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Aula demonstrativa

Curso: Direito Empresarial


Professor: Wangney Ilco
Curso de Direito Empresarial
Teoria e Questões comentadas
Prof. Wangney Ilco

APRESENTAÇÃO

Olá!!! Seja bem-vindo ao Exponencial Concursos – um jeito diferente e


eficiente de estudar!
CURSO REGULAR DE DIREITO EMPRESARIAL

Este é um curso regular e completo de Direito Empresarial, que poderá


ser utilizado para diversos concursos, ok? Para um estudo mais direcionado para
o seu concurso, acesse os nossos diversos curso abaixo:

CURSOS - DIREITO EMPRESARIAL

E qual a razão para estudar por este material? Bem, o diferencial do


presente curso é a objetividade e a facilidade na assimilação da matéria,
por meio de muitos esquemas gráficos, tabelas e etc. A linguagem do curso
pretende ser a mais próxima possível de uma aula presencial: solta, objetiva,
leve; sem expressões difíceis, como encontramos nos livros e, principalmente,
utilizando muitos recursos gráficos e esquematizações para facilitar a
assimilação do Direito Empresarial. Afinal, o objetivo do curso é a aprovação;
é ensinar a marcar o “X” na alternativa correta e “partir pro abraço”. Beleza?

Curso atualizado com a LEI Nº 13.874/2019 (Lei de Liberdade Econômica) e


LEI Nº Lei 14.195/2021 (Lei da Melhoria do Ambiente de Negócios).
Se não puder voar, corra. Se não puder correr, ande. Se não puder
andar, rasteje, mas continue em frente de qualquer jeito.
(Martin Luther King Jr.)

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Aula 00 - Direito Empresarial: Origem, evolução histórica, autonomia, fontes


e características. A atividade empresarial: teoria da empresa e seus perfis,
empresário e empresa. Empresário individual: requisitos e impedimentos.
Empresário casado.

Sumário
Professores - apresentação .................................................................4
Metododologia e estrutura do curso ....................................................5
Cronograma das aulas .........................................................................6
1- Direito Empresarial (Comercial) ...................................................7
1.1- Origem e evolução histórica ..............................................................................................7
1.2- Definição e autonomia ......................................................................................................9
1.3- Fontes ..............................................................................................................................10
1.4- Características .................................................................................................................10
2- A atividade empresarial .............................................................11
2.1- Teoria dos atos de comércio ...........................................................................................11
2.2- Teoria da Empresa ...........................................................................................................12
2.2.1- Atributos da Teoria da Empresa ..............................................................................13
2.3- A empresa .......................................................................................................................14
2.4- O empresário ...................................................................................................................16
2.5- Exceções à Teoria da Empresa .........................................................................................17
2.6- Empresário Individual ......................................................................................................19
2.7- Requisitos e impedimentos para o exercício da atividade empresarial ...........................21
2.7.1- Capacidade Civil do Empresário Individual ..............................................................21
2.7.2- Capacidade Civil da Sociedade Empresária - sócio ..................................................23
2.7.3- Impedimentos: Empresário Individual .....................................................................25
2.7.4- Empresário casado ..................................................................................................27
3- Fim da EIRELI ............................................................................29
4- Questões propostas....................................................................30
5- Gabarito .....................................................................................33
6- Questões Comentadas ................................................................34

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Professores - apresentação

• Wangney Ilco: Sou ex-aluno do Colégio Naval


(ingresso em 1997) e Escola Naval (ingresso em
2000). Bacharel em Ciências Navais pela Escola Naval
com especialidade em Sistemas (2004). Após alguns
anos como Oficial da Marinha, decidi deixar a vida
militar e ingressei nesta doce vida de “concurseiro”. O
foco era a área fiscal, mais especificamente o fisco do
Estado do Rio de Janeiro. Nos dois primeiros certames
(2008) não fui feliz devido a alguns problemas
pessoais. Porém, já no ano seguinte, após alguns meses sem estudar,
retornei com muita força já com edital na praça. Fiz alguns ajustes. Foram
45 dias de dedicação total e foco máximo. Resumos, gráficos, esquemas,
mapas-mentais foram utilizados para aproveitar o tempo com a máxima
eficiência. E deu certo! Obtive a tão sonhada aprovação: Auditor Fiscal da
Receita Estadual do Rio de Janeiro. Cargo que exerço atualmente! Assim,
desde final de 2009, troquei de lado e venho participando intensamente na
preparação dos alunos para diversos concursos (ICMS, ISS, AFT, AFRFB,
CGU), sempre em Direito Empresarial e, mais recentemente, em Direito Civil
(confira meus cursos de civil AQUI). Por fim, vale ressaltar que, no
momento, estou finalizando o curso de Direito na Universidade Federal
do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO. Portanto, meus caros, já tenho certa
experiência em contribuir com a aprovação de alunos em concursos públicos
na disciplina de Direito Empresarial. Também, pelo fato de ter
experimentado alguns insucessos na busca pela SEFAZ-RJ, sei muito bem
qual o caminho deve ser percorrido até a aprovação.
É com base nessas aprovações que estamos aqui para apresentar e
oferecer um excelente material, mas não basta o material ser bom, é preciso
que gere o resultado e atenda as expectativas. O RESULTADO PRETENDIDO
é a sua aprovação no concurso, fazendo você mandar muito bem na prova de
Direito Empresarial que, muitas vezes, tem um peso significativo nas provas.
Portanto, o objetivo desse conteúdo é deixar você apto a “arrebentar” na prova
de Direito Empresarial. Tenha convicção de que o seu esforço será
recompensado, só depende de você.

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Metododologia e estrutura do curso

Pois bem, este curso é de TEORIA + QUESTÕES COMENTADAS e foi


elaborado com base em nossa experiência no “mundo dos concursos” e estudos
a diversos materiais (livros, apostilas, etc.). Assim, pretende-se proporcionar
um material adequado e o melhor aprendizado para atingir o seu objetivo.
Além disso, teremos muitas esquematizações que ajudam e facilitam a
compreensão do conteúdo. Também, teremos muitas questões, pois essa ideia
de fazer muitos exercícios norteia nossos trabalhos aqui no Exponencial
Concurso, tendo em vista que a experiência nos mostra que os exercícios são
ferramentas indispensáveis à aprovação.
Assim, você não vai precisar abrir nenhum outro livro, código ou site para
alcançar o conteúdo explicado, pois já estará ali, à sua disposição. Fica a dica!!!
Vamos nos ater também à jurisprudência, no que for cabível, já que as
decisões do STF e STJ são usadas pelas bancas para elaborar questões com uma
certa frequência. Então, como concurseiro, sempre gostei muito de ver no corpo
da teoria o artigo citado. Nosso trabalho principal é facilitar seus estudos, de
maneira que não seja necessário nenhum outro material complementar.
Neste aspecto de facilitar a aprendizagem, a linguagem do curso pretende
ser a mais próxima possível de uma aula presencial: solta, objetiva, leve; sem
expressões difíceis, como encontramos nos livros e, principalmente, utilizando
muitos recursos gráficos e esquematizações para facilitar a assimilação do
Direito Empresarial.

