) por ocasião do desembaraço aduaneiro;
XI - Imposto de Renda relativo aos pagamentos ou créditos
efetuados pela pessoa jurídica a pessoas físicas; e) na aquisição ou manutenção em estoque de mercadoria
desacobertada de documento fiscal;
XII - Contribuição para o PIS/Pasep, Cofins e IPI incidentes
na importação de bens e serviços; f) na operação ou prestação desacobertada de documento
fiscal;
XIII - ICMS devido:
g) nas operações com bens ou mercadorias sujeitas ao
a) nas operações sujeitas ao regime de substituição
regime de antecipação do recolhimento do imposto, nas
tributária, tributação concentrada em uma única etapa
aquisições em outros Estados e Distrito Federal:
(monofásica) e sujeitas ao regime de antecipação do
recolhimento do imposto com encerramento de tributação, 1. com encerramento da tributação, observado o disposto
envolvendo combustíveis e lubrificantes; energia elétrica; no inciso IV do § 4º do art. 18 desta Lei Complementar;
cigarros e outros produtos derivados do fumo; bebidas;
2. sem encerramento da tributação, hipótese em que será
óleos e azeites vegetais comestíveis; farinha de trigo e
cobrada a diferença entre a alíquota interna e a
misturas de farinha de trigo; massas alimentícias; açúcares;
interestadual, sendo vedada a agregação de qualquer valor;
produtos lácteos; carnes e suas preparações; preparações à
base de cereais; chocolates; produtos de padaria e da h) nas aquisições em outros Estados e no Distrito Federal de
indústria de bolachas e biscoitos; sorvetes e preparados bens ou mercadorias, não sujeitas ao regime de
para fabricação de sorvetes em máquinas; cafés e mates, antecipação do recolhimento do imposto, relativo à
seus extratos, essências e concentrados; preparações para diferença entre a alíquota interna e a interestadual;
molhos e molhos preparados; preparações de produtos
XIV - ISS devido:
vegetais; rações para animais domésticos; veículos
automotivos e automotores, suas peças, componentes e a) em relação aos serviços sujeitos à substituição tributária
acessórios; pneumáticos; câmaras de ar e protetores de ou retenção na fonte;
borracha; medicamentos e outros produtos farmacêuticos
b) na importação de serviços;
para uso humano ou veterinário; cosméticos; produtos de
perfumaria e de higiene pessoal; papéis; plásticos; canetas XV - demais tributos de competência da União, dos Estados,
e malas; cimentos; cal e argamassas; produtos cerâmicos; do Distrito Federal ou dos Municípios, não relacionados nos
vidros; obras de metal e plástico para construção; telhas e incisos anteriores.
caixas d’água; tintas e vernizes; produtos eletrônicos,
§ 1o-A. Os valores repassados aos profissionais de que trata
eletroeletrônicos e eletrodomésticos; fios; cabos e outros
a Lei no 12.592, de 18 de janeiro de 2012, contratados por
condutores; transformadores elétricos e reatores;
meio de parceria, nos termos da legislação civil, não
disjuntores; interruptores e tomadas; isoladores; para-raios
integrarão a receita bruta da empresa contratante para fins
e lâmpadas; máquinas e aparelhos de ar-condicionado;
de tributação, cabendo ao contratante a retenção e o
centrifugadores de uso doméstico; aparelhos e
recolhimento dos tributos devidos pelo contratado.
instrumentos de pesagem de uso doméstico; extintores;
(Incluído pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção
aparelhos ou máquinas de barbear; máquinas de cortar o
de efeito
cabelo ou de tosquiar; aparelhos de depilar, com motor
elétrico incorporado; aquecedores elétricos de água para § 2o Observada a legislação aplicável, a incidência do
uso doméstico e termômetros; ferramentas; álcool etílico; imposto de renda na fonte, na hipótese do inciso V do §
sabões em pó e líquidos para roupas; detergentes; 1o deste artigo, será definitiva.

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§ 3o As microempresas e empresas de pequeno porte 1995, sobre a receita bruta mensal, no caso de antecipação
optantes pelo Simples Nacional ficam dispensadas do de fonte, ou da receita bruta total anual, tratando-se de
pagamento das demais contribuições instituídas pela União, declaração de ajuste, subtraído do valor devido na forma do
inclusive as contribuições para as entidades privadas de Simples Nacional no período.
serviço social e de formação profissional vinculadas ao
§ 2o O disposto no § 1o deste artigo não se aplica na
sistema sindical, de que trata o art. 240 da Constituição
hipótese de a pessoa jurídica manter escrituração contábil e
Federal, e demais entidades de serviço social autônomo.
evidenciar lucro superior àquele limite.
§ 4o (VETADO).
Art. 15. (VETADO).
§ 5º A diferença entre a alíquota interna e a interestadual
Art. 16. A opção pelo Simples Nacional da pessoa jurídica
de que tratam as alíneas g e h do inciso XIII do § 1º deste
enquadrada na condição de microempresa e empresa de
artigo será calculada tomando-se por base as alíquotas
pequeno porte dar-se-á na forma a ser estabelecida em ato
aplicáveis às pessoas jurídicas não optantes pelo Simples
do Comitê Gestor, sendo irretratável para todo o ano-
Nacional.
calendário.
§ 6º O Comitê Gestor do Simples Nacional:
§ 1o Para efeito de enquadramento no Simples Nacional,
I - disciplinará a forma e as condições em que será atribuída considerar-se-á microempresa ou empresa de pequeno
à microempresa ou empresa de pequeno porte optante porte aquela cuja receita bruta no ano-calendário anterior
pelo Simples Nacional a qualidade de substituta tributária; e ao da opção esteja compreendida dentro dos limites
previstos no art. 3o desta Lei Complementar.
II - poderá disciplinar a forma e as condições em que será
estabelecido o regime de antecipação do ICMS previsto na § 1º-A. A opção pelo Simples Nacional implica aceitação de
alínea g do inciso XIII do § 1º deste artigo. sistema de comunicação eletrônica, destinado, dentre
outras finalidades, a:
§ 7o O disposto na alínea a do inciso XIII do § 1o será
disciplinado por convênio celebrado pelos Estados e pelo I - cientificar o sujeito passivo de quaisquer tipos de atos
Distrito Federal, ouvidos o CGSN e os representantes dos administrativos, incluídos os relativos ao indeferimento de
segmentos econômicos envolvidos. (Incluído pela Lei opção, à exclusão do regime e a ações fiscais;
Complementar nº 147, de 2014) (Produção de efeito)
II - encaminhar notificações e intimações; e
§ 8o Em relação às bebidas não alcóolicas, massas
alimentícias, produtos lácteos, carnes e suas preparações, III - expedir avisos em geral.
preparações à base de cereais, chocolates, produtos de
§ 1º-B. O sistema de comunicação eletrônica de que trata o
padaria e da indústria de bolachas e biscoitos, preparações
§ 1o-A será regulamentado pelo CGSN, observando-se o
para molhos e molhos preparados, preparações de produtos
seguinte:
vegetais, telhas e outros produtos cerâmicos para
construção e detergentes, aplica-se o disposto na alínea a do I - as comunicações serão feitas, por meio eletrônico, em
inciso XIII do § 1o aos fabricados em escala industrial portal próprio, dispensando-se a sua publicação no Diário
relevante em cada segmento, observado o disposto no § 7o. Oficial e o envio por via postal;
(Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014) (Produção
II - a comunicação feita na forma prevista no caput será
de efeito)
considerada pessoal para todos os efeitos legais;
Art. 13-A. Para efeito de recolhimento do ICMS e do ISS no
III - a ciência por meio do sistema de que trata o § 1o-A com
Simples Nacional, o limite máximo de que trata o inciso II
utilização de certificação digital ou de código de acesso
do caput do art. 3o será de R$ 3.600.000,00 (três milhões e
possuirá os requisitos de validade;
seiscentos mil reais), observado o disposto nos §§ 11, 13,
14 e 15 do mesmo artigo, nos §§ 17 e 17-A do art. 18 e no § IV - considerar-se-á realizada a comunicação no dia em que
4o do art. 19. (Incluído pela Lei Complementar nº 155, de o sujeito passivo efetivar a consulta eletrônica ao teor da
2016) Produção de efeito comunicação; e
Art. 14. Consideram-se isentos do imposto de renda, na V - na hipótese do inciso IV, nos casos em que a consulta se
fonte e na declaração de ajuste do beneficiário, os valores dê em dia não útil, a comunicação será considerada como
efetivamente pagos ou distribuídos ao titular ou sócio da realizada no primeiro dia útil seguinte.
microempresa ou empresa de pequeno porte optante pelo
§ 1º-C. A consulta referida nos incisos IV e V do § 1º-B
Simples Nacional, salvo os que corresponderem a pró-
deverá ser feita em até 45 (quarenta e cinco) dias contados
labore, aluguéis ou serviços prestados.
da data da disponibilização da comunicação no portal a que
§ 1o A isenção de que trata o caput deste artigo fica se refere o inciso I do § 1º-B, ou em prazo superior
limitada ao valor resultante da aplicação dos percentuais de estipulado pelo CGSN, sob pena de ser considerada
que trata o art. 15 da Lei no 9.249, de 26 de dezembro de

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automaticamente realizada na data do término desse V - que possua débito com o Instituto Nacional do Seguro
prazo. Social - INSS, ou com as Fazendas Públicas Federal, Estadual
ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa;
§ 1º-D. Enquanto não editada a regulamentação de que
trata o § 1o-B, os entes federativos poderão utilizar VI - que preste serviço de transporte intermunicipal e
sistemas de comunicação eletrônica, com regras próprias, interestadual de passageiros, exceto quando na modalidade
para as finalidades previstas no § 1º-A, podendo a referida fluvial ou quando possuir características de transporte
regulamentação prever a adoção desses sistemas como urbano ou metropolitano ou realizar-se sob fretamento
meios complementares de comunicação. contínuo em área metropolitana para o transporte de
estudantes ou trabalhadores; (Redação dada pela Lei
§ 2o A opção de que trata o caput deste artigo deverá ser
Complementar nº 147, de 2014) (Produção de efeito)
realizada no mês de janeiro, até o seu último dia útil,
produzindo efeitos a partir do primeiro dia do ano- VII - que seja geradora, transmissora, distribuidora ou
calendário da opção, ressalvado o disposto no § 3o deste comercializadora de energia elétrica;
artigo.
VIII - que exerça atividade de importação ou fabricação de
§ 3 A opção produzirá efeitos a partir da data do início de
o
automóveis e motocicletas;
atividade, desde que exercida nos termos, prazo e
IX - que exerça atividade de importação de combustíveis;
condições a serem estabelecidos no ato do Comitê Gestor a
que se refere o caput deste artigo. X - que exerça atividade de produção ou venda no atacado
de:
§ 4 Serão consideradas inscritas no Simples Nacional, em
o

1o de julho de 2007, as microempresas e empresas de a) cigarros, cigarrilhas, charutos, filtros para cigarros, armas
pequeno porte regularmente optantes pelo regime de fogo, munições e pólvoras, explosivos e detonantes;
tributário de que trata a Lei no 9.317, de 5 de dezembro de
b) bebidas não alcoólicas a seguir descritas: (Redação dada
1996, salvo as que estiverem impedidas de optar por
pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito
alguma vedação imposta por esta Lei Complementar.
1 - (Revogado pela Lei Complementar nº 155, de 2016)
§ 5o O Comitê Gestor regulamentará a opção automática
(Vigência)
prevista no § 4o deste artigo.
2 - refrigerantes, inclusive águas saborizadas gaseificadas;
§ 6o O indeferimento da opção pelo Simples Nacional será
formalizado mediante ato da Administração Tributária 2. (Revogado); (Redação dada pela Lei Complementar nº
segundo regulamentação do Comitê Gestor. 147, de 2014)
SEÇÃO II 3 - preparações compostas, não alcoólicas (extratos
DAS VEDAÇÕES AO INGRESSO NO SIMPLES NACIONAL concentrados ou sabores concentrados), para elaboração
de bebida refrigerante, com capacidade de diluição de até
Art. 17. Não poderão recolher os impostos e contribuições
10 (dez) partes da bebida para cada parte do concentrado;
na forma do Simples Nacional a microempresa ou empresa
de pequeno porte: (Redação dada pela Lei Complementar nº 3. (Revogado); (Redação dada pela Lei Complementar nº
167, de 2019) 147, de 2014)
I - que explore atividade de prestação cumulativa e 4 - cervejas sem álcool;
contínua de serviços de assessoria creditícia, gestão de
c) bebidas alcoólicas, exceto aquelas produzidas ou ven
crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e
didas no atacado por: (Incluído pela Lei Complementar nº
a receber, gerenciamento de ativos (asset management) ou
155, de 2016) Produção de efeito
compra de direitos creditórios resultantes de vendas
mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring) 1. micro e pequenas cervejarias; (Incluído pela Lei
ou que execute operações de empréstimo, de Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito
financiamento e de desconto de títulos de crédito,
2. micro e pequenas vinícolas; (Incluído pela Lei
exclusivamente com recursos próprios, tendo como
Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito
contrapartes microempreendedores individuais,
microempresas e empresas de pequeno porte, inclusive sob 3. produtores de licores; (Incluído pela Lei Complementar
a forma de empresa simples de crédito; (Redação dada pela nº 155, de 2016) Produção de efeito
Lei Complementar nº 167, de 2019)
4. micro e pequenas destilarias; (Incluído pela Lei
II - que tenha sócio domiciliado no exterior; Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito
III - de cujo capital participe entidade da administração XI - (Revogado); (Redação dada pela Lei Complementar nº
pública, direta ou indireta, federal, estadual ou municipal; 147, de 2014) (Produção de efeito)
IV - (REVOGADO) XII - que realize cessão ou locação de mão-de-obra;

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XIII - (Revogado); (Redação dada pela Lei Complementar nº XXVI - (REVOGADO)


147, de 2014) (Produção de efeito)
XXVII - (REVOGADO)
XIV - que se dedique ao loteamento e à incorporação de
XXVIII - (VETADO).
imóveis.
§ 2o Também poderá optar pelo Simples Nacional a
XV - que realize atividade de locação de imóveis próprios,
microempresa ou empresa de pequeno porte que se
exceto quando se referir a prestação de serviços tributados
dedique à prestação de outros serviços que não tenham
pelo ISS.
sido objeto de vedação expressa neste artigo, desde que
XVI - com ausência de inscrição ou com irregularidade em não incorra em nenhuma das hipóteses de vedação
cadastro fiscal federal, municipal ou estadual, quando previstas nesta Lei Complementar.
exigível.
§ 3o (VETADO).
§ 1º As vedações relativas a exercício de atividades
§ 4º Na hipótese do inciso XVI do caput, deverá ser
previstas no caput deste artigo não se aplicam às pessoas
observado, para o MEI, o disposto no art. 4o desta Lei
jurídicas que se dediquem exclusivamente às atividades
Complementar.
referidas nos §§ 5o-B a 5o-E do art. 18 desta Lei
Complementar, ou as exerçam em conjunto com outras § 5o As empresas que exerçam as atividades previstas no
atividades que não tenham sido objeto de vedação s itens da
no caput deste artigo. alínea c do inciso X do caput deste artigo deverão obrigator
iamente ser registradas no Ministério da Agricultura,
I - (REVOGADO)
Pecuária e
II - (REVOGADO) Abastecimento e obedecerão também à regulamentação
da Agência
III - (REVOGADO)
Nacional de Vigilância Sanitária e da Secretaria da Receita F
IV - (REVOGADO) ederal do Brasil quanto à produção e à comercialização
de bebidas alcoólicas. (Incluído pela Lei Complementar nº
V - (REVOGADO)
155, de 2016) Produção de efeito
VI - (REVOGADO)
SEÇÃO III
VII - (REVOGADO) DAS ALÍQUOTAS E BASE DE CÁLCULO
VIII - (REVOGADO) Art. 18. O valor devido mensalmente pela microempresa
ou empresa
IX - (REVOGADO)
de pequeno porte optante pelo Simples Nacional será
X - (REVOGADO) determinado mediante aplicação das alíquotas
efetivas, calculadas a
XI - (REVOGADO)
partir das alíquotas nominais constantes
XII - (REVOGADO) das tabelas dos Anexos I a V desta Lei Complementar,
sobre a base de cálculo de que trata o § 3o deste artigo, o
XIII - (REVOGADO)
bservado o disposto no § 15 do art. 3o. (Redação dada pela
XIV - (REVOGADO) Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito
XV - (REVOGADO) § 1o Para efeito de determinação da alíquota nominal, o s
XVI - (REVOGADO) ujeito passivo utilizará a receita bruta acumulada
nos doze meses anteriores ao do período de apuração.
XVII - (REVOGADO) (Redação dada pela Lei Complementar nº 155, de 2016)
XVIII - (REVOGADO) Produção de efeito

XIX - (REVOGADO) § 1o A. A alíquota efetiva é o resultado de:


XX - (REVOGADO) (Incluído pela Lei Complementar nº 155
RBT12xAliq-PD, em que:
XXI - (REVOGADO) RBT12
XXII - (VETADO);
I - RBT12: receita bruta acumulada nos doze meses anterior
XXIII - (REVOGADO) es ao período de apuração; (Incluído pela Lei Complementar
XXIV - (REVOGADO) nº 155, de 2016) Produção de efeito

XXV - (REVOGADO)

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II - Aliq: alíquota nominal constante dos Anexos I a V des ano-calendário.(Redação dada pela Lei Complementar nº
ta Lei Complementar; (Incluído pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito
155, de 2016) Produção de efeito
§ 4o O contribuinte deverá considerar, destacadamente,
III - PD: parcela a deduzir constante dos Anexos I a V de para fim de pagamento, as receitas decorrentes da:
sta Lei Complementar. (Incluído pela Lei Complementar nº (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
155, de 2016) Produção de efeito I - revenda de mercadorias, que serão tributadas na forma
do Anexo I desta Lei Complementar; (Redação dada pela Lei
§ 1o -
Complementar nº 147, de 2014)
B. Os percentuais efetivos de cada tributo serão calculados
II - venda de mercadorias industrializadas pelo contribuinte,
a partir da alíquota efetiva, multiplicada
que serão tributadas na forma do Anexo II desta Lei
pelo percentual de repartição
Complementar; (Redação dada pela Lei Complementar nº
constante dos Anexos I a V desta Lei Complementar,
147, de 2014)
observando-se que: (Incluído pela Lei Complementar nº
III - prestação de serviços de que trata o § 5o-B deste artigo e
155, de 2016) Produção de efeito
dos serviços vinculados à locação de bens imóveis e
I - o percentual efetivo máximo destinado ao ISS será de5% corretagem de imóveis desde que observado o disposto no
(cinco por cento), transferindo-se eventual inciso XV do art. 17, que serão tributados na forma do Anexo
diferença,de forma proporcional, III desta Lei Complementar; (Redação dada pela Lei
aos tributos federais da mesma faixa de receita bruta anual; Complementar nº 147, de 2014)
(Incluído pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção IV - prestação de serviços de que tratam os §§ 5o-C a 5o-F e
de efeito 5o-I deste artigo, que serão tributadas na forma prevista
naqueles parágrafos; (Redação dada pela Lei Complementar
II - eventual diferença centesimal entre o total dos percent
nº 147, de 2014)
uais e a
V - locação de bens móveis, que serão tributadas na forma
alíquota efetiva será transferida para o tributo com maio
do Anexo III desta Lei Complementar, deduzida a parcela
r percentual
correspondente ao ISS; (Redação dada pela Lei
de repartição na respectiva faixa de receita bruta. (Incluído
Complementar nº 147, de 2014)
pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito
VI - atividade com incidência simultânea de IPI e de ISS, que
§ 1o-C. Na hipótese de transformação, serão tributadas na forma do Anexo II desta Lei
extinção, fusão ou sucessão Complementar, deduzida a parcela correspondente ao ICMS
dos tributos referidos nos incisos IV e V do art. 13, serão m e acrescida a parcela correspondente ao ISS prevista no
antidas as Anexo III desta Lei Complementar; (Incluído pela Lei
alíquotas nominais e efetivas previstas neste artigo e nos Complementar nº 147, de 2014)
Anexos I a V VII - comercialização de medicamentos e produtos
desta Lei Complementar, e lei ordinária disporá sobre a rep magistrais produzidos por manipulação de fórmulas:
artição dos (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
valores arrecadados para os tributos federais, sem altera a) sob encomenda para entrega posterior ao adquirente, em
ção no total dos percentuais de caráter pessoal, mediante prescrições de profissionais
repartição a eles devidos, e mantidos os percentuais habilitados ou indicação pelo farmacêutico, produzidos no
de repartição destinados ao ICMS e ao ISS. (Incluído pela Lei próprio estabelecimento após o atendimento inicial, que
Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito serão tributadas na forma do Anexo III desta Lei
§ 2o Em caso de início de atividade, Complementar; (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de
os valores de receita bruta 2014)
acumulada constantes dos Anexos I a V b) nos demais casos, quando serão tributadas na forma do
desta Lei Complementar Anexo I desta Lei Complementar. (Incluído pela Lei
devem ser proporcionalizados ao número de meses de ati Complementar nº 147, de 2014)
vidade no período. (Redação dada pela Lei Complementar § 4o-A. O contribuinte deverá segregar, também, as receitas:
nº 155, de 2016) Produção de efeito (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
I - decorrentes de operações ou prestações sujeitas à
§ 3o Sobre a receita bruta auferida no mês tributação concentrada em uma única etapa (monofásica),
incidirá a alíquota efetiva bem como, em relação ao ICMS, que o imposto já tenha sido
determinada na forma do caput e dos §§ 1o, 1o- recolhido por substituto tributário ou por antecipação
A e 2o deste artigo, podendo tal incidência se dar, à tributária com encerramento de tributação; (Incluído pela
opção do contribuinte, na forma Lei Complementar nº 147, de 2014)
regulamentada pelo Comitê Gestor, sobre a receita II - sobre as quais houve retenção de ISS na forma do §
recebida no mês, sendo essa opção irretratável para todo o 6o deste artigo e § 4o do art. 21 desta Lei Complementar, ou,
na hipótese do § 22-A deste artigo, seja devido em valor fixo

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ao respectivo município; (Incluído pela Lei Complementar nº IX - serviços de instalação, de reparos e de manutenção
147, de 2014) em geral, bem como de usinagem, solda, tratamento e
III - sujeitas à tributação em valor fixo ou que tenham sido revestimento em metais;
objeto de isenção ou redução de ISS ou de ICMS na forma
X - (REVOGADO)
prevista nesta Lei Complementar; (Incluído pela Lei
Complementar nº 147, de 2014) XI - (REVOGADO)
IV - decorrentes da exportação para o exterior, inclusive as
XII - (REVOGADO)
vendas realizadas por meio de comercial exportadora ou da
sociedade de propósito específico prevista no art. 56 desta XIII - transporte municipal de passageiros;
Lei Complementar; (Incluído pela Lei Complementar nº 147,
XIV - escritórios de serviços contábeis, observado o
de 2014)
disposto nos §§ 22-B e 22-C deste artigo.
V - sobre as quais o ISS seja devido a Município diverso do
estabelecimento prestador, quando será recolhido no XV - produções cinematográficas, audiovisuais, artísticas e
Simples Nacional. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, culturais, sua exibição ou apresentação, inclusive no caso
de 2014) de música, literatura, artes cênicas, artes visuais,
cinematográficas e audiovisuais.
§ 5º As atividades industriais serão tributadas na forma
do Anexo II desta Lei Complementar.. XVI - fisioterapia; (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de
2014)
I - (REVOGADO)
XVII - corretagem de seguros. (Incluído pela Lei
II - (REVOGADO) Complementar nº 147, de 2014)
III - (REVOGADO) XVIII - arquitetura e urbanismo; (Incluído pela Lei
Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito
IV - (REVOGADO)
XIX - medicina, inclusive laboratorial, e enfermagem;
V - (REVOGADO)
(Incluído pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção
VI - (REVOGADO) de efeito
VII - (REVOGADO). XX - odontologia e prótese dentária; (Incluído pela Lei
Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito
§ 5 -A. (Revogado). (Redação dada pela Lei Complementar
o

nº 147, de 2014) (Produção de efeito) XXI - psicologia, psicanálise, terapia ocupacional,


acupuntura, podologia, fonoaudiologia, clínicas de nutrição
§ 5º-B Sem prejuízo do disposto no § 1º do art. 17 desta
e de vacinação e bancos de leite. (Incluído pela Lei
Lei Complementar, serão tributadas na forma do Anexo III
Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito
desta Lei Complementar as seguintes atividades de
prestação de serviços: § 5º-C Sem prejuízo do disposto no § 1º do art. 17 desta
Lei Complementar, as atividades de prestação de serviços
I - creche, pré-escola e estabelecimento de ensino
seguintes serão tributadas na forma do Anexo IV desta Lei
fundamental, escolas técnicas, profissionais e de ensino
Complementar, hipótese em que não estará incluída no
médio, de línguas estrangeiras, de artes, cursos técnicos
Simples Nacional a contribuição prevista no inciso VI
de pilotagem, preparatórios para concursos, gerenciais e
do caput do art. 13 desta Lei Complementar, devendo ela
escolas livres, exceto as previstas nos incisos II e III do §
ser recolhida segundo a legislação prevista para os demais
5º-D deste artigo;
contribuintes ou responsáveis:
II - agência terceirizada de correios;
I - construção de imóveis e obras de engenharia em geral,
III - agência de viagem e turismo; inclusive sob a forma de subempreitada, execução de
projetos e serviços de paisagismo, bem como decoração
IV - centro de formação de condutores de veículos
de interiores;
automotores de transporte terrestre de passageiros e de
carga; II - (REVOGADO)
V - agência lotérica; III - (REVOGADO)
VI - (REVOGADO) IV - (REVOGADO)
VII - (REVOGADO) V - (REVOGADO)
VIII - (REVOGADO) VI - serviço de vigilância, limpeza ou conservação.
VII - serviços advocatícios. (Incluído pela Lei Complementar
nº 147, de 2014)

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§ 5o-D. Sem prejuízo do disposto os IV ou V desta Lei Complementar. (Redação dada pela Lei
no § 1o do art. 17 desta Lei Complementar, Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito
as seguintes atividades de prestação de serviços serão
§ 5o-G. (Revogado). (Redação dada pela Lei Complementar
tributadas na forma do Anexo III desta Lei Complementar:
nº 147, de 2014) (Produção de efeito)
(Redação dada pela Lei Complementar nº 155, de 2016)
§ 5o-H. A vedação de que trata o inciso XII do caput do art.
Produção de efeito
17 desta Lei Complementar não se aplica às atividades
I - administração e locação de imóveis de terceiros; referidas no § 5o-C deste artigo.
(Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
§ 5o-I. Sem prejuízo do disposto no §
(Produção de efeito)
1o do art. 17 desta Lei Complementar,
II - academias de dança, de capoeira, de ioga e de artes as seguintes atividades de prestação de serviços serão
marciais; tributadas na forma do Anexo V desta Lei Complementar:
(Redação dada pela Lei Complementar nº 155, de 2016)
III - academias de atividades físicas, desportivas, de
Produção de efeito
natação e escolas de esportes;
I - (Revogado pela Lei Complementar nº 155, de 2016)
IV - elaboração de programas de computadores, inclusive
(Vigência)
jogos eletrônicos, desde que desenvolvidos em
II - medicina veterinária; (Incluído pela Lei Complementar nº
estabelecimento do optante;
147, de 2014) (Produção de efeito)
V - licenciamento ou cessão de direito de uso de III (Revogado pela Lei Complementar nº 155, de 2016)
programas de computação; (Vigência)
IV - (Revogado pela Lei Complementar nº 155, de 2016)
VI - planejamento, confecção, manutenção e atualização
(Vigência)
de páginas eletrônicas, desde que realizados em
V - serviços de comissaria, de despachantes, de tradução e
estabelecimento do optante;
de interpretação; (Incluído pela Lei Complementar nº 147,
VII - (REVOGADO) de 2014) (Produção de efeito)
VIII - (REVOGADO) VI - engenharia, medição, cartografia, topografia, geologia,
geodésia, testes, suporte e análises técnicas e tecnológica
IX - empresas montadoras de estandes para feiras;
s, pesquisa, design, desenho e agronomia; (Redação dada
X - (REVOGADO) pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito
XI - (REVOGADO) VII - representação comercial e demais atividades de
XII - laboratórios de análises clínicas ou de patologia intermediação de negócios e serviços de terceiros; (Incluído
clínica; pela Lei Complementar nº 147, de 2014) (Produção de
efeito)
XIII - serviços de tomografia, diagnósticos médicos por VIII - perícia, leilão e avaliação; (Incluído pela Lei
imagem, registros gráficos e métodos óticos, bem como Complementar nº 147, de 2014) (Produção de efeito)
ressonância magnética; IX - auditoria, economia, consultoria, gestão, organização,
XIV - serviços de prótese em geral. controle e administração; (Incluído pela Lei Complementar
nº 147, de 2014) (Produção de efeito)
§ 5o-E. Sem prejuízo do disposto no § 1o do art. 17 desta Lei X - jornalismo e publicidade; (Incluído pela Lei
Complementar, as atividades de prestação de serviços de Complementar nº 147, de 2014) (Produção de efeito)
comunicação e de transportes interestadual e intermunicipal XI - agenciamento, exceto de mão de obra; (Incluído pela Lei
de cargas, e de transportes autorizados no inciso VI Complementar nº 147, de 2014) (Produção de efeito)
do caput do art. 17, inclusive na modalidade fluvial, serão
tributadas na forma do Anexo III, deduzida a parcela XII - outras atividades do setor de
correspondente ao ISS e acrescida a parcela correspondente serviços que tenham por finalidade a prestação de
ao ICMS prevista no Anexo I. (Redação dada pela Lei serviços decorrentes do exercício de
Complementar nº 147, de 2014) atividade intelectual, de natureza técnica, científica,
desportiva,
§ 5o-F. As atividades de prestação de serviços referidas artística ou cultural, que constitua profissão regulamentad
no § 2o do a ou não,
art. 17 desta Lei Complementar serão tributadas na form desde que não sujeitas à tributação na forma dos Anex
a do Anexo os III ou IV desta Lei Complementar. (Redação dada pela
III desta Lei Complementar, salvo se, para alguma dessas Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito
atividades,
houver previsão expressa de tributação na forma dos Anex § 5o-J. As atividades de prestação de serviços a que se
refere o § 5o -

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I serão tributadas na forma do Anexo III desta Lei Complem § 8o Para efeito do disposto no § 7o deste artigo,
entar caso considera-se vencido o prazo para o pagamento na data em
a razão entre a folha de salários e a receita bruta da pe que a empresa vendedora deveria fazê-lo, caso a venda
ssoa jurídica houvesse sido efetuada para o mercado interno.
seja igual ou superior a 28% (vinte e oito por cento).
§ 9o Relativamente à contribuição patronal previdenciária,
(Incluído pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção
devida pela vendedora, a sociedade de propósito específico
de efeito
de que trata o art. 56 desta Lei Complementar ou a comercial
§ 5o-K. Para o cálculo da razão a que se referem os §§ 5o- exportadora deverão recolher, no prazo previsto no §
J e 5o-M, serão considerados, respectivamente, 8o deste artigo, o valor correspondente a 11% (onze por
os montantes pagos e auferidos cento) do valor das mercadorias não exportadas nos termos
nos doze meses anteriores ao período de apuração para fin do § 7o deste artigo.
s de § 10. Na hipótese do § 7o deste artigo, a sociedade de
enquadramento no regime tributário do Simples Nacional. propósito específico de que trata o art. 56 desta Lei
(Incluído pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção Complementar ou a empresa comercial exportadora não
de efeito poderão deduzir do montante devido qualquer valor a título
de crédito de Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI
§ 5o-L. (VETADO). (Incluído pela Lei Complementar nº
da Contribuição para o PIS/PASEP ou da COFINS, decorrente
155, de 2016)Produção de efeito
da aquisição das mercadorias e serviços objeto da incidência.
§ 5o-M. Quando § 11. Na hipótese do § 7o deste artigo, a sociedade de
a relação entre a folha de salários e a receita bruta propósito específico ou a empresa comercial exportadora
da microempresa ou da empresa de pequeno porte for inf deverão pagar, também, os impostos e contribuições
erior a 28% devidos nas vendas para o mercado interno, caso, por
(vinte e oito por cento), serão tributadas na forma do An qualquer forma, tenham alienado ou utilizado as
exo V desta Lei Complementar as atividades previstas: mercadorias.
(Incluído pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção § 12. Na apuração do montante devido no mês relativo a
de efeito cada tributo, para o contribuinte que apure receitas
mencionadas nos incisos I a III e V do § 4o-A deste artigo,
I - nos incisos XVI, XVIII, XIX, XX e XXI do § 5o-B deste artigo;
serão consideradas as reduções relativas aos tributos já
(Incluído pela Lei Complementar nº 155, de 2016)Produção
recolhidos, ou sobre os quais tenha havido tributação
de efeito
monofásica, isenção, redução ou, no caso do ISS, que o valor
II - no § 5o-D deste artigo. (Incluído pela Lei Complementar tenha sido objeto de retenção ou seja devido diretamente ao
nº 155, de 2016) Produção de efeito Município. (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de
2014)
§ 6o No caso dos serviços previstos no § 2o do art. 6o da Lei
Complementar no 116, de 31 de julho de 2003, prestados § 13. Para efeito de determinação
pelas microempresas e pelas empresas de pequeno porte, o da redução de que trata o § 12 deste artigo,
tomador do serviço deverá reter o montante as receitas serão discriminadas em comerciais, industriais
correspondente na forma da legislação do município onde ou de prestação de serviços, na forma dos Anexos I, II, I
estiver localizado, observado o disposto no §4o do art. 21 II, IV e V desta Lei Complementar. (Redação dada pela Lei
desta Lei Complementar. Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito
§ 7o A sociedade de propósito específico de que trata o art.
§ 14. A redução no montante
56 desta Lei Complementar que houver adquirido
a ser recolhido no Simples Nacional
mercadorias de microempresa ou empresa de pequeno
relativo aos valores das receitas decorrentes da exportação
porte que seja sua sócia, bem como a empresa comercial
de que trata o inciso IV do § 4o-
exportadora que houver adquirido mercadorias ou serviços
A deste artigo corresponderá tão somente às
de empresa optante pelo Simples Nacional, com o fim
alíquotas efetivas relativas à Cofins, à Contribuição para o
específico de exportação para o exterior, que, no prazo de
PIS/Pasep,
180 (cento e oitenta) dias, contado da data da emissão da
ao IPI, ao ICMS e ao ISS, apuradas com base nos Anexos I a
nota fiscal pela vendedora, não comprovar o seu embarque
V desta Lei Complementar. (Redação dada pela Lei
para o exterior ficará sujeita ao pagamento de todos os
Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito
impostos e contribuições que deixaram de ser pagos pela
empresa vendedora, acrescidos de juros de mora e multa, de I - (Revogado); (Redação dada pela Lei Complementar nº
mora ou de ofício, calculados na forma da legislação relativa 147, de 2014) (Produção de efeito)
à cobrança do tributo não pago, aplicável à sociedade de II - (Revogado). (Redação dada pela Lei Complementar nº
propósito específico ou à própria comercial exportadora. 147, de 2014) (Produção de efeito)
(Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
(Produção de efeito)
147
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§ 15. Será disponibilizado sistema eletrônico para realização recolher o ICMS ou o ISS pela sistemática de valor fixo, a
do cálculo simplificado do valor mensal devido referente ao partir do mês subsequente à ocorrência do excesso,
Simples Nacional. sujeitando-se à apuração desses tributos na forma das
§ 15-A. As informações prestadas no sistema eletrônico de demais empresas optantes pelo Simples Nacional. (Incluído
cálculo de que trata o § 15: pela Lei Complementar nº 147, de 2014) (Produção de
I - têm caráter declaratório, constituindo confissão de dívida efeito)
e instrumento hábil e suficiente para a exigência dos tributos
§ 19. Os valores estabelecidos no § 18 deste artigo não
e contribuições que não tenham sido recolhidos resultantes
poderão exceder a 50% (cinqüenta por cento) do maior
das informações nele prestadas; e
recolhimento possível do tributo para a faixa de
II - deverão ser fornecidas à Secretaria da Receita Federal do
enquadramento prevista na tabela do caput deste artigo,
Brasil até o vencimento do prazo para pagamento dos
respeitados os acréscimos decorrentes do tipo de atividade
tributos devidos no Simples Nacional em cada mês,
da empresa estabelecidos no § 5o deste artigo.
relativamente aos fatos geradores ocorridos no mês
anterior. § 20. Na hipótese em que o Estado, o Município ou o
Distrito Federal concedam isenção ou redução do ICMS ou
§ 16. Na hipótese
do ISS devido por microempresa ou empresa de pequeno
do § 12 do art. 3o, a parcela de receita bruta que
porte, ou ainda determine recolhimento de valor fixo para
exceder o montante determinado no § 10 daquele artigo e
esses tributos, na forma do § 18 deste artigo, será realizada
stará sujeita às alíquotas máximas previstas nos Anexos I a
redução proporcional ou ajuste do valor a ser recolhido, na
V desta Lei
forma definida em resolução do Comitê Gestor.
Complementar, proporcionalmente, conforme o caso.
(Redação dada pela Lei Complementar nº 155, de 2016) § 20-A. A concessão dos benefícios de que trata o § 20
Produção de efeito deste artigo poderá ser realizada:
§ 16-A. O disposto no § 16 aplica-se, ainda, às hipóteses de I - mediante deliberação exclusiva e unilateral do Estado, do
que trata o § 9o do art. 3o, a partir do mês em que ocorrer o Distrito Federal ou do Município concedente;
excesso do limite da receita bruta anual e até o mês anterior
II - de modo diferenciado para cada ramo de atividade.
aos efeitos da exclusão.
§ 20-B. A União, os Estados e o Distrito Federal poderão,
§ 17. Na hipótese
em lei específica destinada à ME ou EPP optante pelo
do § 13 do art. 3o, a parcela de receita bruta que
Simples Nacional, estabelecer isenção ou redução de
exceder os
COFINS, Contribuição para o PIS/PASEP e ICMS para
montantes determinados no § 11 daquele artigo estará
produtos da cesta básica, discriminando a abrangência da
sujeita, em relação aos percentuais
sua concessão. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de
aplicáveis ao ICMS e ao ISS, às alíquotas
2014)
máximas correspondentes a essas faixas previstas nos
Anexos I a V desta Lei Complementar, proporcionalmente, § 21. O valor a ser recolhido na forma do disposto no § 20
conforme o caso. (Redação dada pela Lei Complementar nº deste artigo, exclusivamente na hipótese de isenção, não
155, de 2016) Produção de efeito integrará o montante a ser partilhado com o respectivo
Município, Estado ou Distrito Federal.
§ 17-A. O disposto no § 17 aplica-se, ainda, à hipótese de
que trata o § 1o do art. 20, a partir do mês em que ocorrer o § 22. (REVOGADO)
excesso do limite da receita bruta anual e até o mês anterior
§ 22-A. A atividade constante do inciso XIV do § 5º-B deste
aos efeitos do impedimento.
artigo recolherá o ISS em valor fixo, na forma da legislação
§ 18. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no municipal.
âmbito das respectivas competências, poderão estabelecer,
§ 22-B. Os escritórios de serviços contábeis,
na forma definida pelo Comitê Gestor, independentemente
individualmente ou por meio de suas entidades
da receita bruta recebida no mês pelo contribuinte, valores
representativas de classe, deverão:
fixos mensais para o recolhimento do ICMS e do ISS devido
por microempresa que aufira receita bruta, no ano- I – promover atendimento gratuito relativo à inscrição, à
calendário anterior, de até o limite máximo previsto na opção de que trata o art. 18-A desta Lei Complementar e à
segunda faixa de receitas brutas anuais constantes dos primeira declaração anual simplificada
Anexos I a VI, ficando a microempresa sujeita a esses da microempresa individual, podendo, para tanto, por meio
valores durante todo o ano-calendário, ressalvado o de suas entidades representativas de classe, firmar
disposto no § 18-A. (Redação dada pela Lei Complementar convênios e acordos com a União, os Estados, o Distrito
nº 147, de 2014) (Produção de efeito) Federal e os Municípios, por intermédio dos seus órgãos
vinculados;
§ 18-A. A microempresa que, no ano-calendário, exceder o
limite de receita bruta previsto no § 18 fica impedida de
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II – fornecer, na forma estabelecida pelo Comitê Gestor, e cinquenta reais) multiplicados


resultados de pesquisas quantitativas e qualitativas relativas pelo número de meses compreendido entre o início da a
às microempresas e empresas de pequeno porte optantes tividade e o final do respectivo ano-
pelo Simples Nacional por eles atendidas; calendário, consideradas as frações de meses
III – promover eventos de orientação fiscal, contábil e como um mês inteiro. (Redação dada pela Lei
tributária para as microempresas e empresas de pequeno Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito
porte optantes pelo Simples Nacional por eles atendidas.
§ 3º Na vigência da opção pela sistemática de recolhimento
§ 22-C. Na hipótese de descumprimento das obrigações de
prevista no caput deste artigo:
que trata o § 22-B deste artigo, o escritório será excluído do
Simples Nacional, com efeitos a partir do mês subseqüente I – não se aplica o disposto no § 18 do art. 18 desta Lei
ao do descumprimento, na forma regulamentada pelo Complementar;
Comitê Gestor. II – não se aplica a redução prevista no § 20 do art. 18 desta
§ 23. Da base de cálculo do ISS será abatido o material Lei Complementar ou qualquer dedução na base de cálculo;
fornecido pelo prestador dos serviços previstos nos itens
III - não se aplicam as isenções específicas para as
7.02 e 7.05 da lista de serviços anexa à Lei Complementar
microempresas e empresas de pequeno porte concedidas
no 116, de 31 de julho de 2003.
pelo Estado, Município ou Distrito Federal a partir de 1o de
§ 24. Para efeito de aplicação do § 5o-K, considera-se folha julho de 2007 que abranjam integralmente a faixa de
de salários, incluídos encargos, o montante receita bruta anual até o limite previsto no § 1º;
pago, nos doze meses
IV – a opção pelo enquadramento como
anteriores ao período de apuração, a título de remuneraçõ
Microempreendedor Individual importa opção pelo
es
recolhimento da contribuição referida no inciso X do § 1o do
a pessoas físicas decorrentes do trabalho, acrescido do mo
art. 13 desta Lei Complementar na forma prevista no § 2º do
ntante efetivamente
art. 21 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991;
recolhido a título de contribuição patronal previdenciária
e FGTS, incluídas as retiradas de pró-labore. (Redação dada V – o MEI, com receita bruta anual igual ou inferior a R$
pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 81.000,00 (oitenta e um mil reais), recolherá, na forma reg
ulamentada
§ 25. Para efeito do disposto no § 24 deste artigo, deverão
pelo Comitê Gestor, valor fixo mensal correspondente
ser consideradas tão somente as remunerações informadas
à soma das seguintes parcelas: (Redação dada pela Lei
na forma prevista no inciso IV do caput do art. 32 da Lei
Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito
no 8.212, de 24 de julho de 1991.
§ 26. Não são considerados, para efeito do disposto no § 24, a) R$ 45,65 (quarenta e cinco reais e sessenta e cinco
valores pagos a título de aluguéis e de distribuição de lucros, centavos), a título da contribuição prevista no inciso IV deste
observado o disposto no § 1o do art. 14. parágrafo;
§ 27. (VETADO). (Incluído pela Lei Complementar nº 155, de b) R$ 1,00 (um real), a título do imposto referido no inciso VII
2016) Produção de efeito do caput do art. 13 desta Lei Complementar, caso seja
Art. 18-A. O Microempreendedor Individual - MEI poderá contribuinte do ICMS; e
optar pelo recolhimento dos impostos e contribuições c) R$ 5,00 (cinco reais), a título do imposto referido no inciso
abrangidos pelo Simples Nacional em valores fixos mensais, VIII do caput do art. 13 desta Lei Complementar, caso seja
independentemente da receita bruta por ele auferida no contribuinte do ISS;
mês, na forma prevista neste artigo. VI – sem prejuízo do disposto nos §§ 1o a 3o do art. 13, o MEI
terá isenção dos tributos referidos nos incisos I a VI
§ 1o Para os efeitos desta Lei Complementar, considera-
do caput daquele artigo, ressalvado o disposto no art. 18-C.
se MEI o empresário individual
§ 4o Não poderá optar pela sistemática de recolhimento
que se enquadre na definição do art. 966 da Lei nº 10.406,
prevista no caput deste artigo o MEI:
de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil, ou o empreendedor
I - cuja atividade seja tributada na forma dos Anexos V ou VI
que exerça as atividades de industrialização,
desta Lei Complementar, salvo autorização relativa a
comercialização e prestação de serviços no âmbito rural,
exercício de atividade isolada na forma regulamentada pelo
que tenha auferido receita bruta, no ano-
CGSN; (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de
calendário anterior, de até R$ 81.000,00
2014) (Produção de efeito)
(oitenta e um mil reais), que seja optante pelo Simples Naci
onal e que não esteja impedido de II - que possua mais de um estabelecimento;
optar pela sistemática prevista neste artigo. (Redação dada
III - que participe de outra empresa como titular, sócio ou
pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito
administrador; ou
§ 2o No caso de
IV - (Revogado pela Lei Complementar nº 155, de 2016)
início de atividades, o limite de que trata o § 1o será
(Vigência)
de R$ 6.750,00 (seis mil, setecentos
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V - constituído na forma de startup. (Incluído pela Lei IV - obrigatoriamente, quando o MEI exceder o limite de
Complementar nº 167, de 2019) receita bruta previsto no § 2º deste artigo, devendo a
comunicação ser efetuada até o último dia útil do mês
§ 4º-A. Observadas as demais condições deste artigo,
subseqüente àquele em que ocorrido o excesso,
poderá optar pela sistemática de recolhimento prevista
produzindo efeitos:
no caput o empresário individual que exerça atividade de
comercialização e processamento de produtos de natureza a) a partir de 1º de janeiro do ano-calendário subseqüente
extrativista. ao da ocorrência do excesso, na hipótese de não ter
ultrapassado o referido limite em mais de 20% (vinte por
§ 4º-B. O CGSN determinará as atividades autorizadas a
cento);
optar pela sistemática de recolhimento de que trata este
artigo, de forma a evitar a fragilização das relações de b) retroativamente ao início de atividade, na hipótese de
trabalho, bem como sobre a incidência do ICMS e do ISS. ter ultrapassado o referido limite em mais de 20% (vinte
por cento).
§ 5º A opção de que trata o caput deste artigo dar-se-á na
forma a ser estabelecida em ato do Comitê Gestor, § 8º O desenquadramento de ofício dar-se-á quando
observando-se que: verificada a falta de comunicação de que trata o § 7º deste
artigo.
I - será irretratável para todo o ano-calendário;
§ 9º O Empresário Individual desenquadrado da
II - deverá ser realizada no início do ano-calendário, na
sistemática de recolhimento prevista no caput deste artigo
forma disciplinada pelo Comitê Gestor, produzindo efeitos a
passará a recolher os tributos devidos pela regra geral do
partir do primeiro dia do ano-calendário da opção,
Simples Nacional a partir da data de início dos efeitos do
ressalvado o disposto no inciso III;
desenquadramento, ressalvado o disposto no § 10 deste
III - produzirá efeitos a partir da data do início de atividade artigo.
desde que exercida nos termos, prazo e condições a serem
§ 10. Nas hipóteses previstas nas alíneas a dos incisos III e
estabelecidos em ato do Comitê Gestor a que se refere
IV do § 7º deste artigo, o MEI deverá recolher a diferença,
o caput deste parágrafo.
sem acréscimos, em parcela única, juntamente com a da
§ 6º O desenquadramento da sistemática de que trata apuração do mês de janeiro do ano-calendário subseqüente
o caput deste artigo será realizado de ofício ou mediante ao do excesso, na forma a ser estabelecida em ato do
comunicação do MEI. Comitê Gestor.
§ 7º O desenquadramento mediante comunicação do MEI § 11. O valor referido na alínea a do inciso V do § 3o deste
à Secretaria da Receita Federal do Brasil - RFB dar-se-á: artigo será reajustado, na forma prevista em lei ordinária, na
mesma data de reajustamento dos benefícios de que trata
I - por opção, que deverá ser efetuada no início do ano-
a Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, de forma a manter
calendário, na forma disciplinada pelo Comitê Gestor,
equivalência com a contribuição de que trata o § 2º do art.
produzindo efeitos a partir de 1º de janeiro do ano-
21 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991.
calendário da comunicação;
§ 12. Aplica-se ao MEI que tenha optado pela contribuição
II - obrigatoriamente, quando o MEI incorrer em alguma das na forma do § 1o deste artigo o disposto no § 4º do art. 55 e
situações previstas no § 4º deste artigo, devendo a no § 2º do art. 94, ambos da Lei nº 8.213, de 24 de julho de
comunicação ser efetuada até o último dia útil do mês 1991, exceto se optar pela complementação da contribuição
subseqüente àquele em que ocorrida a situação de previdenciária a que se refere o § 3o do art. 21 da Lei
vedação, produzindo efeitos a partir do mês subseqüente no 8.212, de 24 de julho de 1991.
ao da ocorrência da situação impeditiva; § 13. O MEI está dispensado, ressalvado o disposto no art.
18-C desta Lei Complementar, de:
III - obrigatoriamente, quando o MEI exceder, no ano-
I - atender o disposto no inciso IV do caput do art. 32 da Lei
calendário, o limite de receita bruta previsto no § 1º deste
no 8.212, de 24 de julho de 1991;
artigo, devendo a comunicação ser efetuada até o último
II - apresentar a Relação Anual de Informações Sociais (Rais);
dia útil do mês subseqüente àquele em que ocorrido o
e
excesso, produzindo efeitos:
III - declarar ausência de fato gerador para a Caixa Econômica
a) a partir de 1º de janeiro do ano-calendário subseqüente Federal para emissão da Certidão de Regularidade Fiscal
ao da ocorrência do excesso, na hipótese de não ter perante o FGTS.
ultrapassado o referido limite em mais de 20% (vinte por § 14. O Comitê Gestor disciplinará o disposto neste artigo.
cento); § 15. A inadimplência do recolhimento do valor previsto na
b) retroativamente a 1º de janeiro do ano-calendário da alínea “a” do inciso V do § 3o tem como consequência a não
ocorrência do excesso, na hipótese de ter ultrapassado o contagem da competência em atraso para fins de carência
referido limite em mais de 20% (vinte por cento); para obtenção dos benefícios previdenciários respectivos.

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§ 15-A. Ficam autorizados os Estados, o Distrito Federal e os pessoa física. (Incluído pela Lei Complementar nº 155, de
Municípios a promover a remissão dos débitos decorrentes 2016) Produção de efeito
dos valores previstos nas alíneas b e c do inciso V do § 3o,
§ 20. Os documentos fiscais das microempresas e empresas
inadimplidos isolada ou simultaneamente. (Incluído pela Lei
de pequeno porte poderão ser emitidos diretamente por
Complementar nº 147, de 2014)
sistema nacional informatizado e pela internet, sem custos
§ 15-B. O MEI poderá ter sua inscrição automaticamente
para o empreendedor, na forma regulamentada pelo Comitê
cancelada após período de 12 (doze) meses consecutivos
Gestor do Simples Nacional. (Incluído pela Lei Complementar
sem recolhimento ou declarações, independentemente de
nº 147, de 2014)
qualquer notificação, devendo a informação ser publicada
§ 21. Assegurar-se-á o registro nos cadastros oficiais ao guia
no Portal do Empreendedor, na forma regulamentada pelo
de turismo inscrito como MEI. (Incluído pela Lei
CGSIM. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
Complementar nº 147, de 2014)
§ 16. O CGSN estabelecerá, para o MEI, critérios,
§ 22. Fica vedado às concessionárias de serviço público o
procedimentos, prazos e efeitos diferenciados para
aumento das tarifas pagas pelo MEI por conta da
desenquadramento da sistemática de que trata este artigo,
modificação da sua condição de pessoa física para pessoa
cobrança, inscrição em dívida ativa e exclusão do Simples
jurídica. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
Nacional.
§ 23. (VETADO). (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de
§ 16-A A baixa do MEI via portal eletrônico dispensa a 2014)
comunicação aos órgãos da administração pública. (Incluído § 24. Aplica-se ao MEI o disposto no inciso XI do § 4o do art.
pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 3o. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
§ 25. O MEI poderá utilizar sua residência como sede do
§ 17. A alteração de dados no CNPJ informada pelo
estabelecimento, quando não for indispensável a existência
empresário à Secretaria da Receita Federal do Brasil
de local próprio para o exercício da atividade. (Incluído pela
equivalerá à comunicação obrigatória de
Lei Complementar nº 154, de 2016)
desenquadramento da sistemática de recolhimento de que
Art. 18-B. A empresa contratante de serviços executados
trata este artigo, nas seguintes hipóteses:
por intermédio do MEI mantém, em relação a esta
I - alteração para natureza jurídica distinta de empresário
contratação, a obrigatoriedade de recolhimento da
individual a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 10
contribuição a que se refere o inciso III do caput e o § 1o do
de janeiro de 2002 (Código Civil);
art. 22 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, e o
II - inclusão de atividade econômica não autorizada pelo
cumprimento das obrigações acessórias relativas à
CGSN;
contratação de contribuinte individual. (Vide Lei
III - abertura de filial.
Complementar nº 147, de 2014)
§ 18. Os Municípios somente poderão realizar o
cancelamento da inscrição do MEI caso tenham § 1o Aplica-se o disposto neste artigo exclusivamente em
regulamentação própria de classificação de risco e o relação ao MEI que for contratado para prestar serviços de
respectivo processo simplificado de inscrição e legalização, hidráulica, eletricidade, pintura, alvenaria, carpintaria e de
em conformidade com esta Lei Complementar e com as manutenção ou reparo de veículos. (Redação dada pela Lei
resoluções do CGSIM. (Incluído pela Lei Complementar nº Complementar nº 147, de 2014)
147, de 2014)
§ 2º O disposto no caput e no § 1o não se aplica quando
§ 19. Fica vedada aos conselhos representativos de
presentes os elementos da relação de emprego, ficando a
categorias econômicas a exigência de obrigações diversas
contratante sujeita a todas as obrigações dela decorrentes,
das estipuladas nesta Lei Complementar para inscrição do
inclusive trabalhistas, tributárias e previdenciárias.
MEI em seus quadros, sob pena de responsabilidade.
(Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014) Art. 18-C. Observado o disposto
no caput e nos §§ 1o a 25 do art. 18-A
§ 19-
desta Lei Complementar, poderá enquadrar-se como MEI
A O MEI inscrito no conselho profissional de sua categor
o
ia na qualidade
empresário individual ou o empreendedor que exerça as at
de pessoa física é dispensado de realizar nova inscrição
ividades de
no mesmo conselho na qualidade de empresário individual.
industrialização, comercialização e prestação de serviços
(Incluído pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção
no âmbito
de efeito
rural que possua um único empregado que receba exclusiv
§ 19- amente um
B. São vedadas aos conselhos profissionais, sob pena de salário mínimo ou o piso salarial da categoria profissional.
responsabilidade, (Redação dada pela Lei Complementar nº 155, de 2016)
a exigência de inscrição e a execução de qualquer Produção de efeito
tipo de ação fiscalizadora quando a
§ 1º Na hipótese referida no caput, o MEI:
ocupação do MEI não exigir registro profissional da
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I - deverá reter e recolher a contribuição previdenciária isenção ou imunidade existente. (Incluído pela Lei
relativa ao segurado a seu serviço na forma da lei, Complementar nº 147, de 2014)
observados prazo e condições estabelecidos pelo CGSN; Art. 18-E. O instituto do MEI é uma política pública que tem
por objetivo a formalização de pequenos empreendimentos
II - é obrigado a prestar informações relativas ao segurado a
e a inclusão social e previdenciária. (Incluído pela Lei
seu serviço, na forma estabelecida pelo CGSN; e
Complementar nº 147, de 2014)
III - está sujeito ao recolhimento da contribuição de que trata § 1o A formalização de MEI não tem caráter eminentemente
o inciso VI do caput do art. 13, calculada à alíquota de 3% (três econômico ou fiscal. (Incluído pela Lei Complementar nº 147,
por cento) sobre o salário de contribuição previsto no caput, na de 2014)
forma e prazos estabelecidos pelo CGSN. § 2o Todo benefício previsto nesta Lei Complementar
aplicável à microempresa estende-se ao MEI sempre que lhe
§ 2º Para os casos de afastamento legal do único
for mais favorável. (Incluído pela Lei Complementar nº 147,
empregado do MEI, será permitida a contratação de outro
de 2014)
empregado, inclusive por prazo determinado, até que
§ 3o O MEI é modalidade de microempresa. (Incluído pela
cessem as condições do afastamento, na forma
Lei Complementar nº 147, de 2014)
estabelecida pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
§ 4o É vedado impor restrições ao MEI relativamente ao
§ 3º O CGSN poderá determinar, com relação ao MEI, a
exercício
forma, a periodicidade e o prazo:
de profissão ou participação em licitações, em função da s
I - de entrega à Secretaria da Receita Federal do Brasil de ua natureza jurídica, inclusive por ocasião da
uma única declaração com dados relacionados a fatos contratação dos serviços previstos no § 1o do art. 18-
geradores, base de cálculo e valores dos tributos previstos B desta Lei Complementar. (Redação dada pela Lei
nos arts. 18-A e 18-C, da contribuição para a Seguridade Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito
Social descontada do empregado e do Fundo de Garantia
§ 5o O empreendedor
do Tempo de Serviço (FGTS), e outras informações de
que exerça as atividades de industrialização,
interesse do Ministério do Trabalho e Emprego, do Instituto
comercialização e prestação de serviços no âmbito rural
Nacional do Seguro Social (INSS) e do Conselho Curador do
que efetuar
FGTS, observado o disposto no § 7o do art. 26;
seu registro como MEI não perderá a condição de segura
II - do recolhimento dos tributos previstos nos arts. 18-A e do especial da Previdência Social. (Incluído pela Lei
18-C, bem como do FGTS e da contribuição para a Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito
Seguridade Social descontada do empregado.
§ 6o O disposto no § 5o e o licenciamento simplificado de ati
§ 4o A entrega da declaração única de que trata o inciso I do vidades
§ 3o substituirá, na forma regulamentada pelo CGSN, a para o empreendedor que exerça as atividades de ind
obrigatoriedade de entrega de todas as informações, ustrialização, comercialização e prestação de serviços
formulários e declarações a que estão sujeitas as demais no âmbito rural serão
empresas ou equiparados que contratam empregados, regulamentados pelo CGSIM em até cento e oitenta dias.
inclusive as relativas ao recolhimento do FGTS, à Relação (Incluído pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção
Anual de Informações Sociais (Rais) e ao Cadastro Geral de de efeito
Empregados e Desempregados (Caged).
§ 7o O empreendedor
§ 5o Na hipótese de recolhimento do FGTS na forma do
que exerça as atividades de industrialização,
inciso II do § 3o, deve-se assegurar a transferência dos
comercialização e prestação de serviços no âmbito rural ma
recursos e dos elementos identificadores do recolhimento
nterá todas as suas obrigações relativas à
ao gestor desse fundo para crédito na conta vinculada do
condição de produtor rural ou de agricultor familiar.
trabalhador.
(Incluído pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção
§ 6o O documento de que trata o inciso I do § 3o deste artigo
de efeito
tem caráter declaratório, constituindo instrumento hábil e
suficiente para a exigência dos tributos e dos débitos Art. 19. Sem prejuízo da possibilidade de
fundiários que não tenham sido recolhidos resultantes das adoção de todas as faixas de receita previstas
informações nele prestadas. (Incluído pela Lei nos Anexos I a V desta Lei Complementar,
Complementar nº 147, de 2014) os Estados cuja participação no Produto Interno Bruto bra
Art. 18-D. A tributação municipal do imposto sobre imóveis sileiro seja de até 1% (um por cento) poderão
prediais urbanos deverá assegurar tratamento mais optar pela aplicação de sublimite
favorecido ao MEI para realização de sua atividade no para efeito de recolhimento
mesmo local em que residir, mediante aplicação da menor do ICMS na forma do Simples Nacional
alíquota vigente para aquela localidade, seja residencial ou nos respectivos territórios, para empresas com receita br
comercial, nos termos da lei, sem prejuízo de eventual uta anual de

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até R$ 1.800.000,00 (um milhão e oitocentos mil reais). § 3o Na hipótese em que o recolhimento
(Redação dada pela Lei Complementar nº 155, de 2016) do ICMS ou do ISS não
Produção de efeito esteja sendo efetuado por meio do Simples Nacional
I - (Revogado pela Lei Complementar nº 155, de 2016) por força do
(Vigência) disposto neste artigo e no art. 19 desta Lei Complementar,
II - (Revogado pela Lei Complementar nº 155, de 2016) as faixas de
(Vigência) receita do Simples Nacional superiores àquela que tenha
III - (Revogado pela Lei Complementar nº 155, de 2016) sido objeto
(Vigência) de opção pelos Estados ou pelo Distrito Federal sofrerão,
§ 1o A participação no Produto Interno Bruto brasileiro será para efeito de recolhimento
apurada levando em conta o último resultado divulgado pelo do Simples Nacional, redução da alíquota efetiva
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ou outro órgão desses impostos, apurada de acordo com os Anexos I a V d
que o substitua. esta Lei Complementar, conforme o caso. (Redação dada
pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito
§ 2o A opção prevista no caput produzirá efeitos somente
para o ano- § 4o O Comitê Gestor regulamentará o disposto neste artigo
calendário subsequente, salvo deliberação do CGSN. e no art. 19 desta Lei Complementar.
(Redação dada pela Lei Complementar nº 155, de 2016)
SEÇÃO IV
Produção de efeito
DO RECOLHIMENTO DOS TRIBUTOS DEVIDOS
§ 3o O disposto neste artigo aplica-se ao Distrito Federal.
Art. 21. Os tributos devidos, apurados na forma dos arts.
§ 4o Para os Estados que não tenham adotado sublimite na 18 a 20 desta Lei Complementar, deverão ser pagos:
forma do caput e para aqueles cuja
I - por meio de documento único de arrecadação, instituído
participação no Produto Interno Bruto
pelo Comitê Gestor;
brasileiro seja superior a1%(um por cento),para efeito de
recolhimento do ICMS e do ISS, observar-se-á II - (REVOGADO)
obrigatoriamente o
III - enquanto não regulamentado pelo Comitê Gestor, até o
sublimite no valor de R$ 3.600.000,00 (três milhões e seis
último dia útil da primeira quinzena do mês subseqüente
centos mil reais). (Incluído pela Lei Complementar nº 155,
àquele a que se referir;
de 2016) Produção de efeito
IV - em banco integrante da rede arrecadadora do Simples
Art. 20. A opção feita na forma do art. 19 desta Lei
Nacional, na forma regulamentada pelo Comitê Gestor.
Complementar pelos Estados importará adoção do mesmo
limite de receita bruta anual para efeito de recolhimento na § 1o Na hipótese de a microempresa ou a empresa de
forma do ISS dos Municípios nele localizados, bem como pequeno porte possuir filiais, o recolhimento dos tributos
para o do ISS devido no Distrito Federal. do Simples Nacional dar-se-á por intermédio da matriz.
§ 1o A empresa de pequeno porte que ultrapassar os § 2o Poderá ser adotado sistema simplificado de
limites a que se arrecadação do Simples Nacional, inclusive sem utilização
referem o caput e o § 4o do art. 19 estará automaticamen da rede bancária, mediante requerimento do Estado,
te impedida de recolher o ICMS e o ISS Distrito Federal ou Município ao Comitê Gestor.
na forma do Simples Nacional, a partir do mês subsequente
§ 3o O valor não pago até a data do vencimento sujeitar-se-
àquele em que tiver ocorrido o excesso,
á à incidência de encargos legais na forma prevista na
relativamente aos seus estabelecimentos
legislação do imposto sobre a renda.
localizados na unidade da
Federação que os houver adotado, ressalvado o disposto § 4º A retenção na fonte de ISS das microempresas ou das
nos §§ 11 e 13 do art. 3o. (Redação dada pela Lei empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional
Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito somente será permitida se observado o disposto no art.
3o da Lei Complementar no 116, de 31 de julho de 2003, e
§ 1º-A. Os efeitos do impedimento previsto no §
deverá observar as seguintes normas:
1º ocorrerão no ano-calendário subsequente se o excesso
verificado não for superior a 20% (vinte por cento) dos I - a alíquota aplicável na retenção na fonte deverá ser in
limites referidos. formada
no documento fiscal e corresponderá à alíquota efetiva de
§ 2o O disposto no § 1o deste artigo não se aplica na
ISS a que a microempresa
hipótese de o Estado ou de o Distrito Federal adotarem,
ou a empresa de pequeno porte estiver sujeita no mês
compulsoriamente ou por opção, a aplicação de faixa de
anterior ao da prestação; (Redação dada pela Lei
receita bruta superior à que vinha sendo utilizada no ano-
Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito
calendário em que ocorreu o excesso da receita bruta.

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II - na hipótese de o serviço sujeito à retenção 44 da Lei no 9.430, de 27 de dezembro de 1996, aplicado em


ser prestado no mês dobro, e terá como base de cálculo o valor total do débito
de início de atividades da microempresa ou da empresa indevidamente compensado.
de pequeno porte, deverá ser aplicada pelo tomador § 9o É vedado o aproveitamento de créditos não apurados
a alíquota efetiva de 2% (dois por cento); (Redação dada no Simples Nacional, inclusive de natureza não tributária,
pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito para extinção de débitos do Simples Nacional.
§ 10. Os créditos apurados no Simples Nacional não poderão
III – na hipótese do inciso II deste parágrafo, constatando-se
ser utilizados para extinção de outros débitos para com as
que houve diferença entre a alíquota utilizada e a
Fazendas Públicas, salvo por ocasião da compensação de
efetivamente apurada, caberá à microempresa ou empresa
ofício oriunda de deferimento em processo de restituição ou
de pequeno porte prestadora dos serviços efetuar o
após a exclusão da empresa do Simples Nacional.
recolhimento dessa diferença no mês subseqüente ao do
§ 11. No Simples Nacional, é permitida a compensação tão
início de atividade em guia própria do Município;
somente de créditos para extinção de débitos para com o
IV – na hipótese de a microempresa ou empresa de pequeno
mesmo ente federado e relativos ao mesmo tributo.
porte estar sujeita à tributação do ISS no Simples Nacional
§ 12. Na restituição e compensação no Simples Nacional
por valores fixos mensais, não caberá a retenção a que se
serão observados os prazos de decadência e prescrição
refere o caput deste parágrafo;
previstos na Lei no 5.172, de 25 de outubro de 1966 (Código
V - na hipótese de a microempresa ou a empresa de peque Tributário Nacional).
no porte
§ 13. É vedada a cessão de créditos para extinção de
não informar a alíquota de que tratam os incisos I e II dest
débitos no Simples Nacional.
e parágrafo no documento fiscal, aplicar-se-
á a alíquota efetiva de 5% (cinco por cento); (Redação § 14. Aplica-se aos processos de restituição e de
dada pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de compensação o rito estabelecido pelo CGSN.
efeito
§ 15. Compete ao CGSN fixar critérios, condições para
VI – não será eximida a responsabilidade do prestador de rescisão, prazos, valores mínimos de amortização e demais
serviços quando a alíquota do ISS informada no documento procedimentos para parcelamento dos recolhimentos em
fiscal for inferior à devida, hipótese em que o recolhimento atraso dos débitos tributários apurados no Simples
dessa diferença será realizado em guia própria do Nacional, observado o disposto no § 3º deste artigo e no
Município; art. 35 e ressalvado o disposto no § 19 deste artigo. (Vide
VII – o valor retido, devidamente recolhido, será definitivo, Lei Complementar nº 155, de 2016)
não sendo objeto de partilha com os municípios, e sobre a
§ 16. Os débitos de que trata o § 15 poderão ser
receita de prestação de serviços que sofreu a retenção não
parcelados em até 60 (sessenta) parcelas mensais, na forma
haverá incidência de ISS a ser recolhido no Simples Nacional.
e condições previstas pelo CGSN. (Vide Lei Complementar
§ 4o-A. Na hipótese de que tratam os incisos I e II do § 4o, a
nº 155, de 2016)
falsidade na prestação dessas informações sujeitará o
responsável, o titular, os sócios ou os administradores da § 17. O valor de cada prestação mensal, por ocasião do
microempresa e da empresa de pequeno porte, juntamente pagamento, será acrescido de juros equivalentes à taxa
com as demais pessoas que para ela concorrerem, às referencial do Sistema Especial de Liquidação e de
penalidades previstas na legislação criminal e tributária. Custódia (Selic) para títulos federais, acumulada
§ 5o O CGSN regulará a compensação e a restituição dos mensalmente, calculados a partir do mês subsequente ao
valores do Simples Nacional recolhidos indevidamente ou da consolidação até o mês anterior ao do pagamento, e de
em montante superior ao devido. 1% (um por cento) relativamente ao mês em que o
§ 6o O valor a ser restituído ou compensado será acrescido pagamento estiver sendo efetuado, na forma
de juros obtidos pela aplicação da taxa referencial do regulamentada pelo CGSN. (Vide Lei Complementar nº 155,
Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) para de 2016)
títulos federais, acumulada mensalmente, a partir do mês
§ 18. Será admitido reparcelamento de débitos constantes
subsequente ao do pagamento indevido ou a maior que o
de parcelamento em curso ou que tenha sido rescindido,
devido até o mês anterior ao da compensação ou restituição,
podendo ser incluídos novos débitos, na forma
e de 1% (um por cento) relativamente ao mês em que estiver
regulamentada pelo CGSN. (Vide Lei Complementar nº 155,
sendo efetuada.
de 2016)
§ 7o Os valores compensados indevidamente serão exigidos
com os acréscimos moratórios de que trata o art. 35. § 19. Os débitos constituídos de forma isolada por parte de
§ 8o Na hipótese de compensação indevida, quando se Estado, do Distrito Federal ou de Município, em face de
comprove falsidade de declaração apresentada pelo sujeito ausência de aplicativo para lançamento unificado, relativo a
passivo, o contribuinte estará sujeito à multa isolada tributo de sua competência, que não estiverem inscritos em
aplicada no percentual previsto no inciso I do caput do art. Dívida Ativa da União, poderão ser parcelados pelo ente

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responsável pelo lançamento de acordo com a respectiva I - Município ou Distrito Federal, do valor correspondente
legislação, na forma regulamentada pelo CGSN. (Vide Lei ao ISS;
Complementar nº 155, de 2016)
II - Estado ou Distrito Federal, do valor correspondente ao
§ 20. O pedido de parcelamento deferido importa ICMS;
confissão irretratável do débito e configura confissão
III - Instituto Nacional do Seguro Social, do valor
extrajudicial. (Vide Lei Complementar nº 155, de 2016)
correspondente à Contribuição para manutenção da
§ 21. Serão aplicadas na consolidação as reduções das Seguridade Social.
multas de lançamento de ofício previstas na legislação
Parágrafo único. Enquanto o Comitê Gestor não
federal, conforme regulamentação do CGSN. (Vide Lei
regulamentar o prazo para o repasse previsto no inciso II
Complementar nº 155, de 2016)
do caput deste artigo, esse será efetuado nos prazos
§ 22. O repasse para os entes federados dos valores pagos estabelecidos nos convênios celebrados no âmbito do
e da amortização dos débitos parcelados será efetuado colegiado a que se refere a alínea g do inciso XII do § 2o do
proporcionalmente ao valor de cada tributo na composição art. 155 da Constituição Federal.
da dívida consolidada. (Vide Lei Complementar nº 155, de
SEÇÃO VI
2016)
DOS CRÉDITOS
§ 23. No caso de parcelamento de débito inscrito em dívida
Art. 23. As microempresas e as empresas de pequeno porte
ativa, o devedor pagará custas, emolumentos e demais
optantes pelo Simples Nacional não farão jus à apropriação
encargos legais. (Vide Lei Complementar nº 155, de 2016)
nem transferirão créditos relativos a impostos ou
§ 24. Implicará imediata rescisão do parcelamento e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional.
remessa do débito para inscrição em dívida ativa ou
§ 1º As pessoas jurídicas e aquelas a elas equiparadas pela
prosseguimento da execução, conforme o caso, até
legislação tributária não optantes pelo Simples Nacional
deliberação do CGSN, a falta de pagamento: (Vide Lei
terão direito a crédito correspondente ao ICMS incidente
Complementar nº 155, de 2016)
sobre as suas aquisições de mercadorias de microempresa
I - de 3 (três) parcelas, consecutivas ou não; ou ou empresa de pequeno porte optante pelo Simples
Nacional, desde que destinadas à comercialização ou
II - de 1 (uma) parcela, estando pagas todas as demais.
industrialização e observado, como limite, o ICMS
§ 25. O documento previsto no inciso I do caput deste efetivamente devido pelas optantes pelo Simples Nacional
artigo deverá conter a partilha discriminada de cada um dos em relação a essas aquisições.
tributos abrangidos pelo Simples Nacional, bem como os
§ 2º A alíquota aplicável ao cálculo do crédito de que trata
valores destinados a cada ente federado. (Incluído pela Lei
o § 1º deste artigo deverá ser informada no documento
Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito
fiscal e corresponderá ao percentual de ICMS previsto
Art. 21-A. A inscrição de microempresa ou empresa de nos Anexos I ou II desta Lei Complementar para a faixa de
pequeno porte no Cadastro Informativo dos créditos não receita bruta a que a microempresa ou a empresa de
quitados do setor público federal - CADIN, somente pequeno porte estiver sujeita no mês anterior ao da
ocorrerá mediante notificação prévia com prazo para operação.
contestação. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de
§ 3º Na hipótese de a operação ocorrer no mês de início de
2014) (Produção de efeito)
atividades da microempresa ou empresa de pequeno porte
Art. 21-B. Os Estados e o Distrito Federal deverão observar, optante pelo Simples Nacional, a alíquota aplicável ao
em relação ao ICMS, o prazo mínimo de 60 (sessenta) dias, cálculo do crédito de que trata o § 1º deste artigo
contado a partir do primeiro dia do mês do fato gerador da corresponderá ao percentual de ICMS referente à menor
obrigação tributária, para estabelecer a data de vencimento alíquota prevista nos Anexos I ou II desta Lei
do imposto devido por substituição tributária, tributação Complementar.
concentrada em uma única etapa (monofásica) e por
§ 4º Não se aplica o disposto nos §§ 1º a 3º deste artigo
antecipação tributária com ou sem encerramento de
quando:
tributação, nas hipóteses em que a responsabilidade recair
sobre operações ou prestações subsequentes, na forma I - a microempresa ou empresa de pequeno porte estiver
regulamentada pelo Comitê Gestor. (Incluído pele Lei sujeita à tributação do ICMS no Simples Nacional por
Complementar nº 147, de 2014) valores fixos mensais;
SEÇÃO V II - a microempresa ou a empresa de pequeno porte não
DO REPASSE DO PRODUTO DA ARRECADAÇÃO informar a alíquota de que trata o § 2º deste artigo no
documento fiscal;
Art. 22. O Comitê Gestor definirá o sistema de repasses do
total arrecadado, inclusive encargos legais, para o:
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III - houver isenção estabelecida pelo Estado ou Distrito § 4o A declaração de que trata o caput deste artigo, relativa
Federal que abranja a faixa de receita bruta a que a ao MEI definido no art. 18-A desta Lei Complementar,
microempresa ou a empresa de pequeno porte estiver conterá, para efeito do disposto no art. 3º da Lei
sujeita no mês da operação. Complementar nº 63, de 11 de janeiro de 1990, tão-somente
as informações relativas à receita bruta total sujeita ao ICMS,
IV - o remetente da operação ou prestação considerar, por
sendo vedada a instituição de declarações adicionais em
opção, que a alíquota determinada na forma do caput e dos
decorrência da referida Lei Complementar.
§§ 1o e 2o do art. 18 desta Lei Complementar deverá incidir
§ 5o A declaração de que trata o caput, a partir das
sobre a receita recebida no mês.
informações relativas ao ano-calendário de 2012, poderá ser
§ 5º Mediante deliberação exclusiva e unilateral dos prestada por meio da declaração de que trata o § 15-A do
Estados e do Distrito Federal, poderá ser concedido às art. 18 desta Lei Complementar, na periodicidade e prazos
pessoas jurídicas e àquelas a elas equiparadas pela definidos pelo CGSN. (Incluído pela Lei Complementar nº
legislação tributária não optantes pelo Simples Nacional 147, de 2014)
crédito correspondente ao ICMS incidente sobre os
Art. 26. As microempresas e empresas de pequeno porte
insumos utilizados nas mercadorias adquiridas de indústria
optantes pelo Simples Nacional ficam obrigadas a:
optante pelo Simples Nacional, sendo vedado o
estabelecimento de diferenciação no valor do crédito em I - emitir documento fiscal de venda ou prestação de
razão da procedência dessas mercadorias. serviço, de acordo com instruções expedidas pelo Comitê
Gestor;
§ 6º O Comitê Gestor do Simples Nacional disciplinará o
disposto neste artigo. II - manter em boa ordem e guarda os documentos que
fundamentaram a apuração dos impostos e contribuições
Art. 24. As microempresas e as empresas de pequeno porte
devidos e o cumprimento das obrigações acessórias a que
optantes pelo Simples Nacional não poderão utilizar ou
se refere o art. 25 desta Lei Complementar enquanto não
destinar qualquer valor a título de incentivo fiscal.
decorrido o prazo decadencial e não prescritas eventuais
§ 1o Não serão consideradas quaisquer alterações em bases ações que lhes sejam pertinentes.
de cálculo, alíquotas e percentuais ou outros fatores que
§ 1º O MEI fará a comprovação da receita bruta mediante
alterem o valor de imposto ou contribuição apurado na
apresentação do registro de vendas ou de prestação de
forma do Simples Nacional, estabelecidas pela União,
serviços na forma estabelecida pelo CGSN, ficando
Estado, Distrito Federal ou Município, exceto as previstas
dispensado da emissão do documento fiscal previsto no
ou autorizadas nesta Lei Complementar. (Redação dada
inciso I do caput, ressalvadas as hipóteses de emissão
pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito
obrigatória previstas pelo referido Comitê.
§ 2o (VETADO). (Incluído pela Lei Complementar nº 155, de
I - (REVOGADO)
2016) Produção de efeito
II - (REVOGADO)
SEÇÃO VII
DAS OBRIGAÇÕES FISCAIS ACESSÓRIAS III - (REVOGADO)
Art. 25. A microempresa ou empresa de pequeno porte § 2o As demais microempresas e as empresas de pequeno
optante pelo Simples Nacional deverá apresentar porte, além do disposto nos incisos I e II do caput deste
anualmente à Secretaria da Receita Federal do Brasil artigo, deverão, ainda, manter o livro-caixa em que será
declaração única e simplificada de informações escriturada sua movimentação financeira e bancária.
socioeconômicas e fiscais, que deverá ser disponibilizada
§ 3o A exigência de declaração única a que se refere
aos órgãos de fiscalização tributária e previdenciária,
o caput do art. 25 desta Lei Complementar não desobriga a
observados prazo e modelo aprovados pelo CGSN e
prestação de informações relativas a terceiros.
observado o disposto no § 15-A do art. 18.
§ 4o É vedada a exigência de obrigações tributárias
§ 1o A declaração de que trata o caput deste artigo constitui
acessórias relativas aos tributos apurados na forma do
confissão de dívida e instrumento hábil e suficiente para a
Simples Nacional além daquelas estipuladas pelo CGSN e
exigência dos tributos e contribuições que não tenham sido
atendidas por meio do Portal do Simples Nacional, bem
recolhidos resultantes das informações nela prestadas.
como, o estabelecimento de exigências adicionais e
§ 2o A situação de inatividade deverá ser informada na
unilaterais pelos entes federativos, exceto os programas de
declaração de que trata o caput deste artigo, na forma
cidadania fiscal. (Redação dada pela Lei Complementar nº
regulamentada pelo Comitê Gestor.
147, de 2014)
§ 3o Para efeito do disposto no § 2o deste artigo, considera-
§ 4o-A. A escrituração fiscal digital ou obrigação equivalente
se em situação de inatividade a microempresa ou a empresa
não poderá ser exigida da microempresa ou empresa de
de pequeno porte que não apresente mutação patrimonial e
pequeno porte optante pelo Simples Nacional, salvo se,
atividade operacional durante todo o ano-calendário.

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cumulativamente, houver: (Incluído pela Lei Complementar Apoio às Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE. (Incluído
nº 147, de 2014) pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
I - autorização específica do CGSN, que estabelecerá as § 10. O ato de emissão ou de recepção de documento fiscal
condições para a obrigatoriedade; (Incluído pela Lei por meio eletrônico estabelecido pelas administrações
Complementar nº 147, de 2014) tributárias, em qualquer modalidade, de entrada, de saída
II - disponibilização por parte da administração tributária ou de prestação, na forma estabelecida pelo CGSN,
estipulante de aplicativo gratuito para uso da empresa representa sua própria escrituração fiscal e elemento
optante. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014) suficiente para a fundamentação e a constituição do crédito
§ 4o-B. A exigência de apresentação de livros fiscais em meio tributário. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
eletrônico aplicar-se-á somente na hipótese de substituição § 11. Os dados dos documentos fiscais de qualquer espécie
da entrega em meio convencional, cuja obrigatoriedade podem ser compartilhados entre as administrações
tenha sido prévia e especificamente estabelecida pelo CGSN. tributárias da União, Estados, Distrito Federal e Municípios
(Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014) e, quando emitidos por meio eletrônico, na forma
§ 4o-C. Até a implantação de sistema nacional uniforme estabelecida pelo CGSN, a microempresa ou empresa de
estabelecido pelo CGSN com compartilhamento de pequeno porte optante pelo Simples Nacional fica
informações com os entes federados, permanece válida desobrigada de transmitir seus dados às administrações
norma publicada por ente federado até o primeiro trimestre tributárias. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
de 2014 que tenha veiculado exigência vigente de a § 12. As informações a serem prestadas relativas ao ICMS
microempresa ou empresa de pequeno porte apresentar devido na forma prevista nas alíneas a, g e h do inciso XIII do
escrituração fiscal digital ou obrigação equivalente. (Incluído § 1o do art. 13 serão fornecidas por meio de aplicativo único.
pela Lei Complementar nº 147, de 2014) (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014) (Produção
de efeito)
§ 5o As microempresas e empresas de pequeno porte ficam
§ 13. Fica estabelecida a obrigatoriedade de utilização de
sujeitas à entrega de declaração eletrônica que deva conter
documentos fiscais eletrônicos estabelecidos pelo Confaz
os dados referentes aos serviços prestados ou tomados de
nas operações e prestações relativas ao ICMS efetuadas por
terceiros, na conformidade do que dispuser o Comitê
microempresas e empresas de pequeno porte nas hipóteses
Gestor.
previstas nas alíneas a, g e h do inciso XIII do § 1o do art. 13.
§ 6º Na hipótese do § 1º deste artigo: (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014) (Produção
de efeito)
I - deverão ser anexados ao registro de vendas ou de
§ 14. Os aplicativos necessários ao cumprimento do
prestação de serviços, na forma regulamentada pelo
disposto nos §§ 12 e 13 deste artigo serão disponibilizados,
Comitê Gestor, os documentos fiscais comprobatórios das
de forma gratuita, no portal do Simples Nacional. (Incluído
entradas de mercadorias e serviços tomados referentes ao
pela Lei Complementar nº 147, de 2014) (Produção de
período, bem como os documentos fiscais relativos às
efeito)
operações ou prestações realizadas eventualmente
§ 15. O CGSN regulamentará o disposto neste artigo.
emitidos;
(Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
II - será obrigatória a emissão de documento fiscal nas
Art. 27. As microempresas e empresas de pequeno porte
vendas e nas prestações de serviços realizadas pelo MEI
optantes pelo Simples Nacional poderão, opcionalmente,
para destinatário cadastrado no Cadastro Nacional da
adotar contabilidade simplificada para os registros e
Pessoa Jurídica (CNPJ), ficando dispensado desta emissão
controles das operações realizadas, conforme
para o consumidor final.
regulamentação do Comitê Gestor.
§ 7o Cabe ao CGSN dispor sobre a exigência da certificação
SEÇÃO VIII
digital para o cumprimento de obrigações principais e
DA EXCLUSÃO DO SIMPLES NACIONAL
acessórias por parte da microempresa, inclusive o MEI, ou
empresa de pequeno porte optante pelo Simples Nacional, Art. 28. A exclusão do Simples Nacional será feita de ofício
inclusive para o recolhimento do FGTS. ou mediante comunicação das empresas optantes.
§ 8o O CGSN poderá disciplinar sobre a disponibilização, no Parágrafo único. As regras previstas nesta seção e o modo
portal do SIMPLES Nacional, de documento fiscal eletrônico de sua implementação serão regulamentados pelo Comitê
de venda ou de prestação de serviço para o MEI, Gestor.
microempresa ou empresa de pequeno porte optante pelo
Art. 29. A exclusão de ofício das empresas optantes pelo
Simples Nacional. (Incluído pela Lei Complementar nº 147,
Simples Nacional dar-se-á quando:
de 2014)
§ 9o O desenvolvimento e a manutenção das soluções de I - verificada a falta de comunicação de exclusão
tecnologia, capacitação e orientação aos usuários relativas obrigatória;
ao disposto no § 8o, bem como as demais relativas ao Simples
Nacional, poderão ser apoiadas pelo Serviço Brasileiro de
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II - for oferecido embaraço à fiscalização, caracterizado pela dos tributos e contribuições apurados aos respectivos entes
negativa não justificada de exibição de livros e documentos tributantes.
a que estiverem obrigadas, bem como pelo não
§ 4o (REVOGADO)
fornecimento de informações sobre bens, movimentação
financeira, negócio ou atividade que estiverem intimadas a § 5o A competência para exclusão de ofício do Simples
apresentar, e nas demais hipóteses que autorizam a Nacional obedece ao disposto no art. 33, e o julgamento
requisição de auxílio da força pública; administrativo, ao disposto no art. 39, ambos desta Lei
Complementar.
III - for oferecida resistência à fiscalização, caracterizada
pela negativa de acesso ao estabelecimento, ao domicílio § 6º Nas hipóteses de exclusão previstas no caput, a
fiscal ou a qualquer outro local onde desenvolvam suas notificação:
atividades ou se encontrem bens de sua propriedade;
I - será efetuada pelo ente federativo que promoveu a
IV - a sua constituição ocorrer por interpostas pessoas; exclusão; e
V - tiver sido constatada prática reiterada de infração ao II - poderá ser feita por meio eletrônico, observada a
disposto nesta Lei Complementar; regulamentação do CGSN.
VI - a empresa for declarada inapta, na forma dos arts. § 7º (REVOGADO)
81 e 82 da Lei no 9.430, de 27 de dezembro de 1996, e
§ 8º A notificação de que trata o § 6º aplica-se ao
alterações posteriores;
indeferimento da opção pelo Simples Nacional.
VII - comercializar mercadorias objeto de contrabando ou
descaminho; § 9º Considera-se prática reiterada, para fins do disposto
VIII - houver falta de escrituração do livro-caixa ou não nos incisos V, XI e XII do caput:
permitir a identificação da movimentação financeira,
I - a ocorrência, em 2 (dois) ou mais períodos de apuração,
inclusive bancária;
consecutivos ou alternados, de idênticas infrações, inclusive
IX - for constatado que durante o ano-calendário o valor das
de natureza acessória, verificada em relação aos últimos 5
despesas pagas supera em 20% (vinte por cento) o valor de
(cinco) anos-calendário, formalizadas por intermédio de
ingressos de recursos no mesmo período, excluído o ano de
auto de infração ou notificação de lançamento; ou
início de atividade;
X - for constatado que durante o ano-calendário o valor das II - a segunda ocorrência de idênticas infrações, caso seja
aquisições de mercadorias para comercialização ou constatada a utilização de artifício, ardil ou qualquer outro
industrialização, ressalvadas hipóteses justificadas de meio fraudulento que induza ou mantenha a fiscalização
aumento de estoque, for superior a 80% (oitenta por cento) em erro, com o fim de suprimir ou reduzir o pagamento de
dos ingressos de recursos no mesmo período, excluído o ano tributo.
de início de atividade; Art. 30. A exclusão do Simples Nacional, mediante
XI - houver descumprimento reiterado da obrigação contida comunicação das microempresas ou das empresas de
no inciso I do caput do art. 26; pequeno porte, dar-se-á:
XII - omitir de forma reiterada da folha de pagamento da I - por opção;
empresa ou de documento de informações previsto pela
legislação previdenciária, trabalhista ou tributária, segurado II - obrigatoriamente, quando elas incorrerem em qualquer
empregado, trabalhador avulso ou contribuinte individual das situações de vedação previstas nesta Lei
que lhe preste serviço. Complementar; ou
§ 1o Nas hipóteses previstas nos incisos II a XII III - obrigatoriamente, quando ultrapassado, no ano-
do caput deste artigo, a exclusão produzirá efeitos a partir calendário de início de atividade, o limite proporcional de
do próprio mês em que incorridas, impedindo a opção pelo receita bruta de que trata o § 2o do art. 3o;
regime diferenciado e favorecido desta Lei Complementar IV - obrigatoriamente, quando ultrapassado, no ano-
pelos próximos 3 (três) anos-calendário seguintes. calendário, o limite de receita bruta previsto no inciso II
do caput do art. 3o, quando não estiver no ano-calendário de
§ 2o O prazo de que trata o § 1o deste artigo será elevado
início de atividade.
para 10 (dez) anos caso seja constatada a utilização de
§ 1o A exclusão deverá ser comunicada à Secretaria da
artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento que
Receita Federal:
induza ou mantenha a fiscalização em erro, com o fim de
I - na hipótese do inciso I do caput deste artigo, até o último
suprimir ou reduzir o pagamento de tributo apurável
dia útil do mês de janeiro;
segundo o regime especial previsto nesta Lei
II - na hipótese do inciso II do caput deste artigo, até o último
Complementar.
dia útil do mês subseqüente àquele em que ocorrida a
§ 3o A exclusão de ofício será realizada na forma situação de vedação;
regulamentada pelo Comitê Gestor, cabendo o lançamento III - na hipótese do inciso III do caput:
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a) até o último dia útil do mês seguinte àquele em que tiver b) a partir de 1o de janeiro do ano-calendário subsequente,
ultrapassado em mais de 20% (vinte por cento) o limite na hipótese de não ter ultrapassado em mais de 20% (vinte
proporcional de que trata o § 10 do art. 3o; ou por cento) o limite de receita bruta previsto no inciso II do
b) até o último dia útil do mês de janeiro do ano-calendário art. 3o.
subsequente ao de início de atividades, caso o excesso seja § 1o Na hipótese prevista no inciso III do caput do art. 30
inferior a 20% (vinte por cento) do respectivo limite; desta Lei Complementar, a microempresa ou empresa de
IV - na hipótese do inciso IV do caput: pequeno porte não poderá optar, no ano-calendário
a) até o último dia útil do mês subsequente à ultrapassagem subseqüente ao do início de atividades, pelo Simples
em mais de 20% (vinte por cento) do limite de receita bruta Nacional.
previsto no inciso II do caput do art. 3o; ou § 2o Na hipótese dos incisos V e XVI do caput do art. 17, será
b) até o último dia útil do mês de janeiro do ano-calendário permitida a permanência da pessoa jurídica como optante
subsequente, na hipótese de não ter ultrapassado em mais pelo Simples Nacional mediante a comprovação da
de 20% (vinte por cento) o limite de receita bruta previsto regularização do débito ou do cadastro fiscal no prazo de até
no inciso II do caput do art. 3o. 30 (trinta) dias contados a partir da ciência da comunicação
da exclusão.
§ 2o A comunicação de que trata o caput deste artigo dar-
§ 3o O CGSN regulamentará os procedimentos relativos ao
se-á na forma a ser estabelecida pelo Comitê Gestor.
impedimento de recolher o ICMS e o ISS na forma do Simples
§ 3º A alteração de dados no CNPJ, informada pela ME ou Nacional, em face da ultrapassagem dos limites
EPP à Secretaria da Receita Federal do Brasil, equivalerá à estabelecidos na forma dos incisos I ou II do art. 19 e do art.
comunicação obrigatória de exclusão do Simples Nacional 20.
nas seguintes hipóteses: § 4o No caso de a microempresa ou a empresa de pequeno
porte ser excluída do Simples Nacional no mês de janeiro, na
I - alteração de natureza jurídica para Sociedade Anônima,
hipótese do inciso I do caput do art. 30 desta Lei
Sociedade Empresária em Comandita por Ações, Sociedade
Complementar, os efeitos da exclusão dar-se-ão nesse
em Conta de Participação ou Estabelecimento, no Brasil, de
mesmo ano.
Sociedade Estrangeira;
§ 5o Na hipótese do inciso II do caput deste artigo, uma vez
II - inclusão de atividade econômica vedada à opção pelo que o motivo da exclusão deixe de existir, havendo a
Simples Nacional; exclusão retroativa de ofício no caso do inciso I do caput do
art. 29 desta Lei Complementar, o efeito desta dar-se-á a
III - inclusão de sócio pessoa jurídica;
partir do mês seguinte ao da ocorrência da situação
IV - inclusão de sócio domiciliado no exterior; impeditiva, limitado, porém, ao último dia do ano-calendário
em que a referida situação deixou de existir.
V - cisão parcial; ou
Art. 32. As microempresas ou as empresas de pequeno
VI - extinção da empresa.
porte excluídas do Simples Nacional sujeitar-se-ão, a partir
Art. 31. A exclusão das microempresas ou das empresas de do período em que se processarem os efeitos da exclusão,
pequeno porte do Simples Nacional produzirá efeitos: às normas de tributação aplicáveis às demais pessoas
I - na hipótese do inciso I do caput do art. 30 desta Lei jurídicas.
Complementar, a partir de 1o de janeiro do ano-calendário § 1o Para efeitos do disposto no caput deste artigo, na
subseqüente, ressalvado o disposto no § 4o deste artigo; hipótese da alínea a do inciso III do caput do art. 31 desta
II - na hipótese do inciso II do caput do art. 30 desta Lei Lei Complementar, a microempresa ou a empresa de
Complementar, a partir do mês seguinte da ocorrência da pequeno porte desenquadrada ficará sujeita ao pagamento
situação impeditiva; da totalidade ou diferença dos respectivos impostos e
III - na hipótese do inciso III do caput do art. 30 desta Lei contribuições, devidos de conformidade com as normas
Complementar: gerais de incidência, acrescidos, tão-somente, de juros de
a) desde o início das atividades; mora, quando efetuado antes do início de procedimento de
b) a partir de 1º de janeiro do ano-calendário subsequente, ofício.
na hipótese de não ter ultrapassado em mais de 20% (vinte
§ 2o Para efeito do disposto no caput deste artigo, o sujeito
por cento) o limite proporcional de que trata o § 10 do art.
passivo poderá optar pelo recolhimento do imposto de
3 o;
renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido na
IV - na hipótese do inciso V do caput do art. 17 desta Lei
forma do lucro presumido, lucro real trimestral ou anual.
Complementar, a partir do ano-calendário subseqüente ao
da ciência da comunicação da exclusão; § 3º Aplica-se o disposto no caput e no § 1o em relação ao
V - na hipótese do inciso IV do caput do art. 30: ICMS e ao ISS à empresa impedida de recolher esses impostos
a) a partir do mês subsequente à ultrapassagem em mais de na forma do Simples Nacional, em face da ultrapassagem dos
20% (vinte por cento) do limite de receita bruta previsto limites a que se referem os incisos I e II do caput do art. 19,
no inciso II do art. 3o;
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relativamente ao estabelecimento localizado na unidade da § 1o É permitida a prestação


federação que os houver adotado. de assistência mútua e a permuta de
informações entre a Fazenda Pública da União e as dos
SEÇÃO IX
Estados, do
DA FISCALIZAÇÃO
Distrito Federal e dos Municípios, relativas às microemp
Art. 33. A competência para fiscalizar o cumprimento das resas e às
obrigações principais e acessórias relativas ao Simples empresas de pequeno porte, para fins de planejamento ou
Nacional e para verificar a ocorrência das hipóteses de execução de procedimentos fiscais ou preparatórios.
previstas no art. 29 desta Lei Complementar é da Secretaria (Incluído pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção
da Receita Federal e das Secretarias de Fazenda ou de de efeito
Finanças do Estado ou do Distrito Federal, segundo a
§ 2o (VETADO). (Incluído pela Lei Complementar nº 155, de
localização do estabelecimento, e, tratando-se de prestação
2016) Produção de efeito
de serviços incluídos na competência tributária municipal, a
competência será também do respectivo Município. § 3o Sem prejuízo de ação fiscal individual, as
administrações tributárias poderão utilizar procedimento
§ 1o As Secretarias de Fazenda ou Finanças dos Estados
de notificação prévia visando à autorregularização,
poderão celebrar convênio com os Municípios de sua
na forma e nos prazos a serem regulamentados
jurisdição para atribuir a estes a fiscalização a que se refere
pelo CGSN, que não constituirá início de
o caput deste artigo.
procedimento fiscal. (Incluído pela Lei Complementar nº
§ 1o-A. Dispensa-se o convênio de que trata o § 1o na
155, de 2016) Produção de efeito
hipótese de ocorrência de prestação de serviços sujeita ao
ISS por estabelecimento localizado no Município. § 4o (VETADO). (Incluído pela Lei Complementar nº 155, de
§ 1o-B. A fiscalização de que trata o caput, após iniciada, 2016) Produção de efeito
poderá abranger todos os demais estabelecimentos da
SEÇÃO XI
microempresa ou da empresa de pequeno porte,
DOS ACRÉSCIMOS LEGAIS
independentemente da atividade por eles exercida ou de sua
localização, na forma e condições estabelecidas pelo CGSN. Art. 35. Aplicam-se aos impostos e contribuições devidos
§ 1o-C. As autoridades fiscais de que trata o caput têm pela microempresa e pela empresa de pequeno porte,
competência para efetuar o lançamento de todos os tributos inscritas no Simples Nacional, as normas relativas aos juros e
previstos nos incisos I a VIII do art. 13, apurados na forma do multa de mora e de ofício previstas para o imposto de renda,
Simples Nacional, relativamente a todos os inclusive, quando for o caso, em relação ao ICMS e ao ISS.
estabelecimentos da empresa, independentemente do ente Art. 36. A falta de comunicação, quando obrigatória, da
federado instituidor. exclusão da pessoa jurídica do Simples Nacional, nos prazos
§ 1o-D. A competência para autuação por descumprimento determinados no § 1o do art. 30 desta Lei Complementar,
de obrigação acessória é privativa da administração sujeitará a pessoa jurídica a multa correspondente a 10%
tributária perante a qual a obrigação deveria ter sido (dez por cento) do total dos impostos e contribuições
cumprida. devidos de conformidade com o Simples Nacional no mês
§ 2o Na hipótese de a microempresa ou empresa de pequeno que anteceder o início dos efeitos da exclusão, não inferior a
porte exercer alguma das atividades de prestação de R$ 200,00 (duzentos reais), insuscetível de redução.
serviços previstas no § 5º-C do art. 18 desta Lei Art. 36-A. A falta de comunicação, quando obrigatória,
Complementar, caberá à Secretaria da Receita Federal do do desenquadramento do microempreendedor individual
Brasil a fiscalização da Contribuição para a Seguridade Social, da sistemática de recolhimento prevista no art. 18-A desta
a cargo da empresa, de que trata o art. 22 da Lei no 8.212, Lei Complementar nos prazos determinados em seu §
de 24 de julho de 1991. 7o sujeitará o microempreendedor individual a multa no
valor de R$ 50,00 (cinquenta reais), insusceptível de
§ 3o O valor não pago, apurado em procedimento de
redução.
fiscalização, será exigido em lançamento de ofício pela
Art. 37. A imposição das multas de que trata esta Lei
autoridade competente que realizou a fiscalização.
Complementar não exclui a aplicação das sanções previstas
§ 4o O Comitê Gestor disciplinará o disposto neste artigo. na legislação penal, inclusive em relação a declaração falsa,
adulteração de documentos e emissão de nota fiscal em
SEÇÃO X
desacordo com a operação efetivamente praticada, a que
DA OMISSÃO DE RECEITA
estão sujeitos o titular ou sócio da pessoa jurídica.
Art. 34. Aplicam-se à microempresa e à empresa de Art. 38. O sujeito passivo que deixar de apresentar a
pequeno porte optantes pelo Simples Nacional todas as Declaração Simplificada da Pessoa Jurídica a que se refere
presunções de omissão de receita existentes nas legislações o art. 25 desta Lei Complementar, no prazo fixado, ou que a
de regência dos impostos e contribuições incluídos no apresentar com incorreções ou omissões, será intimado a
Simples Nacional. apresentar declaração original, no caso de não-