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Cronograma das aulas

Para atingir o nosso objetivo, necessitamos estudar os seguintes assuntos:


AULA ASSUNTO

00 Direito Empresarial: Origem, evolução histórica, autonomia, fontes e


características. A atividade empresarial: teoria da empresa e seus perfis,
empresário e empresa. Empresário individual: requisitos e impedimentos.
Empresário casado.

01 Estabelecimento empresarial. Institutos complementares: Registro da


empresa, Livros comerciais, Nome empresarial e Prepostos.
Estabelecimento empresarial.

02 Direito Societário: conceito, tipos de sociedades, constituição e contrato


social. Classificação das sociedades. Sociedades personificadas e não
personificadas. Sociedade empresária e sociedade simples. Sociedade em
nome coletivo. Sociedade em comandita simples.

03 Sociedade Cooperativa. Microempresa e Empresa de pequeno porte.


Sociedade Limitada. Desconsideração da personalidade jurídica.

04 Sociedade anônima. Sociedade em comandita por ações. Liquidação e


dissolução da sociedade. Operações societárias.
05 Teoria geral da falência. Caracterização do estado falimentar, efeitos da
falência quanto aos bens do falido e aos direitos dos seus credores.
Classificação creditória.
06 Recuperação judicial e extrajudicial. Crimes falimentares.
07 Teoria geral dos títulos de crédito. Constituição e exigibilidade do crédito
cambiário. Classificação dos títulos de crédito. Endosso e Aval.
08 Títulos em espécie: Letra de Câmbio, Nota Promissória, Cheque, Duplicata,
Cédula de Crédito Bancário, Letra e Cédula de Crédito Imobiliário.
Conhecimento de Depósito. Warrant. Conhecimento de Transporte. Ações
cambiais. Protesto.
09 Princípios de teoria geral dos contratos mercantis. Tipos contratuais
mercantis. Contratos mercantis: compra e venda, arrendamento mercantil
(leasing), franquia (franchising), faturização (factoring), mandato e
comissão mercantil, representação comercial autônoma, agência e
distribuição, concessão mercantil, contrato de depósito bancário e alienação
fiduciária em garantia. Aplicabilidade do Código Civil e do Código de Defesa
do Consumidor.
10 O regime jurídico da livre iniciativa. Disciplina jurídica da concorrência. Livre
iniciativa, concorrência desleal e infrações da ordem econômica. O CADE.
Propriedade industrial. Patentes e registros. O comércio eletrônico.
BÔNUS Resumão
BÔNUS Aulão de questões diversas
*Confira o cronograma com as datas de disponibilização das aulas no
site do Exponencial.
Pois bem, vamos ao que interessa! Carpe Diem

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1- Direito Empresarial (Comercial)

Bem, pessoal, o nosso primeiro tópico diz respeito à origem e evolução


do Direito Comercial. É uma parte de nossa disciplina que, embora tenha a sua
relevância para fins didáticos, não é muito cobrada em provas de concurso
público.
Então, normalmente, esta parte evolutiva de nossa disciplina,
costumamos “passar batido” mesmo. Lembrem-se de nossa objetividade, ok?
No entanto, devemos nos precaver, certo? Então, vamos lá!

1.1- Origem e evolução histórica

A evolução do Direito Comercial está diretamente ligada à história do


comércio. No início, apesar da existência do comércio por meio de trocas de
mercadorias entre as famílias e, posteriormente, pelas relações comerciais
marítimas, não se pode dizer que já existia o Direito Comercial. Os usos e
costumes, aliados a alguns simples contratos, regulavam o comércio nas
cidades antigas. Então, segundo Fran Martins, “Não se pode, com segurança,
dizer que houve um Direito Comercial na mais remota antiguidade”, referindo-
se aos fenícios e gregos.
Já no período do Império Romano, o exercício do comércio era restrito
aos escravos, pois não seria uma prática digna aos cidadãos romanos. Assim,
apesar de existirem algumas regras e institutos que regulavam o comércio na
época, o Direito Comercial ainda não havia ganhado autonomia.
Com fundamento nas obrigações e nos contratos do Direito Romano, já
na Idade Média, é que o Direito Comercial surge e ganha autonomia frente
ao Direito Civil, para regular o intenso comércio marítimo na região do Mar
Mediterrâneo. Cidades se tornaram importantes centros comerciais, em especial
na Itália. Mercados surgiram e feiras eram realizadas. Nesse cenário, houve a
necessidade de criar regras para harmonizar as relações comerciais e os
mercadores e artesões se organizaram em corporações de ofício. Nelas, havia
os juízes consulares, eleitos para dirimir os conflitos internos, inclusive com a
atribuição de impor penalidades, com base nos usos e costumes.
Portanto, embora haja certa controvérsia, a maioria da doutrina entende
que o Direito Comercial tenha surgido aí, nessa fase corporativista e
subjetivista, pois era destinado aos membros das corporações num primeiro
momento, mas que extrapolou o seu âmbito, alcançando todos os indivíduos
que praticassem atos comerciais.
Então, dada essa abrangência além das corporações, bem como o
surgimento de alguns institutos do Direito Comercial, como títulos de crédito,
tem-se a fase objetiva e o surgimento da chamada Teoria dos Atos de

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Comércio. Assim, o Direito Comercial passou a regular objetivamente
qualquer indivíduo que praticasse ato próprio de comércio, ou seja, não estava
mais restrito aos membros das corporações. Estatutos e Códigos foram criados
para consolidar as normas e práticas comerciais.
No entanto, ainda não havia um importante documento regulatório das
relações comerciais imposto pelo Estado. Até que em 1673, na França, temos o
chamado Código de Savary que tratava do comércio terrestre e, em 1681,
temos a Ordenança da Marinha, regulando diversos contratos marítimos, que
serviram de base para o primeiro Código Comercial em 1807, promulgado
por Napoleão. Este Código Comercial Francês influenciou diversos códigos pelo
mundo afora, dentre eles o Código Comercial Brasileiro de 1850.
Por fim, nessa linha de evolução do Direito Comercial, atualmente, temos
a chamada Teoria da Empresa, que é o objeto do nosso curso. Portanto,
podemos observar que o atual nome de nossa disciplina – Direito Empresarial –
é devido a teoria da empresa que rege o regime jurídico-empresarial. Mais
adiante, falaremos mais detalhadamente da passagem da Teoria dos Atos de
Comércio para a Teoria da Empresa, ok? Por ora, pessoal, tenham em mente
essas 3 fases de evolução de nossa disciplina: corporações de ofício
(subjetivismo), teoria dos atos de comércio (objetivismo) e teoria da
empresa (subjetivismo moderno).
Obs.: As duas denominações de nossa disciplina (comercial e empresarial) são
aceitas por nossa doutrina. “Comercial” é a denominação mais antiga e
tradicional; “empresarial” é a moderna, a partir do Código Civil de 2002. Neste
curso, adotaremos Direito Empresarial, ok?