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apresentação, ou a prestar esclarecimentos, nos demais 15 do art. 18, ainda que integralmente pago, no caso de
casos, no prazo estipulado pela autoridade fiscal, na forma ausência de prestação de informações ou sua efetuação
definida pelo Comitê Gestor, e sujeitar-se-á às seguintes após o prazo, limitada a 20% (vinte por cento), observado o
multas: disposto no § 2o deste artigo; e
II - de R$ 20,00 (vinte reais) para cada grupo de 10 (dez)
I - de 2% (dois por cento) ao mês-calendário ou fração,
informações incorretas ou omitidas.
incidentes sobre o montante dos tributos e contribuições
§ 1o Para efeito de aplicação da multa prevista no inciso I
informados na Declaração Simplificada da Pessoa Jurídica,
do caput, será considerado como termo inicial o primeiro dia
ainda que integralmente pago, no caso de falta de entrega
do quarto mês do ano subsequente à ocorrência dos fatos
da declaração ou entrega após o prazo, limitada a 20%
geradores e como termo final a data da efetiva prestação ou,
(vinte por cento), observado o disposto no § 3o deste artigo;
no caso de não prestação, da lavratura do auto de infração.
II - de R$ 100,00 (cem reais) para cada grupo de 10 (dez) § 2o A multa mínima a ser aplicada será de R$ 50,00
informações incorretas ou omitidas. (cinquenta reais) para cada mês de referência.
§ 3o Aplica-se ao disposto neste artigo o disposto nos §§ 2o,
§ 1o Para efeito de aplicação da multa prevista no inciso I
4o e 5o do art. 38.
do caput deste artigo, será considerado como termo inicial
o dia seguinte ao término do prazo originalmente fixado § 4º O CGSN poderá estabelecer data posterior à prevista no
para a entrega da declaração e como termo final a data da inciso I do caput e no § 1º.
efetiva entrega ou, no caso de não-apresentação, da
Art. 38-B. As multas relativas à falta de prestação ou à
lavratura do auto de infração.
incorreção no cumprimento de obrigações acessórias para
§ 2o Observado o disposto no § 3o deste artigo, as multas com os órgãos e entidades federais, estaduais, distritais e
serão reduzidas: municipais, quando em valor fixo ou mínimo, e na ausência
de previsão legal de valores específicos e mais favoráveis
I - à metade, quando a declaração for apresentada após o
para MEI, microempresa ou empresa de pequeno porte,
prazo, mas antes de qualquer procedimento de ofício;
terão redução de: (Incluído pela Lei Complementar nº 147,
II - a 75% (setenta e cinco por cento), se houver a de 2014) (Produção de efeito)
apresentação da declaração no prazo fixado em intimação. I - 90% (noventa por cento) para os MEI; (Incluído pela Lei
§ 3º A multa mínima a ser aplicada será de R$ 200,00 Complementar nº 147, de 2014) (Produção de efeito)
(duzentos reais). II - 50% (cinquenta por cento) para as microempresas ou
empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional.
§ 4o Considerar-se-á não entregue a declaração que não (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014) (Produção
atender às especificações técnicas estabelecidas pelo de efeito)
Comitê Gestor. Parágrafo único. As reduções de que tratam os incisos I e II
§ 5o Na hipótese do § 4o deste artigo, o sujeito passivo será do caput não se aplicam na: (Incluído pela Lei Complementar
intimado a apresentar nova declaração, no prazo de 10 nº 147, de 2014) (Produção de efeito)
(dez) dias, contados da ciência da intimação, e sujeitar-se-á I - hipótese de fraude, resistência ou embaraço à
à multa prevista no inciso I do caput deste artigo, fiscalização; (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de
observado o disposto nos §§ 1o a 3o deste artigo. 2014) (Produção de efeito)
II - ausência de pagamento da multa no prazo de 30 (trinta)
§ 6o A multa mínima de que trata o § 3o deste artigo a ser dias após a notificação. (Incluído pela Lei Complementar nº
aplicada ao Microempreendedor Individual na vigência da 147, de 2014) (Produção de efeito)
opção de que trata o art. 18-A desta Lei Complementar será
de R$ 50,00 (cinqüenta reais). SEÇÃO XII
Art. 38-A. O sujeito passivo que deixar de prestar as DO PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL
informações no sistema eletrônico de cálculo de que trata Art. 39. O contencioso administrativo relativo ao Simples
o § 15 do art. 18, no prazo previsto no § 15-A do mesmo Nacional será de competência do órgão julgador integrante
artigo, ou que as prestar com incorreções ou omissões, será da estrutura administrativa do ente federativo que efetuar
intimado a fazê-lo, no caso de não apresentação, ou a o lançamento, o indeferimento da opção ou a exclusão de
prestar esclarecimentos, nos demais casos, no prazo ofício, observados os dispositivos legais atinentes aos
estipulado pela autoridade fiscal, na forma definida pelo processos administrativos fiscais desse ente.
CGSN, e sujeitar-se-á às seguintes multas, para cada mês de
referência: § 1o O Município poderá, mediante convênio, transferir a
I - de 2% (dois por cento) ao mês-calendário ou fração, a atribuição de julgamento exclusivamente ao respectivo
partir do primeiro dia do quarto mês do ano subsequente à Estado em que se localiza.
ocorrência dos fatos geradores, incidentes sobre o montante § 2o No caso em que o contribuinte do Simples Nacional
dos impostos e contribuições decorrentes das informações exerça atividades incluídas no campo de incidência do ICMS
prestadas no sistema eletrônico de cálculo de que trata o § e do ISS e seja apurada omissão de receita de que não se
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consiga identificar a origem, a autuação será feita utilizando § 5º Excetuam-se do disposto no caput deste artigo:
a maior alíquota prevista nesta Lei Complementar, e a I - os mandados de segurança nos quais se impugnem atos
parcela autuada que não seja correspondente aos tributos e de autoridade coatora pertencente a Estado, Distrito Federal
contribuições federais será rateada entre Estados e ou Município;
Municípios ou Distrito Federal. II - as ações que tratem exclusivamente de tributos de
competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos
§ 3o Na hipótese referida no § 2o deste artigo, o julgamento
Municípios, as quais serão propostas em face desses entes
caberá ao Estado ou ao Distrito Federal.
federativos, representados em juízo por suas respectivas
§ 4º A intimação eletrônica dos atos do contencioso procuradorias;
administrativo observará o disposto nos §§ 1o-A a 1o-D do III - as ações promovidas na hipótese de celebração do
art. 16. convênio de que trata o § 3º deste artigo;
IV - o crédito tributário decorrente de auto de infração
§ 5º A impugnação relativa ao indeferimento da opção ou à
lavrado exclusivamente em face de descumprimento de
exclusão poderá ser decidida em órgão diverso do previsto
obrigação acessória, observado o disposto no § 1o-D do art.
no caput, na forma estabelecida pela respectiva
33;
administração tributária.
V - o crédito tributário relativo ao ICMS e ao ISS de que
§ 6º Na hipótese prevista no § 5o, o CGSN poderá tratam as alíneas b e c do inciso V do § 3o do art. 18-A desta
disciplinar procedimentos e prazos, bem como, no processo Lei Complementar. (Redação dada pela Lei Complementar nº
de exclusão, prever efeito suspensivo na hipótese de 147, de 2014)
apresentação de impugnação, defesa ou recurso.
CAPÍTULO V
Art. 40. As consultas relativas ao Simples Nacional serão (REDAÇÃO DADA PELA LEI COMPLEMENTAR Nº 147, DE
solucionadas pela Secretaria da Receita Federal, salvo 2014)
quando se referirem a tributos e contribuições de DO ACESSO AOS MERCADOS
competência estadual ou municipal, que serão solucionadas SEÇÃO I
conforme a respectiva competência tributária, na forma DAS AQUISIÇÕES PÚBLICAS
disciplinada pelo Comitê Gestor.
Art. 42. Nas licitações públicas, a comprovação de regu
SEÇÃO XIII laridade fiscal e trabalhista das microempresas e das e
DO PROCESSO JUDICIAL mpresas de pequeno
porte somente será exigida para efeito de assinatura
Art. 41. Os processos relativos a impostos e contribuições
do contrato. (Redação dada pela Lei Complementar nº
abrangidos pelo Simples Nacional serão ajuizados em face
da União, que será representada em juízo pela 155, de 2016) Produção de efeito
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, observado o Art. 43. As microempresas e as empresas de pequeno p
disposto no § 5º deste artigo. orte, por ocasião da participação
em certames licitatórios, deverão apresentar
§ 1o Os Estados, Distrito Federal e Municípios prestarão
auxílio à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, em toda a documentação
exigida para efeito de comprovação de
relação aos tributos de sua competência, na forma a ser
regularidade fiscal e trabalhista, mesmo que esta apresent
disciplinada por ato do Comitê Gestor.
e alguma restrição. (Redação dada pela Lei Complementar
§ 2º Os créditos tributários oriundos da aplicação desta Lei nº 155, de 2016) Produção de efeito
Complementar serão apurados, inscritos em Dívida Ativa da
§ 1o Havendo alguma restrição na comprovação
União e cobrados judicialmente pela Procuradoria-Geral da
da regularidade fiscal e trabalhista, será assegurado o pr
Fazenda Nacional, observado o disposto no inciso V do §
azo de cinco dias úteis,
5º deste artigo.
cujo termo inicial corresponderá ao momento em que o pro
§ 3o Mediante convênio, a Procuradoria-Geral da Fazenda ponente for declarado vencedor do certame, prorrogável
Nacional poderá delegar aos Estados e Municípios a por igual período, a critério da administração pública, para
inscrição em dívida ativa estadual e municipal e a cobrança regularização da
judicial dos tributos estaduais e municipais a que se refere documentação, para pagamento ou parcelamento do
esta Lei Complementar. débito e para emissão de eventuais certidões negativas
§ 4o Aplica-se o disposto neste artigo aos impostos e ou positivas com efeito de certidão negativa. (Redação
contribuições que não tenham sido recolhidos resultantes dada pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de
das informações prestadas: efeito

I - no sistema eletrônico de cálculo dos valores devidos no § 2o A não-regularização da documentação, no prazo


Simples Nacional de que trata o § 15 do art. 18; previsto no § 1o deste artigo, implicará decadência do
direito à contratação, sem prejuízo das sanções previstas
II - na declaração a que se refere o art. 25.
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no art. 81 da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, sendo Art. 47. Nas contratações públicas da administração direta e
facultado à Administração convocar os licitantes indireta, autárquica e fundacional, federal, estadual e
remanescentes, na ordem de classificação, para a municipal, deverá ser concedido tratamento diferenciado e
assinatura do contrato, ou revogar a licitação. simplificado para as microempresas e empresas de pequeno
porte objetivando a promoção do desenvolvimento
Art. 44. Nas licitações será assegurada, como critério de
econômico e social no âmbito municipal e regional, a
desempate, preferência de contratação para as
ampliação da eficiência das políticas públicas e o incentivo à
microempresas e empresas de pequeno porte.
inovação tecnológica. (Redação dada pela Lei Complementar
§ 1o Entende-se por empate aquelas situações em que as nº 147, de 2014)
propostas apresentadas pelas microempresas e empresas Parágrafo único. No que diz respeito às compras públicas,
de pequeno porte sejam iguais ou até 10% (dez por cento) enquanto não sobrevier legislação estadual, municipal ou
superiores à proposta mais bem classificada. regulamento específico de cada órgão mais favorável à
microempresa e empresa de pequeno porte, aplica-se a
§ 2o Na modalidade de pregão, o intervalo percentual
legislação federal. (Incluído pela Lei Complementar nº 147,
estabelecido no § 1o deste artigo será de até 5% (cinco por
de 2014)
cento) superior ao melhor preço.
Art. 48. Para o cumprimento do disposto no art. 47 desta
Art. 45. Para efeito do disposto no art. 44 desta Lei
Lei Complementar, a administração pública: (Redação dada
Complementar, ocorrendo o empate, proceder-se-á da
pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
seguinte forma:
I - a microempresa ou empresa de pequeno porte mais bem I - deverá realizar processo licitatório destinado
classificada poderá apresentar proposta de preço inferior exclusivamente à participação de microempresas e
àquela considerada vencedora do certame, situação em que empresas de pequeno porte nos itens de contratação cujo
será adjudicado em seu favor o objeto licitado; valor seja de até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais); (Redação
II - não ocorrendo a contratação da microempresa ou dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
empresa de pequeno porte, na forma do inciso I
II - poderá, em relação aos processos licitatórios destinados
do caput deste artigo, serão convocadas as remanescentes
à aquisição de obras e serviços, exigir dos licitantes a
que porventura se enquadrem na hipótese dos §§ 1o e 2o do
subcontratação de microempresa ou empresa de pequeno
art. 44 desta Lei Complementar, na ordem classificatória,
porte; (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de
para o exercício do mesmo direito;
2014)
III - no caso de equivalência dos valores apresentados pelas
microempresas e empresas de pequeno porte que se III - deverá estabelecer, em certames para aquisição de
encontrem nos intervalos estabelecidos nos §§ 1o e 2o do bens de natureza divisível, cota de até 25% (vinte e cinco
art. 44 desta Lei Complementar, será realizado sorteio entre por cento) do objeto para a contratação de microempresas
elas para que se identifique aquela que primeiro poderá e empresas de pequeno porte. (Redação dada pela Lei
apresentar melhor oferta. Complementar nº 147, de 2014)
§ 1o Na hipótese da não-contratação nos termos previstos § 1o (Revogado). (Redação dada pela Lei Complementar nº
no caput deste artigo, o objeto licitado será adjudicado em 147, de 2014)
favor da proposta originalmente vencedora do certame.
§ 2o Na hipótese do inciso II do caput deste artigo, os
§ 2 O disposto neste artigo somente se aplicará quando a
o
empenhos e pagamentos do órgão ou entidade da
melhor oferta inicial não tiver sido apresentada por administração pública poderão ser destinados diretamente
microempresa ou empresa de pequeno porte. às microempresas e empresas de pequeno porte
subcontratadas.
§ 3o No caso de pregão, a microempresa ou empresa de
pequeno porte mais bem classificada será convocada para § 3o Os benefícios referidos no caput deste artigo poderão,
apresentar nova proposta no prazo máximo de 5 (cinco) justificadamente, estabelecer a prioridade de contratação
minutos após o encerramento dos lances, sob pena de para as microempresas e empresas de pequeno porte
preclusão. sediadas local ou regionalmente, até o limite de 10% (dez
por cento) do melhor preço válido. (Incluído pela Lei
Art. 46. A microempresa e a empresa de pequeno porte
Complementar nº 147, de 2014)
titular de direitos creditórios decorrentes de empenhos
liquidados por órgãos e entidades da União, Estados, Art. 49. Não se aplica o disposto nos arts. 47 e 48 desta Lei
Distrito Federal e Município não pagos em até 30 (trinta) Complementar quando:
dias contados da data de liquidação poderão emitir cédula I - (Revogado); (Redação dada pela Lei Complementar nº
de crédito microempresarial. 147, de 2014) (Produção de efeito)
II - não houver um mínimo de 3 (três) fornecedores
Parágrafo único. (Revogado pela Lei Complementar nº 147,
competitivos enquadrados como microempresas ou
de 2014)
empresas de pequeno porte sediados local ou
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regionalmente e capazes de cumprir as exigências I - da afixação de Quadro de Trabalho em suas


estabelecidas no instrumento convocatório; dependências;
III - o tratamento diferenciado e simplificado para as
II - da anotação das férias dos empregados nos respectivos
microempresas e empresas de pequeno porte não for
livros ou fichas de registro;
vantajoso para a administração pública ou representar
prejuízo ao conjunto ou complexo do objeto a ser III - de empregar e matricular seus aprendizes nos cursos
contratado; dos Serviços Nacionais de Aprendizagem;
IV - a licitação for dispensável ou inexigível, nos termos
IV - da posse do livro intitulado “Inspeção do Trabalho”; e
dos arts. 24 e 25 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993,
excetuando-se as dispensas tratadas pelos incisos I e II do V - de comunicar ao Ministério do Trabalho e Emprego a
art. 24 da mesma Lei, nas quais a compra deverá ser feita concessão de férias coletivas.
preferencialmente de microempresas e empresas de
Art. 52. O disposto no art. 51 desta Lei Complementar não
pequeno porte, aplicando-se o disposto no inciso I do art. 48.
dispensa as microempresas e as empresas de pequeno
(Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
porte dos seguintes procedimentos:
SEÇÃO II
I - anotações na Carteira de Trabalho e Previdência Social -
(REDAÇÃO DADA PELA LEI COMPLEMENTAR Nº 147, DE
CTPS;
2014)
ACESSO AO MERCADO EXTERNO II - arquivamento dos documentos comprobatórios de
cumprimento das obrigações trabalhistas e previdenciárias,
Art. 49-A. A microempresa e a empresa de pequeno porte
enquanto não prescreverem essas obrigações;
beneficiárias do SIMPLES usufruirão de regime de
exportação que contemplará procedimentos simplificados III - apresentação da Guia de Recolhimento do Fundo de
de habilitação, licenciamento, despacho aduaneiro e Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência
câmbio, na forma do regulamento. (Incluído pela Lei Social – GFIP;
Complementar nº 147, de 2014)
IV - apresentação das Relações Anuais de Empregados e da
Parágrafo único. As pessoas jurídicas prestadoras de s Relação Anual de Informações Sociais - RAIS e do Cadastro
erviço de Geral de Empregados e Desempregados - CAGED.
logística internacional, quando contratadas pelas empres
Parágrafo único. (VETADO).
as descritas nesta Lei Complementar,
estão autorizadas a realizar atividades Art. 53. (REVOGADO)
relativas a licenciamento administrativo, SEÇÃO III
despacho aduaneiro, DO ACESSO À JUSTIÇA DO TRABALHO
consolidação e desconsolidação de carga e a contratar segu
ro, câmbio, transporte e Art. 54. É facultado ao empregador de microempresa ou de
armazenagem de mercadorias, objeto da prestação do empresa de pequeno porte fazer-se substituir ou
serviço, de forma simplificada representar perante a Justiça do Trabalho por terceiros que
e por meio eletrônico, na forma de regulamento. (Redação conheçam dos fatos, ainda que não possuam vínculo
dada pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de trabalhista ou societário.
efeito CAPÍTULO VII
Art. 49-B. (VETADO). (Incluído pela Lei Complementar nº DA FISCALIZAÇÃO ORIENTADORA
155, de 2016) Produção de efeito Art. 55. A fiscalização,
CAPÍTULO VI no que se refere aos aspectos trabalhista, metrológico,
DA SIMPLIFICAÇÃO DAS RELAÇÕES DE TRABALHO sanitário, ambiental, de segurança, de relações de
SEÇÃO I consumo e de uso e ocupação do
DA SEGURANÇA E DA MEDICINA DO TRABALHO solo das microempresas e das
empresas de pequeno porte, deverá ser prioritariamente
Art. 50. As microempresas e as empresas de pequeno porte orientadora
serão estimuladas pelo poder público e pelos Serviços quando a atividade ou situação, por sua natureza,
Sociais Autônomos a formar consórcios para acesso a comportar grau de
serviços especializados em segurança e medicina do risco compatível com esse procedimento. (Redação dada
trabalho. pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito
SEÇÃO II § 1o Será observado o critério de dupla visita para lavratura
DAS OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS de autos de infração, salvo quando for constatada infração
Art. 51. As microempresas e as empresas de pequeno porte por falta de registro de empregado ou anotação da Carteira
são dispensadas: de Trabalho e Previdência Social – CTPS, ou, ainda, na
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ocorrência de reincidência, fraude, resistência ou embaraço § 2º A sociedade de propósito específico de que trata este
à fiscalização. artigo:
§ 2o (VETADO). I - terá seus atos arquivados no Registro Público de
Empresas Mercantis;
§ 3o Os órgãos e entidades competentes definirão, em 12
(doze) meses, as atividades e situações cujo grau de risco II - terá por finalidade realizar:
seja considerado alto, as quais não se sujeitarão ao disposto
a) operações de compras para revenda às microempresas
neste artigo.
ou empresas de pequeno porte que sejam suas sócias;
§ 4o O disposto neste artigo não se aplica ao processo
b) operações de venda de bens adquiridos das
administrativo fiscal relativo a tributos, que se dará na
microempresas e empresas de pequeno porte que sejam
forma dos arts. 39 e 40 desta Lei Complementar.
suas sócias para pessoas jurídicas que não sejam suas
§ 5o O disposto no § 1o aplica-se à lavratura de multa pelo sócias;
descumprimento de obrigações acessórias relativas às
III - poderá exercer atividades de promoção dos bens
matérias do caput, inclusive quando previsto seu
referidos na alínea b do inciso II deste parágrafo;
cumprimento de forma unificada com matéria de outra
natureza, exceto a trabalhista. (Incluído pela Lei IV - apurará o imposto de renda das pessoas jurídicas com
Complementar nº 147, de 2014) base no lucro real, devendo manter a escrituração dos
§ 6o A inobservância do critério de dupla visita implica livros Diário e Razão;
nulidade do auto de infração lavrado sem cumprimento ao
V - apurará a Cofins e a Contribuição para o PIS/Pasep de
disposto neste artigo, independentemente da natureza
modo não-cumulativo;
principal ou acessória da obrigação. (Incluído pela Lei
Complementar nº 147, de 2014) VI - exportará, exclusivamente, bens a ela destinados pelas
§ 7o Os órgãos e entidades da administração pública federal, microempresas e empresas de pequeno porte que dela
estadual, distrital e municipal deverão observar o princípio façam parte;
do tratamento diferenciado, simplificado e favorecido por
VII - será constituída como sociedade limitada;
ocasião da fixação de valores decorrentes de multas e
demais sanções administrativas. (Incluído pela Lei VIII - deverá, nas revendas às microempresas ou empresas
Complementar nº 147, de 2014) de pequeno porte que sejam suas sócias, observar preço no
§ 8o A inobservância do disposto no caput deste artigo mínimo igual ao das aquisições realizadas para revenda; e
implica atentado aos direitos e garantias legais assegurados
IX - deverá, nas revendas de bens adquiridos de
ao exercício profissional da atividade empresarial. (Incluído
microempresas ou empresas de pequeno porte que sejam
pela Lei Complementar nº 147, de 2014) suas sócias, observar preço no mínimo igual ao das
§ 9o O disposto no caput deste artigo não se aplica a
aquisições desses bens.
infrações relativas à ocupação irregular da reserva de faixa
não edificável, de área destinada a equipamentos urbanos, § 3º A aquisição de bens destinados à exportação pela
de áreas de preservação permanente e nas faixas de domínio sociedade de propósito específico não gera direito a
público das rodovias, ferrovias e dutovias ou de vias e créditos relativos a impostos ou contribuições abrangidos
logradouros públicos. (Incluído pela Lei Complementar nº pelo Simples Nacional.
147, de 2014) § 4º A microempresa ou a empresa de pequeno porte não
CAPÍTULO VIII poderá participar simultaneamente de mais de uma
DO ASSOCIATIVISMO sociedade de propósito específico de que trata este artigo.
SEÇÃO ÚNICA § 5º A sociedade de propósito específico de que trata este
DA SOCIEDADE DE PROPÓSITO ESPECÍFICO FORMADA POR artigo não poderá:
MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE
OPTANTES PELO SIMPLES NACIONAL I - ser filial, sucursal, agência ou representação, no País, de
pessoa jurídica com sede no exterior;
Art. 56. As microempresas ou as empresas de pequeno
porte poderão realizar negócios de compra e venda de bens II - ser constituída sob a forma de cooperativas, inclusive de
e serviços para os mercados nacional e internacional, por consumo;
meio de sociedade de propósito específico, nos termos e III - participar do capital de outra pessoa jurídica;
condições estabelecidos pelo Poder Executivo federal.
(Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014) IV - exercer atividade de banco comercial, de investimentos
e de desenvolvimento, de caixa econômica, de sociedade
§ 1º Não poderão integrar a sociedade de que trata de crédito, financiamento e investimento ou de crédito
o caput deste artigo pessoas jurídicas não optantes pelo imobiliário, de corretora ou de distribuidora de títulos,
Simples Nacional. valores mobiliários e câmbio, de empresa de arrendamento

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mercantil, de seguros privados e de capitalização ou de pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de
previdência complementar; efeito
V - ser resultante ou remanescente de cisão ou qualquer § 2o O acesso às linhas de crédito específicas previstas
outra forma de desmembramento de pessoa jurídica que no caput deste artigo deverá ter tratamento simplificado e
tenha ocorrido em um dos 5 (cinco) anos-calendário ágil, com divulgação ampla das respectivas condições e
anteriores; exigências. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de
2014)
VI - exercer a atividade vedada às microempresas e
empresas de pequeno porte optantes pelo Simples § 3o (VETADO). (Incluído pela Lei Complementar nº 155, de
Nacional. 2016) Produção de efeito
§ 6º A inobservância do disposto no § 4º deste artigo § 4o O Conselho Monetário Nacional - CMN regulamentar
acarretará a responsabilidade solidária das microempresas á o percentual mínimo de direcionamento dos
ou empresas de pequeno porte sócias da sociedade de recursos de que trata o caput, inclusive no tocante
propósito específico de que trata este artigo na hipótese aos recursos de que trata a alínea b do inciso III do art.
em que seus titulares, sócios ou administradores 10 da Lei no 4.595, de 31 de dezembro de 1964 (Incluído
conhecessem ou devessem conhecer tal inobservância. pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito
§ 7º O Poder Executivo regulamentará o disposto neste Art. 58-A. Os bancos públicos e privados não poderão
artigo até 31 de dezembro de 2008. contabilizar, para cumprimento de metas, empréstimos
realizados a pessoas físicas, ainda que sócios de empresas,
§ 8º (VETADO). (Incluído pela Lei Complementar nº 155, de
como disponibilização de crédito para microempresas e
2016) Produção de efeito
empresas de pequeno porte. (Incluído pela Lei
CAPÍTULO IX Complementar nº 147, de 2014)
DO ESTÍMULO AO CRÉDITO E À CAPITALIZAÇÃO
Art. 59. As instituições referidas no caput do art. 58 desta
SEÇÃO I
Lei Complementar devem se articular com as respectivas
DISPOSIÇÕES GERAIS
entidades de apoio e representação das microempresas e
Art. 57. O Poder Executivo federal proporá, sempre que empresas de pequeno porte, no sentido de proporcionar e
necessário, medidas no sentido de melhorar o acesso das desenvolver programas de treinamento, desenvolvimento
microempresas e empresas de pequeno porte aos gerencial e capacitação tecnológica.
mercados de crédito e de capitais, objetivando a redução
Art. 60. (VETADO).
do custo de transação, a elevação da eficiência alocativa, o
incentivo ao ambiente concorrencial e a qualidade do Art. 60-A. Poderá ser instituído Sistema Nacional de
conjunto informacional, em especial o acesso e Garantias de Crédito pelo Poder Executivo, com o objetivo
portabilidade das informações cadastrais relativas ao de facilitar o acesso das microempresas e empresas de
crédito. pequeno porte a crédito e demais serviços das instituições
financeiras, o qual, na forma de regulamento,
Art. 58. Os bancos comerciais públicos e os
proporcionará a elas tratamento diferenciado, favorecido e
bancos múltiplos públicos com carteira comercial, a Caixa
simplificado, sem prejuízo de atendimento a outros
Econômica Federal e o Banco Nacional do Desenvolvimento
públicos-alvo.
Econômico e Social -
BNDES manterão linhas de crédito específicas para as micro Parágrafo único. O Sistema Nacional de Garantias de
empresas e para as empresas de pequeno porte, vinculadas Crédito integrará o Sistema Financeiro Nacional.
à reciprocidade social, devendo o montante disponível
Art. 60-B. Os fundos garantidores de risco de crédito
e suas condições de acesso ser
empresarial que possuam participação da União na
expressos nos respectivos orçamentos e amplamente divulg
composição do seu capital atenderão, sempre que possível,
ados. (Redação dada pela Lei Complementar nº 155, de
as operações de crédito que envolvam microempresas e
2016) Produção de efeito
empresas de pequeno porte, definidas na forma do art.
§ 1o As instituições mencionadas 3o desta Lei. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de
no caput deste artigo deverão 2014)
publicar, juntamente com os respectivos
Art. 60-C. (VETADO). (Incluído pela Lei Complementar nº
balanços, relatório
147, de 2014)
circunstanciado dos recursos alocados às linhas de crédito r
eferidas no caput e daqueles efetivamente Art. 61. Para fins de apoio creditício às operações de
utilizados, consignando, obrigatoriamente, as comércio exterior das microempresas e das empresas de
justificativas do desempenho alcançado. (Redação dada pequeno porte, serão utilizados os parâmetros de
enquadramento ou outros instrumentos de alta

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significância para as microempresas, empresas de pequeno § 7o O investidor-anjo


porte exportadoras segundo o porte de empresas, somente poderá exercer o direito de resgate
aprovados pelo Mercado Comum do Sul - MERCOSUL. depois de decorridos, no mínimo, dois anos do aporte de
capital, ou prazo superior estabelecido
Art. 61-A. Para incentivar as atividades de inovação e os
no contrato de participação, e seus
investimentos produtivos, a sociedade enquadrada
haveres serão pagos na forma do art. 1.031 da Lei no 10.40
como microempresa
6, de 10 de
ou empresa de pequeno porte, nos termos desta Lei
janeiro de 2002 - Código Civil, não podendo ultrapassar
Complementar, poderá admitir o aporte
o valor investido devidamente corrigido. (Incluído pela Lei
de capital, que não integrará o capital social da empresa.
Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito
(Incluído pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção
de efeito § 8o O disposto no § 7o deste artigo não impede a transfe
rência da titularidade do aporte para terceiros. (Incluído
§ 1o As finalidades de fomento a inovação e investimentos
pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito
produtivos deverão constar do contrato de participação,
com vigência não superior a sete anos. (Incluído pela Lei § 9o A transferência da titularidade do aporte para terceir
Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito o alheio à
sociedade dependerá do consentimento dos sócios, salvo
§ 2o O aporte de capital poderá ser realizado por pesso
estipulação contratual expressa em contrário. (Incluído
a física ou por pessoa jurídica, denominadas investidor-
pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito
anjo. (Incluído pela Lei Complementar nº 155, de 2016)
Produção de efeito § 10. O Ministério da Fazenda poderá regulamentar
a tributação sobre retirada do capital investido. (Incluído
§ 3 A atividade constitutiva do objeto social é exercida uni
o
pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito
camente
por sócios regulares, em seu nome individual e sob su Art. 61-
a exclusiva responsabilidade. (Incluído pela Lei B. A emissão e a titularidade de aportes especiais nã
Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito o impedem a fruição do Simples Nacional. (Incluído pela Lei
Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito
§ 4o O investidor-anjo: (Incluído pela Lei Complementar nº
155, de 2016) Produção de efeito Art. 61-C. Caso os
sócios decidam pela venda da empresa, o investidor-anjo
I - não será considerado sócio nem terá qualquer direito a
terá direito de preferência na aquisição, bem como
gerência ou voto na administração da empresa; (Incluído
direito de venda conjunta da titularidade do aporte de
pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito
capital, nos mesmos termos e condições que forem
II - não responderá ofertados aos sócios regulares. (Incluído pela Lei
por qualquer dívida da empresa, inclusive em Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito
recuperação judicial, não se aplicando a ele o art. 50 da Lei
Art. 61-D. Os fundos de investimento poderão aportar
no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil; (Incluído
capital como investidores-
pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito
anjos em microempresas e empresas de pequeno porte.
III - será remunerado (Incluído pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção
por seus aportes, nos termos do contrato de de efeito
participação, pelo prazo máximo de cinco anos. (Incluído
SEÇÃO II
pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito
DAS RESPONSABILIDADES DO BANCO CENTRAL DO BRASIL
§ 5o Para fins de enquadramento
Art. 62. O Banco Central do Brasil disponibilizará dados e
da sociedade como microempresa
informações das instituições financeiras integrantes do
ou empresa de pequeno porte, os valores de capital aport
Sistema Financeiro Nacional, inclusive por meio do Sistema
ado não são considerados receitas da sociedade. (Incluído
de Informações de Crédito - SCR, de modo a ampliar o
pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito
acesso ao crédito para microempresas e empresas de
§ 6o Ao final de cada período, o investidor-anjo fará jus à pequeno porte e fomentar a competição bancária.
remuneração correspondente aos resultados distribuídos, c (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
onforme contrato de
§ 1o O disposto no caput deste artigo alcança a
participação, não superior a 50% (cinquenta por cento) dos
disponibilização de dados e informações específicas
lucros da sociedade enquadrada como microempresa
relativas ao histórico de relacionamento bancário e
ou empresa de pequeno porte. (Incluído pela Lei
creditício das microempresas e das empresas de pequeno
Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito
porte, apenas aos próprios titulares.

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§ 2o O Banco Central do Brasil poderá garantir o acesso internet que possibilite acesso a informações, orientações,
simplificado, favorecido e diferenciado dos dados e bancos de dados de soluções de informações, respostas
informações constantes no § 1o deste artigo aos seus técnicas, pesquisas e atividades de apoio complementar
respectivos interessados, podendo a instituição optar por desenvolvidas pelas instituições previstas nos incisos II a V
realizá-lo por meio das instituições financeiras, com as deste artigo. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de
quais o próprio cliente tenha relacionamento. 2014)
SEÇÃO III SEÇÃO II
DAS CONDIÇÕES DE ACESSO AOS DEPÓSITOS ESPECIAIS (INCLUÍDO PELA LEI COMPLEMENTAR Nº 167, DE 2019)
DO FUNDO DE AMPARO AO TRABALHADOR – FAT DO APOIO À INOVAÇÃO E DO INOVA SIMPLES DA
EMPRESA SIMPLES DE INOVAÇÃO
Art. 63. O CODEFAT poderá disponibilizar recursos
financeiros por meio da criação de programa específico Art. 65. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
para as cooperativas de crédito de cujos quadros de Municípios, e as respectivas agências de fomento, as ICT, os
cooperados participem microempreendedores, núcleos de inovação tecnológica e as instituições de apoio
empreendedores de microempresa e empresa de pequeno manterão programas específicos para as microempresas e
porte bem como suas empresas. para as empresas de pequeno porte, inclusive quando estas
revestirem a forma de incubadoras, observando-se o
Parágrafo único. Os recursos referidos no caput deste
seguinte:
artigo deverão ser destinados exclusivamente às
microempresas e empresas de pequeno porte. I - as condições de acesso serão diferenciadas, favorecidas e
simplificadas;
SEÇÃO IV
(VETADO) II - o montante disponível e suas condições de acesso
(INCLUÍDO PELA LEI COMPLEMENTAR Nº 155, DE 2016) deverão ser expressos nos respectivos orçamentos e
CAPÍTULO X amplamente divulgados.
DO ESTÍMULO À INOVAÇÃO
§ 1o As instituições deverão publicar, juntamente com as
SEÇÃO I
respectivas prestações de contas, relatório circunstanciado
DISPOSIÇÕES GERAIS
das estratégias para maximização da participação do
Art. 64. Para os efeitos desta Lei Complementar considera- segmento, assim como dos recursos alocados às ações
se: referidas no caput deste artigo e aqueles efetivamente
utilizados, consignando, obrigatoriamente, as justificativas
I - inovação: a concepção de um novo produto ou processo
do desempenho alcançado no período.
de fabricação, bem como a agregação de novas
funcionalidades ou características ao produto ou processo § 2o As pessoas jurídicas referidas no caput deste artigo
que implique melhorias incrementais e efetivo ganho de terão por meta a aplicação de, no mínimo, 20% (vinte por
qualidade ou produtividade, resultando em maior cento) dos recursos destinados à inovação para o
competitividade no mercado; desenvolvimento de tal atividade nas microempresas ou
nas empresas de pequeno porte.
II - agência de fomento: órgão ou instituição de natureza
pública ou privada que tenha entre os seus objetivos o § 3o Os órgãos e entidades integrantes da administração
financiamento de ações que visem a estimular e promover pública federal, estadual e municipal atuantes em pesquisa,
o desenvolvimento da ciência, da tecnologia e da inovação; desenvolvimento ou capacitação tecnológica terão por
meta efetivar suas aplicações, no percentual mínimo fixado
III - Instituição Científica e Tecnológica - ICT: órgão ou
neste artigo, em programas e projetos de apoio às
entidade da administração pública que tenha por missão
microempresas ou às empresas de pequeno porte,
institucional, dentre outras, executar atividades de pesquisa
transmitindo ao Ministério da Ciência, Tecnologia e
básica ou aplicada de caráter científico ou tecnológico;
Inovação, no primeiro trimestre de cada ano, informação
IV - núcleo de inovação tecnológica: núcleo ou órgão relativa aos valores alocados e a respectiva relação
constituído por uma ou mais ICT com a finalidade de gerir percentual em relação ao total dos recursos destinados
sua política de inovação; para esse fim. (Redação dada pela Lei Complementar nº
147, de 2014)
V - instituição de apoio: instituições criadas sob o amparo
da Lei no 8.958, de 20 de dezembro de 1994, com a § 4º Ficam autorizados a reduzir a 0 (zero) as alíquotas dos
finalidade de dar apoio a projetos de pesquisa, ensino e impostos e contribuições a seguir indicados, incidentes na
extensão e de desenvolvimento institucional, científico e aquisição, ou importação, de equipamentos, máquinas,
tecnológico. aparelhos, instrumentos, acessórios, sobressalentes e
ferramentas que os acompanhem, na forma definida em
VI - instrumentos de apoio tecnológico para a inovação:
regulamento, quando adquiridos, ou importados,
qualquer serviço disponibilizado presencialmente ou na

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diretamente por microempresas ou empresas de pequeno Negócios (Redesim), em sítio eletrônico oficial do governo
porte para incorporação ao seu ativo imobilizado: federal, por meio da utilização de formulário digital próprio,
disponível em janela ou ícone intitulado Inova Simples.
I - a União, em relação ao IPI, à Cofins, à Contribuição para
(Incluído pela Lei Complementar nº 167, de 2019)
o PIS/Pasep, à Cofins-Importação e à Contribuição para o
§ 4º Os titulares de empresa submetida ao regime do Inova
PIS/Pasep-Importação; e
Simples preencherão cadastro básico com as seguintes
II - os Estados e o Distrito Federal, em relação ao ICMS. informações: (Incluído pela Lei Complementar nº 167, de
2019)
§ 5º A microempresa ou empresa de pequeno porte,
I - qualificação civil, domicílio e CPF; (Incluído pela Lei
adquirente de bens com o benefício previsto no § 4º deste
Complementar nº 167, de 2019)
artigo, fica obrigada, nas hipóteses previstas em
II - descrição do escopo da intenção empresarial inovadora e
regulamento, a recolher os impostos e contribuições que
definição da razão social, que deverá conter
deixaram de ser pagos, acrescidos de juros e multa, de
obrigatoriamente a expressão “Inova Simples (I.S.)”;
mora ou de ofício, contados a partir da data da aquisição,
(Incluído pela Lei Complementar nº 167, de 2019)
no mercado interno, ou do registro da declaração de
III - autodeclaração, sob as penas da lei, de que o
importação - DI, calculados na forma da legislação que rege
funcionamento da empresa submetida ao regime do Inova
a cobrança do tributo não pago.
Simples não produzirá poluição, barulho e aglomeração de
§ 6o Para efeito da execução do orçamento previsto neste tráfego de veículos, para fins de caracterizar baixo grau de
artigo, os órgãos e instituições poderão alocar os recursos risco, nos termos do § 4º do art. 6º desta Lei Complementar;
destinados à criação e ao custeio de ambientes de (Incluído pela Lei Complementar nº 167, de 2019)
inovação, incluindo incubadoras, parques e centros IV - definição do local da sede, que poderá ser comercial,
vocacionais tecnológicos, laboratórios metrológicos, de residencial ou de uso misto, sempre que não proibido pela
ensaio, de pesquisa ou apoio ao treinamento, bem como legislação municipal ou distrital, admitindo-se a
custeio de bolsas de extensão e remuneração de possibilidade de sua instalação em locais onde funcionam
professores, pesquisadores e agentes envolvidos nas parques tecnológicos, instituições de ensino, empresas
atividades de apoio tecnológico complementar. (Incluído juniores, incubadoras, aceleradoras e espaços
pela Lei Complementar nº 147, de 2014) compartilhados de trabalho na forma de coworking; e
Art. 65-A. É criado o Inova Simples, regime especial (Incluído pela Lei Complementar nº 167, de 2019)
simplificado que concede às iniciativas empresariais de V - em caráter facultativo, a existência de apoio ou validação
caráter incremental ou disruptivo que se autodeclarem de instituto técnico, científico ou acadêmico, público ou
como startups ou empresas de inovação tratamento privado, bem como de incubadoras, aceleradoras e
diferenciado com vistas a estimular sua criação, instituições de ensino, nos parques tecnológicos e afins.
formalização, desenvolvimento e consolidação como (Incluído pela Lei Complementar nº 167, de 2019)
agentes indutores de avanços tecnológicos e da geração de § 5º Realizado o correto preenchimento das informações,
emprego e renda. (Incluído pela Lei Complementar nº 167, será gerado automaticamente número de CNPJ específico,
de 2019) em nome da denominação da empresa Inova Simples, em
§ 1º Para os fins desta Lei Complementar, considera- código próprio Inova Simples. (Incluído pela Lei
se startup a empresa de caráter inovador que visa a Complementar nº 167, de 2019)
aperfeiçoar sistemas, métodos ou modelos de negócio, de § 6º A empresa submetida ao regime do Inova Simples
produção, de serviços ou de produtos, os quais, quando já constituída na forma deste artigo deverá abrir,
existentes, caracterizam startups de natureza incremental, imediatamente, conta bancária de pessoa jurídica, para fins
ou, quando relacionados à criação de algo totalmente novo, de captação e integralização de capital, proveniente de
caracterizam startups de natureza disruptiva. (Incluído pela aporte próprio de seus titulares ou de investidor domiciliado
Lei Complementar nº 167, de 2019) no exterior, de linha de crédito público ou privado e de
§ 2º As startups caracterizam-se por desenvolver suas outras fontes previstas em lei. (Incluído pela Lei
inovações em condições de incerteza que requerem Complementar nº 167, de 2019)
experimentos e validações constantes, inclusive mediante § 7º No portal da Redesim, no espaço destinado ao
comercialização experimental provisória, antes de preenchimento de dados do Inova Simples, deverá ser criado
procederem à comercialização plena e à obtenção de campo ou ícone para comunicação automática ao Instituto
receita. (Incluído pela Lei Complementar nº 167, de 2019) Nacional da Propriedade Industrial (INPI) do conteúdo
§ 3º O tratamento diferenciado a que se refere o caput deste inventivo do escopo da inciativa empresarial, se houver, para
artigo consiste na fixação de rito sumário para abertura e fins de registro de marcas e patentes, sem prejuízo de o
fechamento de empresas sob o regime do Inova Simples, que titular providenciar os registros de propriedade intelectual e
se dará de forma simplificada e automática, no mesmo industrial diretamente, de moto próprio, no INPI. (Incluído
ambiente digital do portal da Rede Nacional para a pela Lei Complementar nº 167, de 2019)
Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e § 8º O INPI deverá criar mecanismo que concatene desde a
recepção dos dados ao processamento sumário das
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solicitações de marcas e patentes de empresas Inova e normas aplicáveis aos processos de certificação em
Simples. (Incluído pela Lei Complementar nº 167, de 2019) seu escopo de atuação. (Incluído pela Lei Complementar nº
§ 9º Os recursos capitalizados não constituirão renda e 155, de 2016) Produção de efeito
destinar-se-ão exclusivamente ao custeio do
CAPÍTULO XI
desenvolvimento de projetos de startup de que trata o § 1º
DAS REGRAS CIVIS E EMPRESARIAIS
deste artigo. (Incluído pela Lei Complementar nº 167, de
SEÇÃO I
2019)
DAS REGRAS CIVIS
§ 10. É permitida a comercialização experimental do serviço
SUBSEÇÃO I
ou produto até o limite fixado para o MEI nesta Lei
DO PEQUENO EMPRESÁRIO
Complementar. (Incluído pela Lei Complementar nº 167, de
2019) Art. 68. Considera-se pequeno empresário, para efeito de
§ 11. Na eventualidade de não lograr êxito no aplicação do disposto nos arts. 970 e 1.179 da Lei
desenvolvimento do escopo pretendido, a baixa do CNPJ nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), o
será automática, mediante procedimento de autodeclaração empresário individual caracterizado como microempresa na
no portal da Redesim. (Incluído pela Lei Complementar nº forma desta Lei Complementar que aufira receita bruta
167, de 2019) anual até o limite previsto no § 1o do art. 18-A.
§ 12. (VETADO). (Incluído pela Lei Complementar nº 167, de
SUBSEÇÃO II
2019)
(VETADO).
§ 13. O disposto neste artigo será regulamentado pelo
Comitê Gestor do Simples Nacional. (Incluído pela Lei Art. 69. (VETADO).
Complementar nº 167, de 2019) SEÇÃO II
Art. 66. No primeiro trimestre do ano subseqüente, os DAS DELIBERAÇÕES SOCIAIS E DA ESTRUTURA
órgãos e entidades a que alude o art. 67 desta Lei ORGANIZACIONAL
Complementar transmitirão ao Ministério da Ciência e Art. 70. As microempresas e as empresas de pequeno porte
Tecnologia relatório circunstanciado dos projetos são desobrigadas da realização de reuniões e assembléias
realizados, compreendendo a análise do desempenho em qualquer das situações previstas na legislação civil, as
alcançado. quais serão substituídas por deliberação representativa do
Art. 67. Os órgãos congêneres ao Ministério da Ciência e primeiro número inteiro superior à metade do capital
Tecnologia estaduais e municipais deverão elaborar e social.
divulgar relatório anual indicando o valor dos recursos § 1o O disposto no caput deste artigo não se aplica caso
recebidos, inclusive por transferência de terceiros, que haja disposição contratual em contrário, caso ocorra
foram aplicados diretamente ou por organizações hipótese de justa causa que enseje a exclusão de sócio ou
vinculadas, por Fundos Setoriais e outros, no segmento das caso um ou mais sócios ponham em risco a continuidade da
microempresas e empresas de pequeno porte, retratando e
empresa em virtude de atos de inegável gravidade.
avaliando os resultados obtidos e indicando as previsões de
ações e metas para ampliação de sua participação no § 2o Nos casos referidos no § 1o deste artigo, realizar-se-á
exercício seguinte. reunião ou assembléia de acordo com a legislação civil.
SEÇÃO III Art. 71. Os empresários e as sociedades de que trata esta
DO APOIO À CERTIFICAÇÃO Lei Complementar, nos termos da legislação civil, ficam
(INCLUÍDO PELA LEI COMPLEMENTAR Nº 155, DE dispensados da publicação de qualquer ato societário.
2016) PRODUÇÃO DE EFEITO SEÇÃO III
Art. 67-A. O órgão competente DO NOME EMPRESARIAL
do Poder Executivo disponibilizará na internet informações Art. 72. (Revogado pela Lei Complementar nº 155, de
sobre certificação de qualidade de produtos e 2016) (Vigência)
processos para microempresas e empresas de
pequeno porte. (Incluído pela Lei Complementar nº 155, de SEÇÃO IV
2016) Produção de efeito DO PROTESTO DE TÍTULOS
Parágrafo único. Os órgãos da administração Art. 73. O protesto de título, quando o devedor for
direta e indireta e as entidades certificadoras privadas, microempresário ou empresa de pequeno porte, é sujeito
responsáveis pela criação, regulação e gestão de às seguintes condições:
processos de certificação de qualidade de produtos e I - sobre os emolumentos do tabelião não incidirão
processos, deverão, sempre que solicitados, disponibilizar quaisquer acréscimos a título de taxas, custas e
ao órgão competente do Poder Executivo informações contribuições para o Estado ou Distrito Federal, carteira de
referentes a procedimentos previdência, fundo de custeio de atos gratuitos, fundos
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especiais do Tribunal de Justiça, bem como de associação SEÇÃO II


de classe, criados ou que venham a ser criados sob DA CONCILIAÇÃO PRÉVIA, MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM
qualquer título ou denominação, ressalvada a cobrança do
Art. 75. As microempresas e empresas de pequeno porte
devedor das despesas de correio, condução e publicação de
deverão ser estimuladas a utilizar os institutos de
edital para realização da intimação;
conciliação prévia, mediação e arbitragem para solução dos
II - para o pagamento do título em cartório, não poderá ser seus conflitos.
exigido cheque de emissão de estabelecimento bancário,
§ 1o Serão reconhecidos de pleno direito os acordos
mas, feito o pagamento por meio de cheque, de emissão de
celebrados no âmbito das comissões de conciliação prévia.
estabelecimento bancário ou não, a quitação dada pelo
tabelionato de protesto será condicionada à efetiva § 2o O estímulo a que se refere o caput deste artigo
liquidação do cheque; compreenderá campanhas de divulgação, serviços de
esclarecimento e tratamento diferenciado, simplificado e
III - o cancelamento do registro de protesto, fundado no
favorecido no tocante aos custos administrativos e
pagamento do título, será feito independentemente de
honorários cobrados.
declaração de anuência do credor, salvo no caso de
impossibilidade de apresentação do original protestado; SEÇÃO III
DAS PARCERIAS
IV - para os fins do disposto no caput e nos incisos I, II e III
do caput deste artigo, o devedor deverá provar sua Art. 75-A. Para fazer face às demandas originárias do
qualidade de microempresa ou de empresa de pequeno estímulo previsto nos arts. 74 e 75 desta Lei Complementar,
porte perante o tabelionato de protestos de títulos, entidades privadas, públicas, inclusive o Poder Judiciário,
mediante documento expedido pela Junta Comercial ou poderão firmar parcerias entre si, objetivando a instalação
pelo Registro Civil das Pessoas Jurídicas, conforme o caso; ou utilização de ambientes propícios para a realização dos
procedimentos inerentes a busca da solução de conflitos.
V - quando o pagamento do título ocorrer com cheque sem
a devida provisão de fundos, serão automaticamente Art. 75-B. (VETADO). (Incluído pela Lei Complementar nº
suspensos pelos cartórios de protesto, pelo prazo de 1 (um) 155, de 2016) Produção de efeito
ano, todos os benefícios previstos para o devedor neste
CAPÍTULO XIII
artigo, independentemente da lavratura e registro do
DO APOIO E DA REPRESENTAÇÃO
respectivo protesto.
Art. 76. Para o cumprimento do disposto nesta Lei
Art. 73-A. São vedadas cláusulas contratuais relativas à
Complementar, bem como para desenvolver e acompanhar
limitação da emissão ou circulação de títulos de crédito ou
políticas públicas voltadas às microempresas e empresas de
direitos creditórios originados de operações de compra e
pequeno porte, o poder público, em consonância com o
venda de produtos e serviços por microempresas e
Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de
empresas de pequeno porte. (Incluído pela Lei
Pequeno Porte, sob a coordenação da Secretaria da Micro e
Complementar nº 147, de 2014)
Pequena Empresa da Presidência da República, deverá
CAPÍTULO XII incentivar e apoiar a criação de fóruns com participação dos
DO ACESSO À JUSTIÇA órgãos públicos competentes e das entidades vinculadas ao
SEÇÃO I setor. (Redação dada pela Lei nº 12.792, de 2013)
DO ACESSO AOS JUIZADOS ESPECIAIS
Parágrafo único. A Secretaria da Micro e Pequena Empresa
Art. 74. Aplica-se às microempresas e às empresas de da Presidência da República coordenará com as entidades
pequeno porte de que trata esta Lei Complementar o representativas das microempresas e empresas de pequeno
disposto no § 1º do art. 8º da Lei nº 9.099, de 26 de porte a implementação dos fóruns regionais nas unidades
setembro de 1995, e no inciso I do caput do art. 6º da Lei da federação. (Redação dada pela Lei nº 12.792, de 2013)
nº 10.259, de 12 de julho de 2001, as quais, assim como as
Art. 76-A. As instituições de representação e apoio
pessoas físicas capazes, passam a ser admitidas como
empresarial deverão promover programas de
proponentes de ação perante o Juizado Especial, excluídos
sensibilização, de informação, de orientação e apoio, de
os cessionários de direito de pessoas jurídicas.
educação fiscal, de regularidade dos contratos de trabalho
Art. 74-A. O Poder Judiciário, especialmente por meio do e de adoção de sistemas informatizados e eletrônicos,
Conselho Nacional de Justiça - CNJ, e o Ministério da Justiça como forma de estímulo à formalização de
implementarão medidas para disseminar o tratamento empreendimentos, de negócios e empregos, à ampliação da
diferenciado e favorecido às microempresas e empresas de competitividade e à disseminação do associativismo entre
pequeno porte em suas respectivas áreas de competência. as microempresas, os microempreendedores individuais, as
(Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014) empresas de pequeno porte e equiparados. (Incluído pela
Lei Complementar nº 147, de 2014)

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CAPÍTULO XIV § 5o (VETADO)


DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
§ 6o (VETADO)
Art. 77. Promulgada esta Lei Complementar, o Comitê
§ 7o (VETADO)
Gestor expedirá, em 30 (trinta) meses, as instruções que se
fizerem necessárias à sua execução. § 8o (VETADO)
§ 1o O Ministério do Trabalho e Emprego, a Secretaria da § 9º O parcelamento de que trata o caput deste artigo não
Receita Federal, a Secretaria da Receita Previdenciária, os se aplica na hipótese de reingresso de microempresa ou
Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão editar, empresa de pequeno porte no Simples Nacional.
em 1 (um) ano, as leis e demais atos necessários para
Art. 79-A. (VETADO)
assegurar o pronto e imediato tratamento jurídico
Art. 79-B. Excepcionalmente para os fatos geradores
diferenciado, simplificado e favorecido às microempresas e
ocorridos em julho de 2007, os tributos apurados na forma
às empresas de pequeno porte.
dos arts. 18 a 20 desta Lei Complementar deverão ser pagos
§ 2º A administração direta e indireta federal, estadual e até o último dia útil de agosto de 2007.
municipal e as entidades paraestatais acordarão, no prazo Art. 79-C. A microempresa e a empresa de pequeno porte
previsto no § 1º deste artigo, as providências necessárias à que, em 30 de junho de 2007, se enquadravam no regime
adaptação dos respectivos atos normativos ao disposto previsto na Lei no 9.317, de 5 de dezembro de 1996, e que
nesta Lei Complementar. não ingressaram no regime previsto no art. 12 desta Lei
Complementar sujeitar-se-ão, a partir de 1o de julho de
§ 3o (VETADO).
2007, às normas de tributação aplicáveis às demais pessoas
§ 4o O Comitê Gestor regulamentará o disposto no inciso I jurídicas.
do § 6o do art. 13 desta Lei Complementar até 31 de § 1o Para efeito do disposto no caput deste artigo, o sujeito
dezembro de 2008. passivo poderá optar pelo recolhimento do Imposto sobre a
§ 5o A partir de 1o de janeiro de 2009, perderão eficácia as Renda da Pessoa Jurídica – IRPJ e da Contribuição Social
substituições tributárias que não atenderem à disciplina sobre o Lucro Líquido - CSLL na forma do lucro real, trimestral
estabelecida na forma do § 4o deste artigo. ou anual, ou do lucro presumido.
§ 6o O Comitê de que trata o inciso III do caput do art. § 2o A opção pela tributação com base no lucro presumido
2o desta Lei Complementar expedirá, até 31 de dezembro de dar-se-á pelo pagamento, no vencimento, do IRPJ e da CSLL
2009, as instruções que se fizerem necessárias relativas a sua devidos, correspondente ao 3o (terceiro) trimestre de 2007
competência. e, no caso do lucro real anual, com o pagamento do IRPJ e da
CSLL relativos ao mês de julho de 2007 com base na
Art. 78. (REVOGADO)
estimativa mensal.
Art. 79. Será concedido, para ingresso no Simples Nacional, Art. 79-D Excepcionalmente, para os fatos geradores
parcelamento, em até 100 (cem) parcelas mensais e ocorridos entre 1o de julho de 2007 e 31 de dezembro de
sucessivas, dos débitos com o Instituto Nacional do Seguro 2008, as pessoas jurídicas que exerçam atividade sujeita
Social – INSS, ou com as Fazendas Públicas federal, estadual simultaneamente à incidência do IPI e do ISS deverão
ou municipal, de responsabilidade da microempresa ou recolher o ISS diretamente ao Município em que este
empresa de pequeno porte e de seu titular ou sócio, com imposto é devido até o último dia útil de fevereiro de 2009,
vencimento até 30 de junho de 2008. aplicando-se, até esta data, o disposto no parágrafo único do
art. 100 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código
§ 1o O valor mínimo da parcela mensal será de R$ 100,00
Tributário Nacional - CTN.
(cem reais), considerados isoladamente os débitos para
Art. 79-E. A empresa de pequeno porte optante pelo
com a Fazenda Nacional, para com a Seguridade Social,
Simples
para com a Fazenda dos Estados, dos Municípios ou do
Nacional em 31 de dezembro de 2017 que durante o ano-
Distrito Federal.
calendário de 2017 auferir receita bruta total anual entre R$
§ 2o Esse parcelamento alcança inclusive débitos inscritos 3.600.000,01 (três milhões,
em dívida ativa. seiscentos mil reais e um centavo) e R$ 4.800.000,00 (quatr
o milhões e oitocentos mil reais) continuará automatica
§ 3o O parcelamento será requerido à respectiva Fazenda
mente incluída no Simples
para com a qual o sujeito passivo esteja em débito.
Nacional com efeitos a partir de 1o de janeiro de 2018,
§ 3º-A O parcelamento deverá ser requerido no prazo ressalvado o direito de
estabelecido em regulamentação do Comitê Gestor. exclusão por comunicação da optante. (Redação dada pela
§ 4o Aplicam-se ao disposto neste artigo as demais regras Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito
vigentes para parcelamento de tributos e contribuições Art. 80. O art. 21 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, fica
federais, na forma regulamentada pelo Comitê Gestor. acrescido dos seguintes §§ 2o e 3o, passando o parágrafo
único a vigorar como § 1o:

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“Art. 21 o período em que o segurado contribuinte individual ou


§ 2º É de 11% (onze por cento) sobre o valor correspondente facultativo tiver contribuído na forma do § 2º do art. 21 da
ao limite mínimo mensal do salário-de-contribuição a Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, salvo se tiver
alíquota de contribuição do segurado contribuinte individual complementado as contribuições na forma do § 3o do
que trabalhe por conta própria, sem relação de trabalho com mesmo artigo.” (NR)
empresa ou equiparado, e do segurado facultativo que Art. 83. O art. 94 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, fica
optarem pela exclusão do direito ao benefício de acrescido do seguinte § 2o, passando o parágrafo único a
aposentadoria por tempo de contribuição. vigorar como § 1o:
§ 3o O segurado que tenha contribuído na forma do § “Art. 94
2o deste artigo e pretenda contar o tempo de contribuição § 2º Não será computado como tempo de contribuição, para
correspondente para fins de obtenção da aposentadoria por efeito dos benefícios previstos em regimes próprios de
tempo de contribuição ou da contagem recíproca do tempo previdência social, o período em que o segurado
de contribuição a que se refere o art. 94 da Lei no 8.213, de contribuinte individual ou facultativo tiver contribuído na
24 de julho de 1991, deverá complementar a contribuição forma do § 2º do art. 21 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de
mensal mediante o recolhimento de mais 9% (nove por 1991, salvo se complementadas as contribuições na forma
cento), acrescido dos juros moratórios de que trata o do § 3o do mesmo artigo.” (NR)
disposto no art. 34 desta Lei.” (NR) Art. 84. O art. 58 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT,
Art. 81. O art. 45 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1o de maio de 1943,
passa a vigorar com as seguintes alterações: passa a vigorar acrescido do seguinte § 3o:
“Art. 45 “Art. 58
§ 2º Para apuração e constituição dos créditos a que se § 3º Poderão ser fixados, para as microempresas e empresas
refere o § 1o deste artigo, a Seguridade Social utilizará como de pequeno porte, por meio de acordo ou convenção
base de incidência o valor da média aritmética simples dos coletiva, em caso de transporte fornecido pelo empregador,
maiores salários-de-contribuição, reajustados, em local de difícil acesso ou não servido por transporte
correspondentes a 80% (oitenta por cento) de todo o público, o tempo médio despendido pelo empregado, bem
período contributivo decorrido desde a competência julho como a forma e a natureza da remuneração.” (NR)
de 1994. Art. 85. (VETADO).
§ 4º Sobre os valores apurados na forma dos §§ 2o e 3o deste Art. 85-A. Caberá ao Poder Público Municipal designar
artigo incidirão juros moratórios de 0,5% (zero vírgula cinco Agente de Desenvolvimento para a efetivação do disposto
por cento) ao mês, capitalizados anualmente, limitados ao nesta Lei Complementar, observadas as especificidades
percentual máximo de 50% (cinqüenta por cento), e multa locais.
de 10% (dez por cento).
§ 1º A função de Agente de Desenvolvimento caracteriza-
§ 7º A contribuição complementar a que se refere o § 3o do
se pelo exercício de articulação das ações públicas para a
art. 21 desta Lei será exigida a qualquer tempo, sob pena de
promoção do desenvolvimento local e territorial, mediante
indeferimento do benefício.” (NR)
ações locais ou comunitárias, individuais ou coletivas, que
Art. 82. A Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, passa a vigorar
visem ao cumprimento das disposições e diretrizes contidas
com as seguintes alterações:
nesta Lei Complementar, sob supervisão do órgão gestor
“Art. 9o
local responsável pelas políticas de desenvolvimento.
§ 1º O Regime Geral de Previdência Social - RGPS garante a
cobertura de todas as situações expressas no art. 1o desta § 2º O Agente de Desenvolvimento deverá preencher os
Lei, exceto as de desemprego involuntário, objeto de lei seguintes requisitos:
específica, e de aposentadoria por tempo de contribuição
I - residir na área da comunidade em que atuar;
para o trabalhador de que trata o § 2o do art. 21 da Lei
no 8.212, de 24 de julho de 1991.” (NR) II - haver concluído, com aproveitamento, curso de
“Art qualificação básica para a formação de Agente de
I- Desenvolvimento; e
c) aposentadoria por tempo de contribuição;
III - possuir formação ou experiência compatível com a
§ 3º O segurado contribuinte individual, que trabalhe por função a ser exercida; (Redação dada pela Lei Complementar
conta própria, sem relação de trabalho com empresa ou
nº 147, de 2014)
equiparado, e o segurado facultativo que contribuam na
IV - ser preferencialmente servidor efetivo do Município.
forma do § 2º do art. 21 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de
(Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
1991, não farão jus à aposentadoria por tempo de
§ 3o A Secretaria da Micro e Pequena Empresa da
contribuição.” (NR)
Presidência da República juntamente com as entidades
“Art. 55 municipalistas e de apoio e representação empresarial
§ 4º Não será computado como tempo de contribuição, para prestarão suporte aos referidos agentes na forma de
efeito de concessão do benefício de que trata esta subseção, capacitação, estudos e pesquisas, publicações, promoção de

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intercâmbio de informações e experiências. (Redação dada Alíquotas e Partilha do Simples Nacional – Comércio
pela Lei nº 12.792, de 2013)
Receita Bruta em 12 Alíquota Valor a
Art. 86. As matérias tratadas nesta Lei Complementar que
Meses (em R$) Deduzir (em
não sejam reservadas constitucionalmente a lei
R$)
complementar poderão ser objeto de alteração por lei
ordinária.
1a Faixa Até 180.000,00 4,00% -
Art. 87. O § 1º do art. 3º da Lei Complementar nº 63, de 11
de janeiro de 1990, passa a vigorar com a seguinte redação: 2a Faixa De 180.000,01 a 7,30% 5.940,00
“Art. 3 o 360.000,00

§ 1º O valor adicionado corresponderá, para cada 3a Faixa De 360.000,01 a 9,50% 13.860,00


Município: 720.000,00
I - ao valor das mercadorias saídas, acrescido do valor das
prestações de serviços, no seu território, deduzido o valor 4a Faixa De 720.000,01 a 10,70% 22.500,00
das mercadorias entradas, em cada ano civil; 1.800.000,00
II - nas hipóteses de tributação simplificada a que se refere
5a Faixa De 14,30% 87.300,00
o parágrafo único do art. 146 da Constituição Federal, e, em
1.800.000,01 a
outras situações, em que se dispensem os controles de
3.600.000,00
entrada, considerar-se-á como valor adicionado o
percentual de 32% (trinta e dois por cento) da receita
6a Faixa De 19,00% 378.000,00
bruta.” (NR)
3.600.000,01 a
Art. 87-A. Os Poderes Executivos da União, Estados, Distrito 4.800.000,00
Federal e Municípios expedirão, anualmente, até o dia 30
de novembro, cada um, em seus respectivos âmbitos de
competência, decretos de consolidação da regulamentação
aplicável relativamente às microempresas e empresas de Percentual d
pequeno porte. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de
2014) Faixas IRPJ CSLL Cofins
Art. 88. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de
sua publicação, ressalvado o regime de tributação das 1a Faixa 5,50% 3,50% 12,74%
microempresas e empresas de pequeno porte, que entra
em vigor em 1o de julho de 2007. 2a Faixa 5,50% 3,50% 12,74%
Art. 89. Ficam revogadas, a partir de 1o de julho de
3a Faixa 5,50% 3,50% 12,74%
2007, a Lei nº 9.317, de 5 de dezembro de 1996, e a Lei nº
9.841, de 5 de outubro de 1999.
4a Faixa 5,50% 3,50% 12,74%
Brasília, 14 de dezembro de 2006; 185º da Independência e
118º da República. 5a Faixa 5,50% 3,50% 12,74%
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Guido Mantega 6a Faixa 13,50% 10,00% 28,27%
Luiz Marinho
Luiz Fernando Furlan
Dilma Rousseff ANEXO II DA LEI COMPLEMENTAR No 123, DE 14 DE
Este texto não substitui o publicado no DOU de 15.12.2006, DEZEMBRO DE 2006
republicado em 31.1.2009, republicado em 31.1.2012 e (Redação dada pela Lei Complementar nº 155, de
republicado em 6.3.2012. 2016) Produção de efeito

ANEXO I DA LEI COMPLEMENTAR No 123, DE 14 DE (Vigência: 01/01/2018)


DEZEMBRO DE 2006 Alíquotas e Partilha do Simples Nacional – Indústria
(Redação dada pela Lei Complementar nº 155, de
2016) Produção de efeito
(Vigência: 01/01/2018)

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Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Receitas de


Valor a
Receita Bruta em 12 locação de bens móveis e de prestação de serviços não
Alíquota Deduzir (em
Meses (em R$) relacionados no § 5o-C do art. 18 desta Lei Complementar
R$)
Receita Bruta em 12 Alíquota Valor a
1a Faixa Até 180.000,00 4,50% -
Meses (em R$) Deduzir (em
R$)
2a Faixa De 180.000,01
7,80% 5.940,00
a 360.000,00
1a Faixa Até 180.000,00 6,00% –
3a Faixa De 360.000,01
10,00% 13.860,00 2a Faixa De 180.000,01 a
a 720.000,00 11,20% 9.360,00
360.000,00
4a Faixa De 720.000,01
11,20% 22.500,00 3a Faixa De 360.000,01 a
a 1.800.000,00 13,50% 17.640,00
720.000,00
5a Faixa De
4a Faixa De 720.000,01 a
1.800.000,01 a 14,70% 85.500,00 16,00% 35.640,00
1.800.000,00
3.600.000,00
5a Faixa De
6a Faixa De
1.800.000,01 a 21,00% 125.640,00
3.600.000,01 a 30,00% 720.000,00
3.600.000,00
4.800.000,00
6a Faixa De
3.600.000,01 a 33,00% 648.000,00
4.800.000,00
Faixa Percentual de Repartição dos Tributos
s
IRPJ CSLL Cofin PIS/Pa CPP IPI ICMS
s sep
Faixas Percentual de Repartição dos Tributos
1a Fai 5,50 3,50 11,5 2,49% 37,5 7,50 32,0
IRPJ CSLL Cofin PIS/Pa CPP ISS (*)
xa % % 1% 0% % 0%
s sep
2a Fai 5,50 3,50 11,5 2,49% 37,5 7,50 32,0
1a Faix 4,00% 3,50 12,82 2,78% 43,40 33,50
xa % % 1% 0% % 0%
a % % % %
3a Fai 5,50 3,50 11,5 2,49% 37,5 7,50 32,0
2a Faix 4,00% 3,50 14,05 3,05% 43,40 32,00
xa % % 1% 0% % 0%
a % % % %
4a Fai 5,50 3,50 11,5 2,49% 37,5 7,50 32,0
3a Faix 4,00% 3,50 13,64 2,96% 43,40 32,50
xa % % 1% 0% % 0%
a % % % %
5a Fai 5,50 3,50 11,5 2,49% 37,5 7,50 32,0
4a Faix 4,00% 3,50 13,64 2,96% 43,40 32,50
xa % % 1% 0% % 0%
a % % % %
6a Fai 8,50 7,50 20,9 4,54% 23,5 35,0 -
5a Faix 4,00% 3,50 12,82 2,78% 43,40 33,50
xa % % 6% 0% 0%
a % % % % (*)
ANEXO III DA LEI COMPLEMENTAR No 123, DE 14
DE DEZEMBRO DE 2006 6a Faix 35,00 15,00 16,03 3,47% 30,50 –
(Redação dada pela Lei Complementar nº 155, de a % % % %
2016) Produção de efeito
(*) O percentual efetivo máximo devido ao ISS será de 5%,
(Vigência: 01/01/2018)
transferindo-se a diferença, de forma proporcional, aos
tributos federais da mesma faixa de receita bruta anual.

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Sendo assim, na 5a faixa, quando a alíquota efetiva for


18,80
superior a 14,92537%, a repartição será: 1a Faixa 15,20% 17,67% 3,83% 44,50%
%
IRPJ CSLL Cofin PIS/Pa CPP ISS
19,80
s sep 2a Faixa 15,20% 20,55% 4,45% 40,00%
%
5a Faixa, (Alíq (Alíqu (Alíqu (Alíqu (Alíqu Percen
20,80
com uota ota ota ota ota tual de 3a Faixa 15,20% 19,73% 4,27% 40,00%
%
efeti efetiv efetiv efetiv efetiv ISS fixo
alíquota
va – a– a– a– a– em 5%
efetiva 17,80
4a Faixa 19,20% 18,90% 4,10% 40,00%
superior 5%) 5%) x 5%) x 5%) x 5%) x %
a x
5,26 19,28 4,18% 65,26
14,92537 6,02 % % % 18,80 40,00%
5a Faixa 19,20% 18,08% 3,92%
% % % (*)

ANEXO IV DA LEI COMPLEMENTAR No 123, DE 14 DE 53,50


6a Faixa 21,50% 20,55% 4,45% -
DEZEMBRO DE 2006 %
(Redação dada pela Lei Complementar nº 155, de
2016) Produção de efeito (*) O percentual efetivo máximo devido ao ISS será de 5%,
transferindo-se a diferença, de forma proporcional, aos
(Vigência: 01/01/2018) tributos federais da mesma faixa de receita bruta anual.
Alíquotas e Partilha do Simples Nacional – Receitas Sendo assim, na 5a faixa, quando a alíquota efetiva for
decorrentes da prestação de serviços relacionados no § 5o-C superior a 12,5%, a repartição será:
do art. 18 desta Lei Complementar
PIS/Pas
Faixa IRPJ CSLL Cofins ISS
Receita Bruta em 12 Valor a ep
Meses (em R$) Alíquota Deduzir (em
R$) 5a Faixa, Alíquo (Alíquo (Alíquo Alíquot Percent
comalíqu ta ta ta a ual de
1a Faixa Até 180.000,00 4,50% - ota efetiva efetiva efetiva efetiva ISS fixo
efetiva – 5%) x – 5%) x – 5%) x – 5%) x em 5%
2a Faixa De 180.000,01 superior 31,33 32,00% 30,13% 6,54%
9,00% 8.100,00 a 12,5% %
a 360.000,00
ANEXO V DA LEI COMPLEMENTAR No 123, DE 14 DE
3a Faixa De 360.000,01 DEZEMBRO DE 2006.
10,20% 12.420,00
a 720.000,00 (Redação dada pela Lei Complementar nº 155, de
2016) Produção de efeito
4a Faixa De 720.000,01
14,00% 39.780,00 (Vigência: 01/01/2018)
a 1.800.000,00
Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Receitas
5a Faixa De decorrentes da prestação de serviços relacionados no § 5o-I
1.800.000,01 a 22,00% 183.780,00 do art. 18 desta Lei Complementar
3.600.000,00
Receita Bruta em 12 Alíquota Valor a
6a Faixa De Meses (em R$) Deduzir (em
3.600.000,01 a 33,00% 828.000,00 R$)
4.800.000,00
1a Faixa Até 180.000,00 15,50% -

2a Faixa De 180.000,01 a 18,00% 4.500,00


Faixas Percentual de Repartição dos Tributos 360.000,00

PIS/Pas 3a Faixa De 360.000,01 a 19,50% 9.900,00


IRPJ CSLL Cofins ISS (*)
ep 720.000,00

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por órgãos federais, estaduais e distrital, com as seguintes


4a Faixa De 720.000,01 a 20,50% 17.100,00
finalidades: (Redação dada pela Lei nº 13.833,de 2019)
1.800.000,00
I - dar garantia, publicidade, autenticidade, segurança e
5a Faixa De 23,00% 62.100,00 eficácia aos atos jurídicos das empresas mercantis,
1.800.000,01 a submetidos a registro na forma desta lei;
3.600.000,00
II - cadastrar as empresas nacionais e estrangeiras em
funcionamento no País e manter atualizadas as informações
6a Faixa De 30,50% 540.000,00 pertinentes;
3.600.000,01 a
4.800.000,00 III - proceder à matrícula dos agentes auxiliares do comércio,
bem como ao seu cancelamento.
Art. 2º Os atos das firmas mercantis individuais e das
sociedades mercantis serão arquivados no Registro Público
Faixas Percentual de Repartição dos Tributos de Empresas Mercantis e Atividades Afins,
independentemente de seu objeto, salvo as exceções
IRPJ CSLL Cofins PIS/Pas CPP ISS previstas em lei.
ep
Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 13.874, de 2019)
1 Faix 25,00
a
15,00 14,10 3,05% 28,85 14,00 SEÇÃO II
a % % % % % DA ORGANIZAÇÃO

2a Faix 23,00 15,00 14,10 3,05% 27,85 17,00 Art. 3º Os serviços do Registro Público de Empresas
a % % % % % Mercantis e Atividades Afins serão exercidos, em todo o
território nacional, de maneira uniforme, harmônica e
interdependente, pelo Sistema Nacional de Registro de
3a Faix 24,00 15,00 14,92 3,23% 23,85 19,00
Empresas Mercantis (Sinrem), composto pelos seguintes
a % % % % %
órgãos:
4a Faix 21,00 15,00 15,74 3,41% 23,85 21,00 I - o Departamento Nacional de Registro Empresarial e
a % % % % % Integração, órgão central do Sinrem, com as seguintes
funções: (Redação dada pela Lei nº 13.833,de 2019)
5a Faix 23,00 12,50 14,10 3,05% 23,85 23,50
a) supervisora, orientadora, coordenadora e normativa, na
a % % % % %
área técnica; e (Redação dada pela Lei nº 13.833,de 2019)
6a Faix 35,00 15,50 16,44 3,56% 29,50 - b) supletiva, na área administrativa; e (Redação dada pela
a % % % % Lei nº 13.833,de 2019)
II - as Juntas Comerciais, como órgãos locais, com funções
Lei nº 8.934/1994 executora e administradora dos serviços de registro.
SUBSEÇÃO I
Dispõe sobre o Registro Público de Empresas Mercantis e (Redação Dada Pela Lei Nº 13.833,de 2019)
Atividades Afins e dá outras providências. DO DEPARTAMENTO NACIONAL DE REGISTRO
EMPRESARIAL E INTEGRAÇÃO
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Faço saber que o Congresso Art. 4º O Departamento Nacional de Registro Empresarial e
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei: Integração (Drei) da Secretaria de Governo Digital da
TÍTULO I Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo
DO REGISTRO PÚBLICO DE EMPRESAS MERCANTIS E Digital do Ministério da Economia tem por
ATIVIDADES AFINS finalidade: (Redação dada pela Lei nº 13.874, de 2019)
CAPÍTULO I I - supervisionar e coordenar, no plano técnico, os órgãos
DAS FINALIDADES E DA ORGANIZAÇÃO incumbidos da execução dos serviços de Registro Público de
SEÇÃO I Empresas Mercantis e Atividades Afins;
DAS FINALIDADES II - estabelecer e consolidar, com exclusividade, as normas e
Art. 1º O Registro Público de Empresas Mercantis e diretrizes gerais do Registro Público de Empresas Mercantis
Atividades Afins, observado o disposto nesta Lei, será e Atividades Afins;
exercido em todo o território nacional, de forma sistêmica,
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III - solucionar dúvidas ocorrentes na interpretação das leis, Registro Empresarial e Integração, nos termos desta
regulamentos e demais normas relacionadas com o registro Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.833,de 2019)
de empresas mercantis, baixando instruções para esse fim;
Parágrafo único. (Revogado). (Redação dada pela Lei nº
IV - prestar orientação às Juntas Comerciais, com vistas à 13.833,de 2019)
solução de consultas e à observância das normas legais e
Art. 7º As juntas comerciais poderão desconcentrar os seus
regulamentares do Registro Público de Empresas Mercantis
serviços, mediante convênios com órgãos públicos e
e Atividades Afins;
entidades privadas sem fins lucrativos, preservada a
V - exercer ampla fiscalização jurídica sobre os órgãos competência das atuais delegacias.
incumbidos do Registro Público de Empresas Mercantis e
Art. 8º Às Juntas Comerciais incumbe:
Atividades Afins, representando para os devidos fins às
autoridades administrativas contra abusos e infrações das I - executar os serviços previstos no art. 32 desta lei;
respectivas normas, e requerendo tudo o que se afigurar
II - elaborar a tabela de preços de seus serviços, observadas
necessário ao cumprimento dessas normas;
as normas legais pertinentes;
VI - estabelecer normas procedimentais de arquivamento de
III - processar a habilitação e a nomeação dos tradutores
atos de firmas mercantis individuais e sociedades mercantis
públicos e intérpretes comerciais;
de qualquer natureza;
IV - elaborar os respectivos Regimentos Internos e suas
VII promover ou providenciar, supletivamente, as medidas
alterações, bem como as resoluções de caráter
tendentes a suprir ou corrigir as ausências, falhas ou
administrativo necessárias ao fiel cumprimento das normas
deficiências dos serviços de Registro Público de Empresas
legais, regulamentares e regimentais;
Mercantis e Atividades Afins;
V - expedir carteiras de exercício profissional de pessoas
VIII - prestar colaboração técnica e financeira às juntas
legalmente inscritas no Registro Público de Empresas
comerciais para a melhoria dos serviços pertinentes ao
Mercantis e Atividades Afins;
Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins;
VI - o assentamento dos usos e práticas mercantis.
IX - organizar e manter atualizado o cadastro nacional das
empresas mercantis em funcionamento no País, com a Art. 9º A estrutura básica das juntas comerciais será
cooperação das juntas comerciais; integrada pelos seguintes órgãos:
X - instruir, examinar e encaminhar os processos e recursos I - a Presidência, como órgão diretivo e representativo;
a serem decididos pelo Ministro de Estado da Indústria, do
II - o Plenário, como órgão deliberativo superior;
Comércio e do Turismo, inclusive os pedidos de autorização
para nacionalização ou instalação de filial, agência, sucursal III - as Turmas, como órgãos deliberativos inferiores;
ou estabelecimento no País, por sociedade estrangeira, sem
IV - a Secretaria-Geral, como órgão administrativo;
prejuízo da competência de outros órgãos federais;
V - a Procuradoria, como órgão de fiscalização e de consulta
XI - promover e elaborar estudos e publicações e realizar
jurídica.
reuniões sobre temas pertinentes ao Registro Público de
Empresas Mercantis e Atividades Afins. (Redação dada pela § 1º As juntas comerciais poderão ter uma assessoria
Lei nº 13.833,de 2019) técnica, com a competência de preparar e relatar os
documentos a serem submetidos à sua deliberação, cujos
Parágrafo único. O cadastro nacional a que se refere o inciso
membros deverão ser bacharéis em Direito, Economistas,
IX do caput deste artigo será mantido com as informações
Contadores ou Administradores.
originárias do cadastro estadual de empresas, vedados a
exigência de preenchimento de formulário pelo empresário § 2º As juntas comerciais, por seu plenário, poderão resolver
ou o fornecimento de novos dados ou informações, bem pela criação de delegacias, órgãos locais do registro do
como a cobrança de preço pela inclusão das informações no comércio, nos termos da legislação estadual respectiva.
cadastro nacional. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
Art. 10. O Plenário, composto de Vogais e respectivos
SUBSEÇÃO II suplentes, será constituído pelo mínimo de onze e no
DAS JUNTAS COMERCIAIS máximo de vinte e três Vogais. (Redação dada pela Lei nº
10.194, de 14.2.2001)
Art. 5º Haverá uma junta comercial em cada unidade
federativa, com sede na capital e jurisdição na área da Art. 11. Os vogais e os respectivos suplentes serão
circunscrição territorial respectiva. nomeados, salvo disposição em contrário, pelos governos
dos Estados e do Distrito Federal, dentre brasileiros que
Art. 6º As juntas comerciais subordinam-se, atendam às seguintes condições: (Redação dada pela Lei nº
administrativamente, ao governo do respectivo ente 13.833,de 2019)
federativo e, tecnicamente, ao Departamento Nacional de
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I - estejam em pleno gozo dos direitos civis e políticos; Art. 14. O vogal será substituído por seu suplente durante os
impedimentos e, no caso de vaga, até o final do mandato.
II - não estejam condenados por crime cuja pena vede o
acesso a cargo, emprego e funções públicas, ou por crime de Art. 15. São incompatíveis para a participação no colégio de
prevaricação, falência fraudulenta, peita ou suborno, vogais da mesma junta comercial os parentes consangüíneos
concussão, peculato, contra a propriedade, a fé pública e a e afins até o segundo grau e os sócios da mesma empresa.
economia popular;
Parágrafo único. Em caso de incompatibilidade, serão
III - sejam, ou tenham sido, por mais de cinco anos, titulares seguidos, para a escolha dos membros, sucessivamente, os
de firma mercantil individual, sócios ou administradores de critérios da precedência na nomeação, da precedência na
sociedade mercantil, valendo como prova, para esse fim, posse, ou do membro mais idoso.
certidão expedida pela junta comercial;
Art. 16. O mandato de vogal e respectivo suplente será de 4
IV - estejam quites com o serviço militar e o serviço eleitoral. (quatro) anos, permitida apenas uma recondução.
Parágrafo único. Qualquer pessoa poderá representar Art. 17. O vogal ou seu suplente perderá o mandato nos
fundadamente à autoridade competente contra a nomeação seguintes casos:
de vogal ou suplente, contrária aos preceitos desta lei, no
I - mais de 3 (três) faltas consecutivas às sessões, ou 12 (doze)
prazo de quinze dias, contados da data da posse.
alternadas no mesmo ano, sem justo motivo;
Art. 12. Os vogais e respectivos suplentes serão escolhidos
II - por conduta incompatível com a dignidade do cargo.
da seguinte forma:
Art. 18. Na sessão inaugural do plenário das juntas
I - a metade do número de vogais e suplentes será designada
comerciais, que iniciará cada período de mandato, serão
mediante indicação de nomes, em listas tríplices, pelas
distribuídos os vogais por turmas de três membros cada
entidades patronais de grau superior e pelas Associações
uma, com exclusão do presidente e do vice-presidente.
Comerciais, com sede na jurisdição da junta;
Art. 19. Ao plenário compete o julgamento dos processos em
II - um Vogal e respectivo suplente, representando a União,
grau de recurso, nos termos previstos no regulamento desta
por nomeação do Ministro de Estado do Desenvolvimento,
lei.
Indústria e Comércio Exterior; (Redação dada pela Lei nº
10.194, de 14.2.2001) Art. 20. As sessões ordinárias do plenário e das turmas
efetuar-se-ão com a periodicidade e do modo determinado
III – quatro vogais e respectivos suplentes representando a
no regimento da junta comercial; e as extraordinárias,
classe dos advogados, a dos economistas, a dos contadores
sempre justificadas, por convocação do presidente ou de
e a dos administradores, todos mediante indicação, em lista
dois terços dos seus membros.
tríplice, do Conselho Seccional ou Regional do Órgão
Corporativo dessas categorias profissionais; (Redação dada Art. 21. Compete às turmas julgar, originariamente, os
pela Lei nº 9.829, de 1999) pedidos relativos à execução dos atos de registro.
IV - os demais vogais e suplentes serão designados, nos Art. 22. Compete aos respectivos governadores a nomeação
Estados e no Distrito Federal, por livre escolha dos para os cargos em comissão de presidente e vice-presidente
respectivos governadores. (Redação dada pela Lei nº das juntas comerciais dos Estados e do Distrito Federal,
13.833,de 2019) escolhidos dentre os vogais do Plenário. (Redação dada pela
Lei nº 13.833,de 2019)
§ 1º Os vogais e respectivos suplentes de que tratam os
incisos II e III deste artigo ficam dispensados da prova do Art. 23. Compete ao presidente:
requisito previsto no inciso III do art. 11, mas exigir-se-á a
I - a direção e representação geral da junta;
prova de mais de 5 (cinco) anos de efetivo exercício da
profissão em relação aos vogais e suplentes de que trata o II - dar posse aos vogais, convocar e dirigir as sessões do
inciso III. Plenário, superintender todos os serviços e velar pelo fiel
cumprimento das normas legais e regulamentares.
§ 2º As listas referidas neste artigo devem ser remetidas até
60 (sessenta) dias antes do término do mandato, caso Art. 24. Ao vice-presidente incumbe substituir o presidente
contrário será considerada, com relação a cada entidade que em suas faltas ou impedimentos e efetuar a correição
se omitir na remessa, a última lista que não inclua pessoa permanente dos serviços, na forma do regulamento desta
que exerça ou tenha exercido mandato de vogal. lei.
Art. 13. Os vogais serão remunerados por presença, nos Art. 25. Compete aos respectivos governadores a nomeação
termos da legislação da unidade federativa a que pertencer para o cargo em comissão de secretário-geral das juntas
a junta comercial. comerciais dos Estados e do Distrito Federal, e a escolha
deverá recair sobre brasileiros de notória idoneidade moral

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e com conhecimentos em direito empresarial. (Redação c) dos atos concernentes a empresas mercantis estrangeiras
dada pela Lei nº 13.833,de 2019) autorizadas a funcionar no Brasil;
Art. 26. À secretaria-geral compete a execução dos serviços d) das declarações de microempresa;
de registro e de administração da junta.
e) de atos ou documentos que, por determinação legal,
Art. 27. As procuradorias serão compostas de 1 (um) ou mais sejam atribuídos ao Registro Público de Empresas Mercantis
procuradores e chefiadas pelo procurador que for designado e Atividades Afins ou daqueles que possam interessar ao
pelo governador do Estado ou do Distrito Federal. (Redação empresário e às empresas mercantis;
dada pela Lei nº 13.833,de 2019)
III - a autenticação dos instrumentos de escrituração das
Art. 28. A procuradoria tem por atribuição fiscalizar e empresas mercantis registradas e dos agentes auxiliares do
promover o fiel cumprimento das normas legais e comércio, na forma de lei própria.
executivas, oficiando, internamente, por sua iniciativa ou
§ 1º Os atos, os documentos e as declarações que
mediante solicitação da presidência, do plenário e das
contenham informações meramente cadastrais serão
turmas; e, externamente, em atos ou feitos de natureza
levados automaticamente a registro se puderem ser obtidos
jurídica, inclusive os judiciais, que envolvam matéria do
de outras bases de dados disponíveis em órgãos
interesse da junta.
públicos. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
CAPÍTULO II
§ 2º Ato do Departamento Nacional de Registro Empresarial
DA PUBLICIDADE DO REGISTRO PÚBLICO DE EMPRESAS e Integração definirá os atos, os documentos e as
MERCANTIS E ATIVIDADES AFINS declarações que contenham informações meramente
SEÇÃO I cadastrais. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 33. A proteção ao nome empresarial decorre
Art. 29. Qualquer pessoa, sem necessidade de provar automaticamente do arquivamento dos atos constitutivos
interesse, poderá consultar os assentamentos existentes nas de firma individual e de sociedades, ou de suas alterações.
juntas comerciais e obter certidões, mediante pagamento do
preço devido. § 1º (Vetado).

Art. 30. A forma, prazo e procedimento de expedição de § 2º (Vetado).


certidões serão definidos no regulamento desta lei. Art. 34. O nome empresarial obedecerá aos princípios da
SEÇÃO II veracidade e da novidade.
DA PUBLICAÇÃO DOS ATOS SEÇÃO II
DAS PROIBIÇÕES DE ARQUIVAMENTO
Art. 31. Os atos decisórios serão publicados em sítio da rede
mundial de computadores da junta comercial do respectivo Art. 35. Não podem ser arquivados:
ente federativo. (Redação dada pela Lei nº 13.874, de
I - os documentos que não obedecerem às prescrições legais
2019)
ou regulamentares ou que contiverem matéria contrária aos
CAPÍTULO III bons costumes ou à ordem pública, bem como os que
DOS ATOS PERTINENTES AO REGISTRO PÚBLICO DE colidirem com o respectivo estatuto ou contrato não
EMPRESAS MERCANTIS E ATIVIDADES AFINS modificado anteriormente;
SEÇÃO I II - os documentos de constituição ou alteração de empresas
DA COMPREENSÃO DOS ATOS mercantis de qualquer espécie ou modalidade em que figure
Art. 32. O registro compreende: como titular ou administrador pessoa que esteja condenada
pela prática de crime cuja pena vede o acesso à atividade
I - a matrícula e seu cancelamento: dos leiloeiros, tradutores mercantil;
públicos e intérpretes comerciais, trapicheiros e
administradores de armazéns-gerais; III - os atos constitutivos de empresas mercantis que, além
das cláusulas exigidas em lei, não designarem o respectivo
II - O arquivamento: capital, bem como a declaração precisa de seu objeto, cuja
a) dos documentos relativos à constituição, alteração, indicação no nome empresarial é facultativa;
dissolução e extinção de firmas mercantis individuais, IV - a prorrogação do contrato social, depois de findo o prazo
sociedades mercantis e cooperativas; nele fixado;
b) dos atos relativos a consórcio e grupo de sociedade de que V - os atos de empresas mercantis com nome idêntico ou
trata a Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976; semelhante a outro já existente;

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VI - a alteração contratual, por deliberação majoritária do sociedades referidas nas alíneas a, b e d do inciso II do art.
capital social, quando houver cláusula restritiva; 32.
VII - os contratos sociais ou suas alterações em que haja Art. 38. Para cada empresa mercantil, a junta comercial
incorporação de imóveis à sociedade, por instrumento organizará um prontuário com os respectivos documentos.
particular, quando do instrumento não constar:
SUBSEÇÃO II
a) a descrição e identificação do imóvel, sua área, dados DAS AUTENTICAÇÕES
relativos à sua titulação, bem como o número da matrícula
no registro imobiliário; Art. 39. As juntas comerciais autenticarão:

b) a outorga uxória ou marital, quando necessária; I - os instrumentos de escrituração das empresas mercantis
e dos agentes auxiliares do comércio;
VIII - (revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.874, de
2019) II - as cópias dos documentos assentados.

Parágrafo único. O registro dos atos constitutivos e de suas Parágrafo único. Os instrumentos autenticados, não
alterações e extinções ocorrerá independentemente de retirados no prazo de 30 (trinta) dias, contados da sua
autorização governamental prévia, e os órgãos públicos apresentação, poderão ser eliminados.
deverão ser informados pela Rede Nacional para a Art. 39-A. A autenticação dos documentos de empresas de
Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e qualquer porte realizada por meio de sistemas públicos
Negócios (Redesim) a respeito dos registros sobre os quais eletrônicos dispensa qualquer outra. (Incluído pela Lei
manifestarem interesse. (Redação dada pela Lei nº Complementar nº 147, de 2014)
13.874, de 2019)
Art. 39-B. A comprovação da autenticação de documentos e
SEÇÃO III da autoria de que trata esta Lei poderá ser realizada por meio
DA ORDEM DOS SERVIÇOS eletrônico, na forma do regulamento. (Incluído pela Lei
SUBSEÇÃO I Complementar nº 147, de 2014)
DA APRESENTAÇÃO DOS ATOS E ARQUIVAMENTO SUBSEÇÃO III
Art. 36. Os documentos referidos no inciso II do art. 32 DO EXAME DAS FORMALIDADES
deverão ser apresentados a arquivamento na junta, dentro
Art. 40. Todo ato, documento ou instrumento apresentado a
de 30 (trinta) dias contados de sua assinatura, a cuja data
arquivamento será objeto de exame do cumprimento das
retroagirão os efeitos do arquivamento; fora desse prazo, o
formalidades legais pela junta comercial.
arquivamento só terá eficácia a partir do despacho que o
conceder. § 1º Verificada a existência de vício insanável, o
requerimento será indeferido; quando for sanável, o
Art. 37. Instruirão obrigatoriamente os pedidos de
processo será colocado em exigência.
arquivamento:
§ 2º As exigências formuladas pela junta comercial deverão
I - o instrumento original de constituição, modificação ou
ser cumpridas em até 30 (trinta) dias, contados da data da
extinção de empresas mercantis, assinado pelo titular, pelos
ciência pelo interessado ou da publicação do despacho.
administradores, sócios ou seus procuradores;
§ 3º O processo em exigência será entregue completo ao
II - declaração do titular ou administrador, firmada sob as
interessado; não devolvido no prazo previsto no parágrafo
penas da lei, de não estar impedido de exercer o comércio
anterior, será considerado como novo pedido de
ou a administração de sociedade mercantil, em virtude de
arquivamento, sujeito ao pagamento dos preços dos serviços
condenação criminal; (Redação dada pela Lei nº 10.194,
correspondentes.
de 14.2.2001) (Vide Lei nº 9.841, de 1999)
SUBSEÇÃO IV
III - a ficha cadastral de acordo com o modelo aprovado pelo
DO PROCESSO DECISÓRIO
Departamento Nacional de Registro Empresarial e
Integração; (Redação dada pela Lei nº 13.833,de 2019) Art. 41. Estão sujeitos ao regime de decisão colegiada pelas
IV - os comprovantes de pagamento dos preços dos serviços juntas comerciais, na forma desta lei:
correspondentes; I - o arquivamento:
V - a prova de identidade dos titulares e dos administradores a) dos atos de constituição de sociedades
da empresa mercantil. anônimas; (Redação dada pela Lei nº 13.874, de 2019)
Parágrafo único. Além dos referidos neste artigo, nenhum b) dos atos referentes à transformação, incorporação, fusão
outro documento será exigido das firmas individuais e e cisão de empresas mercantis;

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c) dos atos de constituição e alterações de consórcio e de § 6º Após a análise de que trata o § 5º deste artigo, a
grupo de sociedades, conforme previsto na Lei nº 6.404, de identificação da existência de vício acarretará: (Incluído
15 de dezembro de 1976; pela Lei nº 13.874, de 2019)
II - o julgamento do recurso previsto nesta lei. I - o cancelamento do arquivamento, se o vício for insanável;
ou (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
Parágrafo único. Os pedidos de arquivamento de que trata o
inciso I do caput deste artigo serão decididos no prazo de 5 II - a observação do procedimento estabelecido pelo Drei, se
(cinco) dias úteis, contado da data de seu recebimento, sob o vício for sanável. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
pena de os atos serem considerados arquivados, mediante
Art. 43. (Revogado pela Lei nº 13.874, de 2019)
provocação dos interessados, sem prejuízo do exame das
formalidades legais pela procuradoria. (Incluído pela Lei nº SUBSEÇÃO V
13.874, de 2019) DO PROCESSO REVISIONAL
Art. 42. Os atos próprios do Registro Público de Empresas Art. 44. O processo revisional pertinente ao Registro Público
Mercantis e Atividades Afins, não previstos no artigo de Empresas Mercantis e Atividades Afins dar-se-á
anterior, serão objeto de decisão singular proferida pelo mediante:
presidente da junta comercial, por vogal ou servidor que
possua comprovados conhecimentos de Direito Comercial e I - Pedido de Reconsideração;
de Registro de Empresas Mercantis. II - Recurso ao Plenário;
§ 1º. Os vogais e servidores habilitados a proferir decisões III - Recurso ao Departamento Nacional de Registro
singulares serão designados pelo presidente da junta Empresarial e Integração. (Redação dada pela Lei nº
comercial. (Redação dada pela Lei nº 13.874, de 2019) 13.874, de 2019)
§ 2º Os pedidos de arquivamento não previstos no inciso I Art. 45. O Pedido de Reconsideração terá por objeto obter a
do caput do art. 41 desta Lei serão decididos no prazo de 2 revisão de despachos singulares ou de Turmas que formulem
(dois) dias úteis, contado da data de seu recebimento, sob exigências para o deferimento do arquivamento e será
pena de os atos serem considerados arquivados, mediante apresentado no prazo para cumprimento da exigência para
provocação dos interessados, sem prejuízo do exame das apreciação pela autoridade recorrida em 3 (três) dias úteis
formalidades legais pela procuradoria. (Incluído pela Lei nº ou 5 (cinco) dias úteis, respectivamente. (Redação dada
13.874, de 2019) pela Lei nº 11.598, de 2007)
§ 3º O arquivamento dos atos constitutivos e de alterações Art. 46. Das decisões definitivas, singulares ou de turmas,
não previstos no inciso I do caput do art. 41 desta Lei terá o cabe recurso ao plenário, que deverá ser decidido no prazo
registro deferido automaticamente caso cumpridos os máximo de 30 (trinta) dias, a contar da data do recebimento
requisitos de: (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) da peça recursal, ouvida a procuradoria, no prazo de 10 (dez)
I - aprovação da consulta prévia da viabilidade do nome dias, quando a mesma não for a recorrente.
empresarial e da viabilidade de localização, quando o ato Art. 47. Das decisões do plenário cabe recurso ao
exigir; e (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) Departamento Nacional de Registro Empresarial e
II - utilização pelo requerente do instrumento padrão Integração como última instância administrativa. (Redação
estabelecido pelo Departamento Nacional de Registro dada pela Lei nº 13.874, de 2019)
Empresarial e Integração (Drei) da Secretaria de Governo Parágrafo único. (Revogado). (Redação dada pela Lei nº
Digital da Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e 13.874, de 2019)
Governo Digital do Ministério da Economia. (Incluído pela
Lei nº 13.874, de 2019) Art. 48. Os recursos serão indeferidos liminarmente pelo
presidente da junta quando assinados por procurador sem
§ 4º O arquivamento dos atos de extinção não previstos no mandato ou, ainda, quando interpostos fora do prazo ou
inciso I do caput do art. 41 desta Lei terá o registro deferido antes da decisão definitiva, devendo ser, em qualquer caso,
automaticamente no caso de utilização pelo requerente do anexados ao processo.
instrumento padrão estabelecido pelo Drei. (Incluído pela
Lei nº 13.874, de 2019) Art. 49. Os recursos de que trata esta lei não têm efeito
suspensivo.
§ 5º Nas hipóteses de que tratam os §§ 3º e 4º
do caput deste artigo, a análise do cumprimento das Art. 50. Todos os recursos previstos nesta lei deverão ser
formalidades legais será feita posteriormente, no prazo de 2 interpostos no prazo de 10 (dez) dias úteis, cuja fluência
(dois) dias úteis, contado da data do deferimento começa na data da intimação da parte ou da publicação do
automático do registro. (Incluído pela Lei nº 13.874, de ato no órgão oficial de publicidade da junta comercial.
2019)

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Art. 51. A procuradoria e as partes interessadas, quando for consecutivos deverá comunicar à junta comercial que deseja
o caso, serão intimadas para, no mesmo prazo de 10 (dez) manter-se em funcionamento.
dias, oferecerem contra-razões.
§ 1º Na ausência dessa comunicação, a empresa mercantil
TÍTULO II será considerada inativa, promovendo a junta comercial o
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS cancelamento do registro, com a perda automática da
CAPÍTULO I proteção ao nome empresarial.
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS § 2º A empresa mercantil deverá ser notificada previamente
Art. 52. (Vetado). pela junta comercial, mediante comunicação direta ou por
edital, para os fins deste artigo.
Art. 53. As alterações contratuais ou estatutárias poderão
ser efetivadas por escritura pública ou particular, § 3º A junta comercial fará comunicação do cancelamento às
independentemente da forma adotada no ato constitutivo. autoridades arrecadadoras, no prazo de até dez dias.

Art. 54. A prova da publicidade de atos societários, quando § 4º A reativação da empresa obedecerá aos mesmos
exigida em lei, será feita mediante anotação nos registros da procedimentos requeridos para sua constituição.
junta comercial à vista da apresentação da folha do Diário Art. 61. O fornecimento de informações cadastrais aos
Oficial, em sua versão eletrônica, dispensada a juntada da órgãos executores do Registro Público de Empresas
mencionada folha. (Redação dada pela Lei nº 13.874, de Mercantis e Atividades Afins desobriga as firmas individuais
2019) e sociedades de prestarem idênticas informações a outros
Art. 55. Compete ao Departamento Nacional de Registro órgãos ou entidades das Administrações Federal, Estadual
Empresarial e Integração propor a elaboração da tabela de ou Municipal.
preços dos serviços pertinentes ao Registro Público de Parágrafo único. O Departamento Nacional de Registro
Empresas Mercantis, na parte relativa aos atos de natureza Empresarial e Integração manterá à disposição dos órgãos ou
federal, bem como especificar os atos a serem observados das entidades de que trata este artigo os seus serviços de
pelas juntas comerciais na elaboração de suas tabelas cadastramento de empresas mercantis. (Redação dada pela
locais. (Redação dada pela Lei nº 13.874, de 2019) Lei nº 13.833,de 2019)
§ 1º As isenções de preços de serviços restringem-se aos Art. 62. (Revogado pela Lei nº 13.833,de 2019)
casos previstos em lei. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
Art. 63. Os atos levados a arquivamento nas juntas
§ 2º É vedada a cobrança de preço pelo serviço de comerciais são dispensados de reconhecimento de firma,
arquivamento dos documentos relativos à extinção do exceto quando se tratar de procuração.
registro do empresário individual, da empresa individual de
responsabilidade limitada (Eireli) e da sociedade § 1º A cópia de documento, autenticada na forma prevista
limitada. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) em lei, dispensará nova conferência com o documento
original. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
Art. 56. Os documentos arquivados pelas juntas comerciais
não serão retirados, em qualquer hipótese, de suas § 2º A autenticação do documento poderá ser realizada por
dependências, ressalvado o previsto no art. 58 desta lei. meio de comparação entre o documento original e a sua
cópia pelo servidor a quem o documento seja
Art. 57. Os atos de empresas, após microfilmados ou apresentado. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
preservada a sua imagem por meios tecnológicos mais
avançados, poderão ser devolvidos pela juntas comerciais, § 3º Fica dispensada a autenticação a que se refere o § 1º
conforme dispuser o regulamento. do caput deste artigo quando o advogado ou o contador da
parte interessada declarar, sob sua responsabilidade
Art. 58. Os processos em exigência e os documentos pessoal, a autenticidade da cópia do documento. (Incluído
deferidos e com a imagem preservada postos à disposição pela Lei nº 13.874, de 2019)
dos interessados e não retirados em 60 (sessenta) dias da
publicação do respectivo despacho poderão ser eliminados Art. 64. A certidão dos atos de constituição e de alteração de
pelas juntas comerciais, exceto os contratos e suas sociedades mercantis, passada pelas juntas comerciais em
alterações, que serão devolvidos aos interessados mediante que foram arquivados, será o documento hábil para a
recibo. transferência, por transcrição no registro público
competente, dos bens com que o subscritor tiver contribuído
Art. 59. Expirado o prazo da sociedade celebrada por tempo para a formação ou aumento do capital social.
determinado, esta perderá a proteção do seu nome
empresarial.
Art. 60. A firma individual ou a sociedade que não proceder
a qualquer arquivamento no período de dez anos

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CAPÍTULO II participação é facultada como meio de realizar o objeto


DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS social, ou para beneficiar-se de incentivos fiscais.
Art. 65. As juntas comerciais adaptarão os respectivos Denominação
regimentos ou regulamentos às disposições desta lei no Art. 3º A sociedade será designada por denominação
prazo de 180 (cento e oitenta) dias. acompanhada das expressões "companhia" ou "sociedade
Art. 65-A. Os atos de constituição, alteração, transformação, anônima", expressas por extenso ou abreviadamente mas
incorporação, fusão, cisão, dissolução e extinção de registro vedada a utilização da primeira ao final.
de empresários e de pessoas jurídicas poderão ser realizados § 1º O nome do fundador, acionista, ou pessoa que por
também por meio de sistema eletrônico criado e mantido qualquer outro modo tenha concorrido para o êxito da
pela administração pública federal. (Incluído pela Lei nº empresa, poderá figurar na denominação.
13.874, de 2019)
§ 2º Se a denominação for idêntica ou semelhante a de
Art. 66. (Vetado). companhia já existente, assistirá à prejudicada o direito de
Art. 67. Esta lei será regulamentada pelo Poder Executivo no requerer a modificação, por via administrativa (artigo 97) ou
prazo de 90 (noventa) dias e entrará em vigor na data da sua em juízo, e demandar as perdas e danos resultantes.
publicação, revogadas as Leis nºs 4.726, de 13 de julho de Companhia Aberta e Fechada
1965, 6.939, de 09 de setembro de 1981, 6.054, de 12 de
junho de 1974, o § 4º do art. 71 da Lei nº 4.215, de 27 de Art. 4o Para os efeitos desta Lei, a companhia é aberta ou
abril de 1963, acrescentado pela Lei nº 6.884, de 09 de fechada conforme os valores mobiliários de sua emissão
dezembro de 1980, e a Lei nº 8.209, de 18 de julho de 1991. estejam ou não admitidos à negociação no mercado de
valores mobiliários. (Redação dada pela Lei nº 10.303, de
Brasília, 18 de novembro de 1994; 173º da Independência e 2001)
106º da República.
§ 1o Somente os valores mobiliários de emissão de
ITAMAR FRANCO companhia registrada na Comissão de Valores Mobiliários
Ciro Ferreira Gomes podem ser negociados no mercado de valores
Elcio Álvares mobiliários. (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)

Lei nº 6.404/1976 § 2o Nenhuma distribuição pública de valores mobiliários


será efetivada no mercado sem prévio registro na Comissão
de Valores Mobiliários. (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001)
Dispõe sobre as Sociedades por Ações.
§ 3o A Comissão de Valores Mobiliários poderá classificar as
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso companhias abertas em categorias, segundo as espécies e
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: classes dos valores mobiliários por ela emitidos negociados
no mercado, e especificará as normas sobre companhias
CAPÍTULO I abertas aplicáveis a cada categoria. (Incluído pela Lei nº
CARACTERÍSTICAS E NATUREZA DA COMPANHIA OU 10.303, de 2001)
SOCIEDADE ANÔNIMA
§ 4o O registro de companhia aberta para negociação de
Características ações no mercado somente poderá ser cancelado se a
companhia emissora de ações, o acionista controlador ou a
Art. 1º A companhia ou sociedade anônima terá o capital sociedade que a controle, direta ou indiretamente, formular
dividido em ações, e a responsabilidade dos sócios ou oferta pública para adquirir a totalidade das ações em
acionistas será limitada ao preço de emissão das ações circulação no mercado, por preço justo, ao menos igual ao
subscritas ou adquiridas. valor de avaliação da companhia, apurado com base nos
Objeto Social critérios, adotados de forma isolada ou combinada, de
patrimônio líquido contábil, de patrimônio líquido avaliado a
Art. 2º Pode ser objeto da companhia qualquer empresa de preço de mercado, de fluxo de caixa descontado, de
fim lucrativo, não contrário à lei, à ordem pública e aos bons comparação por múltiplos, de cotação das ações no mercado
costumes. de valores mobiliários, ou com base em outro critério aceito
§ 1º Qualquer que seja o objeto, a companhia é mercantil e pela Comissão de Valores Mobiliários, assegurada a revisão
se rege pelas leis e usos do comércio. do valor da oferta, em conformidade com o disposto no art.
4o-A. (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001)
§ 2º O estatuto social definirá o objeto de modo preciso e
completo. § 5o Terminado o prazo da oferta pública fixado na
regulamentação expedida pela Comissão de Valores
§ 3º A companhia pode ter por objeto participar de outras
Mobiliários, se remanescerem em circulação menos de 5%
sociedades; ainda que não prevista no estatuto, a
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(cinco por cento) do total das ações emitidas pela CAPÍTULO II


companhia, a assembléia-geral poderá deliberar o resgate CAPITAL SOCIAL
dessas ações pelo valor da oferta de que trata o § 4o, desde SEÇÃO I
que deposite em estabelecimento bancário autorizado pela VALOR
Comissão de Valores Mobiliários, à disposição dos seus
titulares, o valor de resgate, não se aplicando, nesse caso, o Fixação no Estatuto e Moeda
disposto no § 6o do art. 44. (Incluído pela Lei nº 10.303, de Art. 5º O estatuto da companhia fixará o valor do capital
2001) social, expresso em moeda nacional.
§ 6o O acionista controlador ou a sociedade controladora Parágrafo único. A expressão monetária do valor do capital
que adquirir ações da companhia aberta sob seu controle social realizado será corrigida anualmente (artigo 167).
que elevem sua participação, direta ou indireta, em
determinada espécie e classe de ações à porcentagem que, Alteração
segundo normas gerais expedidas pela Comissão de Valores Art. 6º O capital social somente poderá ser modificado com
Mobiliários, impeça a liquidez de mercado das ações observância dos preceitos desta Lei e do estatuto social
remanescentes, será obrigado a fazer oferta pública, por (artigos 166 a 174).
preço determinado nos termos do § 4o, para aquisição da
totalidade das ações remanescentes no mercado. (Incluído SEÇÃO II
pela Lei nº 10.303, de 2001) FORMAÇÃO
Art. 4o-A. Na companhia aberta, os titulares de, no mínimo, Dinheiro e Bens
10% (dez por cento) das ações em circulação no mercado
Art. 7º O capital social poderá ser formado com
poderão requerer aos administradores da companhia que
contribuições em dinheiro ou em qualquer espécie de bens
convoquem assembléia especial dos acionistas titulares de
suscetíveis de avaliação em dinheiro.
ações em circulação no mercado, para deliberar sobre a
realização de nova avaliação pelo mesmo ou por outro Avaliação
critério, para efeito de determinação do valor de avaliação Art. 8º A avaliação dos bens será feita por 3 (três) peritos ou
da companhia, referido no § 4o do art. 4o. (Incluído pela Lei por empresa especializada, nomeados em assembléia-geral
nº 10.303, de 2001) dos subscritores, convocada pela imprensa e presidida por
§ 1o O requerimento deverá ser apresentado no prazo de 15 um dos fundadores, instalando-se em primeira convocação
(quinze) dias da divulgação do valor da oferta pública, com a presença desubscritores que representem metade,
devidamente fundamentado e acompanhado de elementos pelo menos, do capital social, e em segunda convocação com
de convicção que demonstrem a falha ou imprecisão no qualquer número. (Vide Decreto-lei nº 1.978, de 1982)
emprego da metodologia de cálculo ou no critério de § 1º Os peritos ou a empresa avaliadora deverão apresentar
avaliação adotado, podendo os acionistas referidos laudo fundamentado, com a indicação dos critérios de
no caput convocar a assembléia quando os administradores avaliação e dos elementos de comparação adotados e
não atenderem, no prazo de 8 (oito) dias, ao pedido de instruído com os documentos relativos aos bens avaliados, e
convocação. (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001) estarão presentes à assembléia que conhecer do laudo, a fim
§ 2o Consideram-se ações em circulação no mercado todas de prestarem as informações que lhes forem solicitadas.
as ações do capital da companhia aberta menos as de § 2º Se o subscritor aceitar o valor aprovado pela assembléia,
propriedade do acionista controlador, de diretores, de os bens incorporar-se-ão ao patrimônio da companhia,
conselheiros de administração e as em tesouraria. (Incluído competindo aos primeiros diretores cumprir as formalidades
pela Lei nº 10.303, de 2001) necessárias à respectiva transmissão.
§ 3o Os acionistas que requererem a realização de nova § 3º Se a assembléia não aprovar a avaliação, ou o subscritor
avaliação e aqueles que votarem a seu favor deverão
não aceitar a avaliação aprovada, ficará sem efeito o projeto
ressarcir a companhia pelos custos incorridos, caso o novo
de constituição da companhia.
valor seja inferior ou igual ao valor inicial da oferta
pública. (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001) § 4º Os bens não poderão ser incorporados ao patrimônio da
companhia por valor acima do que lhes tiver dado o
§ 4o Caberá à Comissão de Valores Mobiliários disciplinar o
subscritor.
disposto no art. 4o e neste artigo, e fixar prazos para a
eficácia desta revisão. (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001) § 5º Aplica-se à assembléia referida neste artigo o disposto
nos §§ 1º e 2º do artigo 115.
§ 6º Os avaliadores e o subscritor responderão perante a
companhia, os acionistas e terceiros, pelos danos que lhes
causarem por culpa ou dolo na avaliação dos bens, sem

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prejuízo da responsabilidade penal em que tenham Art. 14. O preço de emissão das ações sem valor nominal será
incorrido; no caso de bens em condomínio, a fixado, na constituição da companhia, pelos fundadores, e no
responsabilidade dos subscritores é solidária. aumento de capital, pela assembléia-geral ou pelo conselho
de administração (artigos 166 e 170, § 2º).
Transferência dos Bens
Parágrafo único. O preço de emissão pode ser fixado com
Art. 9º Na falta de declaração expressa em contrário, os bens
parte destinada à formação de reserva de capital; na emissão
transferem-se à companhia a título de propriedade.
de ações preferenciais com prioridade no reembolso do
Responsabilidade do Subscritor capital, somente a parcela que ultrapassar o valor de
reembolso poderá ter essa destinação.
Art. 10. A responsabilidade civil dos subscritores ou
acionistas que contribuírem com bens para a formação do SEÇÃO III
capital social será idêntica à do vendedor. ESPÉCIES E CLASSES
Parágrafo único. Quando a entrada consistir em crédito, o Espécies
subscritor ou acionista responderá pela solvência do
devedor. Art. 15. As ações, conforme a natureza dos direitos ou
vantagens que confiram a seus titulares, são ordinárias,
CAPÍTULO III preferenciais, ou de fruição.
AÇÕES
§ 1º As ações ordinárias da companhia fechada e as ações
SEÇÃO I
preferenciais da companhia aberta e fechada poderão ser de
NÚMERO E VALOR NOMINAL
uma ou mais classes.
Fixação no Estatuto § 2o O número de ações preferenciais sem direito a voto, ou
Art. 11. O estatuto fixará o número das ações em que se sujeitas a restrição no exercício desse direito, não pode
divide o capital social e estabelecerá se as ações terão, ou ultrapassar 50% (cinqüenta por cento) do total das ações
não, valor nominal. emitidas. (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
§ 1º Na companhia com ações sem valor nominal, o estatuto Ações Ordinárias
poderá criar uma ou mais classes de ações preferenciais com Art. 16. As ações ordinárias de companhia fechada poderão
valor nominal. ser de classes diversas, em função de:
§ 2º O valor nominal será o mesmo para todas as ações da I - conversibilidade em ações preferenciais; (Redação dada
companhia. pela Lei nº 9.457, de 1997)
§ 3º O valor nominal das ações de companhia aberta não II - exigência de nacionalidade brasileira do acionista;
poderá ser inferior ao mínimo fixado pela Comissão de ou (Redação dada pela Lei nº 9.457, de 1997)
Valores Mobiliários.
III - direito de voto em separado para o preenchimento de
Alteração determinados cargos de órgãos administrativos. (Redação
Art. 12. O número e o valor nominal das ações somente dada pela Lei nº 9.457, de 1997)
poderão ser alterados nos casos de modificação do valor do Parágrafo único. A alteração do estatuto na parte em que
capital social ou da sua expressão monetária, de regula a diversidade de classes, se não for expressamente
desdobramento ou grupamento de ações, ou de prevista, e regulada, requererá a concordância de todos os
cancelamento de ações autorizado nesta Lei. titulares das ações atingidas.
SEÇÃO II Ações Preferenciais
PREÇO DE EMISSÃO
Art. 17. As preferências ou vantagens das ações preferenciais
Ações com Valor Nominal podem consistir: (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
Art. 13. É vedada a emissão de ações por preço inferior ao I - em prioridade na distribuição de dividendo, fixo ou
seu valor nominal. mínimo;(Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
§ 1º A infração do disposto neste artigo importará nulidade II - em prioridade no reembolso do capital, com prêmio ou
do ato ou operação e responsabilidade dos infratores, sem sem ele; ou (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
prejuízo da ação penal que no caso couber.
III - na acumulação das preferências e vantagens de que
§ 2º A contribuição do subscritor que ultrapassar o valor tratam os incisos I e II.(Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001)
nominal constituirá reserva de capital (artigo 182, § 1º).
§ 1o Independentemente do direito de receber ou não o
Ações sem Valor Nominal valor de reembolso do capital com prêmio ou sem ele, as
ações preferenciais sem direito de voto ou com restrição ao
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exercício deste direito, somente serão admitidas à conta das reservas de capital de que trata o § 1o do art.
negociação no mercado de valores mobiliários se a elas for 182.(Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
atribuída pelo menos uma das seguintes preferências ou
§ 7o Nas companhias objeto de desestatização poderá ser
vantagens:(Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
criada ação preferencial de classe especial, de propriedade
I - direito de participar do dividendo a ser distribuído, exclusiva do ente desestatizante, à qual o estatuto social
correspondente a, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) poderá conferir os poderes que especificar, inclusive o poder
do lucro líquido do exercício, calculado na forma do art. 202, de veto às deliberações da assembléia-geral nas matérias
de acordo com o seguinte critério:(Incluído dada pela Lei nº que especificar.(Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001)
10.303, de 2001)
Vantagens Políticas
a) prioridade no recebimento dos dividendos mencionados
Art. 18. O estatuto pode assegurar a uma ou mais classes de
neste inciso correspondente a, no mínimo, 3% (três por
ações preferenciais o direito de eleger, em votação em
cento) do valor do patrimônio líquido da ação; e (Incluída
separado, um ou mais membros dos órgãos de
dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
administração.
b) direito de participar dos lucros distribuídos em igualdade
Parágrafo único. O estatuto pode subordinar as alterações
de condições com as ordinárias, depois de a estas
estatutárias que especificar à aprovação, em assembléia
assegurado dividendo igual ao mínimo prioritário
especial, dos titulares de uma ou mais classes de ações
estabelecido em conformidade com a alínea a; ou (Incluída
preferenciais.
dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
Regulação no Estatuto
II - direito ao recebimento de dividendo, por ação
preferencial, pelo menos 10% (dez por cento) maior do que Art. 19. O estatuto da companhia com ações preferenciais
o atribuído a cada ação ordinária; ou (Incluído dada pela Lei declarará as vantagens ou preferências atribuídas a cada
nº 10.303, de 2001) classe dessas ações e as restrições a que ficarão sujeitas, e
poderá prever o resgate ou a amortização, a conversão de
III - direito de serem incluídas na oferta pública de alienação
ações de uma classe em ações de outra e em ações
de controle, nas condições previstas no art. 254-A,
ordinárias, e destas em preferenciais, fixando as respectivas
assegurado o dividendo pelo menos igual ao das ações
condições.
ordinárias. (Incluído dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
SEÇÃO IV
§ 2o Deverão constar do estatuto, com precisão e minúcia,
FORMA
outras preferências ou vantagens que sejam atribuídas aos
acionistas sem direito a voto, ou com voto restrito, além das Art. 20. As ações devem ser nominativas. (Redação dada
previstas neste artigo.(Redação dada pela Lei nº 10.303, de pela Lei nº 8.021, de 1990)
2001)
Ações Não-Integralizadas
§ 3o Os dividendos, ainda que fixos ou cumulativos, não
poderão ser distribuídos em prejuízo do capital social, salvo Art. 21. Além dos casos regulados em lei especial, as ações
quando, em caso de liquidação da companhia, essa terão obrigatoriamente forma nominativa ou endossável até
vantagem tiver sido expressamente assegurada.(Redação o integral pagamento do preço de emissão.
dada pela Lei nº 10.303, de 2001) Determinação no Estatuto
§ 4 Salvo disposição em contrário no estatuto, o dividendo
o
Art. 22. O estatuto determinará a forma das ações e a
prioritário não é cumulativo, a ação com dividendo fixo não conversibilidade de uma em outra forma.
participa dos lucros remanescentes e a ação com dividendo
mínimo participa dos lucros distribuídos em igualdade de Parágrafo único. As ações ordinárias da companhia aberta e
condições com as ordinárias, depois de a estas assegurado ao menos uma das classes de ações ordinárias da companhia
dividendo igual ao mínimo.(Redação dada pela Lei nº 10.303, fechada, quando tiverem a forma ao portador, serão
de 2001) obrigatoriamente conversíveis, à vontade do acionista, em
nominativas endossáveis.
§ 5o Salvo no caso de ações com dividendo fixo, o estatuto
não pode excluir ou restringir o direito das ações SEÇÃO V
preferenciais de participar dos aumentos de capital CERTIFICADOS
decorrentes da capitalização de reservas ou lucros (art. Emissão
169).(Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
Art. 23. A emissão de certificado de ação somente será
§ 6o O estatuto pode conferir às ações preferenciais com permitida depois de cumpridas as formalidades necessárias
prioridade na distribuição de dividendo cumulativo, o direito ao funcionamento legal da companhia.
de recebê-lo, no exercício em que o lucro for insuficiente, à

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§ 1º A infração do disposto neste artigo importa nulidade do Art. 25. A companhia poderá, satisfeitos os requisitos do
certificado e responsabilidade dos infratores. artigo 24, emitir certificados de múltiplos de ações e,
provisoriamente, cautelas que as representam.
§ 2º Os certificados das ações, cujas entradas não
consistirem em dinheiro, só poderão ser emitidos depois de Parágrafo único. Os títulos múltiplos das companhias abertas
cumpridas as formalidades necessárias à transmissão de obedecerão à padronização de número de ações fixada pela
bens, ou de realizados os créditos. Comissão de Valores Mobiliários.
§ 3º A companhia poderá cobrar o custo da substituição dos Cupões
certificados, quando pedida pelo acionista.
Art. 26. Aos certificados das ações ao portador podem ser
Requisitos anexados cupões relativos a dividendos ou outros direitos.
Art. 24. Os certificados das ações serão escritos em Parágrafo único. Os cupões conterão a denominação da
vernáculo e conterão as seguintes declarações: companhia, a indicação do lugar da sede, o número de
ordem do certificado, a classe da ação e o número de ordem
I - denominação da companhia, sua sede e prazo de duração;
do cupão.
II - o valor do capital social, a data do ato que o tiver fixado,
Agente Emissor de Certificados
o número de ações em que se divide e o valor nominal das
ações, ou a declaração de que não têm valor nominal; Art. 27. A companhia pode contratar a escrituração e a
guarda dos livros de registro e transferência de ações e a
III - nas companhias com capital autorizado, o limite da
emissão dos certificados com instituição financeira
autorização, em número de ações ou valor do capital social;
autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários a manter
IV - o número de ações ordinárias e preferenciais das esse serviço.
diversas classes, se houver, as vantagens ou preferências
§ 1º Contratado o serviço, somente o agente emissor poderá
conferidas a cada classe e as limitações ou restrições a que
praticar os atos relativos aos registros e emitir certificados.
as ações estiverem sujeitas;
§ 2º O nome do agente emissor constará das publicações e
V - o número de ordem do certificado e da ação, e a espécie
ofertas públicas de valores mobiliários feitas pela
e classe a que pertence;
companhia.
VI - os direitos conferidos às partes beneficiárias, se houver;
§ 3º Os certificados de ações emitidos pelo agente emissor
VII - a época e o lugar da reunião da assembléia-geral da companhia deverão ser numerados seguidamente, mas a
ordinária; numeração das ações será facultativa.
VIII - a data da constituição da companhia e do arquivamento SEÇÃO VI
e publicação de seus atos constitutivos; PROPRIEDADE E CIRCULAÇÃO
IX - o nome do acionista; (Redação dada pela Lei nº 9.457, de Indivisibilidade
1997)
Art. 28. A ação é indivisível em relação à companhia.
X - o débito do acionista e a época e o lugar de seu
pagamento, se a ação não estiver integralizada; (Redação Parágrafo único. Quando a ação pertencer a mais de uma
dada pela Lei nº 9.457, de 1997) pessoa, os direitos por ela conferidos serão exercidos pelo
representante do condomínio.
XI - a data da emissão do certificado e as assinaturas de dois
diretores, ou do agente emissor de certificados (art. Negociabilidade
27). (Redação dada pela Lei nº 9.457, de 1997) Art. 29. As ações da companhia aberta somente poderão ser
§ 1º A omissão de qualquer dessas declarações dá ao negociadas depois de realizados 30% (trinta por cento) do
acionista direito à indenização por perdas e danos contra a preço de emissão.
companhia e os diretores na gestão dos quais os certificados Parágrafo único. A infração do disposto neste artigo importa
tenham sido emitidos. na nulidade do ato.
§ 2o Os certificados de ações emitidas por companhias Negociação com as Próprias Ações
abertas podem ser assinados por dois mandatários com
poderes especiais, ou autenticados por chancela mecânica, Art. 30. A companhia não poderá negociar com as próprias
observadas as normas expedidas pela Comissão de Valores ações.
Mobiliários.(Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001) § 1º Nessa proibição não se compreendem:
Títulos Múltiplos e Cautelas a) as operações de resgate, reembolso ou amortização
previstas em lei;

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b) a aquisição, para permanência em tesouraria ou Art. 34. O estatuto da companhia pode autorizar ou
cancelamento, desde que até o valor do saldo de lucros ou estabelecer que todas as ações da companhia, ou uma ou
reservas, exceto a legal, e sem diminuição do capital social, mais classes delas, sejam mantidas em contas de depósito,
ou por doação; em nome de seus titulares, na instituição que designar, sem
emissão de certificados.
c) a alienação das ações adquiridas nos termos da alínea b e
mantidas em tesouraria; § 1º No caso de alteração estatutária, a conversão em ação
escritural depende da apresentação e do cancelamento do
d) a compra quando, resolvida a redução do capital mediante
respectivo certificado em circulação.
restituição, em dinheiro, de parte do valor das ações, o preço
destas em bolsa for inferior ou igual à importância que deve § 2o Somente as instituições financeiras autorizadas pela
ser restituída. Comissão de Valores Mobiliários podem manter serviços de
escrituração de ações e de outros valores
§ 2º A aquisição das próprias ações pela companhia aberta
mobiliários. (Redação dada pela Lei nº 12.810, de 2013)
obedecerá, sob pena de nulidade, às normas expedidas pela
Comissão de Valores Mobiliários, que poderá subordiná-la à § 3º A companhia responde pelas perdas e danos causados
prévia autorização em cada caso. aos interessados por erros ou irregularidades no serviço de
ações escriturais, sem prejuízo do eventual direito de
§ 3º A companhia não poderá receber em garantia as
regresso contra a instituição depositária.
próprias ações, salvo para assegurar a gestão dos seus
administradores. Art. 35. A propriedade da ação escritural presume-se pelo
registro na conta de depósito das ações, aberta em nome do
§ 4º As ações adquiridas nos termos da alínea b do § 1º,
acionista nos livros da instituição depositária.
enquanto mantidas em tesouraria, não terão direito a
dividendo nem a voto. § 1º A transferência da ação escritural opera-se pelo
lançamento efetuado pela instituição depositária em seus
§ 5º No caso da alínea d do § 1º, as ações adquiridas serão
livros, a débito da conta de ações do alienante e a crédito da
retiradas definitivamente de circulação.
conta de ações do adquirente, à vista de ordem escrita do
Ações Nominativas alienante, ou de autorização ou ordem judicial, em
documento hábil que ficará em poder da instituição.
Art. 31. A propriedade das ações nominativas presume-se
pela inscrição do nome do acionista no livro de "Registro de § 2º A instituição depositária fornecerá ao acionista extrato
Ações Nominativas" ou pelo extrato que seja fornecido pela da conta de depósito das ações escriturais, sempre que
instituição custodiante, na qualidade de proprietária solicitado, ao término de todo mês em que for movimentada
fiduciária das ações.(Redação dada pela Lei nº 10.303, de e, ainda que não haja movimentação, ao menos uma vez por
2001) ano.
§ 1º A transferência das ações nominativas opera-se por § 3º O estatuto pode autorizar a instituição depositária a
termo lavrado no livro de "Transferência de Ações cobrar do acionista o custo do serviço de transferência da
Nominativas", datado e assinado pelo cedente e pelo propriedade das ações escriturais, observados os limites
cessionário, ou seus legítimos representantes. máximos fixados pela Comissão de Valores Mobiliários.
§ 2º A transferência das ações nominativas em virtude de Limitações à Circulação
transmissão por sucessão universal ou legado, de
Art. 36. O estatuto da companhia fechada pode impor
arrematação, adjudicação ou outro ato judicial, ou por
limitações à circulação das ações nominativas, contanto que
qualquer outro título, somente se fará mediante averbação
regule minuciosamente tais limitações e não impeça a
no livro de "Registro de Ações Nominativas", à vista de
negociação, nem sujeite o acionista ao arbítrio dos órgãos de
documento hábil, que ficará em poder da companhia.
administração da companhia ou da maioria dos acionistas.
§ 3º Na transferência das ações nominativas adquiridas em
Parágrafo único. A limitação à circulação criada por alteração
bolsa de valores, o cessionário será representado,
estatutária somente se aplicará às ações cujos titulares com
independentemente de instrumento de procuração, pela
ela expressamente concordarem, mediante pedido de
sociedade corretora, ou pela caixa de liquidação da bolsa de
averbação no livro de "Registro de Ações Nominativas".
valores.
Suspensão dos Serviços de Certificados
Ações Endossáveis
Art. 37. A companhia aberta pode, mediante comunicação às
Art. 32. (Revogado pela Lei nº 8.021, de 1990)
bolsas de valores em que suas ações forem negociadas e
Ações ao Portador publicação de anúncio, suspender, por períodos que não
ultrapassem, cada um, 15 (quinze) dias, nem o total de 90
Art. 33. (Revogado pela Lei nº 8.021, de 1990)
(noventa) dias durante o ano, os serviços de transferência,
Ações Escriturais conversão e desdobramento de certificados.
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Parágrafo único. O disposto neste artigo não prejudicará o pode contratar custódia em que as ações de cada espécie e
registro da transferência das ações negociadas em bolsa classe da companhia sejam recebidas em depósito como
anteriormente ao início do período de suspensão. valores fungíveis, adquirindo a instituição depositária a
propriedade fiduciária das ações.(Redação dada pela Lei nº
Perda ou Extravio
10.303, de 2001)
Art. 38. O titular de certificado perdido ou extraviado de ação
§ 1o A instituição depositária não pode dispor das ações e fica
ao portador ou endossável poderá, justificando a
obrigada a devolver ao depositante a quantidade de ações
propriedade e a perda ou extravio, promover, na forma da
recebidas, com as modificações resultantes de alterações no
lei processual, o procedimento de anulação e substituição
capital social ou no número de ações da companhia
para obter a expedição de novo certificado.
emissora, independentemente do número de ordem das
§ 1º Somente será admitida a anulação e substituição de ações ou dos certificados recebidos em depósito. (Redação
certificado ao portador ou endossado em branco à vista da dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
prova, produzida pelo titular, da destruição ou inutilização
§ 2o Aplica-se o disposto neste artigo, no que couber, aos
do certificado a ser substituído.
demais valores mobiliários.(Incluído pela Lei nº 10.303, de
§ 2º Até que o certificado seja recuperado ou substituído, as 2001)
transferências poderão ser averbadas sob condição,
§ 3o A instituição depositária ficará obrigada a comunicar à
cabendo à companhia exigir do titular, para satisfazer
companhia emissora:(Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001)
dividendo e demais direitos, garantia idônea de sua eventual
restituição. I - imediatamente, o nome do proprietário efetivo quando
houver qualquer evento societário que exija a sua
SEÇÃO VII
identificação; e (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001)
CONSTITUIÇÃO DE DIREITOS REAIS E OUTROS ÔNUS
II - no prazo de até 10 (dez) dias, a contratação da custódia e
Penhor a criação de ônus ou gravames sobre as ações.(Incluído pela
Art. 39. O penhor ou caução de ações se constitui pela Lei nº 10.303, de 2001)
averbação do respectivo instrumento no livro de Registro de § 4o A propriedade das ações em custódia fungível será
Ações Nominativas. (Redação dada pela Lei nº 9.457, de provada pelo contrato firmado entre o proprietário das
1997) ações e a instituição depositária.(Incluído pela Lei nº 10.303,
§ 1º O penhor da ação escritural se constitui pela averbação de 2001)
do respectivo instrumento nos livros da instituição § 5o A instituição tem as obrigações de depositária e
financeira, a qual será anotada no extrato da conta de responde perante o acionista e terceiros pelo
depósito fornecido ao acionista. descumprimento de suas obrigações.(Incluído pela Lei nº
§ 2º Em qualquer caso, a companhia, ou a instituição 10.303, de 2001)
financeira, tem o direito de exigir, para seu arquivo, um Representação e Responsabilidade
exemplar do instrumento de penhor.
Art. 42. A instituição financeira representa, perante a
Outros Direitos e Ônus companhia, os titulares das ações recebidas em custódia nos
Art. 40. O usufruto, o fideicomisso, a alienação fiduciária em termos do artigo 41, para receber dividendos e ações
garantia e quaisquer cláusulas ou ônus que gravarem a ação bonificadas e exercer direito de preferência para subscrição
deverão ser averbados: de ações.
I - se nominativa, no livro de "Registro de Ações § 1º Sempre que houver distribuição de dividendos ou
Nominativas"; bonificação de ações e, em qualquer caso, ao menos uma vez
por ano, a instituição financeira fornecerá à companhia a
II - se escritural, nos livros da instituição financeira, que os lista dos depositantes de ações recebidas nos termos deste
anotará no extrato da conta de depósito fornecida ao artigo, assim como a quantidade de ações de cada
acionista. (Redação dada pela Lei nº 9.457, de 1997) um. (Redação dada pela Lei nº 9.457, de 1997)
Parágrafo único. Mediante averbação nos termos deste § 2º O depositante pode, a qualquer tempo, extinguir a
artigo, a promessa de venda da ação e o direito de custódia e pedir a devolução dos certificados de suas ações.
preferência à sua aquisição são oponíveis a terceiros.
§ 3º A companhia não responde perante o acionista nem
SEÇÃO VIII terceiros pelos atos da instituição depositária das ações.
CUSTÓDIA DE AÇÕES FUNGÍVEIS
Art. 41. A instituição autorizada pela Comissão de Valores
Mobiliários a prestar serviços de custódia de ações fungíveis

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SEÇÃO IX § 2º A amortização consiste na distribuição aos acionistas, a


CERTIFICADO DE DEPÓSITO DE AÇÕES título de antecipação e sem redução do capital social, de
quantias que lhes poderiam tocar em caso de liquidação da
Art. 43. A instituição financeira autorizada a funcionar como companhia.
agente emissor de certificados (art. 27) pode emitir título
representativo das ações que receber em depósito, do qual § 3º A amortização pode ser integral ou parcial e abranger
constarão: (Redação dada pela Lei nº 9.457, de 1997) todas as classes de ações ou só uma delas.

I - o local e a data da emissão; § 4º O resgate e a amortização que não abrangerem a


totalidade das ações de uma mesma classe serão feitos
II - o nome da instituição emitente e as assinaturas de seus mediante sorteio; sorteadas ações custodiadas nos termos
representantes; do artigo 41, a instituição financeira especificará, mediante
III - a denominação "Certificado de Depósito de Ações"; rateio, as resgatadas ou amortizadas, se outra forma não
estiver prevista no contrato de custódia.
IV - a especificação das ações depositadas;
§ 5º As ações integralmente amortizadas poderão ser
V - a declaração de que as ações depositadas, seus substituídas por ações de fruição, com as restrições fixadas
rendimentos e o valor recebido nos casos de resgate ou pelo estatuto ou pela assembléia-geral que deliberar a
amortização somente serão entregues ao titular do amortização; em qualquer caso, ocorrendo liquidação da
certificado de depósito, contra apresentação deste; companhia, as ações amortizadas só concorrerão ao acervo
VI - o nome e a qualificação do depositante; líquido depois de assegurado às ações não a amortizadas
valor igual ao da amortização, corrigido monetariamente.
VII - o preço do depósito cobrado pelo banco, se devido na
entrega das ações depositadas; § 6o Salvo disposição em contrário do estatuto social, o
resgate de ações de uma ou mais classes só será efetuado se,
VIII - o lugar da entrega do objeto do depósito. em assembléia especial convocada para deliberar essa
§ 1º A instituição financeira responde pela origem e matéria específica, for aprovado por acionistas que
autenticidade dos certificados das ações depositadas. representem, no mínimo, a metade das ações da(s) classe(s)
atingida(s).(Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001)
§ 2º Emitido o certificado de depósito, as ações depositadas,
seus rendimentos, o valor de resgate ou de amortização não Reembolso
poderão ser objeto de penhora, arresto, seqüestro, busca ou Art. 45. O reembolso é a operação pela qual, nos casos
apreensão, ou qualquer outro embaraço que impeça sua previstos em lei, a companhia paga aos acionistas dissidentes
entrega ao titular do certificado, mas este poderá ser objeto de deliberação da assembléia-geral o valor de suas ações.
de penhora ou de qualquer medida cautelar por obrigação
do seu titular. § 1º O estatuto pode estabelecer normas para a
determinação do valor de reembolso, que, entretanto,
§ 3º Os certificados de depósito de ações serão nominativos, somente poderá ser inferior ao valor de patrimônio líquido
podendo ser mantidos sob o sistema escritural. (Redação constante do último balanço aprovado pela assembléia-
dada pela Lei nº 9.457, de 1997) geral, observado o disposto no § 2º, se estipulado com base
§ 4º Os certificados de depósito de ações poderão, a pedido no valor econômico da companhia, a ser apurado em
do seu titular, e por sua conta, ser desdobrados ou grupados. avaliação (§§ 3º e 4º). (Redação dada pela Lei nº 9.457, de
1997)
§ 5º Aplicam-se ao endosso do certificado, no que couber, as
normas que regulam o endosso de títulos cambiários. § 2º Se a deliberação da assembléia-geral ocorrer mais de 60
(sessenta) dias depois da data do último balanço aprovado,
SEÇÃO X será facultado ao acionista dissidente pedir, juntamente com
RESGATE, AMORTIZAÇÃO E REEMBOLSO o reembolso, levantamento de balanço especial em data que
Resgate e Amortização atenda àquele prazo.

Art. 44. O estatuto ou a assembléia-geral extraordinária Nesse caso, a companhia pagará imediatamente 80%
pode autorizar a aplicação de lucros ou reservas no resgate (oitenta por cento) do valor de reembolso calculado com
ou na amortização de ações, determinando as condições e o base no último balanço e, levantado o balanço especial,
modo de proceder-se à operação. pagará o saldo no prazo de 120 (cento e vinte), dias a contar
da data da deliberação da assembléia-geral.
§ 1º O resgate consiste no pagamento do valor das ações
para retirá-las definitivamente de circulação, com redução § 3º Se o estatuto determinar a avaliação da ação para efeito
ou não do capital social, mantido o mesmo capital, será de reembolso, o valor será o determinado por três peritos ou
atribuído, quando for o caso, novo valor nominal às ações empresa especializada, mediante laudo que satisfaça os
remanescentes. requisitos do § 1º do art. 8º e com a responsabilidade

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prevista no § 6º do mesmo artigo. (Redação dada pela Lei nº § 2º A participação atribuída às partes beneficiárias, inclusive
9.457, de 1997) para formação de reserva para resgate, se houver, não
ultrapassará 0,1 (um décimo) dos lucros.
§ 4º Os peritos ou empresa especializada serão indicados em
lista sêxtupla ou tríplice, respectivamente, pelo Conselho de § 3º É vedado conferir às partes beneficiárias qualquer
Administração ou, se não houver, pela diretoria, e escolhidos direito privativo de acionista, salvo o de fiscalizar, nos termos
pela Assembléia-geral em deliberação tomada por maioria desta Lei, os atos dos administradores.
absoluta de votos, não se computando os votos em branco,
§ 4º É proibida a criação de mais de uma classe ou série de
cabendo a cada ação, independentemente de sua espécie ou
partes beneficiárias.
classe, o direito a um voto. (Redação dada pela Lei nº 9.457,
de 1997) Emissão
§ 5º O valor de reembolso poderá ser pago à conta de lucros Art. 47. As partes beneficiárias poderão ser alienadas pela
ou reservas, exceto a legal, e nesse caso as ações companhia, nas condições determinadas pelo estatuto ou
reembolsadas ficarão em tesouraria. (Redação dada pela Lei pela assembléia-geral, ou atribuídas a fundadores, acionistas
nº 9.457, de 1997) ou terceiros, como remuneração de serviços prestados à
companhia.
§ 6º Se, no prazo de cento e vinte dias, a contar da publicação
da ata da assembléia, não forem substituídos os acionistas Parágrafo único. É vedado às companhias abertas emitir
cujas ações tenham sido reembolsadas à conta do capital partes beneficiárias.(Redação dada pela Lei nº 10.303, de
social, este considerar-se-á reduzido no montante 2001)
correspondente, cumprindo aos órgãos da administração
Resgate e Conversão
convocar a assembléia-geral, dentro de cinco dias, para
tomar conhecimento daquela redução. (Redação dada pela Art. 48. O estatuto fixará o prazo de duração das partes
Lei nº 9.457, de 1997) beneficiárias e, sempre que estipular resgate, deverá criar
reserva especial para esse fim.
§ 7º Se sobrevier a falência da sociedade, os acionistas
dissidentes, credores pelo reembolso de suas ações, serão § 1º O prazo de duração das partes beneficiárias atribuídas
classificados como quirografários em quadro separado, e os gratuitamente, salvo as destinadas a sociedades ou
rateios que lhes couberem serão imputados no pagamento fundações beneficentes dos empregados da companhia, não
dos créditos constituídos anteriormente à data da poderá ultrapassar 10 (dez) anos.
publicação da ata da assembléia. As quantias assim
§ 2º O estatuto poderá prever a conversão das partes
atribuídas aos créditos mais antigos não se deduzirão dos
beneficiárias em ações, mediante capitalização de reserva
créditos dos ex-acionistas, que subsistirão integralmente
criada para esse fim.
para serem satisfeitos pelos bens da massa, depois de pagos
os primeiros. (Incluído pela Lei nº 9.457, de 1997) § 3º No caso de liquidação da companhia, solvido o passivo
exigível, os titulares das partes beneficiárias terão direito de
§ 8º Se, quando ocorrer a falência, já se houver efetuado, à
preferência sobre o que restar do ativo até a importância da
conta do capital social, o reembolso dos ex-acionistas, estes
reserva para resgate ou conversão.
não tiverem sido substituídos, e a massa não bastar para o
pagamento dos créditos mais antigos, caberá ação Certificados
revocatória para restituição do reembolso pago com
Art. 49. Os certificados das partes beneficiárias conterão:
redução do capital social, até a concorrência do que
remanescer dessa parte do passivo. A restituição será I - a denominação "parte beneficiária";
havida, na mesma proporção, de todos os acionistas cujas
II - a denominação da companhia, sua sede e prazo de
ações tenham sido reembolsadas. (Incluído pela Lei nº 9.457,
duração;
de 1997)
III - o valor do capital social, a data do ato que o fixou e o
CAPÍTULO IV
número de ações em que se divide;
PARTES BENEFICIÁRIAS
IV - o número de partes beneficiárias criadas pela companhia
Características e o respectivo número de ordem;
Art. 46. A companhia pode criar, a qualquer tempo, títulos V - os direitos que lhes serão atribuídos pelo estatuto, o
negociáveis, sem valor nominal e estranhos ao capital social, prazo de duração e as condições de resgate, se houver;
denominados "partes beneficiárias".
VI - a data da constituição da companhia e do arquivamento
§ 1º As partes beneficiárias conferirão aos seus titulares e publicação dos seus atos constitutivos;
direito de crédito eventual contra a companhia, consistente
na participação nos lucros anuais (artigo 190). VII - o nome do beneficiário; (Redação dada pela Lei nº
9.457, de 1997)

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VIII - a data da emissão do certificado e as assinaturas de dois legislação em vigor, possa ter o pagamento estipulado em
diretores. (Redação dada pela Lei nº 9.457, de 1997) moeda estrangeira.
Forma, Propriedade, Circulação e Ônus § 1o A debênture poderá conter cláusula de correção
monetária, com base nos coeficientes fixados para correção
Art. 50. As partes beneficiárias serão nominativas e a elas se
de títulos da dívida pública, na variação da taxa cambial ou
aplica, no que couber, o disposto nas seções V a VII do
em outros referenciais não expressamente vedados em
Capítulo III. (Redação dada pela Lei nº 9.457, de 1997)
lei. (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
§ 1º As partes beneficiárias serão registradas em livros
§ 2o A escritura de debênture poderá assegurar ao
próprios, mantidos pela companhia. (Redação dada pela Lei
debenturista a opção de escolher receber o pagamento do
nº 9.457, de 1997)
principal e acessórios, quando do vencimento, amortização
§ 2º As partes beneficiárias podem ser objeto de depósito ou resgate, em moeda ou em bens avaliados nos termos do
com emissão de certificado, nos termos do artigo 43. art. 8o. (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001)
Modificação dos Direitos Vencimento, Amortização e Resgate
Art. 51. A reforma do estatuto que modificar ou reduzir as Art. 55. A época do vencimento da debênture deverá constar
vantagens conferidas às partes beneficiárias só terá eficácia da escritura de emissão e do certificado, podendo a
quando aprovada pela metade, no mínimo, dos seus companhia estipular amortizações parciais de cada série,
titulares, reunidos em assembléia-geral especial. criar fundos de amortização e reservar-se o direito de
resgate antecipado, parcial ou total, dos títulos da mesma
§ 1º A assembléia será convocada, através da imprensa, de
série.
acordo com as exigências para convocação das assembléias
de acionistas, com 1 (um) mês de antecedência, no mínimo. § 1o A amortização de debêntures da mesma série deve ser
Se, após 2 (duas) convocações, deixar de instalar-se por falta feita mediante rateio. (Redação dada pela Lei nº 12.431, de
de número, somente 6 (seis) meses depois outra poderá ser 2011).
convocada.
§ 2o O resgate parcial de debêntures da mesma série deve
§ 2º Cada parte beneficiária dá direito a 1 (um) voto, não ser feito: (Redação dada pela Lei nº 12.431, de 2011).
podendo a companhia votar com os títulos que possuir em
I - mediante sorteio; ou (Incluído pela Lei nº 12.431, de
tesouraria.
2011).
§ 3º A emissão de partes beneficiárias poderá ser feita com
II - se as debêntures estiverem cotadas por preço inferior ao
a nomeação de agente fiduciário dos seus titulares,
valor nominal, por compra no mercado organizado de
observado, no que couber, o disposto nos artigos 66 a 71.
valores mobiliários, observadas as regras expedidas pela
CAPÍTULO V Comissão de Valores Mobiliários. (Incluído pela Lei nº
DEBÊNTURES 12.431, de 2011).
Características § 3o É facultado à companhia adquirir debêntures de sua
emissão: (Redação dada pela Lei nº 12.431, de 2011).
Art. 52. A companhia poderá emitir debêntures que
conferirão aos seus titulares direito de crédito contra ela, nas I - por valor igual ou inferior ao nominal, devendo o fato
condições constantes da escritura de emissão e, se houver, constar do relatório da administração e das demonstrações
do certificado.(Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001) financeiras; ou (Incluído pela Lei nº 12.431, de 2011).
SEÇÃO I II - por valor superior ao nominal, desde que observe as
DIREITO DOS DEBENTURISTAS regras expedidas pela Comissão de Valores
Mobiliários. (Incluído pela Lei nº 12.431, de 2011).
Emissões e Séries
§ 4o A companhia poderá emitir debêntures cujo
Art. 53. A companhia poderá efetuar mais de uma emissão vencimento somente ocorra nos casos de inadimplência da
de debêntures, e cada emissão pode ser dividida em séries. obrigação de pagar juros e dissolução da companhia, ou de
Parágrafo único. As debêntures da mesma série terão igual outras condições previstas no título. (Incluído pela Lei nº
valor nominal e conferirão a seus titulares os mesmos 12.431, de 2011).
direitos. Juros e Outros Direitos
Valor Nominal Art. 56. A debênture poderá assegurar ao seu titular juros,
Art. 54. A debênture terá valor nominal expresso em moeda fixos ou variáveis, participação no lucro da companhia e
nacional, salvo nos casos de obrigação que, nos termos da prêmio de reembolso.
Conversibilidade em Ações

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Art. 57. A debênture poderá ser conversível em ações nas § 6º As debêntures emitidas por companhia integrante de
condições constantes da escritura de emissão, que grupo de sociedades (artigo 265) poderão ter garantia
especificará: flutuante do ativo de 2 (duas) ou mais sociedades do grupo.
I - as bases da conversão, seja em número de ações em que SEÇÃO III
poderá ser convertida cada debênture, seja como relação CRIAÇÃO E EMISSÃO
entre o valor nominal da debênture e o preço de emissão das
ações; Competência

II - a espécie e a classe das ações em que poderá ser Art. 59. A deliberação sobre emissão de debêntures é da
convertida; competência privativa da assembléia-geral, que deverá fixar,
observado o que a respeito dispuser o estatuto:
III - o prazo ou época para o exercício do direito à conversão;
I - o valor da emissão ou os critérios de determinação do seu
IV - as demais condições a que a conversão acaso fique limite, e a sua divisão em séries, se for o caso;
sujeita.
II - o número e o valor nominal das debêntures;
§ 1º Os acionistas terão direito de preferência para
subscrever a emissão de debêntures com cláusula de III - as garantias reais ou a garantia flutuante, se houver;
conversibilidade em ações, observado o disposto nos artigos IV - as condições da correção monetária, se houver;
171 e 172.
V - a conversibilidade ou não em ações e as condições a
§ 2º Enquanto puder ser exercido o direito à conversão, serem observadas na conversão;
dependerá de prévia aprovação dos debenturistas, em
assembléia especial, ou de seu agente fiduciário, a alteração VI - a época e as condições de vencimento, amortização ou
do estatuto para: resgate;

a) mudar o objeto da companhia; VII - a época e as condições do pagamento dos juros, da


participação nos lucros e do prêmio de reembolso, se
b) criar ações preferenciais ou modificar as vantagens das houver;
existentes, em prejuízo das ações em que são conversíveis as
debêntures. VIII - o modo de subscrição ou colocação, e o tipo das
debêntures.
SEÇÃO II
§ 1o Na companhia aberta, o conselho de administração
ESPÉCIES
pode deliberar sobre a emissão de debêntures não
Art. 58. A debênture poderá, conforme dispuser a escritura conversíveis em ações, salvo disposição estatutária em
de emissão, ter garantia real ou garantia flutuante, não gozar contrário. (Redação dada pela Lei nº 12.431, de 2011).
de preferência ou ser subordinada aos demais credores da
§ 2o O estatuto da companhia aberta poderá autorizar o
companhia.
conselho de administração a, dentro dos limites do capital
§ 1º A garantia flutuante assegura à debênture privilégio autorizado, deliberar sobre a emissão de debêntures
geral sobre o ativo da companhia, mas não impede a conversíveis em ações, especificando o limite do aumento de
negociação dos bens que compõem esse ativo. capital decorrente da conversão das debêntures, em valor
do capital social ou em número de ações, e as espécies e
§ 2º As garantias poderão ser constituídas cumulativamente.
classes das ações que poderão ser emitidas. (Redação dada
§ 3º As debêntures com garantia flutuante de nova emissão pela Lei nº 12.431, de 2011).
são preferidas pelas de emissão ou emissões anteriores, e a
§ 3o A assembleia geral pode deliberar que a emissão terá
prioridade se estabelece pela data da inscrição da escritura
valor e número de série indeterminados, dentro dos limites
de emissão; mas dentro da mesma emissão, as séries
por ela fixados. (Redação dada pela Lei nº 12.431, de 2011).
concorrem em igualdade.
§ 4o Nos casos não previstos nos §§ 1o e 2o, a assembleia
§ 4º A debênture que não gozar de garantia poderá conter
geral pode delegar ao conselho de administração a
cláusula de subordinação aos credores quirografários,
deliberação sobre as condições de que tratam os incisos VI a
preferindo apenas aos acionistas no ativo remanescente, se
VIII do caput e sobre a oportunidade da emissão. (Incluído
houver, em caso de liquidação da companhia.
pela Lei nº 12.431, de 2011).
§ 5º A obrigação de não alienar ou onerar bem imóvel ou
Limite de Emissão
outro bem sujeito a registro de propriedade, assumida pela
companhia na escritura de emissão, é oponível a terceiros, Art. 60. (Revogado pela Lei nº 12.431, de 2011).
desde que averbada no competente registro.
Escritura de Emissão

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Art. 61. A companhia fará constar da escritura de emissão os § 1o As debêntures podem ser objeto de depósito com
direitos conferidos pelas debêntures, suas garantias e emissão de certificado, nos termos do art. 43. (Redação dada
demais cláusulas ou condições. pela Lei nº 10.303, de 2001)
§ 1º A escritura de emissão, por instrumento público ou § 2o A escritura de emissão pode estabelecer que as
particular, de debêntures distribuídas ou admitidas à debêntures sejam mantidas em contas de custódia, em
negociação no mercado, terá obrigatoriamente a nome de seus titulares, na instituição que designar, sem
intervenção de agente fiduciário dos debenturistas (artigos emissão de certificados, aplicando-se, no que couber, o
66 a 70). disposto no art. 41.(Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001)
§ 2º Cada nova série da mesma emissão será objeto de SEÇÃO V
aditamento à respectiva escritura. CERTIFICADOS
§ 3º A Comissão de Valores Mobiliários poderá aprovar Requisitos
padrões de cláusulas e condições que devam ser adotados
nas escrituras de emissão de debêntures destinadas à Art. 64. Os certificados das debêntures conterão:
negociação em bolsa ou no mercado de balcão, e recusar a I - a denominação, sede, prazo de duração e objeto da
admissão ao mercado da emissão que não satisfaça a esses companhia;
padrões.
II - a data da constituição da companhia e do arquivamento
Registro e publicação dos seus atos constitutivos;
Art. 62. Nenhuma emissão de debêntures será feita sem que III - a data da publicação da ata da assembléia-geral que
tenham sido satisfeitos os seguintes requisitos: (Redação deliberou sobre a emissão;
dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
IV - a data e ofício do registro de imóveis em que foi inscrita
I - arquivamento, no registro do comércio, e publicação da a emissão;
ata da assembléia-geral, ou do conselho de administração,
que deliberou sobre a emissão; (Redação dada pela Lei nº V - a denominação "Debênture" e a indicação da sua espécie,
10.303, de 2001) pelas palavras "com garantia real", "com garantia flutuante",
"sem preferência" ou "subordinada";
II - inscrição da escritura de emissão no registro do
comércio; (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001) VI - a designação da emissão e da série;

III - constituição das garantias reais, se for o caso. VII - o número de ordem;

§ 1º Os administradores da companhia respondem pelas VIII - o valor nominal e a cláusula de correção monetária, se
perdas e danos causados à companhia ou a terceiros por houver, as condições de vencimento, amortização, resgate,
infração deste artigo. juros, participação no lucro ou prêmio de reembolso, e a
época em que serão devidos;
§ 2º O agente fiduciário e qualquer debenturista poderão
promover os registros requeridos neste artigo e sanar as IX - as condições de conversibilidade em ações, se for o caso;
lacunas e irregularidades porventura existentes nos registros X - o nome do debenturista; (Redação dada pela Lei nº 9.457,
promovidos pelos administradores da companhia; neste de 1997)
caso, o oficial do registro notificará a administração da
companhia para que lhe forneça as indicações e documentos XI - o nome do agente fiduciário dos debenturistas, se
necessários. houver; (Redação dada pela Lei nº 9.457, de 1997)

§ 3º Os aditamentos à escritura de emissão serão averbados XII - a data da emissão do certificado e a assinatura de dois
nos mesmos registros. diretores da companhia; (Redação dada pela Lei nº 9.457, de
1997)
§ 4o Os registros do comércio manterão livro especial para
inscrição das emissões de debêntures, no qual serão XIII - a autenticação do agente fiduciário, se for o
anotadas as condições essenciais de cada emissão.(Redação caso. (Redação dada pela Lei nº 9.457, de 1997)
dada pela Lei nº 10.303, de 2001) Títulos Múltiplos e Cautelas
SEÇÃO IV Art. 65. A companhia poderá emitir certificados de múltiplos
FORMA, PROPRIEDADE, CIRCULAÇÃO E ÔNUS de debêntures e, provisoriamente, cautelas que as
representem, satisfeitos os requisitos do artigo 64.
Art. 63. As debêntures serão nominativas, aplicando-se, no
que couber, o disposto nas seções V a VII do Capítulo § 1º Os títulos múltiplos de debêntures das companhias
III. (Redação dada pela Lei nº 9.457, de 1997) abertas obedecerão à padronização de quantidade fixada
pela Comissão de Valores Mobiliários.

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§ 2º Nas condições previstas na escritura de emissão com Art. 68. O agente fiduciário representa, nos termos desta Lei
nomeação de agente fiduciário, os certificados poderão ser e da escritura de emissão, a comunhão dos debenturistas
substituídos, desdobrados ou grupados. perante a companhia emissora.
SEÇÃO VI § 1º São deveres do agente fiduciário:
AGENTE FIDUCIÁRIO DOS DEBENTURISTAS
a) proteger os direitos e interesses dos debenturistas,
Requisitos e Incompatibilidades empregando no exercício da função o cuidado e a diligência
que todo homem ativo e probo costuma empregar na
Art. 66. O agente fiduciário será nomeado e deverá aceitar a administração de seus próprios bens;
função na escritura de emissão das debêntures.
b) elaborar relatório e colocá-lo anualmente a disposição dos
§ 1º Somente podem ser nomeados agentes fiduciários as debenturistas, dentro de 4 (quatro) meses do encerramento
pessoas naturais que satisfaçam aos requisitos para o do exercício social da companhia, informando os fatos
exercício de cargo em órgão de administração da companhia relevantes ocorridos durante o exercício, relativos à
e as instituições financeiras que, especialmente autorizadas execução das obrigações assumidas pela companhia, aos
pelo Banco Central do Brasil, tenham por objeto a bens garantidores das debêntures e à constituição e
administração ou a custódia de bens de terceiros. aplicação do fundo de amortização, se houver, do relatório
§ 2º A Comissão de Valores Mobiliários poderá estabelecer constará, ainda, declaração do agente sobre sua aptidão
que nas emissões de debêntures negociadas no mercado o para continuar no exercício da função;
agente fiduciário, ou um dos agentes fiduciários, seja c) notificar os debenturistas, no prazo máximo de 60
instituição financeira. (sessenta) dias, de qualquer inadimplemento, pela
§ 3º Não pode ser agente fiduciário: companhia, de obrigações assumidas na escritura da
emissão.(Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
a) pessoa que já exerça a função em outra emissão da
mesma companhia, a menos que autorizado, nos termos das § 2º A escritura de emissão disporá sobre o modo de
normas expedidas pela Comissão de Valores cumprimento dos deveres de que tratam as alíneas b e c do
Mobiliários; (Redação dada pela Lei nº 12.431, de 2011). parágrafo anterior.
b) instituição financeira coligada à companhia emissora ou à § 3º O agente fiduciário pode usar de qualquer ação para
entidade que subscreva a emissão para distribuí-la no proteger direitos ou defender interesses dos debenturistas,
mercado, e qualquer sociedade por elas controlada; sendo-lhe especialmente facultado, no caso de
inadimplemento da companhia:
c) credor, por qualquer título, da sociedade emissora, ou
sociedade por ele controlada; a) declarar, observadas as condições da escritura de emissão,
antecipadamente vencidas as debêntures e cobrar o seu
d) instituição financeira cujos administradores tenham principal e acessórios;
interesse na companhia emissora;
b) executar garantias reais, receber o produto da cobrança e
e) pessoa que, de qualquer outro modo, se coloque em aplicá-lo no pagamento, integral ou proporcional, dos
situação de conflito de interesses pelo exercício da função. debenturistas;
§ 4º O agente fiduciário que, por circunstâncias posteriores c) requerer a falência da companhia emissora, se não
à emissão, ficar impedido de continuar a exercer a função existirem garantias reais;
deverá comunicar imediatamente o fato aos debenturistas e
pedir sua substituição. d) representar os debenturistas em processos de falência,
concordata, intervenção ou liquidação extrajudicial da
Substituição, Remuneração e Fiscalização companhia emissora, salvo deliberação em contrário da
Art. 67. A escritura de emissão estabelecerá as condições de assembléia dos debenturistas;
substituição e remuneração do agente fiduciário, observadas e) tomar qualquer providência necessária para que os
as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários. debenturistas realizem os seus créditos.
Parágrafo único. A Comissão de Valores Mobiliários § 4º O agente fiduciário responde perante os debenturistas
fiscalizará o exercício da função de agente fiduciário das pelos prejuízos que lhes causar por culpa ou dolo no
emissões distribuídas no mercado, ou de debêntures exercício das suas funções.
negociadas em bolsa ou no mercado de balcão, podendo:
§ 5º O crédito do agente fiduciário por despesas que tenha
a) nomear substituto provisório, nos casos de vacância; feito para proteger direitos e interesses ou realizar créditos
b) suspender o agente fiduciário de suas funções e dar-lhe dos debenturistas será acrescido à dívida da companhia
substituto, se deixar de cumprir os seus deveres. emissora, gozará das mesmas garantias das debêntures e
preferirá a estas na ordem de pagamento.
Deveres e Atribuições
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§ 6º Serão reputadas não-escritas as cláusulas da escritura contra o emitente, pelo valor nominal e os juros nela
de emissão que restringirem os deveres, atribuições e estipulados. (Redação dada pela Lei nº 9.457, de 1997)
responsabilidade do agente fiduciário previstos neste artigo.
§ 1º A cédula será nominativa, escritural ou não. (Redação
Outras Funções dada pela Lei nº 9.457, de 1997)
Art. 69. A escritura de emissão poderá ainda atribuir ao § 2º O certificado da cédula conterá as seguintes
agente fiduciário as funções de autenticar os certificados de declarações:
debêntures, administrar o fundo de amortização, manter em
a) o nome da instituição financeira emitente e as assinaturas
custódia bens dados em garantia e efetuar os pagamentos
dos seus representantes;
de juros, amortização e resgate.
b) o número de ordem, o local e a data da emissão;
Substituição de Garantias e Modificação da Escritura
c) a denominação Cédula de Debêntures; (Redação dada
Art. 70. A substituição de bens dados em garantia, quando
pela Lei nº 9.457, de 1997)
autorizada na escritura de emissão, dependerá da
concordância do agente fiduciário. d) o valor nominal e a data do vencimento;
Parágrafo único. O agente fiduciário não tem poderes para e) os juros, que poderão ser fixos ou variáveis, e as épocas
acordar na modificação das cláusulas e condições da do seu pagamento;
emissão.
f) o lugar do pagamento do principal e dos juros;
SEÇÃO VII
g) a identificação das debêntures-lastro, do seu valor e da
ASSEMBLÉIA DE DEBENTURISTAS garantia constituída; (Redação dada pela Lei nº 9.457, de
Art. 71. Os titulares de debêntures da mesma emissão ou 1997)
série podem, a qualquer tempo, reunir-se em assembléia a h) o nome do agente fiduciário dos debenturistas;
fim de deliberar sobre matéria de interesse da comunhão
dos debenturistas. i) a cláusula de correção monetária, se houver;

§ 1º A assembléia de debenturistas pode ser convocada pelo j) o nome do titular. (Redação dada pela Lei nº 9.457, de
agente fiduciário, pela companhia emissora, por 1997)
debenturistas que representem 10% (dez por cento), no SEÇÃO IX
mínimo, dos títulos em circulação, e pela Comissão de EMISSÃO DE DEBÊNTURES NO ESTRANGEIRO
Valores Mobiliários.
Art. 73. Somente com a prévia aprovação do Banco Central
§ 2º Aplica-se à assembléia de debenturistas, no que couber,
do Brasil as companhias brasileiras poderão emitir
o disposto nesta Lei sobre a assembléia-geral de acionistas.
debêntures no exterior com garantia real ou flutuante de
§ 3º A assembléia se instalará, em primeira convocação, com bens situados no País.
a presença de debenturistas que representem metade, no
§ 1º Os credores por obrigações contraídas no Brasil terão
mínimo, das debêntures em circulação, e, em segunda
preferência sobre os créditos por debêntures emitidas no
convocação, com qualquer número.
exterior por companhias estrangeiras autorizadas a
§ 4º O agente fiduciário deverá comparecer à assembléia e funcionar no País, salvo se a emissão tiver sido previamente
prestar aos debenturistas as informações que lhe forem autorizada pelo Banco Central do Brasil e o seu produto
solicitadas. aplicado em estabelecimento situado no território nacional.
§ 5º A escritura de emissão estabelecerá a maioria § 2º Em qualquer caso, somente poderão ser remetidos para
necessária, que não será inferior à metade das debêntures o exterior o principal e os encargos de debêntures
em circulação, para aprovar modificação nas condições das registradas no Banco Central do Brasil.
debêntures.
§ 3º A emissão de debêntures no estrangeiro, além de
§ 6º Nas deliberações da assembléia, a cada debênture observar os requisitos do artigo 62, requer a inscrição, no
caberá um voto. registro de imóveis, do local da sede ou do estabelecimento,
dos demais documentos exigidos pelas leis do lugar da
SEÇÃO VIII
emissão, autenticadas de acordo com a lei aplicável,
CÉDULA DE DEBÊNTURES legalizadas pelo consulado brasileiro no exterior e
(Redação Dada Pela Lei Nº 9.457, de 1997) acompanhados de tradução em vernáculo, feita por tradutor
Art. 72. As instituições financeiras autorizadas pelo Banco público juramentado; e, no caso de companhia estrangeira,
Central do Brasil a efetuar esse tipo de operação poderão o arquivamento no registro do comércio e publicação do ato
emitir cédulas lastreadas em debêntures, com garantia que, de acordo com o estatuto social e a lei do local da sede,
própria, que conferirão a seus titulares direito de crédito tenha autorizado a emissão.

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§ 4º A negociação, no mercado de capitais do Brasil, de II - a denominação "Bônus de Subscrição";


debêntures emitidas no estrangeiro, depende de prévia
III - o número de ordem;
autorização da Comissão de Valores Mobiliários.
IV - o número, a espécie e a classe das ações que poderão ser
SEÇÃO X
subscritas, o preço de emissão ou os critérios para sua
EXTINÇÃO
determinação;
Art. 74. A companhia emissora fará, nos livros próprios, as V - a época em que o direito de subscrição poderá ser
anotações referentes à extinção das debêntures, e manterá exercido e a data do término do prazo para esse exercício;
arquivados, pelo prazo de 5 (cinco) anos, juntamente com os
documentos relativos à extinção, os certificados cancelados VI - o nome do titular; (Redação dada pela Lei nº 9.457, de
ou os recibos dos titulares das contas das debêntures 1997)
escriturais. VII - a data da emissão do certificado e as assinaturas de dois
§ 1º Se a emissão tiver agente fiduciário, caberá a este diretores. (Redação dada pela Lei nº 9.457, de 1997)
fiscalizar o cancelamento dos certificados. CAPÍTULO VII
§ 2º Os administradores da companhia responderão CONSTITUIÇÃO DA COMPANHIA
solidariamente pelas perdas e danos decorrentes da infração SEÇÃO I
do disposto neste artigo. REQUISITOS PRELIMINARES
CAPÍTULO VI Art. 80. A constituição da companhia depende do
BÔNUS DE SUBSCRIÇÃO cumprimento dos seguintes requisitos preliminares:
Características I - subscrição, pelo menos por 2 (duas) pessoas, de todas as
ações em que se divide o capital social fixado no estatuto;
Art. 75. A companhia poderá emitir, dentro do limite de
aumento de capital autorizado no estatuto (artigo 168), II - realização, como entrada, de 10% (dez por cento), no
títulos negociáveis denominados "Bônus de Subscrição". mínimo, do preço de emissão das ações subscritas em
dinheiro;
Parágrafo único. Os bônus de subscrição conferirão aos seus
titulares, nas condições constantes do certificado, direito de III - depósito, no Banco do Brasil S/A., ou em outro
subscrever ações do capital social, que será exercido estabelecimento bancário autorizado pela Comissão de
mediante apresentação do título à companhia e pagamento Valores Mobiliários, da parte do capital realizado em
do preço de emissão das ações. dinheiro.
Competência Parágrafo único. O disposto no número II não se aplica às
companhias para as quais a lei exige realização inicial de
Art. 76. A deliberação sobre emissão de bônus de subscrição
parte maior do capital social.
compete à assembléia-geral, se o estatuto não a atribuir ao
conselho de administração. Depósito da Entrada
Emissão Art. 81. O depósito referido no número III do artigo 80 deverá
ser feito pelo fundador, no prazo de 5 (cinco) dias contados
Art. 77. Os bônus de subscrição serão alienados pela
do recebimento das quantias, em nome do subscritor e a
companhia ou por ela atribuídos, como vantagem adicional,
favor da sociedade em organização, que só poderá levantá-
aos subscritos de emissões de suas ações ou debêntures.
lo após haver adquirido personalidade jurídica.
Parágrafo único. Os acionistas da companhia gozarão, nos
Parágrafo único. Caso a companhia não se constitua dentro
termos dos artigos 171 e 172, de preferência para subscrever
de 6 (seis) meses da data do depósito, o banco restituirá as
a emissão de bônus.
quantias depositadas diretamente aos subscritores.
Forma, Propriedade e Circulação
SEÇÃO II
Art. 78. Os bônus de subscrição terão a forma CONSTITUIÇÃO POR SUBSCRIÇÃO PÚBLICA
nominativa. (Redação dada pela Lei nº 9.457, de 1997)
Registro da Emissão
Parágrafo único. Aplica-se aos bônus de subscrição, no que
couber, o disposto nas Seções V a VII do Capítulo III. Art. 82. A constituição de companhia por subscrição pública
depende do prévio registro da emissão na Comissão de
Certificados Valores Mobiliários, e a subscrição somente poderá ser
Art. 79. O certificado de bônus de subscrição conterá as efetuada com a intermediação de instituição financeira.
seguintes declarações:
I - as previstas nos números I a IV do artigo 24;

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§ 1º O pedido de registro de emissão obedecerá às normas XI - o nome, nacionalidade, estado civil, profissão e
expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários e será residência dos fundadores, ou, se pessoa jurídica, a firma ou
instruído com: denominação, nacionalidade e sede, bem como o número e
espécie de ações que cada um houver subscrito,
a) o estudo de viabilidade econômica e financeira do
empreendimento; XII - a instituição financeira intermediária do lançamento, em
cujo poder ficarão depositados os originais do prospecto e
b) o projeto do estatuto social;
do projeto de estatuto, com os documentos a que fizerem
c) o prospecto, organizado e assinado pelos fundadores e menção, para exame de qualquer interessado.
pela instituição financeira intermediária.
Lista, Boletim e Entrada
§ 2º A Comissão de Valores Mobiliários poderá condicionar
Art. 85. No ato da subscrição das ações a serem realizadas
o registro a modificações no estatuto ou no prospecto e
em dinheiro, o subscritor pagará a entrada e assinará a lista
denegá-lo por inviabilidade ou temeridade do
ou o boletim individual autenticados pela instituição
empreendimento, ou inidoneidade dos fundadores.
autorizada a receber as entradas, qualificando-se pelo nome,
Projeto de Estatuto nacionalidade, residência, estado civil, profissão e
documento de identidade, ou, se pessoa jurídica, pela firma
Art. 83. O projeto de estatuto deverá satisfazer a todos os
ou denominação, nacionalidade e sede, devendo especificar
requisitos exigidos para os contratos das sociedades
o número das ações subscritas, a sua espécie e classe, se
mercantis em geral e aos peculiares às companhias, e
houver mais de uma, e o total da entrada.
conterá as normas pelas quais se regerá a companhia.
§ 1º A subscrição poderá ser feita, nas condições previstas
Prospecto
no prospecto, por carta à instituição, acompanhada das
Art. 84. O prospecto deverá mencionar, com precisão e declarações a que se refere este artigo e do pagamento da
clareza, as bases da companhia e os motivos que justifiquem entrada. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
a expectativa de bom êxito do empreendimento, e em
§ 2º Será dispensada a assinatura de lista ou de boletim a
especial:
que se refere o caput deste artigo na hipótese de oferta
I - o valor do capital social a ser subscrito, o modo de sua pública cuja liquidação ocorra por meio de sistema
realização e a existência ou não de autorização para administrado por entidade administradora de mercados
aumento futuro; organizados de valores mobiliários. (Incluído pela Lei nº
13.874, de 2019)
II - a parte do capital a ser formada com bens, a
discriminação desses bens e o valor a eles atribuídos pelos Convocação de Assembléia
fundadores;
Art. 86. Encerrada a subscrição e havendo sido subscrito
III - o número, as espécies e classes de ações em que se todo o capital social, os fundadores convocarão a
dividirá o capital; o valor nominal das ações, e o preço da assembléia-geral que deverá:
emissão das ações;
I - promover a avaliação dos bens, se for o caso (artigo 8º);
IV - a importância da entrada a ser realizada no ato da
II - deliberar sobre a constituição da companhia.
subscrição;
Parágrafo único. Os anúncios de convocação mencionarão
V - as obrigações assumidas pelos fundadores, os contratos
hora, dia e local da reunião e serão inseridos nos jornais em
assinados no interesse da futura companhia e as quantias já
que houver sido feita a publicidade da oferta de subscrição.
despendidas e por despender;
Assembléia de Constituição
VI - as vantagens particulares, a que terão direito os
fundadores ou terceiros, e o dispositivo do projeto do Art. 87. A assembléia de constituição instalar-se-á, em
estatuto que as regula; primeira convocação, com a presença de subscritores que
representem, no mínimo, metade do capital social, e, em
VII - a autorização governamental para constituir-se a
segunda convocação, com qualquer número.
companhia, se necessária;
§ 1º Na assembléia, presidida por um dos fundadores e
VIII - as datas de início e término da subscrição e as
secretariada por subscritor, será lido o recibo de depósito de
instituições autorizadas a receber as entradas;
que trata o número III do artigo 80, bem como discutido e
IX - a solução prevista para o caso de excesso de subscrição; votado o projeto de estatuto.
X - o prazo dentro do qual deverá realizar-se a assembléia de § 2º Cada ação, independentemente de sua espécie ou
constituição da companhia, ou a preliminar para avaliação classe, dá direito a um voto; a maioria não tem poder para
dos bens, se for o caso; alterar o projeto de estatuto.

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§ 3º Verificando-se que foram observadas as formalidades Parágrafo único. Os fundadores responderão,


legais e não havendo oposição de subscritores que solidariamente, pelo prejuízo decorrente de culpa ou dolo
representem mais da metade do capital social, o presidente em atos ou operações anteriores à constituição.
declarará constituída a companhia, procedendo-se, a seguir,
Art. 93. Os fundadores entregarão aos primeiros
à eleição dos administradores e fiscais.
administradores eleitos todos os documentos, livros ou
§ 4º A ata da reunião, lavrada em duplicata, depois de lida e papéis relativos à constituição da companhia ou a esta
aprovada pela assembléia, será assinada por todos os pertencentes.
subscritores presentes, ou por quantos bastem à validade
CAPÍTULO VIII
das deliberações; um exemplar ficará em poder da
FORMALIDADES COMPLEMENTARES DA CONSTITUIÇÃO,
companhia e o outro será destinado ao registro do comércio.
SEÇÃO III Arquivamento e Publicação
CONSTITUIÇÃO POR SUBSCRIÇÃO PARTICULAR Art. 94. Nenhuma companhia poderá funcionar sem que
sejam arquivados e publicados seus atos constitutivos.
Art. 88. A constituição da companhia por subscrição
particular do capital pode fazer-se por deliberação dos Companhia Constituída por Assembléia
subscritores em assembléia-geral ou por escritura pública,
Art. 95. Se a companhia houver sido constituída por
considerando-se fundadores todos os subscritores.
deliberação em assembléia-geral, deverão ser arquivados no
§ 1º Se a forma escolhida for a de assembléia-geral, registro do comércio do lugar da sede:
observar-se-á o disposto nos artigos 86 e 87, devendo ser
I - um exemplar do estatuto social, assinado por todos os
entregues à assembléia o projeto do estatuto, assinado em
subscritores (artigo 88, § 1º) ou, se a subscrição houver sido
duplicata por todos os subscritores do capital, e as listas ou
pública, os originais do estatuto e do prospecto, assinados
boletins de subscrição de todas as ações.
pelos fundadores, bem como do jornal em que tiverem sido
§ 2º Preferida a escritura pública, será ela assinada por todos publicados;
os subscritores, e conterá:
II - a relação completa, autenticada pelos fundadores ou pelo
a) a qualificação dos subscritores, nos termos do artigo 85; presidente da assembléia, dos subscritores do capital social,
com a qualificação, número das ações e o total da entrada
b) o estatuto da companhia;
de cada subscritor (artigo 85);
c) a relação das ações tomadas pelos subscritores e a
III - o recibo do depósito a que se refere o número III do
importância das entradas pagas;
artigo 80;
d) a transcrição do recibo do depósito referido no número III
IV - duplicata das atas das assembléias realizadas para a
do artigo 80;
avaliação de bens quando for o caso (artigo 8º);
e) a transcrição do laudo de avaliação dos peritos, caso tenha
V - duplicata da ata da assembléia-geral dos subscritores que
havido subscrição do capital social em bens (artigo 8°);
houver deliberado a constituição da companhia (artigo 87).
f) a nomeação dos primeiros administradores e, quando for
Companhia Constituída por Escritura Pública
o caso, dos fiscais.
Art. 96. Se a companhia tiver sido constituída por escritura
SEÇÃO IV
pública, bastará o arquivamento de certidão do instrumento.
DISPOSIÇÕES GERAIS
Registro do Comércio
Art. 89. A incorporação de imóveis para formação do capital
social não exige escritura pública. Art. 97. Cumpre ao registro do comércio examinar se as
prescrições legais foram observadas na constituição da
Art. 90. O subscritor pode fazer-se representar na companhia, bem como se no estatuto existem cláusulas
assembléia-geral ou na escritura pública por procurador com contrárias à lei, à ordem pública e aos bons costumes.
poderes especiais.
§ 1º Se o arquivamento for negado, por inobservância de
Art. 91. Nos atos e publicações referentes a companhia em prescrição ou exigência legal ou por irregularidade verificada
constituição, sua denominação deverá ser aditada da na constituição da companhia, os primeiros administradores
cláusula "em organização". deverão convocar imediatamente a assembléia-geral para
Art. 92. Os fundadores e as instituições financeiras que sanar a falta ou irregularidade, ou autorizar as providências
participarem da constituição por subscrição pública que se fizerem necessárias. A instalação e funcionamento da
responderão, no âmbito das respectivas atribuições, pelos assembléia obedecerão ao disposto no artigo 87, devendo a
prejuízos resultantes da inobservância de preceitos legais. deliberação ser tomada por acionistas que representem, no
mínimo, metade do capital social. Se a falta for do estatuto,
poderá ser sanada na mesma assembléia, a qual deliberará,
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ainda, sobre se a companhia deve promover a d) do resgate, reembolso e amortização das ações, ou de sua
responsabilidade civil dos fundadores (artigo 92). aquisição pela companhia;
§ 2º Com a 2ª via da ata da assembléia e a prova de ter sido e) das mutações operadas pela alienação ou transferência de
sanada a falta ou irregularidade, o registro do comércio ações;
procederá ao arquivamento dos atos constitutivos da
f) do penhor, usufruto, fideicomisso, da alienação fiduciária
companhia.
em garantia ou de qualquer ônus que grave as ações ou
§ 3º A criação de sucursais, filiais ou agências, observado o obste sua negociação.
disposto no estatuto, será arquivada no registro do
II - o livro de "Transferência de Ações Nominativas", para
comércio.
lançamento dos termos de transferência, que deverão ser
Publicação e Transferência de Bens assinados pelo cedente e pelo cessionário ou seus legítimos
representantes;
Art. 98. Arquivados os documentos relativos à constituição
da companhia, os seus administradores providenciarão, nos III - o livro de "Registro de Partes Beneficiárias Nominativas"
30 (trinta) dias subseqüentes, a publicação deles, bem como e o de "Transferência de Partes Beneficiárias Nominativas",
a de certidão do arquivamento, em órgão oficial do local de se tiverem sido emitidas, observando-se, em ambos, no que
sua sede. couber, o disposto nos números I e II deste artigo;
§ 1° Um exemplar do órgão oficial deverá ser arquivado no IV - o livro de Atas das Assembléias Gerais; (Redação dada
registro do comércio. pela Lei nº 9.457, de 1997)
§ 2º A certidão dos atos constitutivos da companhia, passada V - o livro de Presença dos Acionistas; (Redação dada pela Lei
pelo registro do comércio em que foram arquivados, será o nº 9.457, de 1997)
documento hábil para a transferência, por transcrição no
VI - os livros de Atas das Reuniões do Conselho de
registro público competente, dos bens com que o subscritor
Administração, se houver, e de Atas das Reuniões de
tiver contribuído para a formação do capital social (artigo 8º,
Diretoria; (Redação dada pela Lei nº 9.457, de 1997)
§ 2º).
VII - o livro de Atas e Pareceres do Conselho Fiscal. (Redação
§ 3º A ata da assembléia-geral que aprovar a incorporação
dada pela Lei nº 9.457, de 1997)
deverá identificar o bem com precisão, mas poderá
descrevê-lo sumariamente, desde que seja suplementada § 1º A qualquer pessoa, desde que se destinem a defesa de
por declaração, assinada pelo subscritor, contendo todos os direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal
elementos necessários para a transcrição no registro público. ou dos acionistas ou do mercado de valores mobiliários,
serão dadas certidões dos assentamentos constantes dos
Responsabilidade dos Primeiros Administradores
livros mencionados nos incisos I a III, e por elas a companhia
Art. 99. Os primeiros administradores são solidariamente poderá cobrar o custo do serviço, cabendo, do
responsáveis perante acompanhia pelos prejuízos causados indeferimento do pedido por parte da companhia, recurso à
pela demora no cumprimento das formalidades Comissão de Valores Mobiliários. (Redação dada pela Lei nº
complementares à sua constituição. 9.457, de 1997)
Parágrafo único. A companhia não responde pelos atos ou § 2o Nas companhias abertas, os livros referidos nos incisos
operações praticados pelos primeiros administradores antes I a V do caput deste artigo poderão ser substituídos,
de cumpridas as formalidades de constituição, mas a observadas as normas expedidas pela Comissão de Valores
assembléia-geral poderá deliberar em contrário. Mobiliários, por registros mecanizados ou
eletrônicos. (Redação dada pela Lei nº 12.431, de 2011).
CAPÍTULO IX
LIVROS SOCIAIS Escrituração do Agente Emissor

Art. 100. A companhia deve ter, além dos livros obrigatórios Art. 101. O agente emissor de certificados (art. 27) poderá
para qualquer comerciante, os seguintes, revestidos das substituir os livros referidos nos incisos I a III do art. 100 pela
mesmas formalidades legais: sua escrituração e manter, mediante sistemas adequados,
aprovados pela Comissão de Valores Mobiliários, os registros
I - o livro de Registro de Ações Nominativas, para inscrição, de propriedade das ações, partes beneficiárias, debêntures
anotação ou averbação: (Redação dada pela Lei nº 9.457, de e bônus de subscrição, devendo uma vez por ano preparar
1997) lista dos seus titulares, com o número dos títulos de cada um,
a) do nome do acionista e do número das suas ações; a qual será encadernada, autenticada no registro do
comércio e arquivada na companhia. (Redação dada pela Lei
b) das entradas ou prestações de capital realizado; nº 9.457, de 1997)
c) das conversões de ações, de uma em outra espécie ou
classe; (Redação dada pela Lei nº 9.457, de 1997)
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§ 1° Os termos de transferência de ações nominativas irregularidades praticadas por qualquer dos órgãos da
perante o agente emissor poderão ser lavrados em folhas companhia.
soltas, à vista do certificado da ação, no qual serão
CAPÍTULO X
averbados a transferência e o nome e qualificação do
ACIONISTAS
adquirente.
SEÇÃO I
§ 2º Os termos de transferência em folhas soltas serão OBRIGAÇÃO DE REALIZAR O CAPITAL
encadernados em ordem cronológica, em livros
autenticados no registro do comércio e arquivados no Condições e Mora
agente emissor. Art. 106. O acionista é obrigado a realizar, nas condições
Ações Escriturais previstas no estatuto ou no boletim de subscrição, a
prestação correspondente às ações subscritas ou adquiridas.
Art. 102. A instituição financeira depositária de ações
escriturais deverá fornecer à companhia, ao menos uma vez § 1° Se o estatuto e o boletim forem omissos quanto ao
por ano, cópia dos extratos das contas de depósito das ações montante da prestação e ao prazo ou data do pagamento,
e a lista dos acionistas com a quantidade das respectivas caberá aos órgãos da administração efetuar chamada,
ações, que serão encadernadas em livros autenticados no mediante avisos publicados na imprensa, por 3 (três) vezes,
registro do comércio e arquivados na instituição financeira. no mínimo, fixando prazo, não inferior a 30 (trinta) dias, para
o pagamento.
Fiscalização e Dúvidas no Registro
§ 2° O acionista que não fizer o pagamento nas condições
Art. 103. Cabe à companhia verificar a regularidade das previstas no estatuto ou boletim, ou na chamada, ficará de
transferências e da constituição de direitos ou ônus sobre os pleno direito constituído em mora, sujeitando-se ao
valores mobiliários de sua emissão; nos casos dos artigos 27 pagamento dos juros, da correção monetária e da multa que
e 34, essa atribuição compete, respectivamente, ao agente o estatuto determinar, esta não superior a 10% (dez por
emissor de certificados e à instituição financeira depositária cento) do valor da prestação.
das ações escriturais.
Acionista Remisso
Parágrafo único. As dúvidas suscitadas entre o acionista, ou
qualquer interessado, e a companhia, o agente emissor de Art. 107. Verificada a mora do acionista, a companhia pode,
certificados ou a instituição financeira depositária das ações à sua escolha:
escriturais, a respeito das averbações ordenadas por esta I - promover contra o acionista, e os que com ele forem
Lei, ou sobre anotações, lançamentos ou transferências de solidariamente responsáveis (artigo 108), processo de
ações, partes beneficiárias, debêntures, ou bônus de execução para cobrar as importâncias devidas, servindo o
subscrição, nos livros de registro ou transferência, serão boletim de subscrição e o aviso de chamada como título
dirimidas pelo juiz competente para solucionar as dúvidas extrajudicial nos termos do Código de Processo Civil; ou
levantadas pelos oficiais dos registros públicos, excetuadas
as questões atinentes à substância do direito. II - mandar vender as ações em bolsa de valores, por conta e
risco do acionista.
Responsabilidade da Companhia
§ 1º Será havida como não escrita, relativamente à
Art. 104.A companhia é responsável pelos prejuízos que companhia, qualquer estipulação do estatuto ou do boletim
causar aos interessados por vícios ou irregularidades de subscrição que exclua ou limite o exercício da opção
verificadas nos livros de que tratam os incisos I a III do art. prevista neste artigo, mas o subscritor de boa-fé terá ação,
100. (Redação dada pela Lei nº 9.457, de 1997) contra os responsáveis pela estipulação, para haver perdas e
Parágrafo único. A companhia deverá diligenciar para que os danos sofridos, sem prejuízo da responsabilidade penal que
atos de emissão e substituição de certificados, e de no caso couber.
transferências e averbações nos livros sociais, sejam § 2º A venda será feita em leilão especial na bolsa de valores
praticados no menor prazo possível, não excedente do do lugar da sede social, ou, se não houver, na mais próxima,
fixado pela Comissão de Valores Mobiliários, respondendo depois de publicado aviso, por 3 (três) vezes, com
perante acionistas e terceiros pelos prejuízos decorrentes de antecedência mínima de 3 (três) dias. Do produto da venda
atrasos culposos. serão deduzidos as despesas com a operação e, se previstos
Exibição dos Livros no estatuto, os juros, correção monetária e multa, ficando o
saldo à disposição do ex-acionista, na sede da sociedade.
Art. 105. A exibição por inteiro dos livros da companhia pode
ser ordenada judicialmente sempre que, a requerimento de § 3º É facultado à companhia, mesmo após iniciada a
acionistas que representem, pelo menos, 5% (cinco por cobrança judicial, mandar vender a ação em bolsa de valores;
cento) do capital social, sejam apontados atos violadores da a companhia poderá também promover a cobrança judicial
lei ou do estatuto, ou haja fundada suspeita de graves se as ações oferecidas em bolsa não encontrarem tomador,

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ou se o preço apurado não bastar para pagar os débitos do Art. 110. A cada ação ordinária corresponde 1 (um) voto nas
acionista. deliberações da assembléia-geral.
§ 4º Se a companhia não conseguir, por qualquer dos meios § 1º O estatuto pode estabelecer limitação ao número de
previstos neste artigo, a integralização das ações, poderá votos de cada acionista.
declará-las caducas e fazer suas as entradas realizadas,
§ 2º É vedado atribuir voto plural a qualquer classe de ações.
integralizando-as com lucros ou reservas, exceto a legal; se
não tiver lucros e reservas suficientes, terá o prazo de 1 (um) Ações Preferenciais
ano para colocar as ações caídas em comisso, findo o qual,
Art. 111. O estatuto poderá deixar de conferir às ações
não tendo sido encontrado comprador, a assembléia-geral
preferenciais algum ou alguns dos direitos reconhecidos às
deliberará sobre a redução do capital em importância
ações ordinárias, inclusive o de voto, ou conferi-lo com
correspondente.
restrições, observado o disposto no artigo 109.
Responsabilidade dos Alienantes
§ 1º As ações preferenciais sem direito de voto adquirirão o
Art. 108. Ainda quando negociadas as ações, os alienantes exercício desse direito se a companhia, pelo prazo previsto
continuarão responsáveis, solidariamente com os no estatuto, não superior a 3 (três) exercícios consecutivos,
adquirentes, pelo pagamento das prestações que faltarem deixar de pagar os dividendos fixos ou mínimos a que fizerem
para integralizar as ações transferidas. jus, direito que conservarão até o pagamento, se tais
dividendos não forem cumulativos, ou até que sejam pagos
Parágrafo único. Tal responsabilidade cessará, em relação a
os cumulativos em atraso.
cada alienante, no fim de 2 (dois) anos a contar da data da
transferência das ações. § 2º Na mesma hipótese e sob a mesma condição do § 1º, as
ações preferenciais com direito de voto restrito terão
SEÇÃO II
suspensas as limitações ao exercício desse direito.
DIREITOS ESSENCIAIS
§ 3º O estatuto poderá estipular que o disposto nos §§ 1º e
Art. 109. Nem o estatuto social nem a assembléia-geral 2º vigorará a partir do término da implantação do
poderão privar o acionista dos direitos de: empreendimento inicial da companhia.
I - participar dos lucros sociais; Não Exercício de Voto pelas Ações ao Portador
II - participar do acervo da companhia, em caso de Art. 112. Somente os titulares de ações nominativas
liquidação; endossáveis e escriturais poderão exercer o direito de voto.
III - fiscalizar, na forma prevista nesta Lei, a gestão dos Parágrafo único. Os titulares de ações preferenciais ao
negócios sociais; portador que adquirirem direito de voto de acordo com o
IV - preferência para a subscrição de ações, partes disposto nos §§ 1º e 2º do artigo 111, e enquanto dele
beneficiárias conversíveis em ações, debêntures gozarem, poderão converter as ações em nominativas ou
conversíveis em ações e bônus de subscrição, observado o endossáveis, independentemente de autorização
disposto nos artigos 171 e 172; (Vide Lei nº 12.838, de estatutária.
2013) Voto das Ações Empenhadas e Alienadas Fiduciariamente
V - retirar-se da sociedade nos casos previstos nesta Lei. Art. 113. O penhor da ação não impede o acionista de
§ 1º As ações de cada classe conferirão iguais direitos aos exercer o direito de voto; será lícito, todavia, estabelecer, no
seus titulares. contrato, que o acionista não poderá, sem consentimento do
credor pignoratício, votar em certas deliberações.
§ 2º Os meios, processos ou ações que a lei confere ao
acionista para assegurar os seus direitos não podem ser Parágrafo único. O credor garantido por alienação fiduciária
elididos pelo estatuto ou pela assembléia-geral. da ação não poderá exercer o direito de voto; o devedor
somente poderá exercê-lo nos termos do contrato.
§ 3o O estatuto da sociedade pode estabelecer que as
divergências entre os acionistas e a companhia, ou entre os Voto das Ações Gravadas com Usufruto
acionistas controladores e os acionistas minoritários, Art. 114. O direito de voto da ação gravada com usufruto, se
poderão ser solucionadas mediante arbitragem, nos termos não for regulado no ato de constituição do gravame,
em que especificar.(Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001) somente poderá ser exercido mediante prévio acordo entre
SEÇÃO III o proprietário e o usufrutuário.
DIREITO DE VOTO Abuso do Direito de Voto e Conflito de Interesses
Disposições Gerais Art. 115. O acionista deve exercer o direito a voto no
interesse da companhia; considerar-se-á abusivo o voto

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exercido com o fim de causar dano à companhia ou a outros Art. 116-A. O acionista controlador da companhia aberta e
acionistas, ou de obter, para si ou para outrem, vantagem a os acionistas, ou grupo de acionistas, que elegerem membro
que não faz jus e de que resulte, ou possa resultar, prejuízo do conselho de administração ou membro do conselho fiscal,
para a companhia ou para outros acionistas.(Redação dada deverão informar imediatamente as modificações em sua
pela Lei nº 10.303, de 2001) posição acionária na companhia à Comissão de Valores
Mobiliários e às Bolsas de Valores ou entidades do mercado
§ 1º o acionista não poderá votar nas deliberações da
de balcão organizado nas quais os valores mobiliários de
assembléia-geral relativas ao laudo de avaliação de bens
emissão da companhia estejam admitidos à negociação,
com que concorrer para a formação do capital social e à
nas condições e na forma determinadas pela Comissão de
aprovação de suas contas como administrador, nem em
Valores Mobiliários.(Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001)
quaisquer outras que puderem beneficiá-lo de modo
particular, ou em que tiver interesse conflitante com o da Responsabilidade
companhia.
Art. 117. O acionista controlador responde pelos danos
§ 2º Se todos os subscritores forem condôminos de bem com causados por atos praticados com abuso de poder.
que concorreram para a formação do capital social, poderão
§ 1º São modalidades de exercício abusivo de poder:
aprovar o laudo, sem prejuízo da responsabilidade de que
trata o § 6º do artigo 8º. a) orientar a companhia para fim estranho ao objeto social
ou lesivo ao interesse nacional, ou levá-la a favorecer outra
§ 3º o acionista responde pelos danos causados pelo
sociedade, brasileira ou estrangeira, em prejuízo da
exercício abusivo do direito de voto, ainda que seu voto não
participação dos acionistas minoritários nos lucros ou no
haja prevalecido.
acervo da companhia, ou da economia nacional;
§ 4º A deliberação tomada em decorrência do voto de
b) promover a liquidação de companhia próspera, ou a
acionista que tem interesse conflitante com o da companhia
transformação, incorporação, fusão ou cisão da companhia,
é anulável; o acionista responderá pelos danos causados e
com o fim de obter, para si ou para outrem, vantagem
será obrigado a transferir para a companhia as vantagens
indevida, em prejuízo dos demais acionistas, dos que
que tiver auferido.
trabalham na empresa ou dos investidores em valores
§ 5o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001) mobiliários emitidos pela companhia;
§ 6o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001) c) promover alteração estatutária, emissão de valores
mobiliários ou adoção de políticas ou decisões que não
§ 7 (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001)
o
tenham por fim o interesse da companhia e visem a causar
§ 8o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001) prejuízo a acionistas minoritários, aos que trabalham na
empresa ou aos investidores em valores mobiliários emitidos
§ 9o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001)
pela companhia;
§ 10. (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001)
d) eleger administrador ou fiscal que sabe inapto, moral ou
SEÇÃO IV tecnicamente;
ACIONISTA CONTROLADOR
e) induzir, ou tentar induzir, administrador ou fiscal a
Deveres praticar ato ilegal, ou, descumprindo seus deveres definidos
nesta Lei e no estatuto, promover, contra o interesse da
Art. 116. Entende-se por acionista controlador a pessoa, companhia, sua ratificação pela assembléia-geral;
natural ou jurídica, ou o grupo de pessoas vinculadas por
acordo de voto, ou sob controle comum, que: f) contratar com a companhia, diretamente ou através de
outrem, ou de sociedade na qual tenha interesse, em
a) é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo condições de favorecimento ou não equitativas;
permanente, a maioria dos votos nas deliberações da
assembléia-geral e o poder de eleger a maioria dos g) aprovar ou fazer aprovar contas irregulares de
administradores da companhia; e administradores, por favorecimento pessoal, ou deixar de
apurar denúncia que saiba ou devesse saber procedente, ou
b) usa efetivamente seu poder para dirigir as atividades que justifique fundada suspeita de irregularidade.
sociais e orientar o funcionamento dos órgãos da
companhia. h) subscrever ações, para os fins do disposto no art. 170, com
a realização em bens estranhos ao objeto social da
Parágrafo único. O acionista controlador deve usar o poder companhia. (Incluída dada pela Lei nº 9.457, de 1997)
com o fim de fazer a companhia realizar o seu objeto e
cumprir sua função social, e tem deveres e responsabilidades § 2º No caso da alínea e do § 1º, o administrador ou fiscal
para com os demais acionistas da empresa, os que nela que praticar o ato ilegal responde solidariamente com o
trabalham e para com a comunidade em que atua, cujos acionista controlador.
direitos e interesses deve lealmente respeitar e atender.
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§ 3º O acionista controlador que exerce cargo de comunicar-se com a companhia, para prestar ou receber
administrador ou fiscal tem também os deveres e informações, quando solicitadas.(Incluído pela Lei nº 10.303,
responsabilidades próprios do cargo. de 2001)
SEÇÃO V § 11. A companhia poderá solicitar aos membros do acordo
ACORDO DE ACIONISTAS esclarecimento sobre suas cláusulas.(Incluído pela Lei nº
10.303, de 2001)
Art. 118. Os acordos de acionistas, sobre a compra e venda
de suas ações, preferência para adquiri-las, exercício do SEÇÃO VI
direito a voto, ou do poder de controle deverão ser REPRESENTAÇÃO DE ACIONISTA RESIDENTE OU
observados pela companhia quando arquivados na sua DOMICILIADO NO EXTERIOR
sede.(Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
Art. 119. O acionista residente ou domiciliado no exterior
§ 1º As obrigações ou ônus decorrentes desses acordos deverá manter, no País, representante com poderes para
somente serão oponíveis a terceiros, depois de averbados receber citação em ações contra ele, propostas com
nos livros de registro e nos certificados das ações, se fundamento nos preceitos desta Lei.
emitidos.
Parágrafo único. O exercício, no Brasil, de qualquer dos
§ 2° Esses acordos não poderão ser invocados para eximir o direitos de acionista, confere ao mandatário ou
acionista de responsabilidade no exercício do direito de voto representante legal qualidade para receber citação judicial.
(artigo 115) ou do poder de controle (artigos 116 e 117).
SEÇÃO VII
§ 3º Nas condições previstas no acordo, os acionistas podem SUSPENSÃO DO EXERCÍCIO DE DIREITOS
promover a execução específica das obrigações assumidas.
Art. 120. A assembléia-geral poderá suspender o exercício
§ 4º As ações averbadas nos termos deste artigo não dos direitos do acionista que deixar de cumprir obrigação
poderão ser negociadas em bolsa ou no mercado de balcão. imposta pela lei ou pelo estatuto, cessando a suspensão logo
§ 5º No relatório anual, os órgãos da administração da que cumprida a obrigação.
companhia aberta informarão à assembléia-geral CAPÍTULO XI
as disposições sobre política de reinvestimento de lucros ASSEMBLÉIA-GERAL
e distribuição de dividendos, constantes de acordos de SEÇÃO I
acionistas arquivados na companhia.
DISPOSIÇÕES GERAIS
§ 6o O acordo de acionistas cujo prazo for fixado em função
Art. 121. A assembléia-geral, convocada e instalada de
de termo ou condição resolutiva somente pode ser
acordo com a lei e o estatuto, tem poderes para decidir todos
denunciado segundo suas estipulações. (Incluído pela Lei nº
os negócios relativos ao objeto da companhia e tomar as
10.303, de 2001)
resoluções que julgar convenientes à sua defesa e
§ 7o O mandato outorgado nos termos de acordo de desenvolvimento.
acionistas para proferir, em assembléia-geral ou especial,
Parágrafo único. Nas companhias, abertas e fechadas, o
voto contra ou a favor de determinada deliberação, poderá
acionista poderá participar e votar a distância em assembleia
prever prazo superior ao constante do § 1o do art. 126 desta
geral, nos termos do regulamento da Comissão de Valores
Lei.(Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001)
Mobiliários e do órgão competente do Poder Executivo
§ 8o O presidente da assembléia ou do órgão colegiado de federal, respectivamente. (Redação dada pela Lei nº
deliberação da companhia não computará o voto proferido 14.030, de 2020).
com infração de acordo de acionistas devidamente
Competência Privativa
arquivado.(Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001)
Art. 122. Compete privativamente à assembleia
§ 9o O não comparecimento à assembléia ou às reuniões dos
geral: (Redação dada pela Lei nº 12.431, de 2011).
órgãos de administração da companhia, bem como as
abstenções de voto de qualquer parte de acordo de I - reformar o estatuto social;(Redação dada pela Lei nº
acionistas ou de membros do conselho de administração 10.303, de 2001)
eleitos nos termos de acordo de acionistas, assegura à parte
II - eleger ou destituir, a qualquer tempo, os administradores
prejudicada o direito de votar com as ações pertencentes ao
e fiscais da companhia, ressalvado o disposto no inciso II do
acionista ausente ou omisso e, no caso de membro do
art. 142;(Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
conselho de administração, pelo conselheiro eleito com os
votos da parte prejudicada.(Incluído pela Lei nº 10.303, de III - tomar, anualmente, as contas dos administradores e
2001) deliberar sobre as demonstrações financeiras por eles
apresentadas;(Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
§ 10. Os acionistas vinculados a acordo de acionistas deverão
indicar, no ato de arquivamento, representante para
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IV - autorizar a emissão de debêntures, ressalvado o disposto e hora da assembléia, a ordem do dia, e, no caso de reforma
nos §§ 1o, 2o e 4o do art. 59; (Redação dada pela Lei nº do estatuto, a indicação da matéria.
12.431, de 2011). (Vide Lei nº 12.838, de 2013)
§ 1o A primeira convocação da assembléia-geral deverá ser
V - suspender o exercício dos direitos do acionista (art. feita: (Redação da pela Lei nº10.303, de 2001)
120);(Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
I - na companhia fechada, com 8 (oito) dias de antecedência,
VI - deliberar sobre a avaliação de bens com que o acionista no mínimo, contado o prazo da publicação do primeiro
concorrer para a formação do capital social;(Redação dada anúncio; não se realizando a assembléia, será publicado
pela Lei nº 10.303, de 2001) novo anúncio, de segunda convocação, com antecedência
mínima de 5 (cinco) dias; (Incluído pela Lei nº 10.303, de
VII - autorizar a emissão de partes beneficiárias;(Redação
2001)
dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
II - na companhia aberta, o prazo de antecedência da
VIII - deliberar sobre transformação, fusão, incorporação e
primeira convocação será de 15 (quinze) dias e o da segunda
cisão da companhia, sua dissolução e liquidação, eleger e
convocação de 8 (oito) dias. (Incluído pela Lei nº 10.303, de
destituir liquidantes e julgar-lhes as contas; e (Redação dada
2001)
pela Lei nº 10.303, de 2001)
§ 2º A assembleia geral deverá ser realizada,
IX - autorizar os administradores a confessar falência e pedir
preferencialmente, no edifício onde a companhia tiver sede
concordata.(Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
ou, por motivo de força maior, em outro lugar, desde que
Parágrafo único. Em caso de urgência, a confissão de falência seja no mesmo Município da sede e seja indicado com
ou o pedido de concordata poderá ser formulado pelos clareza nos anúncios. (Redação dada pela Lei nº 14.030,
administradores, com a concordância do acionista de 2020).
controlador, se houver, convocando-se imediatamente a
§ 2º-A. Sem prejuízo do disposto no § 2º deste artigo, as
assembléia-geral, para manifestar-se sobre a
companhias, abertas e fechadas, poderão realizar
matéria.(Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
assembleia digital, nos termos do regulamento da Comissão
Competência para Convocação de Valores Mobiliários e do órgão competente do Poder
Executivo federal, respectivamente. (Incluído pela Lei nº
Art. 123. Compete ao conselho de administração, se houver,
14.030, de 2020)
ou aos diretores, observado o disposto no estatuto, convocar
a assembléia-geral. § 3º Nas companhias fechadas, o acionista que representar
5% (cinco por cento), ou mais, do capital social, será
Parágrafo único. A assembléia-geral pode também ser
convocado por telegrama ou carta registrada, expedidos
convocada:
com a antecedência prevista no § 1º, desde que o tenha
a) pelo conselho fiscal, nos casos previstos no número V, do solicitado, por escrito, à companhia, com a indicação do
artigo 163; endereço completo e do prazo de vigência do pedido, não
superior a 2 (dois) exercícios sociais, e renovável; essa
b) por qualquer acionista, quando os administradores
convocação não dispensa a publicação do aviso previsto no
retardarem, por mais de 60 (sessenta) dias, a convocação
§ 1º, e sua inobservância dará ao acionista direito de haver,
nos casos previstos em lei ou no estatuto;
dos administradores da companhia, indenização pelos
c) por acionistas que representem cinco por cento, no prejuízos sofridos.
mínimo, do capital social, quando os administradores não
§ 4º Independentemente das formalidades previstas neste
atenderem, no prazo de oito dias, a pedido de convocação
artigo, será considerada regular a assembléia-geral a que
que apresentarem, devidamente fundamentado, com
comparecerem todos os acionistas.
indicação das matérias a serem tratadas; (Redação dada
pela Lei nº 9.457, de 1997) § 5o A Comissão de Valores Mobiliários poderá, a seu
exclusivo critério, mediante decisão fundamentada de seu
d) por acionistas que representem cinco por cento, no
Colegiado, a pedido de qualquer acionista, e ouvida a
mínimo, do capital votante, ou cinco por cento, no mínimo,
companhia: (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001)
dos acionistas sem direito a voto, quando os administradores
não atenderem, no prazo de oito dias, a pedido de I - aumentar, para até 30 (trinta) dias, a contar da data em
convocação de assembléia para instalação do conselho que os documentos relativos às matérias a serem
fiscal. (Incluída pela Lei nº 9.457, de 1997) deliberadas forem colocados à disposição dos acionistas,
o prazo de antecedência de publicação do primeiro anúncio
Modo de Convocação e Local
de convocação da assembléia-geral de companhia aberta,
Art. 124. A convocação far-se-á mediante anúncio publicado quando esta tiver por objeto operações que, por sua
por 3 (três) vezes, no mínimo, contendo, além do local, data complexidade, exijam maior prazo para que possam ser

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conhecidas e analisadas pelos acionistas;(Incluído pela Lei nº § 2º O pedido de procuração, mediante correspondência, ou
10.303, de 2001) anúncio publicado, sem prejuízo da regulamentação que,
sobre o assunto vier a baixar a Comissão de Valores
II - interromper, por até 15 (quinze) dias, o curso do prazo de
Mobiliários, deverá satisfazer aos seguintes requisitos:
antecedência da convocação de assembléia-geral
extraordinária de companhia aberta, a fim de conhecer e a) conter todos os elementos informativos necessários ao
analisar as propostas a serem submetidas à assembléia e, se exercício do voto pedido;
for o caso, informar à companhia, até o término da
b) facultar ao acionista o exercício de voto contrário à
interrupção, as razões pelas quais entende que a deliberação
decisão com indicação de outro procurador para o exercício
proposta à assembléia viola dispositivos legais ou
desse voto;
regulamentares.(Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001)
c) ser dirigido a todos os titulares de ações cujos endereços
§ 6o As companhias abertas com ações admitidas à
constem da companhia. (Redação dada pela Lei nº 9.457, de
negociação em bolsa de valores deverão remeter, na data da
1997)
publicação do anúncio de convocação da assembléia, à bolsa
de valores em que suas ações forem mais negociadas, os § 3º É facultado a qualquer acionista, detentor de ações, com
documentos postos à disposição dos acionistas para ou sem voto, que represente meio por cento, no mínimo, do
deliberação na assembléia-geral.(Incluído pela Lei nº 10.303, capital social, solicitar relação de endereços dos acionistas,
de 2001) para os fins previstos no § 1º, obedecidos sempre os
requisitos do parágrafo anterior. (Redação dada pela Lei nº
"Quorum" de Instalação
9.457, de 1997)
Art. 125. Ressalvadas as exceções previstas em lei, a
§ 4º Têm a qualidade para comparecer à assembléia os
assembléia-geral instalar-se-á, em primeira convocação,
representantes legais dos acionistas.
com a presença de acionistas que representem, no mínimo,
1/4 (um quarto) do capital social com direito de voto; em Livro de Presença
segunda convocação instalar-se-á com qualquer número.
Art. 127. Antes de abrir-se a assembléia, os acionistas
Parágrafo único. Os acionistas sem direito de voto podem assinarão o "Livro de Presença", indicando o seu nome,
comparecer à assembléia-geral e discutir a matéria nacionalidade e residência, bem como a quantidade, espécie
submetida à deliberação. e classe das ações de que forem titulares.
Legitimação e Representação Parágrafo único. Considera-se presente em assembleia
geral, para todos os efeitos desta Lei, o acionista que
Art. 126. As pessoas presentes à assembléia deverão provar
registrar a distância sua presença, na forma prevista em
a sua qualidade de acionista, observadas as seguintes
regulamento da Comissão de Valores Mobiliários. (Incluído
normas:
pela Lei nº 12.431, de 2011).
I - os titulares de ações nominativas exibirão, se exigido,
Mesa
documento hábil de sua identidade;
Art. 128. Os trabalhos da assembléia serão dirigidos por
II - os titulares de ações escriturais ou em custódia nos
mesa composta, salvo disposição diversa do estatuto, de
termos do art. 41, além do documento de identidade,
presidente e secretário, escolhidos pelos acionistas
exibirão, ou depositarão na companhia, se o estatuto o
presentes.
exigir, comprovante expedido pela instituição financeira
depositária.(Redação dada pela Lei nº 9.457, de 1997) "Quorum" das Deliberações
III - os titulares de ações ao portador exibirão os respectivos Art. 129. As deliberações da assembléia-geral, ressalvadas as
certificados, ou documento de depósito nos termos do exceções previstas em lei, serão tomadas por maioria
número II; absoluta de votos, não se computando os votos em branco.
IV - os titulares de ações escriturais ou em custódia nos § 1º O estatuto da companhia fechada pode aumentar o
termos do artigo 41, além do documento de identidade, quorum exigido para certas deliberações, desde que
exibirão, ou depositarão na companhia, se o estatuto o especifique as matérias.
exigir, comprovante expedido pela instituição financeira
§ 2º No caso de empate, se o estatuto não estabelecer
depositária.
procedimento de arbitragem e não contiver norma diversa,
§ 1º O acionista pode ser representado na assembléia-geral a assembléia será convocada, com intervalo mínimo de 2
por procurador constituído há menos de 1 (um) ano, que seja (dois) meses, para votar a deliberação; se permanecer o
acionista, administrador da companhia ou advogado; na empate e os acionistas não concordarem em cometer a
companhia aberta, o procurador pode, ainda, ser instituição decisão a um terceiro, caberá ao Poder Judiciário decidir, no
financeira, cabendo ao administrador de fundos de interesse da companhia.
investimento representar os condôminos.
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Ata da Assembléia Documentos da Administração


Art. 130. Dos trabalhos e deliberações da assembléia será Art. 133. Os administradores devem comunicar, até 1 (um)
lavrada, em livro próprio, ata assinada pelos membros da mês antes da data marcada para a realização da assembléia-
mesa e pelos acionistas presentes. Para validade da ata é geral ordinária, por anúncios publicados na forma prevista
suficiente a assinatura de quantos bastem para constituir a no artigo 124, que se acham à disposição dos acionistas:
maioria necessária para as deliberações tomadas na
I - o relatório da administração sobre os negócios sociais e os
assembléia. Da ata tirar-se-ão certidões ou cópias autênticas
principais fatos administrativos do exercício findo;
para os fins legais.
II - a cópia das demonstrações financeiras;
§ 1º A ata poderá ser lavrada na forma de sumário dos fatos
ocorridos, inclusive dissidências e protestos, e conter a III - o parecer dos auditores independentes, se houver.
transcrição apenas das deliberações tomadas, desde que:
IV - o parecer do conselho fiscal, inclusive votos dissidentes,
a) os documentos ou propostas submetidos à assembléia, se houver; e (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001)
assim como as declarações de voto ou dissidência, referidos
V - demais documentos pertinentes a assuntos incluídos na
na ata, sejam numerados seguidamente, autenticados pela
ordem do dia. (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001)
mesa e por qualquer acionista que o solicitar, e arquivados
na companhia; § 1º Os anúncios indicarão o local ou locais onde os
acionistas poderão obter cópias desses documentos.
b) a mesa, a pedido de acionista interessado, autentique
exemplar ou cópia de proposta, declaração de voto ou § 2º A companhia remeterá cópia desses documentos aos
dissidência, ou protesto apresentado. acionistas que o pedirem por escrito, nas condições previstas
no § 3º do artigo 124.
§ 2º A assembléia-geral da companhia aberta pode autorizar
a publicação de ata com omissão das assinaturas dos § 3o Os documentos referidos neste artigo, à exceção dos
acionistas. constantes dos incisos IV e V, serão publicados até 5 (cinco)
dias, pelo menos, antes da data marcada para a realização
§ 3º Se a ata não for lavrada na forma permitida pelo § 1º,
da assembléia-geral. (Redação dada pela Lei nº 10.303, de
poderá ser publicado apenas o seu extrato, com o sumário
2001)
dos fatos ocorridos e a transcrição das deliberações
tomadas. § 4º A assembléia-geral que reunir a totalidade dos
acionistas poderá considerar sanada a falta de publicação
Espécies de Assembléia
dos anúncios ou a inobservância dos prazos referidos neste
Art. 131. A assembléia-geral é ordinária quando tem por artigo; mas é obrigatória a publicação dos documentos antes
objeto as matérias previstas no artigo 132, e extraordinária da realização da assembléia.
nos demais casos.
§ 5º A publicação dos anúncios é dispensada quando os
Parágrafo único. A assembléia-geral ordinária e a documentos a que se refere este artigo são publicados até 1
assembléia-geral extraordinária poderão ser, (um) mês antes da data marcada para a realização da
cumulativamente, convocadas e realizadas no mesmo local, assembléia-geral ordinária.
data e hora, instrumentadas em ata única.
Procedimento
SEÇÃO II
Art. 134. Instalada a assembléia-geral, proceder-se-á, se
ASSEMBLÉIA-GERAL ORDINÁRIA requerida por qualquer acionista, à leitura dos documentos
Objeto referidos no artigo 133 e do parecer do conselho fiscal, se
houver, os quais serão submetidos pela mesa à discussão e
Art. 132. Anualmente, nos 4 (quatro) primeiros meses votação.
seguintes ao término do exercício social, deverá haver 1
(uma) assembléia-geral para: § 1° Os administradores da companhia, ou ao menos um
deles, e o auditor independente, se houver, deverão estar
I - tomar as contas dos administradores, examinar, discutir e presentes à assembléia para atender a pedidos de
votar as demonstrações financeiras; esclarecimentos de acionistas, mas os administradores não
II - deliberar sobre a destinação do lucro líquido do exercício poderão votar, como acionistas ou procuradores, os
e a distribuição de dividendos; documentos referidos neste artigo.