1. (CESPE/Delegado da PF/2013) Apesar de os gregos e os


fenícios serem historicamente associados a atividades de compra e troca, o
surgimento do direito comercial de forma organizada corresponde à ascensão
da classe burguesa na Idade Média. À medida que artesãos e comerciantes
europeus se reuniam em corporações de ofícios, surgiam normas destinadas a
disciplinar os usos e costumes comerciais da época.

Comentários
Correta. Esta questão menciona exatamente a evolução histórica do Direito
Empresarial e suas fases. De fato, é na Idade Média que surge o Direito
Comercial de forma organizada e relacionado às corporações de ofícios.
Tais corporações eram formadas por mercadores e artesãos.
Gabarito1: Correta

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Portanto, pessoal, em resumo acerca do surgimento do Direito Comercial:
Idade Média

Fase objetiva
•Surgimento e •Teoria da
autonomia do Empresa.
Direito Comercial. •Teoria dos atos
de comércio.
•Corporações de
ofício.
Fase corporativista Fase subjetivista
e subjetivista moderna

1.2- Definição e autonomia

O Direito pode ser dividido didaticamente em dois grandes ramos: direito


público e direito privado. Deste modo, o Direito Empresarial é o ramo do
direito privado que regula e disciplina o empresário e os atos de empresa,
possuindo regras, métodos e princípios próprios.
Portanto, podemos perceber que o Direito Empresarial é autônomo
em relação aos demais ramos do Direito, principalmente em relação ao Direito
Civil, que também faz parte do direito privado. As razões dessa autonomia são
as seguintes:
1 – A nossa Constituição Federal de 1988, em seu art. 22, inciso I, separa o
Direito Civil do Comercial:
CF - Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: I - direito
civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo,
aeronáutico, espacial e do trabalho;
2 – Apesar de terem pontos em comum, como os aspectos gerais dos contratos
e das obrigações, o Civil não se confunde com o Comercial, que possui normas
e princípios próprios que objetivam as relações comerciais ou empresariais. Há
diversas normas comerciais dispersas por nosso ordenamento jurídico, além da
matéria presente no Código Civil.
Logo, o Direito Empresarial é autônomo! ☺

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1.3- Fontes

Então, quais seriam as fontes de estudo do Direito Empresarial? Onde


encontraremos as normas e dispositivos para estudarmos para a nossa prova?
FONTES DO DIREITO EMPRESARIAL
- Código Civil 2002: principal
- Lei de Falências
❖ Fonte Primária ou direta - Legislação dos títulos de crédito
- Legislação dos contratos mercantis
- etc.

❖ Secundária ou indireta➔ doutrina, jurisprudência, dos tratados e


convenções internacionais, dos usos e costumes (Art. 4º da Lei de
Introdução às normas do Direito Brasileiro).
Então, essas serão as nossas fontes de estudo no presente curso, beleza?

1.4- Características

As características do Direito Empresarial é mais um tópico presente no


último edital. Então, vejamos quais as características do Direito Empresarial
que o diferenciam dos outros ramos do Direito:

Simplicidade na solução das relações comerciais,


devido à necessidade econômica e comercial.

Internacionalidade como tendência comercial (Lei


cambial e convenções). O Dir. Civil é nacional.

Rapidez e dinamicidade ao simplificar as formalidades


do Dir. Comercial. Questões probatórias com mais
Características rapidez.

Elasticidade - renovação constante das práticas


comerciais trazidas para o Dir. Comercial. Aspectos
renovadores e dinâmicos.

Onerosidade, pois objetiva o lucro. Atividade


mercantil pressupõe-se não gratuita.

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2- A atividade empresarial

Antes de estudarmos a atividade empresarial e a chamada teoria da


empresa, na qual atualmente baseia-se a nossa disciplina, necessitamos
compreender a própria evolução de nossa disciplina. Assim, iniciemos pelo
estudo da teoria dos atos de comércio.

2.1- Teoria dos atos de comércio

Antes das normas contidas no Código Civil de 2002, o Direito Comercial


era regido pelo Código Comercial de 1850, que era baseado no Código
Francês e dividia-se em três partes:

CÓDIGO COMERCIAL DE 1850

1ª PARTE Atos de Revogada pelo Código Civil de 2002


Comércio
2ª PARTE Direito Marítimo Ainda em vigor
3ª PARTE Direito Não estava mais em vigor desde a antiga lei
Falimentar de falências (DL 7.661/45). Em vigor a nova
Lei de Falências (Lei 11.101/05)
Então:
• Código Comercial de 1850 ➔ regia as sociedades comerciais.
• Código Civil 1916 ➔ regia as sociedades civis.
Bem, a chamada TEORIA DOS ATOS DE COMÉRCIO era o pilar daquele
Código Comercial. Por esta teoria, o que importava era o objeto da atividade
comercial. Ou seja, a partir do objeto ou gênero da atividade comercial
exercida foi elaborada uma enumeração das atividades como forma de
enquadrar a atividade no âmbito do Direito Comercial. Era uma forma bem
objetiva e direta de classificar as atividades no regime jurídico comercial.

TEORIA DOS ATOS DE COMÉRCIO – forma objetiva de enquadrar as


atividades no regime jurídico comercial. O que importava era o objeto
da atividade em si.

A teoria dos atos de comércio era caracterizada por três ATRIBUTOS:


Habitualidade: com que a atividade é exercida;
Lucro: como objetivo da atividade;
Intermediação: comprar para vender.

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Porém, com a evolução das relações comerciais foi surgindo a
necessidade de atualizar o ordenamento jurídico tendo em vista a situação real
e atual das relações comerciais, já que algumas atividades importantes, como
a prestação de serviços e a atividade imobiliária, estavam fora da disciplina
comercial. Então, a jurisprudência passou a adotar o entendimento de que a
teoria dos atos de comércio não deveria mais vigorar. Nessa linha, depois de
vários anos de discussões e debates, o Novo Código Civil de 2002 foi aprovado,
revogando a primeira parte do Código Comercial de 1850 que tratava dos atos
de comércio e adotando a TEORIA DA EMPRESA, por influência do direito
italiano.
Vejamos uma questão cobrada em prova sobre o tema:

2. (FCC/OAB-SP/2006) O Código Comercial, sancionado em


1850,
a) foi totalmente revogado.
b) foi parcialmente revogado, mantendo-se vigentes apenas os dispositivos
que regem os contratos e obrigações mercantis e o comércio marítimo.
c) não foi revogado.
d) foi parcialmente revogado, mantendo-se vigentes apenas os dispositivos que
regem o comércio marítimo.
Comentários
Letra “d”. Viram como a questão ficou fácil após estudarmos o assunto? Embora
possa parecer banal determinado ponto da matéria, há sempre a possibilidade
de cair em prova. É justamente este o nosso trabalho: direcionar o caro aluno
a marcar a alternativa correta, de forma objetiva. Pois bem, como vimos acima,
a única alternativa correta é a letra d). Só está em vigor a 2ª parte, que trata
do Direito Marítimo.
Gabarito2: D

2.2- Teoria da Empresa

Então, o Código Civil de 2002 entrou em vigor e adotou a TEORIA DA


EMPRESA sob a influência do direito italiano como fundamento para o regime
jurídico comercial. Este será o nosso grande foco nas primeiras aulas do
curso! Prosseguindo...
Mas o que vem a ser de fato a TEORIA DA EMPRESA?
Bem, por meio desta teoria, passou-se a priorizar o
desenvolvimento da atividade em detrimento do ato de
comércio, do objeto em si. Portanto, a teoria da empresa e o
Novo Código Civil priorizam a FORMA como é exercida e/ou
desenvolvida a atividade empresarial.