III - eleger os administradores e os membros do conselho § 2º Se a assembléia tiver necessidade de outros


fiscal, quando for o caso; esclarecimentos, poderá adiar a deliberação e ordenar
diligências; também será adiada a deliberação, salvo
IV - aprovar a correção da expressão monetária do capital dispensa dos acionistas presentes, na hipótese de não
social (artigo 167).

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comparecimento de administrador, membro do conselho ou autorizados pelo estatuto; (Redação dada pela Lei nº
fiscal ou auditor independente. 10.303, de 2001)
§ 3º A aprovação, sem reserva, das demonstrações II - alteração nas preferências, vantagens e condições de
financeiras e das contas, exonera de responsabilidade os resgate ou amortização de uma ou mais classes de ações
administradores e fiscais, salvo erro, dolo, fraude ou preferenciais, ou criação de nova classe mais
simulação (artigo 286). favorecida; (Redação dada pela Lei nº 9.457, de 1997)
§ 4º Se a assembléia aprovar as demonstrações financeiras III - redução do dividendo obrigatório; (Redação dada pela
com modificação no montante do lucro do exercício ou no Lei nº 9.457, de 1997)
valor das obrigações da companhia, os administradores
IV - fusão da companhia, ou sua incorporação em
promoverão, dentro de 30 (trinta) dias, a republicação das
outra;(Redação dada pela Lei nº 9.457, de 1997)
demonstrações, com as retificações deliberadas pela
assembléia; se a destinação dos lucros proposta pelos órgãos V - participação em grupo de sociedades (art. 265); (Redação
de administração não lograr aprovação (artigo 176, § 3º), as dada pela Lei nº 9.457, de 1997)
modificações introduzidas constarão da ata da assembléia.
VI - mudança do objeto da companhia;(Redação dada pela
§ 5º A ata da assembléia-geral ordinária será arquivada no Lei nº 9.457, de 1997)
registro do comércio e publicada.
VII - cessação do estado de liquidação da
§ 6º As disposições do § 1º, segunda parte, não se aplicam companhia;(Redação dada pela Lei nº 9.457, de 1997)
quando, nas sociedades fechadas, os diretores forem os
VIII - criação de partes beneficiárias;(Redação dada pela Lei
únicos acionistas.
nº 9.457, de 1997)
SEÇÃO III
IX - cisão da companhia;(Incluído pela Lei nº 9.457, de 1997)
ASSEMBLÉIA-GERAL EXTRAORDINÁRIA
X - dissolução da companhia.(Incluído pela Lei nº 9.457, de
Reforma do Estatuto 1997)
Art. 135. A assembléia-geral extraordinária que tiver por § 1º Nos casos dos incisos I e II, a eficácia da deliberação
objeto a reforma do estatuto somente se instalará em depende de prévia aprovação ou da ratificação, em prazo
primeira convocação com a presença de acionistas que improrrogável de um ano, por titulares de mais da metade
representem 2/3 (dois terços), no mínimo, do capital com de cada classe de ações preferenciais prejudicadas, reunidos
direito a voto, mas poderá instalar-se em segunda com em assembléia especial convocada pelos administradores e
qualquer número. instalada com as formalidades desta Lei.(Redação dada pela
§ 1º Os atos relativos a reformas do estatuto, para valerem Lei nº 9.457, de 1997)
contra terceiros, ficam sujeitos às formalidades de § 2º A Comissão de Valores Mobiliários pode autorizar a
arquivamento e publicação, não podendo, todavia, a falta de redução do quorum previsto neste artigo no caso de
cumprimento dessas formalidades ser oposta, pela companhia aberta com a propriedade das ações dispersa no
companhia ou por seus acionistas, a terceiros de boa-fé. mercado, e cujas 3 (três) últimas assembléias tenham sido
§ 2º Aplica-se aos atos de reforma do estatuto o disposto no realizadas com a presença de acionistas representando
artigo 97 e seus §§ 1º e 2° e no artigo 98 e seu § 1º. menos da metade das ações com direito a voto. Neste caso,
a autorização da Comissão de Valores Mobiliários será
§ 3o Os documentos pertinentes à matéria a ser debatida na mencionada nos avisos de convocação e a deliberação com
assembléia-geral extraordinária deverão ser postos à quorum reduzido somente poderá ser adotada em terceira
disposição dos acionistas, na sede da companhia, por ocasião convocação.
da publicação do primeiro anúncio de convocação da
assembléia-geral. (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001) § 3o O disposto no § 2o deste artigo aplica-se também às
assembléias especiais de acionistas preferenciais de que
"Quorum" Qualificado trata o § 1o. (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
Art. 136. É necessária a aprovação de acionistas que § 4º Deverá constar da ata da assembléia-geral que deliberar
representem metade, no mínimo, das ações com direito a sobre as matérias dos incisos I e II, se não houver prévia
voto, se maior quorum não for exigido pelo estatuto da aprovação, que a deliberação só terá eficácia após a sua
companhia cujas ações não estejam admitidas à negociação ratificação pela assembléia especial prevista no §
em bolsa ou no mercado de balcão, para deliberação 1º. (Incluído pela Lei nº 9.457, de 1997)
sobre: (Redação dada pela Lei nº 9.457, de 1997)
Art. 136-A. A aprovação da inserção de convenção de
I - criação de ações preferenciais ou aumento de classe de arbitragem no estatuto social, observado o quorum do art.
ações preferenciais existentes, sem guardar proporção com 136, obriga a todos os acionistas, assegurado ao acionista
as demais classes de ações preferenciais, salvo se já previstos dissidente o direito de retirar-se da companhia mediante o
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reembolso do valor de suas ações, nos termos do art. b) redução do dividendo obrigatório; ou (Incluída pela Lei nº
45. (Incluído pela Lei nº 13.129, de 2015)(Vigência) 10.303, de 2001)
§ 1o A convenção somente terá eficácia após o decurso do c) participação em grupo de sociedades;(Incluída pela Lei nº
prazo de 30 (trinta) dias, contado da publicação da ata da 10.303, de 2001)
assembleia geral que a aprovou. (Incluído pela Lei nº
IV - o reembolso da ação deve ser reclamado à companhia
13.129, de 2015)(Vigência)
no prazo de 30 (trinta) dias contado da publicação da ata da
§ 2o O direito de retirada previsto no caput não será assembléia-geral;(Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
aplicável: (Incluído pela Lei nº 13.129, de 2015)(Vigência)
V - o prazo para o dissidente de deliberação de assembléia
I - caso a inclusão da convenção de arbitragem no estatuto especial (art. 136, § 1o) será contado da publicação da
social represente condição para que os valores mobiliários respectiva ata; (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
de emissão da companhia sejam admitidos à negociação em
VI - o pagamento do reembolso somente poderá ser exigido
segmento de listagem de bolsa de valores ou de mercado de
após a observância do disposto no § 3o e, se for o caso, da
balcão organizado que exija dispersão acionária mínima de
ratificação da deliberação pela assembléia-geral. (Incluído
25% (vinte e cinco por cento) das ações de cada espécie ou
pela Lei nº 10.303, de 2001)
classe; (Incluído pela Lei nº 13.129, de 2015)(Vigência)
§ 1º O acionista dissidente de deliberação da assembléia,
II - caso a inclusão da convenção de arbitragem seja efetuada
inclusive o titular de ações preferenciais sem direito de voto,
no estatuto social de companhia aberta cujas ações sejam
poderá exercer o direito de reembolso das ações de que,
dotadas de liquidez e dispersão no mercado, nos termos das
comprovadamente, era titular na data da primeira
alíneas “a” e “b” do inciso II do art. 137 desta Lei. (Incluído
publicação do edital de convocação da assembléia, ou na
pela Lei nº 13.129, de 2015)(Vigência)
data da comunicação do fato relevante objeto da
Direito de Retirada deliberação, se anterior. (Redação dada pela Lei nº 9.457, de
1997)
Art. 137. A aprovação das matérias previstas nos incisos I a
VI e IX do art. 136 dá ao acionista dissidente o direito de § 2o O direito de reembolso poderá ser exercido no prazo
retirar-se da companhia, mediante reembolso do valor das previsto nos incisos IV ou V do caput deste artigo, conforme
suas ações (art. 45), observadas as seguintes o caso, ainda que o titular das ações tenha se abstido de
normas: (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001) votar contra a deliberação ou não tenha comparecido à
assembléia. (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
I - nos casos dos incisos I e II do art. 136, somente terá direito
de retirada o titular de ações de espécie ou classe § 3o Nos 10 (dez) dias subseqüentes ao término do prazo de
prejudicadas; (Incluído pela Lei nº 9.457, de 1997) que tratam os incisos IV e V do caput deste artigo, conforme
o caso, contado da publicação da ata da assembléia-geral ou
II - nos casos dos incisos IV e V do art. 136, não terá direito
da assembléia especial que ratificar a deliberação, é
de retirada o titular de ação de espécie ou classe que tenha
facultado aos órgãos da administração convocar a
liquidez e dispersão no mercado, considerando-se
assembléia-geral para ratificar ou reconsiderar a
haver: (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
deliberação, se entenderem que o pagamento do preço do
a) liquidez, quando a espécie ou classe de ação, ou reembolso das ações aos acionistas dissidentes que
certificado que a represente, integre índice geral exerceram o direito de retirada porá em risco a estabilidade
representativo de carteira de valores mobiliários admitido à financeira da empresa. (Redação dada pela Lei nº 10.303, de
negociação no mercado de valores mobiliários, no Brasil ou 2001)
no exterior, definido pela Comissão de Valores Mobiliários;
§ 4º Decairá do direito de retirada o acionista que não o
e(Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
exercer no prazo fixado. (Incluído pela Lei nº 9.457, de 1997)
b) dispersão, quando o acionista controlador, a sociedade
CAPÍTULO XII
controladora ou outras sociedades sob seu controle
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO E DIRETORIA
detiverem menos da metade da espécie ou classe de
ação;(Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001) Administração da Companhia
III - no caso do inciso IX do art. 136, somente haverá direito Art. 138. A administração da companhia competirá,
de retirada se a cisão implicar:(Redação dada pela Lei nº conforme dispuser o estatuto, ao conselho de administração
10.303, de 2001) e à diretoria, ou somente à diretoria.
a) mudança do objeto social, salvo quando o patrimônio § 1º O conselho de administração é órgão de deliberação
cindido for vertido para sociedade cuja atividade colegiada, sendo a representação da companhia privativa
preponderante coincida com a decorrente do objeto social dos diretores.
da sociedade cindida;(Incluída pela Lei nº 10.303, de 2001)

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§ 2º As companhias abertas e as de capital autorizado terão, dos demais membros, procedendo-se a nova eleição; nos
obrigatoriamente, conselho de administração. demais casos de vaga, não havendo suplente, a primeira
assembléia-geral procederá à nova eleição de todo o
Art. 139. As atribuições e poderes conferidos por lei aos
conselho.
órgãos de administração não podem ser outorgados a outro
órgão, criado por lei ou pelo estatuto. § 4o Terão direito de eleger e destituir um membro e seu
suplente do conselho de administração, em votação em
SEÇÃO I
separado na assembléia-geral, excluído o acionista
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
controlador, a maioria dos titulares,
Composição respectivamente: (Redação dada pela Lei nº 10.303, de
2001)
Art. 140. O conselho de administração será composto por, no
mínimo, 3 (três) membros, eleitos pela assembléia-geral e I - de ações de emissão de companhia aberta com direito a
por ela destituíveis a qualquer tempo, devendo o estatuto voto, que representem, pelo menos, 15% (quinze por cento)
estabelecer: do total das ações com direito a voto; e (Incluído pela Lei nº
10.303, de 2001)
I - o número de conselheiros, ou o máximo e mínimo
permitidos, e o processo de escolha e substituição do II - de ações preferenciais sem direito a voto ou com voto
presidente do conselho pela assembléia ou pelo próprio restrito de emissão de companhia aberta, que representem,
conselho; (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001) no mínimo, 10% (dez por cento) do capital social, que não
houverem exercido o direito previsto no estatuto, em
II - o modo de substituição dos conselheiros; conformidade com o art. 18. (Incluído pela Lei nº 10.303, de
III - o prazo de gestão, que não poderá ser superior a 3 (três) 2001)
anos, permitida a reeleição; § 5o Verificando-se que nem os titulares de ações com direito
IV - as normas sobre convocação, instalação e a voto e nem os titulares de ações preferenciais sem direito
funcionamento do conselho, que deliberará por maioria de a voto ou com voto restrito perfizeram, respectivamente, o
votos, podendo o estatuto estabelecer quorum qualificado quorum exigido nos incisos I e II do § 4o, ser-lhes-á facultado
para certas deliberações, desde que especifique as agregar suas ações para elegerem em conjunto um membro
matérias. (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001) e seu suplente para o conselho de administração,
observando-se, nessa hipótese, o quorum exigido pelo inciso
Parágrafo único. O estatuto poderá prever a participação no II do § 4o. (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001)
conselho de representantes dos empregados, escolhidos
pelo voto destes, em eleição direta, organizada pela § 6o Somente poderão exercer o direito previsto no § 4o os
empresa, em conjunto com as entidades sindicais que os acionistas que comprovarem a titularidade ininterrupta da
representem. (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001) participação acionária ali exigida durante o período de 3
(três) meses, no mínimo, imediatamente anterior à
Voto Múltiplo realização da assembléia-geral. (Incluído pela Lei nº 10.303,
Art. 141. Na eleição dos conselheiros, é facultado aos de 2001)
acionistas que representem, no mínimo, 0,1 (um décimo) do § 7o Sempre que, cumulativamente, a eleição do conselho de
capital social com direito a voto, esteja ou não previsto no administração se der pelo sistema do voto múltiplo e os
estatuto, requerer a adoção do processo de voto múltiplo, titulares de ações ordinárias ou preferenciais exercerem a
atribuindo-se a cada ação tantos votos quantos sejam os prerrogativa de eleger conselheiro, será assegurado a
membros do conselho, e reconhecido ao acionista o direito acionista ou grupo de acionistas vinculados por acordo de
de cumular os votos num só candidato ou distribuí-los entre votos que detenham mais do que 50% (cinqüenta por cento)
vários. das ações com direito de voto o direito de eleger
§ 1º A faculdade prevista neste artigo deverá ser exercida conselheiros em número igual ao dos eleitos pelos demais
pelos acionistas até 48 (quarenta e oito) horas antes da acionistas, mais um, independentemente do número de
assembléia-geral, cabendo à mesa que dirigir os trabalhos da conselheiros que, segundo o estatuto, componha o
assembléia informar previamente aos acionistas, à vista do órgão. (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001)
"Livro de Presença", o número de votos necessários para a § 8o A companhia deverá manter registro com a identificação
eleição de cada membro do conselho. dos acionistas que exercerem a prerrogativa a que se refere
§ 2º Os cargos que, em virtude de empate, não forem o § 4o. (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001)
preenchidos, serão objeto de nova votação, pelo mesmo § 9o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001)
processo, observado o disposto no § 1º, in fine.
Competência
§ 3º Sempre que a eleição tiver sido realizada por esse
processo, a destituição de qualquer membro do conselho de Art. 142. Compete ao conselho de administração:
administração pela assembléia-geral importará destituição
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I - fixar a orientação geral dos negócios da companhia; § 2º O estatuto pode estabelecer que determinadas
decisões, de competência dos diretores, sejam tomadas em
II - eleger e destituir os diretores da companhia e fixar-lhes
reunião da diretoria.
as atribuições, observado o que a respeito dispuser o
estatuto; Representação
III - fiscalizar a gestão dos diretores, examinar, a qualquer Art. 144. No silêncio do estatuto e inexistindo deliberação do
tempo, os livros e papéis da companhia, solicitar conselho de administração (artigo 142, n. II e parágrafo
informações sobre contratos celebrados ou em via de único), competirão a qualquer diretor a representação da
celebração, e quaisquer outros atos; companhia e a prática dos atos necessários ao seu
funcionamento regular.
IV - convocar a assembléia-geral quando julgar conveniente,
ou no caso do artigo 132; Parágrafo único. Nos limites de suas atribuições e poderes, é
lícito aos diretores constituir mandatários da companhia,
V - manifestar-se sobre o relatório da administração e as
devendo ser especificados no instrumento os atos ou
contas da diretoria;
operações que poderão praticar e a duração do mandato,
VI - manifestar-se previamente sobre atos ou contratos, que, no caso de mandatojudicial, poderá ser por prazo
quando o estatuto assim o exigir; indeterminado.
VII - deliberar, quando autorizado pelo estatuto, sobre a SEÇÃO III
emissão de ações ou de bônus de subscrição; (Vide Lei nº ADMINISTRADORES
12.838, de 2013)
Normas Comuns
VIII – autorizar, se o estatuto não dispuser em contrário, a
alienação de bens do ativo não circulante, a constituição de Art. 145. As normas relativas a requisitos, impedimentos,
ônus reais e a prestação de garantias a obrigações de investidura, remuneração, deveres e responsabilidade dos
terceiros; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) administradores aplicam-se a conselheiros e diretores.

IX - escolher e destituir os auditores independentes, se Requisitos e Impedimentos


houver. Art. 146. Poderão ser eleitas para membros dos órgãos de
§ 1 Serão arquivadas no registro do comércio e publicadas
o administração pessoas naturais, devendo os diretores ser
as atas das reuniões do conselho de administração que residentes no País. (Redação dada pela Lei nº 12.431, de
contiverem deliberação destinada a produzir efeitos perante 2011).
terceiros. (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001) § 1o A ata da assembléia-geral ou da reunião do conselho de
§ 2o A escolha e a destituição do auditor independente ficará administração que eleger administradores deverá conter a
sujeita a veto, devidamente fundamentado, dos qualificação e o prazo de gestão de cada um dos eleitos,
conselheiros eleitos na forma do art. 141, § 4o, se devendo ser arquivada no registro do comércio e
houver. (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001) publicada. (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)

SEÇÃO II § 2o A posse do conselheiro residente ou domiciliado no


exterior fica condicionada à constituição de representante
DIRETORIA
residente no País, com poderes para receber citação em
Composição ações contra ele propostas com base na legislação societária,
mediante procuração com prazo de validade que deverá
Art. 143. A Diretoria será composta por 2 (dois) ou mais
estender-se por, no mínimo, 3 (três) anos após o término do
diretores, eleitos e destituíveis a qualquer tempo pelo
prazo de gestão do conselheiro. (Redação dada pela Lei nº
conselho de administração, ou, se inexistente, pela
10.303, de 2001)
assembléia-geral, devendo o estatuto estabelecer:
Art. 147. Quando a lei exigir certos requisitos para a
I - o número de diretores, ou o máximo e o mínimo
investidura em cargo de administração da companhia, a
permitidos;
assembléia-geral somente poderá eleger quem tenha
II - o modo de sua substituição; exibido os necessários comprovantes, dos quais se arquivará
cópia autêntica na sede social.
III - o prazo de gestão, que não será superior a 3 (três) anos,
permitida a reeleição; § 1º São inelegíveis para os cargos de administração da
companhia as pessoas impedidas por lei especial, ou
IV - as atribuições e poderes de cada diretor.
condenadas por crime falimentar, de prevaricação, peita ou
§ 1º Os membros do conselho de administração, até o suborno, concussão, peculato, contra a economia popular, a
máximo de 1/3 (um terço), poderão ser eleitos para cargos fé pública ou a propriedade, ou a pena criminal que vede,
de diretores. ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos.

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§ 2º São ainda inelegíveis para os cargos de administração de § 1º No caso de vacância de todos os cargos do conselho de
companhia aberta as pessoas declaradas inabilitadas por ato administração, compete à diretoria convocar a assembléia-
da Comissão de Valores Mobiliários. geral.
§ 3o O conselheiro deve ter reputação ilibada, não podendo § 2º No caso de vacância de todos os cargos da diretoria, se
ser eleito, salvo dispensa da assembléia-geral, aquele a companhia não tiver conselho de administração, compete
que: (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001) ao conselho fiscal, se em funcionamento, ou a qualquer
acionista, convocar a assembléia-geral, devendo o
I - ocupar cargos em sociedades que possam ser
representante de maior número de ações praticar, até a
consideradas concorrentes no mercado, em especial, em
realização da assembléia, os atos urgentes de administração
conselhos consultivos, de administração ou fiscal; e (Incluído
da companhia.
pela Lei nº 10.303, de 2001)
§ 3º O substituto eleito para preencher cargo vago
II - tiver interesse conflitante com a sociedade. (Incluído pela
completará o prazo de gestão do substituído.
Lei nº 10.303, de 2001)
§ 4º O prazo de gestão do conselho de administração ou da
§ 4o A comprovação do cumprimento das condições
diretoria se estende até a investidura dos novos
previstas no § 3o será efetuada por meio de declaração
administradores eleitos.
firmada pelo conselheiro eleito nos termos definidos pela
Comissão de Valores Mobiliários, com vistas ao disposto nos Renúncia
arts. 145 e 159, sob as penas da lei. (Incluído pela Lei nº
Art. 151. A renúncia do administrador torna-se eficaz, em
10.303, de 2001)
relação à companhia, desde o momento em que lhe for
Garantia da Gestão entregue a comunicação escrita do renunciante, e em
relação a terceiros de boa-fé, após arquivamento no registro
Art. 148. O estatuto pode estabelecer que o exercício do
de comércio e publicação, que poderão ser promovidos pelo
cargo de administrador deva ser assegurado, pelo titular ou
renunciante.
por terceiro, mediante penhor de ações da companhia ou
outra garantia. Remuneração
Parágrafo único. A garantia só será levantada após Art. 152. A assembléia-geral fixará o montante global ou
aprovação das últimas contas apresentadas pelo individual da remuneração dos administradores, inclusive
administrador que houver deixado o cargo. benefícios de qualquer natureza e verbas de representação,
tendo em conta suas responsabilidades, o tempo dedicado
Investidura
às suas funções, sua competência e reputação profissional e
Art. 149. Os conselheiros e diretores serão investidos nos o valor dos seus serviços no mercado. (Redação dada pela Lei
seus cargos mediante assinatura de termo de posse no livro nº 9.457, de 1997)
de atas do conselho de administração ou da diretoria,
§ 1º O estatuto da companhia que fixar o dividendo
conforme o caso.
obrigatório em 25% (vinte e cinco por cento) ou mais do
§ 1o Se o termo não for assinado nos 30 (trinta) dias lucro líquido, pode atribuir aos administradores participação
seguintes à nomeação, esta tornar-se-á sem efeito, salvo no lucro da companhia, desde que o seu total não ultrapasse
justificação aceita pelo órgão da administração para o qual a remuneração anual dos administradores nem 0,1 (um
tiver sido eleito. (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001) décimo) dos lucros (artigo 190), prevalecendo o limite que
for menor.
§ 2o O termo de posse deverá conter, sob pena de nulidade,
a indicação de pelo menos um domicílio no qual o § 2º Os administradores somente farão jus à participação nos
administrador receberá as citações e intimações em lucros do exercício social em relação ao qual for atribuído aos
processos administrativos e judiciais relativos a atos de sua acionistas o dividendo obrigatório, de que trata o artigo 202.
gestão, as quais reputar-se-ão cumpridas mediante entrega
SEÇÃO IV
no domicílio indicado, o qual somente poderá ser alterado
mediante comunicação por escrito à companhia. (Incluído DEVERES E RESPONSABILIDADES
pela Lei nº 10.303, de 2001) Dever de Diligência
Substituição e Término da Gestão Art. 153. O administrador da companhia deve empregar, no
Art. 150. No caso de vacância do cargo de conselheiro, salvo exercício de suas funções, o cuidado e diligência que todo
disposição em contrário do estatuto, o substituto será homem ativo e probo costuma empregar na administração
nomeado pelos conselheiros remanescentes e servirá até a dos seus próprios negócios.
primeira assembléia-geral. Se ocorrer vacância da maioria Finalidade das Atribuições e Desvio de Poder
dos cargos, a assembléia-geral será convocada para
proceder a nova eleição. Art. 154. O administrador deve exercer as atribuições que a
lei e o estatuto lhe conferem para lograr os fins e no
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interesse da companhia, satisfeitas as exigências do bem 2°, tem direito de haver do infrator indenização por perdas e
público e da função social da empresa. danos, a menos que ao contratar já conhecesse a
informação.
§ 1º O administrador eleito por grupo ou classe de acionistas
tem, para com a companhia, os mesmos deveres que os § 4o É vedada a utilização de informação relevante ainda não
demais, não podendo, ainda que para defesa do interesse divulgada, por qualquer pessoa que a ela tenha tido acesso,
dos que o elegeram, faltar a esses deveres. com a finalidade de auferir vantagem, para si ou para
outrem, no mercado de valores mobiliários. (Incluído pela
§ 2° É vedado ao administrador:
Lei nº 10.303, de 2001)
a) praticar ato de liberalidade à custa da companhia;
Conflito de Interesses
b) sem prévia autorização da assembléia-geral ou do
Art. 156. É vedado ao administrador intervir em qualquer
conselho de administração, tomar por empréstimo recursos
operação social em que tiver interesse conflitante com o da
ou bens da companhia, ou usar, em proveito próprio, de
companhia, bem como na deliberação que a respeito
sociedade em que tenha interesse, ou de terceiros, os seus
tomarem os demais administradores, cumprindo-lhe
bens, serviços ou crédito;
cientificá-los do seu impedimento e fazer consignar, em ata
c) receber de terceiros, sem autorização estatutária ou da de reunião do conselho de administração ou da diretoria, a
assembléia-geral, qualquer modalidade de vantagem natureza e extensão do seu interesse.
pessoal, direta ou indireta, em razão do exercício de seu
§ 1º Ainda que observado o disposto neste artigo, o
cargo.
administrador somente pode contratar com a companhia em
§ 3º As importâncias recebidas com infração ao disposto na condições razoáveis ou eqüitativas, idênticas às que
alínea c do § 2º pertencerão à companhia. prevalecem no mercado ou em que a companhia contrataria
com terceiros.
§ 4º O conselho de administração ou a diretoria podem
autorizar a prática de atos gratuitos razoáveis em benefício § 2º O negócio contratado com infração do disposto no § 1º
dos empregados ou da comunidade de que participe a é anulável, e o administrador interessado será obrigado a
empresa, tendo em vista suas responsabilidades sociais. transferir para a companhia as vantagens que dele tiver
auferido.
Dever de Lealdade
Dever de Informar
Art. 155. O administrador deve servir com lealdade à
companhia e manter reserva sobre os seus negócios, sendo- Art. 157. O administrador de companhia aberta deve
lhe vedado: declarar, ao firmar o termo de posse, o número de ações,
bônus de subscrição, opções de compra de ações e
I - usar, em benefício próprio ou de outrem, com ou sem
debêntures conversíveis em ações, de emissão da
prejuízo para a companhia, as oportunidades comerciais de
companhia e de sociedades controladas ou do mesmo grupo,
que tenha conhecimento em razão do exercício de seu cargo;
de que seja titular. (Vide Lei nº 12.838, de 2013)
II - omitir-se no exercício ou proteção de direitos da
§ 1º O administrador de companhia aberta é obrigado a
companhia ou, visando à obtenção de vantagens, para si ou
revelar à assembléia-geral ordinária, a pedido de acionistas
para outrem, deixar de aproveitar oportunidades de negócio
que representem 5% (cinco por cento) ou mais do capital
de interesse da companhia;
social:
III - adquirir, para revender com lucro, bem ou direito que
a) o número dos valores mobiliários de emissão da
sabe necessário à companhia, ou que esta tencione adquirir.
companhia ou de sociedades controladas, ou do mesmo
§ 1º Cumpre, ademais, ao administrador de companhia grupo, que tiver adquirido ou alienado, diretamente ou
aberta, guardar sigilo sobre qualquer informação que ainda através de outras pessoas, no exercício anterior;
não tenha sido divulgada para conhecimento do mercado,
b) as opções de compra de ações que tiver contratado ou
obtida em razão do cargo e capaz de influir de modo
exercido no exercício anterior;
ponderável na cotação de valores mobiliários, sendo-lhe
vedado valer-se da informação para obter, para si ou para c) os benefícios ou vantagens, indiretas ou complementares,
outrem, vantagem mediante compra ou venda de valores que tenha recebido ou esteja recebendo da companhia e de
mobiliários. sociedades coligadas, controladas ou do mesmo grupo;
§ 2º O administrador deve zelar para que a violação do d) as condições dos contratos de trabalho que tenham sido
disposto no § 1º não possa ocorrer através de subordinados firmados pela companhia com os diretores e empregados de
ou terceiros de sua confiança. alto nível;
§ 3º A pessoa prejudicada em compra e venda de valores e) quaisquer atos ou fatos relevantes nas atividades da
mobiliários, contratada com infração do disposto nos §§ 1° e companhia.

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§ 2º Os esclarecimentos prestados pelo administrador funcionamento normal da companhia, ainda que, pelo
poderão, a pedido de qualquer acionista, ser reduzidos a estatuto, tais deveres não caibam a todos eles.
escrito, autenticados pela mesa da assembléia, e fornecidos
§ 3º Nas companhias abertas, a responsabilidade de que
por cópia aos solicitantes.
trata o § 2º ficará restrita, ressalvado o disposto no § 4º, aos
§ 3º A revelação dos atos ou fatos de que trata este artigo só administradores que, por disposição do estatuto, tenham
poderá ser utilizada no legítimo interesse da companhia ou atribuição específica de dar cumprimento àqueles deveres.
do acionista, respondendo os solicitantes pelos abusos que
§ 4º O administrador que, tendo conhecimento do não
praticarem.
cumprimento desses deveres por seu predecessor, ou pelo
§ 4º Os administradores da companhia aberta são obrigados administrador competente nos termos do § 3º, deixar de
a comunicar imediatamente à bolsa de valores e a divulgar comunicar o fato a assembléia-geral, tornar-se-á por ele
pela imprensa qualquer deliberação da assembléia-geral ou solidariamente responsável.
dos órgãos de administração da companhia, ou fato
§ 5º Responderá solidariamente com o administrador quem,
relevante ocorrido nos seus negócios, que possa influir, de
com o fim de obter vantagem para si ou para outrem,
modo ponderável, na decisão dos investidores do mercado
concorrer para a prática de ato com violação da lei ou do
de vender ou comprar valores mobiliários emitidos pela
estatuto.
companhia.
Ação de Responsabilidade
§ 5º Os administradores poderão recusar-se a prestar a
informação (§ 1º, alínea e), ou deixar de divulgá-la (§ 4º), se Art. 159. Compete à companhia, mediante prévia
entenderem que sua revelação porá em risco interesse deliberação da assembléia-geral, a ação de responsabilidade
legítimo da companhia, cabendo à Comissão de Valores civil contra o administrador, pelos prejuízos causados ao seu
Mobiliários, a pedido dos administradores, de qualquer patrimônio.
acionista, ou por iniciativa própria, decidir sobre a prestação
§ 1º A deliberação poderá ser tomada em assembléia-geral
de informação e responsabilizar os administradores, se for o
ordinária e, se prevista na ordem do dia, ou for conseqüência
caso.
direta de assunto nela incluído, em assembléia-geral
§ 6o Os administradores da companhia aberta deverão extraordinária.
informar imediatamente, nos termos e na forma
§ 2º O administrador ou administradores contra os quais
determinados pela Comissão de Valores Mobiliários, a esta e
deva ser proposta ação ficarão impedidos e deverão ser
às bolsas de valores ou entidades do mercado de balcão
substituídos na mesma assembléia.
organizado nas quais os valores mobiliários de emissão da
companhia estejam admitidos à negociação, as modificações § 3º Qualquer acionista poderá promover a ação, se não for
em suas posições acionárias na companhia. (Incluído pela Lei proposta no prazo de 3 (três) meses da deliberação da
nº 10.303, de 2001) assembléia-geral.
Responsabilidade dos Administradores § 4º Se a assembléia deliberar não promover a ação, poderá
ela ser proposta por acionistas que representem 5% (cinco
Art. 158. O administrador não é pessoalmente responsável
por cento), pelo menos, do capital social.
pelas obrigações que contrair em nome da sociedade e em
virtude de ato regular de gestão; responde, porém, § 5° Os resultados da ação promovida por acionista deferem-
civilmente, pelos prejuízos que causar, quando proceder: se à companhia, mas esta deverá indenizá-lo, até o limite
daqueles resultados, de todas as despesas em que tiver
I - dentro de suas atribuições ou poderes, com culpa ou dolo;
incorrido, inclusive correção monetária e juros dos
II - com violação da lei ou do estatuto. dispêndios realizados.
§ 1º O administrador não é responsável por atos ilícitos de § 6° O juiz poderá reconhecer a exclusão da responsabilidade
outros administradores, salvo se com eles for conivente, se do administrador, se convencido de que este agiu de boa-fé
negligenciar em descobri-los ou se, deles tendo e visando ao interesse da companhia.
conhecimento, deixar de agir para impedir a sua prática.
§ 7º A ação prevista neste artigo não exclui a que couber ao
Exime-se de responsabilidade o administrador dissidente
acionista ou terceiro diretamente prejudicado por ato de
que faça consignar sua divergência em ata de reunião do
administrador.
órgão de administração ou, não sendo possível, dela dê
ciência imediata e por escrito ao órgão da administração, no Órgãos Técnicos e Consultivos
conselho fiscal, se em funcionamento, ou à assembléia-geral.
Art. 160. As normas desta Seção aplicam-se aos membros de
§ 2º Os administradores são solidariamente responsáveis quaisquer órgãos, criados pelo estatuto, com funções
pelos prejuízos causados em virtude do não cumprimento técnicas ou destinados a aconselhar os administradores.
dos deveres impostos por lei para assegurar o

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CAPÍTULO XIII § 1º Nas localidades em que não houver pessoas habilitadas,


CONSELHO FISCAL em número suficiente, para o exercício da função, caberá ao
juiz dispensar a companhia da satisfação dos requisitos
Composição e Funcionamento estabelecidos neste artigo.
Art. 161. A companhia terá um conselho fiscal e o estatuto § 2º Não podem ser eleitos para o conselho fiscal, além das
disporá sobre seu funcionamento, de modo permanente ou pessoas enumeradas nos parágrafos do artigo 147, membros
nos exercícios sociais em que for instalado a pedido de de órgãos de administração e empregados da companhia ou
acionistas. de sociedade controlada ou do mesmo grupo, e o cônjuge ou
§ 1º O conselho fiscal será composto de, no mínimo, 3 (três) parente, até terceiro grau, de administrador da companhia.
e, no máximo, 5 (cinco) membros, e suplentes em igual § 3º A remuneração dos membros do conselho fiscal, além
número, acionistas ou não, eleitos pela assembléia-geral. do reembolso, obrigatório, das despesas de locomoção e
§ 2º O conselho fiscal, quando o funcionamento não for estada necessárias ao desempenho da função, será fixada
permanente, será instalado pela assembléia-geral a pedido pela assembléia-geral que os eleger, e não poderá ser
de acionistas que representem, no mínimo, 0,1 (um décimo) inferior, para cada membro em exercício, a dez por cento da
das ações com direito a voto, ou 5% (cinco por cento) das que, em média, for atribuída a cada diretor, não computados
ações sem direito a voto, e cada período de seu benefícios, verbas de representação e participação nos
funcionamento terminará na primeira assembléia-geral lucros. (Redação dada pela Lei nº 9.457, de 1997)
ordinária após a sua instalação. Competência
§ 3º O pedido de funcionamento do conselho fiscal, ainda Art. 163. Compete ao conselho fiscal:
que a matéria não conste do anúncio de convocação, poderá
ser formulado em qualquer assembléia-geral, que elegerá os I - fiscalizar, por qualquer de seus membros, os atos dos
seus membros. administradores e verificar o cumprimento dos seus deveres
legais e estatutários; (Redação dada pela Lei nº 10.303, de
§ 4º Na constituição do conselho fiscal serão observadas as 2001)
seguintes normas:
II - opinar sobre o relatório anual da administração, fazendo
a) os titulares de ações preferenciais sem direito a voto, ou constar do seu parecer as informações complementares que
com voto restrito, terão direito de eleger, em votação em julgar necessárias ou úteis à deliberação da assembléia-
separado, 1 (um) membro e respectivo suplente; igual geral;
direito terão os acionistas minoritários, desde que
representem, em conjunto, 10% (dez por cento) ou mais das III - opinar sobre as propostas dos órgãos da administração,
ações com direito a voto; a serem submetidas à assembléia-geral, relativas a
modificação do capital social, emissão de debêntures ou
b) ressalvado o disposto na alínea anterior, os demais bônus de subscrição, planos de investimento ou orçamentos
acionistas com direito a voto poderão eleger os membros de capital, distribuição de dividendos, transformação,
efetivos e suplentes que, em qualquer caso, serão em incorporação, fusão ou cisão; (Vide Lei nº 12.838, de 2013)
número igual ao dos eleitos nos termos da alínea a, mais um.
IV - denunciar, por qualquer de seus membros, aos órgãos
§ 5º Os membros do conselho fiscal e seus suplentes de administração e, se estes não tomarem as providências
exercerão seus cargos até a primeira assembléia-geral necessárias para a proteção dos interesses da companhia, à
ordinária que se realizar após a sua eleição, e poderão ser assembléia-geral, os erros, fraudes ou crimes que
reeleitos. descobrirem, e sugerir providências úteis à
§ 6o Os membros do conselho fiscal e seus suplentes companhia; (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
exercerão seus cargos até a primeira assembléia-geral V - convocar a assembléia-geral ordinária, se os órgãos da
ordinária que se realizar após a sua eleição, e poderão ser administração retardarem por mais de 1 (um) mês essa
reeleitos. (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001) convocação, e a extraordinária, sempre que ocorrerem
§ 7o A função de membro do conselho fiscal é motivos graves ou urgentes, incluindo na agenda das
indelegável. (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001) assembléias as matérias que considerarem necessárias;
Requisitos, Impedimentos e Remuneração VI - analisar, ao menos trimestralmente, o balancete e
demais demonstrações financeiras elaboradas
Art. 162. Somente podem ser eleitos para o conselho fiscal periodicamente pela companhia;
pessoas naturais, residentes no País, diplomadas em curso
de nível universitário, ou que tenham exercido por prazo VII - examinar as demonstrações financeiras do exercício
mínimo de 3 (três) anos, cargo de administrador de empresa social e sobre elas opinar;
ou de conselheiro fiscal. VIII - exercer essas atribuições, durante a liquidação, tendo
em vista as disposições especiais que a regulam.
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§ 1º Os órgãos de administração são obrigados, através de apresentados e lidos na assembléia-geral,


comunicação por escrito, a colocar à disposição dos independentemente de publicação e ainda que a matéria
membros em exercício do conselho fiscal, dentro de 10 (dez) não conste da ordem do dia. (Redação dada pela Lei nº
dias, cópias das atas de suas reuniões e, dentro de 15 10.303, de 2001)
(quinze) dias do seu recebimento, cópias dos balancetes e
Deveres e Responsabilidades
demais demonstrações financeiras elaboradas
periodicamente e, quando houver, dos relatórios de Art. 165. Os membros do conselho fiscal têm os mesmos
execução de orçamentos. deveres dos administradores de que tratam os arts. 153 a
156 e respondem pelos danos resultantes de omissão no
§ 2o O conselho fiscal, a pedido de qualquer dos seus
cumprimento de seus deveres e de atos praticados com
membros, solicitará aos órgãos de administração
culpa ou dolo, ou com violação da lei ou do
esclarecimentos ou informações, desde que relativas à sua
estatuto.(Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
função fiscalizadora, assim como a elaboração de
demonstrações financeiras ou contábeis especiais. (Redação § 1o Os membros do conselho fiscal deverão exercer suas
dada pela Lei nº 10.303, de 2001) funções no exclusivo interesse da companhia; considerar-se-
á abusivo o exercício da função com o fim de causar dano à
§ 3° Os membros do conselho fiscal assistirão às reuniões do
companhia, ou aos seus acionistas ou administradores, ou de
conselho de administração, se houver, ou da diretoria, em
obter, para si ou para outrem, vantagem a que não faz jus e
que se deliberar sobre os assuntos em que devam opinar (ns.
de que resulte, ou possa resultar, prejuízo para a companhia,
II, III e VII).
seus acionistas ou administradores. (Redação dada pela Lei
§ 4º Se a companhia tiver auditores independentes, o nº 10.303, de 2001)
conselho fiscal, a pedido de qualquer de seus membros,
§ 2o O membro do conselho fiscal não é responsável pelos
poderá solicitar-lhes esclarecimentos ou informações, e a
atos ilícitos de outros membros, salvo se com eles foi
apuração de fatos específicos. (Redação dada pela Lei nº
conivente, ou se concorrer para a prática do ato. (Redação
9.457, de 1997)
dada pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001)
§ 5º Se a companhia não tiver auditores independentes, o
§ 3o A responsabilidade dos membros do conselho fiscal por
conselho fiscal poderá, para melhor desempenho das suas
omissão no cumprimento de seus deveres é solidária, mas
funções, escolher contador ou firma de auditoria e fixar-lhes
dela se exime o membro dissidente que fizer consignar sua
os honorários, dentro de níveis razoáveis, vigentes na praça
divergência em ata da reunião do órgão e a comunicar aos
e compatíveis com a dimensão econômica da companhia, os
órgãos da administração e à assembléia-geral. (Incluído pela
quais serão pagos por esta.
Lei nº 10.303, de 2001)
§ 6º O conselho fiscal deverá fornecer ao acionista, ou grupo
Art. 165-A. Os membros do conselho fiscal da companhia
de acionistas que representem, no mínimo 5% (cinco por
aberta deverão informar imediatamente as modificações em
cento) do capital social, sempre que solicitadas, informações
suas posições acionárias na companhia à Comissão de
sobre matérias de sua competência.
Valores Mobiliários e às Bolsas de Valores ou entidades do
§ 7º As atribuições e poderes conferidos pela lei ao conselho mercado de balcão organizado nas quais os valores
fiscal não podem ser outorgados a outro órgão da mobiliários de emissão da companhia estejam admitidos à
companhia. negociação, nas condições e na forma determinadas pela
Comissão de Valores Mobiliários. (Incluído pela Lei nº
§ 8º O conselho fiscal poderá, para apurar fato cujo
10.303, de 2001)
esclarecimento seja necessário ao desempenho de suas
funções, formular, com justificativa, questões a serem CAPÍTULO XIV
respondidas por perito e solicitar à diretoria que indique, MODIFICAÇÃO DO CAPITAL SOCIAL
para esse fim, no prazo máximo de trinta dias, três peritos, SEÇÃO I
que podem ser pessoas físicas ou jurídicas, de notório AUMENTO
conhecimento na área em questão, entre os quais o conselho
fiscal escolherá um, cujos honorários serão pagos pela Competência
companhia. (Incluído pela Lei nº 9.457, de 1997) Art. 166. O capital social pode ser aumentado:
Pareceres e Representações I - por deliberação da assembléia-geral ordinária, para
Art. 164. Os membros do conselho fiscal, ou ao menos um correção da expressão monetária do seu valor (artigo 167);
deles, deverão comparecer às reuniões da assembléia-geral II - por deliberação da assembléia-geral ou do conselho de
e responder aos pedidos de informações formulados pelos administração, observado o que a respeito dispuser o
acionistas. estatuto, nos casos de emissão de ações dentro do limite
Parágrafo único. Os pareceres e representações do conselho autorizado no estatuto (artigo 168);
fiscal, ou de qualquer um de seus membros, poderão ser
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III - por conversão, em ações, de debêntures ou parte § 2º O limite de autorização, quando fixado em valor do
beneficiárias e pelo exercício de direitos conferidos por capital social, será anualmente corrigido pela assembléia-
bônus de subscrição, ou de opção de compra de geral ordinária, com base nos mesmos índices adotados na
ações; (Vide Lei nº 12.838, de 2013) correção do capital social.
IV - por deliberação da assembléia-geral extraordinária § 3º O estatuto pode prever que a companhia, dentro do
convocada para decidir sobre reforma do estatuto social, no limite de capital autorizado, e de acordo com plano aprovado
caso de inexistir autorização de aumento, ou de estar a pela assembléia-geral, outorgue opção de compra de ações
mesma esgotada. a seus administradores ou empregados, ou a pessoas
naturais que prestem serviços à companhia ou a sociedade
§ 1º Dentro dos 30 (trinta) dias subseqüentes à efetivação do
sob seu controle.
aumento, a companhia requererá ao registro do comércio a
sua averbação, nos casos dos números I a III, ou o Capitalização de Lucros e Reservas
arquivamento da ata da assembléia de reforma do estatuto,
Art. 169. O aumento mediante capitalização de lucros ou de
no caso do número IV. (Vide Lei nº 12.838, de 2013)
reservas importará alteração do valor nominal das ações ou
§ 2º O conselho fiscal, se em funcionamento, deverá, salvo distribuições das ações novas, correspondentes ao aumento,
nos casos do número III, ser obrigatoriamente ouvido antes entre acionistas, na proporção do número de ações que
da deliberação sobre o aumento de capital. (Vide Lei nº possuírem.
12.838, de 2013)
§ 1º Na companhia com ações sem valor nominal, a
Correção Monetária Anual capitalização de lucros ou de reservas poderá ser efetivada
sem modificação do número de ações.
Art. 167. A reserva de capital constituída por ocasião do
balanço de encerramento do exercício social e resultante da § 2º Às ações distribuídas de acordo com este artigo se
correção monetária do capital realizado (artigo 182, § 2º) estenderão, salvo cláusula em contrário dos instrumentos
será capitalizada por deliberação da assembléia-geral que os tenham constituído, o usufruto, o fideicomisso, a
ordinária que aprovar o balanço. inalienabilidade e a incomunicabilidade que porventura
gravarem as ações de que elas forem derivadas.
§ 1º Na companhia aberta, a capitalização prevista neste
artigo será feita sem modificação do número de ações § 3º As ações que não puderem ser atribuídas por inteiro a
emitidas e com aumento do valor nominal das ações, se for cada acionista serão vendidas em bolsa, dividindo-se o
o caso. produto da venda, proporcionalmente, pelos titulares das
frações; antes da venda, a companhia fixará prazo não
§ 2º A companhia poderá deixar de capitalizar o saldo da
inferior a 30 (trinta) dias, durante o qual os acionistas
reserva correspondente às frações de centavo do valor
poderão transferir as frações de ação.
nominal das ações, ou, se não tiverem valor nominal, à
fração inferior a 1% (um por cento) do capital social. Aumento Mediante Subscrição de Ações
§ 3º Se a companhia tiver ações com e sem valor nominal, a Art. 170. Depois de realizados 3/4 (três quartos), no mínimo,
correção do capital correspondente às ações com valor do capital social, a companhia pode aumentá-lo mediante
nominal será feita separadamente, sendo a reserva subscrição pública ou particular de ações.
resultante capitalizada em benefício dessas ações.
§ 1º O preço de emissão deverá ser fixado, sem diluição
Capital Autorizado injustificada da participação dos antigos acionistas, ainda
que tenham direito de preferência para subscrevê-las, tendo
Art. 168. O estatuto pode conter autorização para aumento
em vista, alternativa ou conjuntamente: (Redação dada pela
do capital social independentemente de reforma estatutária.
Lei nº 9.457, de 1997)
§ 1º A autorização deverá especificar:
I - a perspectiva de rentabilidade da companhia; (Incluído
a) o limite de aumento, em valor do capital ou em número pela Lei nº 9.457, de 1997)
de ações, e as espécies e classes das ações que poderão ser
II - o valor do patrimônio líquido da ação; (Incluído pela Lei
emitidas;
nº 9.457, de 1997)
b) o órgão competente para deliberar sobre as emissões, que
III - a cotação de suas ações em Bolsa de Valores ou no
poderá ser a assembléia-geral ou o conselho de
mercado de balcão organizado, admitido ágio ou deságio em
administração;
função das condições do mercado. (Incluído pela Lei nº
c) as condições a que estiverem sujeitas as emissões; 9.457, de 1997)
d) os casos ou as condições em que os acionistas terão § 2º A assembléia-geral, quando for de sua competência
direito de preferência para subscrição, ou de inexistência deliberar sobre o aumento, poderá delegar ao conselho de
desse direito (artigo 172).

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administração a fixação do preço de emissão de ações a § 3º Os acionistas terão direito de preferência para
serem distribuídas no mercado. subscrição das emissões de debêntures conversíveis em
ações, bônus de subscrição e partes beneficiárias
§ 3º A subscrição de ações para realização em bens será
conversíveis em ações emitidas para alienação onerosa; mas
sempre procedida com observância do disposto no artigo 8º,
na conversão desses títulos em ações, ou na outorga e no
e a ela se aplicará o disposto nos §§ 2º e 3º do artigo 98.
exercício de opção de compra de ações, não haverá direito
§ 4º As entradas e as prestações da realização das ações de preferência.
poderão ser recebidas pela companhia independentemente
§ 4º O estatuto ou a assembléia-geral fixará prazo de
de depósito bancário.
decadência, não inferior a 30 (trinta) dias, para o exercício do
§ 5º No aumento de capital observar-se-á, se mediante direito de preferência.
subscrição pública, o disposto no artigo 82, e se mediante
§ 5º No usufruto e no fideicomisso, o direito de preferência,
subscrição particular, o que a respeito for deliberado pela
quando não exercido pelo acionista até 10 (dez) dias antes
assembléia-geral ou pelo conselho de administração,
do vencimento do prazo, poderá sê-lo pelo usufrutuário ou
conforme dispuser o estatuto.
fideicomissário.
§ 6º Ao aumento de capital aplica-se, no que couber, o
§ 6º O acionista poderá ceder seu direito de preferência.
disposto sobre a constituição da companhia, exceto na parte
final do § 2º do artigo 82. § 7º Na companhia aberta, o órgão que deliberar sobre a
emissão mediante subscrição particular deverá dispor sobre
§ 7º A proposta de aumento do capital deverá esclarecer
as sobras de valores mobiliários não subscritos, podendo:
qual o critério adotado, nos termos do § 1º deste artigo,
justificando pormenorizadamente os aspectos econômicos a) mandar vendê-las em bolsa, em benefício da companhia;
que determinaram a sua escolha. (Incluído pela Lei nº 9.457, ou
de 1997)
b) rateá-las, na proporção dos valores subscritos, entre os
Direito de Preferência acionistas que tiverem pedido, no boletim ou lista de
subscrição, reserva de sobras; nesse caso, a condição
Art. 171. Na proporção do número de ações que possuírem,
constará dos boletins e listas de subscrição e o saldo não
os acionistas terão preferência para a subscrição do
rateado será vendido em bolsa, nos termos da alínea
aumento de capital. (Vide Lei nº 12.838, de 2013)
anterior.
§ 1º Se o capital for dividido em ações de diversas espécies
§ 8° Na companhia fechada, será obrigatório o rateio
ou classes e o aumento for feito por emissão de mais de uma
previsto na alínea b do § 7º, podendo o saldo, se houver, ser
espécie ou classe, observar-se-ão as seguintes normas:
subscrito por terceiros, de acordo com os critérios
a) no caso de aumento, na mesma proporção, do número de estabelecidos pela assembléia-geral ou pelos órgãos da
ações de todas as espécies e classes existentes, cada administração.
acionista exercerá o direito de preferência sobre ações
Exclusão do Direito de Preferência
idênticas às de que for possuidor;
Art. 172. O estatuto da companhia aberta que contiver
b) se as ações emitidas forem de espécies e classes
autorização para o aumento do capital pode prever a
existentes, mas importarem alteração das respectivas
emissão, sem direito de preferência para os antigos
proporções no capital social, a preferência será exercida
acionistas, ou com redução do prazo de que trata o § 4o do
sobre ações de espécies e classes idênticas às de que forem
art. 171, de ações e debêntures conversíveis em ações, ou
possuidores os acionistas, somente se estendendo às demais
bônus de subscrição, cuja colocação seja feita
se aquelas forem insuficientes para lhes assegurar, no capital
mediante: (Redação dada pela Lei nº 10.303, de
aumentado, a mesma proporção que tinham no capital antes
2001) (Vide Lei nº 12.838, de 2013)
do aumento;
I - venda em bolsa de valores ou subscrição pública; ou
c) se houver emissão de ações de espécie ou classe diversa
das existentes, cada acionista exercerá a preferência, na II - permuta por ações, em oferta pública de aquisição de
proporção do número de ações que possuir, sobre ações de controle, nos termos dos arts. 257 e 263. (Redação dada pela
todas as espécies e classes do aumento. Lei nº 10.303, de 2001)
§ 2º No aumento mediante capitalização de créditos ou Parágrafo único. O estatuto da companhia, ainda que
subscrição em bens, será sempre assegurado aos acionistas fechada, pode excluir o direito de preferência para
o direito de preferência e, se for o caso, as importâncias por subscrição de ações nos termos de lei especial sobre
eles pagas serão entregues ao titular do crédito a ser incentivos fiscais.
capitalizado ou do bem a ser incorporado.

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SEÇÃO II as seguintes demonstrações financeiras, que deverão


REDUÇÃO exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia
e as mutações ocorridas no exercício:
Art. 173. A assembléia-geral poderá deliberar a redução do
capital social se houver perda, até o montante dos prejuízos I - balanço patrimonial;
acumulados, ou se julgá-lo excessivo. II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
§ 1º A proposta de redução do capital social, quando de III - demonstração do resultado do exercício; e
iniciativa dos administradores, não poderá ser submetida à
deliberação da assembléia-geral sem o parecer do conselho IV – demonstração dos fluxos de caixa; e (Redação dada pela
fiscal, se em funcionamento. Lei nº 11.638,de 2007)

§ 2º A partir da deliberação de redução ficarão suspensos os V – se companhia aberta, demonstração do valor


direitos correspondentes às ações cujos certificados tenham adicionado. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)
sido emitidos, até que sejam apresentados à companhia para § 1º As demonstrações de cada exercício serão publicadas
substituição. com a indicação dos valores correspondentes das
Oposição dos Credores demonstrações do exercício anterior.

Art. 174. Ressalvado o disposto nos artigos 45 e 107, a § 2º Nas demonstrações, as contas semelhantes poderão ser
redução do capital social com restituição aos acionistas de agrupadas; os pequenos saldos poderão ser agregados,
parte do valor das ações, ou pela diminuição do valor destas, desde que indicada a sua natureza e não ultrapassem 0,1
quando não integralizadas, à importância das entradas, só se (um décimo) do valor do respectivo grupo de contas; mas é
tornará efetiva 60 (sessenta) dias após a publicação da ata vedada a utilização de designações genéricas, como
da assembléia-geral que a tiver deliberado. "diversas contas" ou "contas-correntes".

§ 1º Durante o prazo previsto neste artigo, os credores § 3º As demonstrações financeiras registrarão a destinação
quirografários por títulos anteriores à data da publicação da dos lucros segundo a proposta dos órgãos da administração,
ata poderão, mediante notificação, de que se dará ciência ao no pressuposto de sua aprovação pela assembléia-geral.
registro do comércio da sede da companhia, opor-se à § 4º As demonstrações serão complementadas por notas
redução do capital; decairão desse direito os credores que o explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações
não exercerem dentro do prazo. contábeis necessários para esclarecimento da situação
§ 2º Findo o prazo, a ata da assembléia-geral que houver patrimonial e dos resultados do exercício.
deliberado à redução poderá ser arquivada se não tiver § 5o As notas explicativas devem: (Redação dada pela Lei nº
havido oposição ou, se tiver havido oposição de algum 11.941, de 2009)
credor, desde que feita a prova do pagamento do seu crédito
ou do depósito judicial da importância respectiva. I – apresentar informações sobre a base de preparação das
demonstrações financeiras e das práticas contábeis
§ 3º Se houver em circulação debêntures emitidas pela específicas selecionadas e aplicadas para negócios e eventos
companhia, a redução do capital, nos casos previstos neste significativos; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
artigo, não poderá ser efetivada sem prévia aprovação pela
maioria dos debenturistas, reunidos em assembléia especial. II – divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis
adotadas no Brasil que não estejam apresentadas em
CAPÍTULO XV nenhuma outra parte das demonstrações
EXERCÍCIO SOCIAL E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS financeiras; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
SEÇÃO I
III – fornecer informações adicionais não indicadas nas
EXERCÍCIO SOCIAL
próprias demonstrações financeiras e consideradas
Art. 175. O exercício social terá duração de 1 (um) ano e a necessárias para uma apresentação adequada; e (Incluído
data do término será fixada no estatuto. pela Lei nº 11.941, de 2009)
Parágrafo único. Na constituição da companhia e nos casos IV – indicar: (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
de alteração estatutária o exercício social poderá ter duração
a) os principais critérios de avaliação dos elementos
diversa.
patrimoniais, especialmente estoques, dos cálculos de
SEÇÃO II depreciação, amortização e exaustão, de constituição de
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS provisões para encargos ou riscos, e dos ajustes para atender
a perdas prováveis na realização de elementos do
Disposições Gerais ativo; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará
elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia,

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b) os investimentos em outras sociedades, quando lançamentos ou ajustes ou a elaboração de outras


relevantes (art. 247, parágrafo único); (Incluído pela Lei nº demonstrações financeiras. (Redação dada pela Lei nº
11.941, de 2009) 11.941, de 2009)
c) o aumento de valor de elementos do ativo resultante de I – (revogado); (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
novas avaliações (art. 182, § 3o ); (Incluído pela Lei nº 11.941,
II – (revogado). (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
de 2009)
§ 3o As demonstrações financeiras das companhias abertas
d) os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as
observarão, ainda, as normas expedidas pela Comissão de
garantias prestadas a terceiros e outras responsabilidades
Valores Mobiliários e serão obrigatoriamente submetidas a
eventuais ou contingentes; (Incluído pela Lei nº 11.941, de
auditoria por auditores independentes nela
2009)
registrados. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das
§ 4º As demonstrações financeiras serão assinadas pelos
obrigações a longo prazo; (Incluído pela Lei nº 11.941, de
administradores e por contabilistas legalmente habilitados.
2009)
§ 5o As normas expedidas pela Comissão de Valores
f) o número, espécies e classes das ações do capital
Mobiliários a que se refere o § 3o deste artigo deverão ser
social; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
elaboradas em consonância com os padrões internacionais
g) as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no de contabilidade adotados nos principais mercados de
exercício; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) valores mobiliários. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)
h) os ajustes de exercícios anteriores (art. 186, § 1o); § 6o As companhias fechadas poderão optar por observar as
e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) normas sobre demonstrações financeiras expedidas pela
Comissão de Valores Mobiliários para as companhias
i) os eventos subsequentes à data de encerramento do
abertas. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)
exercício que tenham, ou possam vir a ter, efeito relevante
sobre a situação financeira e os resultados futuros da § 7o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
companhia. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
SEÇÃO III
§ 6 A companhia fechada com patrimônio líquido, na data
o
BALANÇO PATRIMONIAL
do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais)
não será obrigada à elaboração e publicação da Grupo de Contas
demonstração dos fluxos de caixa. (Redação dada pela Lei nº Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo
11.638,de 2007) os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de
§ 7o A Comissão de Valores Mobiliários poderá, a seu modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação
critério, disciplinar de forma diversa o registro de que trata financeira da companhia.
o § 3o deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) § 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem
Escrituração decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas
registrados, nos seguintes grupos:
Art. 177. A escrituração da companhia será mantida em
registros permanentes, com obediência aos preceitos da I – ativo circulante; e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
legislação comercial e desta Lei e aos princípios de II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a
contabilidade geralmente aceitos, devendo observar longo prazo, investimentos, imobilizado e
métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e intangível. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
registrar as mutações patrimoniais segundo o regime de
competência. § 2º No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes
grupos:
§ 1º As demonstrações financeiras do exercício em que
houver modificação de métodos ou critérios contábeis, de I – passivo circulante; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
efeitos relevantes, deverão indicá-la em nota e ressaltar II – passivo não circulante; e (Incluído pela Lei nº 11.941, de
esses efeitos. 2009)
§ 2o A companhia observará exclusivamente em livros ou III – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas
registros auxiliares, sem qualquer modificação da de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de
escrituração mercantil e das demonstrações reguladas nesta lucros, ações em tesouraria e prejuízos
Lei, as disposições da lei tributária, ou de legislação especial acumulados. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
sobre a atividade que constitui seu objeto, que prescrevam,
conduzam ou incentivem a utilização de métodos ou § 3º Os saldos devedores e credores que a companhia não
critérios contábeis diferentes ou determinem registros, tiver direito de compensar serão classificados
separadamente.
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Ativo formação do capital social, inclusive nos casos de conversão


em ações de debêntures ou partes beneficiárias;
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:
b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de
I - no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos
subscrição;
realizáveis no curso do exercício social subseqüente e as
aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte; c) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 11.638,de
2007) (Revogado pela Lei nº 11.638,de 2007)
II - no ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis
após o término do exercício seguinte, assim como os d) (revogada). (Redação dada pela Lei nº 11.638,de
derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a 2007) (Revogado pela Lei nº 11.638,de 2007)
sociedades coligadas ou controladas (artigo 243), diretores,
§ 2° Será ainda registrado como reserva de capital o
acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não
resultado da correção monetária do capital realizado,
constituírem negócios usuais na exploração do objeto da
enquanto não-capitalizado.
companhia;
§ 3o Serão classificadas como ajustes de avaliação
III - em investimentos: as participações permanentes em
patrimonial, enquanto não computadas no resultado do
outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não
exercício em obediência ao regime de competência, as
classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à
contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor
manutenção da atividade da companhia ou da empresa;
atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência
IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto da sua avaliação a valor justo, nos casos previstos nesta Lei
bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da ou, em normas expedidas pela Comissão de Valores
companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, Mobiliários, com base na competência conferida pelo § 3o do
inclusive os decorrentes de operações que transfiram à art. 177 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de
companhia os benefícios, riscos e controle desses 2009)
bens; (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)
§ 4º Serão classificados como reservas de lucros as contas
V – (Revogado pela Lei nº 11.941, de 2009) constituídas pela apropriação de lucros da companhia.
VI – no intangível: os direitos que tenham por objeto bens § 5º As ações em tesouraria deverão ser destacadas no
incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou balanço como dedução da conta do patrimônio líquido que
exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição.
adquirido. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)
Critérios de Avaliação do Ativo
Parágrafo único. Na companhia em que o ciclo operacional
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados
da empresa tiver duração maior que o exercício social, a
segundo os seguintes critérios:
classificação no circulante ou longo prazo terá por base o
prazo desse ciclo. I - as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive
derivativos, e em direitos e títulos de créditos, classificados
Passivo Exigível
no ativo circulante ou no realizável a longo prazo: (Redação
Art. 180. As obrigações da companhia, inclusive dada pela Lei nº 11.638,de 2007)
financiamentos para aquisição de direitos do ativo não
a) pelo seu valor justo, quando se tratar de aplicações
circulante, serão classificadas no passivo circulante, quando
destinadas à negociação ou disponíveis para venda;
se vencerem no exercício seguinte, e no passivo não
e (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
circulante, se tiverem vencimento em prazo maior,
observado o disposto no parágrafo único do art. 179 desta b) pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão,
Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) atualizado conforme disposições legais ou contratuais,
ajustado ao valor provável de realização, quando este for
Resultados de Exercícios Futuros
inferior, no caso das demais aplicações e os direitos e títulos
Art. 181. (Revogado pela Lei nº 11.941, de 2009) de crédito; (Incluída pela Lei nº 11.638,de 2007)
Patrimônio Líquido II - os direitos que tiverem por objeto mercadorias e
produtos do comércio da companhia, assim como matérias-
Art. 182. A conta do capital social discriminará o montante
primas, produtos em fabricação e bens em almoxarifado,
subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada.
pelo custo de aquisição ou produção, deduzido de provisão
§ 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas para ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for inferior;
que registrarem:
III - os investimentos em participação no capital social de
a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o outras sociedades, ressalvado o disposto nos artigos 248 a
valor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem 250, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para
valor nominal que ultrapassar a importância destinada à perdas prováveis na realização do seu valor, quando essa
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perda estiver comprovada como permanente, e que não será ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou
modificado em razão do recebimento, sem custo para a obsolescência;
companhia, de ações ou quotas bonificadas;
b) amortização, quando corresponder à perda do valor do
IV - os demais investimentos, pelo custo de aquisição, capital aplicado na aquisição de direitos da propriedade
deduzido de provisão para atender às perdas prováveis na industrial ou comercial e quaisquer outros com existência ou
realização do seu valor, ou para redução do custo de exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de
aquisição ao valor de mercado, quando este for inferior; utilização por prazo legal ou contratualmente limitado;
V - os direitos classificados no imobilizado, pelo custo de c) exaustão, quando corresponder à perda do valor,
aquisição, deduzido do saldo da respectiva conta de decorrente da sua exploração, de direitos cujo objeto sejam
depreciação, amortização ou exaustão; recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa
exploração.
VI – (revogado); (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
§ 3o A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise
VII – os direitos classificados no intangível, pelo custo
sobre a recuperação dos valores registrados no imobilizado
incorrido na aquisição deduzido do saldo da respectiva conta
e no intangível, a fim de que sejam: (Redação dada pela Lei
de amortização; (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)
nº 11.941, de 2009)
VIII – os elementos do ativo decorrentes de operações de
I – registradas as perdas de valor do capital aplicado quando
longo prazo serão ajustados a valor presente, sendo os
houver decisão de interromper os empreendimentos ou
demais ajustados quando houver efeito relevante. (Incluído
atividades a que se destinavam ou quando comprovado que
pela Lei nº 11.638,de 2007)
não poderão produzir resultados suficientes para
§ 1o Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se recuperação desse valor; ou (Incluído pela Lei nº 11.638,de
valor justo: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) 2007)
a) das matérias-primas e dos bens em almoxarifado, o preço II – revisados e ajustados os critérios utilizados para
pelo qual possam ser repostos, mediante compra no determinação da vida útil econômica estimada e para cálculo
mercado; da depreciação, exaustão e amortização. (Incluído pela Lei nº
11.638,de 2007)
b) dos bens ou direitos destinados à venda, o preço líquido
de realização mediante venda no mercado, deduzidos os § 4° Os estoques de mercadorias fungíveis destinadas à
impostos e demais despesas necessárias para a venda, e a venda poderão ser avaliados pelo valor de mercado, quando
margem de lucro; esse for o costume mercantil aceito pela técnica contábil.
c) dos investimentos, o valor líquido pelo qual possam ser Critérios de Avaliação do Passivo
alienados a terceiros.
Art. 184. No balanço, os elementos do passivo serão
d) dos instrumentos financeiros, o valor que pode se obter avaliados de acordo com os seguintes critérios:
em um mercado ativo, decorrente de transação não
I - as obrigações, encargos e riscos, conhecidos ou
compulsória realizada entre partes independentes; e, na
calculáveis, inclusive Imposto sobre a Renda a pagar com
ausência de um mercado ativo para um determinado
base no resultado do exercício, serão computados pelo valor
instrumento financeiro: (Incluída pela Lei nº 11.638,de 2007)
atualizado até a data do balanço;
1) o valor que se pode obter em um mercado ativo com a
II - as obrigações em moeda estrangeira, com cláusula de
negociação de outro instrumento financeiro de natureza,
paridade cambial, serão convertidas em moeda nacional à
prazo e risco similares; (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)
taxa de câmbio em vigor na data do balanço;
2) o valor presente líquido dos fluxos de caixa futuros para
III – as obrigações, os encargos e os riscos classificados no
instrumentos financeiros de natureza, prazo e risco
passivo não circulante serão ajustados ao seu valor presente,
similares; ou (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)
sendo os demais ajustados quando houver efeito
3) o valor obtido por meio de modelos matemático- relevante. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
estatísticos de precificação de instrumentos
Critérios de Avaliação em Operações Societárias
financeiros. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)
(Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
§ 2o A diminuição do valor dos elementos dos ativos
imobilizado e intangível será registrada periodicamente nas Art. 184-A. A Comissão de Valores Mobiliários estabelecerá,
contas de: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) com base na competência conferida pelo § 3o do art. 177
desta Lei, normas especiais de avaliação e contabilização
a) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos
aplicáveis à aquisição de controle, participações societárias
direitos que têm por objeto bens físicos sujeitos a desgaste
ou negócios. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

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Correção Monetária a) as receitas e os rendimentos ganhos no período,


independentemente da sua realização em moeda; e
Art. 185. (Revogado pela Lei nº 7.730, de 1989)
b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou
SEÇÃO IV
incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos.
DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS OU PREJUÍZOS
ACUMULADOS § 2o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 11.638,de
2007) (Revogado pela Lei nº 11.638,de 2007)
Art. 186. A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados
discriminará: SEÇÃO VI
DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA E DO VALOR
I - o saldo do início do período, os ajustes de exercícios
ADICIONADO
anteriores e a correção monetária do saldo inicial;
(Redação Dada Pela Lei Nº 11.638,de 2007)
II - as reversões de reservas e o lucro líquido do exercício;
Art. 188. As demonstrações referidas nos incisos IV e V
III - as transferências para reservas, os dividendos, a parcela do caput do art. 176 desta Lei indicarão, no
dos lucros incorporada ao capital e o saldo ao fim do período. mínimo: (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)
§ 1º Como ajustes de exercícios anteriores serão I – demonstração dos fluxos de caixa – as alterações
considerados apenas os decorrentes de efeitos da mudança ocorridas, durante o exercício, no saldo de caixa e
de critério contábil, ou da retificação de erro imputável a equivalentes de caixa, segregando-se essas alterações em,
determinado exercício anterior, e que não possam ser no mínimo, 3 (três) fluxos: (Redação dada pela Lei nº
atribuídos a fatos subseqüentes. 11.638,de 2007)
§ 2º A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados a) das operações; (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)
deverá indicar o montante do dividendo por ação do capital
b) dos financiamentos; e (Redação dada pela Lei nº
social e poderá ser incluída na demonstração das mutações
do patrimônio líquido, se elaborada e publicada pela 11.638,de 2007)
companhia. c) dos investimentos; (Redação dada pela Lei nº 11.638,de
2007)
SEÇÃO V
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO II – demonstração do valor adicionado – o valor da riqueza
gerada pela companhia, a sua distribuição entre os
Art. 187. A demonstração do resultado do exercício
elementos que contribuíram para a geração dessa riqueza,
discriminará:
tais como empregados, financiadores, acionistas, governo e
I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das outros, bem como a parcela da riqueza não
vendas, os abatimentos e os impostos; distribuída. (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)
II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das III - (Revogado pela Lei nº 11.941, de 2009)
mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto;
IV - (Revogado pela Lei nº 11.941, de 2009)
III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras,
CAPÍTULO XVI
deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas,
LUCRO, RESERVAS E DIVIDENDOS
e outras despesas operacionais;
SEÇÃO I
IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as LUCRO
outras despesas; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
Dedução de Prejuízos e Imposto sobre a Renda
V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda
e a provisão para o imposto; Art. 189. Do resultado do exercício serão deduzidos, antes de
qualquer participação, os prejuízos acumulados e a provisão
VI – as participações de debêntures, empregados, para o Imposto sobre a Renda.
administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de
instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de Parágrafo único. o prejuízo do exercício será
assistência ou previdência de empregados, que não se obrigatoriamente absorvido pelos lucros acumulados, pelas
caracterizem como despesa; (Redação dada pela Lei nº reservas de lucros e pela reserva legal, nessa ordem.
11.941, de 2009) Participações
VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante Art. 190. As participações estatutárias de empregados,
por ação do capital social. administradores e partes beneficiárias serão determinadas,
§ 1º Na determinação do resultado do exercício serão sucessivamente e nessa ordem, com base nos lucros que
computados: remanescerem depois de deduzida a participação
anteriormente calculada.
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Parágrafo único. Aplica-se ao pagamento das participações Reserva de Incentivos Fiscais


dos administradores e das partes beneficiárias o disposto
(Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)
nos parágrafos do artigo 201.
Art. 195-A. A assembléia geral poderá, por proposta dos
Lucro Líquido
órgãos de administração, destinar para a reserva de
Art. 191. Lucro líquido do exercício é o resultado do exercício incentivos fiscais a parcela do lucro líquido decorrente de
que remanescer depois de deduzidas as participações de que doações ou subvenções governamentais para investimentos,
trata o artigo 190. que poderá ser excluída da base de cálculo do dividendo
obrigatório (inciso I do caput do art. 202 desta Lei). (Incluído
Proposta de Destinação do Lucro
pela Lei nº 11.638,de 2007)
Art. 192. Juntamente com as demonstrações financeiras do
Retenção de Lucros
exercício, os órgãos da administração da companhia
apresentarão à assembléia-geral ordinária, observado o Art. 196. A assembléia-geral poderá, por proposta dos
disposto nos artigos 193 a 203 e no estatuto, proposta sobre órgãos da administração, deliberar reter parcela do lucro
a destinação a ser dada ao lucro líquido do exercício. líquido do exercício prevista em orçamento de capital por ela
previamente aprovado.
SEÇÃO II
RESERVAS E RETENÇÃO DE LUCROS § 1º O orçamento, submetido pelos órgãos da administração
com a justificação da retenção de lucros proposta, deverá
Reserva Legal compreender todas as fontes de recursos e aplicações de
Art. 193. Do lucro líquido do exercício, 5% (cinco por cento) capital, fixo ou circulante, e poderá ter a duração de até 5
serão aplicados, antes de qualquer outra destinação, na (cinco) exercícios, salvo no caso de execução, por prazo
constituição da reserva legal, que não excederá de 20% maior, de projeto de investimento.
(vinte por cento) do capital social. § 2o O orçamento poderá ser aprovado pela assembléia-
§ 1º A companhia poderá deixar de constituir a reserva legal geral ordinária que deliberar sobre o balanço do exercício e
no exercício em que o saldo dessa reserva, acrescido do revisado anualmente, quando tiver duração superior a um
montante das reservas de capital de que trata o § 1º do exercício social. (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
artigo 182, exceder de 30% (trinta por cento) do capital Reserva de Lucros a Realizar
social.
Art. 197. No exercício em que o montante do dividendo
§ 2º A reserva legal tem por fim assegurar a integridade do obrigatório, calculado nos termos do estatuto ou do art. 202,
capital social e somente poderá ser utilizada para compensar ultrapassar a parcela realizada do lucro líquido do exercício,
prejuízos ou aumentar o capital. a assembléia-geral poderá, por proposta dos órgãos de
Reservas Estatutárias administração, destinar o excesso à constituição de reserva
de lucros a realizar. (Redação dada pela Lei nº 10.303, de
Art. 194. O estatuto poderá criar reservas desde que, para 2001)
cada uma:
§ 1o Para os efeitos deste artigo, considera-se realizada a
I - indique, de modo preciso e completo, a sua finalidade; parcela do lucro líquido do exercício que exceder da soma
II - fixe os critérios para determinar a parcela anual dos lucros dos seguintes valores: (Redação dada pela Lei nº 10.303, de
líquidos que serão destinados à sua constituição; e 2001)
III - estabeleça o limite máximo da reserva. I - o resultado líquido positivo da equivalência patrimonial
(art. 248); e (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001)
Reservas para Contingências
II – o lucro, rendimento ou ganho líquidos em operações ou
Art. 195. A assembléia-geral poderá, por proposta dos contabilização de ativo e passivo pelo valor de mercado, cujo
órgãos da administração, destinar parte do lucro líquido à prazo de realização financeira ocorra após o término do
formação de reserva com a finalidade de compensar, em exercício social seguinte. (Redação dada pela Lei nº
exercício futuro, a diminuição do lucro decorrente de perda 11.638,de 2007)
julgada provável, cujo valor possa ser estimado.
§ 2o A reserva de lucros a realizar somente poderá ser
§ 1º A proposta dos órgãos da administração deverá indicar utilizada para pagamento do dividendo obrigatório e, para
a causa da perda prevista e justificar, com as razões de efeito do inciso III do art. 202, serão considerados como
prudência que a recomendem, a constituição da reserva. integrantes da reserva os lucros a realizar de cada exercício
§ 2º A reserva será revertida no exercício em que deixarem que forem os primeiros a serem realizados em
de existir as razões que justificaram a sua constituição ou em dinheiro. (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001)
que ocorrer a perda. Limite da Constituição de Reservas e Retenção de Lucros

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Art. 198. A destinação dos lucros para constituição das lucros estabelecida no estatuto ou, se este for omisso, a
reservas de que trata o artigo 194 e a retenção nos termos importância determinada de acordo com as seguintes
do artigo 196 não poderão ser aprovadas, em cada exercício, normas: (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001) (Vide
em prejuízo da distribuição do dividendo obrigatório (artigo Lei nº 12.838, de 2013)
202).
I - metade do lucro líquido do exercício diminuído ou
Limite do Saldo das Reservas de Lucro acrescido dos seguintes valores: (Redação dada pela Lei nº
10.303, de 2001)
(Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)
a) importância destinada à constituição da reserva legal (art.
Art. 199. O saldo das reservas de lucros, exceto as para
193); e (Incluída pela Lei nº 10.303, de 2001)
contingências, de incentivos fiscais e de lucros a realizar, não
poderá ultrapassar o capital social. Atingindo esse limite, a b) importância destinada à formação da reserva para
assembléia deliberará sobre aplicação do excesso na contingências (art. 195) e reversão da mesma reserva
integralização ou no aumento do capital social ou na formada em exercícios anteriores; (Incluída pela Lei nº
distribuição de dividendos. (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
11.638,de 2007)
II - o pagamento do dividendo determinado nos termos do
Reserva de Capital inciso I poderá ser limitado ao montante do lucro líquido do
exercício que tiver sido realizado, desde que a diferença seja
Art. 200. As reservas de capital somente poderão ser
registrada como reserva de lucros a realizar (art.
utilizadas para:
197); (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
I - absorção de prejuízos que ultrapassarem os lucros
III - os lucros registrados na reserva de lucros a realizar,
acumulados e as reservas de lucros (artigo 189, parágrafo
quando realizados e se não tiverem sido absorvidos por
único);
prejuízos em exercícios subseqüentes, deverão ser
II - resgate, reembolso ou compra de ações; acrescidos ao primeiro dividendo declarado após a
realização. (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
III - resgate de partes beneficiárias;
§ 1º O estatuto poderá estabelecer o dividendo como
IV - incorporação ao capital social;
porcentagem do lucro ou do capital social, ou fixar outros
V - pagamento de dividendo a ações preferenciais, quando critérios para determiná-lo, desde que sejam regulados com
essa vantagem lhes for assegurada (artigo 17, § 5º). precisão e minúcia e não sujeitem os acionistas minoritários
ao arbítrio dos órgãos de administração ou da maioria.
Parágrafo único. A reserva constituída com o produto da
venda de partes beneficiárias poderá ser destinada ao § 2o Quando o estatuto for omisso e a assembléia-geral
resgate desses títulos. deliberar alterá-lo para introduzir norma sobre a matéria, o
dividendo obrigatório não poderá ser inferior a 25% (vinte e
SEÇÃO III
cinco por cento) do lucro líquido ajustado nos termos do
DIVIDENDOS
inciso I deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 10.303, de
Origem 2001)
Art. 201. A companhia somente pode pagar dividendos à § 3o A assembléia-geral pode, desde que não haja oposição
conta de lucro líquido do exercício, de lucros acumulados e de qualquer acionista presente, deliberar a distribuição de
de reserva de lucros; e à conta de reserva de capital, no caso dividendo inferior ao obrigatório, nos termos deste artigo,
das ações preferenciais de que trata o § 5º do artigo 17. ou a retenção de todo o lucro líquido, nas seguintes
sociedades: (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
§ 1º A distribuição de dividendos com inobservância do
disposto neste artigo implica responsabilidade solidária dos I - companhias abertas exclusivamente para a captação de
administradores e fiscais, que deverão repor à caixa social a recursos por debêntures não conversíveis em
importância distribuída, sem prejuízo da ação penal que no ações; (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001)
caso couber. II - companhias fechadas, exceto nas controladas por
§ 2º Os acionistas não são obrigados a restituir os dividendos companhias abertas que não se enquadrem na condição
que em boa-fé tenham recebido. Presume-se a má-fé prevista no inciso I. (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001)
quando os dividendos forem distribuídos sem o § 4º O dividendo previsto neste artigo não será obrigatório
levantamento do balanço ou em desacordo com os no exercício social em que os órgãos da administração
resultados deste. informarem à assembléia-geral ordinária ser ele
Dividendo Obrigatório incompatível com a situação financeira da companhia. O
conselho fiscal, se em funcionamento, deverá dar parecer
Art. 202. Os acionistas têm direito de receber como sobre essa informação e, na companhia aberta, seus
dividendo obrigatório, em cada exercício, a parcela dos
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administradores encaminharão à Comissão de Valores da data em que for declarado e, em qualquer caso, dentro
Mobiliários, dentro de 5 (cinco) dias da realização da do exercício social.
assembléia-geral, exposição justificativa da informação
CAPÍTULO XVII
transmitida à assembléia.
DISSOLUÇÃO, LIQUIDAÇÃO E EXTINÇÃO
§ 5º Os lucros que deixarem de ser distribuídos nos termos SEÇÃO I
do § 4º serão registrados como reserva especial e, se não DISSOLUÇÃO
absorvidos por prejuízos em exercícios subseqüentes,
deverão ser pagos como dividendo assim que o permitir a Art. 206. Dissolve-se a companhia:
situação financeira da companhia. I - de pleno direito:
§ 6 Os lucros não destinados nos termos dos arts. 193 a 197
o
a) pelo término do prazo de duração;
deverão ser distribuídos como dividendos. (Incluído pela Lei
nº 10.303, de 2001) b) nos casos previstos no estatuto;

Dividendos de Ações Preferenciais c) por deliberação da assembléia-geral (art. 136,


X); (Redação dada pela Lei nº 9.457, de 1997)
Art. 203. O disposto nos artigos 194 a 197, e 202, não
prejudicará o direito dos acionistas preferenciais de receber d) pela existência de 1 (um) único acionista, verificada em
os dividendos fixos ou mínimos a que tenham prioridade, assembléia-geral ordinária, se o mínimo de 2 (dois) não for
inclusive os atrasados, se cumulativos. (Vide Lei nº 12.838, reconstituído até à do ano seguinte, ressalvado o disposto no
de 2013) artigo 251;

Dividendos Intermediários e) pela extinção, na forma da lei, da autorização para


funcionar.
Art. 204. A companhia que, por força de lei ou de disposição
estatutária, levantar balanço semestral, poderá declarar, por II - por decisão judicial:
deliberação dos órgãos de administração, se autorizados a) quando anulada a sua constituição, em ação proposta por
pelo estatuto, dividendo à conta do lucro apurado nesse qualquer acionista;
balanço.
b) quando provado que não pode preencher o seu fim, em
§ 1º A companhia poderá, nos termos de disposição ação proposta por acionistas que representem 5% (cinco por
estatutária, levantar balanço e distribuir dividendos em cento) ou mais do capital social;
períodos menores, desde que o total dos dividendos pagos
em cada semestre do exercício social não exceda o montante c) em caso de falência, na forma prevista na respectiva lei;
das reservas de capital de que trata o § 1º do artigo 182. III - por decisão de autoridade administrativa competente,
§ 2º O estatuto poderá autorizar os órgãos de administração nos casos e na forma previstos em lei especial.
a declarar dividendos intermediários, à conta de lucros Efeitos
acumulados ou de reservas de lucros existentes no último
balanço anual ou semestral. Art. 207. A companhia dissolvida conserva a personalidade
jurídica, até a extinção, com o fim de proceder à liquidação.
Pagamento de Dividendos
SEÇÃO II
Art. 205. A companhia pagará o dividendo de ações LIQUIDAÇÃO
nominativas à pessoa que, na data do ato de declaração do
dividendo, estiver inscrita como proprietária ou usufrutuária Liquidação pelos Órgãos da Companhia
da ação. Art. 208. Silenciando o estatuto, compete à assembléia-
§ 1º Os dividendos poderão ser pagos por cheque geral, nos casos do número I do artigo 206, determinar o
nominativo remetido por via postal para o endereço modo de liquidação e nomear o liquidante e o conselho fiscal
comunicado pelo acionista à companhia, ou mediante que devam funcionar durante o período de liquidação.
crédito em conta-corrente bancária aberta em nome do § 1º A companhia que tiver conselho de administração
acionista. poderá mantê-lo, competindo-lhe nomear o liquidante; o
§ 2º Os dividendos das ações em custódia bancária ou em funcionamento do conselho fiscal será permanente ou a
depósito nos termos dos artigos 41 e 43 serão pagos pela pedido de acionistas, conforme dispuser o estatuto.
companhia à instituição financeira depositária, que será § 2º O liquidante poderá ser destituído, a qualquer tempo,
responsável pela sua entrega aos titulares das ações
pelo órgão que o tiver nomeado.
depositadas.
Liquidação Judicial
§ 3º O dividendo deverá ser pago, salvo deliberação em
contrário da assembléia-geral, no prazo de 60 (sessenta) dias

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Art. 209. Além dos casos previstos no número II do artigo Art. 212. Em todos os atos ou operações, o liquidante deverá
206, a liquidação será processada judicialmente: usar a denominação social seguida das palavras "em
liquidação".
I - a pedido de qualquer acionista, se os administradores ou
a maioria de acionistas deixarem de promover a liquidação, Assembléia-Geral
ou a ela se opuserem, nos casos do número I do artigo 206;
Art. 213. O liquidante convocará a assembléia-geral cada 6
II - a requerimento do Ministério Público, à vista de (seis) meses, para prestar-lhe contas dos atos e operações
comunicação da autoridade competente, se a companhia, praticados no semestre e apresentar-lhe o relatório e o
nos 30 (trinta) dias subseqüentes à dissolução, não iniciar a balanço do estado da liquidação; a assembléia-geral pode
liquidação ou, se após iniciá-la, a interromper por mais de 15 fixar, para essas prestações de contas, períodos menores ou
(quinze) dias, no caso da alínea e do número I do artigo 301. maiores que, em qualquer caso, não serão inferiores a 3
(três) nem superiores a 12 (doze) meses.
Parágrafo único. Na liquidação judicial será observado o
disposto na lei processual, devendo o liquidante ser § 1º Nas assembléias-gerais da companhia em liquidação
nomeado pelo Juiz. todas as ações gozam de igual direito de voto, tornando-se
ineficazes as restrições ou limitações porventura existentes
Deveres do Liquidante
em relação às ações ordinárias ou preferenciais; cessando o
Art. 210. São deveres do liquidante: estado de liquidação, restaura-se a eficácia das restrições ou
limitações relativas ao direito de voto.
I - arquivar e publicar a ata da assembléia-geral, ou certidão
de sentença, que tiver deliberado ou decidido a liquidação; § 2º No curso da liquidação judicial, as assembléias-gerais
necessárias para deliberar sobre os interesses da liquidação
II - arrecadar os bens, livros e documentos da companhia,
serão convocadas por ordem do juiz, a quem compete
onde quer que estejam;
presidi-las e resolver, sumariamente, as dúvidas e litígios que
III - fazer levantar de imediato, em prazo não superior ao forem suscitados. As atas das assembléias-gerais serão, por
fixado pela assembléia-geral ou pelo juiz, o cópias autênticas, apensadas ao processo judicial.
balanço patrimonial da companhia;
Pagamento do Passivo
IV - ultimar os negócios da companhia, realizar o ativo, pagar
Art. 214. Respeitados os direitos dos credores preferenciais,
o passivo, e partilhar o remanescente entre os acionistas;
o liquidante pagará as dívidas sociais proporcionalmente e
V - exigir dos acionistas, quando o ativo não bastar para a sem distinção entre vencidas e vincendas, mas, em relação a
solução do passivo, a integralização de suas ações; estas, com desconto às taxas bancárias.
VI - convocar a assembléia-geral, nos casos previstos em lei Parágrafo único. Se o ativo for superior ao passivo, o
ou quando julgar necessário; liquidante poderá, sob sua responsabilidade pessoal, pagar
integralmente as dívidas vencidas.
VII - confessar a falência da companhia e pedir concordata,
nos casos previstos em lei; Partilha do Ativo
VIII - finda a liquidação, submeter à assembléia-geral Art. 215. A assembléia-geral pode deliberar que antes de
relatório dos atos e operações da liquidação e suas contas ultimada a liquidação, e depois de pagos todos os credores,
finais; se façam rateios entre os acionistas, à proporção que se
forem apurando os haveres sociais.
IX - arquivar e publicar a ata da assembléia-geral que houver
encerrado a liquidação. § 1º É facultado à assembléia-geral aprovar, pelo voto de
acionistas que representem 90% (noventa por cento), no
Poderes do Liquidante
mínimo, das ações, depois de pagos ou garantidos os
Art. 211. Compete ao liquidante representar a companhia e credores, condições especiais para a partilha do ativo
praticar todos os atos necessários à liquidação, inclusive remanescente, com a atribuição de bens aos sócios, pelo
alienar bens móveis ou imóveis, transigir, receber e dar valor contábil ou outro por ela fixado.
quitação.
§ 2º Provado pelo acionista dissidente (artigo 216, § 2º) que
Parágrafo único. Sem expressa autorização da assembléia- as condições especiais de partilha visaram a favorecer a
geral o liquidante não poderá gravar bens e contrair maioria, em detrimento da parcela que lhe tocaria, se
empréstimos, salvo quando indispensáveis ao pagamento de inexistissem tais condições, será a partilha suspensa, se não
obrigações inadiáveis, nem prosseguir, ainda que para consumada, ou, se já consumada, os acionistas majoritários
facilitar a liquidação, na atividade social. indenizarão os minoritários pelos prejuízos apurados.
Denominação da Companhia Prestação de Contas

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Art. 216. Pago o passivo e rateado o ativo remanescente, o Art. 222. A transformação não prejudicará, em caso algum,
liquidante convocará a assembléia-geral para a prestação os direitos dos credores, que continuarão, até o pagamento
final das contas. integral dos seus créditos, com as mesmas garantias que o
tipo anterior de sociedade lhes oferecia.
§ 1º Aprovadas as contas, encerra-se a liquidação e a
companhia se extingue. Parágrafo único. A falência da sociedade transformada
somente produzirá efeitos em relação aos sócios que, no tipo
§ 2º O acionista dissidente terá o prazo de 30 (trinta) dias, a
anterior, a eles estariam sujeitos, se o pedirem os titulares
contar da publicação da ata, para promover a ação que lhe
de créditos anteriores à transformação, e somente a estes
couber.
beneficiará.
Responsabilidade na Liquidação
SEÇÃO II
Art. 217. O liquidante terá as mesmas responsabilidades do INCORPORAÇÃO, FUSÃO E CISÃO
administrador, e os deveres e responsabilidades dos
administradores, fiscais e acionistas subsistirão até a Competência e Processo
extinção da companhia. Art. 223. A incorporação, fusão ou cisão podem ser operadas
Direito de Credor Não-Satisfeito entre sociedades de tipos iguais ou diferentes e deverão ser
deliberadas na forma prevista para a alteração dos
Art. 218. Encerrada a liquidação, o credor não-satisfeito só respectivos estatutos ou contratos sociais.
terá direito de exigir dos acionistas, individualmente, o
pagamento de seu crédito, até o limite da soma, por eles § 1º Nas operações em que houver criação de sociedade
recebida, e de propor contra o liquidante, se for o caso, ação serão observadas as normas reguladoras da constituição das
de perdas e danos. O acionista executado terá direito de sociedades do seu tipo.
haver dos demais a parcela que lhes couber no crédito pago. § 2º Os sócios ou acionistas das sociedades incorporadas,
SEÇÃO III fundidas ou cindidas receberão, diretamente da companhia
EXTINÇÃO emissora, as ações que lhes couberem.
§ 3º Se a incorporação, fusão ou cisão envolverem
Art. 219. Extingue-se a companhia:
companhia aberta, as sociedades que a sucederem serão
I - pelo encerramento da liquidação; também abertas, devendo obter o respectivo registro e, se
for o caso, promover a admissão de negociação das novas
II - pela incorporação ou fusão, e pela cisão com versão de
ações no mercado secundário, no prazo máximo de cento e
todo o patrimônio em outras sociedades.
vinte dias, contados da data da assembléia-geral que
CAPÍTULO XVIII aprovou a operação, observando as normas pertinentes
TRANSFORMAÇÃO, INCORPORAÇÃO, FUSÃO E CISÃO baixadas pela Comissão de Valores Mobiliários. (Incluído
SEÇÃO I pela Lei nº 9.457, de 1997)
TRANSFORMAÇÃO § 4º O descumprimento do previsto no parágrafo anterior
Conceito e Forma dará ao acionista direito de retirar-se da companhia,
mediante reembolso do valor das suas ações (art. 45), nos
Art. 220. A transformação é a operação pela qual a sociedade trinta dias seguintes ao término do prazo nele referido,
passa, independentemente de dissolução e liquidação, de observado o disposto nos §§ 1º e 4º do art. 137. (Incluído
um tipo para outro. pela Lei nº 9.457, de 1997)
Parágrafo único. A transformação obedecerá aos preceitos Protocolo
que regulam a constituição e o registro do tipo a ser adotado
pela sociedade. Art. 224. As condições da incorporação, fusão ou cisão com
incorporação em sociedade existente constarão de
Deliberação protocolo firmado pelos órgãos de administração ou sócios
Art. 221. A transformação exige o consentimento unânime das sociedades interessadas, que incluirá:
dos sócios ou acionistas, salvo se prevista no estatuto ou no I - o número, espécie e classe das ações que serão atribuídas
contrato social, caso em que o sócio dissidente terá o direito em substituição dos direitos de sócios que se extinguirão e
de retirar-se da sociedade. os critérios utilizados para determinar as relações de
Parágrafo único. Os sócios podem renunciar, no contrato substituição;
social, ao direito de retirada no caso de transformação em II - os elementos ativos e passivos que formarão cada parcela
companhia. do patrimônio, no caso de cisão;
Direito dos Credores

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III - os critérios de avaliação do patrimônio líquido, a data a § 3o A Comissão de Valores Mobiliários estabelecerá normas
que será referida a avaliação, e o tratamento das variações especiais de avaliação e contabilização aplicáveis às
patrimoniais posteriores; operações de fusão, incorporação e cisão que envolvam
companhia aberta. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de
IV - a solução a ser adotada quanto às ações ou quotas do
2009)
capital de uma das sociedades possuídas por outra;
Incorporação
V - o valor do capital das sociedades a serem criadas ou do
aumento ou redução do capital das sociedades que forem Art. 227. A incorporação é a operação pela qual uma ou mais
parte na operação; sociedades são absorvidas por outra, que lhes sucede em
todos os direitos e obrigações.
VI - o projeto ou projetos de estatuto, ou de alterações
estatutárias, que deverão ser aprovados para efetivar a § 1º A assembléia-geral da companhia incorporadora, se
operação; aprovar o protocolo da operação, deverá autorizar o
aumento de capital a ser subscrito e realizado pela
VII - todas as demais condições a que estiver sujeita a
incorporada mediante versão do seu patrimônio líquido, e
operação.
nomear os peritos que o avaliarão.
Parágrafo único. Os valores sujeitos a determinação serão
§ 2º A sociedade que houver de ser incorporada, se aprovar
indicados por estimativa.
o protocolo da operação, autorizará seus administradores a
Justificação praticarem os atos necessários à incorporação, inclusive a
subscrição do aumento de capital da incorporadora.
Art. 225. As operações de incorporação, fusão e cisão serão
submetidas à deliberação da assembléia-geral das § 3º Aprovados pela assembléia-geral da incorporadora o
companhias interessadas mediante justificação, na qual laudo de avaliação e a incorporação, extingue-se a
serão expostos: incorporada, competindo à primeira promover o
arquivamento e a publicação dos atos da incorporação.
I - os motivos ou fins da operação, e o interesse da
companhia na sua realização; Fusão
II - as ações que os acionistas preferenciais receberão e as Art. 228. A fusão é a operação pela qual se unem duas ou
razões para a modificação dos seus direitos, se prevista; mais sociedades para formar sociedade nova, que lhes
sucederá em todos os direitos e obrigações.
III - a composição, após a operação, segundo espécies e
classes das ações, do capital das companhias que deverão § 1º A assembléia-geral de cada companhia, se aprovar o
emitir ações em substituição às que se deverão extinguir; protocolo de fusão, deverá nomear os peritos que avaliarão
os patrimônios líquidos das demais sociedades.
IV - o valor de reembolso das ações a que terão direito os
acionistas dissidentes. § 2º Apresentados os laudos, os administradores convocarão
os sócios ou acionistas das sociedades para uma assembléia-
Transformação, Incorporação, Fusão e Cisão
geral, que deles tomará conhecimento e resolverá sobre a
(Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) constituição definitiva da nova sociedade, vedado aos sócios
ou acionistas votar o laudo de avaliação do patrimônio
Art. 226. As operações de incorporação, fusão e cisão
líquido da sociedade de que fazem parte.
somente poderão ser efetivadas nas condições aprovadas se
os peritos nomeados determinarem que o valor do § 3º Constituída a nova companhia, incumbirá aos primeiros
patrimônio ou patrimônios líquidos a serem vertidos para a administradores promover o arquivamento e a publicação
formação de capital social é, ao menos, igual ao montante dos atos da fusão.
do capital a realizar.
Cisão
§ 1º As ações ou quotas do capital da sociedade a ser
Art. 229. A cisão é a operação pela qual a companhia
incorporada que forem de propriedade da companhia
transfere parcelas do seu patrimônio para uma ou mais
incorporadora poderão, conforme dispuser o protocolo de
sociedades, constituídas para esse fim ou já existentes,
incorporação, ser extintas, ou substituídas por ações em
extinguindo-se a companhia cindida, se houver versão de
tesouraria da incorporadora, até o limite dos lucros
todo o seu patrimônio, ou dividindo-se o seu capital, se
acumulados e reservas, exceto a legal.
parcial a versão.
§ 2º O disposto no § 1º aplicar-se-á aos casos de fusão,
§ 1º Sem prejuízo do disposto no artigo 233, a sociedade que
quando uma das sociedades fundidas for proprietária de
absorver parcela do patrimônio da companhia cindida
ações ou quotas de outra, e de cisão com incorporação,
sucede a esta nos direitos e obrigações relacionados no ato
quando a companhia que incorporar parcela do patrimônio
da cisão; no caso de cisão com extinção, as sociedades que
da cindida for proprietária de ações ou quotas do capital
absorverem parcelas do patrimônio da companhia cindida
desta.
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sucederão a esta, na proporção dos patrimônios líquidos § 1º A consignação da importância em pagamento


transferidos, nos direitos e obrigações não relacionados. prejudicará a anulação pleiteada.
§ 2º Na cisão com versão de parcela do patrimônio em § 2º Sendo ilíquida a dívida, a sociedade poderá garantir-lhe
sociedade nova, a operação será deliberada pela assembléia- a execução, suspendendo-se o processo de anulação.
geral da companhia à vista de justificação que incluirá as
§ 3º Ocorrendo, no prazo deste artigo, a falência da
informações de que tratam os números do artigo 224; a
sociedade incorporadora ou da sociedade nova, qualquer
assembléia, se a aprovar, nomeará os peritos que avaliarão
credor anterior terá o direito de pedir a separação dos
a parcela do patrimônio a ser transferida, e funcionará como
patrimônios, para o fim de serem os créditos pagos pelos
assembléia de constituição da nova companhia.
bens das respectivas massas.
§ 3º A cisão com versão de parcela de patrimônio em
Direitos dos Credores na Cisão
sociedade já existente obedecerá às disposições sobre
incorporação (artigo 227). Art. 233. Na cisão com extinção da companhia cindida, as
sociedades que absorverem parcelas do seu patrimônio
§ 4º Efetivada a cisão com extinção da companhia cindida,
responderão solidariamente pelas obrigações da companhia
caberá aos administradores das sociedades que tiverem
extinta. A companhia cindida que subsistir e as que
absorvido parcelas do seu patrimônio promover o
absorverem parcelas do seu patrimônio responderão
arquivamento e publicação dos atos da operação; na cisão
solidariamente pelas obrigações da primeira anteriores à
com versão parcial do patrimônio, esse dever caberá aos
cisão.
administradores da companhia cindida e da que absorver
parcela do seu patrimônio. Parágrafo único. O ato de cisão parcial poderá estipular que
as sociedades que absorverem parcelas do patrimônio da
§ 5º As ações integralizadas com parcelas de patrimônio da
companhia cindida serão responsáveis apenas pelas
companhia cindida serão atribuídas a seus titulares, em
obrigações que lhes forem transferidas, sem solidariedade
substituição às extintas, na proporção das que possuíam; a
entre si ou com a companhia cindida, mas, nesse caso,
atribuição em proporção diferente requer aprovação de
qualquer credor anterior poderá se opor à estipulação, em
todos os titulares, inclusive das ações sem direito a
relação ao seu crédito, desde que notifique a sociedade no
voto. (Redação dada pela Lei nº 9.457, de 1997)
prazo de 90 (noventa) dias a contar da data da publicação
Direito de Retirada dos atos da cisão.
Art. 230. Nos casos de incorporação ou fusão, o prazo para Averbação da Sucessão
exercício do direito de retirada, previsto no art. 137, inciso II,
Art. 234. A certidão, passada pelo registro do comércio, da
será contado a partir da publicação da ata que aprovar o
incorporação, fusão ou cisão, é documento hábil para a
protocolo ou justificação, mas o pagamento do preço de
averbação, nos registros públicos competentes, da sucessão,
reembolso somente será devido se a operação vier a
decorrente da operação, em bens, direitos e obrigações.
efetivar-se. (Redação dada pela Lei nº 9.457, de 1997)
CAPÍTULO XIX
Direitos dos Debenturistas
SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA
Art. 231. A incorporação, fusão ou cisão da companhia
emissora de debêntures em circulação dependerá da prévia Legislação Aplicável
aprovação dos debenturistas, reunidos em assembléia Art. 235. As sociedades anônimas de economia mista estão
especialmente convocada com esse fim. sujeitas a esta Lei, sem prejuízo das disposições especiais de
§ 1º Será dispensada a aprovação pela assembléia se for lei federal.
assegurado aos debenturistas que o desejarem, durante o § 1º As companhias abertas de economia mista estão
prazo mínimo de 6 (seis) meses a contar da data da também sujeitas às normas expedidas pela Comissão de
publicação das atas das assembléias relativas à operação, o Valores Mobiliários.
resgate das debêntures de que forem titulares.
§ 2º As companhias de que participarem, majoritária ou
§ 2º No caso do § 1º, a sociedade cindida e as sociedades que minoritariamente, as sociedades de economia mista, estão
absorverem parcelas do seu patrimônio responderão sujeitas ao disposto nesta Lei, sem as exceções previstas
solidariamente pelo resgate das debêntures. neste Capítulo.
Direitos dos Credores na Incorporação ou Fusão Constituição e Aquisição de Controle
Art. 232. Até 60 (sessenta) dias depois de publicados os atos Art. 236. A constituição de companhia de economia mista
relativos à incorporação ou à fusão, o credor anterior por ela depende de prévia autorização legislativa.
prejudicado poderá pleitear judicialmente a anulação da
operação; findo o prazo, decairá do direito o credor que não Parágrafo único. Sempre que pessoa jurídica de direito
o tiver exercido. público adquirir, por desapropriação, o controle de

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companhia em funcionamento, os acionistas terão direito de CAPÍTULO XX


pedir, dentro de 60 (sessenta) dias da publicação da primeira SOCIEDADES COLIGADAS, CONTROLADORAS E
ata da assembléia-geral realizada após a aquisição do CONTROLADAS
controle, o reembolso das suas ações; salvo se a companhia SEÇÃO I
já se achava sob o controle, direto ou indireto, de outra INFORMAÇÕES NO RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO
pessoa jurídica de direito público, ou no caso de
concessionária de serviço público. Art. 243. O relatório anual da administração deve relacionar
os investimentos da companhia em sociedades coligadas e
Objeto controladas e mencionar as modificações ocorridas durante
Art. 237. A companhia de economia mista somente poderá o exercício.
explorar os empreendimentos ou exercer as atividades § 1o São coligadas as sociedades nas quais a investidora
previstas na lei que autorizou a sua constituição. tenha influência significativa. (Redação dada pela Lei nº
§ 1º A companhia de economia mista somente poderá 11.941, de 2009)
participar de outras sociedades quando autorizada por lei no § 2º Considera-se controlada a sociedade na qual a
exercício de opção legal para aplicar Imposto sobre a Renda controladora, diretamente ou através de outras controladas,
ou investimentos para o desenvolvimento regional ou é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo
setorial. permanente, preponderância nas deliberações sociais e o
§ 2º As instituições financeiras de economia mista poderão poder de eleger a maioria dos administradores.
participar de outras sociedades, observadas as normas § 3º A companhia aberta divulgará as informações
estabelecidas pelo Banco Central do Brasil. adicionais, sobre coligadas e controladas, que forem exigidas
Acionista Controlador pela Comissão de Valores Mobiliários.
Art. 238. A pessoa jurídica que controla a companhia de § 4º Considera-se que há influência significativa quando a
economia mista tem os deveres e responsabilidades do investidora detém ou exerce o poder de participar nas
acionista controlador (artigos 116 e 117), mas poderá decisões das políticas financeira ou operacional da investida,
orientar as atividades da companhia de modo a atender ao sem controlá-la. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
interesse público que justificou a sua criação. § 5o É presumida influência significativa quando a
Administração investidora for titular de 20% (vinte por cento) ou mais do
capital votante da investida, sem controlá-la. (Incluído pela
Art. 239. As companhias de economia mista terão
Lei nº 11.941, de 2009)
obrigatoriamente Conselho de Administração, assegurado à
minoria o direito de eleger um dos conselheiros, se maior SEÇÃO II
número não lhes couber pelo processo de voto múltiplo. PARTICIPAÇÃO RECÍPROCA
Parágrafo único. Os deveres e responsabilidades dos Art. 244. É vedada a participação recíproca entre a
administradores das companhias de economia mista são os companhia e suas coligadas ou controladas.
mesmos dos administradores das companhias abertas.
§ 1º O disposto neste artigo não se aplica ao caso em que ao
Conselho Fiscal menos uma das sociedades participa de outra com
observância das condições em que a lei autoriza a aquisição
Art. 240. O funcionamento do conselho fiscal será
das próprias ações (artigo 30, § 1º, alínea b).
permanente nas companhias de economia mista; um dos
seus membros, e respectivo suplente, será eleito pelas ações § 2º As ações do capital da controladora, de propriedade da
ordinárias minoritárias e outro pelas ações preferenciais, se controlada, terão suspenso o direito de voto.
houver.
§ 3º O disposto no § 2º do artigo 30, aplica-se à aquisição de
Correção Monetária ações da companhia aberta por suas coligadas e controladas.
Art. 241. (Revogado pelo Decreto-lei nº 2.287, de 1986) § 4º No caso do § 1º, a sociedade deverá alienar, dentro de
6 (seis) meses, as ações ou quotas que excederem do valor
Falência e Responsabilidade Subsidiária
dos lucros ou reservas, sempre que esses sofrerem redução.
Art. 242. (Revogado pela Lei nº 10.303, de 2001)
§ 5º A participação recíproca, quando ocorrer em virtude de
incorporação, fusão ou cisão, ou da aquisição, pela
companhia, do controle de sociedade, deverá ser
mencionada nos relatórios e demonstrações financeiras de
ambas as sociedades, e será eliminada no prazo máximo de
1 (um) ano; no caso de coligadas, salvo acordo em contrário,
deverão ser alienadas as ações ou quotas de aquisição mais
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recente ou, se da mesma data, que representem menor IV - os créditos e obrigações entre a companhia e as
porcentagem do capital social. sociedades coligadas e controladas;
§ 6º A aquisição de ações ou quotas de que resulte V - o montante das receitas e despesas em operações entre
participação recíproca com violação ao disposto neste artigo a companhia e as sociedades coligadas e controladas.
importa responsabilidade civil solidária dos administradores
Parágrafo único. Considera-se relevante o investimento:
da sociedade, equiparando-se, para efeitos penais, à compra
ilegal das próprias ações. a) em cada sociedade coligada ou controlada, se o valor
contábil é igual ou superior a 10% (dez por cento) do valor
SEÇÃO III
do patrimônio líquido da companhia;
RESPONSABILIDADE DOS ADMINISTRADORES E DAS
SOCIEDADES CONTROLADORAS b) no conjunto das sociedades coligadas e controladas, se o
valor contábil é igual ou superior a 15% (quinze por cento)
Administradores do valor do patrimônio líquido da companhia.
Art. 245. Os administradores não podem, em prejuízo da Avaliação do Investimento em Coligadas e Controladas
companhia, favorecer sociedade coligada, controladora ou
controlada, cumprindo-lhes zelar para que as operações Art. 248. No balanço patrimonial da companhia, os
entre as sociedades, se houver, observem condições investimentos em coligadas ou em controladas e em outras
estritamente comutativas, ou com pagamento sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam
compensatório adequado; e respondem perante a sob controle comum serão avaliados pelo método da
companhia pelas perdas e danos resultantes de atos equivalência patrimonial, de acordo com as seguintes
praticados com infração ao disposto neste artigo. normas: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

Sociedade Controladora I - o valor do patrimônio líquido da coligada ou da controlada


será determinado com base em balanço patrimonial ou
Art. 246. A sociedade controladora será obrigada a reparar balancete de verificação levantado, com observância das
os danos que causar à companhia por atos praticados com normas desta Lei, na mesma data, ou até 60 (sessenta) dias,
infração ao disposto nos artigos 116 e 117. no máximo, antes da data do balanço da companhia; no valor
§ 1º A ação para haver reparação cabe: de patrimônio líquido não serão computados os resultados
não realizados decorrentes de negócios com a companhia,
a) a acionistas que representem 5% (cinco por cento) ou mais ou com outras sociedades coligadas à companhia, ou por ela
do capital social; controladas;
b) a qualquer acionista, desde que preste caução pelas II - o valor do investimento será determinado mediante a
custas e honorários de advogado devidos no caso de vir a aplicação, sobre o valor de patrimônio líquido referido no
ação ser julgada improcedente. número anterior, da porcentagem de participação no capital
§ 2º A sociedade controladora, se condenada, além de da coligada ou controlada;
reparar o dano e arcar com as custas, pagará honorários de III - a diferença entre o valor do investimento, de acordo com
advogado de 20% (vinte por cento) e prêmio de 5% (cinco o número II, e o custo de aquisição corrigido
por cento) ao autor da ação, calculados sobre o valor da monetariamente; somente será registrada como resultado
indenização. do exercício:
SEÇÃO IV a) se decorrer de lucro ou prejuízo apurado na coligada ou
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS controlada;
Notas Explicativas b) se corresponder, comprovadamente, a ganhos ou perdas
Art. 247. As notas explicativas dos investimentos a que se efetivos;
refere o art. 248 desta Lei devem conter informações c) no caso de companhia aberta, com observância das
precisas sobre as sociedades coligadas e controladas e suas normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários.
relações com a companhia, indicando: (Redação dada pela
Lei nº 11.941, de 2009) § 1º Para efeito de determinar a relevância do investimento,
nos casos deste artigo, serão computados como parte do
I - a denominação da sociedade, seu capital social e custo de aquisição os saldos de créditos da companhia
patrimônio líquido; contra as coligadas e controladas.
II - o número, espécies e classes das ações ou quotas de § 2º A sociedade coligada, sempre que solicitada pela
propriedade da companhia, e o preço de mercado companhia, deverá elaborar e fornecer o balanço ou
das ações, se houver; balancete de verificação previsto no número I.
III - o lucro líquido do exercício; Demonstrações Consolidadas

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Art. 249. A companhia aberta que tiver mais de 30% (trinta § lº A sociedade que subscrever em bens o capital de
por cento) do valor do seu patrimônio líquido representado subsidiária integral deverá aprovar o laudo de avaliação de
por investimentos em sociedades controladas deverá que trata o artigo 8º, respondendo nos termos do § 6º do
elaborar e divulgar, juntamente com suas demonstrações artigo 8º e do artigo 10 e seu parágrafo único.
financeiras, demonstrações consolidadas nos termos do
§ 2º A companhia pode ser convertida em subsidiária
artigo 250.
integral mediante aquisição, por sociedade brasileira, de
Parágrafo único. A Comissão de Valores Mobiliários poderá todas as suas ações, ou nos termos do artigo 252.
expedir normas sobre as sociedades cujas demonstrações
Incorporação de Ações
devam ser abrangidas na consolidação, e:
Art. 252. A incorporação de todas as ações do capital social
a) determinar a inclusão de sociedades que, embora não
ao patrimônio de outra companhia brasileira, para convertê-
controladas, sejam financeira ou administrativamente
la em subsidiária integral, será submetida à deliberação da
dependentes da companhia;
assembléia-geral das duas companhias mediante protocolo
b) autorizar, em casos especiais, a exclusão de uma ou mais e justificação, nos termos dos artigos 224 e 225.
sociedades controladas.
§ 1º A assembléia-geral da companhia incorporadora, se
Normas sobre Consolidação aprovar a operação, deverá autorizar o aumento do capital,
a ser realizado com as ações a serem incorporadas e nomear
Art. 250. Das demonstrações financeiras consolidadas serão
os peritos que as avaliarão; os acionistas não terão direito de
excluídas:
preferência para subscrever o aumento de capital, mas os
I - as participações de uma sociedade em outra; dissidentes poderão retirar-se da companhia, observado o
disposto no art. 137, II, mediante o reembolso do valor de
II - os saldos de quaisquer contas entre as sociedades;
suas ações, nos termos do art. 230. (Redação dada pela Lei
III – as parcelas dos resultados do exercício, dos lucros ou nº 9.457, de 1997)
prejuízos acumulados e do custo de estoques ou do ativo não
§ 2º A assembléia-geral da companhia cujas ações houverem
circulante que corresponderem a resultados, ainda não
de ser incorporadas somente poderá aprovar a operação
realizados, de negócios entre as sociedades. (Redação dada
pelo voto de metade, no mínimo, das ações com direito a
pela Lei nº 11.941, de 2009)
voto, e se a aprovar, autorizará a diretoria a subscrever o
§ 1º A participação dos acionistas não controladores no aumento do capital da incorporadora, por conta dos seus
patrimônio líquido e no lucro do exercício será destacada, acionistas; os dissidentes da deliberação terão direito de
respectivamente, no balanço patrimonial e na demonstração retirar-se da companhia, observado o disposto no art. 137,
do resultado do exercício. (Redação dada pela Lei nº 9.457, II, mediante o reembolso do valor de suas ações, nos termos
de 1997) do art. 230. (Redação dada pela Lei nº 9.457, de 1997)
§ 2o A parcela do custo de aquisição do investimento em § 3º Aprovado o laudo de avaliação pela assembléia-geral da
controlada, que não for absorvida na consolidação, deverá incorporadora, efetivar-se-á a incorporação e os titulares das
ser mantida no ativo não circulante, com dedução da ações incorporadas receberão diretamente da
provisão adequada para perdas já comprovadas, e será incorporadora as ações que lhes couberem.
objeto de nota explicativa. (Redação dada pela Lei nº 11.941,
§ 4o A Comissão de Valores Mobiliários estabelecerá
de 2009)
normas especiais de avaliação e contabilização aplicáveis às
§ 3º O valor da participação que exceder do custo de operações de incorporação de ações que envolvam
aquisição constituirá parcela destacada dos resultados de companhia aberta. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de
exercícios futuros até que fique comprovada a existência de 2009)
ganho efetivo.
Admissão de Acionistas em Subsidiária Integral
§ 4º Para fins deste artigo, as sociedades controladas, cujo
Art. 253. Na proporção das ações que possuírem no capital
exercício social termine mais de 60 (sessenta) dias antes da
da companhia, os acionistas terão direito de preferência
data do encerramento do exercício da companhia,
para:
elaborarão, com observância das normas desta Lei,
demonstrações financeiras extraordinárias em data I - adquirir ações do capital da subsidiária integral, se a
compreendida nesse prazo. companhia decidir aliená-las no todo ou em parte; e
SEÇÃO V II - subscrever aumento de capital da subsidiária integral, se
SUBSIDIÁRIA INTEGRAL a companhia decidir admitir outros acionistas.
Art. 251. A companhia pode ser constituída, mediante Parágrafo único. As ações ou o aumento de capital de
escritura pública, tendo como único acionista sociedade subsidiária integral serão oferecidos aos acionistas da
brasileira. companhia em assembléia-geral convocada para esse fim,
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aplicando-se à hipótese, no que couber, o disposto no artigo I - O preço de compra constituir, para a compradora,
171. investimento relevante (artigo 247, parágrafo único); ou
SEÇÃO VI II - o preço médio de cada ação ou quota ultrapassar uma vez
ALIENAÇÃO DE CONTROLE e meia o maior dos 3 (três) valores a seguir indicados:

Divulgação a) cotação média das ações em bolsa ou no mercado de


balcão organizado, durante os noventa dias anteriores à data
Art. 254. (Revogado pela Lei nº 9.457, de 1997) da contratação; (Redação dada pela Lei nº 9.457, de 1997)
Art. 254-A. A alienação, direta ou indireta, do controle de b) valor de patrimônio líquido (artigo 248) da ação ou quota,
companhia aberta somente poderá ser contratada sob a avaliado o patrimônio a preços de mercado (artigo 183, § 1º);
condição, suspensiva ou resolutiva, de que o adquirente se
obrigue a fazer oferta pública de aquisição das ações com c) valor do lucro líquido da ação ou quota, que não poderá
direito a voto de propriedade dos demais acionistas da ser superior a 15 (quinze) vezes o lucro líquido anual por ação
companhia, de modo a lhes assegurar o preço no mínimo (artigo 187 n. VII) nos 2 (dois) últimos exercícios sociais,
igual a 80% (oitenta por cento) do valor pago por ação com atualizado monetariamente.
direito a voto, integrante do bloco de controle. (Incluído pela § 1º A proposta ou o contrato de compra, acompanhado de
Lei nº 10.303, de 2001) laudo de avaliação, observado o disposto no art. 8º, §§ 1º e
§ 1o Entende-se como alienação de controle a transferência, 6º, será submetido à prévia autorização da assembléia-geral,
de forma direta ou indireta, de ações integrantes do bloco ou à sua ratificação, sob pena de responsabilidade dos
de controle, de ações vinculadas a acordos de acionistas e de administradores, instruído com todos os elementos
valores mobiliários conversíveis em ações com direito a voto, necessários à deliberação. (Redação dada pela Lei nº 9.457,
cessão de direitos de subscrição de ações e de outros títulos de 1997)
ou direitos relativos a valores mobiliários conversíveis em § 2º Se o preço da aquisição ultrapassar uma vez e meia o
ações que venham a resultar na alienação de controle maior dos três valores de que trata o inciso II do caput, o
acionário da sociedade. (Incluído pela Lei nº 10.303, de acionista dissidente da deliberação da assembléia que a
2001) aprovar terá o direito de retirar-se da companhia mediante
§ 2o A Comissão de Valores Mobiliários autorizará a reembolso do valor de suas ações, nos termos do art. 137,
alienação de controle de que trata o caput, desde que observado o disposto em seu inciso II. (Redação dada pela
verificado que as condições da oferta pública atendem aos Lei nº 9.457, de 1997)
requisitos legais. (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001) SEÇÃO VII
§ 3 Compete à Comissão de Valores Mobiliários estabelecer
o AQUISIÇÃO DE CONTROLE MEDIANTE OFERTA PÚBLICA
normas a serem observadas na oferta pública de que trata
Requisitos
o caput. (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001)
Art. 257. A oferta pública para aquisição de controle de
§ 4o O adquirente do controle acionário de companhia
companhia aberta somente poderá ser feita com a
aberta poderá oferecer aos acionistas minoritários a opção
participação de instituição financeira que garanta o
de permanecer na companhia, mediante o pagamento de
cumprimento das obrigações assumidas pelo ofertante.
um prêmio equivalente à diferença entre o valor de mercado
das ações e o valor pago por ação integrante do bloco de § 1º Se a oferta contiver permuta, total ou parcial, dos
controle. (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001) valores mobiliários, somente poderá ser efetuada após
prévio registro na Comissão de Valores Mobiliários.
§ 5o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001)
§ 2º A oferta deverá ter por objeto ações com direito a voto
Companhia Aberta Sujeita a Autorização
em número suficiente para assegurar o controle da
Art. 255. A alienação do controle de companhia aberta que companhia e será irrevogável.
dependa de autorização do governo para funcionar está
§ 3º Se o ofertante já for titular de ações votantes do capital
sujeita à prévia autorização do órgão competente para
da companhia, a oferta poderá ter por objeto o número de
aprovar a alteração do seu estatuto.(Redação dada pela Lei
ações necessário para completar o controle, mas o ofertante
nº 9.457, de 1997)
deverá fazer prova, perante a Comissão de Valores
§§ 1º e 2º (Revogados pela Lei nº 9.457, de 1997) Mobiliários, das ações de sua propriedade.
Aprovação pela Assembléia-Geral da Compradora § 4º A Comissão de Valores Mobiliários poderá expedir
normas sobre oferta pública de aquisição de controle.
Art. 256. A compra, por companhia aberta, do controle de
qualquer sociedade mercantil, dependerá de deliberação da Instrumento da Oferta de Compra
assembléia-geral da compradora, especialmente convocada
para conhecer da operação, sempre que:
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Art. 258. O instrumento de oferta de compra, firmado pelo Mobiliários e, mediante publicação pela imprensa, aos
ofertante e pela instituição financeira que garante o aceitantes.
pagamento, será publicado na imprensa e deverá indicar:
§ 3º Se o número de aceitantes ultrapassar o máximo, será
I - o número mínimo de ações que o ofertante se propõe a obrigatório o rateio, na forma prevista no instrumento da
adquirir e, se for o caso, o número máximo; oferta.
II - o preço e as condições de pagamento; Oferta Concorrente
III - a subordinação da oferta ao número mínimo de Art. 262. A existência de oferta pública em curso não impede
aceitantes e a forma de rateio entre os aceitantes, se o oferta concorrente, desde que observadas as normas desta
número deles ultrapassar o máximo fixado; Seção.
IV - o procedimento que deverá ser adotado pelos acionistas § 1º A publicação de oferta concorrente torna nulas as
aceitantes para manifestar a sua aceitação e efetivar a ordens de venda que já tenham sido firmadas em aceitação
transferência das ações; de oferta anterior.
V - o prazo de validade da oferta, que não poderá ser inferior § 2º É facultado ao primeiro ofertante prorrogar o prazo de
a 20 (vinte) dias; sua oferta até fazê-lo coincidir com o da oferta concorrente.
VI - informações sobre o ofertante. Negociação Durante a Oferta
Parágrafo único. A oferta será comunicada à Comissão de Art. 263. A Comissão de Valores Mobiliários poderá expedir
Valores Mobiliários dentro de 24 (vinte e quatro) horas da normas que disciplinem a negociação das ações objeto da
primeira publicação. oferta durante o seu prazo.
Instrumento de Oferta de Permuta SEÇÃO VIII
Art. 259. O projeto de instrumento de oferta de permuta INCORPORAÇÃO DE COMPANHIA CONTROLADA
será submetido à Comissão de Valores Mobiliários com o Art. 264. Na incorporação, pela controladora, de companhia
pedido de registro prévio da oferta e deverá conter, além das controlada, a justificação, apresentada à assembléia-geral da
referidas no artigo 258, informações sobre os valores controlada, deverá conter, além das informações previstas
mobiliários oferecidos em permuta e as companhias nos arts. 224 e 225, o cálculo das relações de substituição das
emissoras desses valores. ações dos acionistas não controladores da controlada com
Parágrafo único. A Comissão de Valores Mobiliários poderá base no valor do patrimônio líquido das ações da
fixar normas sobre o instrumento de oferta de permuta e o controladora e da controlada, avaliados os dois patrimônios
seu registro prévio. segundo os mesmos critérios e na mesma data, a preços de
mercado, ou com base em outro critério aceito pela
Sigilo Comissão de Valores Mobiliários, no caso de companhias
Art. 260. Até a publicação da oferta, o ofertante, a instituição abertas. (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
financeira intermediária e a Comissão de Valores Mobiliários § 1o A avaliação dos dois patrimônios será feita por 3 (três)
devem manter sigilo sobre a oferta projetada, respondendo peritos ou empresa especializada e, no caso de companhias
o infrator pelos danos que causar. abertas, por empresa especializada. (Redação dada pela Lei
Processamento da Oferta nº 10.303, de 2001)

Art. 261. A aceitação da oferta deverá ser feita nas § 2o Para efeito da comparação referida neste artigo, as
instituições financeiras ou do mercado de valores mobiliários ações do capital da controlada de propriedade da
indicadas no instrumento de oferta e os aceitantes deverão controladora serão avaliadas, no patrimônio desta, em
firmar ordens irrevogáveis de venda ou permuta, nas conformidade com o disposto no caput. (Redação dada pela
condições ofertadas, ressalvado o disposto no § 1º do artigo Lei nº 10.303, de 2001)
262. § 3º Se as relações de substituição das ações dos acionistas
§ 1º É facultado ao ofertante melhorar, uma vez, as não controladores, previstas no protocolo da incorporação,
condições de preço ou forma de pagamento, desde que em forem menos vantajosas que as resultantes da comparação
porcentagem igual ou superior a 5% (cinco por cento) e até prevista neste artigo, os acionistas dissidentes da
10 (dez) dias antes do término do prazo da oferta; as novas deliberação da assembléia-geral da controlada que aprovar
condições se estenderão aos acionistas que já tiverem aceito a operação, observado o disposto nos arts. 137, II, e 230,
a oferta. poderão optar entre o valor de reembolso fixado nos termos
do art. 45 e o valor do patrimônio líquido a preços de
§ 2º Findo o prazo da oferta, a instituição financeira mercado. (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
intermediária comunicará o resultado à Comissão de Valores

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§ 4o Aplicam-se as normas previstas neste artigo à SEÇÃO II


incorporação de controladora por sua controlada, à fusão de CONSTITUIÇÃO, REGISTRO E PUBLICIDADE
companhia controladora com a controlada, à incorporação
de ações de companhia controlada ou controladora, à Art. 269. O grupo de sociedades será constituído por
incorporação, fusão e incorporação de ações de sociedades convenção aprovada pelas sociedades que o componham, a
sob controle comum. (Redação dada pela Lei nº 10.303, de qual deverá conter:
2001) I - a designação do grupo;
§ 5º O disposto neste artigo não se aplica no caso de as ações II - a indicação da sociedade de comando e das filiadas;
do capital da controlada terem sido adquiridas no pregão da
bolsa de valores ou mediante oferta pública nos termos dos III - as condições de participação das diversas sociedades;
artigos 257 a 263. IV - o prazo de duração, se houver, e as condições de
CAPÍTULO XXI extinção;
GRUPO DE SOCIEDADES V - as condições para admissão de outras sociedades e para
SEÇÃO I a retirada das que o componham;
CARACTERÍSTICAS E NATUREZA VI - os órgãos e cargos da administração do grupo, suas
Características atribuições e as relações entre a estrutura administrativa do
grupo e as das sociedades que o componham;
Art. 265. A sociedade controladora e suas controladas
podem constituir, nos termos deste Capítulo, grupo de VII - a declaração da nacionalidade do controle do grupo;
sociedades, mediante convenção pela qual se obriguem a VIII - as condições para alteração da convenção.
combinar recursos ou esforços para a realização dos
respectivos objetos, ou a participar de atividades ou Parágrafo único. Para os efeitos do número VII, o grupo de
empreendimentos comuns. sociedades considera-se sob controle brasileiro se a sua
sociedade de comando está sob o controle de:
§ 1º A sociedade controladora, ou de comando do grupo,
deve ser brasileira, e exercer, direta ou indiretamente, e de a) pessoas naturais residentes ou domiciliadas no Brasil;
modo permanente, o controle das sociedades filiadas, como b) pessoas jurídicas de direito público interno; ou
titular de direitos de sócio ou acionista, ou mediante acordo
com outros sócios ou acionistas. c) sociedade ou sociedades brasileiras que, direta ou
indiretamente, estejam sob o controle das pessoas referidas
§ 2º A participação recíproca das sociedades do grupo nas alíneas a e b.
obedecerá ao disposto no artigo 244.
Aprovação pelos Sócios das Sociedades
Natureza
Art. 270. A convenção de grupo deve ser aprovada com
Art. 266. As relações entre as sociedades, a estrutura observância das normas para alteração do contrato social ou
administrativa do grupo e a coordenação ou subordinação do estatuto (art. 136, V). (Redação dada pela Lei nº 9.457, de
dos administradores das sociedades filiadas serão 1997)
estabelecidas na convenção do grupo, mas cada sociedade
conservará personalidade e patrimônios distintos. Parágrafo único. Os sócios ou acionistas dissidentes da
deliberação de se associar a grupo têm direito, nos termos
Designação do artigo 137, ao reembolso de suas ações ou quotas.
Art. 267. O grupo de sociedades terá designação de que Registro e Publicidade
constarão as palavras "grupo de sociedades" ou "grupo".
Art. 271. Considera-se constituído o grupo a partir da data
Parágrafo único. Somente os grupos organizados de acordo do arquivamento, no registro do comércio da sede da
com este Capítulo poderão usar designação com as palavras sociedade de comando, dos seguintes documentos:
"grupo" ou "grupo de sociedade".
I - convenção de constituição do grupo;
Companhias Sujeitas a Autorização para Funcionar
II - atas das assembléias-gerais, ou instrumentos de alteração
Art. 268. A companhia que, por seu objeto, depende de contratual, de todas as sociedades que tiverem aprovado a
autorização para funcionar, somente poderá participar de constituição do grupo;
grupo de sociedades após a aprovação da convenção do
grupo pela autoridade competente para aprovar suas III - declaração autenticada do número das ações ou quotas
alterações estatutárias. de que a sociedade de comando e as demais sociedades
integrantes do grupo são titulares em cada sociedade filiada,
ou exemplar de acordo de acionistas que assegura o controle
de sociedade filiada.

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§ 1º Quando as sociedades filiadas tiverem sede em locais § 2º A sociedade de comando deverá publicar
diferentes, deverão ser arquivadas no registro do comércio demonstrações financeiras nos termos desta Lei, ainda que
das respectivas sedes as atas de assembléia ou alterações não tenha a forma de companhia.
contratuais que tiverem aprovado a convenção, sem prejuízo
§ 3º As companhias filiadas indicarão, em nota às suas
do registro na sede da sociedade de comando.
demonstrações financeiras publicadas, o órgão que publicou
§ 2º As certidões de arquivamento no registro do comércio a última demonstração consolidada do grupo a que
serão publicadas. pertencer.
§ 3º A partir da data do arquivamento, a sociedade de § 4º As demonstrações consolidadas de grupo de sociedades
comando e as filiadas passarão a usar as respectivas que inclua companhia aberta serão obrigatoriamente
denominações acrescidas da designação do grupo. auditadas por auditores independentes registrados na
Comissão de Valores Mobiliários, e observarão as normas
§ 4º As alterações da convenção do grupo serão arquivadas
expedidas por essa comissão.
e publicadas nos termos deste artigo, observando-se o
disposto no § 1º do artigo 135. SEÇÃO V
SEÇÃO III PREJUÍZOS RESULTANTES DE ATOS CONTRÁRIOS À
ADMINISTRAÇÃO CONVENÇÃO
Art. 276. A combinação de recursos e esforços, a
Administradores do Grupo
subordinação dos interesses de uma sociedade aos de outra,
Art. 272. A convenção deve definir a estrutura administrativa ou do grupo, e a participação em custos, receitas ou
do grupo de sociedades, podendo criar órgãos de resultados de atividades ou empreendimentos somente
deliberação colegiada e cargos de direção-geral. poderão ser opostos aos sócios minoritários das sociedades
Parágrafo único. A representação das sociedades perante filiadas nos termos da convenção do grupo.
terceiros, salvo disposição expressa na convenção do grupo, § 1º Consideram-se minoritários, para os efeitos deste
arquivada no registro do comércio e publicada, caberá artigo, todos os sócios da filiada, com exceção da sociedade
exclusivamente aos administradores de cada sociedade, de de comando e das demais filiadas do grupo.
acordo com os respectivos estatutos ou contratos sociais.
§ 2º A distribuição de custos, receitas e resultados e as
Administradores das Sociedades Filiadas compensações entre sociedades, previstas na convenção do
Art. 273. Aos administradores das sociedades filiadas, sem grupo, deverão ser determinadas e registradas no balanço
prejuízo de suas atribuições, poderes e responsabilidades, de de cada exercício social das sociedades interessadas.
acordo com os respectivos estatutos ou contratos sociais, § 3º Os sócios minoritários da filiada terão ação contra os
compete observar a orientação geral estabelecida e as seus administradores e contra a sociedade de comando do
instruções expedidas pelos administradores do grupo que grupo para haver reparação de prejuízos resultantes de atos
não importem violação da lei ou da convenção do grupo. praticados com infração das normas deste artigo, observado
Remuneração o disposto nos parágrafos do artigo 246.

Art. 274. Os administradores do grupo e os investidos em Conselho Fiscal das Filiadas


cargos de mais de uma sociedade poderão ter a sua Art. 277. O funcionamento do Conselho Fiscal da companhia
remuneração rateada entre as diversas sociedades, e a filiada a grupo, quando não for permanente, poderá ser
gratificação dos administradores, se houver, poderá ser pedido por acionistas não controladores que representem,
fixada, dentro dos limites do § 1º do artigo 152 com base nos no mínimo, 5% (cinco por cento) das ações ordinárias, ou das
resultados apurados nas demonstrações financeiras ações preferenciais sem direito de voto.
consolidadas do grupo.
§ 1º Na constituição do Conselho Fiscal da filiada serão
SEÇÃO IV observadas as seguintes normas:
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
a) os acionistas não controladores votarão em separado,
Art. 275. O grupo de sociedades publicará, além das cabendo às ações com direito a voto o direito de eleger 1
demonstrações financeiras referentes a cada uma das (um) membro e respectivo suplente e às ações sem direito a
companhias que o compõem, demonstrações consolidadas, voto, ou com voto restrito, o de eleger outro;
compreendendo todas as sociedades do grupo, elaboradas
b) a sociedade de comando e as filiadas poderão eleger
com observância do disposto no artigo 250.
número de membros, e respectivos suplentes, igual ao dos
§ 1º As demonstrações consolidadas do grupo serão eleitos nos termos da alínea a, mais um.
publicadas juntamente com as da sociedade de comando.
§ 2º O Conselho Fiscal da sociedade filiada poderá solicitar
aos órgãos de administração da sociedade de comando, ou

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de outras filiadas, os esclarecimentos ou informações que companhias ou sociedades anônimas, sem prejuízo das
julgar necessários para fiscalizar a observância da convenção modificações constantes deste Capítulo.
do grupo.
Art. 281. A sociedade poderá comerciar sob firma ou razão
CAPÍTULO XXII social, da qual só farão parte os nomes dos sócios-diretores
CONSÓRCIO ou gerentes. Ficam ilimitada e solidariamente responsáveis,
nos termos desta Lei, pelas obrigações sociais, os que, por
Art. 278. As companhias e quaisquer outras sociedades, sob seus nomes, figurarem na firma ou razão social.
o mesmo controle ou não, podem constituir consórcio para
executar determinado empreendimento, observado o Parágrafo único. A denominação ou a firma deve ser seguida
disposto neste Capítulo. das palavras "Comandita por Ações", por extenso ou
abreviadamente.
§ 1º O consórcio não tem personalidade jurídica e as
consorciadas somente se obrigam nas condições previstas Art. 282. Apenas o sócio ou acionista tem qualidade para
no respectivo contrato, respondendo cada uma por suas administrar ou gerir a sociedade, e, como diretor ou gerente,
obrigações, sem presunção de solidariedade. responde, subsidiária mas ilimitada e solidariamente, pelas
obrigações da sociedade.
§ 2º A falência de uma consorciada não se estende às
demais, subsistindo o consórcio com as outras contratantes; § 1º Os diretores ou gerentes serão nomeados, sem
os créditos que porventura tiver a falida serão apurados e limitação de tempo, no estatuto da sociedade, e somente
pagos na forma prevista no contrato de consórcio. poderão ser destituídos por deliberação de acionistas que
representem 2/3 (dois terços), no mínimo, do capital social.
Art. 279. O consórcio será constituído mediante contrato
aprovado pelo órgão da sociedade competente para § 2º O diretor ou gerente que for destituído ou se exonerar
autorizar a alienação de bens do ativo não-circulante, do continuará responsável pelas obrigações sociais contraídas
qual constarão: (Redação dada pela Medida Provisória nº sob sua administração.
449, de 2008) Art. 283. A assembléia-geral não pode, sem o consentimento
Art. 279. O consórcio será constituído mediante contrato dos diretores ou gerentes, mudar o objeto essencial da
aprovado pelo órgão da sociedade competente para sociedade, prorrogar-lhe o prazo de duração, aumentar ou
autorizar a alienação de bens do ativo não circulante, do qual diminuir o capital social, emitir debêntures ou criar partes
constarão: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) beneficiárias nem aprovar a participação em grupo de
sociedade. (Redação dada pela Lei nº 9.457, de 1997)
I - a designação do consórcio se houver;
Art. 284. Não se aplica à sociedade em comandita por ações
II - o empreendimento que constitua o objeto do consórcio; o disposto nesta Lei sobre conselho de administração,
III - a duração, endereço e foro; autorização estatutária de aumento de capital e emissão de
bônus de subscrição.
IV - a definição das obrigações e responsabilidade de cada
sociedade consorciada, e das prestações específicas; CAPÍTULO XXIV
PRAZOS DE PRESCRIÇÃO
V - normas sobre recebimento de receitas e partilha de
resultados; Art. 285. A ação para anular a constituição da companhia,
por vício ou defeito, prescreve em 1 (um) ano, contado da
VI - normas sobre administração do consórcio,
publicação dos atos constitutivos.
contabilização, representação das sociedades consorciadas e
taxa de administração, se houver; Parágrafo único. Ainda depois de proposta a ação, é lícito à
companhia, por deliberação da assembléia-geral,
VII - forma de deliberação sobre assuntos de interesse
providenciar para que seja sanado o vício ou defeito.
comum, com o número de votos que cabe a cada
consorciado; Art. 286. A ação para anular as deliberações tomadas em
assembléia-geral ou especial, irregularmente convocada ou
VIII - contribuição de cada consorciado para as despesas
instalada, violadoras da lei ou do estatuto, ou eivadas de
comuns, se houver.
erro, dolo, fraude ou simulação, prescreve em 2 (dois) anos,
Parágrafo único. O contrato de consórcio e suas alterações contados da deliberação.
serão arquivados no registro do comércio do lugar da sua
Art. 287. Prescreve:
sede, devendo a certidão do arquivamento ser publicada.
I - em, 1 (um) ano:
CAPÍTULO XXIII
SOCIEDADES EM COMANDITA POR AÇÕES a) a ação contra peritos e subscritores do capital, para deles
haver reparação civil pela avaliação de bens, contado o prazo
Art. 280. A sociedade em comandita por ações terá o capital da publicação da ata da assembléia-geral que aprovar o
dividido em ações e reger-se-á pelas normas relativas às laudo;
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b) a ação dos credores não pagos contra os acionistas e os na localidade em que está situada a sede da
liquidantes, contado o prazo da publicação da ata de companhia.(Redação dada pela Lei nº 9.457, de 1997)(Vide
encerramento da liquidação da companhia. Lei nº 13.818, de 2019) (Vigência)
II - em 3 (três) anos: § 1º A Comissão de Valores Mobiliários poderá determinar
que as publicações ordenadas por esta Lei sejam feitas,
a) a ação para haver dividendos, contado o prazo da data em
também, em jornal de grande circulação nas localidades em
que tenham sido postos à disposição do acionista;
que os valores mobiliários da companhia sejam negociados
b) a ação contra os fundadores, acionistas, administradores, em bolsa ou em mercado de balcão, ou disseminadas por
liquidantes, fiscais ou sociedade de comando, para deles algum outro meio que assegure sua ampla divulgação e
haver reparação civil por atos culposos ou dolosos, no caso imediato acesso às informações. (Redação dada pela Lei nº
de violação da lei, do estatuto ou da convenção de grupo, 9.457, de 1997)
contado o prazo:
§ 2º Se no lugar em que estiver situada a sede da companhia
1 - para os fundadores, da data da publicação dos atos não for editado jornal, a publicação se fará em órgão de
constitutivos da companhia; grande circulação local.
2 - para os acionistas, administradores, fiscais e sociedades § 3º A companhia deve fazer as publicações previstas nesta
de comando, da data da publicação da ata que aprovar o Lei sempre no mesmo jornal, e qualquer mudança deverá ser
balanço referente ao exercício em que a violação tenha precedida de aviso aos acionistas no extrato da ata da
ocorrido; assembléia-geral ordinária.
3 - para os liquidantes, da data da publicação da ata da § 4º O disposto no final do § 3º não se aplica à eventual
primeira assembléia-geral posterior à violação. publicação de atas ou balanços em outros jornais.
c) a ação contra acionistas para restituição de dividendos § 5º Todas as publicações ordenadas nesta Lei deverão ser
recebidos de má-fé, contado o prazo da data da publicação arquivadas no registro do comércio.
da ata da assembléia-geral ordinária do exercício em que os
§ 6º As publicações do balanço e da demonstração de lucros
dividendos tenham sido declarados;
e perdas poderão ser feitas adotando-se como expressão
d) a ação contra os administradores ou titulares de partes monetária o milhar de reais.(Redação dada pela Lei nº 9.457,
beneficiárias para restituição das participações no lucro de 1997)
recebidas de má-fé, contado o prazo da data da publicação
§ 7o Sem prejuízo do disposto no caput deste artigo, as
da ata da assembléia-geral ordinária do exercício em que as
companhias abertas poderão, ainda, disponibilizar as
participações tenham sido pagas;
referidas publicações pela rede mundial de
e) a ação contra o agente fiduciário de debenturistas ou computadores.(Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001)
titulares de partes beneficiárias para dele haver reparação
Art. 290. A indenização por perdas e danos em ações com
civil por atos culposos ou dolosos, no caso de violação da lei
fundamento nesta Lei será corrigida monetariamente até o
ou da escritura de emissão, a contar da publicação da ata da
trimestre civil em que for efetivamente liquidada.
assembléia-geral que tiver tomado conhecimento da
violação; Art. 291. A Comissão de Valores Mobiliários poderá reduzir,
mediante fixação de escala em função do valor do capital
f) a ação contra o violador do dever de sigilo de que trata o
social, a porcentagem mínima aplicável às companhias
artigo 260 para dele haver reparação civil, a contar da data
abertas, estabelecida no art. 105; na alínea c do parágrafo
da publicação da oferta.
único do art. 123; no caput do art. 141; no § 1o do art. 157;
g) a ação movida pelo acionista contra a companhia, no § 4o do art. 159; no § 2o do art. 161; no § 6o do art. 163;
qualquer que seja o seu fundamento. (Incluída pela Lei nº na alínea a do § 1o do art. 246; e no art. 277. (Redação dada
10.303, de 2001) pela Lei nº 10.303, de 2001)
Art. 288. Quando a ação se originar de fato que deva ser Parágrafo único. A Comissão de Valores Mobiliários poderá
apurado no juízo criminal, não ocorrerá a prescrição antes da reduzir a porcentagem de que trata o artigo 249.
respectiva sentença definitiva, ou da prescrição da ação
Art. 292. As sociedades de que trata o artigo 62 da Lei n.
penal.
4.728, de 14 de julho de 1965, podem ter suas ações ao
CAPÍTULO XXV portador.
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 293. A Comissão de Valores Mobiliários autorizará as
Art. 289. As publicações ordenadas pela presente Lei serão bolsas de valores a prestar os serviços previstos nos artigos
feitas no órgão oficial da União ou do Estado ou do Distrito 27; 34, § 2º; 39, § 1°; 40; 41; 42; 43; 44; 72; 102 e 103.
Federal, conforme o lugar em que esteja situada a sede da Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 12.810, de 2013)
companhia, e em outro jornal de grande circulação editado
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Art. 294. A companhia fechada que tiver menos de 20 (vinte) devendo para esse fim ser convocada assembléia-geral dos
acionistas, com patrimônio líquido de até R$ 10.000.000,00 acionistas.
(dez milhões de reais), poderá: (Redação dada pela Lei nº
§ 1º Os administradores e membros do Conselho Fiscal
13.818, de 2019)
respondem pelos prejuízos que causarem pela inobservância
I - convocar assembléia-geral por anúncio entregue a todos do disposto neste artigo.
os acionistas, contra-recibo, com a antecedência prevista no
§ 2º O disposto neste artigo não prejudicará os direitos
artigo 124; e
pecuniários conferidos por partes beneficiárias e debêntures
II - deixar de publicar os documentos de que trata o artigo em circulação na data da publicação desta Lei, que somente
133, desde que sejam, por cópias autenticadas, arquivados poderão ser modificados ou reduzidos com observância do
no registro de comércio juntamente com a ata da assembléia disposto no artigo 51 e no § 5º do artigo 71.
que sobre eles deliberar.
§ 3º As companhias existentes deverão eliminar, no prazo de
§ 1º A companhia deverá guardar os recibos de entrega dos 5 (cinco) anos a contar da data de entrada em vigor desta Lei,
anúncios de convocação e arquivar no registro de comércio, as participações recíprocas vedadas pelo artigo 244 e seus
juntamente com a ata da assembléia, cópia autenticada dos parágrafos.
mesmos.
§ 4º As companhias existentes, cujo estatuto for omisso
§ 2º Nas companhias de que trata este artigo, o pagamento quanto à fixação do dividendo, ou que o estabelecer em
da participação dos administradores poderá ser feito sem condições que não satisfaçam aos requisitos do § 1º do
observância do disposto no § 2º do artigo 152, desde que artigo 202 poderão, dentro do prazo previsto neste artigo,
aprovada pela unanimidade dos acionistas. fixá-lo em porcentagem inferior à prevista no § 2º do artigo
202, mas os acionistas dissidentes dessa deliberação terão
§ 3º O disposto neste artigo não se aplica à companhia
direito de retirar-se da companhia, mediante reembolso do
controladora de grupo de sociedade, ou a ela filiadas.
valor de suas ações, com observância do disposto nos artigos
CAPÍTULO XXVI 45 e 137.
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
§ 5º O disposto no artigo 199 não se aplica às reservas
Art. 295. A presente Lei entrará em vigor 60 (sessenta) dias constituídas e aos lucros acumulados em balanços
após a sua publicação, aplicando-se, todavia, a partir da data levantados antes de 1º de janeiro de 1977.
da publicação, às companhias que se constituírem. § 6º O disposto nos §§ 1º e 2º do artigo 237 não se aplica às
§ 1º O disposto neste artigo não se aplica às disposições participações existentes na data da publicação desta Lei.
sobre: Art. 297. As companhias existentes que tiverem ações
a) elaboração das demonstrações financeiras, que serão preferenciais com prioridade na distribuição de dividendo
observadas pelas companhias existentes a partir do exercício fixo ou mínimo ficarão dispensadas do disposto no artigo 167
social que se iniciar após 1º de janeiro de 1978; e seu § 1º, desde que no prazo de que trata o artigo 296
regulem no estatuto a participação das ações preferenciais
b) a apresentação, nas demonstrações financeiras, de na correção anual do capital social, com observância das
valores do exercício anterior (artigo 176, § 1º), que será seguintes normas:
obrigatória a partir do balanço do exercício social
subseqüente ao referido na alíne a anterior; I - o aumento de capital poderá ficar na dependência de
deliberação da assembléia-geral, mas será obrigatório
c) elaboração e publicação de demonstrações financeiras quando o saldo da conta de que trata o § 3º do artigo 182
consolidadas, que somente serão obrigatórias para os ultrapassar 50% (cinqüenta por cento) do capital social;
exercícios iniciados a partir de 1º de janeiro de 1978.
II - a capitalização da reserva poderá ser procedida mediante
§ 2º A participação dos administradores nos lucros sociais aumento do valor nominal das ações ou emissões de novas
continuará a regular-se pelas disposições legais e ações bonificadas, cabendo à assembléia-geral escolher, em
estatutárias em vigor, aplicando-se o disposto nos §§ 1º e 2º cada aumento de capital, o modo a ser adotado;
do artigo 152 a partir do exercício social que se iniciar no
curso do ano de 1977. III - em qualquer caso, será observado o disposto no § 4º do
artigo 17;
§ 3º A restrição ao direito de voto das ações ao portador
(artigo 112) só vigorará a partir de 1 (um) ano a contar da IV - as condições estatutárias de participação serão
data em que esta Lei entrar em vigor. transcritas nos certificados das ações da companhia.
Art. 296. As companhias existentes deverão proceder à Art. 298. As companhias existentes, com capital inferior a Cr$
adaptação do seu estatuto aos preceitos desta Lei no prazo 5.000.000,00 (cinco milhões de cruzeiros), poderão, no prazo
de 1 (um) ano a contar da data em que ela entrar em vigor, de que trata o artigo 296 deliberar, pelo voto de acionistas
que representem 2/3 (dois terços) do capital social, a sua
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transformação em sociedade por quotas, de


responsabilidade limitada, observadas as seguintes normas: DIREITO TRIBUTÁRIO
I - na deliberação da assembléia a cada ação caberá 1 (um)
voto, independentemente de espécie ou classe;
Lei nº 5.172/1966
II - a sociedade por quotas resultante da transformação
deverá ter o seu capital integralizado e o seu contrato social Dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e institui
assegurará aos sócios a livre transferência das quotas, entre normas gerais de direito tributário aplicáveis à União,
si ou para terceiros; Estados e Municípios.
III - o acionista dissidente da deliberação da assembléia O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso
poderá pedir o reembolso das ações pelo valor de Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
patrimônio líquido a preços de mercado, observado o
disposto nos artigos 45 e 137; DISPOSIÇÃO PRELIMINAR

IV - o prazo para o pedido de reembolso será de 90 (noventa) Art. 1º Esta Lei regula, com fundamento na Emenda
dias a partir da data da publicação da ata da assembléia, Constitucional nº 18, de 1º de dezembro de 1965, o sistema
salvo para os titulares de ações nominativas, que será tributário nacional e estabelece, com fundamento no artigo
contado da data do recebimento de aviso por escrito da 5º, inciso XV, alínea b, da Constituição Federal, as normas
companhia. gerais de direito tributário aplicáveis à União, aos Estados,
ao Distrito Federal e aos Municípios, sem prejuízo da
Art. 299. Ficam mantidas as disposições sobre sociedades respectiva legislação complementar, supletiva ou
por ações, constantes de legislação especial sobre a regulamentar.
aplicação de incentivos fiscais nas áreas da SUDENE, SUDAM,
SUDEPE, EMBRATUR e Reflorestamento, bem como todos os LIVRO PRIMEIRO
dispositivos das Leis nºs. 4.131, de 3 de dezembro de 1962, SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
e 4.390, de 29 de agosto de 1964. TÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 299-A. O saldo existente em 31 de dezembro de 2008
no ativo diferido que, pela sua natureza, não puder ser Art. 2º O sistema tributário nacional é regido pelo disposto
alocado a outro grupo de contas, poderá permanecer no na Emenda Constitucional nº 18, de 1º de dezembro de
ativo sob essa classificação até sua completa amortização, 1965, em leis complementares, em resoluções do Senado
sujeito à análise sobre a recuperação de que trata o § 3o do Federal e, nos limites das respectivas competências, em leis
art. 183 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) federais, nas Constituições e em leis estaduais, e em leis
Art. 299-B. O saldo existente no resultado de exercício municipais.
futuro em 31 de dezembro de 2008 deverá ser reclassificado Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em
para o passivo não circulante em conta representativa de moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não
receita diferida. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada
Parágrafo único. O registro do saldo de que trata mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
o caput deste artigo deverá evidenciar a receita diferida e o Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é
respectivo custo diferido. (Incluído pela Lei nº 11.941, de determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação,
2009) sendo irrelevantes para qualificá-la:
Art. 300. Ficam revogados o Decreto-Lei n. 2.627, de 26 de I - a denominação e demais características formais adotadas
setembro de 1940, com exceção dos artigos 59 a 73, e pela lei;
demais disposições em contrário.
II - a destinação legal do produto da sua arrecadação.
Brasília, 15 de dezembro de 1976; 155º da Independência e
88º da República. Art. 5º Os tributos são impostos, taxas e contribuições de
melhoria.
ERNESTO GEISEL
Mário Henrique Simonsen TÍTULO II
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 6º A atribuição constitucional de competência tributária
compreende a competência legislativa plena, ressalvadas as
limitações contidas na Constituição Federal, nas

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Constituições dos Estados e nas Leis Orgânicas do Distrito d) papel destinado exclusivamente à impressão de jornais,
Federal e dos Municípios, e observado o disposto nesta Lei. periódicos e livros.
Parágrafo único. Os tributos cuja receita seja distribuída, no § 1º O disposto no inciso IV não exclui a atribuição, por lei,
todo ou em parte, a outras pessoas jurídicas de direito às entidades nele referidas, da condição de responsáveis
público pertencerá à competência legislativa daquela a que pelos tributos que lhes caiba reter na fonte, e não as
tenham sido atribuídos. dispensa da prática de atos, previstos em lei, assecuratórios
do cumprimento de obrigações tributárias por terceiros.
Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo
atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou § 2º O disposto na alínea a do inciso IV aplica-se,
de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas exclusivamente, aos serviços próprios das pessoas jurídicas
em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de de direito público a que se refere este artigo, e inerentes aos
direito público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da seus objetivos.
Constituição.
Art. 10. É vedado à União instituir tributo que não seja
§ 1º A atribuição compreende as garantias e os privilégios uniforme em todo o território nacional, ou que importe
processuais que competem à pessoa jurídica de direito distinção ou preferência em favor de determinado Estado ou
público que a conferir. Município.
§ 2º A atribuição pode ser revogada, a qualquer tempo, por Art. 11. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos
ato unilateral da pessoa jurídica de direito público que a Municípios estabelecer diferença tributária entre bens de
tenha conferido. qualquer natureza, em razão da sua procedência ou do seu
destino.
§ 3º Não constitui delegação de competência o
cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou SEÇÃO II
da função de arrecadar tributos. DISPOSIÇÕES ESPECIAIS
Art. 8º O não-exercício da competência tributária não a Art. 12. O disposto na alínea a do inciso IV do artigo 9º,
defere a pessoa jurídica de direito público diversa daquela a observado o disposto nos seus §§ 1º e 2º, é extensivo às
que a Constituição a tenha atribuído. autarquias criadas pela União, pelos Estados, pelo Distrito
CAPÍTULO II Federal ou pelos Municípios, tão-somente no que se refere
LIMITAÇÕES DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA ao patrimônio, à renda ou aos serviços vinculados às suas
finalidades essenciais, ou delas decorrentes.
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 13. O disposto na alínea a do inciso IV do artigo 9º não
se aplica aos serviços públicos concedidos, cujo tratamento
Art. 9º É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e tributário é estabelecido pelo poder concedente, no que se
aos Municípios: refere aos tributos de sua competência, ressalvado o que
I - instituir ou majorar tributos sem que a lei o estabeleça, dispõe o parágrafo único.
ressalvado, quanto à majoração, o disposto nos artigos 21, Parágrafo único. Mediante lei especial e tendo em vista o
26 e 65; interesse comum, a União pode instituir isenção de tributos
II - cobrar imposto sobre o patrimônio e a renda com base federais, estaduais e municipais para os serviços públicos
em lei posterior à data inicial do exercício financeiro a que que conceder, observado o disposto no § 1º do artigo 9º.
corresponda; Art. 14. O disposto na alínea c do inciso IV do artigo 9º é
III - estabelecer limitações ao tráfego, no território nacional, subordinado à observância dos seguintes requisitos pelas
de pessoas ou mercadorias, por meio de tributos entidades nele referidas:
interestaduais ou intermunicipais; I – não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou
IV - cobrar imposto sobre: de suas rendas, a qualquer título; (Redação dada pela Lcp
nº 104, de 2001)
a) o patrimônio, a renda ou os serviços uns dos outros;
II - aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na
b) templos de qualquer culto; manutenção dos seus objetivos institucionais;
c) o patrimônio, a renda ou serviços dos partidos políticos, III - manterem escrituração de suas receitas e despesas em
inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua
trabalhadores, das instituições de educação e de assistência exatidão.
social, sem fins lucrativos, observados os requisitos fixados
na Seção II deste Capítulo; (Redação dada pela Lei § 1º Na falta de cumprimento do disposto neste artigo, ou
Complementar nº 104, de 2001) no § 1º do artigo 9º, a autoridade competente pode
suspender a aplicação do benefício.

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§ 2º Os serviços a que se refere a alínea c do inciso IV do Art. 21. O Poder Executivo pode, nas condições e nos limites
artigo 9º são exclusivamente, os diretamente relacionados estabelecidos em lei, alterar as alíquotas ou as bases de
com os objetivos institucionais das entidades de que trata cálculo do imposto, a fim de ajustá-lo aos objetivos da
este artigo, previstos nos respectivos estatutos ou atos política cambial e do comércio exterior.
constitutivos.
Art. 22. Contribuinte do imposto é:
Art. 15. Somente a União, nos seguintes casos excepcionais,
I - o importador ou quem a lei a ele equiparar;
pode instituir empréstimos compulsórios:
II - o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados.
I - guerra externa, ou sua iminência;
SEÇÃO II
II - calamidade pública que exija auxílio federal impossível de
IMPOSTO SOBRE A EXPORTAÇÃO
atender com os recursos orçamentários disponíveis;
III - conjuntura que exija a absorção temporária de poder Art. 23. O imposto, de competência da União, sobre a
aquisitivo. exportação, para o estrangeiro, de produtos nacionais ou
nacionalizados tem como fato gerador a saída destes do
Parágrafo único. A lei fixará obrigatoriamente o prazo do território nacional.
empréstimo e as condições de seu resgate, observando, no
que for aplicável, o disposto nesta Lei. Art. 24. A base de cálculo do imposto é:

TÍTULO III I - quando a alíquota seja específica, a unidade de medida


adotada pela lei tributária;
IMPOSTOS
CAPÍTULO I II - quando a alíquota seja ad valorem, o preço normal que o
DISPOSIÇÕES GERAIS produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da exportação,
em uma venda em condições de livre concorrência.
Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato
gerador uma situação independente de qualquer atividade Parágrafo único. Para os efeitos do inciso II, considera-se a
estatal específica, relativa ao contribuinte. entrega como efetuada no porto ou lugar da saída do
produto, deduzidos os tributos diretamente incidentes sobre
Art. 17. Os impostos componentes do sistema tributário a operação de exportação e, nas vendas efetuadas a prazo
nacional são exclusivamente os que constam deste Título, superior aos correntes no mercado internacional o custo do
com as competências e limitações nele previstas. financiamento.
Art. 18. Compete: Art. 25. A lei pode adotar como base de cálculo a parcela do
I - à União, instituir, nos Territórios Federais, os impostos valor ou do preço, referidos no artigo anterior, excedente de
atribuídos aos Estados e, se aqueles não forem divididos em valor básico, fixado de acordo com os critérios e dentro dos
Municípios, cumulativamente, os atribuídos a estes; limites por ela estabelecidos.

II - ao Distrito Federal e aos Estados não divididos em Art. 26. O Poder Executivo pode, nas condições e nos limites
Municípios, instituir, cumulativamente, os impostos estabelecidos em lei, alterar as alíquotas ou as bases de
atribuídos aos Estados e aos Municípios. cálculo do imposto, a fim de ajustá-los aos objetivos da
política cambial e do comércio exterior.
CAPÍTULO II
IMPOSTOS SOBRE O COMÉRCIO EXTERIOR Art. 27. Contribuinte do imposto é o exportador ou quem a
SEÇÃO I lei a ele equiparar.
IMPOSTOS SOBRE A IMPORTAÇÃO Art. 28. A receita líquida do imposto destina-se à formação
de reservas monetárias, na forma da lei.
Art. 19. O imposto, de competência da União, sobre a
importação de produtos estrangeiros tem como fato gerador CAPÍTULO III
a entrada destes no território nacional. IMPOSTOS SOBRE O PATRIMÔNIO E A RENDA
Art. 20. A base de cálculo do imposto é: SEÇÃO I
IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL
I - quando a alíquota seja específica, a unidade de medida
adotada pela lei tributária; Art. 29. O imposto, de competência da União, sobre a
propriedade territorial rural tem como fato gerador a
II - quando a alíquota seja ad valorem, o preço normal que o propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por
produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da importação, natureza, como definido na lei civil, localização fora da zona
em uma venda em condições de livre concorrência, para urbana do Município.
entrega no porto ou lugar de entrada do produto no País;
Art. 30. A base do cálculo do imposto é o valor fundiário.
III - quando se trate de produto apreendido ou abandonado,
levado a leilão, o preço da arrematação.
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Art. 31. Contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, II - a transmissão, a qualquer título, de direitos reais sobre
o titular de seu domínio útil, ou o seu possuidor a qualquer imóveis, exceto os direitos reais de garantia;
título.
III - a cessão de direitos relativos às transmissões referidas
SEÇÃO II nos incisos I e II.
IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE PREDIAL E TERRITORIAL
Parágrafo único. Nas transmissões causa mortis, ocorrem
URBANA tantos fatos geradores distintos quantos sejam os herdeiros
Art. 32. O imposto, de competência dos Municípios, sobre a ou legatários.
propriedade predial e territorial urbana tem como fato Art. 36. Ressalvado o disposto no artigo seguinte, o imposto
gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem não incide sobre a transmissão dos bens ou direitos referidos
imóvel por natureza ou por acessão física, como definido na no artigo anterior:
lei civil, localizado na zona urbana do Município.
I - quando efetuada para sua incorporação ao patrimônio de
§ 1º Para os efeitos deste imposto, entende-se como zona pessoa jurídica em pagamento de capital nela subscrito;
urbana a definida em lei municipal; observado o requisito
mínimo da existência de melhoramentos indicados em pelo II - quando decorrente da incorporação ou da fusão de uma
menos 2 (dois) dos incisos seguintes, construídos ou pessoa jurídica por outra ou com outra.
mantidos pelo Poder Público: Parágrafo único. O imposto não incide sobre a transmissão
I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas aos mesmos alienantes, dos bens e direitos adquiridos na
pluviais; forma do inciso I deste artigo, em decorrência da sua
desincorporação do patrimônio da pessoa jurídica a que
II - abastecimento de água; foram conferidos.
III - sistema de esgotos sanitários; Art. 37. O disposto no artigo anterior não se aplica quando a
IV - rede de iluminação pública, com ou sem posteamento pessoa jurídica adquirente tenha como atividade
para distribuição domiciliar; preponderante a venda ou locação de propriedade
imobiliária ou a cessão de direitos relativos à sua aquisição.
V - escola primária ou posto de saúde a uma distância
máxima de 3 (três) quilômetros do imóvel considerado. § 1º Considera-se caracterizada a atividade preponderante
referida neste artigo quando mais de 50% (cinqüenta por
§ 2º A lei municipal pode considerar urbanas as áreas cento) da receita operacional da pessoa jurídica adquirente,
urbanizáveis, ou de expansão urbana, constantes de nos 2 (dois) anos anteriores e nos 2 (dois) anos subseqüentes
loteamentos aprovados pelos órgãos competentes, à aquisição, decorrer de transações mencionadas neste
destinados à habitação, à indústria ou ao comércio, mesmo artigo.
que localizados fora das zonas definidas nos termos do
parágrafo anterior. § 2º Se a pessoa jurídica adquirente iniciar suas atividades
após a aquisição, ou menos de 2 (dois) anos antes dela,
Art. 33. A base do cálculo do imposto é o valor venal do apurar-se-á a preponderância referida no parágrafo anterior
imóvel. levando em conta os 3 (três) primeiros anos seguintes à data
Parágrafo único. Na determinação da base de cálculo, não da aquisição.
se considera o valor dos bens móveis mantidos, em caráter § 3º Verificada a preponderância referida neste artigo,
permanente ou temporário, no imóvel, para efeito de sua tornar-se-á devido o imposto, nos termos da lei vigente à
utilização, exploração, aformoseamento ou comodidade. data da aquisição, sobre o valor do bem ou direito nessa
Art. 34. Contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, data.
o titular do seu domínio útil, ou o seu possuidor a qualquer § 4º O disposto neste artigo não se aplica à transmissão de
título. bens ou direitos, quando realizada em conjunto com a da
SEÇÃO III totalidade do patrimônio da pessoa jurídica alienante.
IMPOSTO SOBRE A TRANSMISSÃO DE BENS IMÓVEIS E DE Art. 38. A base de cálculo do imposto é o valor venal dos bens
DIREITOS A ELES RELATIVOS ou direitos transmitidos.
Art. 35. O imposto, de competência dos Estados, sobre a Art. 39. A alíquota do imposto não excederá os limites
transmissão de bens imóveis e de direitos a eles relativos fixados em resolução do Senado Federal, que distinguirá,
tem como fato gerador: para efeito de aplicação de alíquota mais baixa, as
transmissões que atendam à política nacional de
I - a transmissão, a qualquer título, da propriedade ou do
habitação. (Vide Ato Complementar nº 27, de 1966)
domínio útil de bens imóveis por natureza ou por acessão
física, como definidos na lei civil;

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Art. 40. O montante do imposto é dedutível do devido à II - a sua saída dos estabelecimentos a que se refere o
União, a título do imposto de que trata o artigo 43, sobre o parágrafo único do artigo 51;
provento decorrente da mesma transmissão.
III - a sua arrematação, quando apreendido ou abandonado
Art. 41. O imposto compete ao Estado da situação do imóvel e levado a leilão.
transmitido, ou sobre que versarem os direitos cedidos,
Parágrafo único. Para os efeitos deste imposto, considera-se
mesmo que a mutação patrimonial decorra de sucessão
industrializado o produto que tenha sido submetido a
aberta no estrangeiro.
qualquer operação que lhe modifique a natureza ou a
Art. 42. Contribuinte do imposto é qualquer das partes na finalidade, ou o aperfeiçoe para o consumo.
operação tributada, como dispuser a lei.
Art. 47. A base de cálculo do imposto é:
SEÇÃO IV
I - no caso do inciso I do artigo anterior, o preço normal,
IMPOSTO SOBRE A RENDA E PROVENTOS DE QUALQUER como definido no inciso II do artigo 20, acrescido do
NATUREZA montante:
Art. 43. O imposto, de competência da União, sobre a renda a) do imposto sobre a importação;
e proventos de qualquer natureza tem como fato gerador a
aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica: b) das taxas exigidas para entrada do produto no País;

I - de renda, assim entendido o produto do capital, do c) dos encargos cambiais efetivamente pagos pelo
trabalho ou da combinação de ambos; importador ou dele exigíveis;

II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os II - no caso do inciso II do artigo anterior:


acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso a) o valor da operação de que decorrer a saída da
anterior. mercadoria;
§ 1o A incidência do imposto independe da denominação da b) na falta do valor a que se refere a alínea anterior, o preço
receita ou do rendimento, da localização, condição jurídica corrente da mercadoria, ou sua similar, no mercado
ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma de atacadista da praça do remetente;
percepção. (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001)
III - no caso do inciso III do artigo anterior, o preço da
§ 2o Na hipótese de receita ou de rendimento oriundos do arrematação.
exterior, a lei estabelecerá as condições e o momento em
que se dará sua disponibilidade, para fins de incidência do Art. 48. O imposto é seletivo em função da essencialidade
imposto referido neste artigo. (Incluído pela Lcp nº dos produtos.
104, de 2001) Art. 49. O imposto é não-cumulativo, dispondo a lei de forma
Art. 44. A base de cálculo do imposto é o montante, real, que o montante devido resulte da diferença a maior, em
arbitrado ou presumido, da renda ou dos proventos determinado período, entre o imposto referente aos
tributáveis. produtos saídos do estabelecimento e o pago relativamente
aos produtos nele entrados.
Art. 45. Contribuinte do imposto é o titular da
disponibilidade a que se refere o artigo 43, sem prejuízo de Parágrafo único. O saldo verificado, em determinado
atribuir a lei essa condição ao possuidor, a qualquer título, período, em favor do contribuinte transfere-se para o
dos bens produtores de renda ou dos proventos tributáveis. período ou períodos seguintes.

Parágrafo único. A lei pode atribuir à fonte pagadora da Art. 50. Os produtos sujeitos ao imposto, quando remetidos
renda ou dos proventos tributáveis a condição de de um para outro Estado, ou do ou para o Distrito Federal,
responsável pelo imposto cuja retenção e recolhimento lhe serão acompanhados de nota fiscal de modelo especial,
caibam. emitida em séries próprias e contendo, além dos elementos
necessários ao controle fiscal, os dados indispensáveis à
CAPÍTULO IV elaboração da estatística do comércio por cabotagem e
IMPOSTOS SOBRE A PRODUÇÃO E A CIRCULAÇÃO demais vias internas.
SEÇÃO I
Art. 51. Contribuinte do imposto é:
IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS
I - o importador ou quem a lei a ele equiparar;
Art. 46. O imposto, de competência da União, sobre
produtos industrializados tem como fato gerador: II - o industrial ou quem a lei a ele equiparar;
I - o seu desembaraço aduaneiro, quando de procedência III - o comerciante de produtos sujeitos ao imposto, que os
estrangeira; forneça aos contribuintes definidos no inciso anterior;

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IV - o arrematante de produtos apreendidos ou Parágrafo único. A incidência definida no inciso I exclui a


abandonados, levados a leilão. definida no inciso IV, e reciprocamente, quanto à emissão,
ao pagamento ou resgate do título representativo de uma
Parágrafo único. Para os efeitos deste imposto, considera-se
mesma operação de crédito.
contribuinte autônomo qualquer estabelecimento de
importador, industrial, comerciante ou arrematante. Art. 64. A base de cálculo do imposto é:
SEÇÃO II I - quanto às operações de crédito, o montante da obrigação,
IMPOSTO ESTADUAL SOBRE OPERAÇÕES RELATIVAS À compreendendo o principal e os juros;
CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS II - quanto às operações de câmbio, o respectivo montante
Art. 52. (Revogado). em moeda nacional, recebido, entregue ou posto à
disposição;
Art. 53. (Revogado).
III - quanto às operações de seguro, o montante do prêmio;
Art. 54. (Revogado).
IV - quanto às operações relativas a títulos e valores
Art. 55. (Revogado). mobiliários:
Art. 56. (Revogado). a) na emissão, o valor nominal mais o ágio, se houver;
Art. 57. (Revogado). b) na transmissão, o preço ou o valor nominal, ou o valor da
Art. 58. (Revogado). cotação em Bolsa, como determinar a lei;

SEÇÃO III c) no pagamento ou resgate, o preço.


IMPOSTO MUNICIPAL SOBRE OPERAÇÕES RELATIVAS À Art. 65. O Poder Executivo pode, nas condições e nos limites
CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS estabelecidos em lei, alterar as alíquotas ou as bases de
cálculo do imposto, a fim de ajustá-lo aos objetivos da
Art. 59. (Revogado).
política monetária.
Art. 60. (Revogado).
Art. 66. Contribuinte do imposto é qualquer das partes na
Art. 61. (Revogado). operação tributada, como dispuser a lei.
Art. 62. (Revogado). Art. 67. A receita líquida do imposto destina-se a formação
de reservas monetárias, na forma da lei.
SEÇÃO IV
IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES DE CRÉDITO, CÂMBIO E SEÇÃO V
SEGURO, E SOBRE OPERAÇÕES RELATIVAS A TÍTULOS E IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE TRANSPORTES E
VALORES MOBILIÁRIOS COMUNICAÇÕES
Art. 63. O imposto, de competência da União, sobre Art. 68. O imposto, de competência da União, sobre serviços
operações de crédito, câmbio e seguro, e sobre operações de transportes e comunicações tem como fato gerador:
relativas a títulos e valores mobiliários tem como fato
I - a prestação do serviço de transporte, por qualquer via, de
gerador:
pessoas, bens, mercadorias ou valores, salvo quando o
I - quanto às operações de crédito, a sua efetivação pela trajeto se contenha inteiramente no território de um mesmo
entrega total ou parcial do montante ou do valor que Município;
constitua o objeto da obrigação, ou sua colocação à
II - a prestação do serviço de comunicações, assim se
disposição do interessado;
entendendo a transmissão e o recebimento, por qualquer
II - quanto às operações de câmbio, a sua efetivação pela processo, de mensagens escritas, faladas ou visuais, salvo
entrega de moeda nacional ou estrangeira, ou de documento quando os pontos de transmissão e de recebimento se
que a represente, ou sua colocação à disposição do situem no território de um mesmo Município e a mensagem
interessado em montante equivalente à moeda estrangeira em curso não possa ser captada fora desse território.
ou nacional entregue ou posta à disposição por este;
Art. 69. A base de cálculo do imposto é o preço do serviço.
III - quanto às operações de seguro, a sua efetivação pela
Art. 70. Contribuinte do imposto é o prestador do serviço.
emissão da apólice ou do documento equivalente, ou
recebimento do prêmio, na forma da lei aplicável; SEÇÃO VI
IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA
IV - quanto às operações relativas a títulos e valores
mobiliários, a emissão, transmissão, pagamento ou resgate Art. 71. (Revogado).
destes, na forma da lei aplicável.
Art. 72. (Revogado).

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Art. 73. (Revogado). potencial, de serviço público específico e divisível, prestado


ao contribuinte ou posto à sua disposição.
CAPÍTULO V
IMPOSTOS ESPECIAIS Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato
SEÇÃO I gerador idênticos aos que correspondam a imposto nem ser
IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES RELATIVAS A calculada em função do capital das empresas. (Vide Ato
COMBUSTÍVEIS, LUBRIFICANTES, ENERGIA ELÉTRICA E Complementar nº 34, de 1967)
MINERAIS DO PAÍS Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da
administração pública que, limitando ou disciplinando
Art. 74. O imposto, de competência da União, sobre
direito, interêsse ou liberdade, regula a prática de ato ou
operações relativas a combustíveis, lubrificantes, energia
abstenção de fato, em razão de intêresse público
elétrica e minerais do País tem como fato gerador:
concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes,
I - a produção, como definida no artigo 46 e seu parágrafo à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de
único; atividades econômicas dependentes de concessão ou
autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao
II - a importação, como definida no artigo 19;
respeito à propriedade e aos direitos individuais ou
III - a circulação, como definida no artigo 52; coletivos. (Redação dada pelo Ato Complementar nº
31, de 1966)
IV - a distribuição, assim entendida a colocação do produto
no estabelecimento consumidor ou em local de venda ao Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder
público; de polícia quando desempenhado pelo órgão competente
nos limites da lei aplicável, com observância do processo
V - o consumo, assim entendida a venda do produto ao
legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como
público.
discricionária, sem abuso ou desvio de poder.
§ 1º Para os efeitos deste imposto a energia elétrica
Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77
considera-se produto industrializado.
consideram-se:
§ 2º O imposto incide, uma só vez sobre uma das operações
I - utilizados pelo contribuinte:
previstas em cada inciso deste artigo, como dispuser a lei, e
exclui quaisquer outros tributos, sejam quais forem sua a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer
natureza ou competência, incidentes sobre aquelas título;
operações.
b) potencialmente, quando, sendo de utilização
Art. 75. A lei observará o disposto neste Título relativamente: compulsória, sejam postos à sua disposição mediante
atividade administrativa em efetivo funcionamento;
I - ao imposto sobre produtos industrializados, quando a
incidência seja sobre a produção ou sobre o consumo; II - específicos, quando possam ser destacados em unidades
autônomas de intervenção, de utilidade, ou de necessidades
II - ao imposto sobre a importação, quando a incidência seja
públicas;
sobre essa operação;
III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização,
III - ao imposto sobre operações relativas à circulação de
separadamente, por parte de cada um dos seus usuários.
mercadorias, quando a incidência seja sobre a distribuição.
Art. 80. Para efeito de instituição e cobrança de taxas,
SEÇÃO II
consideram-se compreendidas no âmbito das atribuições da
IMPOSTOS EXTRAORDINÁRIOS
União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios,
Art. 76. Na iminência ou no caso de guerra externa, a União aquelas que, segundo a Constituição Federal, as
pode instituir, temporariamente, impostos extraordinários Constituições dos Estados, as Leis Orgânicas do Distrito
compreendidos ou não entre os referidos nesta Lei, Federal e dos Municípios e a legislação com elas compatível,
suprimidos, gradativamente, no prazo máximo de cinco competem a cada uma dessas pessoas de direito público.
anos, contados da celebração da paz.
TÍTULO V
TÍTULO IV CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA
TAXAS
Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União,
Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no
Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para
respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício fazer face ao custo de obras públicas de que decorra
regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa
realizada e como limite individual o acréscimo de valor que
da obra resultar para cada imóvel beneficiado.
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Art. 82. A lei relativa à contribuição de melhoria observará os produto estes venham a distribuir, no todo ou em parte, aos
seguintes requisitos mínimos: respectivos Municípios.
I - publicação prévia dos seguintes elementos: CAPÍTULO II
a) memorial descritivo do projeto; IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL E
SOBRE A RENDA E PROVENTOS DE QUALQUER NATUREZA
b) orçamento do custo da obra;
Art. 85. Serão distribuídos pela União:
c) determinação da parcela do custo da obra a ser financiada
pela contribuição; I - aos Municípios da localização dos imóveis, o produto da
arrecadação do imposto a que se refere o artigo 29;
d) delimitação da zona beneficiada;
II - aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, o
e) determinação do fator de absorção do benefício da produto da arrecadação, na fonte, do imposto a que se
valorização para toda a zona ou para cada uma das áreas refere o artigo 43, incidente sobre a renda das obrigações de
diferenciadas, nela contidas; sua dívida pública e sobre os proventos dos seus servidores
II - fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para e dos de suas autarquias.
impugnação pelos interessados, de qualquer dos elementos § 1º Independentemente de ordem das autoridades
referidos no inciso anterior; superiores e sob pena de demissão, as autoridades
III - regulamentação do processo administrativo de instrução arrecadadoras dos impostos a que se refere este artigo farão
e julgamento da impugnação a que se refere o inciso entrega, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios,
anterior, sem prejuízo da sua apreciação judicial. das importâncias recebidas, à medida que forem sendo
arrecadadas, em prazo não superior a 30 (trinta) dias, a
§ 1º A contribuição relativa a cada imóvel será determinada contar da data de cada recolhimento.
pelo rateio da parcela do custo da obra a que se refere a
alínea c, do inciso I, pelos imóveis situados na zona § 2º A lei poderá autorizar os Estados, o Distrito Federal e os
beneficiada em função dos respectivos fatores individuais de Municípios a incorporar definitivamente à sua receita o
valorização. produto da arrecadação do imposto a que se refere o inciso
II, estipulando as obrigações acessórias a serem cumpridas
§ 2º Por ocasião do respectivo lançamento, cada por aqueles no interesse da arrecadação, pela União, do
contribuinte deverá ser notificado do montante da imposto a ela devido pelos titulares da renda ou dos
contribuição, da forma e dos prazos de seu pagamento e dos proventos tributados.
elementos que integram o respectivo cálculo.
CAPÍTULO III
TÍTULO VI FUNDOS DE PARTICIPAÇÃO DOS ESTADOS E DOS
DISTRIBUIÇÕES DE RECEITAS TRIBUTÁRIAS MUNICÍPIOS
CAPÍTULO I SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS CONSTITUIÇÃO DOS FUNDOS
Art. 83. Sem prejuízo das demais disposições deste Título, os Art.86. (Revogado).
Estados e Municípios que celebrem com a União convênios
destinados a assegurar ampla e eficiente coordenação dos Art.87. (Revogado).
respectivos programas de investimentos e serviços públicos, SEÇÃO II
especialmente no campo da política tributária, poderão
CRITÉRIO DE DISTRIBUIÇÃO DO FUNDO DE PARTICIPAÇÃO
participar de até 10% (dez por cento) da arrecadação
DOS ESTADOS
efetuada, nos respectivos territórios, proveniente do
imposto referido no artigo 43, incidente sobre o rendimento Art.88. (Revogado).
das pessoas físicas, e no artigo 46, excluído o incidente sobre
Art.89. (Revogado).
o fumo e bebidas alcoólicas.
Art. 90. O fator representativo do inverso da renda per
Parágrafo único. O processo das distribuições previstas neste
capita, a que se refere o inciso II do artigo 88, será
artigo será regulado nos convênios nele referidos.
estabelecido da seguinte forma:
Art. 84. A lei federal pode cometer aos Estados, ao Distrito
Federal ou aos Municípios o encargo de arrecadar os Inverso do índice relativo à renda per capita da Fator
impostos de competência da União cujo produto lhes seja entidade participante:
distribuído no todo ou em parte.
Parágrafo único. O disposto neste artigo, aplica-se à Até 0,0045 0,4
arrecadação dos impostos de competência dos Estados, cujo ...............................................................

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§ 1º A parcela de que trata o inciso I será distribuída


Acima de 0,0045 até 0,0055 0,5
proporcionalmente a um coeficiente individual de
.....................................
participação, resultante do produto dos seguintes
fatôres: (Redação dada pelo Ato Complementar nº 35,
Acima de 0,0055 até 0,0065 0,6
de 1967)
.....................................
a) fator representativo da população, assim
Acima de 0,0065 até 0,0075 0,7 estabelecido: (Redação dada pelo Ato
..................................... Complementar nº 35, de 1967)
Percentual da População de cada Município em relação à do
Acima de 0,0075 até 0,0085 0,8 conjunto das Capitais:
.....................................
Fator:
Acima de 0,0085 até 0,0095 0,9 Até 2% ................................................................................
..................................... ................................. 2

Acima de 0,0095 até 0,0110 1,0 Mais de 2% até 5%:


..................................... Pelos primeiros
2%...............................................................................
Acima de 0,0110 até 0,0130 1,2 .................. 2
.....................................
Cada 0,5% ou fração excedente,
Acima de 0,0130 até 0,0150 1,4 mais................................................................... 0,5
..................................... Mais de 5%
................................................................................
Acima de 0,0150 até 0,0170 1,6 .......................... 5
.....................................
b) Fator representativo do inverso da renda per capita do
Acima de 0,0170 até 0,0190 1,8 respectivo Estado, de conformidade com o disposto no art.
..................................... 90. (Redação dada pelo Ato Complementar nº 35, de
1967)
Acima de 0,0190 até 0,0220 2,0 § 2º - A distribuição da parcela a que se refere o item II deste
..................................... artigo, deduzido o percentual referido no artigo 3º do
Decreto-lei que estabelece a redação deste parágrafo, far-
Acima de 0,220 ............................................... 2,5 se-á atribuindo-se a cada Município um coeficiente
......... individual de participação determinado na forma
seguinte: (Redação dada pelo Decreto Lei nº 1.881, de
Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo, determina-se o 1981) (Vide Lei Complementar nº 91, de 1997)
índice relativo à renda per capita de cada entidade
participante, tomando-se como 100 (cem) a renda per capita Categoria do Município, segundo seu Coeficiente
média do País. número de habitantes
SEÇÃO III
a) Até 16.980
CRITÉRIO DE DISTRIBUIÇÃO DO FUNDO DE PARTICIPAÇÃO
DOS MUNICÍPIOS
Pelos primeiros 10.188 0,6
Art. 91. Do Fundo de Participação dos Municípios a que se
refere o art. 86, serão atribuídos: (Redação dada pelo Para cada 3.396, ou fração excedente, mais 0,2
Ato Complementar nº 35, de 1967)
b) Acima de 16.980 até 50.940
I - 10% (dez por cento) aos Municípios das Capitais dos
Estados; (Redação dada pelo Ato Complementar nº
Pelos primeiros 16.980 1,0
35, de 1967)
II - 90% (noventa por cento) aos demais Municípios do Para cada 6.792 ou fração excedente, mais 0,2
País. (Redação dada pelo Ato Complementar nº 35, de
1967) c) Acima de 50.940 até 101,880

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CAPÍTULO IV
Pelos primeiros 50.940 2,0
IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES RELATIVAS A
Para cada 10.188 ou fração excedente, mais 0,2 COMBUSTÍVEIS, LUBRIFICANTES, ENERGIA ELÉTRICA E
MINERAIS DO PAÍS
d) Acima de 101.880 até 156.216 Art. 95. (Revogado).

Pelos primeiros 101.880 3,0 LIVRO SEGUNDO


NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO
Para cada 13.584 ou fração excedente, mais 0,2 TÍTULO I
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
e) Acima de 156.216 CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
§ 3º Para os efeitos deste artigo, consideram-se os SEÇÃO I
municípios regularmente instalados, fazendo-se a revisão DISPOSIÇÃO PRELIMINAR
das quotas anualmente, a partir de 1989, com base em dados
oficiais de população produzidos pela Fundação Instituto Art. 96. A expressão "legislação tributária" compreende as
Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. (Redação leis, os tratados e as convenções internacionais, os decretos
dada pela Lei Complementar nº 59, de 1988) e as normas complementares que versem, no todo ou em
parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes.
SEÇÃO IV
CÁLCULO E PAGAMENTO DAS QUOTAS ESTADUAIS E SEÇÃO II
MUNICIPAIS LEIS, TRATADOS E CONVENÇÕES INTERNACIONAIS E
DECRETOS
Art. 92. O Tribunal de Contas da União comunicará ao Banco
do Brasil S.A., conforme os prazos a seguir especificados, os Art. 97. Somente a lei pode estabelecer:
coeficientes individuais de participação nos fundos previstos I - a instituição de tributos, ou a sua extinção;
no art. 159, inciso I, alíneas “a”, “b” e “d”, da Constituição
Federal que prevalecerão no exercício II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o
subsequente: (Redação dada pela Lei Complementar nº disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
143, de 2013) (Produção de efeito) (Vide Lei III - a definição do fato gerador da obrigação tributária
Complementar nº 143, de 2013) principal, ressalvado o disposto no inciso I do § 3º do artigo
I - até o último dia útil do mês de março de cada exercício 52, e do seu sujeito passivo;
financeiro, para cada Estado e para o Distrito IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo,
Federal; (Incluído pela Lei Complementar nº 143, de ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
2013) (Produção de efeito)
V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões
II - até o último dia útil de cada exercício financeiro, para contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela
cada Município. (Incluído pela Lei Complementar nº definidas;
143, de 2013) (Produção de efeito)
VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de
Parágrafo único. Far-se-á nova comunicação sempre que créditos tributários, ou de dispensa ou redução de
houver, transcorrido o prazo fixado no inciso I do caput, a penalidades.
criação de novo Estado a ser implantado no exercício
subsequente. (Incluído pela Lei Complementar nº 143, § 1º Equipara-se à majoração do tributo a modificação da sua
de 2013) (Produção de efeito) base de cálculo, que importe em torná-lo mais oneroso.

Art. 93. (Revogado). § 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do


disposto no inciso II deste artigo, a atualização do valor
SEÇÃO V monetário da respectiva base de cálculo.
COMPROVAÇÃO DA APLICAÇÃO DAS QUOTAS ESTADUAIS
Art. 98. Os tratados e as convenções internacionais revogam
E MUNICIPAIS
ou modificam a legislação tributária interna, e serão
Art. 94. (Revogado). observados pela que lhes sobrevenha.
Art. 99. O conteúdo e o alcance dos decretos restringem-se
aos das leis em função das quais sejam expedidos,
determinados com observância das regras de interpretação
estabelecidas nesta Lei.

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SEÇÃO III CAPÍTULO III


NORMAS COMPLEMENTARES APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
Art. 100. São normas complementares das leis, dos tratados Art. 105. A legislação tributária aplica-se imediatamente aos
e das convenções internacionais e dos decretos: fatos geradores futuros e aos pendentes, assim entendidos
aqueles cuja ocorrência tenha tido início mas não esteja
I - os atos normativos expedidos pelas autoridades
completa nos termos do artigo 116.
administrativas;
Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:
II - as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de
jurisdição administrativa, a que a lei atribua eficácia I - em qualquer caso, quando seja expressamente
normativa; interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração
dos dispositivos interpretados;
III - as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades
administrativas; II - tratando-se de ato não definitivamente julgado:
IV - os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, a) quando deixe de defini-lo como infração;
o Distrito Federal e os Municípios.
b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer
Parágrafo único. A observância das normas referidas neste exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido
artigo exclui a imposição de penalidades, a cobrança de juros fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento
de mora e a atualização do valor monetário da base de de tributo;
cálculo do tributo.
c) quando lhe comine penalidade menos severa que a
CAPÍTULO II prevista na lei vigente ao tempo da sua prática.
VIGÊNCIA DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
CAPÍTULO IV
Art. 101. A vigência, no espaço e no tempo, da legislação INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO DA LEGISLAÇÃO
tributária rege-se pelas disposições legais aplicáveis às TRIBUTÁRIA
normas jurídicas em geral, ressalvado o previsto neste
Art. 107. A legislação tributária será interpretada conforme
Capítulo.
o disposto neste Capítulo.
Art. 102. A legislação tributária dos Estados, do Distrito
Art. 108. Na ausência de disposição expressa, a autoridade
Federal e dos Municípios vigora, no País, fora dos respectivos
competente para aplicar a legislação tributária utilizará
territórios, nos limites em que lhe reconheçam
sucessivamente, na ordem indicada:
extraterritorialidade os convênios de que participem, ou do
que disponham esta ou outras leis de normas gerais I - a analogia;
expedidas pela União.
II - os princípios gerais de direito tributário;
Art. 103. Salvo disposição em contrário, entram em vigor:
III - os princípios gerais de direito público;
I - os atos administrativos a que se refere o inciso I do artigo
IV - a eqüidade.
100, na data da sua publicação;
§ 1º O emprego da analogia não poderá resultar na exigência
II - as decisões a que se refere o inciso II do artigo 100, quanto
de tributo não previsto em lei.
a seus efeitos normativos, 30 (trinta) dias após a data da sua
publicação; § 2º O emprego da eqüidade não poderá resultar na dispensa
do pagamento de tributo devido.
III - os convênios a que se refere o inciso IV do artigo 100, na
data neles prevista. Art. 109. Os princípios gerais de direito privado utilizam-se
para pesquisa da definição, do conteúdo e do alcance de
Art. 104. Entram em vigor no primeiro dia do exercício
seus institutos, conceitos e formas, mas não para definição
seguinte àquele em que ocorra a sua publicação os
dos respectivos efeitos tributários.
dispositivos de lei, referentes a impostos sobre o patrimônio
ou a renda: Art. 110. A lei tributária não pode alterar a definição, o
conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas de
I - que instituem ou majoram tais impostos;
direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela
II - que definem novas hipóteses de incidência; Constituição Federal, pelas Constituições dos Estados, ou
pelas Leis Orgânicas do Distrito Federal ou dos Municípios,
III - que extinguem ou reduzem isenções, salvo se a lei
para definir ou limitar competências tributárias.
dispuser de maneira mais favorável ao contribuinte, e
observado o disposto no artigo 178. Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação tributária
que disponha sobre:

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I - suspensão ou exclusão do crédito tributário; finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do


tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da
II - outorga de isenção;
obrigação tributária, observados os procedimentos a serem
III - dispensa do cumprimento de obrigações tributárias estabelecidos em lei ordinária. (Incluído pela Lcp nº
acessórias. 104, de 2001)
Art. 112. A lei tributária que define infrações, ou lhe comina Art. 117. Para os efeitos do inciso II do artigo anterior e salvo
penalidades, interpreta-se da maneira mais favorável ao disposição de lei em contrário, os atos ou negócios jurídicos
acusado, em caso de dúvida quanto: condicionais reputam-se perfeitos e acabados:
I - à capitulação legal do fato; I - sendo suspensiva a condição, desde o momento de seu
implemento;
II - à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à
natureza ou extensão dos seus efeitos; II - sendo resolutória a condição, desde o momento da
prática do ato ou da celebração do negócio.
III - à autoria, imputabilidade, ou punibilidade;
Art. 118. A definição legal do fato gerador é interpretada
IV - à natureza da penalidade aplicável, ou à sua graduação.
abstraindo-se:
TÍTULO II
I - da validade jurídica dos atos efetivamente praticados
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como
CAPÍTULO I da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos;
DISPOSIÇÕES GERAIS
II - dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.
Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.
CAPÍTULO III
§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato SUJEITO ATIVO
gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou
penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o Art. 119. Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de
crédito dela decorrente. direito público, titular da competência para exigir o seu
cumprimento.
§ 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e
tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela Art. 120. Salvo disposição de lei em contrário, a pessoa
previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos jurídica de direito público, que se constituir pelo
tributos. desmembramento territorial de outra, subroga-se nos
direitos desta, cuja legislação tributária aplicará até que
§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua entre em vigor a sua própria.
inobservância, converte-se em obrigação principal
relativamente à penalidade pecuniária. CAPÍTULO IV
SUJEITO PASSIVO
CAPÍTULO II
SEÇÃO I
FATO GERADOR
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação
Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa
definida em lei como necessária e suficiente à sua
obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária.
ocorrência.
Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-
Art. 115. Fato gerador da obrigação acessória é qualquer
se:
situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a
prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com
principal. a situação que constitua o respectivo fato gerador;
Art. 116. Salvo disposição de lei em contrário, considera-se II - responsável, quando, sem revestir a condição de
ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos: contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa
de lei.
I - tratando-se de situação de fato, desde o momento em que
o se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que Art. 122. Sujeito passivo da obrigação acessória é a pessoa
produza os efeitos que normalmente lhe são próprios; obrigada às prestações que constituam o seu objeto.
II - tratando-se de situação jurídica, desde o momento em Art. 123. Salvo disposições de lei em contrário, as
que esteja definitivamente constituída, nos termos de convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo
direito aplicável. pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda
Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo
Parágrafo único. A autoridade administrativa poderá
das obrigações tributárias correspondentes.
desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a

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SEÇÃO II da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que


SOLIDARIEDADE deram origem à obrigação.

Art. 124. São solidariamente obrigadas: § 2º A autoridade administrativa pode recusar o domicílio
eleito, quando impossibilite ou dificulte a arrecadação ou a
I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que fiscalização do tributo, aplicando-se então a regra do
constitua o fato gerador da obrigação principal; parágrafo anterior.
II - as pessoas expressamente designadas por lei. CAPÍTULO V
Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
comporta benefício de ordem. SEÇÃO I
Art. 125. Salvo disposição de lei em contrário, são os DISPOSIÇÃO GERAL
seguintes os efeitos da solidariedade: Art. 128. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode
I - o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito
aos demais; tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da
respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do
II - a isenção ou remissão de crédito exonera todos os contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do
obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, cumprimento total ou parcial da referida obrigação.
subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais
pelo saldo; SEÇÃO II
RESPONSABILIDADE DOS SUCESSORES
III - a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos
obrigados, favorece ou prejudica aos demais. Art. 129. O disposto nesta Seção aplica-se por igual aos
créditos tributários definitivamente constituídos ou em
SEÇÃO III curso de constituição à data dos atos nela referidos, e aos
CAPACIDADE TRIBUTÁRIA constituídos posteriormente aos mesmos atos, desde que
Art. 126. A capacidade tributária passiva independe: relativos a obrigações tributárias surgidas até a referida data.

I - da capacidade civil das pessoas naturais; Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo
fato gerador seja a propriedade, o domínio útil ou a posse de
II - de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação
importem privação ou limitação do exercício de atividades de serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de
civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta melhoria, subrogam-se na pessoa dos respectivos
de seus bens ou negócios; adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua
III - de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, quitação.
bastando que configure uma unidade econômica ou Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública,
profissional. a sub-rogação ocorre sobre o respectivo preço.
SEÇÃO IV Art. 131. São pessoalmente responsáveis:
DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO
I - o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos
Art. 127. Na falta de eleição, pelo contribuinte ou bens adquiridos ou remidos; (Redação dada pelo
responsável, de domicílio tributário, na forma da legislação Decreto Lei nº 28, de 1966)
aplicável, considera-se como tal:
II - o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos
I - quanto às pessoas naturais, a sua residência habitual, ou, tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou
sendo esta incerta ou desconhecida, o centro habitual de sua adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do
atividade; quinhão do legado ou da meação;
II - quanto às pessoas jurídicas de direito privado ou às firmas III - o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data
individuais, o lugar da sua sede, ou, em relação aos atos ou da abertura da sucessão.
fatos que derem origem à obrigação, o de cada
Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de
estabelecimento;
fusão, transformação ou incorporação de outra ou em outra
III - quanto às pessoas jurídicas de direito público, qualquer é responsável pelos tributos devidos até à data do ato pelas
de suas repartições no território da entidade tributante. pessoas jurídicas de direito privado fusionadas,
transformadas ou incorporadas.
§ 1º Quando não couber a aplicação das regras fixadas em
qualquer dos incisos deste artigo, considerar-se-á como Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos
domicílio tributário do contribuinte ou responsável o lugar de extinção de pessoas jurídicas de direito privado, quando
a exploração da respectiva atividade seja continuada por
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qualquer sócio remanescente, ou seu espólio, sob a mesma II - os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus
ou outra razão social, ou sob firma individual. tutelados ou curatelados;
Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que III - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos
adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou devidos por estes;
estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e
IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio;
continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra
razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos V - o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela
tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, massa falida ou pelo concordatário;
devidos até à data do ato:
VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício,
I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou
comércio, indústria ou atividade; perante eles, em razão do seu ofício;
II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de
exploração ou iniciar dentro de seis meses a contar da data pessoas.
da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo
Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em
de comércio, indústria ou profissão.
matéria de penalidades, às de caráter moratório.
§ 1o O disposto no caput deste artigo não se aplica na
Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos
hipótese de alienação judicial: (Incluído pela Lcp nº
correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos
118, de 2005)
praticados com excesso de poderes ou infração de lei,
I – em processo de falência; (Incluído pela Lcp nº 118, contrato social ou estatutos:
de 2005)
I - as pessoas referidas no artigo anterior;
II – de filial ou unidade produtiva isolada, em processo de
II - os mandatários, prepostos e empregados;
recuperação judicial. (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005)
III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas
§ 2o Não se aplica o disposto no § 1o deste artigo quando o
jurídicas de direito privado.
adquirente for: (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005)
SEÇÃO IV
I – sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial, ou
RESPONSABILIDADE POR INFRAÇÕES
sociedade controlada pelo devedor falido ou em
recuperação judicial; (Incluído pela Lcp nº 118, de Art. 136. Salvo disposição de lei em contrário, a
2005) responsabilidade por infrações da legislação tributária
II – parente, em linha reta ou colateral até o 4o (quarto) grau, independe da intenção do agente ou do responsável e da
consangüíneo ou afim, do devedor falido ou em recuperação efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato.
judicial ou de qualquer de seus sócios; ou (Incluído Art. 137. A responsabilidade é pessoal ao agente:
pela Lcp nº 118, de 2005)
I - quanto às infrações conceituadas por lei como crimes ou
III – identificado como agente do falido ou do devedor em contravenções, salvo quando praticadas no exercício regular
recuperação judicial com o objetivo de fraudar a sucessão de administração, mandato, função, cargo ou emprego, ou
tributária. (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005) no cumprimento de ordem expressa emitida por quem de
§ 3o Em processo da falência, o produto da alienação judicial direito;
de empresa, filial ou unidade produtiva isolada permanecerá II - quanto às infrações em cuja definição o dolo específico
em conta de depósito à disposição do juízo de falência pelo do agente seja elementar;
prazo de 1 (um) ano, contado da data de alienação, somente
podendo ser utilizado para o pagamento de créditos III - quanto às infrações que decorram direta e
extraconcursais ou de créditos que preferem ao exclusivamente de dolo específico:
tributário. (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005) a) das pessoas referidas no artigo 134, contra aquelas por
SEÇÃO III quem respondem;
RESPONSABILIDADE DE TERCEIROS b) dos mandatários, prepostos ou empregados, contra seus
mandantes, preponentes ou empregadores;
Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do
cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, c) dos diretores, gerentes ou representantes de pessoas
respondem solidariamente com este nos atos em que jurídicas de direito privado, contra estas.
intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis:
Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia
I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores; espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do
pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do
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depósito da importância arbitrada pela autoridade maiores garantias ou privilégios, exceto, neste último caso,
administrativa, quando o montante do tributo dependa de para o efeito de atribuir responsabilidade tributária a
apuração. terceiros.
Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia § 2º O disposto neste artigo não se aplica aos impostos
apresentada após o início de qualquer procedimento lançados por períodos certos de tempo, desde que a
administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com respectiva lei fixe expressamente a data em que o fato
a infração. gerador se considera ocorrido.
TÍTULO III Art. 145. O lançamento regularmente notificado ao sujeito
CRÉDITO TRIBUTÁRIO passivo só pode ser alterado em virtude de:
CAPÍTULO I I - impugnação do sujeito passivo;
DISPOSIÇÕES GERAIS
II - recurso de ofício;
Art. 139. O crédito tributário decorre da obrigação principal
e tem a mesma natureza desta. III - iniciativa de ofício da autoridade administrativa, nos
casos previstos no artigo 149.
Art. 140. As circunstâncias que modificam o crédito
tributário, sua extensão ou seus efeitos, ou as garantias ou Art. 146. A modificação introduzida, de ofício ou em
os privilégios a ele atribuídos, ou que excluem sua conseqüência de decisão administrativa ou judicial, nos
exigibilidade não afetam a obrigação tributária que lhe deu critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa
origem. no exercício do lançamento somente pode ser efetivada, em
relação a um mesmo sujeito passivo, quanto a fato gerador
Art. 141. O crédito tributário regularmente constituído ocorrido posteriormente à sua introdução.
somente se modifica ou extingue, ou tem sua exigibilidade
suspensa ou excluída, nos casos previstos nesta Lei, fora dos SEÇÃO II
quais não podem ser dispensadas, sob pena de MODALIDADES DE LANÇAMENTO
responsabilidade funcional na forma da lei, a sua efetivação Art. 147. O lançamento é efetuado com base na declaração
ou as respectivas garantias. do sujeito passivo ou de terceiro, quando um ou outro, na
CAPÍTULO II forma da legislação tributária, presta à autoridade
CONSTITUIÇÃO DE CRÉDITO TRIBUTÁRIO administrativa informações sobre matéria de fato,
SEÇÃO I indispensáveis à sua efetivação.
LANÇAMENTO § 1º A retificação da declaração por iniciativa do próprio
declarante, quando vise a reduzir ou a excluir tributo, só é
Art. 142. Compete privativamente à autoridade
admissível mediante comprovação do erro em que se funde,
administrativa constituir o crédito tributário pelo
e antes de notificado o lançamento.
lançamento, assim entendido o procedimento
administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato § 2º Os erros contidos na declaração e apuráveis pelo seu
gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria exame serão retificados de ofício pela autoridade
tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar administrativa a que competir a revisão daquela.
o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da
Art. 148. Quando o cálculo do tributo tenha por base, ou
penalidade cabível.
tome em consideração, o valor ou o preço de bens, direitos,
Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento serviços ou atos jurídicos, a autoridade lançadora, mediante
é vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade processo regular, arbitrará aquele valor ou preço, sempre
funcional. que sejam omissos ou não mereçam fé as declarações ou os
esclarecimentos prestados, ou os documentos expedidos
Art. 143. Salvo disposição de lei em contrário, quando o valor
pelo sujeito passivo ou pelo terceiro legalmente obrigado,
tributário esteja expresso em moeda estrangeira, no
ressalvada, em caso de contestação, avaliação contraditória,
lançamento far-se-á sua conversão em moeda nacional ao
administrativa ou judicial.
câmbio do dia da ocorrência do fato gerador da obrigação.
Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela
Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do
autoridade administrativa nos seguintes casos:
fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente,
ainda que posteriormente modificada ou revogada. I - quando a lei assim o determine;
§ 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que, II - quando a declaração não seja prestada, por quem de
posteriormente à ocorrência do fato gerador da obrigação, direito, no prazo e na forma da legislação tributária;
tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de
III - quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha
fiscalização, ampliado os poderes de investigação das
prestado declaração nos termos do inciso anterior, deixe de
autoridades administrativas, ou outorgado ao crédito
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atender, no prazo e na forma da legislação tributária, a CAPÍTULO III


pedido de esclarecimento formulado pela autoridade SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
administrativa, recuse-se a prestá-lo ou não o preste SEÇÃO I
satisfatoriamente, a juízo daquela autoridade; DISPOSIÇÕES GERAIS
IV - quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:
a qualquer elemento definido na legislação tributária como
sendo de declaração obrigatória; I - moratória;

V - quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da II - o depósito do seu montante integral;
pessoa legalmente obrigada, no exercício da atividade a que III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis
se refere o artigo seguinte; reguladoras do processo tributário administrativo;
VI - quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, IV - a concessão de medida liminar em mandado de
ou de terceiro legalmente obrigado, que dê lugar à aplicação segurança.
de penalidade pecuniária;
V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada,
VII - quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em outras espécies de ação judicial; (Incluído pela Lcp
em benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação; nº 104, de 2001)
VIII - quando deva ser apreciado fato não conhecido ou não VI – o parcelamento. (Incluído pela Lcp nº 104, de
provado por ocasião do lançamento anterior; 2001)
IX - quando se comprove que, no lançamento anterior, Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o
ocorreu fraude ou falta funcional da autoridade que o cumprimento das obrigações assessórios dependentes da
efetuou, ou omissão, pela mesma autoridade, de ato ou obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela
formalidade especial. conseqüentes.
Parágrafo único. A revisão do lançamento só pode ser SEÇÃO II
iniciada enquanto não extinto o direito da Fazenda Pública. MORATÓRIA
Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto
Art. 152. A moratória somente pode ser concedida:
aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever
de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade I - em caráter geral:
administrativa, opera-se pelo ato em que a referida
a) pela pessoa jurídica de direito público competente para
autoridade, tomando conhecimento da atividade assim
instituir o tributo a que se refira;
exercida pelo obrigado, expressamente a homologa.
b) pela União, quanto a tributos de competência dos
§ 1º O pagamento antecipado pelo obrigado nos termos
Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, quando
deste artigo extingue o crédito, sob condição resolutória da
simultaneamente concedida quanto aos tributos de
ulterior homologação ao lançamento.
competência federal e às obrigações de direito privado;
§ 2º Não influem sobre a obrigação tributária quaisquer atos
II - em caráter individual, por despacho da autoridade
anteriores à homologação, praticados pelo sujeito passivo ou
administrativa, desde que autorizada por lei nas condições
por terceiro, visando à extinção total ou parcial do crédito.
do inciso anterior.
§ 3º Os atos a que se refere o parágrafo anterior serão,
Parágrafo único. A lei concessiva de moratória pode
porém, considerados na apuração do saldo porventura
circunscrever expressamente a sua aplicabilidade à
devido e, sendo o caso, na imposição de penalidade, ou sua
determinada região do território da pessoa jurídica de
graduação.
direito público que a expedir, ou a determinada classe ou
§ 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco categoria de sujeitos passivos.
anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse
Art. 153. A lei que conceda moratória em caráter geral ou
prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado,
autorize sua concessão em caráter individual especificará,
considera-se homologado o lançamento e definitivamente
sem prejuízo de outros requisitos:
extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo,
fraude ou simulação. I - o prazo de duração do favor;
II - as condições da concessão do favor em caráter individual;
III - sendo caso:
a) os tributos a que se aplica;

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b) o número de prestações e seus vencimentos, dentro do CAPÍTULO IV


prazo a que se refere o inciso I, podendo atribuir a fixação de EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
uns e de outros à autoridade administrativa, para cada caso SEÇÃO I
de concessão em caráter individual; MODALIDADES DE EXTINÇÃO
c) as garantias que devem ser fornecidas pelo beneficiado no Art. 156. Extinguem o crédito tributário:
caso de concessão em caráter individual.
I - o pagamento;
Art. 154. Salvo disposição de lei em contrário, a moratória
somente abrange os créditos definitivamente constituídos à II - a compensação;
data da lei ou do despacho que a conceder, ou cujo III - a transação;
lançamento já tenha sido iniciado àquela data por ato
regularmente notificado ao sujeito passivo. IV - remissão;

Parágrafo único. A moratória não aproveita aos casos de V - a prescrição e a decadência;


dolo, fraude ou simulação do sujeito passivo ou do terceiro VI - a conversão de depósito em renda;
em benefício daquele.
VII - o pagamento antecipado e a homologação do
Art. 155. A concessão da moratória em caráter individual não lançamento nos termos do disposto no artigo 150 e seus §§
gera direito adquirido e será revogado de ofício, sempre que 1º e 4º;
se apure que o beneficiado não satisfazia ou deixou de
satisfazer as condições ou não cumprira ou deixou de VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto
cumprir os requisitos para a concessão do favor, cobrando- no § 2º do artigo 164;
se o crédito acrescido de juros de mora: IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a
I - com imposição da penalidade cabível, nos casos de dolo definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser
ou simulação do beneficiado, ou de terceiro em benefício objeto de ação anulatória;
daquele; X - a decisão judicial passada em julgado.
II - sem imposição de penalidade, nos demais casos. XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e
Parágrafo único. No caso do inciso I deste artigo, o tempo condições estabelecidas em lei. (Incluído pela Lcp nº
decorrido entre a concessão da moratória e sua revogação 104, de 10.1.2001) (Vide Lei nº 13.259, de 2016)
não se computa para efeito da prescrição do direito à Parágrafo único. A lei disporá quanto aos efeitos da extinção
cobrança do crédito; no caso do inciso II deste artigo, a total ou parcial do crédito sobre a ulterior verificação da
revogação só pode ocorrer antes de prescrito o referido irregularidade da sua constituição, observado o disposto nos
direito. artigos 144 e 149.
Art. 155-A. O parcelamento será concedido na forma e SEÇÃO II
condição estabelecidas em lei específica. (Incluído PAGAMENTO
pela Lcp nº 104, de 2001)
Art. 157. A imposição de penalidade não ilide o pagamento
§ 1o Salvo disposição de lei em contrário, o parcelamento do
integral do crédito tributário.
crédito tributário não exclui a incidência de juros e
multas. (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001) Art. 158. O pagamento de um crédito não importa em
presunção de pagamento:
§ 2o Aplicam-se, subsidiariamente, ao parcelamento as
disposições desta Lei, relativas à moratória. (Incluído I - quando parcial, das prestações em que se decomponha;
pela Lcp nº 104, de 2001) II - quando total, de outros créditos referentes ao mesmo ou
§ 3o Lei específica disporá sobre as condições de a outros tributos.
parcelamento dos créditos tributários do devedor em Art. 159. Quando a legislação tributária não dispuser a
recuperação judicial. (Incluído pela Lcp nº 118, de respeito, o pagamento é efetuado na repartição competente
2005) do domicílio do sujeito passivo.
§ 4o A inexistência da lei específica a que se refere o § Art. 160. Quando a legislação tributária não fixar o tempo do
3o deste artigo importa na aplicação das leis gerais de pagamento, o vencimento do crédito ocorre trinta dias
parcelamento do ente da Federação ao devedor em depois da data em que se considera o sujeito passivo
recuperação judicial, não podendo, neste caso, ser o prazo
notificado do lançamento.
de parcelamento inferior ao concedido pela lei federal
específica. (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005) Parágrafo único. A legislação tributária pode conceder
desconto pela antecipação do pagamento, nas condições
que estabeleça.