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Deste modo, a teoria da empresa nos revela alguns atributos que devem
ser observados para que determinada atividade seja considerada como
atividade empresarial. São eles: profissionalismo, atividade econômica e
organização.

2.2.1-Atributos da Teoria da Empresa

PROFISSIONALISMO: atividade exercida de forma habitual e profissional.


ATIVIDADE ECONÔMICA: objetiva o lucro. Esta é característica intrínseca
daquele que assume os riscos da atividade econômica.
ORGANIZAÇÃO: este é o principal atributo que uma atividade econômica
exercida de forma profissional deve possuir para se enquadrar como uma
atividade empresarial. Diz respeito à organização dos FATORES DE
PRODUÇÃO: capital, mão de obra, matéria-prima e tecnologia.
Portanto, além de objetivar o lucro e agir com profissionalismo, a atividade
empresarial deve ser organizada.
Vejamos algumas distinções entre as duas teorias:

Teoria da Empresa Teoria dos atos de comércio

Profissionalismo Habitualidade

Atividade
Lucro
econômica

Organização
(fatores de Intermediação
produção)

O que importa é a O que importa é o


forma como o objeto objeto da atividade
da atividade é em si
exercido

Pois bem, de forma geral, podemos concluir que a atividade empresarial


pode ser entendida como um mecanismo que faz circular os fatores de
produção: capital, insumo, mão-de-obra e tecnologia, almejando a obtenção
de riquezas e o desenvolvimento econômico.

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3. (ESAF/ADVOGADO IRB/2004) A recepção do instituto


empresa pelo Código Civil resultará em:
a) retornar a discussão sobre ato de comércio como intermediação na
circulação de mercadorias.
b) realçar a ideia de atividade sobre a de ato.
c) incorporar novos ofícios e profissões ao campo do direito mercantil.
d) extremar atividades empresariais e não empresariais.
e) criar novo sistema de análise da atividade econômica.
Comentários
b) Correta. É a nossa resposta. A forma como a atividade econômica está sendo
exercida é o que importa atualmente. Portanto, a atividade econômica em si se
sobrepõe à ideia de enumeração das atividades conforme o seu objeto (ato de
comércio).
a) A teoria dos atos de comércio faz parte do passado. A teoria que rege
atualmente a atividade empresarial é a teoria da empresa. Incorreta.
c) De certo modo está correta, já que atualmente o D. Comercial PODERÁ
abranger outras profissões que não eram regidas pela teoria dos atos de
comércio. No entanto, é a forma como a atividade econômica é exercida que
prevalece e que vai determinar a sujeição ou não ao regime jurídico comercial.
Assim, a alternativa b) prevalece e está “mais correta”. Há questões onde
devemos assinalar a alternativa mais correta, ok?
d) Incorreta, pois mesmo antes da teoria da empresa já havia a divisão entre
as atividades comerciais e as civis. Hoje, melhor seria dizer: atividades
empresariais (ou típicas de empresa) e atividades não empresariais.
e) Não há lógica em sua afirmativa. Incorreta.
Gabarito3: B

2.3- A empresa

A Teoria da Empresa foi adotada pelo Novo Código Civil de 2002, no


entanto, NÃO há um conceito jurídico de empresa. Temos, porém, o
conceito econômico, pelo qual a empresa seria a união dos fatores de
produção por um indivíduo (o empresário) visando à obtenção de um produto
ou a prestação de um serviço. Esta definição é aquela que possuímos e
retiramos de nosso cotidiano econômico, através da observação da sociedade e
da dinâmica comercial que nos cerca.
Por conta disso, foi criada a teoria dos Perfis de Empresa (Prof.
Asquini) para o entendimento do instituto EMPRESA. Esta é a teoria mais aceita
e aborda a empresa como fenômeno poliédrico a partir de quatro perfis:

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A empresa está relacionada ao indivíduo que
exerce de forma organizada e profissional uma
atividade econômica objetivando a produção ou
Perfil Subjetivo circulação de bens ou de serviços. O EMPRESÁRIO
é o sujeito de direito, pois é ele quem exerce a
atividade empresarial.

A empresa está relacionada à ATIVIDADE


EMPRESARIAL em si, direcionada a um
Perfil Funcional
determinado fim produtivo, que é gerar riquezas.

A empresa está relacionada ao


ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL,
Perfil Objetivo ou
considerando os bens patrimoniais da empresa
patrimonial
como resultado do fator econômico.

A empresa relacionada ao grupo organizacional


formado pelo empresário e seus colaboradores.
Perfil Corporativo ou
Este perfil está superado, pois não tem
institucional
correspondência na realidade atual.

Deste modo, podemos definir EMPRESA como sendo:

A ATIVIDADE econômica ORGANIZADA para a produção ou a


circulação de bens ou serviços, exercida de forma PROFISSIONAL
pelo EMPRESÁRIO.

Obs.: Teoria dos feixes de contratos: formulada pelo economista britânico


Ronald Coase, a teoria dos feixes de contratos define a empresa sob a ótica
econômica. Então, a empresa seria um feixe de contratos com o objetivo de
organizar a atividade econômica (fatores de produção) e de reduzir os custos
de transação. Isso significa dizer que os mais diversos tipos de contratos são
firmados de modo a viabilizar a produção de bens e serviços ao mercado, de
maneira organizada e menos custosa. Esta teoria se aproxima do perfil
institucional de Asquini. Então, NÃO podemos dizer que a teoria dos feixes de
contratos COINCIDE com o perfil institucional de Asquini. Como podemos
perceber abaixo nas definições do Prof. Tarcísio Teixeira, há relação de
proximidade entre as duas, mas não coincidência:
• Perfil institucional de Asquini: a empresa significa uma instituição,
como um conjunto de pessoas (empresário, empregados e
colaboradores) em razão de um objetivo comum: um resultado
produtivo útil .
• Teoria dos feixes de contratos: a empresa é um feixe de contratos
(nexo de contratos) coordenados pelo empresário ao estabelecer relações

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com fornecedores, empregados e clientes, visando a oferta de
produtos ou serviços nos mercados.

2.4- O empresário

Então, não há uma definição jurídica de empresa. Com a positivação da


teoria da empresa pelo Código Civil de 2002, temos SOMENTE a definição de
EMPRESÁRIO, conforme a perfil subjetivo de Asquini. Esta definição é uma das
mais importantes no D. Empresarial. Vejamos:

• DEFINIÇÃO DE EMPRESÁRIO

Art. 966 do CC. Considera-se empresário quem exerce


profissionalmente atividade econômica organizada para a
produção ou a circulação de bens ou de serviços.