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Art. 161. O crédito não integralmente pago no vencimento é I - de recusa de recebimento, ou subordinação deste ao
acrescido de juros de mora, seja qual for o motivo pagamento de outro tributo ou de penalidade, ou ao
determinante da falta, sem prejuízo da imposição das cumprimento de obrigação acessória;
penalidades cabíveis e da aplicação de quaisquer medidas de
II - de subordinação do recebimento ao cumprimento de
garantia previstas nesta Lei ou em lei tributária.
exigências administrativas sem fundamento legal;
§ 1º Se a lei não dispuser de modo diverso, os juros de mora
III - de exigência, por mais de uma pessoa jurídica de direito
são calculados à taxa de um por cento ao mês.
público, de tributo idêntico sobre um mesmo fato gerador.
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica na pendência de
§ 1º A consignação só pode versar sobre o crédito que o
consulta formulada pelo devedor dentro do prazo legal para
consignante se propõe pagar.
pagamento do crédito.
§ 2º Julgada procedente a consignação, o pagamento se
Art. 162. O pagamento é efetuado:
reputa efetuado e a importância consignada é convertida em
I - em moeda corrente, cheque ou vale postal; renda; julgada improcedente a consignação no todo ou em
parte, cobra-se o crédito acrescido de juros de mora, sem
II - nos casos previstos em lei, em estampilha, em papel
prejuízo das penalidades cabíveis.
selado, ou por processo mecânico.
SEÇÃO III
§ 1º A legislação tributária pode determinar as garantias
exigidas para o pagamento por cheque ou vale postal, desde PAGAMENTO INDEVIDO
que não o torne impossível ou mais oneroso que o Art. 165. O sujeito passivo tem direito, independentemente
pagamento em moeda corrente. de prévio protesto, à restituição total ou parcial do tributo,
§ 2º O crédito pago por cheque somente se considera extinto seja qual for a modalidade do seu pagamento, ressalvado o
com o resgate deste pelo sacado. disposto no § 4º do artigo 162, nos seguintes casos:

§ 3º O crédito pagável em estampilha considera-se extinto I - cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido
com a inutilização regular daquela, ressalvado o disposto no ou maior que o devido em face da legislação tributária
artigo 150. aplicável, ou da natureza ou circunstâncias materiais do fato
gerador efetivamente ocorrido;
§ 4º A perda ou destruição da estampilha, ou o erro no
pagamento por esta modalidade, não dão direito a II - erro na edificação do sujeito passivo, na determinação da
restituição, salvo nos casos expressamente previstos na alíquota aplicável, no cálculo do montante do débito ou na
legislação tributária, ou naquelas em que o erro seja elaboração ou conferência de qualquer documento relativo
imputável à autoridade administrativa. ao pagamento;

§ 5º O pagamento em papel selado ou por processo III - reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão
mecânico equipara-se ao pagamento em estampilha. condenatória.

Art. 163. Existindo simultaneamente dois ou mais débitos Art. 166. A restituição de tributos que comportem, por sua
vencidos do mesmo sujeito passivo para com a mesma natureza, transferência do respectivo encargo financeiro
pessoa jurídica de direito público, relativos ao mesmo ou a somente será feita a quem prove haver assumido o referido
diferentes tributos ou provenientes de penalidade encargo, ou, no caso de tê-lo transferido a terceiro, estar por
pecuniária ou juros de mora, a autoridade administrativa este expressamente autorizado a recebê-la.
competente para receber o pagamento determinará a Art. 167. A restituição total ou parcial do tributo dá lugar à
respectiva imputação, obedecidas as seguintes regras, na restituição, na mesma proporção, dos juros de mora e das
ordem em que enumeradas: penalidades pecuniárias, salvo as referentes a infrações de
I - em primeiro lugar, aos débitos por obrigação própria, e caráter formal não prejudicadas pela causa da restituição.
em segundo lugar aos decorrentes de responsabilidade Parágrafo único. A restituição vence juros não capitalizáveis,
tributária; a partir do trânsito em julgado da decisão definitiva que a
II - primeiramente, às contribuições de melhoria, depois às determinar.
taxas e por fim aos impostos; Art. 168. O direito de pleitear a restituição extingue-se com
III - na ordem crescente dos prazos de prescrição; o decurso do prazo de 5 (cinco) anos, contados:

IV - na ordem decrescente dos montantes. I - nas hipótese dos incisos I e II do artigo 165, da data da
extinção do crédito tributário; (Vide art 3 da LCp nº
Art. 164. A importância de crédito tributário pode ser 118, de 2005)
consignada judicialmente pelo sujeito passivo, nos casos:
II - na hipótese do inciso III do artigo 165, da data em que se
tornar definitiva a decisão administrativa ou passar em

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julgado a decisão judicial que tenha reformado, anulado, Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito
revogado ou rescindido a decisão condenatória. tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados:
Art. 169. Prescreve em dois anos a ação anulatória da I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o
decisão administrativa que denegar a restituição. lançamento poderia ter sido efetuado;
Parágrafo único. O prazo de prescrição é interrompido pelo II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver
início da ação judicial, recomeçando o seu curso, por anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente
metade, a partir da data da intimação validamente feita ao efetuado.
representante judicial da Fazenda Pública interessada.
Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo
SEÇÃO IV extingue-se definitivamente com o decurso do prazo nele
DEMAIS MODALIDADES DE EXTINÇÃO previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a
constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito
Art. 170. A lei pode, nas condições e sob as garantias que passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao
estipular, ou cuja estipulação em cada caso atribuir à lançamento.
autoridade administrativa, autorizar a compensação de
créditos tributários com créditos líquidos e certos, vencidos Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário
ou vincendos, do sujeito passivo contra a Fazenda prescreve em cinco anos, contados da data da sua
pública. (Vide Decreto nº 7.212, de 2010) constituição definitiva.
Parágrafo único. Sendo vincendo o crédito do sujeito Parágrafo único. A prescrição se interrompe:
passivo, a lei determinará, para os efeitos deste artigo, a I – pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução
apuração do seu montante, não podendo, porém, cominar fiscal; (Redação dada pela Lcp nº 118, de 2005)
redução maior que a correspondente ao juro de 1% (um por
cento) ao mês pelo tempo a decorrer entre a data da II - pelo protesto judicial;
compensação e a do vencimento. III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o
Art. 170-A. É vedada a compensação mediante o devedor;
aproveitamento de tributo, objeto de contestação judicial IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que
pelo sujeito passivo, antes do trânsito em julgado da importe em reconhecimento do débito pelo devedor.
respectiva decisão judicial. (Incluído pela Lcp nº 104,
de 2001) CAPÍTULO V
EXCLUSÃO DE CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Art. 171. A lei pode facultar, nas condições que estabeleça,
SEÇÃO I
aos sujeitos ativo e passivo da obrigação tributária celebrar
DISPOSIÇÕES GERAIS
transação que, mediante concessões mútuas, importe em
determinação de litígio e conseqüente extinção de crédito Art. 175. Excluem o crédito tributário:
tributário.
I - a isenção;
Parágrafo único. A lei indicará a autoridade competente
para autorizar a transação em cada caso. II - a anistia.

Art. 172. A lei pode autorizar a autoridade administrativa a Parágrafo único. A exclusão do crédito tributário não
conceder, por despacho fundamentado, remissão total ou dispensa o cumprimento das obrigações acessórias
parcial do crédito tributário, atendendo: dependentes da obrigação principal cujo crédito seja
excluído, ou dela conseqüente.
I - à situação econômica do sujeito passivo;
SEÇÃO II
II - ao erro ou ignorância excusáveis do sujeito passivo, ISENÇÃO
quanto a matéria de fato;
Art. 176. A isenção, ainda quando prevista em contrato, é
III - à diminuta importância do crédito tributário; sempre decorrente de lei que especifique as condições e
IV - a considerações de eqüidade, em relação com as requisitos exigidos para a sua concessão, os tributos a que se
características pessoais ou materiais do caso; aplica e, sendo caso, o prazo de sua duração.

V - a condições peculiares a determinada região do território Parágrafo único. A isenção pode ser restrita a determinada
da entidade tributante. região do território da entidade tributante, em função de
condições a ela peculiares.
Parágrafo único. O despacho referido neste artigo não gera
direito adquirido, aplicando-se, quando cabível, o disposto Art. 177. Salvo disposição de lei em contrário, a isenção não
no artigo 155. é extensiva:
I - às taxas e às contribuições de melhoria;

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II - aos tributos instituídos posteriormente à sua concessão. cumprimento dos requisitos previstos em lei para sua
concessão.
Art. 178 - A isenção, salvo se concedida por prazo certo e em
função de determinadas condições, pode ser revogada ou Parágrafo único. O despacho referido neste artigo não gera
modificada por lei, a qualquer tempo, observado o disposto direito adquirido, aplicando-se, quando cabível, o disposto
no inciso III do art. 104. (Redação dada pela Lei no artigo 155.
Complementar nº 24, de 1975)
CAPÍTULO VI
Art. 179. A isenção, quando não concedida em caráter geral, GARANTIAS E PRIVILÉGIOS DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
é efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade SEÇÃO I
administrativa, em requerimento com o qual o interessado DISPOSIÇÕES GERAIS
faça prova do preenchimento das condições e do
cumprimento dos requisitos previstos em lei ou contrato Art. 183. A enumeração das garantias atribuídas neste
para sua concessão. Capítulo ao crédito tributário não exclui outras que sejam
expressamente previstas em lei, em função da natureza ou
§ 1º Tratando-se de tributo lançado por período certo de das características do tributo a que se refiram.
tempo, o despacho referido neste artigo será renovado
antes da expiração de cada período, cessando Parágrafo único. A natureza das garantias atribuídas ao
automaticamente os seus efeitos a partir do primeiro dia do crédito tributário não altera a natureza deste nem a da
período para o qual o interessado deixar de promover a obrigação tributária a que corresponda.
continuidade do reconhecimento da isenção. Art. 184. Sem prejuízo dos privilégios especiais sobre
§ 2º O despacho referido neste artigo não gera direito determinados bens, que sejam previstos em lei, responde
adquirido, aplicando-se, quando cabível, o disposto no artigo pelo pagamento do crédito tributário a totalidade dos bens
155. e das rendas, de qualquer origem ou natureza, do sujeito
passivo, seu espólio ou sua massa falida, inclusive os
SEÇÃO III gravados por ônus real ou cláusula de inalienabilidade ou
ANISTIA impenhorabilidade, seja qual for a data da constituição do
Art. 180. A anistia abrange exclusivamente as infrações ônus ou da cláusula, excetuados unicamente os bens e
cometidas anteriormente à vigência da lei que a concede, rendas que a lei declare absolutamente impenhoráveis.
não se aplicando: Art. 185. Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de
I - aos atos qualificados em lei como crimes ou bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em
contravenções e aos que, mesmo sem essa qualificação, débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário
sejam praticados com dolo, fraude ou simulação pelo sujeito regularmente inscrito como dívida ativa. (Redação
passivo ou por terceiro em benefício daquele; dada pela Lcp nº 118, de 2005)

II - salvo disposição em contrário, às infrações resultantes de Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica na
conluio entre duas ou mais pessoas naturais ou jurídicas. hipótese de terem sido reservados, pelo devedor, bens ou
rendas suficientes ao total pagamento da dívida
Art. 181. A anistia pode ser concedida: inscrita. (Redação dada pela Lcp nº 118, de 2005)
I - em caráter geral; Art. 185-A. Na hipótese de o devedor tributário,
II - limitadamente: devidamente citado, não pagar nem apresentar bens à
penhora no prazo legal e não forem encontrados bens
a) às infrações da legislação relativa a determinado tributo; penhoráveis, o juiz determinará a indisponibilidade de seus
b) às infrações punidas com penalidades pecuniárias até bens e direitos, comunicando a decisão, preferencialmente
determinado montante, conjugadas ou não com penalidades por meio eletrônico, aos órgãos e entidades que promovem
de outra natureza; registros de transferência de bens, especialmente ao registro
público de imóveis e às autoridades supervisoras do
c) a determinada região do território da entidade tributante, mercado bancário e do mercado de capitais, a fim de que, no
em função de condições a ela peculiares; âmbito de suas atribuições, façam cumprir a ordem
d) sob condição do pagamento de tributo no prazo fixado judicial. (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005)
pela lei que a conceder, ou cuja fixação seja atribuída pela § 1o A indisponibilidade de que trata o caput deste artigo
mesma lei à autoridade administrativa. limitar-se-á ao valor total exigível, devendo o juiz determinar
Art. 182. A anistia, quando não concedida em caráter geral, o imediato levantamento da indisponibilidade dos bens ou
é efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade valores que excederem esse limite. (Incluído pela Lcp nº
administrativa, em requerimento com a qual o interessado 118, de 2005)
faça prova do preenchimento das condições e do

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§ 2o Os órgãos e entidades aos quais se fizer a comunicação Art. 189. São pagos preferencialmente a quaisquer créditos
de que trata o caput deste artigo enviarão imediatamente habilitados em inventário ou arrolamento, ou a outros
ao juízo a relação discriminada dos bens e direitos cuja encargos do monte, os créditos tributários vencidos ou
indisponibilidade houverem promovido. (Incluído pela vincendos, a cargo do de cujus ou de seu espólio, exigíveis no
Lcp nº 118, de 2005) decurso do processo de inventário ou arrolamento.
SEÇÃO II Parágrafo único. Contestado o crédito tributário, proceder-
PREFERÊNCIAS se-á na forma do disposto no § 1º do artigo anterior.
Art. 186. O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja Art. 190. São pagos preferencialmente a quaisquer outros os
qual for sua natureza ou o tempo de sua constituição, créditos tributários vencidos ou vincendos, a cargo de
ressalvados os créditos decorrentes da legislação do pessoas jurídicas de direito privado em liquidação judicial ou
trabalho ou do acidente de trabalho. (Redação dada voluntária, exigíveis no decurso da liquidação.
pela Lcp nº 118, de 2005) Art. 191. A extinção das obrigações do falido requer prova de
Parágrafo único. Na falência: (Incluído pela Lcp nº quitação de todos os tributos. (Redação dada pela
118, de 2005) Lcp nº 118, de 2005)
I – o crédito tributário não prefere aos créditos Art. 191-A. A concessão de recuperação judicial depende da
extraconcursais ou às importâncias passíveis de restituição, apresentação da prova de quitação de todos os tributos,
nos termos da lei falimentar, nem aos créditos com observado o disposto nos arts. 151, 205 e 206 desta
garantia real, no limite do valor do bem Lei. (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005)
gravado; (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005) Art. 192. Nenhuma sentença de julgamento de partilha ou
II – a lei poderá estabelecer limites e condições para a adjudicação será proferida sem prova da quitação de todos
preferência dos créditos decorrentes da legislação do os tributos relativos aos bens do espólio, ou às suas rendas.
trabalho; e (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005) Art. 193. Salvo quando expressamente autorizado por lei,
III – a multa tributária prefere apenas aos créditos nenhum departamento da administração pública da União,
subordinados. (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005) dos Estados, do Distrito Federal, ou dos Municípios, ou sua
autarquia, celebrará contrato ou aceitará proposta em
Art. 187. A cobrança judicial do crédito tributário não é concorrência pública sem que o contratante ou proponente
sujeita a concurso de credores ou habilitação em falência, faça prova da quitação de todos os tributos devidos à
recuperação judicial, concordata, inventário ou Fazenda Pública interessada, relativos à atividade em cujo
arrolamento. (Redação dada pela Lcp nº 118, de exercício contrata ou concorre.
2005)
TÍTULO IV
Parágrafo único. O concurso de preferência somente se
ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA
verifica entre pessoas jurídicas de direito público, na
CAPÍTULO I
seguinte ordem:
FISCALIZAÇÃO
I - União;
Art. 194. A legislação tributária, observado o disposto nesta
II - Estados, Distrito Federal e Territórios, conjuntamente e Lei, regulará, em caráter geral, ou especificamente em
pró rata; função da natureza do tributo de que se tratar, a
III - Municípios, conjuntamente e pró rata. competência e os poderes das autoridades administrativas
em matéria de fiscalização da sua aplicação.
Art. 188. São extraconcursais os créditos tributários
decorrentes de fatos geradores ocorridos no curso do Parágrafo único. A legislação a que se refere este artigo
processo de falência. (Redação dada pela Lcp nº 118, aplica-se às pessoas naturais ou jurídicas, contribuintes ou
de 2005) não, inclusive às que gozem de imunidade tributária ou de
isenção de caráter pessoal.
§ 1º Contestado o crédito tributário, o juiz remeterá as
partes ao processo competente, mandando reservar bens Art. 195. Para os efeitos da legislação tributária, não têm
suficientes à extinção total do crédito e seus acrescidos, se a aplicação quaisquer disposições legais excludentes ou
massa não puder efetuar a garantia da instância por outra limitativas do direito de examinar mercadorias, livros,
forma, ouvido, quanto à natureza e valor dos bens arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais,
reservados, o representante da Fazenda Pública interessada. dos comerciantes industriais ou produtores, ou da obrigação
destes de exibi-los.
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se aos processos de
concordata. Parágrafo único. Os livros obrigatórios de escrituração
comercial e fiscal e os comprovantes dos lançamentos neles
efetuados serão conservados até que ocorra a prescrição dos

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créditos tributários decorrentes das operações a que se § 2o O intercâmbio de informação sigilosa, no âmbito da
refiram. Administração Pública, será realizado mediante processo
regularmente instaurado, e a entrega será feita
Art. 196. A autoridade administrativa que proceder ou
pessoalmente à autoridade solicitante, mediante recibo, que
presidir a quaisquer diligências de fiscalização lavrará os
formalize a transferência e assegure a preservação do
termos necessários para que se documente o início do
sigilo. (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001)
procedimento, na forma da legislação aplicável, que fixará
prazo máximo para a conclusão daquelas. § 3o Não é vedada a divulgação de informações relativas
a: (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001)
Parágrafo único. Os termos a que se refere este artigo serão
lavrados, sempre que possível, em um dos livros fiscais I – representações fiscais para fins penais; (Incluído
exibidos; quando lavrados em separado deles se entregará, pela Lcp nº 104, de 2001)
à pessoa sujeita à fiscalização, cópia autenticada pela
II – inscrições na Dívida Ativa da Fazenda
autoridade a que se refere este artigo.
Pública; (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001)
Art. 197. Mediante intimação escrita, são obrigados a prestar
III – parcelamento ou moratória. (Incluído pela Lcp
à autoridade administrativa todas as informações de que
nº 104, de 2001)
disponham com relação aos bens, negócios ou atividades de
terceiros: Art. 199. A Fazenda Pública da União e as dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios prestar-se-ão mutuamente
I - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício;
assistência para a fiscalização dos tributos respectivos e
II - os bancos, casas bancárias, Caixas Econômicas e demais permuta de informações, na forma estabelecida, em caráter
instituições financeiras; geral ou específico, por lei ou convênio.
III - as empresas de administração de bens; Parágrafo único. A Fazenda Pública da União, na forma
estabelecida em tratados, acordos ou convênios, poderá
IV - os corretores, leiloeiros e despachantes oficiais;
permutar informações com Estados estrangeiros no
V - os inventariantes; interesse da arrecadação e da fiscalização de
tributos. (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001)
VI - os síndicos, comissários e liquidatários;
Art. 200. As autoridades administrativas federais poderão
VII - quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei designe,
requisitar o auxílio da força pública federal, estadual ou
em razão de seu cargo, ofício, função, ministério, atividade
municipal, e reciprocamente, quando vítimas de embaraço
ou profissão.
ou desacato no exercício de suas funções, ou quando
Parágrafo único. A obrigação prevista neste artigo não necessário à efetivação dê medida prevista na legislação
abrange a prestação de informações quanto a fatos sobre os tributária, ainda que não se configure fato definido em lei
quais o informante esteja legalmente obrigado a observar como crime ou contravenção.
segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério,
CAPÍTULO II
atividade ou profissão.
DÍVIDA ATIVA
Art. 198. Sem prejuízo do disposto na legislação criminal, é
vedada a divulgação, por parte da Fazenda Pública ou de Art. 201. Constitui dívida ativa tributária a proveniente de
seus servidores, de informação obtida em razão do ofício crédito dessa natureza, regularmente inscrita na repartição
sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo administrativa competente, depois de esgotado o prazo
ou de terceiros e sobre a natureza e o estado de seus fixado, para pagamento, pela lei ou por decisão final
negócios ou atividades. (Redação dada pela Lcp nº proferida em processo regular.
104, de 2001) Parágrafo único. A fluência de juros de mora não exclui, para
§ 1 Excetuam-se do disposto neste artigo, além dos casos
o os efeitos deste artigo, a liquidez do crédito.
previstos no art. 199, os seguintes: (Redação dada Art. 202. O termo de inscrição da dívida ativa, autenticado
pela Lcp nº 104, de 2001) pela autoridade competente, indicará obrigatoriamente:
I – requisição de autoridade judiciária no interesse da I - o nome do devedor e, sendo caso, o dos co-responsáveis,
justiça; (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001) bem como, sempre que possível, o domicílio ou a residência
II – solicitações de autoridade administrativa no interesse da de um e de outros;
Administração Pública, desde que seja comprovada a II - a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora
instauração regular de processo administrativo, no órgão ou acrescidos;
na entidade respectiva, com o objetivo de investigar o sujeito
passivo a que se refere a informação, por prática de infração III - a origem e natureza do crédito, mencionada
administrativa. (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001) especificamente a disposição da lei em que seja fundado;

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IV - a data em que foi inscrita; DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS


V - sendo caso, o número do processo administrativo de que Art. 209. A expressão "Fazenda Pública", quando empregada
se originar o crédito. nesta Lei sem qualificação, abrange a Fazenda Pública da
Parágrafo único. A certidão conterá, além dos requisitos União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
deste artigo, a indicação do livro e da folha da inscrição. Art. 210. Os prazos fixados nesta Lei ou legislação tributária
Art. 203. A omissão de quaisquer dos requisitos previstos no serão contínuos, excluindo-se na sua contagem o dia de
artigo anterior, ou o erro a eles relativo, são causas de início e incluindo-se o de vencimento.
nulidade da inscrição e do processo de cobrança dela Parágrafo único. Os prazos só se iniciam ou vencem em dia
decorrente, mas a nulidade poderá ser sanada até a decisão de expediente normal na repartição em que corra o processo
de primeira instância, mediante substituição da certidão ou deva ser praticado o ato.
nula, devolvido ao sujeito passivo, acusado ou interessado o
Art. 211. Incumbe ao Conselho Técnico de Economia e
prazo para defesa, que somente poderá versar sobre a parte
Finanças, do Ministério da Fazenda, prestar assistência
modificada.
técnica aos governos estaduais e municipais, com o objetivo
Art. 204. A dívida regularmente inscrita goza da presunção de assegurar a uniforme aplicação da presente Lei.
de certeza e liquidez e tem o efeito de prova pré-constituída.
Art. 212. Os Poderes Executivos federal, estaduais e
Parágrafo único. A presunção a que se refere este artigo é municipais expedirão, por decreto, dentro de 90 (noventa)
relativa e pode ser ilidida por prova inequívoca, a cargo do dias da entrada em vigor desta Lei, a consolidação, em texto
sujeito passivo ou do terceiro a que aproveite. único, da legislação vigente, relativa a cada um dos tributos,
CAPÍTULO III repetindo-se esta providência até o dia 31 de janeiro de cada
ano.
CERTIDÕES NEGATIVAS
Art. 213. Os Estados pertencentes a uma mesma região geo-
Art. 205. A lei poderá exigir que a prova da quitação de
econômica celebrarão entre si convênios para o
determinado tributo, quando exigível, seja feita por certidão
estabelecimento de alíquota uniforme para o imposto a que
negativa, expedida à vista de requerimento do interessado,
se refere o artigo 52.
que contenha todas as informações necessárias à
identificação de sua pessoa, domicílio fiscal e ramo de Parágrafo único. Os Municípios de um mesmo Estado
negócio ou atividade e indique o período a que se refere o procederão igualmente, no que se refere à fixação da
pedido. alíquota de que trata o artigo 60.
Parágrafo único. A certidão negativa será sempre expedida Art. 214. O Poder Executivo promoverá a realização de
nos termos em que tenha sido requerida e será fornecida convênios com os Estados, para excluir ou limitar a
dentro de 10 (dez) dias da data da entrada do requerimento incidência do imposto sobre operações relativas à circulação
na repartição. de mercadorias, no caso de exportação para o exterior.
Art. 206. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior Art. 215. A lei estadual pode autorizar o Poder Executivo a
a certidão de que conste a existência de créditos não reajustar, no exercício de 1967, a alíquota de imposto a que
vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha sido se refere o artigo 52, dentro de limites e segundo critérios
efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa. por ela estabelecidos.
Art. 207. Independentemente de disposição legal Art. 216. O Poder Executivo proporá as medidas legislativas
permissiva, será dispensada a prova de quitação de tributos, adequadas a possibilitar, sem compressão dos investimentos
ou o seu suprimento, quando se tratar de prática de ato previstos na proposta orçamentária de 1967, o cumprimento
indispensável para evitar a caducidade de direito, do disposto no artigo 21 da Emenda Constitucional nº 18, de
respondendo, porém, todos os participantes no ato pelo 1965.
tributo porventura devido, juros de mora e penalidades
Art. 217. As disposições desta Lei, notadamente as dos arts
cabíveis, exceto as relativas a infrações cuja
17, 74, § 2º e 77, parágrafo único, bem como a do art. 54 da
responsabilidade seja pessoal ao infrator.
Lei 5.025, de 10 de junho de 1966, não excluem a incidência
Art. 208. A certidão negativa expedida com dolo ou fraude, e a exigibilidade: (Incluído pelo Decreto-lei nº 27, de
que contenha erro contra a Fazenda Pública, responsabiliza 1966)
pessoalmente o funcionário que a expedir, pelo crédito
I - da "contribuição sindical", denominação que passa a ter o
tributário e juros de mora acrescidos.
imposto sindical de que tratam os arts 578 e seguintes, da
Parágrafo único. O disposto neste artigo não exclui a Consolidação das Leis do Trabalho, sem prejuízo do disposto
responsabilidade criminal e funcional que no caso couber. no art. 16 da Lei 4.589, de 11 de dezembro de
1964; (Incluído pelo Decreto-lei nº 27, de 1966)

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II - das denominadas "quotas de previdência" a que aludem Sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e
os arts 71 e 74 da Lei 3.807, de 26 de agosto de 1960 com as Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e
alterações determinadas pelo art. 34 da Lei 4.863, de 29 de Intermunicipal e de Comunicação – ICMS, ainda que sua
novembro de 1965, que integram a contribuição da União prestação envolva fornecimento de mercadorias.
para a previdência social, de que trata o art. 157, item XVI,
§ 3o O imposto de que trata esta Lei Complementar incide
da Constituição Federal; (Incluído pelo Decreto-lei nº
ainda sobre os serviços prestados mediante a utilização de
27, de 1966) (Vide Ato Complementar nº 27, de
bens e serviços públicos explorados economicamente
1966)
mediante autorização, permissão ou concessão, com o
III - da contribuição destinada a constituir o "Fundo de pagamento de tarifa, preço ou pedágio pelo usuário final do
Assistência" e "Previdência do Trabalhador Rural", de que serviço.
trata o art. 158 da Lei 4.214, de 2 de março de
§ 4o A incidência do imposto não depende da denominação
1963; (Incluído pelo Decreto-lei nº 27, de 1966)
dada ao serviço prestado.
IV - da contribuição destinada ao Fundo de Garantia do
Art. 2o O imposto não incide sobre:
Tempo de Serviço, criada pelo art. 2º da Lei 5.107, de 13 de
setembro de 1966; (Incluído pelo Decreto-lei nº 27, I – as exportações de serviços para o exterior do País;
de 1966)
II – a prestação de serviços em relação de emprego, dos
V - das contribuições enumeradas no § 2º do art. 34 da Lei trabalhadores avulsos, dos diretores e membros de conselho
4.863, de 29 de novembro de 1965, com as alterações consultivo ou de conselho fiscal de sociedades e fundações,
decorrentes do disposto nos arts 22 e 23 da Lei 5.107, de 13 bem como dos sócios-gerentes e dos gerentes-delegados;
de setembro de 1966, e outras de fins sociais criadas por
III – o valor intermediado no mercado de títulos e valores
lei. (Incluído pelo Decreto-lei nº 27, de 1966)
mobiliários, o valor dos depósitos bancários, o principal,
Art. 218. Esta Lei entrará em vigor, em todo o território juros e acréscimos moratórios relativos a operações de
nacional, no dia 1º de janeiro de 1967, revogadas as crédito realizadas por instituições financeiras.
disposições em contrário, especialmente a Lei nº 854, de 10
Parágrafo único. Não se enquadram no disposto no inciso I
de outubro de 1949. (Renumerado do art. 217 pelo
os serviços desenvolvidos no Brasil, cujo resultado aqui se
Decreto-lei nº 27, de 1966)
verifique, ainda que o pagamento seja feito por residente no
Brasília, 25 de outubro de 1966; 145º da Independência e exterior.
78º da República.
Art. 3o O serviço considera-se prestado, e o imposto, devido,
H. CASTELLO BRANCO no local do estabelecimento prestador ou, na falta do
Octavio Bulhões estabelecimento, no local do domicílio do prestador, exceto
Carlos Medeiros Silva nas hipóteses previstas nos incisos I a XXV, quando o imposto
será devido no local: (Redação dada pela Lei Complementar
Lei Complementar nº 116/2003 nº 157, de 2016) (Vide ADIN 3142)
I – do estabelecimento do tomador ou intermediário do
Dispõe sobre o Imposto Sobre Serviços de Qualquer serviço ou, na falta de estabelecimento, onde ele estiver
Natureza, de competência dos Municípios e do Distrito domiciliado, na hipótese do § 1o do art. 1o desta Lei
Federal, e dá outras providências. Complementar;
II – da instalação dos andaimes, palcos, coberturas e outras
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso estruturas, no caso dos serviços descritos no subitem 3.05 da
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei lista anexa;
Complementar:
III – da execução da obra, no caso dos serviços descritos no
Art. 1o O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de subitem 7.02 e 7.19 da lista anexa;
competência dos Municípios e do Distrito Federal, tem como
fato gerador a prestação de serviços constantes da lista IV – da demolição, no caso dos serviços descritos no subitem
anexa, ainda que esses não se constituam como atividade 7.04 da lista anexa;
preponderante do prestador. V – das edificações em geral, estradas, pontes, portos e
§ 1 O imposto incide também sobre o serviço proveniente
o congêneres, no caso dos serviços descritos no subitem 7.05
do exterior do País ou cuja prestação se tenha iniciado no da lista anexa;
exterior do País. VI – da execução da varrição, coleta, remoção, incineração,
§ 2 Ressalvadas as exceções expressas na lista anexa, os
o tratamento, reciclagem, separação e destinação final de lixo,
serviços nela mencionados não ficam sujeitos ao Imposto rejeitos e outros resíduos quaisquer, no caso dos serviços
descritos no subitem 7.09 da lista anexa;
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VII – da execução da limpeza, manutenção e conservação de XXIII - do domicílio do tomador dos serviços dos subitens
vias e logradouros públicos, imóveis, chaminés, piscinas, 4.22, 4.23 e 5.09; (Incluído pela Lei Complementar nº 157,
parques, jardins e congêneres, no caso dos serviços descritos de 2016)
no subitem 7.10 da lista anexa;
XXIV - do domicílio do tomador do serviço no caso dos
VIII – da execução da decoração e jardinagem, do corte e serviços prestados pelas administradoras de cartão de
poda de árvores, no caso dos serviços descritos no subitem crédito ou débito e demais descritos no subitem
7.11 da lista anexa; 15.01; (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016)
IX – do controle e tratamento do efluente de qualquer XXV - do domicílio do tomador do serviço do subitem
natureza e de agentes físicos, químicos e biológicos, no caso 15.09. (Redação dada pela Lei Complementar nº 175, de
dos serviços descritos no subitem 7.12 da lista anexa; 2020)
X – (VETADO) § 1o No caso dos serviços a que se refere o subitem 3.04 da
lista anexa, considera-se ocorrido o fato gerador e devido o
XI – (VETADO)
imposto em cada Município em cujo território haja extensão
XII - do florestamento, reflorestamento, semeadura, de ferrovia, rodovia, postes, cabos, dutos e condutos de
adubação, reparação de solo, plantio, silagem, colheita, qualquer natureza, objetos de locação, sublocação,
corte, descascamento de árvores, silvicultura, exploração arrendamento, direito de passagem ou permissão de uso,
florestal e serviços congêneres indissociáveis da formação, compartilhado ou não. (Vide ADIN 3142)
manutenção e colheita de florestas para quaisquer fins e por
§ 2o No caso dos serviços a que se refere o subitem 22.01 da
quaisquer meios; (Redação dada pela Lei Complementar nº
lista anexa, considera-se ocorrido o fato gerador e devido o
157, de 2016)
imposto em cada Município em cujo território haja extensão
XIII – da execução dos serviços de escoramento, contenção de rodovia explorada.
de encostas e congêneres, no caso dos serviços descritos no
§ 3o Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no
subitem 7.17 da lista anexa;
local do estabelecimento prestador nos serviços executados
XIV – da limpeza e dragagem, no caso dos serviços descritos em águas marítimas, excetuados os serviços descritos no
no subitem 7.18 da lista anexa; subitem 20.01.
XV – onde o bem estiver guardado ou estacionado, no caso § 4o § 4o Na hipótese de descumprimento do disposto
dos serviços descritos no subitem 11.01 da lista anexa; no caput ou no § 1o, ambos do art. 8o-A desta Lei
Complementar, o imposto será devido no local do
XVI - dos bens, dos semoventes ou do domicílio das pessoas
estabelecimento do tomador ou intermediário do serviço ou,
vigiados, segurados ou monitorados, no caso dos serviços
na falta de estabelecimento, onde ele estiver
descritos no subitem 11.02 da lista anexa; (Redação dada
domiciliado. (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de
pela Lei Complementar nº 157, de 2016)
2016)
XVII – do armazenamento, depósito, carga, descarga,
§ 5º Ressalvadas as exceções e especificações estabelecidas
arrumação e guarda do bem, no caso dos serviços descritos
nos §§ 6º a 12 deste artigo, considera-se tomador dos
no subitem 11.04 da lista anexa;
serviços referidos nos incisos XXIII, XXIV e XXV
XVIII – da execução dos serviços de diversão, lazer, do caput deste artigo o contratante do serviço e, no caso de
entretenimento e congêneres, no caso dos serviços descritos negócio jurídico que envolva estipulação em favor de
nos subitens do item 12, exceto o 12.13, da lista anexa; unidade da pessoa jurídica contratante, a unidade em favor
da qual o serviço foi estipulado, sendo irrelevantes para
XIX - do Município onde está sendo executado o transporte,
caracterizá-la as denominações de sede, filial, agência, posto
no caso dos serviços descritos pelo item 16 da lista
de atendimento, sucursal, escritório de representação ou
anexa; (Redação dada pela Lei Complementar nº 157, de
contato ou quaisquer outras que venham a ser
2016)
utilizadas. (Incluído pela Lei Complementar nº 175, de
XX – do estabelecimento do tomador da mão-de-obra ou, na 2020)
falta de estabelecimento, onde ele estiver domiciliado, no
§ 6º No caso dos serviços de planos de saúde ou de medicina
caso dos serviços descritos pelo subitem 17.05 da lista anexa;
e congêneres, referidos nos subitens 4.22 e 4.23 da lista de
XXI – da feira, exposição, congresso ou congênere a que se serviços anexa a esta Lei Complementar, o tomador do
referir o planejamento, organização e administração, no serviço é a pessoa física beneficiária vinculada à operadora
caso dos serviços descritos pelo subitem 17.10 da lista anexa; por meio de convênio ou contrato de plano de saúde
individual, familiar, coletivo empresarial ou coletivo por
XXII – do porto, aeroporto, ferroporto, terminal rodoviário,
adesão. (Incluído pela Lei Complementar nº 175, de 2020)
ferroviário ou metroviário, no caso dos serviços descritos
pelo item 20 da lista anexa.

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§ 7º Nos casos em que houver dependentes vinculados ao caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da
titular do plano, será considerado apenas o domicílio do referida obrigação, inclusive no que se refere à multa e aos
titular para fins do disposto no § 6º deste artigo. (Incluído acréscimos legais.
pela Lei Complementar nº 175, de 2020)
§ 1o Os responsáveis a que se refere este artigo estão
§ 8º No caso dos serviços de administração de cartão de obrigados ao recolhimento integral do imposto devido,
crédito ou débito e congêneres, referidos no subitem 15.01 multa e acréscimos legais, independentemente de ter sido
da lista de serviços anexa a esta Lei Complementar, efetuada sua retenção na fonte.
prestados diretamente aos portadores de cartões de crédito
§ 2o Sem prejuízo do disposto no caput e no § 1o deste
ou débito e congêneres, o tomador é o primeiro titular do
artigo, são responsáveis: (Vide Lei Complementar nº 123, de
cartão. (Incluído pela Lei Complementar nº 175, de 2020)
2006).
§ 9º O local do estabelecimento credenciado é considerado
I – o tomador ou intermediário de serviço proveniente do
o domicílio do tomador dos demais serviços referidos no
exterior do País ou cuja prestação se tenha iniciado no
subitem 15.01 da lista de serviços anexa a esta Lei
exterior do País;
Complementar relativos às transferências realizadas por
meio de cartão de crédito ou débito, ou a eles conexos, que II – a pessoa jurídica, ainda que imune ou isenta, tomadora
sejam prestados ao tomador, direta ou indiretamente, ou intermediária dos serviços descritos nos subitens 3.05,
por: (Incluído pela Lei Complementar nº 175, de 2020) 7.02, 7.04, 7.05, 7.09, 7.10, 7.12, 7.14, 7.15, 7.16, 7.17, 7.19,
11.02, 17.05 e 17.10 da lista anexa.
I - bandeiras; (Incluído pela Lei Complementar nº 175, de
2020) III - a pessoa jurídica tomadora ou intermediária de serviços,
ainda que imune ou isenta, na hipótese prevista no § 4o do
II - credenciadoras; ou (Incluído pela Lei Complementar nº
art. 3o desta Lei Complementar. (Incluído pela Lei
175, de 2020)
Complementar nº 157, de 2016)
III - emissoras de cartões de crédito e débito. (Incluído pela
IV - as pessoas referidas nos incisos II ou III do § 9º do art. 3º
Lei Complementar nº 175, de 2020)
desta Lei Complementar, pelo imposto devido pelas pessoas
§ 10. No caso dos serviços de administração de carteira de a que se refere o inciso I do mesmo parágrafo, em
valores mobiliários e dos serviços de administração e gestão decorrência dos serviços prestados na forma do subitem
de fundos e clubes de investimento, referidos no subitem 15.01 da lista de serviços anexa a esta Lei
15.01 da lista de serviços anexa a esta Lei Complementar, o Complementar. (Incluído pela Lei Complementar nº 175,
tomador é o cotista. (Incluído pela Lei Complementar nº de 2020)
175, de 2020)
§ 3º (Revogado). (Redação dada pela Lei Complementar nº
§ 11. No caso dos serviços de administração de consórcios, o 175, de 2020)
tomador de serviço é o consorciado. (Incluído pela Lei
§ 4o No caso dos serviços prestados pelas administradoras
Complementar nº 175, de 2020)
de cartão de crédito e débito, descritos no subitem 15.01, os
§ 12. No caso dos serviços de arrendamento mercantil, o terminais eletrônicos ou as máquinas das operações
tomador do serviço é o arrendatário, pessoa física ou a efetivadas deverão ser registrados no local do domicílio do
unidade beneficiária da pessoa jurídica, domiciliado no País, tomador do serviço. (Incluído pela Lei Complementar nº
e, no caso de arrendatário não domiciliado no País, o 157, de 2016)
tomador é o beneficiário do serviço no País. (Incluído pela
Art. 7o A base de cálculo do imposto é o preço do serviço.
Lei Complementar nº 175, de 2020)
§ 1o Quando os serviços descritos pelo subitem 3.04 da lista
Art. 4o Considera-se estabelecimento prestador o local onde
anexa forem prestados no território de mais de um
o contribuinte desenvolva a atividade de prestar serviços, de
Município, a base de cálculo será proporcional, conforme o
modo permanente ou temporário, e que configure unidade
caso, à extensão da ferrovia, rodovia, dutos e condutos de
econômica ou profissional, sendo irrelevantes para
qualquer natureza, cabos de qualquer natureza, ou ao
caracterizá-lo as denominações de sede, filial, agência, posto
número de postes, existentes em cada Município.
de atendimento, sucursal, escritório de representação ou
contato ou quaisquer outras que venham a ser utilizadas. § 2o Não se incluem na base de cálculo do Imposto Sobre
Serviços de Qualquer Natureza:
Art. 5o Contribuinte é o prestador do serviço.
I - o valor dos materiais fornecidos pelo prestador dos
Art. 6o Os Municípios e o Distrito Federal, mediante lei,
serviços previstos nos itens 7.02 e 7.05 da lista de serviços
poderão atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo
anexa a esta Lei Complementar;
crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato
gerador da respectiva obrigação, excluindo a II - (VETADO)
responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em
§ 3o (VETADO)
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Art. 8o As alíquotas máximas do Imposto Sobre Serviços de 1.03 - Processamento, armazenamento ou hospedagem de
Qualquer Natureza são as seguintes: dados, textos, imagens, vídeos, páginas eletrônicas,
aplicativos e sistemas de informação, entre outros formatos,
I – (VETADO)
e congêneres. (Redação dada pela Lei Complementar nº 157,
II – demais serviços, 5% (cinco por cento). de 2016)
Art. 8o-A. A alíquota mínima do Imposto sobre Serviços de 1.04 - Elaboração de programas de computadores, inclusive
Qualquer Natureza é de 2% (dois por cento). (Incluído pela de jogos eletrônicos, independentemente da arquitetura
Lei Complementar nº 157, de 2016) construtiva da máquina em que o programa será executado,
incluindo tablets, smartphones e congêneres. (Redação
§ 1o O imposto não será objeto de concessão de isenções,
dada pela Lei Complementar nº 157, de 2016)
incentivos ou benefícios tributários ou financeiros, inclusive
de redução de base de cálculo ou de crédito presumido ou 1.05 – Licenciamento ou cessão de direito de uso de
outorgado, ou sob qualquer outra forma que resulte, direta programas de computação.
ou indiretamente, em carga tributária menor que a
1.06 – Assessoria e consultoria em informática.
decorrente da aplicação da alíquota mínima estabelecida
no caput, exceto para os serviços a que se referem os 1.07 – Suporte técnico em informática, inclusive instalação,
subitens 7.02, 7.05 e 16.01 da lista anexa a esta Lei configuração e manutenção de programas de computação e
Complementar. (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de bancos de dados.
2016)
1.08 – Planejamento, confecção, manutenção e atualização
§ 2o É nula a lei ou o ato do Município ou do Distrito Federal de páginas eletrônicas.
que não respeite as disposições relativas à alíquota mínima
1.09 - Disponibilização, sem cessão definitiva, de conteúdos
previstas neste artigo no caso de serviço prestado a tomador
de áudio, vídeo, imagem e texto por meio da internet,
ou intermediário localizado em Município diverso daquele
respeitada a imunidade de livros, jornais e periódicos (exceto
onde está localizado o prestador do serviço. (Incluído pela
a distribuição de conteúdos pelas prestadoras de Serviço de
Lei Complementar nº 157, de 2016)
Acesso Condicionado, de que trata a Lei no 12.485, de 12 de
§ 3o A nulidade a que se refere o § 2o deste artigo gera, para setembro de 2011, sujeita ao ICMS). (Incluído pela Lei
o prestador do serviço, perante o Município ou o Distrito Complementar nº 157, de 2016)
Federal que não respeitar as disposições deste artigo, o
2 – Serviços de pesquisas e desenvolvimento de qualquer
direito à restituição do valor efetivamente pago do Imposto
natureza.
sobre Serviços de Qualquer Natureza calculado sob a égide
da lei nula. (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2.01 – Serviços de pesquisas e desenvolvimento de qualquer
2016) natureza.
Art. 9o Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua 3 – Serviços prestados mediante locação, cessão de direito
publicação. de uso e congêneres.
Art. 10. Ficam revogados os arts. 8o, 10, 11 e 12 do Decreto- 3.01 – (VETADO)
Lei no 406, de 31 de dezembro de 1968; os incisos
3.02 – Cessão de direito de uso de marcas e de sinais de
III, IV, V e VII do art. 3o do Decreto-Lei no 834, de 8 de
propaganda.
setembro de 1969; a Lei Complementar no 22, de 9 de
dezembro de 1974; a Lei no 7.192, de 5 de junho de 1984; 3.03 – Exploração de salões de festas, centro de convenções,
a Lei Complementar no 56, de 15 de dezembro de 1987; e escritórios virtuais, stands, quadras esportivas, estádios,
a Lei Complementar no 100, de 22 de dezembro de 1999. ginásios, auditórios, casas de espetáculos, parques de
diversões, canchas e congêneres, para realização de eventos
Brasília, 31 de julho de 2003; 182o da Independência e
ou negócios de qualquer natureza.
115o da República.
3.04 – Locação, sublocação, arrendamento, direito de
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
passagem ou permissão de uso, compartilhado ou não, de
Antônio Palocci Filho
ferrovia, rodovia, postes, cabos, dutos e condutos de
Este texto não substitui o publicado no DOU de 1º.8.2003 qualquer natureza.
LISTA DE SERVIÇOS ANEXA À LEI COMPLEMENTAR Nº 116, 3.05 – Cessão de andaimes, palcos, coberturas e outras
DE 31 DE JULHO DE 2003. estruturas de uso temporário.

1 – Serviços de informática e congêneres. 4 – Serviços de saúde, assistência médica e congêneres.

1.01 – Análise e desenvolvimento de sistemas. 4.01 – Medicina e biomedicina.

1.02 – Programação.

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4.02 – Análises clínicas, patologia, eletricidade médica, 5.04 – Inseminação artificial, fertilização in vitro e
radioterapia, quimioterapia, ultra-sonografia, ressonância congêneres.
magnética, radiologia, tomografia e congêneres.
5.05 – Bancos de sangue e de órgãos e congêneres.
4.03 – Hospitais, clínicas, laboratórios, sanatórios,
5.06 – Coleta de sangue, leite, tecidos, sêmen, órgãos e
manicômios, casas de saúde, prontos-socorros,
materiais biológicos de qualquer espécie.
ambulatórios e congêneres.
5.07 – Unidade de atendimento, assistência ou tratamento
4.04 – Instrumentação cirúrgica.
móvel e congêneres.
4.05 – Acupuntura.
5.08 – Guarda, tratamento, amestramento, embelezamento,
4.06 – Enfermagem, inclusive serviços auxiliares. alojamento e congêneres.
4.07 – Serviços farmacêuticos. 5.09 – Planos de atendimento e assistência médico-
veterinária. (Vide Lei Complementar nº 175, de 2020)
4.08 – Terapia ocupacional, fisioterapia e fonoaudiologia.
6 – Serviços de cuidados pessoais, estética, atividades físicas
4.09 – Terapias de qualquer espécie destinadas ao
e congêneres.
tratamento físico, orgânico e mental.
6.01 – Barbearia, cabeleireiros, manicuros, pedicuros e
4.10 – Nutrição.
congêneres.
4.11 – Obstetrícia.
6.02 – Esteticistas, tratamento de pele, depilação e
4.12 – Odontologia. congêneres.
4.13 – Ortóptica. 6.03 – Banhos, duchas, sauna, massagens e congêneres.
4.14 – Próteses sob encomenda. 6.04 – Ginástica, dança, esportes, natação, artes marciais e
demais atividades físicas.
4.15 – Psicanálise.
6.05 – Centros de emagrecimento, spa e congêneres.
4.16 – Psicologia.
6.06 - Aplicação de tatuagens, piercings e
4.17 – Casas de repouso e de recuperação, creches, asilos e
congêneres. (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de
congêneres.
2016)
4.18 – Inseminação artificial, fertilização in vitro e
7 – Serviços relativos a engenharia, arquitetura, geologia,
congêneres.
urbanismo, construção civil, manutenção, limpeza, meio
4.19 – Bancos de sangue, leite, pele, olhos, óvulos, sêmen e ambiente, saneamento e congêneres.
congêneres.
7.01 – Engenharia, agronomia, agrimensura, arquitetura,
4.20 – Coleta de sangue, leite, tecidos, sêmen, órgãos e geologia, urbanismo, paisagismo e congêneres.
materiais biológicos de qualquer espécie.
7.02 – Execução, por administração, empreitada ou
4.21 – Unidade de atendimento, assistência ou tratamento subempreitada, de obras de construção civil, hidráulica ou
móvel e congêneres. elétrica e de outras obras semelhantes, inclusive sondagem,
perfuração de poços, escavação, drenagem e irrigação,
4.22 – Planos de medicina de grupo ou individual e convênios
terraplanagem, pavimentação, concretagem e a instalação e
para prestação de assistência médica, hospitalar,
montagem de produtos, peças e equipamentos (exceto o
odontológica e congêneres. (Vide Lei Complementar nº 175,
fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador de
de 2020)
serviços fora do local da prestação dos serviços, que fica
4.23 – Outros planos de saúde que se cumpram através de sujeito ao ICMS).
serviços de terceiros contratados, credenciados, cooperados
7.03 – Elaboração de planos diretores, estudos de
ou apenas pagos pelo operador do plano mediante indicação
viabilidade, estudos organizacionais e outros, relacionados
do beneficiário. (Vide Lei Complementar nº 175, de 2020)
com obras e serviços de engenharia; elaboração de
5 – Serviços de medicina e assistência veterinária e anteprojetos, projetos básicos e projetos executivos para
congêneres. trabalhos de engenharia.
5.01 – Medicina veterinária e zootecnia. 7.04 – Demolição.
5.02 – Hospitais, clínicas, ambulatórios, prontos-socorros e 7.05 – Reparação, conservação e reforma de edifícios,
congêneres, na área veterinária. estradas, pontes, portos e congêneres (exceto o
fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador dos
5.03 – Laboratórios de análise na área veterinária.

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serviços, fora do local da prestação dos serviços, que fica 7.22 – Nucleação e bombardeamento de nuvens e
sujeito ao ICMS). congêneres.
7.06 – Colocação e instalação de tapetes, carpetes, 8 – Serviços de educação, ensino, orientação pedagógica e
assoalhos, cortinas, revestimentos de parede, vidros, educacional, instrução, treinamento e avaliação pessoal de
divisórias, placas de gesso e congêneres, com material qualquer grau ou natureza.
fornecido pelo tomador do serviço.
8.01 – Ensino regular pré-escolar, fundamental, médio e
7.07 – Recuperação, raspagem, polimento e lustração de superior.
pisos e congêneres.
8.02 – Instrução, treinamento, orientação pedagógica e
7.08 – Calafetação. educacional, avaliação de conhecimentos de qualquer
natureza.
7.09 – Varrição, coleta, remoção, incineração, tratamento,
reciclagem, separação e destinação final de lixo, rejeitos e 9 – Serviços relativos a hospedagem, turismo, viagens e
outros resíduos quaisquer. congêneres.
7.10 – Limpeza, manutenção e conservação de vias e 9.01 – Hospedagem de qualquer natureza em hotéis, apart-
logradouros públicos, imóveis, chaminés, piscinas, parques, service condominiais, flat, apart-hotéis, hotéis
jardins e congêneres. residência, residence-service, suite service, hotelaria
marítima, motéis, pensões e congêneres; ocupação por
7.11 – Decoração e jardinagem, inclusive corte e poda de
temporada com fornecimento de serviço (o valor da
árvores.
alimentação e gorjeta, quando incluído no preço da diária,
7.12 – Controle e tratamento de efluentes de qualquer fica sujeito ao Imposto Sobre Serviços).
natureza e de agentes físicos, químicos e biológicos.
9.02 – Agenciamento, organização, promoção,
7.13 – Dedetização, desinfecção, desinsetização, intermediação e execução de programas de turismo,
imunização, higienização, desratização, pulverização e passeios, viagens, excursões, hospedagens e congêneres.
congêneres.
9.03 – Guias de turismo.
7.14 – (VETADO)
10 – Serviços de intermediação e congêneres.
7.15 – (VETADO)
10.01 – Agenciamento, corretagem ou intermediação de
7.16 – Florestamento, reflorestamento, semeadura, câmbio, de seguros, de cartões de crédito, de planos de
adubação e congêneres. saúde e de planos de previdência privada.
7.16 - Florestamento, reflorestamento, semeadura, 10.02 – Agenciamento, corretagem ou intermediação de
adubação, reparação de solo, plantio, silagem, colheita, títulos em geral, valores mobiliários e contratos quaisquer.
corte e descascamento de árvores, silvicultura, exploração
10.03 – Agenciamento, corretagem ou intermediação de
florestal e dos serviços congêneres indissociáveis da
direitos de propriedade industrial, artística ou literária.
formação, manutenção e colheita de florestas, para
quaisquer fins e por quaisquer meios. (Redação dada pela 10.04 – Agenciamento, corretagem ou intermediação de
Lei Complementar nº 157, de 2016) contratos de arrendamento mercantil (leasing), de franquia
(franchising) e de faturização (factoring).
7.17 – Escoramento, contenção de encostas e serviços
congêneres. 10.05 – Agenciamento, corretagem ou intermediação de
bens móveis ou imóveis, não abrangidos em outros itens ou
7.18 – Limpeza e dragagem de rios, portos, canais, baías,
subitens, inclusive aqueles realizados no âmbito de Bolsas de
lagos, lagoas, represas, açudes e congêneres.
Mercadorias e Futuros, por quaisquer meios.
7.19 – Acompanhamento e fiscalização da execução de obras
10.06 – Agenciamento marítimo.
de engenharia, arquitetura e urbanismo.
10.07 – Agenciamento de notícias.
7.20 – Aerofotogrametria (inclusive interpretação),
cartografia, mapeamento, levantamentos topográficos, 10.08 – Agenciamento de publicidade e propaganda,
batimétricos, geográficos, geodésicos, geológicos, geofísicos inclusive o agenciamento de veiculação por quaisquer meios.
e congêneres.
10.09 – Representação de qualquer natureza, inclusive
7.21 – Pesquisa, perfuração, cimentação, mergulho, comercial.
perfilagem, concretação, testemunhagem, pescaria,
10.10 – Distribuição de bens de terceiros.
estimulação e outros serviços relacionados com a exploração
e explotação de petróleo, gás natural e de outros recursos 11 – Serviços de guarda, estacionamento, armazenamento,
minerais. vigilância e congêneres.

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11.01 – Guarda e estacionamento de veículos terrestres 13.03 – Fotografia e cinematografia, inclusive revelação,
automotores, de aeronaves e de embarcações. ampliação, cópia, reprodução, trucagem e congêneres.
11.02 - Vigilância, segurança ou monitoramento de bens, 13.04 – Reprografia, microfilmagem e digitalização.
pessoas e semoventes. (Redação dada pela Lei
13.05 - Composição gráfica, inclusive confecção de
Complementar nº 157, de 2016)
impressos gráficos, fotocomposição, clicheria, zincografia,
11.03 – Escolta, inclusive de veículos e cargas. litografia e fotolitografia, exceto se destinados a posterior
operação de comercialização ou industrialização, ainda que
11.04 – Armazenamento, depósito, carga, descarga,
incorporados, de qualquer forma, a outra mercadoria que
arrumação e guarda de bens de qualquer espécie.
deva ser objeto de posterior circulação, tais como bulas,
12 – Serviços de diversões, lazer, entretenimento e rótulos, etiquetas, caixas, cartuchos, embalagens e manuais
congêneres. técnicos e de instrução, quando ficarão sujeitos ao
ICMS. (Redação dada pela Lei Complementar nº 157, de
12.01 – Espetáculos teatrais.
2016)
12.02 – Exibições cinematográficas.
14 – Serviços relativos a bens de terceiros.
12.03 – Espetáculos circenses.
14.01 – Lubrificação, limpeza, lustração, revisão, carga e
12.04 – Programas de auditório. recarga, conserto, restauração, blindagem, manutenção e
conservação de máquinas, veículos, aparelhos,
12.05 – Parques de diversões, centros de lazer e congêneres.
equipamentos, motores, elevadores ou de qualquer objeto
12.06 – Boates, taxi-dancing e congêneres. (exceto peças e partes empregadas, que ficam sujeitas ao
ICMS).
12.07 – Shows, ballet, danças, desfiles, bailes, óperas,
concertos, recitais, festivais e congêneres. 14.02 – Assistência técnica.
12.08 – Feiras, exposições, congressos e congêneres. 14.03 – Recondicionamento de motores (exceto peças e
partes empregadas, que ficam sujeitas ao ICMS).
12.09 – Bilhares, boliches e diversões eletrônicas ou não.
14.04 – Recauchutagem ou regeneração de pneus.
12.10 – Corridas e competições de animais.
14.05 - Restauração, recondicionamento,
12.11 – Competições esportivas ou de destreza física ou
acondicionamento, pintura, beneficiamento, lavagem,
intelectual, com ou sem a participação do espectador.
secagem, tingimento, galvanoplastia, anodização, corte,
12.12 – Execução de música. recorte, plastificação, costura, acabamento, polimento e
congêneres de objetos quaisquer. (Redação dada pela Lei
12.13 – Produção, mediante ou sem encomenda prévia, de
Complementar nº 157, de 2016)
eventos, espetáculos, entrevistas, shows, ballet, danças,
desfiles, bailes, teatros, óperas, concertos, recitais, festivais 14.06 – Instalação e montagem de aparelhos, máquinas e
e congêneres. equipamentos, inclusive montagem industrial, prestados ao
usuário final, exclusivamente com material por ele
12.14 – Fornecimento de música para ambientes fechados
fornecido.
ou não, mediante transmissão por qualquer processo.
14.07 – Colocação de molduras e congêneres.
12.15 – Desfiles de blocos carnavalescos ou folclóricos, trios
elétricos e congêneres. 14.08 – Encadernação, gravação e douração de livros,
revistas e congêneres.
12.16 – Exibição de filmes, entrevistas, musicais,
espetáculos, shows, concertos, desfiles, óperas, 14.09 – Alfaiataria e costura, quando o material for fornecido
competições esportivas, de destreza intelectual ou pelo usuário final, exceto aviamento.
congêneres.
14.10 – Tinturaria e lavanderia.
12.17 – Recreação e animação, inclusive em festas e eventos
14.11 – Tapeçaria e reforma de estofamentos em geral.
de qualquer natureza.
14.12 – Funilaria e lanternagem.
13 – Serviços relativos a fonografia, fotografia,
cinematografia e reprografia. 14.13 – Carpintaria e serralheria.
13.01 – (VETADO) 14.14 - Guincho intramunicipal, guindaste e
içamento. (Redação dada pela Lei Complementar nº 157, de
13.02 – Fonografia ou gravação de sons, inclusive trucagem,
2016)
dublagem, mixagem e congêneres.

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15 – Serviços relacionados ao setor bancário ou financeiro, cobrança, recebimento ou pagamento; emissão de carnês,
inclusive aqueles prestados por instituições financeiras fichas de compensação, impressos e documentos em geral.
autorizadas a funcionar pela União ou por quem de direito.
15.11 – Devolução de títulos, protesto de títulos, sustação de
15.01 – Administração de fundos quaisquer, de consórcio, de protesto, manutenção de títulos, reapresentação de títulos,
cartão de crédito ou débito e congêneres, de carteira de e demais serviços a eles relacionados.
clientes, de cheques pré-datados e congêneres. (Vide Lei
15.12 – Custódia em geral, inclusive de títulos e valores
Complementar nº 175, de 2020)
mobiliários.
15.02 – Abertura de contas em geral, inclusive conta-
15.13 – Serviços relacionados a operações de câmbio em
corrente, conta de investimentos e aplicação e caderneta de
geral, edição, alteração, prorrogação, cancelamento e baixa
poupança, no País e no exterior, bem como a manutenção
de contrato de câmbio; emissão de registro de exportação
das referidas contas ativas e inativas.
ou de crédito; cobrança ou depósito no exterior; emissão,
15.03 – Locação e manutenção de cofres particulares, de fornecimento e cancelamento de cheques de viagem;
terminais eletrônicos, de terminais de atendimento e de fornecimento, transferência, cancelamento e demais
bens e equipamentos em geral. serviços relativos a carta de crédito de importação,
exportação e garantias recebidas; envio e recebimento de
15.04 – Fornecimento ou emissão de atestados em geral,
mensagens em geral relacionadas a operações de câmbio.
inclusive atestado de idoneidade, atestado de capacidade
financeira e congêneres. 15.14 – Fornecimento, emissão, reemissão, renovação e
manutenção de cartão magnético, cartão de crédito, cartão
15.05 – Cadastro, elaboração de ficha cadastral, renovação
de débito, cartão salário e congêneres.
cadastral e congêneres, inclusão ou exclusão no Cadastro de
Emitentes de Cheques sem Fundos – CCF ou em quaisquer 15.15 – Compensação de cheques e títulos quaisquer;
outros bancos cadastrais. serviços relacionados a depósito, inclusive depósito
identificado, a saque de contas quaisquer, por qualquer meio
15.06 – Emissão, reemissão e fornecimento de avisos,
ou processo, inclusive em terminais eletrônicos e de
comprovantes e documentos em geral; abono de firmas;
atendimento.
coleta e entrega de documentos, bens e valores;
comunicação com outra agência ou com a administração 15.16 – Emissão, reemissão, liquidação, alteração,
central; licenciamento eletrônico de veículos; transferência cancelamento e baixa de ordens de pagamento, ordens de
de veículos; agenciamento fiduciário ou depositário; crédito e similares, por qualquer meio ou processo; serviços
devolução de bens em custódia. relacionados à transferência de valores, dados, fundos,
pagamentos e similares, inclusive entre contas em geral.
15.07 – Acesso, movimentação, atendimento e consulta a
contas em geral, por qualquer meio ou processo, inclusive 15.17 – Emissão, fornecimento, devolução, sustação,
por telefone, fac-símile, internet e telex, acesso a terminais cancelamento e oposição de cheques quaisquer, avulso ou
de atendimento, inclusive vinte e quatro horas; acesso a por talão.
outro banco e a rede compartilhada; fornecimento de saldo,
15.18 – Serviços relacionados a crédito imobiliário, avaliação
extrato e demais informações relativas a contas em geral,
e vistoria de imóvel ou obra, análise técnica e jurídica,
por qualquer meio ou processo.
emissão, reemissão, alteração, transferência e renegociação
15.08 – Emissão, reemissão, alteração, cessão, substituição, de contrato, emissão e reemissão do termo de quitação e
cancelamento e registro de contrato de crédito; estudo, demais serviços relacionados a crédito imobiliário.
análise e avaliação de operações de crédito; emissão,
16 – Serviços de transporte de natureza municipal.
concessão, alteração ou contratação de aval, fiança,
anuência e congêneres; serviços relativos a abertura de 16.01 - Serviços de transporte coletivo municipal rodoviário,
crédito, para quaisquer fins. metroviário, ferroviário e aquaviário de
passageiros. (Redação dada pela Lei Complementar nº 157,
15.09 – Arrendamento mercantil (leasing) de quaisquer
de 2016)
bens, inclusive cessão de direitos e obrigações, substituição
de garantia, alteração, cancelamento e registro de contrato, 16.02 - Outros serviços de transporte de natureza
e demais serviços relacionados ao arrendamento mercantil municipal. (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016)
(leasing). (Vide Lei Complementar nº 175, de 2020)
17 – Serviços de apoio técnico, administrativo, jurídico,
15.10 – Serviços relacionados a cobranças, recebimentos ou contábil, comercial e congêneres.
pagamentos em geral, de títulos quaisquer, de contas ou
17.01 – Assessoria ou consultoria de qualquer natureza, não
carnês, de câmbio, de tributos e por conta de terceiros,
contida em outros itens desta lista; análise, exame, pesquisa,
inclusive os efetuados por meio eletrônico, automático ou
coleta, compilação e fornecimento de dados e informações
por máquinas de atendimento; fornecimento de posição de
de qualquer natureza, inclusive cadastro e similares.

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17.02 – Datilografia, digitação, estenografia, expediente, livros, jornais, periódicos e nas modalidades de serviços de
secretaria em geral, resposta audível, redação, edição, radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e
interpretação, revisão, tradução, apoio e infra-estrutura gratuita). (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016)
administrativa e congêneres.
18 – Serviços de regulação de sinistros vinculados a contratos
17.03 – Planejamento, coordenação, programação ou de seguros; inspeção e avaliação de riscos para cobertura de
organização técnica, financeira ou administrativa. contratos de seguros; prevenção e gerência de riscos
seguráveis e congêneres.
17.04 – Recrutamento, agenciamento, seleção e colocação
de mão-de-obra. 18.01 - Serviços de regulação de sinistros vinculados a
contratos de seguros; inspeção e avaliação de riscos para
17.05 – Fornecimento de mão-de-obra, mesmo em caráter
cobertura de contratos de seguros; prevenção e gerência de
temporário, inclusive de empregados ou trabalhadores,
riscos seguráveis e congêneres.
avulsos ou temporários, contratados pelo prestador de
serviço. 19 – Serviços de distribuição e venda de bilhetes e demais
produtos de loteria, bingos, cartões, pules ou cupons de
17.06 – Propaganda e publicidade, inclusive promoção de
apostas, sorteios, prêmios, inclusive os decorrentes de
vendas, planejamento de campanhas ou sistemas de
títulos de capitalização e congêneres.
publicidade, elaboração de desenhos, textos e demais
materiais publicitários. 19.01 - Serviços de distribuição e venda de bilhetes e demais
produtos de loteria, bingos, cartões, pules ou cupons de
17.07 – (VETADO)
apostas, sorteios, prêmios, inclusive os decorrentes de
17.08 – Franquia (franchising). títulos de capitalização e congêneres.
17.09 – Perícias, laudos, exames técnicos e análises técnicas. 20 – Serviços portuários, aeroportuários, ferroportuários, de
terminais rodoviários, ferroviários e metroviários.
17.10 – Planejamento, organização e administração de
feiras, exposições, congressos e congêneres. 20.01 – Serviços portuários, ferroportuários, utilização de
porto, movimentação de passageiros, reboque de
17.11 – Organização de festas e recepções; bufê (exceto o
embarcações, rebocador escoteiro, atracação, desatracação,
fornecimento de alimentação e bebidas, que fica sujeito ao
serviços de praticagem, capatazia, armazenagem de
ICMS).
qualquer natureza, serviços acessórios, movimentação de
17.12 – Administração em geral, inclusive de bens e negócios mercadorias, serviços de apoio marítimo, de movimentação
de terceiros. ao largo, serviços de armadores, estiva, conferência, logística
e congêneres.
17.13 – Leilão e congêneres.
20.02 – Serviços aeroportuários, utilização de aeroporto,
17.14 – Advocacia.
movimentação de passageiros, armazenagem de qualquer
17.15 – Arbitragem de qualquer espécie, inclusive jurídica. natureza, capatazia, movimentação de aeronaves, serviços
de apoio aeroportuários, serviços acessórios, movimentação
17.16 – Auditoria.
de mercadorias, logística e congêneres.
17.17 – Análise de Organização e Métodos.
20.03 – Serviços de terminais rodoviários, ferroviários,
17.18 – Atuária e cálculos técnicos de qualquer natureza. metroviários, movimentação de passageiros, mercadorias,
17.19 – Contabilidade, inclusive serviços técnicos e inclusive suas operações, logística e congêneres.
auxiliares. 21 – Serviços de registros públicos, cartorários e notariais.
17.20 – Consultoria e assessoria econômica ou financeira. 21.01 - Serviços de registros públicos, cartorários e notariais.
17.21 – Estatística. 22 – Serviços de exploração de rodovia.
17.22 – Cobrança em geral. 22.01 – Serviços de exploração de rodovia mediante
cobrança de preço ou pedágio dos usuários, envolvendo
17.23 – Assessoria, análise, avaliação, atendimento,
execução de serviços de conservação, manutenção,
consulta, cadastro, seleção, gerenciamento de informações,
melhoramentos para adequação de capacidade e segurança
administração de contas a receber ou a pagar e em geral,
de trânsito, operação, monitoração, assistência aos usuários
relacionados a operações de faturização (factoring).
e outros serviços definidos em contratos, atos de concessão
17.24 – Apresentação de palestras, conferências, seminários ou de permissão ou em normas oficiais.
e congêneres.
23 – Serviços de programação e comunicação visual,
17.25 - Inserção de textos, desenhos e outros materiais de desenho industrial e congêneres.
propaganda e publicidade, em qualquer meio (exceto em

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23.01 – Serviços de programação e comunicação visual, 33 – Serviços de desembaraço aduaneiro, comissários,


desenho industrial e congêneres. despachantes e congêneres.
24 – Serviços de chaveiros, confecção de carimbos, placas, 33.01 - Serviços de desembaraço aduaneiro, comissários,
sinalização visual, banners, adesivos e congêneres. despachantes e congêneres.
24.01 - Serviços de chaveiros, confecção de carimbos, placas, 34 – Serviços de investigações particulares, detetives e
sinalização visual, banners, adesivos e congêneres. congêneres.
25 - Serviços funerários. 34.01 - Serviços de investigações particulares, detetives e
congêneres.
25.01 – Funerais, inclusive fornecimento de caixão, urna ou
esquifes; aluguel de capela; transporte do corpo cadavérico; 35 – Serviços de reportagem, assessoria de imprensa,
fornecimento de flores, coroas e outros paramentos; jornalismo e relações públicas.
desembaraço de certidão de óbito; fornecimento de véu,
35.01 - Serviços de reportagem, assessoria de imprensa,
essa e outros adornos; embalsamento, embelezamento,
jornalismo e relações públicas.
conservação ou restauração de cadáveres.
36 – Serviços de meteorologia.
25.02 - Translado intramunicipal e cremação de corpos e
partes de corpos cadavéricos. (Redação dada pela Lei 36.01 – Serviços de meteorologia.
Complementar nº 157, de 2016)
37 – Serviços de artistas, atletas, modelos e manequins.
25.03 – Planos ou convênio funerários.
37.01 - Serviços de artistas, atletas, modelos e manequins.
25.04 – Manutenção e conservação de jazigos e cemitérios.
38 – Serviços de museologia.
25.05 - Cessão de uso de espaços em cemitérios para
38.01 – Serviços de museologia.
sepultamento. (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de
2016) 39 – Serviços de ourivesaria e lapidação.
26 – Serviços de coleta, remessa ou entrega de 39.01 - Serviços de ourivesaria e lapidação (quando o
correspondências, documentos, objetos, bens ou valores, material for fornecido pelo tomador do serviço).
inclusive pelos correios e suas agências
40 – Serviços relativos a obras de arte sob encomenda.
franqueadas; courrier e congêneres.
40.01 - Obras de arte sob encomenda.
26.01 – Serviços de coleta, remessa ou entrega de
correspondências, documentos, objetos, bens ou valores,
inclusive pelos correios
franqueadas; courrier e congêneres.
e suas agências DIREITO CIVIL
27 – Serviços de assistência social.
Lei nº 13.140/2015
27.01 – Serviços de assistência social.
28 – Serviços de avaliação de bens e serviços de qualquer Dispõe sobre a mediação entre particulares como meio de
natureza. solução de controvérsias e sobre a autocomposição de
conflitos no âmbito da administração pública; altera a Lei
28.01 – Serviços de avaliação de bens e serviços de qualquer nº 9.469, de 10 de julho de 1997, e o Decreto nº 70.235, de
natureza. 6 de março de 1972; e revoga o § 2º do art. 6º da Lei nº
29 – Serviços de biblioteconomia. 9.469, de 10 de julho de 1997.

29.01 – Serviços de biblioteconomia. A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso


Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
30 – Serviços de biologia, biotecnologia e química.
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a mediação como meio de
30.01 – Serviços de biologia, biotecnologia e química. solução de controvérsias entre particulares e sobre a
31 – Serviços técnicos em edificações, eletrônica, autocomposição de conflitos no âmbito da administração
eletrotécnica, mecânica, telecomunicações e congêneres. pública.

31.01 - Serviços técnicos em edificações, eletrônica, Parágrafo único. Considera-se mediação a atividade técnica
eletrotécnica, mecânica, telecomunicações e congêneres. exercida por terceiro imparcial sem poder decisório, que,
escolhido ou aceito pelas partes, as auxilia e estimula a
32 – Serviços de desenhos técnicos. identificar ou desenvolver soluções consensuais para a
32.01 - Serviços de desenhos técnicos. controvérsia.

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CAPÍTULO I Art. 6º O mediador fica impedido, pelo prazo de um ano,


DA MEDIAÇÃO contado do término da última audiência em que atuou, de
SEÇÃO I assessorar, representar ou patrocinar qualquer das partes.
DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 7º O mediador não poderá atuar como árbitro nem
Art. 2º A mediação será orientada pelos seguintes princípios: funcionar como testemunha em processos judiciais ou
arbitrais pertinentes a conflito em que tenha atuado como
I - imparcialidade do mediador; mediador.
II - isonomia entre as partes; Art. 8º O mediador e todos aqueles que o assessoram no
III - oralidade; procedimento de mediação, quando no exercício de suas
funções ou em razão delas, são equiparados a servidor
IV - informalidade; público, para os efeitos da legislação penal.
V - autonomia da vontade das partes; SUBSEÇÃO II
VI - busca do consenso; DOS MEDIADORES EXTRAJUDICIAIS

VII - confidencialidade; Art. 9º Poderá funcionar como mediador extrajudicial


qualquer pessoa capaz que tenha a confiança das partes e
VIII - boa-fé. seja capacitada para fazer mediação, independentemente
§ 1º Na hipótese de existir previsão contratual de cláusula de de integrar qualquer tipo de conselho, entidade de classe ou
mediação, as partes deverão comparecer à primeira reunião associação, ou nele inscrever-se.
de mediação. Art. 10. As partes poderão ser assistidas por advogados ou
§ 2º Ninguém será obrigado a permanecer em procedimento defensores públicos.
de mediação. Parágrafo único. Comparecendo uma das partes
Art. 3º Pode ser objeto de mediação o conflito que verse acompanhada de advogado ou defensor público, o mediador
sobre direitos disponíveis ou sobre direitos indisponíveis que suspenderá o procedimento, até que todas estejam
admitam transação. devidamente assistidas.
§ 1º A mediação pode versar sobre todo o conflito ou parte SUBSEÇÃO III
dele. DOS MEDIADORES JUDICIAIS
§ 2º O consenso das partes envolvendo direitos Art. 11. Poderá atuar como mediador judicial a pessoa capaz,
indisponíveis, mas transigíveis, deve ser homologado em graduada há pelo menos dois anos em curso de ensino
juízo, exigida a oitiva do Ministério Público. superior de instituição reconhecida pelo Ministério da
Educação e que tenha obtido capacitação em escola ou
SEÇÃO II
instituição de formação de mediadores, reconhecida pela
DOS MEDIADORES
Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de
SUBSEÇÃO I Magistrados - ENFAM ou pelos tribunais, observados os
DISPOSIÇÕES COMUNS requisitos mínimos estabelecidos pelo Conselho Nacional de
Art. 4º O mediador será designado pelo tribunal ou escolhido Justiça em conjunto com o Ministério da Justiça.
pelas partes. Art. 12. Os tribunais criarão e manterão cadastros
§ 1º O mediador conduzirá o procedimento de comunicação atualizados dos mediadores habilitados e autorizados a atuar
entre as partes, buscando o entendimento e o consenso e em mediação judicial.
facilitando a resolução do conflito. § 1º A inscrição no cadastro de mediadores judiciais será
§ 2º Aos necessitados será assegurada a gratuidade da requerida pelo interessado ao tribunal com jurisdição na
mediação. área em que pretenda exercer a mediação.

Art. 5º Aplicam-se ao mediador as mesmas hipóteses legais § 2º Os tribunais regulamentarão o processo de inscrição e
de impedimento e suspeição do juiz. desligamento de seus mediadores.

Parágrafo único. A pessoa designada para atuar como Art. 13. A remuneração devida aos mediadores judiciais será
mediador tem o dever de revelar às partes, antes da fixada pelos tribunais e custeada pelas partes, observado o
aceitação da função, qualquer fato ou circunstância que disposto no § 2º do art. 4º desta Lei.
possa suscitar dúvida justificada em relação à sua
imparcialidade para mediar o conflito, oportunidade em que
poderá ser recusado por qualquer delas.

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SEÇÃO III Parágrafo único. O convite formulado por uma parte à outra
DO PROCEDIMENTO DE MEDIAÇÃO considerar-se-á rejeitado se não for respondido em até trinta
SUBSEÇÃO I dias da data de seu recebimento.
DISPOSIÇÕES COMUNS Art. 22. A previsão contratual de mediação deverá conter, no
Art. 14. No início da primeira reunião de mediação, e sempre mínimo:
que julgar necessário, o mediador deverá alertar as partes I - prazo mínimo e máximo para a realização da primeira
acerca das regras de confidencialidade aplicáveis ao reunião de mediação, contado a partir da data de
procedimento. recebimento do convite;
Art. 15. A requerimento das partes ou do mediador, e com II - local da primeira reunião de mediação;
anuência daquelas, poderão ser admitidos outros
mediadores para funcionarem no mesmo procedimento, III - critérios de escolha do mediador ou equipe de mediação;
quando isso for recomendável em razão da natureza e da IV - penalidade em caso de não comparecimento da parte
complexidade do conflito. convidada à primeira reunião de mediação.
Art. 16. Ainda que haja processo arbitral ou judicial em curso, § 1º A previsão contratual pode substituir a especificação
as partes poderão submeter-se à mediação, hipótese em que dos itens acima enumerados pela indicação de regulamento,
requererão ao juiz ou árbitro a suspensão do processo por publicado por instituição idônea prestadora de serviços de
prazo suficiente para a solução consensual do litígio. mediação, no qual constem critérios claros para a escolha do
§ 1º É irrecorrível a decisão que suspende o processo nos mediador e realização da primeira reunião de mediação.
termos requeridos de comum acordo pelas partes. § 2º Não havendo previsão contratual completa, deverão ser
§ 2º A suspensão do processo não obsta a concessão de observados os seguintes critérios para a realização da
medidas de urgência pelo juiz ou pelo árbitro. primeira reunião de mediação:

Art. 17. Considera-se instituída a mediação na data para a I - prazo mínimo de dez dias úteis e prazo máximo de três
qual for marcada a primeira reunião de mediação. meses, contados a partir do recebimento do convite;

Parágrafo único. Enquanto transcorrer o procedimento de II - local adequado a uma reunião que possa envolver
mediação, ficará suspenso o prazo prescricional. informações confidenciais;

Art. 18. Iniciada a mediação, as reuniões posteriores com a III - lista de cinco nomes, informações de contato e
presença das partes somente poderão ser marcadas com a referências profissionais de mediadores capacitados; a parte
sua anuência. convidada poderá escolher, expressamente, qualquer um
dos cinco mediadores e, caso a parte convidada não se
Art. 19. No desempenho de sua função, o mediador poderá manifeste, considerar-se-á aceito o primeiro nome da lista;
reunir-se com as partes, em conjunto ou separadamente,
bem como solicitar das partes as informações que entender IV - o não comparecimento da parte convidada à primeira
necessárias para facilitar o entendimento entre aquelas. reunião de mediação acarretará a assunção por parte desta
de cinquenta por cento das custas e honorários
Art. 20. O procedimento de mediação será encerrado com a sucumbenciais caso venha a ser vencedora em
lavratura do seu termo final, quando for celebrado acordo procedimento arbitral ou judicial posterior, que envolva o
ou quando não se justificarem novos esforços para a escopo da mediação para a qual foi convidada.
obtenção de consenso, seja por declaração do mediador
nesse sentido ou por manifestação de qualquer das partes. § 3º Nos litígios decorrentes de contratos comerciais ou
societários que não contenham cláusula de mediação, o
Parágrafo único. O termo final de mediação, na hipótese de mediador extrajudicial somente cobrará por seus serviços
celebração de acordo, constitui título executivo extrajudicial caso as partes decidam assinar o termo inicial de mediação
e, quando homologado judicialmente, título executivo e permanecer, voluntariamente, no procedimento de
judicial. mediação.
SUBSEÇÃO II Art. 23. Se, em previsão contratual de cláusula de mediação,
DA MEDIAÇÃO EXTRAJUDICIAL as partes se comprometerem a não iniciar procedimento
arbitral ou processo judicial durante certo prazo ou até o
Art. 21. O convite para iniciar o procedimento de mediação
implemento de determinada condição, o árbitro ou o juiz
extrajudicial poderá ser feito por qualquer meio de
suspenderá o curso da arbitragem ou da ação pelo prazo
comunicação e deverá estipular o escopo proposto para a
previamente acordado ou até o implemento dessa condição.
negociação, a data e o local da primeira reunião.
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica às
medidas de urgência em que o acesso ao Poder Judiciário
seja necessário para evitar o perecimento de direito.
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SUBSEÇÃO III I - declaração, opinião, sugestão, promessa ou proposta


DA MEDIAÇÃ O JUDICIAL formulada por uma parte à outra na busca de entendimento
para o conflito;
Art. 24. Os tribunais criarão centros judiciários de solução
consensual de conflitos, responsáveis pela realização de II - reconhecimento de fato por qualquer das partes no curso
sessões e audiências de conciliação e mediação, pré- do procedimento de mediação;
processuais e processuais, e pelo desenvolvimento de III - manifestação de aceitação de proposta de acordo
programas destinados a auxiliar, orientar e estimular a apresentada pelo mediador;
autocomposição.
IV - documento preparado unicamente para os fins do
Parágrafo único. A composição e a organização do centro procedimento de mediação.
serão definidas pelo respectivo tribunal, observadas as
normas do Conselho Nacional de Justiça. § 2º A prova apresentada em desacordo com o disposto
neste artigo não será admitida em processo arbitral ou
Art. 25. Na mediação judicial, os mediadores não estarão judicial.
sujeitos à prévia aceitação das partes, observado o disposto
no art. 5º desta Lei. § 3º Não está abrigada pela regra de confidencialidade a
informação relativa à ocorrência de crime de ação pública.
Art. 26. As partes deverão ser assistidas por advogados ou
defensores públicos, ressalvadas as hipóteses previstas § 4º A regra da confidencialidade não afasta o dever de as
nas Leis n º 9.099, de 26 de setembro de 1995 , e 10.259, de pessoas discriminadas no caput prestarem informações à
12 de julho de 2001 . administração tributária após o termo final da mediação,
aplicando-se aos seus servidores a obrigação de manterem
Parágrafo único. Aos que comprovarem insuficiência de sigilo das informações compartilhadas nos termos do art.
recursos será assegurada assistência pela Defensoria 198 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código
Pública. Tributário Nacional.
Art. 27. Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais Art. 31. Será confidencial a informação prestada por uma
e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz parte em sessão privada, não podendo o mediador revelá-la
designará audiência de mediação. às demais, exceto se expressamente autorizado.
Art. 28. O procedimento de mediação judicial deverá ser CAPÍTULO II
concluído em até sessenta dias, contados da primeira sessão,
DA AUTOCOMPOSIÇÃO DE CONFLITOS EM QUE FOR PARTE
salvo quando as partes, de comum acordo, requererem sua
PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO
prorrogação.
SEÇÃO I
Parágrafo único. Se houver acordo, os autos serão DISPOSIÇÕES COMUNS
encaminhados ao juiz, que determinará o arquivamento do
processo e, desde que requerido pelas partes, homologará o Art. 32. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
acordo, por sentença, e o termo final da mediação e Municípios poderão criar câmaras de prevenção e resolução
determinará o arquivamento do processo. administrativa de conflitos, no âmbito dos respectivos
órgãos da Advocacia Pública, onde houver, com competência
Art. 29. Solucionado o conflito pela mediação antes da para:
citação do réu, não serão devidas custas judiciais finais.
I - dirimir conflitos entre órgãos e entidades da
SEÇÃO IV administração pública;
DA CONFIDENCIALIDADE E SUAS EXCEÇÕES
II - avaliar a admissibilidade dos pedidos de resolução de
Art. 30. Toda e qualquer informação relativa ao conflitos, por meio de composição, no caso de controvérsia
procedimento de mediação será confidencial em relação a entre particular e pessoa jurídica de direito público;
terceiros, não podendo ser revelada sequer em processo
III - promover, quando couber, a celebração de termo de
arbitral ou judicial salvo se as partes expressamente
ajustamento de conduta.
decidirem de forma diversa ou quando sua divulgação for
exigida por lei ou necessária para cumprimento de acordo § 1º O modo de composição e funcionamento das câmaras
obtido pela mediação. de que trata o caput será estabelecido em regulamento de
cada ente federado.
§ 1º O dever de confidencialidade aplica-se ao mediador, às
partes, a seus prepostos, advogados, assessores técnicos e a § 2º A submissão do conflito às câmaras de que trata
outras pessoas de sua confiança que tenham, direta ou o caput é facultativa e será cabível apenas nos casos
indiretamente, participado do procedimento de mediação, previstos no regulamento do respectivo ente federado.
alcançando:
§ 3º Se houver consenso entre as partes, o acordo será
reduzido a termo e constituirá título executivo extrajudicial.

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§ 4º Não se incluem na competência dos órgãos § 4º A adesão implicará renúncia do interessado ao direito
mencionados no caput deste artigo as controvérsias que sobre o qual se fundamenta a ação ou o recurso,
somente possam ser resolvidas por atos ou concessão de eventualmente pendentes, de natureza administrativa ou
direitos sujeitos a autorização do Poder Legislativo. judicial, no que tange aos pontos compreendidos pelo objeto
da resolução administrativa.
§ 5º Compreendem-se na competência das câmaras de que
trata o caput a prevenção e a resolução de conflitos que § 5º Se o interessado for parte em processo judicial
envolvam equilíbrio econômico-financeiro de contratos inaugurado por ação coletiva, a renúncia ao direito sobre o
celebrados pela administração com particulares. qual se fundamenta a ação deverá ser expressa, mediante
petição dirigida ao juiz da causa.
Art. 33. Enquanto não forem criadas as câmaras de
mediação, os conflitos poderão ser dirimidos nos termos do § 6º A formalização de resolução administrativa destinada à
procedimento de mediação previsto na Subseção I da Seção transação por adesão não implica a renúncia tácita à
III do Capítulo I desta Lei. prescrição nem sua interrupção ou suspensão.
Parágrafo único. A Advocacia Pública da União, dos Estados, Art. 36. No caso de conflitos que envolvam controvérsia
do Distrito Federal e dos Municípios, onde houver, poderá jurídica entre órgãos ou entidades de direito público que
instaurar, de ofício ou mediante provocação, procedimento integram a administração pública federal, a Advocacia-Geral
de mediação coletiva de conflitos relacionados à prestação da União deverá realizar composição extrajudicial do
de serviços públicos. conflito, observados os procedimentos previstos em ato do
Advogado-Geral da União.
Art. 34. A instauração de procedimento administrativo para
a resolução consensual de conflito no âmbito da § 1º Na hipótese do caput , se não houver acordo quanto à
administração pública suspende a prescrição. controvérsia jurídica, caberá ao Advogado-Geral da União
dirimi-la, com fundamento na legislação afeta.
§ 1º Considera-se instaurado o procedimento quando o
órgão ou entidade pública emitir juízo de admissibilidade, § 2º Nos casos em que a resolução da controvérsia implicar
retroagindo a suspensão da prescrição à data de o reconhecimento da existência de créditos da União, de
formalização do pedido de resolução consensual do conflito. suas autarquias e fundações em face de pessoas jurídicas de
direito público federais, a Advocacia-Geral da União poderá
§ 2º Em se tratando de matéria tributária, a suspensão da
solicitar ao Ministério do Planejamento, Orçamento e
prescrição deverá observar o disposto na Lei nº 5.172, de 25
Gestão a adequação orçamentária para quitação das dívidas
de outubro de 1966 - Código Tributário Nacional.
reconhecidas como legítimas.
SEÇÃO II
§ 3º A composição extrajudicial do conflito não afasta a
DOS CONFLITOS ENVOLVENDO A ADMINISTRAÇÃO
apuração de responsabilidade do agente público que deu
PÚBLICA FEDERAL DIRETA, SUAS AUTARQUIAS E causa à dívida, sempre que se verificar que sua ação ou
FUNDAÇÕES omissão constitui, em tese, infração disciplinar.
Art. 35. As controvérsias jurídicas que envolvam a § 4º Nas hipóteses em que a matéria objeto do litígio esteja
administração pública federal direta, suas autarquias e sendo discutida em ação de improbidade administrativa ou
fundações poderão ser objeto de transação por adesão, com sobre ela haja decisão do Tribunal de Contas da União, a
fundamento em: conciliação de que trata o caput dependerá da anuência
I - autorização do Advogado-Geral da União, com base na expressa do juiz da causa ou do Ministro Relator.
jurisprudência pacífica do Supremo Tribunal Federal ou de Art. 37. É facultado aos Estados, ao Distrito Federal e aos
tribunais superiores; ou Municípios, suas autarquias e fundações públicas, bem como
II - parecer do Advogado-Geral da União, aprovado pelo às empresas públicas e sociedades de economia mista
Presidente da República. federais, submeter seus litígios com órgãos ou entidades da
administração pública federal à Advocacia-Geral da União,
§ 1º Os requisitos e as condições da transação por adesão para fins de composição extrajudicial do conflito.
serão definidos em resolução administrativa própria.
Art. 38. Nos casos em que a controvérsia jurídica seja relativa
§ 2º Ao fazer o pedido de adesão, o interessado deverá a tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal
juntar prova de atendimento aos requisitos e às condições do Brasil ou a créditos inscritos em dívida ativa da União:
estabelecidos na resolução administrativa.
I - não se aplicam as disposições dos incisos II e III
§ 3º A resolução administrativa terá efeitos gerais e será do caput do art. 32;
aplicada aos casos idênticos, tempestivamente habilitados
mediante pedido de adesão, ainda que solucione apenas II - as empresas públicas, sociedades de economia mista e
parte da controvérsia. suas subsidiárias que explorem atividade econômica de
produção ou comercialização de bens ou de prestação de

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serviços em regime de concorrência não poderão exercer a da área afeta ao assunto, poderão autorizar a realização de
faculdade prevista no art. 37; acordos ou transações para prevenir ou terminar litígios,
inclusive os judiciais.
III - quando forem partes as pessoas a que alude o caput do
art. 36: § 1º Poderão ser criadas câmaras especializadas, compostas
por servidores públicos ou empregados públicos efetivos,
a) a submissão do conflito à composição extrajudicial pela
com o objetivo de analisar e formular propostas de acordos
Advocacia-Geral da União implica renúncia do direito de
ou transações.
recorrer ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais;
§ 3º Regulamento disporá sobre a forma de composição das
b) a redução ou o cancelamento do crédito dependerá de
câmaras de que trata o § 1º, que deverão ter como
manifestação conjunta do Advogado-Geral da União e do
integrante pelo menos um membro efetivo da Advocacia-
Ministro de Estado da Fazenda.
Geral da União ou, no caso das empresas públicas, um
Parágrafo único. O disposto neste artigo não afasta a assistente jurídico ou ocupante de função equivalente.
competência do Advogado-Geral da União prevista
§ 4º Quando o litígio envolver valores superiores aos fixados
nos incisos VI , X e XI do art. 4º da Lei Complementar nº 73,
em regulamento, o acordo ou a transação, sob pena de
de 10 de fevereiro de 1993 , e na Lei nº 9.469, de 10 de julho
nulidade, dependerá de prévia e expressa autorização do
de 1997 . (Redação dada pela Lei nº 13.327, de
Advogado-Geral da União e do Ministro de Estado a cuja área
2016) (Produção de efeito)
de competência estiver afeto o assunto, ou ainda do
Art. 39. A propositura de ação judicial em que figurem Presidente da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, do
concomitantemente nos polos ativo e passivo órgãos ou Tribunal de Contas da União, de Tribunal ou Conselho, ou do
entidades de direito público que integrem a administração Procurador-Geral da República, no caso de interesse dos
pública federal deverá ser previamente autorizada pelo órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário ou do Ministério
Advogado-Geral da União. Público da União, excluídas as empresas públicas federais
não dependentes, que necessitarão apenas de prévia e
Art. 40. Os servidores e empregados públicos que
expressa autorização dos dirigentes de que trata o caput .
participarem do processo de composição extrajudicial do
conflito, somente poderão ser responsabilizados civil, § 5º Na transação ou acordo celebrado diretamente pela
administrativa ou criminalmente quando, mediante dolo ou parte ou por intermédio de procurador para extinguir ou
fraude, receberem qualquer vantagem patrimonial indevida, encerrar processo judicial, inclusive os casos de extensão
permitirem ou facilitarem sua recepção por terceiro, ou para administrativa de pagamentos postulados em juízo, as partes
tal concorrerem. poderão definir a responsabilidade de cada uma pelo
pagamento dos honorários dos respectivos advogados.” (NR)
CAPÍTULO III
DISPOSIÇÕES FINAIS “Art. 2º O Procurador-Geral da União, o Procurador-Geral
Federal, o Procurador-Geral do Banco Central do Brasil e os
Art. 41. A Escola Nacional de Mediação e Conciliação, no dirigentes das empresas públicas federais mencionadas
âmbito do Ministério da Justiça, poderá criar banco de dados no caput do art. 1º poderão autorizar, diretamente ou
sobre boas práticas em mediação, bem como manter relação mediante delegação, a realização de acordos para prevenir
de mediadores e de instituições de mediação. ou terminar, judicial ou extrajudicialmente, litígio que
Art. 42. Aplica-se esta Lei, no que couber, às outras formas envolver valores inferiores aos fixados em regulamento.
consensuais de resolução de conflitos, tais como mediações § 1º No caso das empresas públicas federais, a delegação é
comunitárias e escolares, e àquelas levadas a efeito nas restrita a órgão colegiado formalmente constituído,
serventias extrajudiciais, desde que no âmbito de suas composto por pelo menos um dirigente estatutário.
competências.
§ 2º O acordo de que trata o caput poderá consistir no
Parágrafo único. A mediação nas relações de trabalho será pagamento do débito em parcelas mensais e sucessivas, até
regulada por lei própria. o limite máximo de sessenta.
Art. 43. Os órgãos e entidades da administração pública § 3º O valor de cada prestação mensal, por ocasião do
poderão criar câmaras para a resolução de conflitos entre pagamento, será acrescido de juros equivalentes à taxa
particulares, que versem sobre atividades por eles reguladas referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia
ou supervisionadas. - SELIC para títulos federais, acumulada mensalmente,
Art. 44. Os arts. 1º e 2º da Lei nº 9.469, de 10 de julho de calculados a partir do mês subsequente ao da consolidação
1997 , passam a vigorar com a seguinte redação: até o mês anterior ao do pagamento e de um por cento
relativamente ao mês em que o pagamento estiver sendo
“Art. 1º O Advogado-Geral da União, diretamente ou efetuado.
mediante delegação, e os dirigentes máximos das empresas
públicas federais, em conjunto com o dirigente estatutário

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§ 4º Inadimplida qualquer parcela, após trinta dias, seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO
instaurar-se-á o processo de execução ou nele prosseguir-se- BRASIL.
á, pelo saldo.” (NR)
TÍTULO II
Art. 45. O Decreto nº 70.235, de 6 de março de 1972 , passa DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
a vigorar acrescido do seguinte art. 14-A: CAPÍTULO I
“Art. 14-A. No caso de determinação e exigência de créditos DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
tributários da União cujo sujeito passivo seja órgão ou Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de
entidade de direito público da administração pública federal, qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
a submissão do litígio à composição extrajudicial pela estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
Advocacia-Geral da União é considerada reclamação, para vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade,
fins do disposto no inciso III do art. 151 da Lei nº 5.172, de nos termos seguintes:
25 de outubro de 1966 - Código Tributário Nacional.”
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações,
Art. 46. A mediação poderá ser feita pela internet ou por nos termos desta Constituição;
outro meio de comunicação que permita a transação à
distância, desde que as partes estejam de acordo. II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma
coisa senão em virtude de lei;
Parágrafo único. É facultado à parte domiciliada no exterior
submeter-se à mediação segundo as regras estabelecidas III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento
nesta Lei. desumano ou degradante;

Art. 47. Esta Lei entra em vigor após decorridos cento e IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o
oitenta dias de sua publicação oficial. anonimato;

Art. 48. Revoga-se o § 2º do art. 6º da Lei nº 9.469, de 10 de V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao
julho de 1997 . agravo, além da indenização por dano material, moral ou à
imagem;
Brasília, 26 de junho de 2015; 194º da Independência e 127º
da República. VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo
assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida,
DILMA ROUSSEFF na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas
José Eduardo Cardozo liturgias;
Joaquim Vieira Ferreira Levy
Nelson Barbosa VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de
Luís Inácio Lucena Adams assistência religiosa nas entidades civis e militares de
internação coletiva;
Este texto não substitui o publicado no DOU de 29.6.2015
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença
religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as
NOÇÕES DE DIREITO invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e
recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
CONSTITUCIONAL IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística,
científica e de comunicação, independentemente de censura
Constituição Da República ou licença;
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a
Federativa Do Brasil De 1988 imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo
dano material ou moral decorrente de sua violação;
PREÂMBULO
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em
podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo
Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado
em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar
Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos
socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial; (Vide
sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar,
Lei nº 13.105, de 2015) (Vigência)
o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores
supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das
preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, comunicações telegráficas, de dados e das comunicações
na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas
controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de

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investigação criminal ou instrução processual penal; (Vide a) a proteção às participações individuais em obras coletivas
Lei nº 9.296, de 1996) e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas
atividades desportivas;
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou
profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico
estabelecer; das obras que criarem ou de que participarem aos criadores,
aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e
associativas;
resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao
exercício profissional; XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais
privilégio temporário para sua utilização, bem como
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de
proteção às criações industriais, à propriedade das marcas,
paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele
aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo
entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em e econômico do País;
locais abertos ao público, independentemente de
XXX - é garantido o direito de herança;
autorização, desde que não frustrem outra reunião
anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País
exigido prévio aviso à autoridade competente; será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou
dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos,
favorável a lei pessoal do "de cujus";
vedada a de caráter paramilitar;
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de
consumidor;
cooperativas independem de autorização, sendo vedada a
interferência estatal em seu funcionamento; XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos
informações de seu interesse particular, ou de interesse
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente
coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob
dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão
pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo
judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a (Regulamento) (Vide Lei nº 12.527, de 2011)
permanecer associado;
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do
XXI - as entidades associativas, quando expressamente pagamento de taxas:
autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de
judicial ou extrajudicialmente;
direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;
XXII - é garantido o direito de propriedade;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse
pessoal;
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para
desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário
interesse social, mediante justa e prévia indenização em lesão ou ameaça a direito;
dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico
XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade perfeito e a coisa julgada;
competente poderá usar de propriedade particular,
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;
assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver
dano; XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a
organização que lhe der a lei, assegurados:
XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei,
desde que trabalhada pela família, não será objeto de a) a plenitude de defesa;
penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua
b) o sigilo das votações;
atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de
financiar o seu desenvolvimento; c) a soberania dos veredictos;
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos
publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos contra a vida;
herdeiros pelo tempo que a lei fixar;
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: sem prévia cominação legal;

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XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu; LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime
político ou de opinião;
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos
direitos e liberdades fundamentais; LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela
autoridade competente;
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e
imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei; LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem
o devido processo legal;
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis
de graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e
entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos aos acusados em geral são assegurados o contraditório e
como crimes hediondos, por eles respondendo os ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por
omitirem; (Regulamento)
meios ilícitos;
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em
grupos armados, civis ou militares, contra a ordem
julgado de sentença penal condenatória;
constitucional e o Estado Democrático;
LVIII - o civilmente identificado não será submetido a
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado,
identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei;
podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do
(Regulamento)
perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos
sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública,
patrimônio transferido; se esta não for intentada no prazo legal;
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos
entre outras, as seguintes: processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse
social o exigirem;
a) privação ou restrição da liberdade;
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por
b) perda de bens;
ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária
c) multa; competente, salvo nos casos de transgressão militar ou
crime propriamente militar, definidos em lei;
d) prestação social alternativa;
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre
e) suspensão ou interdição de direitos;
serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à
XLVII - não haverá penas: família do preso ou à pessoa por ele indicada;
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais
do art. 84, XIX; o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência
da família e de advogado;
b) de caráter perpétuo;
LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis
c) de trabalhos forçados;
por sua prisão ou por seu interrogatório policial;
d) de banimento;
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela
e) cruéis; autoridade judiciária;
XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando
de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança;
apenado;
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável
e moral; de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;
L - às presidiárias serão asseguradas condições para que LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém
possam permanecer com seus filhos durante o período de sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação
amamentação; em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de
poder;
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado,
em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger
ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou
entorpecentes e drogas afins, na forma da lei; habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso

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de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a
no exercício de atribuições do Poder Público; República Federativa do Brasil seja parte.
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado § 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos
por: humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso
Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos
a) partido político com representação no Congresso
respectivos membros, serão equivalentes às emendas
Nacional;
constitucionais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45,
b) organização sindical, entidade de classe ou associação de 2004) (Atos aprovados na forma deste parágrafo: DLG nº
legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos 186, de 2008, DEC 6.949, de 2009, DLG 261, de 2015, DEC
um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou 9.522, de 2018) (Vide ADIN 3392)
associados;
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão.
falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas
CAPÍTULO II
inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;
DOS DIREITOS SOCIAIS
LXXII - conceder-se-á habeas data:
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a
à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e
de dados de entidades governamentais ou de caráter à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta
público; Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo 90, de 2015)
por processo sigiloso, judicial ou administrativo; Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação de outros que visem à melhoria de sua condição social:
popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária
de entidade de que o Estado participe, à moralidade ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento
de custas judiciais e do ônus da sucumbência; II - seguro-desemprego, em caso de desemprego
involuntário;
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e
gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos; III - fundo de garantia do tempo de serviço;

LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado,
assim como o que ficar preso além do tempo fixado na capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de
sentença; sua família com moradia, alimentação, educação, saúde,
lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social,
LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na com reajustes periódicos que lhe preservem o poder
forma da lei: (Vide Lei nº 7.844, de 1989) aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
a) o registro civil de nascimento; V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do
b) a certidão de óbito; trabalho;

LXXVII - são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em
data, e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da convenção ou acordo coletivo;
cidadania. (Regulamento) VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os
LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são que percebem remuneração variável;
assegurados a razoável duração do processo e os meios que VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração
garantam a celeridade de sua tramitação. (Incluído pela integral ou no valor da aposentadoria;
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Vide ADIN 3392)
IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias
fundamentais têm aplicação imediata. X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime
sua retenção dolosa;
§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não
excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da
remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão
da empresa, conforme definido em lei;
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XII - salário-família pago em razão do dependente do b) (Revogada). (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
trabalhador de baixa renda nos termos da lei; (Redação dada 28, de 2000)
pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade,
diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a cor ou estado civil;
compensação de horários e a redução da jornada, mediante
XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a
acordo ou convenção coletiva de trabalho; (vide Decreto-Lei
salário e critérios de admissão do trabalhador portador de
nº 5.452, de 1943)
deficiência;
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em
XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico
turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação
e intelectual ou entre os profissionais respectivos;
coletiva;
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos
a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de
domingos;
dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no quatorze anos; (Redação dada pela Emenda Constitucional
mínimo, em cinqüenta por cento à do normal; (Vide Del nº 20, de 1998)
5.452, art. 59 § 1º)
XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso.
um terço a mais do que o salário normal;
Parágrafo único. São assegurados à categoria dos
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos
salário, com a duração de cento e vinte dias; IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV,
XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
estabelecidas em lei e observada a simplificação do
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante cumprimento das obrigações tributárias, principais e
incentivos específicos, nos termos da lei; acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas
peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo
XXVIII, bem como a sua integração à previdência social.
no mínimo de trinta dias, nos termos da lei;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 72, de 2013)
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical,
normas de saúde, higiene e segurança;
observado o seguinte:
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas,
I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a
insalubres ou perigosas, na forma da lei;
fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão
XXIV - aposentadoria; competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a
intervenção na organização sindical;
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o
nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré- II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical,
escolas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de em qualquer grau, representativa de categoria profissional
2006) ou econômica, na mesma base territorial, que será definida
pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não
XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos
podendo ser inferior à área de um Município;
de trabalho;
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses
XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;
coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do judiciais ou administrativas;
empregador, sem excluir a indenização a que este está
IV - a assembléia geral fixará a contribuição que, em se
obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
tratando de categoria profissional, será descontada em
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de folha, para custeio do sistema confederativo da
trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os representação sindical respectiva, independentemente da
trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos contribuição prevista em lei;
após a extinção do contrato de trabalho; (Redação dada pela
V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a
Emenda Constitucional nº 28, de 2000)
sindicato;
a) (Revogada). (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas
28, de 2000)
negociações coletivas de trabalho;

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VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 15, de
organizações sindicais; 1996)
VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e
partir do registro da candidatura a cargo de direção ou aos Municípios:
representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los,
um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave
embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou
nos termos da lei.
seus representantes relações de dependência ou aliança,
Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse
organização de sindicatos rurais e de colônias de pescadores, público;
atendidas as condições que a lei estabelecer.
II - recusar fé aos documentos públicos;
Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos
III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.
trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e
sobre os interesses que devam por meio dele defender. CAPÍTULO II
DA UNIÃO
§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e
disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da Art. 20. São bens da União:
comunidade.
I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a
§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas ser atribuídos;
da lei.
II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras,
Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e das fortificações e construções militares, das vias federais de
empregadores nos colegiados dos órgãos públicos em que comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei;
seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto
de discussão e deliberação. III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos
de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam
Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é de limites com outros países, ou se estendam a território
assegurada a eleição de um representante destes com a estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos
finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento marginais e as praias fluviais;
direto com os empregadores.
IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros
TÍTULO III países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras,
DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios,
CAPÍTULO I exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade
DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA ambiental federal, e as referidas no art. 26, II; (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 46, de 2005)
Art. 18. A organização político-administrativa da República
Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona
Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos econômica exclusiva;
termos desta Constituição. VI - o mar territorial;
§ 1º Brasília é a Capital Federal. VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos;
§ 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, VIII - os potenciais de energia hidráulica;
transformação em Estado ou reintegração ao Estado de
origem serão reguladas em lei complementar. IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo;

§ 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios
ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem arqueológicos e pré-históricos;
novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.
da população diretamente interessada, através de plebiscito,
e do Congresso Nacional, por lei complementar. § 1º É assegurada, nos termos da lei, à União, aos Estados,
ao Distrito Federal e aos Municípios a participação no
§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de
de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e
determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de outros recursos minerais no respectivo território,
de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos plataforma continental, mar territorial ou zona econômica
Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração.
Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 102, de 2019)
(Produção de efeito)
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§ 2º A faixa de até cento e cinqüenta quilômetros de largura, f) os portos marítimos, fluviais e lacustres;
ao longo das fronteiras terrestres, designada como faixa de
XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério
fronteira, é considerada fundamental para defesa do
Público do Distrito Federal e dos Territórios e a Defensoria
território nacional, e sua ocupação e utilização serão
Pública dos Territórios; (Redação dada pela Emenda
reguladas em lei.
Constitucional nº 69, de 2012) (Produção de efeito)
Art. 21. Compete à União:
XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia penal, a
I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito
organizações internacionais; Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito
Federal para a execução de serviços públicos, por meio de
II - declarar a guerra e celebrar a paz;
fundo próprio; (Redação dada pela Emenda Constitucional
III - assegurar a defesa nacional; nº 104, de 2019)
IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que XV - organizar e manter os serviços oficiais de estatística,
forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele geografia, geologia e cartografia de âmbito nacional;
permaneçam temporariamente;
XVI - exercer a classificação, para efeito indicativo, de
V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a diversões públicas e de programas de rádio e televisão;
intervenção federal;
XVII - conceder anistia;
VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material
XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as
bélico;
calamidades públicas, especialmente as secas e as
VII - emitir moeda; inundações;
VIII - administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos
operações de natureza financeira, especialmente as de hídricos e definir critérios de outorga de direitos de seu uso;
crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguros e (Regulamento)
de previdência privada;
XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano,
IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de inclusive habitação, saneamento básico e transportes
ordenação do território e de desenvolvimento econômico e urbanos;
social;
XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o sistema
X - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional; nacional de viação;
XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, XXII - executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária
concessão ou permissão, os serviços de telecomunicações, e de fronteiras; (Redação dada pela Emenda Constitucional
nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos nº 19, de 1998)
serviços, a criação de um órgão regulador e outros aspectos
XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de
institucionais; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a
8, de 15/08/95:)
pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a
XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus
concessão ou permissão: derivados, atendidos os seguintes princípios e condições:
a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens; a) toda atividade nuclear em território nacional somente
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 8, de será admitida para fins pacíficos e mediante aprovação do
15/08/95:) Congresso Nacional;
b) os serviços e instalações de energia elétrica e o b) sob regime de permissão, são autorizadas a
aproveitamento energético dos cursos de água, em comercialização e a utilização de radioisótopos para a
articulação com os Estados onde se situam os potenciais pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais; (Redação
hidroenergéticos; dada pela Emenda Constitucional nº 49, de 2006)
c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção,
aeroportuária; comercialização e utilização de radioisótopos de meia-vida
igual ou inferior a duas horas; (Redação dada pela Emenda
d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre
Constitucional nº 49, de 2006)
portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que
transponham os limites de Estado ou Território; d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da
existência de culpa; (Redação dada pela Emenda
e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e
Constitucional nº 49, de 2006)
internacional de passageiros;
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XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do trabalho; XXIII - seguridade social;


XXV - estabelecer as áreas e as condições para o exercício da XXIV - diretrizes e bases da educação nacional;
atividade de garimpagem, em forma associativa.
XXV - registros públicos;
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza;
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral,
XXVII – normas gerais de licitação e contratação, em todas as
agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;
modalidades, para as administrações públicas diretas,
II - desapropriação; autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito
Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e
III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo
para as empresas públicas e sociedades de economia mista,
e em tempo de guerra;
nos termos do art. 173, § 1°, III; (Redação dada pela Emenda
IV - águas, energia, informática, telecomunicações e Constitucional nº 19, de 1998)
radiodifusão;
XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa
V - serviço postal; marítima, defesa civil e mobilização nacional;
VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos XXIX - propaganda comercial.
metais;
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os
VII - política de crédito, câmbio, seguros e transferência de Estados a legislar sobre questões específicas das matérias
valores; relacionadas neste artigo.
VIII - comércio exterior e interestadual; Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios:
IX - diretrizes da política nacional de transportes;
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das
X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima,
instituições democráticas e conservar o patrimônio público;
aérea e aeroespacial;
II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e
XI - trânsito e transporte;
garantia das pessoas portadoras de deficiência; (Vide ADPF
XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia; 672)
XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização; III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor
histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens
XIV - populações indígenas;
naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
XV - emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão
IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de
de estrangeiros;
obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou
XVI - organização do sistema nacional de emprego e cultural;
condições para o exercício de profissões;
V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à
XVII - organização judiciária, do Ministério Público do Distrito ciência, à tecnologia, à pesquisa e à inovação; (Redação dada
Federal e dos Territórios e da Defensoria Pública dos pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)
Territórios, bem como organização administrativa destes;
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 69, de 2012)
qualquer de suas formas;
(Produção de efeito)
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;
XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia
nacionais; VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o
abastecimento alimentar;
XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da poupança
popular; IX - promover programas de construção de moradias e a
melhoria das condições habitacionais e de saneamento
XX - sistemas de consórcios e sorteios;
básico; (Vide ADPF 672)
XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico,
X - combater as causas da pobreza e os fatores de
garantias, convocação, mobilização, inatividades e pensões
marginalização, promovendo a integração social dos setores
das polícias militares e dos corpos de bombeiros militares;
desfavorecidos;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de
XXII - competência da polícia federal e das polícias rodoviária
direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e
e ferroviária federais;
minerais em seus territórios;

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XII - estabelecer e implantar política de educação para a § 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais
segurança do trânsito. suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.
(Vide Lei nº 13.874, de 2019)
Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a
cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e CAPÍTULO III
os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do DOS ESTADOS FEDERADOS
desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas
Constituições e leis que adotarem, observados os princípios
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal desta Constituição.
legislar concorrentemente sobre:
§ 1º São reservadas aos Estados as competências que não
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e lhes sejam vedadas por esta Constituição.
urbanístico; (Vide Lei nº 13.874, de 2019)
§ 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante
II - orçamento; concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da
III - juntas comerciais; lei, vedada a edição de medida provisória para a sua
regulamentação. (Redação dada pela Emenda Constitucional
IV - custas dos serviços forenses; nº 5, de 1995)
V - produção e consumo; § 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar,
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e
defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios
ambiente e controle da poluição; limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a
execução de funções públicas de interesse comum.
VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico,
turístico e paisagístico; Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:

VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes,
consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na
histórico, turístico e paisagístico; forma da lei, as decorrentes de obras da União;

IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no
pesquisa, desenvolvimento e inovação; (Redação dada pela seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União,
Emenda Constitucional nº 85, de 2015) Municípios ou terceiros;

X - criação, funcionamento e processo do juizado de III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;
pequenas causas; IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da
XI - procedimentos em matéria processual; União.

XII - previdência social, proteção e defesa da saúde; (Vide Art. 27. O número de Deputados à Assembléia Legislativa
ADPF 672) corresponderá ao triplo da representação do Estado na
Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis,
XIII - assistência jurídica e Defensoria pública; será acrescido de tantos quantos forem os Deputados
XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de Federais acima de doze.
deficiência; § 1º Será de quatro anos o mandato dos Deputados
XV - proteção à infância e à juventude; Estaduais, aplicando- sê-lhes as regras desta Constituição
sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades,
XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e
civis. incorporação às Forças Armadas.
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da § 2º O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei
União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. (Vide Lei nº de iniciativa da Assembléia Legislativa, na razão de, no
13.874, de 2019) máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas espécie, para os Deputados Federais, observado o que
gerais não exclui a competência suplementar dos Estados. dispõem os arts. 39, § 4º, 57, § 7º, 150, II, 153, III, e 153, §
(Vide Lei nº 13.874, de 2019) 2º, I. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de
1998)
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados
exercerão a competência legislativa plena, para atender a § 3º Compete às Assembléias Legislativas dispor sobre seu
suas peculiaridades. (Vide Lei nº 13.874, de 2019) regimento interno, polícia e serviços administrativos de sua
secretaria, e prover os respectivos cargos.
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§ 4º A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo c) 13 (treze) Vereadores, nos Municípios com mais de 30.000
legislativo estadual. (trinta mil) habitantes e de até 50.000 (cinquenta mil)
habitantes; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de
58, de 2009)
Estado, para mandato de quatro anos, realizar-se-á no
primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no d) 15 (quinze) Vereadores, nos Municípios de mais de 50.000
último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, (cinquenta mil) habitantes e de até 80.000 (oitenta mil)
do ano anterior ao do término do mandato de seus habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de
antecessores, e a posse ocorrerá em primeiro de janeiro do 2009)
ano subseqüente, observado, quanto ao mais, o disposto no
e) 17 (dezessete) Vereadores, nos Municípios de mais de
art. 77. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16,
80.000 (oitenta mil) habitantes e de até 120.000 (cento e
de1997)
vinte mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional
§ 1º Perderá o mandato o Governador que assumir outro nº 58, de 2009)
cargo ou função na administração pública direta ou indireta,
f) 19 (dezenove) Vereadores, nos Municípios de mais de
ressalvada a posse em virtude de concurso público e
120.000 (cento e vinte mil) habitantes e de até 160.000
observado o disposto no art. 38, I, IV e V. (Renumerado do
(cento sessenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda
parágrafo único, pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Constitucional nº 58, de 2009)
§ 2º Os subsídios do Governador, do Vice-Governador e dos
g) 21 (vinte e um) Vereadores, nos Municípios de mais de
Secretários de Estado serão fixados por lei de iniciativa da
160.000 (cento e sessenta mil) habitantes e de até 300.000
Assembléia Legislativa, observado o que dispõem os arts. 37,
(trezentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda
XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. (Incluído pela
Constitucional nº 58, de 2009)
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
h) 23 (vinte e três) Vereadores, nos Municípios de mais de
CAPÍTULO IV
300.000 (trezentos mil) habitantes e de até 450.000
DOS MUNICÍPIOS
(quatrocentos e cinquenta mil) habitantes; (Incluída pela
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em Emenda Constitucional nº 58, de 2009)
dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada i) 25 (vinte e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de
por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a 450.000 (quatrocentos e cinquenta mil) habitantes e de até
promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta 600.000 (seiscentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda
Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os Constitucional nº 58, de 2009)
seguintes preceitos:
j) 27 (vinte e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de
I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, 600.000 (seiscentos mil) habitantes e de até 750.000
para mandato de quatro anos, mediante pleito direto e (setecentos cinquenta mil) habitantes; (Incluída pela
simultâneo realizado em todo o País; Emenda Constitucional nº 58, de 2009)
II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no k) 29 (vinte e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de
primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término do 750.000 (setecentos e cinquenta mil) habitantes e de até
mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 900.000 (novecentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda
77, no caso de Municípios com mais de duzentos mil Constitucional nº 58, de 2009)
eleitores; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16,
de1997) l) 31 (trinta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de
900.000 (novecentos mil) habitantes e de até 1.050.000 (um
III - posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no dia 1º de janeiro milhão e cinquenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda
do ano subseqüente ao da eleição; Constitucional nº 58, de 2009)
IV - para a composição das Câmaras Municipais, será m) 33 (trinta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de
observado o limite máximo de: (Redação dada pela Emenda 1.050.000 (um milhão e cinquenta mil) habitantes e de até
Constitucional nº 58, de 2009) (Produção de efeito) (Vide 1.200.000 (um milhão e duzentos mil) habitantes; (Incluída
ADIN 4307) pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009)
a) 9 (nove) Vereadores, nos Municípios de até 15.000 (quinze n) 35 (trinta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de
mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constitucional 1.200.000 (um milhão e duzentos mil) habitantes e de até
nº 58, de 2009) 1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta mil)
b) 11 (onze) Vereadores, nos Municípios de mais de 15.000 habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de
(quinze mil) habitantes e de até 30.000 (trinta mil) 2009)
habitantes; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº o) 37 (trinta e sete) Vereadores, nos Municípios de 1.350.000
58, de 2009) (um milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes e de até
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1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes; (Incluída subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda
pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) Constitucional nº 25, de 2000)
p) 39 (trinta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de b) em Municípios de dez mil e um a cinqüenta mil habitantes,
1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes e de até o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a trinta
1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes; (Incluída por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)
q) 41 (quarenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais c) em Municípios de cinqüenta mil e um a cem mil
de 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes e de habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores
até 2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes; corresponderá a quarenta por cento do subsídio dos
(Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 25, de 2000)
r) 43 (quarenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais
de 2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes e d) em Municípios de cem mil e um a trezentos mil habitantes,
de até 3.000.000 (três milhões) de habitantes; (Incluída pela o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a
Emenda Constitucional nº 58, de 2009) cinqüenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)
s) 45 (quarenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais
de 3.000.000 (três milhões) de habitantes e de até 4.000.000 e) em Municípios de trezentos mil e um a quinhentos mil
(quatro milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores
Constitucional nº 58, de 2009) corresponderá a sessenta por cento do subsídio dos
Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional
t) 47 (quarenta e sete) Vereadores, nos Municípios de mais
nº 25, de 2000)
de 4.000.000 (quatro milhões) de habitantes e de até
5.000.000 (cinco milhões) de habitantes; (Incluída pela f) em Municípios de mais de quinhentos mil habitantes, o
Emenda Constitucional nº 58, de 2009) subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a setenta e
cinco por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;
u) 49 (quarenta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)
de 5.000.000 (cinco milhões) de habitantes e de até
6.000.000 (seis milhões) de habitantes; (Incluída pela VII - o total da despesa com a remuneração dos Vereadores
Emenda Constitucional nº 58, de 2009) não poderá ultrapassar o montante de cinco por cento da
receita do Município; (Incluído pela Emenda Constitucional
v) 51 (cinquenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais
nº 1, de 1992)
de 6.000.000 (seis milhões) de habitantes e de até 7.000.000
(sete milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda VIII - inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões,
Constitucional nº 58, de 2009) palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição
do Município; (Renumerado do inciso VI, pela Emenda
w) 53 (cinquenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais
Constitucional nº 1, de 1992)
de 7.000.000 (sete milhões) de habitantes e de até 8.000.000
(oito milhões) de habitantes; e (Incluída pela Emenda IX - proibições e incompatibilidades, no exercício da
Constitucional nº 58, de 2009) vereança, similares, no que couber, ao disposto nesta
Constituição para os membros do Congresso Nacional e na
x) 55 (cinquenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais
Constituição do respectivo Estado para os membros da
de 8.000.000 (oito milhões) de habitantes; (Incluída pela
Assembléia Legislativa; (Renumerado do inciso VII, pela
Emenda Constitucional nº 58, de 2009)
Emenda Constitucional nº 1, de 1992)
V - subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários
X - julgamento do Prefeito perante o Tribunal de Justiça;
Municipais fixados por lei de iniciativa da Câmara Municipal,
(Renumerado do inciso VIII, pela Emenda Constitucional nº
observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153,
1, de 1992)
III, e 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda constitucional
nº 19, de 1998) XI - organização das funções legislativas e fiscalizadoras da
Câmara Municipal; (Renumerado do inciso IX, pela Emenda
VI - o subsídio dos Vereadores será fixado pelas respectivas
Constitucional nº 1, de 1992)
Câmaras Municipais em cada legislatura para a subseqüente,
observado o que dispõe esta Constituição, observados os XII - cooperação das associações representativas no
critérios estabelecidos na respectiva Lei Orgânica e os planejamento municipal; (Renumerado do inciso X, pela
seguintes limites máximos: (Redação dada pela Emenda Emenda Constitucional nº 1, de 1992)
Constitucional nº 25, de 2000)
XIII - iniciativa popular de projetos de lei de interesse
a) em Municípios de até dez mil habitantes, o subsídio específico do Município, da cidade ou de bairros, através de
máximo dos Vereadores corresponderá a vinte por cento do manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado;

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(Renumerado do inciso XI, pela Emenda Constitucional nº 1, § 3o Constitui crime de responsabilidade do Presidente da
de 1992) Câmara Municipal o desrespeito ao § 1o deste artigo.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)
XIV - perda do mandato do Prefeito, nos termos do art. 28,
parágrafo único. (Renumerado do inciso XII, pela Emenda Art. 30. Compete aos Municípios:
Constitucional nº 1, de 1992)
I - legislar sobre assuntos de interesse local;
Art. 29-A. O total da despesa do Poder Legislativo Municipal,
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que
incluídos os subsídios dos Vereadores e excluídos os gastos
couber; (Vide ADPF 672)
com inativos, não poderá ultrapassar os seguintes
percentuais, relativos ao somatório da receita tributária e III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem
das transferências previstas no § 5o do art. 153 e nos arts. como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade
158 e 159, efetivamente realizado no exercício anterior: de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) em lei;
I - 7% (sete por cento) para Municípios com população de até IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a
100.000 (cem mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda legislação estadual;
Constituição Constitucional nº 58, de 2009) (Produção de
V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de
efeito)
concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse
II - 6% (seis por cento) para Municípios com população entre local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter
100.000 (cem mil) e 300.000 (trezentos mil) habitantes; essencial;
(Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº
VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União
58, de 2009)
e do Estado, programas de educação infantil e de ensino
III - 5% (cinco por cento) para Municípios com população fundamental; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
entre 300.001 (trezentos mil e um) e 500.000 (quinhentos 53, de 2006)
mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição
VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União
Constitucional nº 58, de 2009)
e do Estado, serviços de atendimento à saúde da população;
IV - 4,5% (quatro inteiros e cinco décimos por cento) para
VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento
Municípios com população entre 500.001 (quinhentos mil e
territorial, mediante planejamento e controle do uso, do
um) e 3.000.000 (três milhões) de habitantes; (Redação dada
parcelamento e da ocupação do solo urbano;
pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)
IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural
V - 4% (quatro por cento) para Municípios com população
local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e
entre 3.000.001 (três milhões e um) e 8.000.000 (oito
estadual.
milhões) de habitantes; (Incluído pela Emenda Constituição
Constitucional nº 58, de 2009) Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder
Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos
VI - 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento) para
sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal,
Municípios com população acima de 8.000.001 (oito milhões
na forma da lei.
e um) habitantes. (Incluído pela Emenda Constituição
Constitucional nº 58, de 2009) § 1º O controle externo da Câmara Municipal será exercido
com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do
§ 1o A Câmara Municipal não gastará mais de setenta por
Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos
cento de sua receita com folha de pagamento, incluído o
Municípios, onde houver.
gasto com o subsídio de seus Vereadores. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 25, de 2000) § 2º O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre
as contas que o Prefeito deve anualmente prestar, só deixará
§ 2o Constitui crime de responsabilidade do Prefeito
de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da
Municipal: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de
Câmara Municipal.
2000)
§ 3º As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias,
I - efetuar repasse que supere os limites definidos neste
anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para
artigo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)
exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a
II - não enviar o repasse até o dia vinte de cada mês; ou legitimidade, nos termos da lei.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)
§ 4º É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de
III - enviá-lo a menor em relação à proporção fixada na Lei Contas Municipais.
Orçamentária. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25,
de 2000)

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CAPÍTULO VII § 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão


DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA anualmente os valores do subsídio e da remuneração dos
SEÇÃO II cargos e empregos públicos. (Incluído pela Emenda
DOS SERVIDORES PÚBLICOS Constitucional nº 19, de 1998)

(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998) § 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios disciplinará a aplicação de recursos
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os orçamentários provenientes da economia com despesas
Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, correntes em cada órgão, autarquia e fundação, para
regime jurídico único e planos de carreira para os servidores aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e
da administração pública direta, das autarquias e das produtividade, treinamento e desenvolvimento,
fundações públicas. (Vide ADIN nº 2.135-4) modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os público, inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de
Municípios instituirão conselho de política de administração produtividade. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19,
e remuneração de pessoal, integrado por servidores de 1998)
designados pelos respectivos Poderes (Redação dada pela § 8º A remuneração dos servidores públicos organizados em
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (Vide ADIN nº 2.135- carreira poderá ser fixada nos termos do § 4º. (Incluído pela
4) Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais § 9º É vedada a incorporação de vantagens de caráter
componentes do sistema remuneratório observará: temporário ou vinculadas ao exercício de função de
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) confiança ou de cargo em comissão à remuneração do cargo
I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade efetivo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de
dos cargos componentes de cada carreira; (Incluído pela 2019)
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) Art. 40. O regime próprio de previdência social dos
II - os requisitos para a investidura; (Incluído pela Emenda servidores titulares de cargos efetivos terá caráter
Constitucional nº 19, de 1998) contributivo e solidário, mediante contribuição do
respectivo ente federativo, de servidores ativos, de
III - as peculiaridades dos cargos. (Incluído pela Emenda aposentados e de pensionistas, observados critérios que
Constitucional nº 19, de 1998) preservem o equilíbrio financeiro e atuarial. (Redação dada
§ 2º A União, os Estados e o Distrito Federal manterão pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
escolas de governo para a formação e o aperfeiçoamento § 1º O servidor abrangido por regime próprio de previdência
dos servidores públicos, constituindo-se a participação nos social será aposentado: (Redação dada pela Emenda
cursos um dos requisitos para a promoção na carreira, Constitucional nº 103, de 2019)
facultada, para isso, a celebração de convênios ou contratos
entre os entes federados. (Redação dada pela Emenda I - por incapacidade permanente para o trabalho, no cargo
Constitucional nº 19, de 1998) em que estiver investido, quando insuscetível de
readaptação, hipótese em que será obrigatória a realização
§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o de avaliações periódicas para verificação da continuidade
disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, das condições que ensejaram a concessão da aposentadoria,
XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos na forma de lei do respectivo ente federativo; (Redação dada
diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
exigir. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao
§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os tempo de contribuição, aos 70 (setenta) anos de idade, ou
Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei
serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em complementar; (Redação dada pela Emenda Constitucional
parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, nº 88, de 2015) (Vide Lei Complementar nº 152, de 2015)
adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra
espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o III - no âmbito da União, aos 62 (sessenta e dois) anos de
disposto no art. 37, X e XI. (Incluído pela Emenda idade, se mulher, e aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade,
Constitucional nº 19, de 1998) se homem, e, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios, na idade mínima estabelecida mediante
§ 5º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos emenda às respectivas Constituições e Leis Orgânicas,
Municípios poderá estabelecer a relação entre a maior e a observados o tempo de contribuição e os demais requisitos
menor remuneração dos servidores públicos, obedecido, em estabelecidos em lei complementar do respectivo ente
qualquer caso, o disposto no art. 37, XI. (Incluído pela federativo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 103, de 2019)
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§ 2º Os proventos de aposentadoria não poderão ser § 7º Observado o disposto no § 2º do art. 201, quando se
inferiores ao valor mínimo a que se refere o § 2º do art. 201 tratar da única fonte de renda formal auferida pelo
ou superiores ao limite máximo estabelecido para o Regime dependente, o benefício de pensão por morte será
Geral de Previdência Social, observado o disposto nos §§ 14 concedido nos termos de lei do respectivo ente federativo, a
a 16. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de qual tratará de forma diferenciada a hipótese de morte dos
2019) servidores de que trata o § 4º-B decorrente de agressão
sofrida no exercício ou em razão da função. (Redação dada
§ 3º As regras para cálculo de proventos de aposentadoria
pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
serão disciplinadas em lei do respectivo ente federativo.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) § 8º É assegurado o reajustamento dos benefícios para
preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real,
§ 4º É vedada a adoção de requisitos ou critérios
conforme critérios estabelecidos em lei. (Redação dada pela
diferenciados para concessão de benefícios em regime
Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)
próprio de previdência social, ressalvado o disposto nos §§
4º-A, 4º-B, 4º-C e 5º. (Redação dada pela Emenda § 9º O tempo de contribuição federal, estadual, distrital ou
Constitucional nº 103, de 2019) municipal será contado para fins de aposentadoria,
observado o disposto nos §§ 9º e 9º-A do art. 201, e o tempo
§ 4º-A. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do
de serviço correspondente será contado para fins de
respectivo ente federativo idade e tempo de contribuição
disponibilidade. (Redação dada pela Emenda Constitucional
diferenciados para aposentadoria de servidores com
nº 103, de 2019)
deficiência, previamente submetidos a avaliação
biopsicossocial realizada por equipe multiprofissional e § 10 - A lei não poderá estabelecer qualquer forma de
interdisciplinar. (Incluído pela Emenda Constitucional nº contagem de tempo de contribuição fictício. (Incluído pela
103, de 2019) Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)
§ 4º-B. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do § 11 - Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma total dos
respectivo ente federativo idade e tempo de contribuição proventos de inatividade, inclusive quando decorrentes da
diferenciados para aposentadoria de ocupantes do cargo de acumulação de cargos ou empregos públicos, bem como de
agente penitenciário, de agente socioeducativo ou de outras atividades sujeitas a contribuição para o regime geral
policial dos órgãos de que tratam o inciso IV do caput do art. de previdência social, e ao montante resultante da adição de
51, o inciso XIII do caput do art. 52 e os incisos I a IV do caput proventos de inatividade com remuneração de cargo
do art. 144. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de acumulável na forma desta Constituição, cargo em comissão
2019) declarado em lei de livre nomeação e exoneração, e de cargo
eletivo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de
§ 4º-C. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do
15/12/98)
respectivo ente federativo idade e tempo de contribuição
diferenciados para aposentadoria de servidores cujas § 12. Além do disposto neste artigo, serão observados, em
atividades sejam exercidas com efetiva exposição a agentes regime próprio de previdência social, no que couber, os
químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou requisitos e critérios fixados para o Regime Geral de
associação desses agentes, vedada a caracterização por Previdência Social. (Redação dada pela Emenda
categoria profissional ou ocupação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
Constitucional nº 103, de 2019)
§ 13. Aplica-se ao agente público ocupante, exclusivamente,
§ 5º Os ocupantes do cargo de professor terão idade mínima de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e
reduzida em 5 (cinco) anos em relação às idades decorrentes exoneração, de outro cargo temporário, inclusive mandato
da aplicação do disposto no inciso III do § 1º, desde que eletivo, ou de emprego público, o Regime Geral de
comprovem tempo de efetivo exercício das funções de Previdência Social. (Redação dada pela Emenda
magistério na educação infantil e no ensino fundamental e Constitucional nº 103, de 2019)
médio fixado em lei complementar do respectivo ente
§ 14. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
federativo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
instituirão, por lei de iniciativa do respectivo Poder
103, de 2019)
Executivo, regime de previdência complementar para
§ 6º Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos servidores públicos ocupantes de cargo efetivo, observado o
acumuláveis na forma desta Constituição, é vedada a limite máximo dos benefícios do Regime Geral de
percepção de mais de uma aposentadoria à conta de regime Previdência Social para o valor das aposentadorias e das
próprio de previdência social, aplicando-se outras vedações, pensões em regime próprio de previdência social, ressalvado
regras e condições para a acumulação de benefícios o disposto no § 16. (Redação dada pela Emenda
previdenciários estabelecidas no Regime Geral de Constitucional nº 103, de 2019)
Previdência Social. (Redação dada pela Emenda
§ 15. O regime de previdência complementar de que trata o
Constitucional nº 103, de 2019)
§ 14 oferecerá plano de benefícios somente na modalidade
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contribuição definida, observará o disposto no art. 202 e será II - modelo de arrecadação, de aplicação e de utilização dos
efetivado por intermédio de entidade fechada de recursos; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de
previdência complementar ou de entidade aberta de 2019)
previdência complementar. (Redação dada pela Emenda
III - fiscalização pela União e controle externo e social;
Constitucional nº 103, de 2019)
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§ 16 - Somente mediante sua prévia e expressa opção, o
IV - definição de equilíbrio financeiro e atuarial; (Incluído
disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser aplicado ao servidor que
pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
tiver ingressado no serviço público até a data da publicação
do ato de instituição do correspondente regime de V - condições para instituição do fundo com finalidade
previdência complementar. (Incluído pela Emenda previdenciária de que trata o art. 249 e para vinculação a ele
Constitucional nº 20, de 15/12/98) dos recursos provenientes de contribuições e dos bens,
direitos e ativos de qualquer natureza; (Incluído pela
§ 17. Todos os valores de remuneração considerados para o
Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
cálculo do benefício previsto no § 3° serão devidamente
atualizados, na forma da lei. (Incluído pela Emenda VI - mecanismos de equacionamento do deficit atuarial;
Constitucional nº 41, 19.12.2003) (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§ 18. Incidirá contribuição sobre os proventos de VII - estruturação do órgão ou entidade gestora do regime,
aposentadorias e pensões concedidas pelo regime de que observados os princípios relacionados com governança,
trata este artigo que superem o limite máximo estabelecido controle interno e transparência; (Incluído pela Emenda
para os benefícios do regime geral de previdência social de Constitucional nº 103, de 2019)
que trata o art. 201, com percentual igual ao estabelecido
VIII - condições e hipóteses para responsabilização daqueles
para os servidores titulares de cargos efetivos. (Incluído pela
que desempenhem atribuições relacionadas, direta ou
Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) (Vide ADIN 3133)
indiretamente, com a gestão do regime; (Incluído pela
(Vide ADIN 3143) (Vide ADIN 3184)
Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§ 19. Observados critérios a serem estabelecidos em lei do
IX - condições para adesão a consórcio público; (Incluído pela
respectivo ente federativo, o servidor titular de cargo efetivo
Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
que tenha completado as exigências para a aposentadoria
voluntária e que opte por permanecer em atividade poderá X - parâmetros para apuração da base de cálculo e definição
fazer jus a um abono de permanência equivalente, no de alíquota de contribuições ordinárias e extraordinárias.
máximo, ao valor da sua contribuição previdenciária, até (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
completar a idade para aposentadoria compulsória.
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em
§ 20. É vedada a existência de mais de um regime próprio de virtude de concurso público. (Redação dada pela Emenda
previdência social e de mais de um órgão ou entidade Constitucional nº 19, de 1998)
gestora desse regime em cada ente federativo, abrangidos
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo: (Redação
todos os poderes, órgãos e entidades autárquicas e
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
fundacionais, que serão responsáveis pelo seu
financiamento, observados os critérios, os parâmetros e a I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
natureza jurídica definidos na lei complementar de que trata (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
o § 22. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103,
II - mediante processo administrativo em que lhe seja
de 2019)
assegurada ampla defesa; (Incluído pela Emenda
§ 21. (Revogado). (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Constitucional nº 103, de 2019)
III - mediante procedimento de avaliação periódica de
§ 22. Vedada a instituição de novos regimes próprios de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada
previdência social, lei complementar federal estabelecerá, ampla defesa. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19,
para os que já existam, normas gerais de organização, de de 1998)
funcionamento e de responsabilidade em sua gestão,
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor
dispondo, entre outros aspectos, sobre: (Incluído pela
estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga,
Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a
I - requisitos para sua extinção e consequente migração para indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em
o Regime Geral de Previdência Social; (Incluído pela Emenda disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de
Constitucional nº 103, de 2019) serviço. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de
1998)

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§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o § 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa
servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração pública, da sociedade de economia mista e de suas
proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado subsidiárias que explorem atividade econômica de produção
aproveitamento em outro cargo. (Redação dada pela ou comercialização de bens ou de prestação de serviços,
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) dispondo sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 19, de 1998)
§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é
obrigatória a avaliação especial de desempenho por I - sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e
comissão instituída para essa finalidade. (Incluído pela pela sociedade; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19,
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) de 1998)
TÍTULO VII II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas
DA ORDEM ECONÔMICA E FINANCEIRA privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis,
CAPÍTULO I comerciais, trabalhistas e tributários; (Incluído pela Emenda
DOS PRINCÍPIOS GERAIS DA ATIVIDADE ECONÔMICA Constitucional nº 19, de 1998)

Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e
trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar alienações, observados os princípios da administração
a todos existência digna, conforme os ditames da justiça pública; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de
social, observados os seguintes princípios: 1998)

I - soberania nacional; IV - a constituição e o funcionamento dos conselhos de


administração e fiscal, com a participação de acionistas
II - propriedade privada; minoritários; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de
III - função social da propriedade; 1998)

IV - livre concorrência; V - os mandatos, a avaliação de desempenho e a


responsabilidade dos administradores. (Incluído pela
V - defesa do consumidor; Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante § 2º As empresas públicas e as sociedades de economia
tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos mista não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos
produtos e serviços e de seus processos de elaboração e às do setor privado.
prestação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42,
de 19.12.2003) § 3º A lei regulamentará as relações da empresa pública com
o Estado e a sociedade.
VII - redução das desigualdades regionais e sociais;
§ 4º - lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à
VIII - busca do pleno emprego; dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao
IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno aumento arbitrário dos lucros.
porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua § 5º A lei, sem prejuízo da responsabilidade individual dos
sede e administração no País. (Redação dada pela Emenda dirigentes da pessoa jurídica, estabelecerá a
Constitucional nº 6, de 1995) responsabilidade desta, sujeitando-a às punições
Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de compatíveis com sua natureza, nos atos praticados contra a
qualquer atividade econômica, independentemente de ordem econômica e financeira e contra a economia popular.
autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade
lei. (Vide Lei nº 13.874, de 2019) econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de
Art. 171. (Revogado pela Emenda Constitucional nº 6, de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este
1995) determinante para o setor público e indicativo para o setor
privado. (Vide Lei nº 13.874, de 2019)
Art. 172. A lei disciplinará, com base no interesse nacional,
os investimentos de capital estrangeiro, incentivará os § 1º A lei estabelecerá as diretrizes e bases do planejamento
reinvestimentos e regulará a remessa de lucros. do desenvolvimento nacional equilibrado, o qual incorporará
e compatibilizará os planos nacionais e regionais de
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, desenvolvimento.
a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só
será permitida quando necessária aos imperativos da § 2º A lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras
segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, formas de associativismo.
conforme definidos em lei. § 3º O Estado favorecerá a organização da atividade
garimpeira em cooperativas, levando em conta a proteção

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do meio ambiente e a promoção econômico-social dos IV - o transporte marítimo do petróleo bruto de origem
garimpeiros. nacional ou de derivados básicos de petróleo produzidos no
País, bem assim o transporte, por meio de conduto, de
§ 4º As cooperativas a que se refere o parágrafo anterior
petróleo bruto, seus derivados e gás natural de qualquer
terão prioridade na autorização ou concessão para pesquisa
origem;
e lavra dos recursos e jazidas de minerais garimpáveis, nas
áreas onde estejam atuando, e naquelas fixadas de acordo V - a pesquisa, a lavra, o enriquecimento, o
com o art. 21, XXV, na forma da lei. reprocessamento, a industrialização e o comércio de
minérios e minerais nucleares e seus derivados, com exceção
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei,
dos radioisótopos cuja produção, comercialização e
diretamente ou sob regime de concessão ou permissão,
utilização poderão ser autorizadas sob regime de permissão,
sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
conforme as alíneas b e c do inciso XXIII do caput do art. 21
Parágrafo único. A lei disporá sobre: desta Constituição Federal. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 49, de 2006)
I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias
de serviços públicos, o caráter especial de seu contrato e de § 1º A União poderá contratar com empresas estatais ou
sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, privadas a realização das atividades previstas nos incisos I a
fiscalização e rescisão da concessão ou permissão; IV deste artigo observadas as condições estabelecidas em lei.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 9, de 1995)
II - os direitos dos usuários;
§ 2º A lei a que se refere o § 1º disporá sobre: (Incluído pela
III - política tarifária;
Emenda Constitucional nº 9, de 1995)
IV - a obrigação de manter serviço adequado.
I - a garantia do fornecimento dos derivados de petróleo em
Art. 176. As jazidas, em lavra ou não, e demais recursos todo o território nacional; (Incluído pela Emenda
minerais e os potenciais de energia hidráulica constituem Constitucional nº 9, de 1995)
propriedade distinta da do solo, para efeito de exploração ou
II - as condições de contratação; (Incluído pela Emenda
aproveitamento, e pertencem à União, garantida ao
Constitucional nº 9, de 1995)
concessionário a propriedade do produto da lavra.
III - a estrutura e atribuições do órgão regulador do
§ 1º A pesquisa e a lavra de recursos minerais e o
monopólio da União; (Incluído pela Emenda Constitucional
aproveitamento dos potenciais a que se refere o "caput"
nº 9, de 1995)
deste artigo somente poderão ser efetuados mediante
autorização ou concessão da União, no interesse nacional, § 3º A lei disporá sobre o transporte e a utilização de
por brasileiros ou empresa constituída sob as leis brasileiras materiais radioativos no território nacional. (Renumerado de
e que tenha sua sede e administração no País, na forma da § 2º para 3º pela Emenda Constitucional nº 9, de 1995)
lei, que estabelecerá as condições específicas quando essas
§ 4º A lei que instituir contribuição de intervenção no
atividades se desenvolverem em faixa de fronteira ou terras
domínio econômico relativa às atividades de importação ou
indígenas. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 6,
comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e
de 1995)
seus derivados e álcool combustível deverá atender aos
§ 2º - É assegurada participação ao proprietário do solo nos seguintes requisitos: (Incluído pela Emenda Constitucional
resultados da lavra, na forma e no valor que dispuser a lei. nº 33, de 2001)
§ 3º A autorização de pesquisa será sempre por prazo I - a alíquota da contribuição poderá ser: (Incluído pela
determinado, e as autorizações e concessões previstas neste Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
artigo não poderão ser cedidas ou transferidas, total ou
a) diferenciada por produto ou uso; (Incluído pela Emenda
parcialmente, sem prévia anuência do poder concedente.
Constitucional nº 33, de 2001)
§ 4º Não dependerá de autorização ou concessão o
b)reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, não
aproveitamento do potencial de energia renovável de
se lhe aplicando o disposto no art. 150,III, b; (Incluído pela
capacidade reduzida.
Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
Art. 177. Constituem monopólio da União:
II - os recursos arrecadados serão destinados: (Incluído pela
I - a pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo e gás natural e Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
outros hidrocarbonetos fluidos;
a) ao pagamento de subsídios a preços ou transporte de
II - a refinação do petróleo nacional ou estrangeiro; álcool combustível, gás natural e seus derivados e derivados
de petróleo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de
III - a importação e exportação dos produtos e derivados
2001)
básicos resultantes das atividades previstas nos incisos
anteriores;
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b) ao financiamento de projetos ambientais relacionados edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu
com a indústria do petróleo e do gás; (Incluído pela Emenda adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
Constitucional nº 33, de 2001)
I - parcelamento ou edificação compulsórios;
c) ao financiamento de programas de infra-estrutura de
II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana
transportes. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de
progressivo no tempo;
2001)
III - desapropriação com pagamento mediante títulos da
Art. 178. A lei disporá sobre a ordenação dos transportes
dívida pública de emissão previamente aprovada pelo
aéreo, aquático e terrestre, devendo, quanto à ordenação do
Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em
transporte internacional, observar os acordos firmados pela
parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real
União, atendido o princípio da reciprocidade. (Redação dada
da indenização e os juros legais.
pela Emenda Constitucional nº 7, de 1995)
Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até
Parágrafo único. Na ordenação do transporte aquático, a lei
duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos,
estabelecerá as condições em que o transporte de
ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua
mercadorias na cabotagem e a navegação interior poderão
moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde
ser feitos por embarcações estrangeiras. (Incluído pela
que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
Emenda Constitucional nº 7, de 1995)
§ 1º O título de domínio e a concessão de uso serão
Art. 179. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos,
Municípios dispensarão às microempresas e às empresas de
independentemente do estado civil.
pequeno porte, assim definidas em lei, tratamento jurídico
diferenciado, visando a incentivá-las pela simplificação de § 2º Esse direito não será reconhecido ao mesmo possuidor
suas obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias mais de uma vez.
e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas por meio
§ 3º Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.
de lei.
CAPÍTULO III
Art. 180. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
DA POLÍTICA AGRÍCOLA E FUNDIÁRIA E DA REFORMA
Municípios promoverão e incentivarão o turismo como fator
de desenvolvimento social e econômico. AGRÁRIA

Art. 181. O atendimento de requisição de documento ou Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social,
informação de natureza comercial, feita por autoridade para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja
administrativa ou judiciária estrangeira, a pessoa física ou cumprindo sua função social, mediante prévia e justa
jurídica residente ou domiciliada no País dependerá de indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de
autorização do Poder competente. preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte
anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja
CAPÍTULO II utilização será definida em lei.
DA POLÍTICA URBANA
§ 1º As benfeitorias úteis e necessárias serão indenizadas em
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada dinheiro.
pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais
§ 2º O decreto que declarar o imóvel como de interesse
fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno
social, para fins de reforma agrária, autoriza a União a propor
desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o
a ação de desapropriação.
bem- estar de seus habitantes.
§ 3º Cabe à lei complementar estabelecer procedimento
§ 1º O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal,
contraditório especial, de rito sumário, para o processo
obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes, é
judicial de desapropriação.
o instrumento básico da política de desenvolvimento e de
expansão urbana. § 4º O orçamento fixará anualmente o volume total de
títulos da dívida agrária, assim como o montante de recursos
§ 2º A propriedade urbana cumpre sua função social quando
para atender ao programa de reforma agrária no exercício.
atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade
expressas no plano diretor. § 5º São isentas de impostos federais, estaduais e municipais
as operações de transferência de imóveis desapropriados
§ 3º As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com
para fins de reforma agrária.
prévia e justa indenização em dinheiro.
Art. 185. São insuscetíveis de desapropriação para fins de
§ 4º É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei
reforma agrária:
específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos
termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não I - a pequena e média propriedade rural, assim definida em
lei, desde que seu proprietário não possua outra;
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II - a propriedade produtiva. Parágrafo único. O título de domínio e a concessão de uso


serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos,
Parágrafo único. A lei garantirá tratamento especial à
independentemente do estado civil, nos termos e condições
propriedade produtiva e fixará normas para o cumprimento
previstos em lei.
dos requisitos relativos a sua função social.
Art. 190. A lei regulará e limitará a aquisição ou o
Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade
arrendamento de propriedade rural por pessoa física ou
rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de
jurídica estrangeira e estabelecerá os casos que dependerão
exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos:
de autorização do Congresso Nacional.
I - aproveitamento racional e adequado;
Art. 191. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural
II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e ou urbano, possua como seu, por cinco anos ininterruptos,
preservação do meio ambiente; sem oposição, área de terra, em zona rural, não superior a
cinqüenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho
III - observância das disposições que regulam as relações de
ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a
trabalho;
propriedade.
IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e
Parágrafo único. Os imóveis públicos não serão adquiridos
dos trabalhadores.
por usucapião.
Art. 187. A política agrícola será planejada e executada na
CAPÍTULO IV
forma da lei, com a participação efetiva do setor de
produção, envolvendo produtores e trabalhadores rurais, DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
bem como dos setores de comercialização, de Art. 192. O sistema financeiro nacional, estruturado de
armazenamento e de transportes, levando em conta, forma a promover o desenvolvimento equilibrado do País e
especialmente: a servir aos interesses da coletividade, em todas as partes
I - os instrumentos creditícios e fiscais; que o compõem, abrangendo as cooperativas de crédito,
será regulado por leis complementares que disporão,
II - os preços compatíveis com os custos de produção e a inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas
garantia de comercialização; instituições que o integram. (Redação dada pela Emenda
III - o incentivo à pesquisa e à tecnologia; Constitucional nº 40, de 2003)

IV - a assistência técnica e extensão rural; I - (Revogado). (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
40, de 2003)
V - o seguro agrícola;
II - (Revogado). (Redação dada pela Emenda Constitucional
VI - o cooperativismo; nº 40, de 2003)
VII - a eletrificação rural e irrigação; III - (Revogado) (Redação dada pela Emenda Constitucional
VIII - a habitação para o trabalhador rural. nº 40, de 2003)

§ 1º Incluem-se no planejamento agrícola as atividades agro- a) (Revogado) (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
industriais, agropecuárias, pesqueiras e florestais. 40, de 2003)

§ 2º Serão compatibilizadas as ações de política agrícola e de b) (Revogado) (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
reforma agrária. 40, de 2003)

Art. 188. A destinação de terras públicas e devolutas será IV - (Revogado) (Redação dada pela Emenda Constitucional
compatibilizada com a política agrícola e com o plano nº 40, de 2003)
nacional de reforma agrária. V -(Revogado) (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
§ 1º A alienação ou a concessão, a qualquer título, de terras 40, de 2003)
públicas com área superior a dois mil e quinhentos hectares VI - (Revogado) (Redação dada pela Emenda Constitucional
a pessoa física ou jurídica, ainda que por interposta pessoa, nº 40, de 2003)
dependerá de prévia aprovação do Congresso Nacional.
VII - (Revogado) (Redação dada pela Emenda Constitucional
§ 2º Excetuam-se do disposto no parágrafo anterior as nº 40, de 2003)
alienações ou as concessões de terras públicas para fins de
reforma agrária. VIII - (Revogado) (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 40, de 2003)
Art. 189. Os beneficiários da distribuição de imóveis rurais
pela reforma agrária receberão títulos de domínio ou de § 1°- (Revogado) (Redação dada pela Emenda Constitucional
concessão de uso, inegociáveis pelo prazo de dez anos. nº 40, de 2003)

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§ 2°- (Revogado) (Redação dada pela Emenda Constitucional dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das
nº 40, de 2003) seguintes contribuições sociais:
§ 3°- (Revogado) (Redação dada pela Emenda Constitucional I - do empregador, da empresa e da entidade a ela
nº 40, de 2003) equiparada na forma da lei, incidentes sobre: (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
TÍTULO VIII
DA ORDEM SOCIAL a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho
CAPÍTULO I pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe
DISPOSIÇÃO GERAL preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
Art. 193. A ordem social tem como base o primado do
trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça sociais. b) a receita ou o faturamento; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 20, de 1998)
Parágrafo único. O Estado exercerá a função de
planejamento das políticas sociais, assegurada, na forma da c) o lucro; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de
lei, a participação da sociedade nos processos de 1998)
formulação, de monitoramento, de controle e de avaliação II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência
dessas políticas. (Incluído pela Emenda Constitucional nº social, podendo ser adotadas alíquotas progressivas de
108, de 2020) acordo com o valor do salário de contribuição, não incidindo
CAPÍTULO II contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo
DA SEGURIDADE SOCIAL Regime Geral de Previdência Social; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS III - sobre a receita de concursos de prognósticos.
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de
integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da quem a lei a ele equiparar. (Incluído pela Emenda
sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
saúde, à previdência e à assistência social. § 1º - As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da Municípios destinadas à seguridade social constarão dos
lei, organizar a seguridade social, com base nos seguintes respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da
objetivos: União.
I - universalidade da cobertura e do atendimento; § 2º A proposta de orçamento da seguridade social será
elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em
populações urbanas e rurais; vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes
III - seletividade e distributividade na prestação dos orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus
benefícios e serviços; recursos.
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios; § 3º A pessoa jurídica em débito com o sistema da
seguridade social, como estabelecido em lei, não poderá
V - eqüidade na forma de participação no custeio; contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios
VI - diversidade da base de financiamento, identificando-se, ou incentivos fiscais ou creditícios. (Vide Emenda
em rubricas contábeis específicas para cada área, as receitas constitucional nº 106, de 2020)
e as despesas vinculadas a ações de saúde, previdência e § 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir
assistência social, preservado o caráter contributivo da a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido
previdência social; (Redação dada pela Emenda o disposto no art. 154, I.
Constitucional nº 103, de 2019)
§ 5º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social
VII - caráter democrático e descentralizado da poderá ser criado, majorado ou estendido sem a
administração, mediante gestão quadripartite, com correspondente fonte de custeio total.
participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos
aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. (Redação § 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só
dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data
da publicação da lei que as houver instituído ou modificado,
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b".
sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei,
mediante recursos provenientes dos orçamentos da União,

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§ 7º São isentas de contribuição para a seguridade social as § 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao
entidades beneficentes de assistência social que atendam às Poder Público:
exigências estabelecidas em lei.
I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e
§ 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas;
e o pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, (Regulamento)
que exerçam suas atividades em regime de economia
II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio
familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a
genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à
seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota
pesquisa e manipulação de material genético;
sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus
(Regulamento) (Regulamento)
aos benefícios nos termos da lei. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 20, de 1998) III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços
territoriais e seus componentes a serem especialmente
§ 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput
protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas
deste artigo poderão ter alíquotas diferenciadas em razão da
somente através de lei, vedada qualquer utilização que
atividade econômica, da utilização intensiva de mão de obra,
comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua
do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado
proteção; (Regulamento)
de trabalho, sendo também autorizada a adoção de bases de
cálculo diferenciadas apenas no caso das alíneas "b" e "c" do IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou
inciso I do caput. (Redação dada pela Emenda Constitucional atividade potencialmente causadora de significativa
nº 103, de 2019) degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto
ambiental, a que se dará publicidade; (Regulamento)
§ 10. A lei definirá os critérios de transferência de recursos
para o sistema único de saúde e ações de assistência social V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de
da União para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para
e dos Estados para os Municípios, observada a respectiva a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente;
contrapartida de recursos. (Incluído pela Emenda (Regulamento)
Constitucional nº 20, de 1998)
VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de
§ 11. São vedados a moratória e o parcelamento em prazo ensino e a conscientização pública para a preservação do
superior a 60 (sessenta) meses e, na forma de lei meio ambiente;
complementar, a remissão e a anistia das contribuições
VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as
sociais de que tratam a alínea "a" do inciso I e o inciso II do
práticas que coloquem em risco sua função ecológica,
caput. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de
provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais
2019)
a crueldade. (Regulamento)
§ 12. A lei definirá os setores de atividade econômica para os
§ 2º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a
quais as contribuições incidentes na forma dos incisos I, b; e
recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com
IV do caput, serão não-cumulativas. (Incluído pela Emenda
solução técnica exigida pelo órgão público competente, na
Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
forma da lei.
§ 13. (Revogado). (Redação dada pela Emenda
§ 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio
Constitucional nº 103, de 2019) (Revogado pela Emenda
ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou
Constitucional nº 103, de 2019)
jurídicas, a sanções penais e administrativas,
§ 14. O segurado somente terá reconhecida como tempo de independentemente da obrigação de reparar os danos
contribuição ao Regime Geral de Previdência Social a causados.
competência cuja contribuição seja igual ou superior à
§ 4º A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a
contribuição mínima mensal exigida para sua categoria,
Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira
assegurado o agrupamento de contribuições. (Incluído pela
são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma
Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do
CAPÍTULO VI meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos
DO MEIO AMBIENTE naturais.

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente § 5º São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e pelos Estados, por ações discriminatórias, necessárias à
essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder proteção dos ecossistemas naturais.
Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo § 6º As usinas que operem com reator nuclear deverão ter
para as presentes e futuras gerações. sua localização definida em lei federal, sem o que não
poderão ser instaladas.
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§ 7º Para fins do disposto na parte final do inciso VII do § 1º caso, em moeda corrente, com a observância dos seguintes
deste artigo, não se consideram cruéis as práticas critérios:
desportivas que utilizem animais, desde que sejam
I - sem quaisquer acréscimos, se o valor da obrigação
manifestações culturais, conforme o § 1º do art. 215 desta
tributária principal for pago, à vista, até o dia 30 de junho de
Constituição Federal, registradas como bem de natureza
2017;
imaterial integrante do patrimônio cultural brasileiro,
devendo ser regulamentadas por lei específica que assegure I-A - sem quaisquer acréscimos, se o valor da obrigação
o bem-estar dos animais envolvidos. (Incluído pela Emenda tributária principal for pago, à vista, do dia 11 ao dia 27 de
Constitucional nº 96, de 2017) dezembro de 2017; (Inciso acrescentado pela Lei Nº 16443
DE 08/12/2017).

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA DO II - com redução de 95% (noventa e cinco por cento) das
multas punitivas, moratórias e dos juros de mora, se o valor
ESTADO DO CEARÁ – NÍVEL II da obrigação tributária principal for pago, à vista, até 31 de
julho de 2017;
III - com redução de 90% (noventa por cento) das multas
Lei Estadual nº 16.259/2017 punitivas, moratórias e dos juros de mora, se os respectivos
valores forem pagos em até 30 (trinta) parcelas iguais, desde
Dispõe sobre a anistia de créditos tributários relacionados que a primeira seja recolhida até o dia 31 de julho de 2017 e
com o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de as demais até o último dia útil dos meses seguintes,
Mercadorias e sobre as Prestações de Serviços de devidamente corrigidas pela taxa referencial do Sistema
Transportes Interestadual e Intermunicipal e de Especial de Liquidação e de Custódia - Selic;
Comunicação - ICMS, com o Imposto sobre a Propriedade
de Veículos Automotores - IPVA, e com o Imposto de III-A - com redução de 90% (noventa por cento) das multas
Transmissão Causa Mortis e Doações - ITCD, e do punitivas, moratórias e dos juros de mora, se os respectivos
Departamento Estadual de Trânsito do Estado do Ceará valores forem pagos em até 30 (trinta) parcelas iguais, desde
(DETRAN), inscritos ou não em dívida ativa do Estado, na que a primeira seja recolhida entre os dias 11 e 27 de
forma que especifica. dezembro de 2017 e as demais até o último dia útil dos
meses seguintes, devidamente corrigidas pela taxa
O Governador do Estado do Ceará. referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia
Faço saber que a Assembleia Legislativa decretou e eu - Selic; (Inciso acrescentado pela Lei Nº 16443 DE
sanciono a seguinte Lei: 08/12/2017).

Art. 1º Esta Lei estabelece os procedimentos para a anistia IV - com redução de 75% (setenta e cinco por cento) das
de créditos tributários oriundos do Imposto sobre Operações multas punitivas, moratórias e dos juros de mora, se os
Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de respectivos valores forem pagos em até 60 (sessenta)
Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de parcelas iguais, desde que a primeira seja recolhida até o dia
Comunicação - ICMS, do Imposto sobre a Propriedade de 31 de julho de 2017 e as demais até o último dia útil dos
Veículos Automotores - IPVA, e do Imposto de Transmissão meses seguintes, devidamente corrigidas pela taxa Selic
Causa mortis e Doação, de quaisquer Bens ou Direitos - ITCD, quando de seus respectivos pagamentos;
e dos créditos não tributários do Departamento Estadual de IV-A - com redução de 75% (setenta e cinco por cento) das
Trânsito do Estado do Ceará (DETRAN-CE), inscritos ou não multas punitivas, moratórias e dos juros de mora, se os
em Dívida Ativa do Estado, na forma que especifica. respectivos valores forem pagos em até 60 (sessenta)
CAPÍTULO I parcelas iguais, desde que a primeira seja recolhida entre os
DA ANISTIA DOS CRÉDITOS DE NATUREZA TRIBUTÁRIA dias 11 e 27 de dezembro de 2017 e as demais até o último
dia útil dos meses seguintes, devidamente corrigidas pela
Art. 2º As pessoas físicas ou jurídicas, contribuintes ou não taxa Selic quando de seus respectivos pagamentos; (Inciso
do ICMS, IPVA e ITCD ficam dispensadas do pagamento total acrescentado pela Lei Nº 16443 DE 08/12/2017).
ou parcial de multas e juros, nos percentuais abaixo
indicados, relativos aos créditos tributários respectivos, V - com redução de 55% (cinquenta e cinco por cento) das
inscritos ou não em Dívida Ativa do Estado, ajuizados ou não, multas punitivas, moratórias e dos juros de mora, se os
parcelados ou não, inclusive aqueles com exigibilidade respectivos valores forem pagos em até 120 (cento e vinte)
suspensa, nos termos do art. 151 do Código Tributário parcelas iguais, desde que a primeira seja recolhida até o dia
Nacional (Lei nº 5.172 , de 25 de outubro de 1966) 31 de julho de 2017 e as demais até o último dia útil dos
decorrentes de fatos geradores ocorridos até 31 de meses seguintes, devidamente corrigidas pela taxa Selic
dezembro de 2016, desde que realizado o pagamento da quando de seus respectivos pagamentos.
obrigação tributária principal e os acréscimos, quando for o

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V-A - com redução de 55% (cinquenta e cinco por cento) das respectivos pagamentos. (Inciso acrescentado pela Lei Nº
multas punitivas, moratórias e dos juros de mora, se os 16443 DE 08/12/2017).
respectivos valores forem pagos em até 120 (cento e vinte)
§ 2º A redução prevista nos incisos III e IV do caput deste
parcelas iguais, desde que a primeira seja recolhida entre os
artigo será aplicada na mesma proporção, também, no valor
dias 11 e 27 de dezembro de 2017 e as demais até o último
referente a juros de mora.
dia útil dos meses seguintes, devidamente corrigidas pela
taxa Selic quando de seus respectivos pagamentos. (Inciso § 3º A anistia prevista neste artigo aplica-se, inclusive, a
acrescentado pela Lei Nº 16443 DE 08/12/2017). créditos tributários de ICMS de microempreendedores
individuais, microempresas e empresas de pequeno porte.
§ 1º Os créditos tributários de ICMS decorrentes
exclusivamente de penalidades pecuniárias por Art. 3º As empresas beneficiárias dos programas
descumprimento de obrigação tributária de natureza FDI/PROVIN, estabelecidos na Lei nº 10.367 , de 7 de
acessória e de multa autônoma, cujos fatos geradores dezembro de 1979, poderão quitar seus débitos relativos a
tenham ocorrido até 31 de dezembro de 2016, poderão ser fatos geradores ocorridos até 31 de dezembro de 2016, à
pagos com base nos seguintes critérios: vista, até 30 de junho de 2017, ou entre 11 e 27 de dezembro
de 2017, observando nos seguintes casos: (Redação do caput
I - com redução de 85% (oitenta e cinco por cento), do seu
dada pela Lei Nº 16443 DE 08/12/2017).
valor original, se pago, à vista, até o dia 30 de junho de 2017,
com redutor de 100% (cem por cento) dos acréscimos; I - a parcela não diferida ou desembolso, cujo valor mensal,
seja igual ou inferior a 40.000 (quarenta mil) UFIRCEs, pode
I-A - com redução de 85% (oitenta e cinco por cento), do seu
ser quitada, pelo seu valor nominal, ficando homologado o
valor original, se pago, à vista, do dia 11 ao dia 27 de
benefício correspondente estabelecido no contrato de
dezembro de 2017, com redutor de 100% (cem por cento)
mútuo ou termo de acordo, celebrado com o Conselho
dos acréscimos; (Inciso acrescentado pela Lei Nº 16443 DE
Estadual de Desenvolvimento Econômico - CEDIN;
08/12/2017).
II - o débito inscrito na Dívida Ativa do Estado poderá ser
II - com redução de 80% (oitenta por cento), do seu valor
quitado, pelo seu valor nominal, deduzido o valor do
original, se pago, à vista, até o dia 31 de julho de 2017, com
desconto constante do contrato de mútuo ou termo de
redutor de 100% (cem por cento) dos acréscimos;
acordo celebrado com o CEDIN.
III - com redução de 75% (setenta e cinco por cento) do seu
III - O contribuinte que atrasou a parcela não diferida ou
valor original corrigido pela taxa Selic, se pago em até 30
desembolso no prazo máximo de 2 (dois) dias e cujo valor
(trinta) parcelas iguais, mensais e sucessivas, desde que a
mensal seja entre 40.000 (quarenta mil) e 72.000 (setenta e
primeira seja recolhida até o dia 31 de julho de 2017 e as
dois mil) UFIRCEs gozará também da homologação da
demais até o último dia útil dos meses seguintes, corrigidas
parcela diferida ou benefícios previstos no inciso I, devendo
pela taxa Selic quando dos respectivos pagamentos;
também ser aplicado o § 1º deste artigo, ainda que o
III-A - com redução de 75% (setenta e cinco por cento) do seu contribuinte já tenha aderido ao parcelamento do benefício
valor original corrigido pela taxa Selic, se pago em até 30 perdido ou da parcela diferida.
(trinta) parcelas iguais, mensais e sucessivas, desde que a
III-A - a parcela não diferida ou desembolso, cujo valor
primeira seja recolhida entre os dias 11 e 27 de dezembro de
mensal esteja compreendido entre 40.000 (quarenta mil) e
2017 e as demais até o último dia útil dos meses seguintes,
72.000 (setenta e dois mil) UFIRCEs pode ser quitada, pelo
corrigidas pela taxa Selic quando dos respectivos
seu valor nominal, ficando homologado o benefício
pagamentos; (Inciso acrescentado pela Lei Nº 16443 DE
correspondente estabelecido no contrato de mútuo ou
08/12/2017).
termo de acordo, celebrado com o Conselho Estadual de
IV - com redução de 65% (sessenta e cinco por cento) do seu Desenvolvimento Econômico - CEDIN, devendo também ser
valor original corrigido pela taxa Selic, se pago em até 60 aplicado o § 1º deste artigo, ainda que o contribuinte já
(sessenta) parcelas iguais, mensais e sucessivas, desde que a tenha aderido ao parcelamento do benefício perdido ou da
primeira seja recolhida até o dia 31 de julho de 2017 e as parcela diferida. (Inciso acrescentado pela Lei Nº 16443 DE
demais até o último dia útil dos meses subsequentes, 08/12/2017).
corrigidas pela taxa Selic quando dos respectivos
§ 1º O disposto no inciso I do caput, aplica-se, inclusive nos
pagamentos.
casos em que o pagamento tenha ocorrido antes da vigência
IV-A - com redução de 65% (sessenta e cinco por cento) do desta Lei.
seu valor original corrigido pela taxa Selic, se pago em até 60
§ 2º O percentual do desconto a que se refere o inciso II do
(sessenta) parcelas iguais, mensais e sucessivas, desde que a
caput será informado pela Secretaria de Desenvolvimento
primeira seja recolhida entre os dias 11 e 27 de dezembro de
Econômico à Célula de Dívida Ativa do Estado - CEDAT.
2017 e as demais até o último dia útil dos meses
subsequentes, corrigidas pela taxa Selic quando dos § 3º O disposto neste artigo aplica-se exclusivamente ao
imposto decorrente de apuração do FDI, inclusive, no que
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couber, o PCDM. (Redação do parágrafo dada pela Lei Nº de fevereiro de 2007, ou por intermédio de instituições
16443 DE 08/12/2017). financeiras credenciadas para esta finalidade.
Art. 4º As empresas beneficiárias dos programas de § 3º O benefício de que trata este artigo deverá ser pago pelo
incentivos às atividades portuárias e industriais do Ceará - interessado até o último dia útil do mês de dezembro de
FDI/PROAPI, poderão quitar seus débitos, à vista, até 30 de 2017 nas seguintes modalidades:
junho de 2017, pelo valor nominal da parcela em atraso, sem
I - à vista, diretamente no sítio eletrônico do DETRAN-CE;
os benefícios do programa, com redução de:
II - parcelado, junto à sede em Fortaleza ou às unidades
I - 100% (cem por cento) dos juros de mora;
regionais do DETRAN-CE.
II - 50% (cinquenta por cento) da correção monetária.
§ 4º O disposto neste artigo não autoriza a restituição ou
Art. 5º O disposto nos arts.3º e 4º desta Lei não autorizam a compensação de importância paga.
restituição ou a compensação de importância pagas de
§ 5º Para os fins deste artigo, os créditos inscritos ou não em
forma diversa.
Dívida Ativa do DETRAN-CE que tenham sido pagos até a data
Art. 6º Para os efeitos desta Lei, considera-se: da publicação desta Lei não são alcançados pela remissão
prevista neste Capítulo.
I - crédito tributário a soma do imposto, da multa, dos juros
e da atualização monetária e, conforme o caso, de outros § 6º Nas motocicletas de até 150 (cento e cinquenta)
acréscimos previstos na legislação tributária; cilindradas cujo valor de avaliação não ultrapasse R$
5.000,00 (cinco mil reais), com base na avaliação constante
II - penalidade pecuniária por descumprimento de obrigação
na tabela do IPVA 2017 da SEFAZ, que estejam apreendidas
tributária de natureza acessória e multa autônoma aquela
ou removidas a qualquer título aos depósitos do DETRAN, a
desacompanhada do valor do imposto.
remissão de que trata este artigo será de 100% (cem por
Parágrafo único. Os descontos concedidos nos termos desta cento).
Lei não excluem aqueles previstos no art. 127 da Lei nº
CAPÍTULO III
12.670 , de 27 de dezembro de 1996, que dispõe acerca do
ICMS. DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 7º O disposto nesta Lei aplica-se a quaisquer débitos Art. 10. O sujeito passivo que possuir ação judicial em curso
fiscais decorrentes de infrações praticadas pelo sujeito que tenha por objeto o débito incluído no pagamento,
passivo, inclusive os decorrentes de Multa autônoma e ICMS deverá, como condição para se valer do tratamento previsto
retido por Substituição Tributária. nesta Lei, desistir da respectiva ação judicial e renunciar a
qualquer alegação de direito sobre a qual se funda a referida
Art. 8º O valor de cada parcela não poderá ser inferior a R$ ação, protocolizando requerimento de extinção do processo
200,00 (duzentos reais). com resolução de mérito nos termos da alínea "c", inciso II
CAPÍTULO II do caput do art. 487 da Lei nº 13.105 , de 16 de março de
DOS CRÉDITOS DE NATUREZA NÃO TRIBUTÁRIA INSCRITOS 2015, Código de Processo Civil , e apresentando à
Procuradoria-Geral do Estado -PGE, ou à Secretaria da
OU NÃO EM DÍVIDA ATIVA DO DEPARTAMENTO
Fazenda deste Estado - SEFAZ, o respectivo comprovante,
ESTADUAL DE TRÂNSITO DO ESTADO DO CEARÁ
até o dia 30 de junho de 2017, condicionando o sujeito
Art. 9º Fica concedida remissão dos créditos de natureza não passivo à aceitação plena e irretratável de todas as condições
tributária, inscritos ou não em Dívida Ativa, referentes ao desta Lei.
Departamento Estadual de Trânsito do Estado do Ceará § 1º No caso das ações promovidas por substituto
(DETRAN-CE), cujos fatos geradores tenham ocorrido até 31 processual, a desistência da ação judicial prevista no caput
de dezembro de 2015, até o valor total de 1.000 (uma mil) deste artigo deverá ser formulada em relação ao substituído.
UFIRCEs por pessoa física e jurídica, condicionada ao
pagamento de 20% (vinte por cento) deste valor. § 2º O não atendimento da condição prevista no caput deste
artigo, implicará na anulação do tratamento concedido nos
§ 1º A pessoa física ou jurídica que possuir débito de termos desta Lei, restaurando-se o débito ao seu valor
natureza não tributária cuja soma supere o valor de 1.000 original atualizado, com a inclusão de juros e multas,
(uma mil) UFIRCEs poderá obter o benefício da remissão deduzindo-se os valores das parcelas que tenham sido
prevista neste artigo, desde que pague o valor excedente, à eventualmente pagas.
vista ou parcelado, juntamente com o valor de 20% (vinte
por cento) de que trata o caput deste artigo. Art. 11. Os recolhimentos realizados nos termos desta Lei
constituem-se em confissão irretratável da dívida, não
§ 2º O beneficiário da remissão prevista na forma do § 2º conferindo ao sujeito passivo quaisquer direitos à restituição
deste artigo poderá solicitar o parcelamento da dívida ou compensação de importâncias já pagas com o tratamento
remanescente, nos termos do art. 6º da Lei nº 13.877 , de 15 ora disciplinado.

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Parágrafo único. A vedação de que trata o caput aplica-se, Art. 17. O inadimplemento superior a 90 (noventa) dias dos
também, ao Procedimento Especial de Restituição créditos tributários parcelados, na forma e prazos definidos
disciplinado na Lei nº 15.614 , de 29 de maio de 2014, que nesta Lei, implicará na perda dos benefícios em relação ao
estabelece a estrutura, organização e competência do saldo remanescente.
Contencioso Administrativo Tributário - CONAT, bem como
Parágrafo único. O inadimplemento da obrigação tributária
institui o respectivo processo eletrônico.
principal por 3 (três) meses, consecutivos, com os fatos
Art. 12. O Poder Executivo deverá destinar 5% (cinco por geradores ocorridos após 1º de agosto de 2017, implica
cento) dos débitos efetivamente recolhidos por força da também a perda dos benefícios em relação ao
aplicação desta Lei, a título de honorários de adesão, na remanescente.
forma disciplinada nos arts. 44 e 45 da Lei Complementar nº
Art. 18. Para fruição dos benefícios previstos nesta Lei, não
134 , de 7 de abril de 2014.
serão exigidas garantias à execução fiscal em relação aos
§ 1º O valor de que trata o caput deste artigo será transferido créditos tributários ajuizados nem é necessário estar quite
até o 12º (décimo segundo) dia do mês subsequente ao com as obrigações tributárias principal e acessória.
recolhimento.
Art. 19. O Chefe do Poder Executivo poderá expedir os atos
§ 2º A Secretaria da Fazenda informará mensalmente à regulamentares necessários ao fiel cumprimento desta Lei.
Procuradoria-Geral do Estado -PGE, os valores arrecadados
Art. 20. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação,
nos termos desta Lei.
produzindo efeitos em relação ao art. 12, até o último dia útil
§ 3º A Secretaria da Fazenda informará bimestralmente à do mês subsequente ao do trânsito em julgado da decisão
Comissão de Fiscalização e Controle da Assembleia administrativa do CONAT.
Legislativa do Estado do Ceará os valores arrecadados nos
PALÁCIO DA ABOLIÇÃO, DO GOVERNO DO ESTADO DO
termos da Lei, o número detalhado de adesões ao Programa,
CEARÁ, em Fortaleza, 09 de junho de 2017.
discriminando prazos e valores.
Camilo Sobreira de Santana
Art. 13. O contribuinte que aderir à sistemática desta Lei fica
dispensado do pagamento do encargo legal, pela inscrição GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ
em Dívida Ativa, previsto no art. 6º da Lei Complementar nº
70 , de 10 de novembro de 2008, e dos honorários Lei Estadual nº 15.614/2014
advocatícios relativos à execução fiscal e aos respectivos
embargos do devedor. Estabelece a estrutura, organização e competência do
Art. 14. Deverá ser inserida ao orçamento da Secretaria da contencioso administrativo tributário, institui o respectivo
Fazenda do Estado do Ceará, dotação orçamentária processo eletrônico e dá outras providências.
correspondente a 10% (dez por cento), calculado sobre o O Governador do Estado do Ceará .
valor dos débitos efetivamente recolhidos por força da
aplicação desta Lei, para fins de cumprimento da Lei nº Faço saber que a Assembleia Legislativa decretou e eu
13.439 , de 16 de janeiro de 2004. sanciono a seguinte Lei:

Art. 15. Na hipótese de o contribuinte aderir ao tratamento TÍTULO I


previsto nesta Lei e efetuar o pagamento do crédito DO CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO
tributário nos termos da decisão do julgamento de 1ª CAPÍTULO I
Instância do Contencioso Administrativo Tributário - CONAT, DA JURISDIÇÃO ADMINISTRATIVA E COMPETÊNCIA
e havendo modificação, em virtude de interposição de
Art. 1º O Contencioso Administrativo Tributário - CONAT,
recurso de ofício, conforme disposto no art. 33 , inciso II da
órgão de julgamento de processos administrativo-
Lei nº 15.614 , de 29 de maio de 2014, o tratamento aplicar-
tributários, integrante da estrutura da Secretaria da Fazenda
se-á aos eventuais acréscimos decorrentes da decisão final
do Estado do Ceará - SEFAZ, diretamente vinculado ao Titular
recorrida.
da Pasta, tem sua estrutura, organização e competência
Parágrafo único. A adesão do contribuinte à decisão de definidas na presente Lei.
julgamento de 1ª Instância do CONAT não cabe qualquer
Parágrafo único. O CONAT tem sede em Fortaleza e duplo
alteração negativa de seu valor.
grau de jurisdição administrativa em relação à matéria de
Art. 16. Os créditos tributários lançados pela SEFAZ em Autos sua competência em todo o território do Estado do Ceará.
de Infração que tenham sido julgados nulos pelo CONAT,
Art. 2º Compete ao CONAT decidir as seguintes questões,
sem análise do mérito, poderão ser liquidados pelos
todas relacionadas com a lavratura de auto de infração:
contribuintes nos termos desta Lei com a apresentação de
denúncia espontânea pelo sujeito passivo, relativa à infração I - exigência de tributos estaduais;
eventualmente cometida.
II - aplicação de penalidade pecuniária;
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III - imputação de responsabilidade por infração à legislação Parágrafo único. O Presidente do CONAT investe-se também,
tributária; nas funções de Presidente do CRT e de Presidente da CS.
IV - Procedimento Especial de Restituição nos litígios fiscais Art. 5º Compete ao Presidente do CONAT:
entre sujeitos passivos de obrigação tributária e o Estado do
I - representá-lo e expedir os atos administrativos
Ceará.
necessários à sua administração;
CAPÍTULO II
II - decidir, em despacho fundamentado, sobre a
DA ESTRUTURA E DA ORGANIZAÇÃO
admissibilidade do Recurso Extraordinário;
SEÇÃO I
DA ESTRUTURA DO CONAT III - presidir as sessões deliberativas do CRT, as sessões de
julgamento da CS e proferir, quando for o caso, voto de
Art. 3º O CONAT compõe-se de: desempate;
I - Presidência; IV - resolver os pedidos de reconsideração nos casos de
II - Vice-Presidências; arguição de suspeição ou de impedimento, e neste caso,
observar o disposto no art. 56, § 4º desta Lei;
III - Conselho de Recursos Tributários - CRT, composto por:
V - homologar a jurisprudência administrativo-tributária
a) Câmara Superior - CS; sumulada, nos termos da legislação, e encaminhar para a
b) Câmaras de Julgamento - CJ; devida publicação oficial; (Redação do inciso dada pela Lei
Nº 17251 DE 27/07/2020).
IV - Secretaria Geral do Contencioso Administrativo
Tributário - SECAT; VI - designar:

V - Célula de Julgamento de 1ª Instância - CEJUL; a) os Secretários das CJs, observado o disposto no parágrafo
único do art. 29;
VI - Célula de Assessoria Processual-Tributária - CEAPRO;
b) os Conselheiros titulares para compor as CJs que
VI - (Revogado) funcionarem permanentemente;
VIII - Célula de Perícias-Fiscais e Diligências - CEPED. c) os Conselheiros integrantes da CS, observado o disposto
§ 1º São órgãos de julgamento do CONAT: do art. 10 desta Lei.

I - em primeira instância: Célula de Julgamento - CEJUL; d) dentre os Conselheiros suplentes - representantes do fisco
e de entidades -, os que atuarão nas CJs temporárias, quando
II - em segunda instância, o Conselho de Recursos Tributários do seu funcionamento, na forma estabelecida em
- CRT, formado por: Regulamento;
a) Câmaras de Julgamento - CJ; VII - estabelecer metas de desempenho de servidores e
b) Câmara Superior - CS, órgão especial de instância recursal. órgãos do CONAT;

§ 2º Poderão ser instituídas, por ato do Chefe do Poder VIII - implementar treinamentos internos ou atividades
Executivo, Câmaras de Julgamento temporárias, para similares que contribuam para o aperfeiçoamento dos
funcionarem em períodos definidos e nas condições servidores e, quando for o caso, solicitar a realização de
preestabelecidas no Regulamento que as instituir. cursos externos tendentes ao fim estabelecido neste inciso;

SEÇÃO II IX - apresentar trimestralmente relatório de atividades, com


DA ORGANIZAÇÃO DO CONAT mensuração de resultados, ao Secretário da Fazenda;
SUBSEÇÃO I X - submeter ao Secretário da Fazenda o expediente que
DA PRESIDÊNCIA depender de sua decisão;
Art. 4º O CONAT será dirigido por um Presidente dentre os XI - praticar demais atribuições inerentes às funções de seu
servidores da SEFAZ, integrante do Grupo Tributação, cargo, na forma estabelecida em Regulamento e Regimento.
Arrecadação e Fiscalização - TAF, SUBSEÇÃO II
em efetivo exercício, graduado em curso de nível superior,
DA VICE-PRESIDÊNCIA DO CONAT E DA PRESIDÊNCIA DAS
de preferência em Direito e pós-graduação lato sensu de
CÂMARAS DE JULGAMENTO
natureza jurídico-tributária, contábil ou empresarial,
reconhecida experiência em matéria e processo tributário, Art. 6º As CJs serão presididas por Conselheiros-Presidentes,
notória idoneidade moral, escolhido e nomeado pelo Chefe com mandatos e critérios de escolha e nomeação iguais ao
do Poder Executivo para exercer cargo, em mandato de 3 do Presidente do CONAT, estabelecidos no art. 4º desta Lei,
(três) anos, sendo permitida a recondução uma vez. dentre os servidores em efetivo exercício, integrantes do
Grupo TAF, nomeados pelo Chefe do Poder Executivo.
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§ 1º Os Presidentes da Primeira e da Segunda CJs investem- administrativo-tributários, observada a competência


se, respectivamente, nas funções de Primeiro e Segundo específica dos órgãos a que se referem os arts.9º, 11 e 16
Vice-Presidentes do CONAT e exercerão atribuições desta Lei.
judicantes, administrativas e de assessoramento ao
§ 1º A composição do CRT será renovada de 3 (três) em 3
Presidente do CONAT.
(três) anos, observado o critério de representação paritária.
§ 2º A Terceira e Quarta CJs, serão conduzidas por
§ 2º Cada uma das entidades a que se referem os incisos I a
Conselheiros-Presidentes que exercerão atribuições
VIII do art. 22 desta Lei terá representante no CRT, sendo
judicantes circunscritas aos órgãos que presidirem,
titulares os que nesta condição, nas CJs permanentes, e
observado o disposto no parágrafo único do art. 7º desta Lei.
suplentes os que lhe tenham sido designados, regularmente
Art. 7º Compete aos Vice-Presidentes: convocados em ordem sequencial.
I - aprovar cronogramas das sessões de julgamento e § 3º As matérias de natureza administrativa tributária serão
elaborar pautas de processos administrativo-tributários a deliberadas em sessão plenária e os recursos processuais a
serem julgados pelas respectivas CJs; serem julgados pelos órgãos integrantes do CRT observarão
em seu trâmite, a seguinte distinção:
II - presidir sessões de julgamento de processos
administrativo-tributários e proferir, quando for o caso, voto I - o recurso ordinário, pelas CJs permanentes e temporárias
de desempate; quando for o caso;
III - assessorar o Presidente do CONAT na administração do II - o recurso extraordinário, pela CS.
órgão;
§ 4º Participará das sessões deliberativas e das sessões de
IV - substituir eventualmente o Presidente do CONAT, do CRT julgamento do CRT um Procurador do Estado, na forma
e da CS, quando de sua ausência momentânea ou estabelecida nesta Lei e no Regulamento.
temporária, quando ocorrer afastamento ou impedimento e,
Art. 9º Compete ao CRT, em sua composição plena:
ainda, em caráter definitivo, até a conclusão do mandato, em
caso de morte ou renúncia, observada a ordem indicada no I - editar provimento relativo à matéria processual;
§ 1º do art. 6º desta Lei;
II - sumular a jurisprudência resultante de suas reiteradas
V - assessorar, nas sessões de julgamento de processos decisões, na forma estabelecida em Regulamento e no seu
administrativo-tributários da CS, o respectivo Presidente em Regimento;
matéria de natureza processual;
III - discutir e aprovar sugestões de modificação da legislação
VI - atuar na condição de Conselheiro, nas sessões tributária, material e processual;
deliberativas do CRT, exceto quando estiver no exercício da
IV - propor alteração e melhoria no sistema de dados
presidência do colegiado ou em substituição ao Presidente;
inerentes à plataforma do Processo Administrativo-
VII - organizar e promover, por designação do Presidente do Tributário eletrônico - PAT-e;
CONAT, cursos, atividades e treinamentos internos que
V - analisar desempenho dos órgãos julgadores e sugerir
contribuam para o aperfeiçoamento dos integrantes do CRT;
formas de incremento e melhoria de resultados;
VIII - conceder licença aos Conselheiros das CJs que
VI - sugerir a realização de eventos, cursos e atividades que
presidirem e convocar respectivos suplentes;
contribuam para o aperfeiçoamento de seus integrantes e
IX - praticar demais atribuições inerentes às funções de seu melhoria do processo administrativo-tributário;
cargo, na forma estabelecida em Regulamento e Regimento.
VII - elaborar e emendar o Regimento do CRT, submetendo a
Parágrafo único. Os Conselheiros-Presidentes da Terceira CJ, aprovação do Secretário da Fazenda.
da Quarta CJ e das CJs temporárias quando for o caso,
SUBSEÇÃO IV
elaborarão as pautas de julgamento das respectivas CJs,
DA CÂMARA SUPERIOR - CS
observarão o disposto nos incisos I, II e IX do caput e atuarão
nas sessões deliberativas do CRT na condição de Art. 10. A CS é instância especial paritária sob a direção do
Conselheiros. Presidente do CONAT, constituída por 12 (doze)
SUBSEÇÃO III Conselheiros, sendo 6 (seis) representantes do fisco e 6 (seis)
representantes de entidades, no exercício do segundo
DO CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTÁRIOS - CRT
mandato e na condição de titular em CJs permanentes,
Art. 8º O CRT, composto pelo Presidente do CONAT, dos preenchendo-se vagas que remanescerem, dentre os demais
Conselheiros- Presidentes das CJs e dos Conselheiros Conselheiros titulares e, neste caso, observada ainda a
titulares, é o órgão de deliberação coletiva em assuntos de paridade de representação na forma estabelecida em
natureza administrativa tributária, e quando for o caso, de Regimento.
julgamento de recursos interpostos em processos
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§ 1º Definida a composição da CS, em ato do Presidente do II - o recurso ordinário interposto pelo sujeito passivo, seu
CONAT, a substituição temporária ou definitiva de seus representante legal e pelo requerente ou a quem por este
membros darse- á dentre os Conselheiros titulares das CJs for expressamente autorizado, em Procedimento Especial de
que estiverem no exercício do primeiro mandato, observada Restituição;
a origem e a paridade de representação.
Art. 17. A distribuição entre as CJs, de processos
§ 2º Quando a providência a que se refere o § 1º do caput, administrativo-tributários far-se-á sequencialmente e,
recair sobre representante indicado por entidade, a quando for o caso, com observância do critério de
substituição do Conselheiro titular da CS ficará vinculada ao especialização, conforme estabelecer o regimento do CRT.
outro Conselheiro indicado pela mesma entidade a que
SUBSEÇÃO VI
pertence o Conselheiro substituído.
DAS CÂMARAS DE JULGAMENTO TEMPORÁRIAS
§ 3º Os critérios e a ordem de substituição, temporária ou
definitiva, de Conselheiros integrantes da CS oriundos da Art. 18. Observado o disposto no § 2º do art. 3º, quando
representação fiscal, serão estabelecidos em regimento, instituída, a CJ temporária será composta de forma paritária
considerados, neste caso, o tempo de efetivo exercício na de 6 (seis) conselheiros suplentes das CJs permanentes,
SEFAZ, a atividade e a experiência em matéria tributária. sendo 3 (três) representantes do fisco e 3 (três) dentre os
que representam as entidades a que se referem os incisos I
Art. 11. Compete à CS decidir sobre: a VIII do art. 22, para exercerem as competências a que se
I - o Recurso Extraordinário interposto pelo sujeito passivo referem os arts.16 e 17 desta Lei.
ou pelo Procurador do Estado; Art. 19. Observados os critérios e condições estabelecidas
II - o pedido de restituição em grau de recurso interposto em Regulamento, Ato motivado do Presidente do CONAT,
pelo sujeito passivo, ou pelo requerente expressamente aprovado pelo Secretário da Fazenda, definirá o Presidente
autorizado. e dentre os Conselheiros suplentes representantes do fisco
e de entidades, os que atuarão, quando for o caso, na CJ
Parágrafo único. O Regimento do CRT regulará a forma e o temporária.
modo de funcionamento da CS.
§ 1º A presidência da CJ a que se refere o caput, quando
SUBSEÇÃO V instituída, será atribuída a conselheiro representante do
DAS CÂMARAS DE JULGAMENTO - CJS fisco, podendo recair sobre os que exercerem a titularidade
do mandato.
Art. 12. As CJs denominadas, respectivamente, como
Primeira Câmara, Segunda Câmara, Terceira Câmara e § 2º Atuarão nas sessões da CJ temporária, 1 (um)
Quarta Câmara de Julgamento, serão compostas, cada uma, Procurador do Estado e 1 (um) Secretário.
por Conselheiro - Presidente, Conselheiros titulares,
SUBSEÇÃO VII
Procurador do Estado e Secretário.
DOS CONSELHEIROS
Art. 13. Atuarão em cada CJ 6 (seis) Conselheiros, observada
a representação paritária a que se refere o art. 14 desta Lei Art. 20. Os Conselheiros, titulares e suplentes,
e os critérios de escolha e nomeação definidos no art. 20 representantes do fisco e de entidades, serão escolhidos
desta Lei e no Regulamento. dentre pessoas com idoneidade moral, reputação ilibada,
notória experiência em assuntos tributários, graduação em
Art. 14. A composição paritária em cada CJ será constituída curso de nível superior, de preferência em Direito e pós-
por 3 (três) representantes do fisco e 3 (três) representantes graduação lato sensu de natureza jurídico-tributária,
de contribuintes, definida através de Ato do Presidente do contábil ou empresarial, para exercer mandato de 3 (três)
CONAT, aprovado pelo Secretário da Fazenda, após anos, sendo permitida a recondução uma vez.
publicada a nomeação dos Conselheiros.
Art. 21. Os conselheiros suplentes serão nomeados em
Parágrafo único. Atuarão nas CJs, em substituição aos dobro à quantidade de titulares, ocorrendo, em ordem
Conselheiros titulares, os respectivos Conselheiros suplentes sequencial, pelo 1º e 2º suplentes, a substituição em caso de
convocados, regularmente, em ordem sequencial. afastamentos, sendo que, nas hipóteses de vacância, novo
Art. 15. A composição de cada CJ será renovada a cada 3 conselheiro será indicado e nomeado para a função, na
(três) anos, observado o critério de representação paritária, forma e nas condições de escolha previstas nos arts. 20 e 22
na forma estabelecida em Regimento. desta Lei. (Redação do caput dada pela Lei Nº 17251 DE
27/07/2020).
Art. 16. Compete as CJs conhecerem e decidirem sobre:
Parágrafo único. Os Conselheiros suplentes, representantes
I - reexame necessário interposto por Julgadores do Fisco, quando no exercício da titularidade, terão as
Administrativo-Tributários; mesmas prerrogativas do Conselheiro titular, inclusive

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quanto ao seu afastamento do cargo de origem no dia em Art. 24. Os Conselheiros representantes do fisco - titulares e
que participarem das sessões de julgamento. suplentes - serão indicados pelo Secretário da Fazenda, em
lista tríplice e escolhidos e
Art. 22. Os Conselheiros, titulares e suplentes
nomeados pelo Chefe do Poder Executivo, observados os
representantes de contribuintes, serão indicados pelas
critérios estabelecidos nos arts. 20 e 21 desta Lei.
seguintes entidades:
§ 1º Dentre os Conselheiros titulares representantes do
I - Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do
fisco, um quarto das vagas, em cada mandato, será
Estado do Ceará - FECOMÉRCIO;
preenchida por servidores que desempenham no CONAT,
II - Federação da Agricultura do Estado do Ceará - FAEC; preferencialmente, as funções de Julgador Administrativo-
Tributário, Assessor Processual-Tributário, Perito-Fiscal,
III - Federação das Indústrias do Estado do Ceará - FIEC;
Orientador de Célula ou Secretário Geral.
IV - Federação Cearense das Micro e Pequenas Empresas -
§ 2º Os Conselheiros suplentes representantes do fisco,
FECEMPE;
serão escolhidos preferencialmente dentre os servidores
V - Federação das Associações Comerciais do Estado do que desempenham no CONAT, as funções de Julgador
Ceará - FACC; Administrativo-Tributário, Assessor Processual-Tributário,
Perito-Fiscal, Orientador de Célula ou Secretário Geral.
VI - Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Ceará -
FCDL; § 3º Os Conselheiros titulares, representantes do Fisco,
poderão ausentar-se das sessões de julgamento nas
VII - Ordem dos Advogados do Brasil/Seccional do Estado do
hipóteses de férias, licenças ou autorizações previstas nos
Ceará - OAB/CE;
arts.78, 80 e 110 da Lei nº 9.826, de 14 de maio de 1974
VIII - Federação das Empresas de Transporte de Cargas e (Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Ceará).
Logística do Nordeste - Fetranslog Nordeste; (Redação do
§ 4º O Presidente do CONAT poderá autorizar afastamento
inciso dada pela Lei Nº 17435 DE 31/03/2021, efeitos após o
temporário dos Presidentes de CJ, podendo estes autorizar,
encerramento do atual mandato do Conselho de Recursos
também, em casos excepcionais e fundamentados, o
Tributários).
afastamento de Conselheiros representantes do fisco, nos
§ 1º As indicações das entidades a que se referem os incisos órgãos que presidirem, observado o disposto em Regimento
I a IV, dar-se-á por meio de duas listas tríplices, sendo do CRT, aprovado pelo Secretário da Fazenda.
nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, em cada lista, o
§ 5º Ocorrendo às hipóteses previstas nos §§ 3º e 4º, será
Conselheiro titular e, em ordem sequencial, o primeiro e o
convocado o Conselheiro Suplente para atuar em
segundo suplente, respectivamente.
substituição ao Conselheiro Titular.
§ 2º As indicações das entidades a que se referem os incisos
§ 6º As hipóteses de substituição, licença e afastamento dos
V a VIII, dar-se-á por meio de uma lista tríplice, sendo
Conselheiros representantes de contribuintes serão
nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, o Conselheiro
disciplinadas no Regimento a que se refere o § 4º do caput.
titular e, em ordem sequencial, o primeiro e o segundo
suplente, respectivamente. § 7º Os Conselheiros-Presidentes de Câmara de Julgamento,
não detentores de cargos comissionados, e Conselheiros
§ 3º As listas tríplices a que se referem os §§ 1º e 2º não
representantes do Fisco no Conselho de Recurso
poderão ser compostas por cônjuge, companheiro ou pessoa
Administrativo Tributário podem ser designados por ato da
que tenha relação de parentesco, em linha reta ou colateral,
Presidência do CONAT para exercer as atividades previstas
por consanguinidade ou afinidade, até o terceiro grau, com
no art. 37 desta Lei. (Parágrafo acrescentado pela Lei Nº
membros da diretoria executiva, conselho fiscal ou órgão
16257 DE 09/06/2017).
equivalente das entidades referidas nos incisos I a VIII do
caput. SUBSEÇÃO VIII
§ 4º A indicação de conselheiros representantes de DOS PROCURADORES DO ESTADO
entidades observará, além do que estabelecem os §§ 1º, 2º Art. 25. A representação dos interesses do Estado junto ao
e 3º do caput, o disposto em Regulamento e Regimento do CONAT é atribuída à Procuradoria-Geral do Estado - PGE,
CRT. conforme o art. 151, inciso II, da Constituição do Estado do
Art. 23. Enquanto exercerem o mandato, os Conselheiros - Ceará, competindo-lhe:
titulares e suplentes - representantes de contribuintes e I - manifestar-se, acerca da legalidade dos atos da
indicados pelas entidades assinaladas no art. 22 desta Lei, Administração Fazendária, por meio da aprovação e emissão
não poderão postular, pessoalmente ou em nome de de pareceres, nos processos submetidos a julgamento pelos
terceiros, perante as instâncias de julgamento de processo órgãos do CRT, bem como requerer a realização de perícia e
administrativo-tributário do CONAT. diligência, quando necessária;

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II - recorrer, quando considerar cabível e oportuno aos IV - apresentar trimestralmente ao Presidente do CONAT,
interesses do Estado, das decisões contrárias, no todo ou em relatório das atividades da SECAT e dos órgãos do CRT;
parte, à Fazenda Estadual;
V - acompanhar o cumprimento das metas de desempenho
III - apresentar contra razões, escrita ou oralmente em dos servidores da SECAT;
sessão, ao recurso extraordinário e ao Procedimento
VI - praticar as atribuições inerentes às suas funções, na
Especial de Restituição;
forma estabelecida no Regulamento e no Regimento.
IV - representar administrativamente contra agentes do fisco
VII - gerenciar os procedimentos inerentes à instrução
que, por ação ou omissão, dolosa ou culposa, devidamente
processual desde a intimação, os prazos e o trâmite
verificadas no processo administrativo-tributário, causarem
processual, inclusive o de inscrição de sujeitos passivos e
prejuízo ao Erário;
fiadores no CADINE; (Inciso acrescentado pela Lei Nº 16258
V - sugerir às autoridades competentes, por meio da DE 09/06/2017);
presidência do CONAT, a adoção de medidas administrativas
VIII - controlar a atividade de digitalização e virtualização dos
ou judiciais que visem resguardar a Fazenda Estadual de
processos administrativo-tributários; (Inciso acrescentado
danos que possam ser causados por qualquer sujeito passivo
pela Lei Nº 16258 DE 09/06/2017);
de obrigações tributárias;
IX - exercer o controle administrativo dos servidores do
VI - manifestar-se oralmente em sessão.
CONAT relativamente à frequência, escala de férias, licenças
Parágrafo único. Os Procuradores do Estado que atuarem e afastamentos; (Inciso acrescentado pela Lei Nº 16258 DE
nas CJs permanentes ou temporárias participarão também 09/06/2017);
das sessões de julgamento da CS e das sessões deliberativas
X - exercer controle sobre material de expediente e zelar pela
do CRT, na forma estabelecida em regimento.
guarda e conservação do patrimônio do CONAT; (Inciso
SUBSEÇÃO IX acrescentado pela Lei Nº 16258 DE 09/06/2017);
DA SECRETARIA GERAL DO CONTENCIOSO
XI - exercer o gerenciamento das atividades e dos servidores
ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO da SECAT, com avaliação de desempenho, objetivando o
Art. 26. Compete à SECAT, sob a direção do Secretário-Geral: cumprimento das metas e dos prazos estabelecidos, visando
à obtenção da eficiência administrativa; (Inciso acrescentado
I - receber, protocolizar e controlar os processos pela Lei Nº 16258 DE 09/06/2017);
administrativotributários que tramitarem às instâncias de
julgamento, adotando providências necessárias ao XII - incluir em sistema de dados da SEFAZ informações
funcionamento dos órgãos de julgamento; relativas aos valores dos autos de infração que devem
compor os índices de participação dos municípios na
II - exercer gestão de pessoas, guarda e conservação do arrecadação; (Inciso acrescentado pela Lei Nº 16258 DE
patrimônio do CONAT e realizar procedimentos inerentes à 09/06/2017);
instrução processual, promovendo, quando for o caso, a
inscrição no Cadastro de Inadimplentes da Fazenda Pública XIII - promover e desenvolver atividades com intercâmbio de
Estadual (CADINE). informações e dados entre servidores e colaboradores,
tendentes à uniformidade e padronização de
Art. 27. As funções de Secretário-Geral do CONAT serão procedimentos, visando à celeridade e eficiência de prazos e
exercidas por servidor integrante do Grupo TAF, em efetivo cumprimento de metas; (Inciso acrescentado pela Lei Nº
exercício, idoneidade moral, reconhecida experiência com 16258 DE 09/06/2017);
processo administrativotributário e graduação superior,
nomeado pelo Chefe do Poder Executivo. XIV - encaminhar para o órgão fazendário competente as
decisões definitivas proferidas nos processos relativos a
Art. 28. São atribuições do Secretário-Geral: fatos que possam constituir crimes contra a ordem
I - gerenciar o ingresso de processos administrativo- tributária, tipificados na Lei nº 8.137 , de 27 de dezembro de
tributários, defesas, recursos processuais e outros 1990, e suas alterações posteriores. (Inciso acrescentado
documentos que lhe são inerentes; pela Lei Nº 16258 DE 09/06/2017).