Destaca-se que a “produção ou circulação de bens ou serviços”,


representa uma maior amplitude em relação ao campo de incidência da antiga
teoria dos atos de comércio. Agora, qualquer atividade poderá ser considerada
empresária, desde que possua as demais características e requisitos da Teoria
da Empresa. Desta forma, consegue-se definir empresário - a pessoa (física
ou jurídica) que exerce a atividade típica de empresa.
Assim, temos a seguinte esquematização:

Estabilidade e
Profissionalismo habitualidade

LUCRO - atividades
Atividade sem fins lucrativos não
econômica são empresárias
Empresário
Dos fatores de
Organização produção

Produção ou
Qualquer atividade
circulação de pode ser empresária
bens ou serviços

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Então, até o momento podemos distinguir perfeitamente os seguintes
conceitos:

EMPRESÁRIO ESTABELECIMENTO
EMPRESA EMPRESARIAL

Atividade Sujeito que Complexo de


Empresarial exerce a atividade bens

2.5- Exceções à Teoria da Empresa

Então meus amigos, a regra geral para a caracterização da atividade


econômica como empresarial é dada acima, nos termos do art. 966 do CC visto
no tópico anterior. Porém, a esta regra temos as seguintes exceções:
Vamos ver as exceções ao conceito de empresário:
Não serão considerados empresários os profissionais intelectuais.
Art. 966 - Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão
intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de
auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento
de empresa.

Mas o que significa elemento de empresa? Essa expressão deve ser


compreendida sob um enfoque econômico, pelo qual as atividades (intelectual,
de natureza científica, literária ou artística) são exercidas observando a
organização dos fatores de produção: Capital, Mão-de-obra, Insumos (ou
matéria-prima) e Tecnologia. Assim, essa estrutura de produção deve ser
exercida de forma organizada e profissional, para que seja considerada uma
atividade empresarial.
Produtor Rural e Sociedade Rural só serão considerados empresários
se fizerem a inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis.
Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão,
pode, observadas as formalidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos,
requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede,
caso em que, depois de inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos, ao
empresário sujeito a registro.
Art. 984. A sociedade que tenha por objeto o exercício de atividade própria de
empresário rural e seja constituída, ou transformada, de acordo com um dos

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tipos de sociedade empresária, pode, com as formalidades do art. 968, requerer
inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da sua sede, caso em que,
depois de inscrita, ficará equiparada, para todos os efeitos, à sociedade
empresária.

Sociedade Anônima do Futebol (SAF) – clube empresa – nos mesmos


moldes da sociedade rural, optando pela inscrição, será considerada empresária
para todos os efeitos.
Art. 971. Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput deste artigo à associação
que desenvolva atividade futebolística em caráter habitual e profissional, caso em
que, com a inscrição, será considerada empresária, para todos os efeitos. (Incluído
pela Lei nº 14.193, de 2021)

Sociedades cooperativa também não serão consideradas sociedades


empresariais e sim sociedades simples.
Art. 982 - Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se
empresária a sociedade por ações; e, simples, a cooperativa.

Observação: A sociedade pode ser empresária ou simples; a sociedade


simples, obviamente, não exerce a atividade empresarial.

• PROFISSIONAL INTELECTUAL EXCETO SE a organização dos


Natureza científica, artística ou fatores de produção for mais
literária – não é empresário. importante que a atividade
pessoal desenvolvida (Aí
constitui Elemento de empresa)

§único, art. 966, CC Considera-se


empresário

Art. 971 e 984, CC


Exceções à • ATIVIDADE RURAL
Teoria da O indivíduo (ou sociedade) tem
a OPÇÃO de ser empresário
Empresa

§único, art. 982, CC

Independente
• SOCIEDADES COOPERATIVAS da forma com
São sempre sociedades simples. que a atividade é
exercida

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Em suma, a cooperativa jamais poderá ser considerada uma atividade
empresarial; o profissional liberal (intelectual) em regra não exerce a atividade
empresarial (só se constituir elemento de empresa). Então, estas são
consideradas atividades econômicas civis, ok?

4. (COPS-UEL/ICMS-PR/2012) Sobre o Direito de Empresa,


previsto no Código Civil, considere as afirmativas a seguir.
I. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica
organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços ou quem
exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística.
Comentários
O item está errado. O examinador faz um jogo de palavras nesta afirmativa em
relação à definição legal de empresário, de acordo com o art. 966 do Código
Civil. Aí também está positivada a Teoria da Empresa. Bem, a primeira parte
desta afirmativa está literal ao caput do art. 966. Está perfeita, tranquila!
A segunda parte da afirmativa aborda o chamado profissional liberal. Aquele
que exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística.
Como estudamos, em regra o profissional liberal não é considerado empresário,
conforme o parágrafo único do art. 966. No entanto, caso a atividade exercida
pelo profissional liberal apresente elemento de empresa, ele será considerado
empresário e estará sujeito ao regime jurídico empresarial. Então, como o
examinador não menciona tal requisito para o profissional liberal ser
considerado empresário, esta afirmativa está incorreta, ok?
Gabarito4: Errado

2.6- Empresário Individual

Pois bem, como sabemos, o titular da atividade econômica é o


empresário. O empresário é o sujeito de direito, apto a adquirir direitos e
contrair obrigações, podendo ser tanto uma pessoa física na condição de
empresário individual, quanto uma pessoa jurídica na condição de
sociedade empresária.

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ATIVIDADE EMPRESARIAL

Empresário Individual Sociedade Empresária

Pessoa Física Pessoa Jurídica

Em termos gerais, a atividade empresarial é exercida conforme a


esquematização acima. Assim, o empresário individual é uma pessoa física que
exerce a atividade empresarial, que na prática, compreende atividades
econômicas de pouco capital/investimentos: artesanatos, mercearias, padarias,
etc. Inclusive, PODERÁ se enquadrar como Microempresa (ME), Empresa de
Pequeno Porte (EPP) e Microempreendedor Individual (MEI). Ainda, PODE optar
pela nova forma SOCIEDADE LIMITADA UNIPESSOAL (SLU).
Porém, o ponto mais importante acerca do EMPRESÁRIO
INDIVIDUAL é com relação a sua responsabilidade pelas obrigações e
dívidas decorrentes da sua atividade. Deste modo, a RESPONSABILIDADE
do empresário individual é ILIMITADA e DIRETA, pois ele NÃO possui
personalidade jurídica e, por consequência, os BENS da pessoa física e do
empresário individual são os MESMOS, se confundem.
Neste caso, ele responde com seus próprios bens (ilimitadamente) para
saldar as dívidas surgidas no curso da atividade empresarial.
Quando à SOCIEDADE EMPRESÁRIA, ela é formada por um grupo de
pessoas (sócios) que reciprocamente se obrigam a contribuir com bens ou
serviços para o exercício de atividade típica de empresa e a partilha, entre si,
dos resultados (art. 981 e 982, CC). Este é o conceito de sociedade empresária
e, no momento, é o que basta sabermos para prosseguirmos com a matéria.