II - expedir, quando necessário, intimações com vistas à §1º. O Secretário-Geral, quando necessário, delegará
participação do autuado ou seu representante legal, nas atribuições específicas aos servidores da SECAT. (Antigo
sessões de julgamento; parágrafo único, renumerado pela Lei Nº 16258 DE
09/06/2017).
III - encaminhar à CECAP, após o julgamento em segunda
instância, os processos administrativo-tributários com § 2º Nas ausências simultâneas do Presidente do CONAT e
respectivas resoluções; de seus Vice-Presidentes, as questões administrativas serão
resolvidas pelo Orientador da SECAT. (Parágrafo
acrescentado pela Lei Nº 16258 DE 09/06/2017).
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Art. 29. São atribuições dos servidores da SECAT: XVII - requisitar bens patrimoniais e o material de
expediente. (Inciso acrescentado pela Lei Nº 16258 DE
I - protocolizar processos administrativo-tributários,
09/06/2017).
impugnações, recursos e quaisquer outros documentos
relativos à instrução e tramitação destes; Parágrafo único. Dentre os servidores da SECAT, serão
designados os Secretários das CJs e seus substitutos poderão
II - cadastrar os processos no sistema informatizado do
ser designados dentre os servidores de quaisquer das Células
CONAT e controlar sua tramitação;
do CONAT.
III - diligenciar com vistas à juntada de documentos e adotar
SUBSEÇÃO X
providências que resultem em saneamento processual;
DA CÉLULA DE JULGAMENTO DE PRIMEIRA INSTÂNCIA -
IV - preparar e publicar as pautas das sessões deliberativas CEJUL
do CRT e das sessões das CJs;
Art. 30. Compete à CEJUL conhecer e decidir, por meio dos
V - informar as partes sobre o andamento do processo; Julgadores Administrativo-Tributários, sobre a exigência do
VI - secretariar os trabalhos quando do funcionamento dos crédito tributário e do Procedimento Especial de Restituição
órgãos de julgamento; de tributos estaduais decorrentes de autos de infração.

VII - elaborar atas com os registros das deliberações e Art. 31. As funções de Orientador da CEJUL e de Julgador
efetuar a leitura destas para fins de aprovação pelos Administrativo-Tributário serão exercidas por servidores
integrantes dos respectivos órgãos de julgamento; integrantes do Grupo TAF, em efetivo exercício, graduado
em curso de nível superior, de preferência em Direito,
VIII - auxiliar na elaboração de relatório de atividades e de reconhecida experiência em matéria tributária e notória
mensuração de resultados; idoneidade moral, designados pelo Secretário da Fazenda, e,
IX - praticar as atribuições inerentes às suas funções, na no primeiro caso, nomeado pelo Chefe do Poder Executivo.
forma estabelecida no Regulamento e no Regimento. Art. 32. São atribuições do Orientador da CEJUL:
X - proceder à intimação dos sujeitos passivos ou seus I - controlar, distribuir e analisar os processos para os
representantes legais, em sede de processos administrativo- Julgadores Administrativo-Tributários;
tributários; (Inciso acrescentado pela Lei Nº 16258 DE
09/06/2017); II - orientar e subsidiar com fundamentos técnicos e jurídicos
os Julgadores Administrativo-Tributários na elaboração de
XI - controlar os prazos referentes aos processos, lavrar seus atos;
despachos e termos pertinentes; (Inciso acrescentado pela
Lei Nº 16258 DE 09/06/2017); III - verificar a adequação aos requisitos legais, dos pedidos
de diligência e perícia elaborados pelos Julgadores
XII - realizar reabertura de prazos processuais por Administrativo-Tributários e quando aquiescer, apor rubrica;
determinação das instâncias julgadoras e da presidência do
CRT; (Inciso acrescentado pela Lei Nº 16258 DE 09/06/2017); IV - acompanhar o desenvolvimento das atividades dos
Julgadores Administrativo-Tributários promovendo troca de
XIII - diligenciar com vistas à juntada de documentos e adotar informações e conhecimentos entre estes, com vista à
providências que resultem em saneamento eficiência, celeridade e uniformidade nas decisões;
processual; (Inciso acrescentado pela Lei Nº 16258 DE
09/06/2017); V - apresentar, trimestralmente, relatório das atividades da
CEJUL à presidência do CONAT;
XIV - efetuar a inclusão, nos sistemas informatizados, do
resultado do julgamento e do valor do crédito tributário, se VI - exercer o gerenciamento administrativo dos servidores
houver, nos processos julgados em primeira e segunda na CEJUL, objetivando o cumprimento das metas e prazos
instância e na CS; (Inciso acrescentado pela Lei Nº 16258 DE estabelecidos e a eficiência daqueles, com vista à respectiva
09/06/2017); avaliação de desempenho;

XV - proceder à inscrição de sujeitos passivos e fiadores no VII - praticar as atribuições inerentes às suas funções, na
CADINE, conforme estabelecer o regulamento; (Inciso forma estabelecida no Regulamento e no Regimento.
acrescentado pela Lei Nº 16258 DE 09/06/2017); Art. 33. São atribuições do Julgador Administrativo-
XVI - encaminhar processos administrativo-tributários que Tributário:
tenham o seu trâmite finalizado aos respectivos órgãos de I - conhecer e decidir sobre a exigência do crédito tributário
destino; (Inciso acrescentado pela Lei Nº 16258 DE e sobre pedidos de restituição de tributos estaduais
09/06/2017); recolhidos a maior ou indevidamente;
II - submeter a reexame necessário, perante as CJs, as
decisões contrárias, no todo ou em parte, à Fazenda

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Estadual, ressalvadas as hipóteses previstas nos incisos I e II, VII - praticar as atribuições inerentes às suas funções, na
§ 3º do art. 104 desta Lei; forma estabelecida no Regulamento e no Regimento.
III - diligenciar com vistas à juntada de documentos e adotar Parágrafo único. Nas ausências simultâneas do Presidente do
providências que resultem em saneamento processual; CONAT e de seus Vice-Presidentes, as questões processuais
serão resolvidas pelo Orientador da CEAPRO.
IV - converter, quando necessário, o julgamento do processo
em realização de perícia, ou, quando for o caso, em diligência Art. 37. São atribuições do Assessor Processual-Tributário:
nos termos da Resolução do Conselho Federal de
I - prestar assessoramento jurídico à presidência do CONAT,
Contabilidade - CFC nº 1.243/2009 e suas alterações
aos Procuradores do Estado e aos órgãos integrantes de sua
posteriores, mediante ciência do orientador da CEJUL;
estrutura, e de modo específico, nos processos que tramitem
V - submeter os julgamentos de sua lavra à apreciação do ao CRT;
Orientador da CEJUL para fins de observância dos aspectos
II - emitir informações, despachos, requerer a realização de
técnicojurídicos;
perícia e diligência, nos processos em tramitação na CEAPRO,
VI - praticar as atribuições inerentes às suas funções, na com rubrica de aquiescência do Orientador da Célula;
forma estabelecida no Regulamento e no Regimento.
III - manifestar-se em parecer, submetendo-o à aprovação do
Parágrafo único. O Regulamento disporá sobre os casos de Procurador do Estado;
dispensa de reexame necessário no Procedimento Especial
IV - diligenciar com vistas à juntada de documentos e adotar
de Restituição a que se refere o inciso I deste artigo.
providências que resultem em saneamento processual;
SUBSEÇÃO XI
V - converter, quando necessário, o julgamento do processo
DA CÉLULA DE ASSESSORIA PROCESSUAL-TRIBUTÁRIA -
em realização de perícia, ou, quando for o caso, em diligência
CEAPRO nos termos da Resolução do Conselho Federal de
Art. 34. Compete à CEAPRO prestar assessoria jurídica por Contabilidade - CFC, nº 1.243/2009 e suas alterações
meio da elaboração de pareceres e informações aos órgãos posteriores mediante rubrica de aprovação e ciência do
que integram a estrutura do CONAT. Orientador da CEAPRO;

Art. 35. As funções de Orientador da CEAPRO e de Assessor VI - participar das sessões deliberativas do CRT e das sessões
Processual-Tributário serão exercidas por servidores de julgamento da CS, das CJs, permanentes e temporárias,
integrantes do Grupo TAF, em efetivo exercício, graduados na ausência do Procurador do Estado ou quando convocado;
em curso de nível superior, de preferência em Direito, VII - participar da elaboração de anteprojetos relativos às
notória idoneidade moral, reconhecido saber jurídico e normas processuais e tributárias;
experiência em assuntos tributários, designados pelo
Secretário da Fazenda, e, no primeiro caso, nomeado pelo VIII - praticar as atribuições inerentes às suas funções, na
Chefe do Poder Executivo. forma estabelecida no Regulamento e no Regimento.

Art. 36. São atribuições do Orientador da CEAPRO: SUBSEÇÃO XII


DA CÉLULA DE CONTROLE ADMINISTRATIVO E INSTRUÇÃO
I - resolver as questões processuais nas ausências
PROCESSUAL - CECAP
simultâneas do Presidente e dos Vice-Presidentes do CONAT;
Art. 38. (Revogado)
II - receber, analisar e distribuir os processos com os
Assessores Processual-Tributários; Art. 39. (Revogado)
III - orientar e subsidiar com fundamentos técnicos e Art. 40. (Revogado)
jurídicos os Assessores Processual-Tributários na elaboração
Art. 41. (Revogado)
de pareceres e apor rubrica de ciência em tais instrumentos;
SUBSEÇÃO XIII
IV - acompanhar as atividades dos Assessores Processual-
DA CÉLULA DE PERÍCIAS-FISCAIS E DILIGÊNCIAS - CEPED
Tributários e promover intercâmbio de informações e dados,
entre estes, com vista à eficiência, celeridade e uniformidade Art. 42. Compete à CEPED esclarecer e dirimir dúvida de
de prazos e cumprimento de metas; natureza contábil, fiscal e financeira com vistas a subsidiar o
V - exercer o gerenciamento administrativo dos servidores descobrimento da verdade dos fatos objeto de controvérsia
da CEAPRO, com vista ao cumprimento das metas e prazos nos autos do processo administrativo-tributário.
estabelecidos e a eficiência daqueles, com vista à respectiva Art. 43. As funções de Orientador da CEPED e de Perito-Fiscal
avaliação de desempenho; serão exercidas por servidores integrantes do Grupo TAF, em
VI - apresentar, trimestralmente, relatórios das atividades da efetivo exercício, graduados em Ciências Contábeis, com
CEAPRO à Presidência do CONAT; inscrição regular no Conselho Regional de Contabilidade -

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CRC, e comprovada experiência em assuntos contábeis e VIII - submeter ao Orientador da CEPED para fins de análise
notória idoneidade moral, indicados pelo Secretário da e encaminhamentos necessários, laudos periciais, relatórios
Fazenda, e no primeiro caso, nomeado pelo Chefe do Poder e diligências que forem designados à realização;
Executivo.
IX - praticar as atribuições inerentes às suas funções, na
Art. 44. São atribuições do Orientador da CEPED: forma estabelecida no Regulamento e no Regimento.
I - receber, analisar, classificar os processos em função do TÍTULO II
nível de complexidade e distribuir aos Peritos-Fiscais; DO PROCESSO ADMINISTRATIVO-TRIBUTÁRIO
II - analisar laudos periciais e diligências, observando o CAPÍTULO I
atendimento da solicitação e o cumprimento dos aspectos DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
formais e encaminhá-los aos órgãos solicitantes; Art. 46. Além dos princípios referidos no art. 37 da
III - acompanhar e controlar o prazo para manifestação sobre Constituição Federal de 1988, o processo administrativo-
laudo pericial; tributário pautar-se-á, também, dentre outros, pelos
princípios do Contraditório, da Ampla Defesa, da Celeridade,
IV - acompanhar as atividades dos Peritos-Fiscais, da Simplicidade, da Economia Processual e da Verdade
promovendo intercâmbio de conhecimentos, informações e Material.
dados, entre estes, com vista à eficiência, celeridade, e
uniformidade de procedimentos de prazos e cumprimento Art. 47. O processo administrativo-tributário proveniente de
de metas; lançamento de crédito tributário relativo a tributo estadual
será organizado em mídia eletrônica, com numeração de
V - exercer o gerenciamento administrativo dos servidores partes, folhas ou atos, observada a ordem cronológica de
da CEPED, objetivando o cumprimento das metas e prazos produção ou juntada, nos termos estabelecidos em
estabelecidos e a eficiência daqueles, com vista à respectiva Regulamento.
avaliação de desempenho;
§ 1º Os processos administrativo-tributários no CONAT são
VI - fazer intimação por edital, quando necessário; gratuitos e não dependem de garantia de qualquer espécie.
VII - apresentar, trimestralmente, relatório das atividades da § 2º Quando solicitada pelo sujeito passivo ou seu
CEPED à Presidência do CONAT; representante legal habilitado, o CONAT disponibilizará meio
VIII - praticar as atribuições inerentes às suas funções, na de acesso de gravação digital de peça processual ou de todo
forma estabelecida no Regulamento e no Regimento. o processo administrativo-tributário.
Parágrafo único. Na realização das atividades de Perícias e § 3º Somente ocorrerá fornecimento de cópia de peça
Diligências, observar-se-á as disposições constantes das processual ou de todo o processo administrativo-tributário
resoluções do Conselho Federal de Contabilidade - CFC, por meio reprográfico quando do recolhimento, ao Erário, do
especialmente o disposto na Resolução nº valor correspondente ao custo de impressão ou de mídia
1.243/2009 e suas alterações posteriores mediante rubrica eletrônica.
de aprovação e ciência do Orientador da CEPED; CAPÍTULO II
Art. 45. São atribuições do Perito-Fiscal: DAS DISPOSIÇÕES GERAIS SOBRE O JULGAMENTO
I - analisar os processos em função da solicitação de perícia; Art. 48. O julgamento de processo administrativo-tributário
no CONAT é da competência inicial dos Julgadores
II - realizar perícia na escrita fiscal e contábil do contribuinte
Administrativo-Tributários sob a forma monocrática,
quando solicitada;
observado o disposto no art. 121 desta Lei, e quando em
III - realizar diligências in loco quando solicitadas na forma grau de recurso, dos órgãos do CRT, em deliberação coletiva.
desta Lei;
§ 1º Serão priorizados, para fins de julgamento, os processos
IV - solicitar a realização de laudos técnicos para subsidiar administrativo-tributários que:
perícias;
I - configurem aspectos ou elementos de crime contra a
V - solicitar da autoridade lançadora e do autuado, quando ordem tributária;
for o caso, informações e documentos referentes a processo
II - decorram da lavratura de auto de infração com retenção
administrativo-tributário;
de mercadoria perecível ou deteriorável;
VI - elaborar laudo pericial e cientificar o contribuinte ou
III - tenham garantia decorrente de carta de fiança bancária;
responsável do resultado;
IV - na relação processual apresentem sujeito passivo
VII - diligenciar com vistas à juntada de documentos e adotar
detentor de Regime Especial de Tributação concedido pela
providências que resultem em saneamento processual;
SEFAZ, ou beneficiário do Fundo de Desenvolvimento

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Industrial do Estado do Ceará - FDI, instituído pela Lei nº - na forma e prazos estabelecidos em Regulamento ou
10.367, de 7 de dezembro de 1979, e alterações posteriores; Regimento.
V - envolvam autos de infração com valores de grande Parágrafo único. Ao ser cientificado da decisão proferida no
monta, a critério do Presidente do CONAT; (Redação do Processo Administrativo Tributário, deverá ser fornecida ao
inciso dada pela Lei Nº 17251 DE 27/07/2020). sujeito passivo, cópia integral do julgamento.
VI - o sujeito passivo tenha efetuado depósito Art. 54. A autoridade lançadora poderá ser intimada para
administrativo, na forma estabelecida na legislação esclarecer, informar, entregar documento ou produzir
tributária estadual; relatório, inclusive por meio eletrônico, quando necessário à
instrução processual e à livre convicção do julgador.
VII - versem sobre restituição.
Parágrafo único. Cumprida a providência a que se refere o
§ 2º Não se inclui na competência da autoridade julgadora
caput, far-se-á a juntada aos autos e dar-se-á ao sujeito
afastar a aplicação de norma sob o fundamento de
passivo ou ao requerente em processo especial de
inconstitucionalidade, ressalvada a hipótese em que tenha
restituição ciência da providência, para fins de manifestação,
sido declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal
se for o caso, no prazo previsto na legislação.
Federal - STF, observado:
CAPÍTULO III
I - em Ação Direta de Inconstitucionalidade ou Declaratória
de Constitucionalidade, após a publicação da decisão; DA SUSPEIÇÃO E DO IMPEDIMENTO DOS JULGADORES

II - em Ação Direta de Inconstitucionalidade, por via Art. 55. Poderá ser arguida a suspeição de julgadores de
incidental, após a publicação da resolução que suspender a quaisquer das instâncias administrativas que tenha amizade
execução do ato, pelo Senado Federal; íntima ou inimizade notória com o sujeito passivo ou o
requerente em Procedimento Especial de Restituição.
III - em Súmula Vinculante aprovada pelo Supremo Tribunal
Federal, nos termos do art. 103-A da Constituição Federal. Art. 56. Poderá ser arguido o impedimento de julgadores de
quaisquer das instâncias administrativas, sendo-lhes vedado
§ 3º A distribuição de processos aos Julgadores atuarem, nesta condição, nos processos administrativo-
Administrativo-Tributários e o sorteio aos Conselheiros, bem tributários em que tenham:
como a elaboração de pautas das sessões de julgamento
observará às disposições do Regulamento e do Regimento do I - constituído o lançamento tributário pela lavratura de auto
CRT. de infração;

Art. 49. As decisões no CRT observarão o quórum regimental II - atuado no processo como consultor, parecerista, perito
e serão tomadas por maioria simples de votos ou em voto de ou julgador de primeira instância;
desempate do Presidente. III - atuado na qualidade de mandatário do sujeito passivo;
Art. 50. Os votos proferidos pelos Conselheiros e as decisões IV - interesse econômico, ou quando esta situação alcance
prolatadas devem ser fundamentadas, de forma clara e seus cônjuges, companheiros, parentes e afins, em linha reta
precisa. ou colateral, até o terceiro grau, inclusive;
Art. 51. A autoridade julgadora de primeira instância V - em curso, litígio judicial ou administrativo com o sujeito
observará o disposto no art. 50 e quando, sob a forma passivo ou requerente em Procedimento Especial de
expressa ou por meio magnético lavrar a decisão, encerrará Restituição ou estejam nessa condição;
o ofício judicante, podendo alterá-la, somente para corrigir,
de ofício, inexatidões materiais. VI - vínculo empregatício, contratual ou societário com a
sociedade de advogados, de contabilistas ou de entidade de
Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput às decisões assessoria tributária a que esteja vinculado o processo em
em grau de recurso, materializadas sob a forma de julgamento;
Resolução, não se constituindo as inexatidões materiais
objeto de alterações, embargos ou outra modalidade VII - interesses, diretos ou indiretos, de pessoa jurídica de
recursal. direito privado, de que sejam titulares, sócios, acionistas,
membros da diretoria executiva, conselho fiscal ou órgãos
Art. 52. Os julgamentos em quaisquer das instâncias do equivalentes.
CONAT serão, quando possíveis, emitidos eletronicamente e
certificados digitalmente, conforme estabelecido em § 1º A parte que arguir suspeição ou impedimento deverá
Regulamento. fazê-lo por meio de requerimento fundamentado, na
primeira oportunidade em que se manifestar nos autos.
Art. 53. As decisões exaradas pelo CONAT em primeira e
segunda instância serão publicadas em sítio eletrônico e § 2º Quando a suspeição ou impedimento for arguido
disponibilizadas na rede mundial de computadores - internet oralmente, em sessão, o pedido deverá ser reduzido a termo
em ata, indicando-se as razões em que se ampara, com o

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sobrestamento do julgamento para fins do disposto no § 8º credenciamento junto à Administração Fazendária, na forma
deste artigo. estabelecida em Regulamento.
§ 3º Os julgadores de quaisquer das instâncias de julgamento § 1º Ao credenciado será atribuído registro e meio de acesso
poderão, ainda, declarar-se impedidos em razão de foro ao sistema e o credenciamento a que se refere o caput
íntimo. preservará o sigilo, assegurará a identificação do
interessado, a autenticidade e a não recusa das
§ 4º Os julgadores de quaisquer das instâncias que
comunicações que lhe forem enviadas.
incorrerem em suspeição e nas hipóteses de impedimento a
que se referem os incisos I ao V do caput, comunicarão o § 2º A Administração Fazendária informará no ato do
impedimento: credenciamento as normas e condições referentes à
utilização da transmissão eletrônica dos atos processuais.
I - ao Orientador da CEJUL;
§ 3º A assinatura digital a que se refere o caput se dará com
II - ao Presidente da CS ou da CJ.
base em certificado emitido por autoridade certificadora
§ 5º O incidente será decidido em preliminar pelas credenciada, observadas as disposições legais e
autoridades administrativas referidas nos incisos I e II do § regulamentares que lhes forem inerentes.
4º do caput, ouvindo-se o arguido, se necessário.
§ 4º Para fins desta Lei, considera-se:
§ 6º Caso seja denegada a arguição de suspeição ou
I - meio eletrônico, qualquer forma de armazenamento ou
impedimento, caberá Pedido de Reconsideração à
tráfego de documentos ou arquivos digitais;
Presidência do CONAT.
II - transmissão eletrônica, toda forma de comunicação à
§ 7º Aquiescendo em suspeição ou impedimento, as
distância com a utilização de redes de comunicação,
autoridades administrativas a que se referem os incisos I e II
preferencialmente a rede mundial de computadores;
do § 4º e do § 6º do caput, distribuirão o processo
administrativo-tributário que tramitar em primeira instância III - assinatura eletrônica, aquela que possibilite a
a outro Julgador Administrativo-Tributário e, tramitando em identificação inequívoca do signatário e utilize certificado
segunda instância, a outro Conselheiro mediante sorteio em digital:
sessão.
a) emitido por autoridade certificadora integrante da
§ 8º Consignada a suspeição ou o impedimento de hierarquia da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira -
Conselheiro, será convocado o respectivo suplente, na ICP Brasil;
ordem sequencial, para participar da sessão de julgamento,
b) emitido ou reconhecido pela SEFAZ e aceito pelo sujeito
em substituição ao titular.
passivo de obrigações tributárias para com a SEFAZ.
CAPÍTULO IV
§ 5º Os autos do PAT-e deverão ser protegidos por meio de
DA INFORMATIZAÇÃO DO PROCESSO
sistemas de segurança de acesso e armazenados de forma
ADMINISTRATIVOTRIBUTÁRIO que garanta a preservação e integridade de dados.
SEÇÃO I
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO-TRIBUTÁRIO § 6º Observado o disposto no § 5º do caput e sem prejuízo
do que dispõe o § 7º do caput, poderão ser adotados
ELETRÔNICO
requisitos adicionais de segurança que considerem a
Art. 57. É instituído no âmbito do CONAT o Processo marcação de eventos temporais relevantes por meio da
Administrativo-Tributário eletrônico - PAT-e, pela admissão utilização de mecanismos digitais.
de uso do respectivo meio na produção, comunicação,
§ 7º Ao PAT-e aplica-se, no que couber, as regras sobre
remessa ou transmissão de atos e peças processuais, nos
informatização do processo judicial contidas na Lei nº
termos desta Lei.
11.419, de 19 de dezembro de 2006 e suas alterações
Parágrafo único. As disposições desta Lei que tratam de posteriores;
processo administrativo-tributário sem o emprego da
Art. 59. O envio de impugnação, recursos, manifestações
expressão "eletrônico" aplicam-se indistintamente a estes e
sobre laudo pericial e a realização de atos processuais em
aos processos físicos já instaurados.
geral dar-se-ão por meio eletrônico, no prazo legal e na
SEÇÃO II forma disposta em Regulamento.
DISPOSIÇÕES GERAIS
§ 1º Consideram-se realizados os atos processuais por meio
Art. 58. Os atos e peças processuais praticados por meio eletrônico no dia e hora do seu envio ou incorporação ao
eletrônico, no CONAT, dar-se-ão mediante uso de assinatura sistema da SEFAZ.
eletrônica ou digital e quando realizado pelo sujeito passivo,
ou seu representante legal, estarão condicionados a prévio

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§ 2º A incorporação de peças processuais a que se refere o CAPÍTULO V


caput, transmitidas em formato digital, dar-se-á de forma DA FORMAÇÃO DO PROCESSO
automática, com a emissão de recibo eletrônico. ADMINISTRATIVOTRIBUTÁRIO
§ 3º Havendo problema técnico no sistema de acesso ao PAT- SEÇÃO I
e que o torne indisponível, fica o prazo automaticamente DA INSTAURAÇÃO DO PROCESSO
prorrogado para o primeiro dia útil subsequente à resolução Art. 61. A interposição tempestiva de impugnação ao Auto
do problema. de Infração instaura a fase litigiosa e suspende a exigibilidade
§ 4º Excepcionalmente ou por motivo técnico, quando for do crédito tributário.
inviável o uso do meio eletrônico para a realização de § 1º Na hipótese de a exigência fiscal não ser adimplida nem
intimação e de atos processuais em geral, estes poderão ser impugnada, e sem que seja ofertada garantia do crédito, a
praticados segundo as regras ordinárias, digitalizando-se o autoridade competente deverá adotar as seguintes
documento físico para inserção no processo. providências:
§ 5º Os documentos e peças digitalizados têm a força I - proceder ao saneamento processual, que consiste na
probante dos originais, salvo nos casos de comprovada verificação dos requisitos formais do lançamento tributário
falsificação ou adulteração, antes ou durante o processo de e na intimação do contribuinte;
digitalização.
II - declarar o contribuinte revel mediante lavratura do
§ 6º Os documentos cuja digitalização seja tecnicamente Termo de Revelia;
inviável devido ao grande volume, ou por se encontrarem
ilegíveis, deverão ser apresentados ao CONAT no prazo e na III - encaminhar os autos à Célula da Dívida Ativa da
forma estabelecida na legislação. Procuradoria-Geral do Estado para as providências relativas
à inscrição do crédito tributário em Dívida Ativa do Estado,
§ 7º Os documentos digitalizados e juntados aos autos do salvo nos casos em que o processo se refira a Auto de
PAT-e estarão disponíveis para as partes processuais na Infração e Notificação Fiscal (AINF) relativo a impostos e
forma estabelecida em Regulamento. contribuições abrangidos pelo Simples Nacional, hipótese
§ 8º Tratando-se de cópia digital de documento relevante à em que os autos serão encaminhados à Dívida Ativa da
instrução processual, o órgão julgador poderá determinar o União.
seu depósito nas dependências do CONAT. § 1º-A. O saneamento a que se refere o inciso I do § 1º deste
§ 9º Os originais dos documentos digitalizados deverão ser artigo deverá ser realizado por agente diverso da autoridade
preservados pelo seu detentor até o trânsito em julgado do lançadora do tributo e homologado pela chefia imediata do
PAT-e. autuante. (Parágrafo acrescentado pela Lei Nº 16904 DE
03/06/2019).
§ 10. O CONAT poderá disponibilizar às partes processuais,
em sua sede, a utilização de equipamentos de digitalização e § 2º A impugnação apresentada fora do prazo não instaura a
de acesso à tramitação e consulta ao sistema PAT-e fase litigiosa nem suspende a exigibilidade do crédito
conforme estabelecer o Regulamento. tributário.
§ 11. Será concedida nas dependências do CONAT vista ao § 3º Relativamente aos processos administrativo-tributários
processo administrativo-tributário ao sujeito passivo, ao em trâmite no CONAT que tenham sido instaurados antes da
requerente em Procedimento Especial de Restituição ou aos publicação desta Lei em virtude da revelia do sujeito passivo,
seus representantes legais, devidamente habilitados. observar-se-á o seguinte:
§ 12. Será considerada, como concessão de vista sob os I - deverá o contribuinte ser intimado para, no prazo de 30
mesmos efeitos do § 11 do caput, a disponibilização de (trinta) dias, efetuar o pagamento ou parcelamento do
acesso ao PAT-e, por meio eletrônico. crédito tributário com os descontos legais, ou apresentar
impugnação ao feito fiscal, sem prejuízo do pagamento, se
Art. 60. O órgão julgador poderá, mediante despacho,
for o caso, da Taxa de Fiscalização e Prestação de Serviço
requerer por meio eletrônico ao sujeito passivo e ao
Público prevista no item 1.9 do anexo IV da Lei nº 15.838 , de
requerente em Procedimento Especial de Restituição,
27 de julho de 2015;
esclarecimento, informação ou ainda exibir, entregar ou
enviar dados e documentos necessários à instrução II - findo o prazo a que se refere o inciso I deste parágrafo
processual e à livre convicção do julgador. sem que tenham sido adotadas as providências nele
previstas, a Secretaria-Geral do CONAT deverá declarar a
extinção ou a suspensão do processo ou providenciar o seu
encaminhamento para fins de inscrição do crédito tributário
na Dívida Ativa do Estado.

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III - O Contencioso Administrativo Tributário do Estado do SEÇÃO III


Ceará - CONAT, publicará até o último dia útil do mês DA FORMA, DO TEMPO E DO LOCAL DA REALIZAÇÃO DOS
posterior ao encerramento do trimestre civil, em sua página ATOS
eletrônica, o Relatório Quantitativo e Estatístico de
Processos Julgados procedentes, improcedentes, Art. 67. Os atos e termos não dependem de forma
parcialmente procedentes, nulos e extintos, por cada determinada, senão quando expressamente exigida pela
Câmara de Julgamento. legislação, devendo ser produzidos com a indicação da data,
do local da realização e assinatura ou identificação de quem
§ 4º Não se aplica o disposto no § 3º aos processos o tenha praticado.
administrativotributários que contenham qualquer
manifestação da autoridade julgadora de 1ª Instância". Parágrafo único. Mesmo quando exigida determinada forma,
a autoridade julgadora poderá considerar como válido o ato
Art. 62. Considerar-se-á revel o autuado que não apresentar que, realizado de outra maneira, alcançar a sua finalidade.
impugnação no prazo legal.
Art. 68. Os atos serão realizados em dias úteis e no horário
§ 1º Não instaura o processo administrativo-tributário a normal de funcionamento da unidade administrativa que os
ocorrência de revelia na hipótese em que o sujeito passivo, expedir, exceto quando esta opere de modo contínuo em
em detrimento da via administrativa, optar por ingresso de todos os turnos e dias da semana.
ação judicial.
Parágrafo único. Poderão ser concluídos depois do horário
§ 2º Excetuada a situação a que se refere o § 1º do caput, a normal os atos já iniciados, cujo adiamento prejudique o
revelia não impedirá a presença da parte no feito, que o curso regular do procedimento ou cause dano ao
receberá no estado em que se encontrar, vedada à interessado ou à Fazenda Estadual.
reabertura de fases preclusas.
Art. 69. Salvo determinação legal, o reconhecimento de
Art. 63. A impugnação deverá conter: firma somente será exigido quando houver dúvida de
I - a indicação da autoridade julgadora a quem é dirigida; autenticidade, podendo a autenticação dos documentos
exigidos em cópia efetuar-se no órgão administrativo que o
II - a qualificação do impugnante; emitir ou recepcionar.
III - as razões de fato e de direito em que se fundamenta; Parágrafo único. Os documentos juntados aos autos,
IV - a documentação probante de suas alegações; inclusive os que tenham sido objeto de retenção para fins de
comprovar a irregularidade, poderão ser restituídos em
V - a indicação das provas cuja produção é pretendida. qualquer fase do processo a requerimento do interessado,
Parágrafo único. Quando requerida prova pericial, constarão desde que não haja prejuízo à instrução e dele constem
do pedido a formulação dos quesitos e a qualificação do cópias autenticadas ou conferidas nos autos, lavrando-se o
assistente técnico, se indicado. devido termo.

SEÇÃO II SEÇÃO IV
DAS PARTES E DA CAPACIDADE PROCESSUAL DOS PRAZOS PROCESSUAIS

Art. 64. São partes no processo administrativo-tributário o Art. 70. Na contagem dos prazos do Processo Administrativo
Estado do Ceará, representado pelo Procurador do Estado, o Tributário computar-se-ão somente os dias úteis, excluindo-
sujeito passivo da obrigação tributária ou a quem a lei se o dia do início e incluindo-se o dia do
atribuir responsabilidade pelo seu cumprimento e o vencimento. (Redação do caput dada pela Lei Nº 17251 DE
requerente em Procedimento Especial de Restituição. 27/07/2020).

Art. 65. Equipara-se ao sujeito passivo, nos termos do art. 64, § 1º Os prazos só se iniciam ou se vencem em dia de
aquele que, por ato voluntário aceitar, perante a expediente normal no órgão em que tramite o processo
Administração, a condição de fiador ou em decorrência de administrativo-tributário ou onde deva ser praticado o ato.
ação judicial, manifestar interesse na situação que constitua § 2º Consideram-se prorrogados os prazos até o primeiro dia
o fato gerador da obrigação tributária. útil subsequente quando o expediente for encerrado antes
Art. 66. O sujeito passivo comparecerá ao processo da hora normal, independentemente do motivo, ou nos
administrativo-tributário, em qualquer de suas fases, casos de atos processuais realizados na forma eletrônica,
pessoalmente para postular em causa própria, por quando estes ocorrerem em dia não útil.
procurador devidamente constituído ou através de § 3º Dar-se-á por concluído o prazo processual concedido às
advogado com mandato regularmente outorgado. partes quando estas praticarem o respectivo ato antes do
vencimento, resguardadas as garantias que lhes são
inerentes.

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§ 4º Quando o ato processual tiver que ser praticado em SEÇÃO V


determinado prazo, por meio eletrônico, este será DO DEPÓSITO ADMINISTRATIVO
considerado tempestivo se efetivado até às 24 (vinte e
quatro) horas do último dia. Art. 76. O sujeito passivo poderá fazer cessar a aplicação dos
acréscimos dos juros de mora e da atualização monetária
§ 5º Ocorrendo problema técnico no sistema de acesso ao mediante depósito do crédito tributário, na forma disposta
PATe que o torne indisponível, na data de encerramento do na legislação tributária.
prazo para interpor defesa ou recurso, apresentar
contrarrazões a laudo pericial ou providência decorrente de CAPÍTULO VI
intimação, fica o prazo prorrogado para o primeiro dia útil DAS INTIMAÇÕES
subsequente à resolução do problema. Art. 77. Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém
§ 6º O disposto no caput aplica-se, ainda, à contagem do dos atos e termos do processo administrativo-tributário para
prazo de que dispõe o sujeito passivo para efetuar o que faça ou deixe de fazer alguma coisa.
pagamento ou parcelamento do crédito tributário com os Art. 78. A intimação far-se-á sempre na pessoa do sujeito
descontos legais especificados no art. 127, inciso I, da Lei nº passivo ou responsável e do fiador, ou do requerente em
12.670, de 27 de dezembro de 1996, ou apresentar a Procedimento Especial de Restituição, podendo ser
impugnação de que trata o art. 102 desta Lei". (Parágrafo efetivada pelo titular, sócio, acionista, mandatário,
acrescentado pela Lei Nº 17352 DE 14/12/2020). administrador, preposto, ou advogado regularmente
Art. 71. A impugnação ou recurso interposto constituído nos autos do processo administrativo-tributário.
tempestivamente, relativo a processo administrativo- Parágrafo único. Considera-se preposto, para fins do
tributário instaurado em meio físico, quando apresentados a disposto no caput, qualquer dirigente ou empregado
qualquer órgão fazendário, será remetido de imediato ao vinculado ao estabelecimento, ao titular, ao sócio, ao
CONAT. acionista, ao mandatário, ao advogado regularmente
Art. 72. Será de 5 (cinco) dias o prazo para que a autoridade constituído, ou à edificação residencial ou ao endereço
lançadora entregue ao agente responsável de sua unidade, o informado por seu procurador regularmente constituído.
auto de infração com os documentos que lhes devam Art. 79. As intimações serão feitas por comunicação
acompanhar, contados da data do ciente ou da recusa do eletrônica ao sujeito passivo ou a pessoa a quem este tenha
autuado. outorgado poderes para representá-lo, nos termos desta Lei
§ 1º O prazo para interpor impugnação, recurso ordinário ou do Regulamento.
extraordinário será de 30 (trinta) dias, contados da data em § 1º A Administração Fazendária poderá, observados os
que se considerar efetuada a intimação. critérios de conveniência e oportunidade, efetuar intimações
§ 2º Não será apreciada a impugnação ou o recurso nas seguintes formas:
interposto fora do prazo e, mesmo no prazo, por quem não I - pessoalmente, mediante entrega de comunicação
tenha legitimidade, hipóteses em que deverá ser subscrita por autoridade fazendária competente ou por
desentranhada dos autos. agente do órgão de julgamento, na repartição ou fora dela,
Art. 73. O sujeito passivo ou terceiro interessado poderá provada com a assinatura do intimado indicado no art. 78 ou,
manifestar-se sobre laudo pericial no prazo de 20 (vinte) no caso de recusa, com declaração escrita de quem o
dias. intimar;

Parágrafo único. Será de 10 (dez) dias, o prazo para a II - pelo comparecimento espontâneo ao CONAT do sujeito
apresentação de quesitos complementares, na hipótese em passivo, do requerente em Procedimento Especial de
que se admitir o aditamento ao pedido de perícia, na forma Restituição, ou do representante legal destes, ocasião em
do art. 96, contados a partir da data da intimação. que será formalizada a intimação, passando desde então a
fluir o prazo assinalado;
Art. 74. Salvo determinação em contrário, os prazos para a
realização dos atos processuais previstos nesta Lei são III - por via postal, com Aviso de Recebimento, no domicílio
improrrogáveis, sem prejuízo de outros especialmente tributário do sujeito passivo ou a quem a este se equiparar e
previstos na legislação tributária, no Regulamento e no ao requerente em Procedimento Especial de Restituição, nos
Regimento do CRT. termos do Regulamento;

Art. 75. Não havendo prazos expressamente previstos nesta IV - por edital, quando não se efetivar pela forma indicada no
Lei, na legislação tributária, no Regulamento ou no caput, ou por uma das formas indicadas nos incisos I a III do
Regimento do CRT, o ato processual será praticado no prazo § 1º do caput, ou ainda na hipótese do intimado encontrar-
de 5 (cinco) dias. se em local incerto ou não sabido.

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§ 2º As intimações feitas na forma do caput serão b) quando houver recusa do intimado, na data constante no
consideradas pessoais para todos os efeitos legais. AR, firmada por empregado da Empresa Brasileira de
Correios e Telégrafos (EBCT);
§ 3º A SEFAZ poderá instituir em seu sítio eletrônico o portal
do PAT-e para publicação, dentre outros, dos atos c) se omitida a data a que se referem as alíneas "a" e "b"
administrativos a que se refere o inciso IV do § 1º do caput, deste inciso, a data de juntada do AR no processo
nos termos do Regulamento. administrativo ou a data que constar na consulta efetuada
ao sistema de rastreamento de objeto dos correios, no sítio
§ 4º O edital de que trata o inciso IV, do § 1º do caput, será
eletrônico http://www.correios.com.br".
disponibilizado no sítio eletrônico referido no § 3º do caput,
nos termos do Regulamento, ou conforme o caso, através de IV - Por edital, 15 (quinze) dias após a data da sua
publicação no Diário Oficial do Estado - DOE. disponibilização ou publicação, na forma do que dispõe o
inciso IV do § 1º do art. 79 desta Lei.
§ 5º O edital publicado em meio eletrônico substitui
qualquer outro meio de publicação oficial, para quaisquer Art. 81. A intimação do processo administrativo-tributário
efeitos legais. deverá conter:
§ 6º Realizada a intimação na forma a que se refere o caput, I - a identificação do auto de infração e do processo
ou na forma dos incisos III e IV, constará dos autos administrativo-tributário;
comprovação de sua remessa ou da publicação.
II - a identificação e o endereço do intimado;
§ 7º Os meios de intimação previstos nos incisos I a III do §
III - o prazo para pagamento, apresentação de defesa ou
1º do caput não estão sujeitos à ordem de preferência nem
interposição de recurso;
ao exaurimento de suas modalidades.
IV - a indicação a quem deve ser dirigida a defesa ou o
§ 8º Para fins de intimação por meio das formas previstas no
recurso e o endereço do CONAT;
caput e nos incisos I e III do § 1º do caput, considera-se
domicílio tributário do sujeito passivo: V - a indicação de sua finalidade;
I - o endereço fornecido à Administração Fazendária, para VI - a identificação do responsável pela intimação.
fins cadastrais;
Parágrafo único. A intimação que cientificar o sujeito passivo
II - o endereço eletrônico atribuído pela Administração do resultado do julgamento deverá, quando for o caso,
Fazendária objeto de credenciamento, nos termos do art. 58, conter a exigência do crédito tributário.
caput, e seus §§º 1º ao 3º, desta Lei.
Art. 82. As regras relativas à intimação que não foram
§ 9º A intimação ao Procurador do Estado será realizada na tratadas nesta Lei serão estabelecidas no Regulamento.
forma do § 1º inciso I, conforme dispuser o regimento.
CAPÍTULO VII
Art. 80. Considera-se feita a intimação: DAS NULIDADES PROCESSUAIS E DA SUSPENSÃO DO
I - por meio eletrônico: PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO

a) na data em que o intimado consultar o teor da intimação Art. 83. São absolutamente nulos os atos praticados por
eletrônica que lhe for encaminhada, ou; autoridade incompetente ou impedida, ou com preterição
de quaisquer das garantias processuais constitucionais,
b) 15 (quinze) dias, contados da data da respectiva devendo a nulidade ser declarada de ofício pela autoridade
comprovação da remessa sem que o intimado tenha, por julgadora.
qualquer motivo, consultado o teor da intimação eletrônica
encaminhada; Parágrafo único. A participação de autoridade fiscal
incompetente ou impedida não dará causa a nulidade do ato
II - pessoalmente: por ela praticado, desde que tenha, na consecução do ato, a
a) na data da ciência do intimado ou da lavratura da participação de autoridade fiscal em efetivo exercício e plena
declaração de recusa por quem tentara materializar a competência de suas funções.
providência, ou; Art. 84. As irregularidades ou omissões passíveis de correção
b) na data em que ocorrer o comparecimento espontâneo, não serão declaradas nulas.
obtida à vista dos autos ou quando nele se manifestar; § 1º Quando corrigida a irregularidade ou provida a omissão,
III - por via postal: e dependendo dos atos subsequentes atingidos, far-se-á a
reabertura do prazo ao autuado, para fins de pagamento
a) na data da efetiva recepção pelo intimado do Aviso de com o desconto previsto à época da lavratura do auto de
Recebimento - AR; infração ou para apresentar impugnação, podendo a defesa
que tenha sido interposta, ser aditada, caso em que o

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aditamento será circunscrito ao tópico ou itens objeto da Parágrafo único. Durante a suspensão, é defeso à autoridade
retificação. competente praticar qualquer ato no processo, ressalvado
aquele de natureza urgente, a fim de evitar dano irreparável.
§ 2º Considerar-se-á sanada a irregularidade se a parte a
quem aproveite deixar de arguí-la na primeira ocasião em CAPÍTULO VIII
que se manifestar no processo. DA EXTINÇÃO DO PROCESSO
§ 3º A parte não poderá arguir nulidade a que haja dado Art. 87. Extingue-se o processo administrativo-tributário:
causa, ou para a qual tenha concorrido.
I - Sem julgamento de mérito:
§ 4º No pronunciamento da nulidade, a autoridade declarará
os atos a que ela se estende chamando o feito à ordem para a) pelo pagamento integral;
fins de regularização do processo. b) pela remissão;
§ 5º A nulidade de qualquer ato só prejudicará os atos c) pela anistia, quando o crédito tributário se referir apenas
posteriores que dele sejam dependentes ou consequentes. à multa;
§ 6º As incorreções ou omissões do auto de infração e a d) quando a autoridade julgadora acolher a alegação de coisa
inobservância de exigências meramente formais que não julgada;
constituam prejuízo à defesa não acarretam a nulidade do
ato administrativo, desde que haja elementos suficientes e e) quando não ocorrer à possibilidade jurídica, a legitimidade
possíveis à determinação do sujeito passivo, a natureza da da parte ou o interesse processual;
infração e o montante do crédito tributário. II - Com julgamento de mérito:
§ 7º Estando o processo administrativo-tributário em fase de a) pela decadência;
julgamento, a ausência ou o erro na indicação dos
dispositivos legais e regulamentares infringidos e dos que b) quando confirmada em segunda instância a decisão
cominem a respectiva penalidade, constantes do auto de absolutória exarada em primeira instância, objeto de
infração, serão corrigidos pela autoridade julgadora, de reexame necessário;
ofício ou em razão de defesa ou recurso, não ensejando a c) com a extinção do crédito tributário, pelo pagamento,
declaração de nulidade do lançamento, quando a infração quando confirmada em segunda instância à decisão
estiver devidamente determinada. parcialmente condenatória de primeira instância, objeto de
§ 8º Nenhum ato será declarado nulo se da nulidade não reexame necessário.
resultar prejuízo para as partes. CAPÍTULO IX
§ 9º Quando puder decidir no mérito a favor da parte a quem DAS PROVAS, DA PERÍCIA E DA DILIGÊNCIA FISCAL
aproveite, a autoridade julgadora não pronunciará a SEÇÃO I
nulidade. DISPOSIÇÕES GERAIS
§ 10. A apreciação das nulidades, quando possível, deve Art. 88. No processo administrativo-tributário serão
preceder ao pedido de perícia. admitidas as provas obtidas e produzidas por meios legais,
pertinentes à matéria objeto do auto de infração,
Art. 85. Quando a CJ não acolher a decisão de primeira
desprezando-se as ilícitas, desnecessárias e protelatórias.
instância que declarar a nulidade ou extinção, determinará o
retorno do processo à instância singular para a realização de Parágrafo único. A autoridade julgadora de qualquer
novo julgamento. instância, o Assessor Processual-Tributário e o Procurador do
Estado que atuar no processo administrativo-tributário
Parágrafo único. Não se aplica o disposto no caput, estando
poderão solicitar a produção de provas e informações que
o processo administrativo-tributário em condições de
entenderem necessárias à sua livre convicção.
imediato julgamento, decidindo, desde logo, se a causa
versar sobre questão que aproveite, no mérito, ao sujeito Art. 89. Os documentos produzidos eletronicamente juntar-
passivo. seão, com idêntico teor, ao respectivo processo
administrativo-tributário, observando-se as exigências de
Art. 86. Suspende-se o processo administrativo-tributário
segurança deste e de sistemas de dados, considerados
pela morte ou perda da capacidade processual do
originais, para todos os efeitos legais, mediante assinatura
impugnante, requerente no Procedimento Especial de
digital.
Restituição, do recorrente ou do seu representante legal,
promovendo-se a imediata intimação do sucessor para Art. 90. O sujeito passivo, quando intimado, deverá exibir ou
integrar o processo. entregar livros, documentos e arquivos, em qualquer meio,
inclusive eletrônico, que esteja ou deva estar na sua guarda,
presumindo-se a recusa injustificada na veracidade da
acusação fiscal.

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Parágrafo único. O dever previsto no caput não abrange a III - os fatos forem incontroversos e os elementos contidos
prestação de informações a respeito das quais o informante nos autos forem suficientes à formação de seu
esteja legalmente obrigado a guardar sigilo em razão do convencimento;
cargo, função ou ofício.
IV - tratar-se de fatos notórios, verossímeis e compatíveis
Art. 91. A autoridade julgadora apreciará livremente as com a realidade e as provas constantes dos autos;
provas, devendo indicar expressamente os motivos de seu
V - a verificação for prescindível ou relacionada com
convencimento.
documentos cuja juntada ou modo de realização seja
SEÇÃO II impraticável;
DO PEDIDO DE PERÍCIA E DE DILIGÊNCIA
VI - a prova do fato não dependa de conhecimento técnico
Art. 92. A realização de perícia e de diligência será requerida especializado.
pelo sujeito passivo por ocasião de defesa, sustentação oral Parágrafo único. Quando da realização de perícia requerida
ou da interposição de recurso. por Julgadores Administrativo-Tributários, Assessores
Art. 93. As providências assinaladas no caput do art. 92 Processual-Tributários, Procuradores do Estado e
poderão também ser interpostas quando da apresentação Conselheiros, estes deverão observar o disposto nos incisos
de recurso pelo requerente em Procedimento Especial de I a VI do caput deste artigo.
Restituição, observadas às disposições desta Lei. SEÇÃO IV
§ 1º O pedido de perícia ou de diligência deverá ser DA REALIZAÇÃO DE PERÍCIA
fundamentado e indicar:
Art. 98. O trabalho pericial-contábil pautar-se-á nas Normas
I - o motivo que a justifique; Brasileiras de Contabilidade, editadas pelo Conselho Federal
de Contabilidade, quando da realização de exame, vistoria
II - os pontos controversos e as contraprovas respectivas,
ou avaliação e consistirá de laudo circunstanciado.
quando for o caso;
§ 1º Para realização das providências assinaladas no caput, o
III - os quesitos necessários à elucidação dos fatos;
sujeito passivo apresentará os documentos originais,
IV - a identificação do assistente técnico, caso queira indicar. podendo, conforme o caso, serem aceitas cópias
autenticadas por servidor fazendário, mediante
Art. 94. Não se admitirá aditamento ao pedido de perícia
apresentação dos originais.
nem apresentação de quesitos complementares, exceto nas
hipóteses de caso fortuito ou força maior devidamente § 2º Poderá ser elaborado laudo com base em dados de nota
comprovada. técnica ou documentos equivalentes expedidos,
preferencialmente, por órgão oficial.
Art. 95. A autoridade julgadora determinará a realização de
diligência ou de perícia, quando necessária à solução do § 3º A perícia não modificará metodologia utilizada na
litígio, em despacho que conterá os motivos que as justifique autuação. (Parágrafo acrescentado pela Lei Nº 16257 DE
e, em caso de perícia, os quesitos que lhe são pertinentes. 09/06/2017).
Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput aos pedidos Art. 99. Quando a prova do fato não estiver circunscrita ao
formulados pelo Assessor Processual-Tributário e pelo exame fiscal ou contábil, ensejando a manifestação de
Procurador do Estado. técnico ou demandar conhecimento especializado ou
científico, a realização desta providência correrá às custas do
SEÇÃO III
sujeito passivo, caso este seja o requerente, na forma
DO DEFERIMENTO OU INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE
estabelecida em Regulamento.
PERÍCIA
Subseção Única - Do Lançamento Complementar
Art. 96. Deferido o pedido de realização de perícia, a
autoridade lançadora poderá ser convocada para subsidiar o Art. 100. Quando no curso do processo administrativo-
trabalho pericial na forma estabelecida em Regulamento. tributário e através de realização de diligência ou perícia for
verificado agravamento da exigência inicial, será efetuado
Art. 97. O julgador indeferirá, de forma fundamentada, o lançamento complementar pela autoridade competente,
pedido de realização de perícia, quando: conforme estabelecer o Regulamento.
I - formulado de modo genérico;
II - não observada a pertinência dos quesitos formulados aos
fatos imputados na autuação;

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CAPÍTULO X § 2º Consideram-se decisões contrárias, em parte, à Fazenda


DA INTERVENÇÃO DO SUJEITO PASSIVO NO PROCESSO Estadual, aquelas que reduzirem de qualquer forma o
SEÇÃO I crédito tributário.
DISPOSIÇÃO PRELIMINAR § 3º Não se aplica o disposto no caput:
Art. 101. A impugnação, recursos e demais atos praticados I - sempre que o valor originariamente lançado no auto de
pelo sujeito passivo, responsável ou a estes equiparados infração não exceder a 10 (dez) mil Unidades Fiscais de
deverão ser dirigidos à autoridade ou órgão competente Referência do Estado do Ceará - UFIRCE, ou outro índice que
para apreciar a matéria, observado o disposto no art. 63 a substitua;
desta Lei.
II - quando declarada a extinção do processo
Parágrafo único. O Regulamento disporá sobre as hipóteses administrativotributário, sem julgamento de mérito, pelo
de admissão de Defensor Público no PAT-e, em defesa do comprovado pagamento do valor integral exigido no auto de
contribuinte, desde que atendida a hipossuficiência e o infração;
regime de recolhimento em que estiver enquadrado.
III - quando a decisão fundamentar-se em aplicação de
SEÇÃO II Súmula do CRT.
DA DEFESA EM PRIMEIRA INSTÂNCIA
§ 4º A interposição do reexame necessário será efetuada de
Art. 102. É assegurado ao sujeito passivo, na condição de ofício, no corpo da própria decisão.
contribuinte, responsável ou a ele equiparado, impugnar o
SUBSEÇÃO II
lançamento com as razões de fato e de direito, fazendo-o
com as provas que entender necessárias ao esclarecimento DO RECURSO ORDINÁRIO
da controvérsia, no prazo improrrogável de 30 (trinta) dias, Art. 105. Das decisões exaradas em primeira instância,
contados da intimação, observada a forma estabelecida no contrárias ao sujeito passivo ou ao requerente, no todo ou
art. 63 desta Lei. em parte, caberá Recurso Ordinário para as CJs.
Parágrafo único. A matéria que constituir o objeto da lide Parágrafo único. O prazo para interposição do recurso a que
será apresentada na impugnação, precluindo o direito de se refere o caput será de 30 (trinta) dias, contados da data
apresentação em momento processual posterior, exceto em que se considerar feita a intimação da decisão.
quando:
SUBSEÇÃO III
I - ficar demonstrada a impossibilidade de sua apresentação DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
oportuna, por motivo de força maior;
Art. 106. Das decisões exaradas em segunda instância pelas
II - referir-se a fato ou a direito superveniente; CJs caberá Recurso Extraordinário para a CS, em caso de
III - destinar-se a contrapor fatos ou razões posteriormente divergência entre a resolução recorrida e outra da mesma CJ,
trazidas aos autos. de CJ diversa ou da própria CS, quando tiverem apreciado
matéria semelhante.
SEÇÃO III
DOS RECURSOS § 1º O recurso de que trata o caput deverá ser instruído com
cópia da decisão tida como divergente e indicando a sua
Art. 103. São cabíveis os seguintes recursos perante o origem.
CONAT:
§ 2º Deve o recorrente fundamentar o Recurso
I - reexame necessário, pelo julgador de primeira instância; Extraordinário demonstrando o nexo de identidade entre a
II - recurso ordinário; decisão recorrida e a decisão que indicar como paradigma.

III - recurso extraordinário. § 3º Somente serão consideradas para fins de indicação de


divergência entre as decisões a que se refere o § 1º do caput,
SUBSEÇÃO I as resoluções que tenham sido aprovadas pelo respectivo
DO REEXAME NECESSÁRIO órgão de julgamento, a partir da vigência da Lei
Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996.
Art. 104. A decisão proferida em primeira instância contrária
à Fazenda Estadual, no todo ou em parte, estará sujeita ao § 4º Na hipótese de ato infracional anterior à vigência da Lei
reexame necessário. Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996, somente
serão consideradas para fins de indicação de divergência, as
§ 1º Consideram-se decisões contrárias no todo à Fazenda
resoluções fundadas em norma vigente à época da
Estadual, as absolutórias e declaratórias de nulidades ou de
ocorrência da infração.
extinção do processo administrativo-tributário.

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SUBSEÇÃO IV TÍTULO III


DAS DISPOSIÇÕES FINAIS SOBRE RECURSOS DO PROCEDIMENTO ESPECIAL DE RESTITUIÇÃO
CAPÍTULO I
Art. 107. O Recurso Extraordinário será dirigido ao
Presidente do CONAT, que decidirá em despacho DISPOSIÇÃO PRELIMINAR
fundamentado, quanto à sua admissibilidade. Art. 112. O Procedimento Especial de Restituição rege-se
Art. 108. O recurso ordinário será recebido nos efeitos pelo disposto nesta Lei e na forma estabelecida em
suspensivo e devolutivo. Regulamento, observandose, ainda, as determinações
contidas na Lei nº 12.670, de 27 de dezembro de 1996 e seu
Parágrafo único. O recurso extraordinário será recebido respectivo Regulamento.
somente no efeito suspensivo.
CAPÍTULO II
Art. 109. Somente serão admitidos no processo DAS HIPÓTESES DE RESTITUIÇÃO E SEUS PROCEDIMENTOS
administrativo-tributário os recursos previstos nesta Lei.
Art. 113. Os tributos, as penalidades pecuniárias e seus
CAPÍTULO XI acréscimos legais, bem como as atualizações monetárias
DAS SÚMULAS oriundas de autos de infração tidos como indevidamente
Art. 110. Serão propostas pelo CRT súmulas relativas às recolhidos ao Erário poderão ser restituídos, no todo ou em
decisões reiteradas proferidas no âmbito das CJs e da CS, parte, a requerimento do interessado, nas seguintes
para fins de observância obrigatória pelos julgadores de hipóteses:
quaisquer das instâncias e demais autoridades fazendárias, I - pagamento de imposto manifestamente indevido em face
visando orientar de modo uniforme procedimentos relativos da legislação tributária aplicável, ou da natureza ou
ao lançamento do crédito tributário, padronização de circunstâncias materiais do fato gerador efetivamente
julgamentos com celeridade e razoável duração do processo, ocorrido;
conforme estabelecido em Regulamento.
II - erro na identificação do sujeito passivo, na determinação
Parágrafo único. A jurisprudência administrativo-tributária da alíquota aplicável, no cálculo do montante do débito ou
do CONAT, após sumulada, será submetida ao Secretário da na elaboração ou conferência de qualquer documento
Fazenda para fins de aprovação. relativo ao pagamento;
CAPÍTULO XII III - reforma, anulação ou revogação de decisão
DA COBRANÇA ADMINISTRATIVA E INSCRIÇÃO EM DÍVIDA condenatória, observado o disposto em Regulamento.
ATIVA
Art. 114. Julgado definitivamente o pedido, total ou
Art. 111. Exaurido o prazo para cobrança administrativa do parcialmente deferido, observar-se-á o seguinte:
crédito tributário constituído no processo administrativo-
I - a restituição total ou parcial de imposto dá lugar à
tributário, este será encaminhado à Procuradoria-Geral do
restituição, na mesma proporção, da multa, dos juros e
Estado - PGE, para fins de inscrição na Dívida Ativa do Estado.
demais acréscimos legais recolhidos;
Parágrafo único. Serão definitivas as decisões:
II - a importância a ser restituída será atualizada
I - de primeira instância que não estiverem sujeitas a monetariamente pelos mesmos critérios aplicáveis à
reexame necessário ou quando esgotado o prazo para cobrança do crédito tributário.
interpor o recurso ordinário, sem que o tenha sido
§ 1º A restituição poderá ser efetuada em moeda corrente,
interposto;
na impossibilidade de aproveitamento como crédito fiscal do
II - de segunda instância que não caiba Recurso valor a ser restituído.
Extraordinário, ou se cabível, quando decorrido o prazo para
§ 2º Aplicam-se ao Procedimento Especial de Restituição as
recorrer ou quando este for indeferido.
disposições constantes do art. 85 desta Lei, no que couber.
Art. 111-A. Exaurido o prazo para cobrança administrativa do
TÍTULO IV
crédito tributário constituído mediante a lavratura de Auto
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS
de Infração e Notificação (AINF) relativo a impostos e
contribuições abrangidos pelo Simples Nacional, emitido por Art. 115. Até que seja implementado o processo
meio do Sistema Único de Fiscalização, Lançamento e administrativo-tributário sob o formato eletrônico, as
Contencioso (SEFISC), este será encaminhado à Dívida Ativa intimações efetuadas por este meio serão impressas,
da União para cobrança judicial pela Procuradoria-Geral da juntando-se cópia aos autos.
Fazenda Nacional. (Artigo acrescentado pela Lei Nº 16904
Art. 116. Ocorrendo, por qualquer motivo, o extravio de
DE 03/06/2019).
autos, será promovida imediata restauração, inclusive com a
juntada de peças suplementares, promovendo-se, também,

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prioritário julgamento do processo, na forma estabelecida Administrativo Tributário - CRT, têm sua lotação efetiva no
em Regulamento. CONAT, preservando a imparcialidade dos membros e
podendo, a critério do Secretário da Fazenda, serem
Art. 117. Aplicam-se, supletivamente aos processos
convocados para realizar atividades fazendárias, excetuando
administrativo-tributários as normas do Código de Processo
as diretamente relacionadas à constituição do crédito
Civil, excetuando-se as modalidades recursais neste
tributário, fiscalização, lançamento e monitoramento dos
previstas e as regras que lhe são pertinentes.
procedimentos que julgarão no âmbito do CONAT.
Art. 118. O Presidente do CONAT, Vice-Presidentes,
§ 3º O Conselheiro comparecerá ao CONAT quando
Conselheiros e Procuradores do Estado farão jus à
devidamente convocado, em local e data previamente
retribuição pecuniária por efetiva participação em cada
agendados para realização das sessões de julgamento, nos
sessão de julgamento, do valor correspondente a 120 (cento
termos do disposto no Regimento Interno do CRT.
e vinte) UFIRCES.
§ 4º No dia da realização da sessão de julgamento, o
§ 1º O Assessor Processual-Tributário que atuar em
Conselheiro convocado, nos termos do § 3º deste artigo
substituição ao Procurador do Estado nas sessões de
ficará com dedicação exclusiva ao CONAT.
julgamento perceberá, pela participação, 75% (setenta e
cinco) por cento do valor atribuído ao Procurador do Estado. Art. 121. A CEJUL atuará de forma monocrática nos termos
desta Lei, podendo organizar-se de modo colegiado, em
§ 2º Os Secretários de Câmara de Julgamento perceberão
Turmas Julgadoras, para decidir, em razão da complexidade
50% (cinquenta) por cento do valor atribuído aos ocupantes
da matéria ou de conhecimento técnico-especializado,
das funções indicadas no caput.
conforme o disposto em Regulamento e ato do Presidente.
§ 3º A retribuição pecuniária de que trata o caput,
Art. 122. Vagando os cargos de Presidente, Vice-Presidente
decorrente de efetiva participação nas sessões de
e de Conselheiro, o Chefe do Poder Executivo nomeará seus
julgamento, tem caráter indenizatório e transitório e não
substitutos, outorgando-lhes as atribuições para completar
será considerada para fins de limites remuneratórios e do
o período relativo aos mandatos de seus antecessores.
cálculo de adicional de férias e de décimo terceiro salário,
sendo atualizada monetariamente na proporção e sempre Art. 123. O Presidente, os Vice-Presidentes e Conselheiros
que ocorrer majoração da UFIRCE ou outro indexador que a perderão o mandato em caso de prevaricação ou de desídia,
substitua. caracterizada pela inobservância de prazos, faltas, atrasos e
ausências reiteradas no decorrer das sessões, conforme o
§ 4º Aplica-se o disposto nos §§ 4º e 5º do art. 17 do Decreto
disposto em regimento.
nº 27.439, de 3 de maio de 2004 aos ocupantes das funções
de Vice-Presidente do CONAT, tendo como base os valores Art. 124. Os mandatos de Presidente, Vice-Presidentes e
correspondentes aos percebidos pelos servidores que Conselheiros iniciarão no dia 2 de janeiro e encerrarão, ao
exercem o cargo de Orientador de Célula no CONAT. final de cada triênio, em 31 de dezembro.
§ 5º Para efeito do disposto no caput, o expediente de cada § 1º Os atos de nomeação dos ocupantes das funções a que
turno de trabalho corresponderá a uma sessão de se refere o caput serão publicados no DOE, no mínimo, 30
julgamento. (trinta) dias anteriores à data de encerramento dos
mandatos.
Art. 119. O Presidente, os Vice-Presidentes, o Secretário-
Geral e os Orientadores de Células do CONAT farão jus à § 2º Para fins do caput e do § 1º do art. 8º desta Lei, o
gratificação comissionada, na forma estabelecida no primeiro triênio contar-se-á a partir de janeiro de 2016.
Regulamento que trata da estrutura organizacional da
§ 3º Fica assegurado aos integrantes do CRT que exerceram
SEFAZ.
o primeiro mandato nos termos da Lei nº 12.732, de 24 de
(Redação do artigo dada pela Lei Nº 16257 DE 09/06/2017): setembro de 1997 e permanecerem em continuidade, a teor
do art. 125 desta Lei, o direito à recondução, uma vez, para
Art. 120. Os servidores fazendários lotados no CONAT no
fins do disposto nos arts.4º e 20, in fine, desta Lei.
efetivo exercício das funções de Presidente, Vice-presidente,
Julgador, Assessor Processual Tributário e Perito Art. 125. Os integrantes do CRT que exerceram suas funções
desempenharão atividades inerentes ao processo nos termos da Lei nº 12.732, de 24 de setembro de 1997, até
administrativo-tributário. 31 de março de 2014, continuarão exercendo suas
atribuições até 31 de dezembro de 2015.
§ 1º Aos servidores lotados no CONAT fica assegurado o
tempo de serviço integral para todos os efeitos legais e a Parágrafo único. Expirado o mandato, o Conselheiro
percepção dos vencimentos e vantagens do cargo. continuará a exercê-lo, pelo prazo máximo de 3 (três) meses,
até a designação de outro Conselheiro.
§ 2º Os Conselheiros-Presidentes de Câmara de Julgamento,
não detentores de cargos comissionados e Conselheiros Art. 126. Aplicam-se, a partir da vigência desta Lei, as regras
representantes do Fisco no Conselho de Recurso previstas nos §§ 1º e 2º do art. 61 aos processos
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administrativo-tributários em tramitação no CONAT que O GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ


tenham sido:
Faço saber que a Assembléia Legislativa decretou e eu
I - instaurados em razão da revelia e ainda não julgados em sanciono a seguinte Lei:
primeira instância;
Art. 1º Fica o Chefe do Poder Executivo autorizado a instituir
II - julgados no mérito pela parcial procedência ou total programa visando estimular, educar e conscientizar os
procedência, em segunda instância. consumidores quanto a importância social dos tributos e o
direito da exigência dos documentos fiscais nas aquisições de
§ 1º Na hipótese do inciso II do caput, antes de promover a
bens e serviços.
inscrição em Dívida Ativa, intimar-se-á ao sujeito passivo
para pagamento do crédito tributário. Parágrafo único. Fica autorizada a criação de um Conselho
Consultivo, composto por cinco membros, presidido pelo
§ 2º Não se aplica o disposto no caput aos processos
Secretário da Fazenda, sendo três indicados pelo presidente
administrativo-tributários em tramitação no CONAT, objeto
e um representante da Procuradoria-geral do Estado, com
de:
atribuição para opinar e avaliar as ações necessárias à
I - recurso de ofício ao qual tenham sido interpostas execução do programa de que trata esta Lei.
contrarrazões ao respectivo recurso;
Art. 2º O programa de que trata o art.1º poderá contemplar
II - recurso voluntário às CJs e ainda pendente de julgamento; a concessão de prêmios, bônus a realização de sorteios e
outros instrumentos promocionais e de motivação de forma
III - recurso Especial ou Extraordinário ainda não julgado pelo
direta ou por meio de instituições de assistência social sem
CRT.
fins lucrativos, como dispuser o regulamento.
Art. 127. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação,
Parágrafo único. O programa poderá contemplar, ainda, a
exceto em relação às disposições relativas:
concessão de desconto sobre crédito tributário de Imposto
I - à Secretaria Geral e a Terceira e Quarta CJ, que entrarão sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) relativo
em vigor 90 (noventa) dias, contados da data da publicação a veículo de propriedade de pessoa física participante, até o
desta Lei; limite de 5% (cinco por cento), o qual pode ser cumulado
com o desconto de que trata o § 2º do art. 12 da Lei nº
II - ao PAT-e, que entrará em vigor em 180 (cento e oitenta)
12.023, de 20 de novembro de 1992, conforme se dispuser
dias após a data da publicação desta Lei.
em regulamento. (Parágrafo acrescentado pela Lei Nº 17352
§ 1º Para fins do disposto no art. 125, os efeitos desta Lei DE 14/12/2020).
retroagem a 1º de abril de 2014.
Art. 3º As despesas resultantes da aplicação do programa
§ 2º Enquanto não for implementada a estrutura correrão por conta de dotações orçamentárias da Secretaria
organizacional prevista no inciso I, caput, os processos de da Fazenda.
competência da CS e das CJs previstos nesta Lei serão
Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
julgados na forma e pelos órgãos de julgamento definidos e
previstos na Lei nº 12.732, de 24 de setembro de 1997. Art. 5º Revogam-se, a partir de 1º de março de 2005, a Lei
nº13.314, de 2 de julho de 2003.
Art. 128. Ficam revogadas as disposições inerentes ao art. 1º
ao art. 78 da Lei nº 12.732, de 24 de setembro de 1997, PALÁCIO IRACEMA DO ESTADO DO CEARÁ, em Fortaleza, 30
ressalvado o disposto no § 2º do art. 127 desta Lei. de dezembro de 2004.
Art. 129. O Chefe do Poder Executivo expedirá os atos Francisco de Queiroz Maia Júnior
necessários à execução desta Lei.
GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ EM EXERCÍCIO
PALÁCIO DA ABOLIÇÃO, DO GOVERNO DO ESTADO DO
CEARÁ, em Fortaleza, 29 de maio de 2014. Decreto Estadual nº 33.657/2020
Cid Ferreira Gomes
Regulamenta a Lei Estadual nº 13.568, de 30 de dezembro
GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ de 2004, que "Institui o Programa de Incentivo ao
João Marcos Maia Consumidor de Exigência de Documento Fiscal", cria o
Programa denominado "Sua Nota tem Valor", e dá outras
SECRETÁRIO DA FAZENDA providências.

Lei Estadual nº 13.568/2004 O Governador do Estado do Ceará, no uso das atribuições


que lhe confere o art. 88, incisos IV e VI, da Constituição
Estadual;
Institui o programa de incentivo ao consumidor de
exigência do documento fiscal.

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Considerando que a Lei Estadual nº 13.568, de 30 de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transportes
dezembro de 2004, que autoriza o Chefe do Poder Executivo Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), nos
a instituir programa de incentivo à exigência de documento casos previstos em Lei;
fiscal;
VI - estimular a regularização cadastral das empresas
Considerando a Lei Estadual nº 16.697, de 17 de dezembro perante a Secretaria da Fazenda do Estado do Ceará (Sefaz);
de 2018, que instituiu o Programa de Educação Fiscal do
VII - alinhar-se com o Programa de Educação Fiscal, previsto
Estado do Ceará, e prevê um conjunto de ações mediante os
na Lei Estadual nº 16.697 , de 17 de dezembro de 2018, na
quais o indivíduo e a coletividade constroem valores,
promoção da cidadania fiscal.
conhecimentos e atitudes, voltados para o planejamento, a
gestão e o controle dos recursos públicos, de forma CAPÍTULO III
responsável, com base no exercício da cidadania e da DA PARTICIPAÇÃO NO PROGRAMA
corresponsabilidade, visando ao bem comum, à melhoria da
qualidade de vida e à sustentabilidade social; Art. 3º Podem participar do Programa:

Considerando, também, a necessidade de estruturar e I - o consumidor final, pessoa física, regularmente inscrito no
modernizar um programa com o objetivo de estimular, Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) da Receita Federal do
educar e conscientizar os cidadãos quanto à importância Brasil;
social dos tributos e o direito à exigência dos documentos II - as instituições sem fins econômicos, regularmente
fiscais nas aquisições de bens e serviços, nos termos constituídas e estabelecidas neste Estado, que desenvolvam
autorizados pela Lei Estadual nº 13.568, de 30 de dezembro programas de assistência social, promoção social e de
de 2004; melhoria na qualidade de vida da população, saúde,
Considerando a Lei Estadual nº 17.087, de 29 de outubro de educação, esporte, cultura ou de apoio aos animais e outras
2019, que instituiu o Programa de Conformidade Tributária atividades de relevante interesse público em proveito da
"Contribuinte Pai D'Égua", que prevê benefícios para os população vulnerável do Estado, tais como associações,
contribuintes que adotarem boas práticas no campo fundações, organizações religiosas, organizações não
tributário, e, com isso, alcançar uma maior eficiência na governamentais e demais instituições sem fins lucrativos.
arrecadação e melhorar o ambiente de negócio, além de § 1º Os participantes de que trata este artigo deverão estar
promover a educação fiscal. previamente cadastrados no Programa junto à Sefaz.
Decreta: § 2º O participante pessoa física deverá indicar uma
CAPÍTULO I instituição sem fins econômicos, dentre as cadastradas no
Programa, com a qual pretende colaborar a cada documento
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
fiscal emitido com seu CPF.
Art. 1º Fica instituído, conforme Lei Estadual nº 13.568 , de
§ 3º As instituições sem fins econômicos participam do
30 de dezembro de 2004, o Programa denominado "Sua
Programa como beneficiárias da pontuação gerada pelos
Nota Tem Valor".
documentos fiscais emitidos com o CPF do consumidor final
CAPÍTULO II participante.
DOS OBJETIVOS § 4º Os dados pessoais dos participantes serão utilizados
Art. 2º São objetivos do Programa "Sua Nota Tem Valor": para os fins institucionais da Secretaria da Fazenda, podendo
ser compartilhados com outros órgãos estaduais com a
I - conscientizar a população sobre a importância do tributo finalidade exclusiva de realização de políticas públicas no
e sua função social; Estado.
II - promover a participação direta dos cidadãos em ações CAPÍTULO IV
que tenham por finalidade contribuir para o incremento da
DOS DOCUMENTOS FISCAIS
arrecadação tributária do Estado e dos municípios;
Art. 4º Os documentos fiscais regularmente autorizados e
III - promover a participação dos cidadãos em ações que
transmitidos são válidos para geração de pontos e apuração
envolvam controle social;
na premiação do Programa "Sua Nota Tem Valor", devendo
IV - incentivar atividades assistenciais, desportivas, de saúde, atender aos requisitos previstos em ato normativo do
educacionais, culturais, de apoio aos animais e demais Secretário da Fazenda do Estado do Ceará.
atividades de interesse coletivo desenvolvidas por
§ 1º Os pontos gerados, para sorteio e rateio, só poderão ser
instituições sem fins econômicos;
utilizados no mês de sua competência, não sendo possível
V - proporcionar a conscientização sobre a importância da acúmulo para fins de premiação nos meses
emissão de documento fiscal por parte do contribuinte do subsequentes. (Redação do parágrafo dada pelo Decreto Nº
Imposto sobre Operações relativas à Circulação de 34055 DE 30/04/2021).

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§ 2º Os pontos gerados poderão ser acumulados, desde que I - estabelecer o cronograma de aplicação dos recursos
estabelecidos em ações específicas, conforme ato normativo destinados à premiação;
do Secretário da Fazenda. (Parágrafo acrescentado pelo
II - definir a forma de entrega dos prêmios aos
Decreto Nº 34055 DE 30/04/2021).
contemplados;
CAPÍTULO V
III - manter os registros completos dos sorteios por um prazo
DAS PREMIAÇÕES
de 5 (cinco) anos.
Art. 5º O Programa "Sua Nota Tem Valor" terá as seguintes Art. 10. Os sorteios deverão ser gerais e regionalizados em
premiações: três áreas exclusivas, considerando as regiões de
I - sorteios aos cidadãos e às instituições sem fins planejamento e sua população estimada pelo Instituto
econômicos que atendam aos critérios estabelecidos em ato Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de modo a
do Secretário da Fazenda; garantir uma aproximação do mesmo tamanho da população
em cada uma dessas três áreas, conforme tabela
II - rateios regionalizados às instituições sem fins econômicos especificada a seguir:
que atendam aos critérios estabelecidos em ato do
Secretário da Fazenda; Tabela 1: Áreas para sorteio
III - desconto do IPVA de veículos registrados no Ceará,
conforme disposto em regulamento; ÁREA PARA
REGIÕES DE PLANEJAMENTO
SORTEIO
IV - outros prêmios não monetários definidos em
regulamento.
1 a) GRANDE FORTALEZA e
Parágrafo único. Os sorteios e rateios serão regionalizados
de acordo com ato normativo do Secretário da Fazenda, b) LITORAL OESTE/VALE DO
conforme as regiões estabelecidas no art. 10 deste Decreto. CURU.
Art. 6º A Sefaz, em relação aos prêmios mensais de que trata
c) LITORAL NORTE;
o art. 6º, deste Decreto, estabelecerá:
I - o cronograma dos sorteios e rateios; d) SERRA DA IBIAPABA;
II - os valores totais das premiações;
e) SERTÃO DOS INHAMUNS;
III - os valores mínimos e máximos das premiações.
Parágrafo único. O pagamento dos prêmios previstos no 2 f) SERTÃO DOS CRATEÚS;
Programa será bloqueado caso o participante:
g) SERTÃO DE SOBRAL;
I - possua CPF ou CNPJ bloqueado;
II - informe dados bancários incorretos ou conta bancária h) MACIÇO DO BATURITÉ; e
inativa;
i) VALE DO JAGUARIBE.
III - esteja com inscrição ativa na Dívida Ativa Estadual ou no
Cadine. j) CARIRI; CENTRO SUL;
IV - não tenha perfil de consumidor final. (Inciso
acrescentado pelo Decreto Nº 34055 DE 30/04/2021). 3 k) SERTÃO DE CANINDÉ;

Art. 7º A Sefaz poderá atribuir pontuação diferenciada aos l) SERTÃO CENTRAL; e


documentos fiscais emitidos por contribuintes de segmentos
econômicos, tipo de fornecedor e regiões específicas, m) LITORAL LESTE.
conforme disposto em ato normativo emitido pelo
Secretário da Fazenda. (Redação do artigo dada pelo Decreto
Nº 34055 DE 30/04/2021).
Art. 8º A Sefaz poderá atribuir pontuação diferenciada aos Art. 11. Os participantes, pessoa física e pessoa jurídica,
documentos fiscais emitidos por contribuintes de segmentos perderão o direito de receber o prêmio após 180 (cento e
econômicos específicos, conforme disposto em ato oitenta dias) dias contados da data de sua divulgação, caso
normativo emitido pelo Secretário da Fazenda. não regularize seus dados bancários e/ou
Art. 9º Compete à Sefaz: cadastrais". (Redação do artigo dada pelo Decreto Nº 34055
DE 30/04/2021).

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SEÇÃO I CAPÍTULO VI
DAS REGIÕES DOS IMPEDIMENTOS
Art. 11-A. Os valores para rateio mensal estabelecidos no art. Art. 12. Estão impedidos de participar do sorteio do
5º, inciso II, serão distribuídos pelas 14 regiões de Programa "Sua Nota Tem Valor":
planejamento definidas pela Lei Complementar nº
I - o Governador e Vice-governador do Estado do Ceará;
154/2015, com municípios especificadas no Anexo I, na
seguinte proporção: II - os Secretários de Estado e seus substitutos;
TABELA II III - os dirigentes de órgãos da administração indireta
REGIÕES PARA RATEIO estadual;
IV - os servidores públicos ativos, terceirizados e
REGIÃO PARA comissionados da Secretaria da Fazenda do Estado do Ceará.
DESCRIÇÃO PROPORÇÃO
RATEIO
§ 1º Os pontos do participante impedido, nos termos do
1 Cariri 12,51% caput deste artigo, serão destinados exclusivamente para as
premiações por rateio para a instituição por ele indicada.
2 Centro-Sul 5,25% § 2º Os participantes a que se refere o caput não poderão
indicar instituição na qual seja membro da gerência ou
3 Grande Fortaleza 33,73% administração.

4 Litoral Leste 3,00% Art. 13. As entidades associativas e representativas dos


servidores fazendários do Ceará estão impedidas de
5 Litoral Norte 7,68% participar do sorteio, mas poderão ser indicadas pelo
cidadão para premiação por rateio.
Litoral Oeste/Vale Do Art. 14. Os participantes impedidos, nos termos do art. 12,
6 4,95%
Curu deverão declarar esta condição no próprio sistema do
Programa.
7 Maciço Do Baturité 2,89%
CAPÍTULO VII
8 Serra Da Ibiapaba 4,57% DAS ATRIBUIÇÕES DA SEFAZ
Art. 15. A Sefaz será responsável pelo planejamento,
9 Sertão Central 4,97% execução e gestão das atividades do Programa "Sua Nota
Tem Valor", sem prejuízo da fiscalização pela sociedade e
10 Sertão De Canindé 4,14% pelos órgãos de controle.

11 Sertão De Sobral 7,16% § 1º No exercício das competências previstas no caput, a


Sefaz poderá:
12 Sertão De Crateús 4,10% I - suspender a realização dos sorteios, a concessão dos
prêmios ou a participação no Programa, quando houver
13 Sertão Dos Inhamus 2,22% indícios de irregularidades;
II - cancelar a concessão dos prêmios ou a participação no
14 Vale Do Jaguaribe 2,83%
Programa, se a ocorrência de irregularidades for confirmada
após regular processo administrativo, assegurada a ampla
SOMA 100,00%
defesa.
§ 2º Na hipótese de, ao final do processo administrativo, não
se confirmar a ocorrência de irregularidades, será
Parágrafo Único. A Tabela II tem como referência a análise
restabelecida a concessão dos prêmios ou a participação no
do IG4, dimensão do Índice de Desenvolvimento Humano
Programa, salvo em relação à participação em sorteio, a qual
Municipal (IDHM), apurado pelo Instituto de Pesquisa e
ficará prejudicada caso ocorra o encerramento do Programa.
Estratégia Econômica do Ceará (IPECE) e pela a população
estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Art. 16. A Sefaz prestará contas à sociedade acerca da
(IBGE), sendo arbitrado os percentuais por faixa de valores execução e dos resultados do Programa "Sua Nota Tem
do IG4 para distribuição dos percentuais em cada região de Valor" mediante ampla e irrestrita divulgação de
planejamento. documentos e relatórios no endereço eletrônico

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suanotatemvalor.sefaz.ce.gov.br, bem como em seus Art. 1º É instituído, no âmbito do Poder Executivo Estadual,
demais canais de comunicação. o Fundo Estadual de Combate à Pobreza - Fecop, de natureza
contábil, com o objetivo de viabilizar, a toda a população do
CAPÍTULO VIII
Ceará, acesso a níveis dignos de subsistência, cujos recursos
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
serão aplicados exclusivamente em ações suplementares de
Art. 17. Os participantes do Programa poderão autorizar o assistência social, nutrição, habitação, educação, saúde,
uso de sua imagem, nome, som de voz, em filmes, vídeos, saneamento básico, reforço de renda familiar, combate à
spot's para rádios, fotos e cartazes, anúncios em jornais e seca, desenvolvimento infantil e outros programas de
revistas, na divulgação do resultado das premiações para relevante interesse social, voltados para a melhoria da
fortalecer a essência da educação fiscal. qualidade de vida, conforme disposto no art. 82 do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias - ADCT, da
Art. 18. O Governo do Estado desenvolverá campanha Constituição Federal. (Redação do caput dada pela Lei
publicitária com a finalidade de sensibilizar a sociedade civil Complementar Nº 217 DE 07/05/2020).
para a necessidade de emissão dos documentos fiscais.
§ 1º O Fundo será gerido financeiramente pela Secretaria da
Art. 19. O pagamento dos prêmios do Programa está Fazenda, segundo programação estabelecida pelo Conselho
vinculado à dotação orçamentária prevista na respectiva Lei Consultivo de Políticas de Inclusão Social.
Orçamentária Anual e em consonância com a Lei de
Diretrizes Orçamentárias vigente à época do desembolso. §2°. Os recursos que compõem o Fundo Estadual de
Combate à Pobreza - FECOP serão, ainda, utilizados na
Art. 20. O contribuinte inscrito no Cadastro Geral da Fazenda aquisição de sementes agrícolas a serem distribuídas com a
(CGF) poderá ser avaliado no Programa de Conformidade população de baixa renda no âmbito do Estado do Ceará, na
Tributária "Contribuinte Pai D'Égua, levando em forma do CAPUT deste artigo. (Redação do parágrafo dada
consideração as informações relativas ao Programa "Sua pela Resolução Nº 2 DE 22/02/2016).
Nota Tem Valor".
§ 3º Os programas, projetos e atividades financiados pelo
Art. 21. Fica o Secretário da Fazenda autorizado a: Fundo Estadual de Combate à Pobreza - FECOP, terão suas
I - expedir os atos necessários à execução e dotações orçamentárias consignadas nos órgãos e entidades
operacionalização do Programa; executores, com fonte de recursos identificada por código
próprio, denominado "Recursos Provenientes do FECOP.
II - celebrar convênio de colaboração técnica com órgãos e (Parágrafo acrescentado pela Lei Complementar nº 76, de
entidades públicas e privadas para promover e ampliar as 21.05.2009, DOE CE de 25.05.2009)
ações do Programa Sua Nota Tem Valor.
§ 4º Semestralmente o Poder Executivo enviará relatório
Art. 22. Este Decreto entra em vigor na data da sua circunstanciado à Assembleia Legislativa sobre o montante
publicação. dos recursos arrecadados pelo FECOP, sua aplicação e
PALÁCIO DA ABOLIÇÃO, GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ, resultados obtidos. (NR). (Parágrafo acrescentado pela Lei
em Fortaleza, aos 08 de julho de 2020. Complementar nº 76, de 21.05.2009, DOE CE de 25.05.2009)
Camilo Sobreira de Santana § 6º Os recursos destinados ao combate à seca serão
utilizados preferencialmente para a aquisição de máquina
GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ perfuratriz e perfuração de poços profundos. (Parágrafo
Fernanda Mara de Oliveira Macedo Carneiro Pacobahyba acrescentado pela Lei Complementar Nº 152 DE
27/07/2015).
SECRETÁRIA DA FAZENDA
§ 7º Os recursos advindos do incremento da arrecadação do
Lei Complementar Estadual nº ICMS Fecop relativo às alíneas "i", "j", "k", "l" e "m", serão
aplicados, preferencialmente, em ações de urgência e
37/2003 emergência em saúde. (Parágrafo acrescentado pela Lei
Complementar Nº 152 DE 27/07/2015).
Institui o Fundo Estadual de Combate à Pobreza - FECOP,
§ 8º Os recursos do Fundo Estadual de Combate à Pobreza -
nos termos da Emenda Constitucional Federal nº 31, de 14
Fecop serão também destinados aos objetivos da Lei nº
de dezembro de 2000, cria o Conselho Consultivo de
8.742 , de 7 de dezembro de 1993, que instituiu o Sistema
Políticas de Inclusão Social, extingue os Fundos que indica
Único de Assistência Social e da Política Nacional de
e dá outras providências.
Segurança Alimentar e Nutricional - PNSAN, instituído pelo
O Governador do Estado do Ceará Decreto nº 7.272 , de 25 de agosto de 2010". (Parágrafo
Faço saber que a Assembléia Legislativa decretou e eu acrescentado pela Lei Complementar Nº 204 DE
sanciono a seguinte Lei: 30/08/2019).

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§ 9º Os recursos do Fundo Estadual de Combate à Pobreza - § 1º Os recursos do Fundo serão recolhidos em conta única
Fecop também serão destinados a financiar ações e e específica, no Banco do Estado do Ceará ou, no caso de sua
programas relacionados aos objetivos do Fundo de privatização, em outra instituição financeira oficial,
Investimentos de Microcrédito Produtivo do Ceará. autorizada pelo Poder Executivo.
(Parágrafo acrescentado pela Lei Complementar Nº 230 DE
§ 2º Não se aplica sobre o adicional do ICMS, de que trata
07/01/2021).
este artigo, o disposto nos arts. 158, inciso IV, e 167, inciso
Art. 2º Compõem o Fundo Estadual de Combate à Pobreza - IV, da Constituição Federal, bem como qualquer
FECOP: desvinculação orçamentária, conforme previsto no art. 82, §
1º, combinado com o art. 80, § 1º, ambos do Ato das
(Redação do inciso dada pela Lei Complementar Nº 161 DE
Disposições Constitucionais Transitórias - ADCT da
23/03/2016):
Constituição Federal.
I - a parcela do produto da arrecadação correspondente ao
§ 3º O cálculo do ICMS com base na aplicação da alíquota
adicional de 2 (dois) pontos percentuais nas alíquotas
adicionada de dois pontos percentuais, de que trata o inciso
previstas no art. 44 da Lei nº 12.670 , de 27 de dezembro de
I deste artigo, poderá ser realizado somente nas operações
1996, do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de
destinadas ao consumo final, ou por ocasião da cobrança do
Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte
ICMS sob a modalidade da substituição tributária, conforme
Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS, ou
definido em regulamento.
do imposto que vier a substituí-lo, incidentes sobre os
produtos e serviços abaixo especificados: § 4º O recolhimento do imposto com o adicional de dois
pontos percentuais a que se refere o inciso I deste artigo será
a) bebidas alcoólicas;
efetuado por meio de documento de arrecadação específico
b) armas e munições; e será calculado com base nos procedimentos definidos em
regulamento.
c) embarcações esportivas;
§ 5º Ficam excluídas da incidência do adicional, a que se
d) fumo, cigarros e demais artigos de tabacaria;
refere o caput deste artigo, as prestações de serviços de
e) aviões ultraleves e asas-deltas; telefonia fixa residencial e não residencial com faturamento
igual ou inferior ao valor da tarifa ou preço da assinatura.
f) energia elétrica;
Art. 3º A parcela adicional do ICMS, a que se refere o inciso I
g) gasolina;
do artigo anterior, não poderá ser utilizada nem considerada
h) serviços de comunicação, exceto cartões telefônicos de para efeito do cálculo de quaisquer benefícios ou incentivos
telefonia fixa; fiscais, inclusive em relação ao previsto na Lei Estadual nº
10.367, de 7 de dezembro de 1979.
i) joias;
Art. 4º Os recursos do FECOP não poderão ser objeto de
j) isotônicos, bebidas gaseificadas não alcoólicas e
remanejamento, transposição ou transferência de finalidade
refrigerantes;
diversa daquela prevista nesta Lei Complementar.
k) perfumes, extratos, águas-de-colônia e produtos de
§ 1º É vedada a utilização dos recursos do Fecop para o
beleza ou de maquiagem, desde que o valor unitário da
pagamento de despesas de pessoal e de encargos sociais
mercadoria seja superior a 50 (cinquenta) Ufirces;
relativos à remuneração de servidores públicos, exceto na
l) artigos e alimentos para animais de estimação, exceto forma de concessão de bolsa para ocupantes de cargos do
medicamentos e vacinas; Grupo Magistério 1º e 2º Graus - MAG, da Secretaria da
Educação e professores do Grupo Magistério Superior - MAS,
m) inseticidas, fungicidas, formicidas, herbicidas,
da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior,
parasiticidas, germicidas, acaricidas, nematicidas, raticidas,
quando na atuação em programa de formação e qualificação
desfolhantes, dessecantes, espalhantes adesivos,
educacional de professores leigos, não podendo ser superior
estimuladores e inibidores de crescimento (reguladores);
a 3 (três) anos de concessão. (Redação do parágrafo dada
II - dotações orçamentárias, em limites definidos, pela Lei Complementar Nº 217 DE 07/05/2020).
anualmente, na Lei de Diretrizes Orçamentárias;
§ 2º Fica autorizada a utilização dos recursos do FECOP para
III - doações, auxílios, subvenções e legados, de qualquer o pagamento de bolsas do Programa Agente Rural, instituído
natureza, de pessoas físicas ou jurídicas do País ou do pela Lei nº 15.170 , de 18 de junho de 2012. (Parágrafo
exterior; acrescentado pela Lei Complementar Nº 161 DE
IV - receitas decorrentes da aplicação dos seus recursos; 23/03/2016).

V - outras receitas que vierem a ser destinadas ao Fundo. § 3º Fica autorizada a utilização dos recursos do FECOP para
o pagamento de bolsas do Programa Ceará Atleta, nos

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termos da legislação aplicável. (Parágrafo acrescentado pela VII - Secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior;
Lei Complementar Nº 195 DE 06/05/2019). (Redação dada ao inciso pela Lei Complementar nº 76, de
21.05.2009, DOE CE de 25.05.2009)
§ 4º Fica autorizada a utilização dos recursos do Fundo
Estadual de Combate à Pobreza - Fecop para o pagamento VIII - Secretário do Esporte e Juventude; (Redação do inciso
de bolsas do Programa Bolsa Catador, nos termos da Lei nº dada pela Lei Complementar Nº 217 DE 07/05/2020).
16.032 , de 20 de junho de 2016. (Parágrafo acrescentado
IX - Secretário do Desenvolvimento Agrário; (Redação dada
pela Lei Complementar Nº 204 DE 30/08/2019).
ao inciso pela Lei Complementar nº 76, de 21.05.2009, DOE
§ 5º Fica autorizada a utilização dos recursos do Fundo CE de 25.05.2009)
Estadual de Combate à Pobreza - Fecop para o custeio de
X - Secretário das Cidades; (Redação dada ao inciso pela Lei
bolsas universitárias ofertadas pelas instituições públicas de
Complementar nº 76, de 21.05.2009, DOE CE de 25.05.2009)
ensino superior, no Estado do Ceará aos estudantes pobres,
na forma da Lei nº 14.859, de 28 de dezembro de 2010, que XI - Secretário da Casa Civil; (Redação dada ao inciso pela Lei
dispõe sobre o conceito e a comprovação de pobreza. Complementar nº 76, de 21.05.2009, DOE CE de 25.05.2009)
(Parágrafo acrescentado pela Lei Complementar Nº 204 DE
XII - Cinco representantes da sociedade civil; (Redação dada
30/08/2019).
ao inciso pela Lei Complementar nº 76, de 21.05.2009, DOE
§ 6º Fica autorizada a utilização dos recursos do Fundo CE de 25.05.2009)
Estadual de Combate à Pobreza - Fecop para a
XIII - Um representante da Associação dos Prefeitos do Ceará
implementação de equipamentos públicos para
- APRECE. (Inciso acrescentado pela Lei Complementar nº 76,
atendimentos da população mais vulnerável (Parágrafo
de 21.05.2009, DOE CE de 25.05.2009)
acrescentado pela Lei Complementar Nº 204 DE
30/08/2019). § 2º Os membros do Conselho e seus suplentes serão
nomeados pelo Governador.
Art. 5º Fica criado o Conselho Consultivo de Políticas de
Inclusão Social, presidido pelo Secretário do Planejamento e § 3º Os representantes da sociedade civil, e seus respectivos
Gestão do Estado, com a finalidade de: (Redação dada pela suplentes serão escolhidos entre os representantes da
Lei Complementar nº 76, de 21.05.2009, DOE CE de sociedade civil junto ao:
25.05.2009)
I - Conselho Estadual da Assistência Social;
I - coordenar a formulação de políticas e diretrizes dos
II - Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do
programas e ações governamentais voltados para a redução
Adolescente;
da pobreza e das desigualdades sociais;
III - Conselho Estadual da Educação;
II - coordenar e estabelecer, em articulação com os órgãos
responsáveis pela execução dos programas, a programação IV - Conselho Estadual da Saúde;
a ser financiada com recursos provenientes do Fundo
V - Conselho Estadual de Segurança Alimentar. (NR).
Estadual de Combate à Pobreza - FECOP.
(Redação dada ao parágrafo pela Lei Complementar nº 76,
§ 1º O Conselho Consultivo de Políticas de Inclusão Social de 21.05.2009, DOE CE de 25.05.2009)
terá a seguinte composição:
§ 4º Os membros do Conselho não perceberão qualquer
I - Secretário do Planejamento e Gestão; (Redação dada ao remuneração, sendo consideradas de relevante interesse
inciso pela Lei Complementar nº 76, de 21.05.2009, DOE CE público as funções por eles exercidas.
de 25.05.2009)
§ 5º O Poder Executivo regulamentará o funcionamento do
II - Secretário da Fazenda; Conselho de que trata este artigo.
III - Secretário da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Art. 6º Compete ao Conselho Consultivo de Políticas de
Mulheres e Direitos Humanos; (Redação do inciso dada pela Inclusão Social:
Lei Complementar Nº 217 DE 07/05/2020).
I - coordenar a formulação das políticas e diretrizes gerais
IV - Secretário da Saúde; (Redação dada ao inciso pela Lei que orientarão as aplicações do FECOP;
Complementar nº 76, de 21.05.2009, DOE CE de 25.05.2009)
II. Selecionar programas, serviços, projetos e benefícios e
V - Secretário da Educação; (Redação dada ao inciso pela Lei ações a serem financiadas com recursos do FECOP. (Redação
Complementar nº 76, de 21.05.2009, DOE CE de 25.05.2009) do inciso dada pela Resolução Nº 2 DE 22/02/2016).
VI - Secretário da Cultura; (Redação dada ao inciso pela Lei III - coordenar, em articulação com os órgãos responsáveis
Complementar nº 76, de 21.05.2009, DOE CE de 25.05.2009) pela execução dos programas e das ações financiadas pelo
FECOP, a elaboração das propostas orçamentárias a serem
encaminhadas à Secretaria do Planejamento e Gestão. (NR).

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(Redação dada ao inciso pela Lei Complementar nº 76, de Art. 13. Os saldos financeiros, patrimoniais e de dotação
21.05.2009, DOE CE de 25.05.2009) orçamentária pertencentes ao Fundo Especial de que trata a
Lei nº 10.791, de 4 de maio de 1983, reverterão para o Fundo
IV - publicar, trimestralmente no Diário Oficial do Estado do
Estadual de Combate à Pobreza - FECOP.
Ceará, relatório circunstanciado, discriminando as receitas e
as aplicações dos recursos do FECOP; Art. 14. Os bens patrimoniais, móveis e imóveis,
pertencentes ao Fundo Especial de que trata a Lei nº 8.012,
V - dar publicidade aos critérios de alocação e de uso dos
de 12 de maio de 1965, reverterão para o Fundo Estadual de
recursos do Fundo, encaminhando, semestralmente à
Combate à Pobreza - FECOP.
Assembléia Legislativa do Estado do Ceará, prestação de
contas. Art. 15. Os saldos financeiro e patrimonial pertencente ao
Fundo Especial de que trata a Lei nº 11.380, de 15 de
Art. 7º Os projetos financiados com recursos do Fundo
dezembro de 1987, reverterão para o Fundo Estadual de
Estadual de Combate à Pobreza observarão as seguintes
Combate à Pobreza - FECOP.
diretrizes: (NR). (Redação dada pela Lei Complementar nº 76,
de 21.05.2009, DOE CE de 25.05.2009) Art. 16. Ficam anistiadas as dívidas contraídas pelos
produtores rurais na forma do disposto no Decreto nº
I - atenção integral para superação da pobreza e redução das
19.499, de 22 de agosto de 1988.
desigualdades sociais;
Art. 17. O art. 46 da Lei nº 12.670, de 27 de dezembro de
II - acesso de pessoas, famílias e comunidades a
1996, fica acrescido de um parágrafo único com a seguinte
oportunidades de desenvolvimento integral;
redação:
III - fortalecimento de oportunidades econômicas e de
"Art. 46. .....
inserção de pessoas na faixa economicamente ativa no setor
produtivo; Parágrafo único. Não se considera como montante cobrado
a parcela do ICMS contida no valor destacado no documento
IV - combate aos mecanismos de geração da pobreza e de
fiscal emitido por contribuinte estabelecido em outra
desigualdades sociais.
unidade da federação, que corresponda à vantagem
Art. 8º Os recursos do FECOP para projetos multisetoriais econômica resultante da concessão de quaisquer benefícios
serão alocados diretamente nos órgãos e entidades ou incentivos fiscais concedidos em desacordo com o art.
responsáveis pela execução das respectivas ações, 155, § 2º, inciso XII, alínea "g" da Constituição Federal."
observando-se a competência institucional. (NR). (Redação
Art. 18. Deverá ser estabelecido tratamento especial de
dada ao artigo pela Lei Complementar nº 76, de 21.05.2009,
tributação do ICMS às microempresas e empresas de
DOE CE de 25.05.2009)
pequeno porte, com atividade industrial, com o objetivo de
Art. 9º Ficam extintos os Fundos Especiais instituídos pelas: tornar seus produtos competitivos e evitar desequilíbrios da
concorrência de mercado.
I - Lei nº 7.190, de 16 de abril de 1964;
Parágrafo único. Decreto do Poder Executivo regulamentará
II - Lei nº 8.012, de 12 de maio de 1965;
os procedimentos e implementação de normas de que trata
III - Lei nº 9.617, de 13 de setembro de 1972; este artigo.
IV - Lei nº 10.791, de 4 de maio de 1983; Art. 19. VETADO.
V - Lei nº 11.380, de 15 de dezembro de 1987; Art. 20. O Poder Executivo regulamentará as matérias de que
trata esta Lei Complementar, cabendo à Secretaria da
VI - Lei nº 12.622, de 18 de setembro de 1996.
Fazenda - SEFAZ, baixar as normas tributárias necessárias ao
Art. 11. Os saldos financeiros, patrimoniais e de dotação fiel cumprimento da matéria regulamentada. (NR) (Redação
orçamentária pertencentes ao Fundo Especial de que trata a dada ao caput pela Lei Complementar nº 76, de 21.05.2009,
Lei nº 12.183, de 5 de outubro de 1993, reverterão para o DOE CE de 25.05.2009)
Fundo Estadual de Combate à Pobreza - FECOP.
Parágrafo único. A regulamentação a ser editada pelo Poder
Art. 10. O saldo de almoxarifado contabilizado em nome do Executivo deverá estabelecer procedimentos necessários à
Fundo Especial do Corpo de Bombeiros Militar, extinto pelo redução do impacto da cobrança do adicional do ICMS
art. 20 da Lei nº 13.084, de 29 de dezembro de 2000, será referente ao fornecimento de energia elétrica na empresa
revertido para o patrimônio do Corpo de Bombeiros Militar. com atividade industrial especificamente com relação aos
produtos:
Art. 12. Os saldos financeiros, patrimoniais pertencentes ao
Fundo Especial de que tratam as Leis nºs 9.617, de 13 de a) exportados para o exterior;
setembro de 1972, e 12.622, de 18 de setembro de 1996,
b) tributados pelo regime de substituição tributária.
reverterão para o Fundo Estadual de Combate à Pobreza -
FECOP.
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VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO SEFAZ/CE - Auditor Fiscal da Receita Estadual
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos

Art. 21. Observado o disposto no art. 150, inciso III, letras "a"
e "b", da Constituição Federal, esta Lei Complementar entra
em vigor na data de sua publicação, revogadas as demais
disposições em contrário.
PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ, em
Fortaleza, 26 de novembro de 2003.
Lúcio Gonçalo de Alcântara
GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ

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