Obs.: Apesar de não possuir personalidade jurídica, o empresário individual é


obrigado a se registrar no Registro Público das Empresas Mercantis (RPEM) e ao
uso da inscrição no CNPJ (Cadastro Nacional das Pessoas Jurídicas).

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2.7- Requisitos e impedimentos para o exercício da atividade
empresarial

Bem, os primeiros requisitos para o exercício da empresa são aqueles que


a caracterizam como tal, e que já comentamos na Teoria da Empresa.
Relembremos: Tendo em vista a teoria da empresa, considera-se empresário
aquele que:
➢ COM Profissionalismo – habitualidade no exercício da atividade
econômica;
➢ EXERCE A Atividade econômica – objetivo de auferir lucros;
➢ DE FORMA Organizada – principal requisito. Organização dos fatores de
produção;
➢ PARA A Produção ou a circulação de bens ou de serviços – objetivo de
satisfazer as necessidades do mercado exercendo qualquer tipo de atividade
econômica.
Além desses requisitos que devem ser cumpridos para caracterizar o
empresário e a atividade empresária, ainda devem ser observados os casos de
capacidade e impedimento, nos termos do art. 972, do CC.
Art. 972 do CC. Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em
pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos.

2.7.1-Capacidade Civil do Empresário Individual

O empresário individual necessita estar CIVILMENTE CAPAZ para


exercer a atividade empresarial.
Esta capacidade civil é exatamente aquela prevista no Direito Civil:
artigos 3º e 4º do CC (apesar de saber que o caro leitor (a) possui a lei seca ao
seu lado enquanto estuda este curso, no intuito de facilitar e relembrar a
disciplina civil, apresento a seguinte esquematização):

Absolutamente Incapaz Relativamente Incapaz


Idade Menor de 16 anos 16 a 18 anos
Pessoas Ébrios habituais, viciados em
tóxicos, pródigos, aquele que não
puder exprimir sua vontade (por
causa transitória ou permanente).

Obs.: O quadro acima está conforme a nova redação dos arts. 3º e 4º do CC,
dada pela Lei nº 13.146/2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência).

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Observemos que não há mais hipóteses de uma pessoa maior de idade ser
considerada absolutamente incapaz. O objetivo de tais mudanças é promover a
inclusão social e cidadania às pessoas com deficiência.

O incapaz NÃO poderá iniciar ou constituir uma empresa como


empresário individual; mas pode dar continuidade da atividade empresarial
já exercida. Assim, o Código Civil observa o princípio da preservação da
atividade típica de empresa incentivando o desenvolvimento e continuidade da
atividade econômica.
Precisará de autorização judicial.
Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido,
continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo
autor de herança.

§ 1o Nos casos deste artigo, precederá autorização judicial, após exame das
circunstâncias e dos riscos da empresa, bem como da conveniência em continuá-
la, podendo a autorização ser revogada pelo juiz, ouvidos os pais, tutores ou
representantes legais do menor ou do interdito, sem prejuízo dos direitos
adquiridos por terceiros.

Empresário
1ª-Em favor do
Individual
Regra Mediante incapaz no caso de
Autorização Judicial sucessão da empresa
após análise das por causa mortis.
Deve ter
capacidade circunstâncias e riscos
civil

EXCEÇÕES O INCAPAZ é
representado
ou assistido

2ª-Pela incapacidade
superveniente do
empresário.

Ressalta-se que os bens particulares (aqueles estranhos à empresa)


que o incapaz possuía quando ainda era capaz ou antes da sucessão NÃO estão
sujeitos ao resultado da empresa, ou seja, não respondem pelas obrigações
oriundas da atividade empresarial. Portanto, acerca desses bens, ocorre a
separação patrimonial entre os bens da empresa e os bens do
empresário individual (incapaz).

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§ 2o Não ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens que o incapaz já possuía,
ao tempo da sucessão ou da interdição, desde que estranhos ao acervo daquela,
devendo tais fatos constar do alvará que conceder a autorização.

Aqui temos uma proteção aos bens do


incapaz. A autorização judicial e processo de interdição não são imediatos e
requer muitas análises sobre os bens do incapaz. Não é difícil imaginar que este
processo é complexo e demorado. Logo, os bens do incapaz estranhos à
empresa deverão ser identificados e separados, para salvaguardá-los. Portanto,
há de se considerar e balancear dois aspectos: preservar a empresa e proteger
os bens do incapaz. Então, os bens que o incapaz já possuía e claramente
separados do acervo da empresa (ex.: casa de praia adquirida de boa-fé pelo
empresário antes de sua incapacidade) não estariam sujeitos a
responsabilização pelos futuros resultados do negócio.

5. (FCC/Auditor-Substituto de Conselheiro-TCM-RJ/
2015) O relativamente incapaz, desde que devidamente assistido, poderá
continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, vedada tal
possibilidade ao absolutamente incapaz, ainda que por meio de representante.
Comentários
O item está errado. Como podemos observar, esta assertiva está incorreta pois
tanto o relativamente incapaz, quanto o absolutamente incapaz, podem
continuar a empresa, desde que devidamente assistidos ou representados (art.
974, caput, CC).
Gabarito5: Errado

2.7.2-Capacidade Civil da Sociedade Empresária - sócio

Bem, e quanto à capacidade civil daquele que é sócio de


sociedade empresária? Como proceder?
Tratando deste tema, em 2011 foi publicada a Lei nº
12.399/2011 que acrescentou o §3º ao Art. 974 do Código Civil.
Vejamos os pressupostos que devem ser atendidos CUMULATIVAMENTE
para a pessoa incapaz ser sócio da sociedade empresária:
§ 3o O Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais
deverá registrar contratos ou alterações contratuais de sociedade que envolva

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sócio incapaz, desde que atendidos, de forma conjunta, os seguintes
pressupostos:

I – o sócio incapaz não pode exercer a administração da sociedade;

II – o capital social deve ser totalmente integralizado;

III – o sócio relativamente incapaz deve ser assistido e o absolutamente incapaz


deve ser representado por seus representantes legais.

• O sócio incapaz não pode exercer a administração da


sociedade;
• O capital social deve estar totalmente integralizado;
• O sócio relativamente incapaz deve ser assistido e o
absolutamente incapaz deve ser representado por
seus representantes legais.

Atendidos os
pressupostos

REGISTRAR o contrato e suas


alterações na JUNTA COMERCIAL

Por fim, vale ressaltar, ainda, que a prova de emancipação do menor


e a autorização do incapaz devem ser registradas no Registro Público das
Empresas Mercantis (Junta Comercial).
Art. 976. A prova da emancipação e da autorização do incapaz, nos casos do art.
974, e a de eventual revogação desta, serão inscritas ou averbadas no Registro
Público de Empresas Mercantis.

Vejamos a seguinte questão:

6. (COPS-UEL/Procurador do Estado-PR/2011) Sobre o


regime jurídico do empresário no Código Civil de 2002, assinale a alternativa
correta:
IV – o Registro Público de Empresas Mercantis deverá registrar contratos ou
alterações contratuais de sociedade que envolva sócio absolutamente incapaz,
desde que o capital social da sociedade esteja totalmente integralizado e que,
o incapaz, devidamente representado, não exerça administração da sociedade.
Comentários
O item está certo. O examinador cobrou exatamente o que consta no esquema
acima, que acabamos de estudar. Portanto, está correta conforme o art. 974,
§3º do CC.

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Art. 974, §3º. O Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das
Juntas Comerciais deverá registrar contratos ou alterações contratuais de
sociedade que envolva sócio incapaz, desde que atendidos, de forma
conjunta, os seguintes pressupostos:

I – o sócio incapaz não pode exercer a administração da sociedade;

II – o capital social deve ser totalmente integralizado;

III – o sócio relativamente incapaz deve ser assistido e o absolutamente


incapaz deve ser representado por seus representantes legais.

Gabarito6: Certo

2.7.3-Impedimentos: Empresário Individual

Bem, pessoal, o empresário individual além de ter que possuir o pleno


gozo da capacidade civil, precisa não estar legalmente impedido para
exercer a atividade empresarial, ou seja, embora o indivíduo seja civilmente
capaz, a lei poderá impedi-lo.
Assim, por exemplo, está impedido legalmente o servidor público federal
(Art. 117, X, lei 8.112/90), o militar (Art. 29, lei 6.880/93), membro do
ministério público (Art. 44, III, lei 8.625/1993), etc. Portanto, o impedimento
legal para o exercício da atividade empresária é consignado em leis específicas,
beleza? Outra coisa: o impedimento legal é com relação ao empresário
individual, ou seja, nada impede que um servidor público federal, por exemplo,
seja acionista ou quotista de uma sociedade, desde que não participe de sua
administração.
Porém, alguém poderia perguntar: Professor, e se o impedido resolver
exercer a atividade empresária? Os atos por ele praticados são nulos? Neste
caso, o indivíduo não poderá se valer do impedimento para se livrar de
obrigações assumidas na condição de empresário, respondendo por
elas (art. 973 do CC). Perfeito? Isso é tema de questões de prova!!!
Art. 973. A pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de
empresário, se a exercer, responderá pelas obrigações contraídas.

SÓ PARA RECORDAR: Então, vimos que temos as seguintes condições para o


exercício da atividade empresarial:
- Capacidade civil: deve estar em pleno gozo
(arts. 3º, 4º e 5º do CC). Exceções:
incapacidade superveniente e sucessão da
empresa (causa mortis).

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- Sem impedimentos legais: possui
capacidade civil e não é proibido legalmente.

7. (FCC/PROMOTOR JUSTIÇA-MPE-CE/2009) Em relação


ao empresário, é INCORRETO afirmar que:
a) se a pessoa legalmente impedida de exercer atividade empresarial assim
agir, responderá pelas obrigações contraídas.
b) de sua definição legal, destacam-se as noções de profissionalismo, atividade
econômica organizada e produção ou circulação de bens ou serviços.
c) a profissão intelectual, de natureza científica ou artística pode ser
considerada empresarial, se seu exercício constituir elemento de empresa.
d) a atividade empresarial pode ser exercida pelos que estiverem em pleno
gozo da capacidade civil, não sendo impedidos legalmente.
e) ainda que representado ou assistido, não pode o incapaz continuar a
empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor
da herança.
Comentários:
O enunciado pede para assinalar a alternativa incorreta em relação ao
empresário. Analisemos cada uma delas.
e) Incorreta. Nossa resposta. A alternativa vai de encontro ao preconizado no
art. 974 do CC, o qual permite ao incapaz continuar a empresa naquelas
condições e situações. Está incorreta em função da palavra NÃO.
a) Correta. Conforme o art. 973, CC, descumprindo a proibição de exercer a
atividade empresarial, o impedido responderá pelas obrigações contraídas.
b) Correta. Alternativa menciona as características do titular da atividade
empresária: profissionalismo, atividade econômica organizada e produção ou
circulação de bens ou serviços.
c) Correta. A profissão intelectual, de natureza científica ou artística PODE ser
considerada empresarial, DESDE QUE o seu exercício caracterize elemento de
empresa. Esta é uma das exceções à teoria da empresa (art. 967, §único).
d) Correta. É exatamente o que exige o art. 972 que vimos acima: CAPACIDADE
CIVIL e SEM IMPEDIMENTOS LEGAIS.
e) Incorreta. Nossa resposta. A alternativa vai de encontro ao preconizado no
art. 974 do CC, o qual permite ao incapaz continuar a empresa naquelas
condições e situações. Está incorreta em função da palavra NÃO.
Gabarito7: E

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2.7.4-Empresário casado

O Código Civil também traz algumas considerações acerca do empresário


casado. Vamos lá?
Art. 977. Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros,
desde que não tenham casado no regime da comunhão universal de bens, ou no
da separação obrigatória.

Os conjugês entre si Exceto quando:


(juntos) PODEM (regime de comunhão)
fazer parte de - Universal
sociedade com terceiros -Separação Obrigatória

Obs.: Os cônjuges, separadamente, podem contratar sociedade com


terceiros, independente do regime de casamento. O regime de separação legal
ou obrigatória é o seguinte:
Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento:
I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas
suspensivas da celebração do casamento;

II – da pessoa maior de 70 (setenta) anos;

III - de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial.

Ainda sobre o empresário casado, ele pode alienar os imóveis que


integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real (limitação de
fruição e disposição do bem), sem necessidade de outorga do outro cônjuge,
independente do regime do casamento (art. 978, CC). Esta regra reflete a
preocupação do legislador em privilegiar a atividade empresarial diante de
possível confusão patrimonial entre os bens particulares do empresário e da
pessoa jurídica.

Obs.: ATENÇÃO – Há certa divergência quanto a necessidade de autorização


conjugal para alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis que integram o
patrimônio da empresa. A razão de tal divergência é que este tema versa sobre
dois artigos do CC que aparentemente estão em conflito, quais sejam:
Art. 978. O empresário casado pode, sem necessidade de outorga
conjugal, qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis que
integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real.

Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges


pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação
absoluta:

I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis; (...)

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Assim, há duas correntes e interpretações quanto a este assunto:

1) Prevalece o art. 1.647 – há a necessidade de autorização conjugal. O art.


978 seria interpretado de modo restritivo face à regra do art. 1.647. Nesta linha,
os autores da II Jornada de Direito Comercial entenderam o seguinte:
Enunciado 58 - O empresário individual casado é o destinatário da norma do art.
978 do CCB e não depende da outorga conjugal para alienar ou gravar de ônus
real o imóvel utilizado no exercício da empresa, desde que exista prévia averbação
de autorização conjugal à conferência do imóvel ao patrimônio empresarial no
cartório de registro de imóveis, com a consequente averbação do ato à margem
de sua inscrição no registro público de empresas mercantis.

2) Prevalece o art. 978 – este artigo seria uma exceção à regra geral do art.
1.647, ou seja, não haveria a necessidade de autorização conjugal. Essa
corrente entende que o princípio da autonomia patrimonial deve
prevalecer em privilégio à empresa. Assim, os bens diretamente envolvidos
e destinados à atividade empresarial poderiam ser alienados ou gravados de
ônus real sem a necessidade de outorga do outro cônjuge, independente do
regime de bens do casamento, já que estes seriam bens da empresa e não da
sociedade conjugal. Caso contrário, como preceitua a corrente anterior, haveria
um entrave ao perfeito desenvolvimento e execução das atividades
empresariais. Também se refere exclusivamente ao empresário individual
casado.

Então, qual das duas correntes/interpretações devemos adotar?


Resposta: aquela que a banca entende! rsrs Boa resposta! De fato, veremos na
parte das questões, que a FGV, por exemplo, se afiliou à segunda corrente
em uma questão bem recente, ok?

8. (FCC/Juiz substituto-TJ-PE/2011) É correto afirmar


que:
e) é vedado aos cônjuges contratar sociedade entre si ou com terceiros,
qualquer que seja o regime de bens escolhido.
Comentários
O item está errado, visto que a vedação é quando o regime de casamento é o
da SEPARAÇÃO OBRIGATÓRIA ou DA COMUNHÃO UNIVERSAL DE BENS. Ok?
Gabarito8: Errado

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3- Fim da EIRELI

A empresa individual de responsabilidade limitada, EIRELI, foi criada pela


Lei nº 12.441/2011 como nova forma de organização do empresário
individual, sendo considerada pessoa jurídica; não seria um novo tipo
de sociedade. Ela foi inserida no art. 980-A do CC.

Art. 980-A. A empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por


uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente
integralizado, que não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo
vigente no País.

Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:

VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada.

Contudo, a EIRELI teve pouco tempo de vida e foi extinta pela Lei nº
14.195, publicada no dia 17 de agosto de 2021, que tem o escopo de facilitar
a abertura de empresas e desburocratização, Lei de Melhoria do Ambiente de
Negócios. Isso mesmo!!!
EIRELI ESTÁ EXTINTA
Então, a chamada Sociedade Limitada Unipessoal (SLU) tomou o seu
lugar, conforme o art. 41 da Lei nº 14.195/2021:

Arte. 41. As empresas de responsabilidade limitada existentes na data da entrada


em vigor desta Lei serão transformadas em sociedades limitadas,
independentemente de qualquer alteração em seu ato constitutivo.

Inclusive, a MEDIDA PROVISÓRIA Nº 1.085, DE 27 DE DEZEMBRO DE


2021, revogou os dispositivos do CC que tratavam da EIRELI (TÍTULO I-A, art.
980-A).
Em momento oportuno iremos tratar da SLU, ok?

Então, pessoal, esta foi a parte teórica de nossa aula demonstrativa.


Espero que tenham assimilado com atenção o que foi apresentado. Agora é
“arregaçar as mangas” e fazer muitos exercícios. Beleza?
Até a próxima aula.

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4- Questões propostas

9. (FGV - 2021 - TJ-SC - Titular de Serviços de Notas e de Registros) A


despeito de o direito brasileiro exigir o pleno gozo da capacidade civil para o
exercício de empresa, há regra diversa para a participação de incapazes, que
podem integrar a sociedade empresária, desde que:
A) se trate de sociedade por ações, o capital social esteja totalmente
integralizado e o incapaz tenha somente ações sem direito a voto;
B) o sócio incapaz não exerça a administração da sociedade, tenha apenas
quotas ou ações sem direito a voto e haja prévia autorização judicial;
C) haja prévia autorização judicial e o sócio relativamente incapaz esteja
assistido e o absolutamente incapaz esteja representado por seus
representantes legais;
D) se trate de sociedade do tipo limitada e o sócio relativamente incapaz esteja
assistido e o absolutamente incapaz esteja representado por seus
representantes legais;
E) o sócio incapaz não exerça a administração da sociedade, o capital social
esteja totalmente integralizado, o sócio relativamente incapaz esteja assistido
e o absolutamente incapaz esteja representado por seus representantes legais.

10. (FGV/ICMS-RJ/2010) Segundo o art. 966 do Código Civil, é considerado


empresário:
a) quem é sócio de sociedade empresária dotada de personalidade jurídica.
b) quem é titular do controle de sociedade empresária dotada de personalidade
jurídica.
c) quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a
produção ou a circulação de bens ou serviços.
d) quem exerce profissão intelectual de natureza científica, literária ou artística.
e) quem assume a função de administrador em sociedade limitada ou sociedade
anônima.

11. (FGV/ICMS-RJ/2008) Pela teoria da empresa, adotada pelo novo Código


Civil, pode-se afirmar que o principal elemento da sociedade empresarial é:
a) o trabalho.

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b) o capital.
c) a organização.
d) o ativo permanente.
e) o maquinário.

12. (FGV/ISS-Recife/2014) Paulo Afonso, casado no regime de comunhão


parcial com Jacobina, é empresário enquadrado como microempreendedor
individual (MEI). O varão pretende gravar com hipoteca o imóvel onde está
situado seu estabelecimento, que serve exclusivamente aos fins da empresa.
De acordo com o Código Civil, assinale a opção correta.
a) O empresário casado não pode, sem a outorga conjugal, gravar com hipoteca
os imóveis que integram o seu estabelecimento, salvo no regime da
separação de bens.
b) O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer
que seja o regime de bens, gravar com hipoteca os imóveis que integram o
seu estabelecimento.
c) O empresário casado, qualquer que seja o regime de bens, depende de
outorga conjugal para gravar com hipoteca os imóveis que integram o seu
estabelecimento.
d) O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, gravar
com hipoteca os imóveis que integram o seu estabelecimento, salvo no
regime da comunhão universal.
e) O empresário casado pode, mediante autorização judicial, gravar com
hipoteca os imóveis que integram o estabelecimento.

13. (FGV / ICMS-RJ / 2010) As alternativas a seguir apresentam figuras que


estão proibidas de exercer a atividade empresarial, à exceção de uma.
Assinale-a.
a) O falido que, mesmo não tendo sido condenado por crime falimentar, não foi
reabilitado por sentença que extingue suas obrigações.
b) O magistrado.
c) O militar da ativa.
d) A mulher casada pelo regime da comunhão universal de bens, se ausente a
autorização marital para o exercício de atividade empresarial.
e) Os que foram condenados pelo juízo criminal à pena de vedação do exercício
de atividade mercantil.

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14. (FGV / ISS-Cuiabá / 2014) A respeito do empresário individual, assinale
V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.
( ) O empresário individual poderá limitar sua responsabilidade pelos atos
praticados no exercício da empresa caso seja enquadrado como
microempreendedor individual.

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5- Gabarito

Gabarito1: Correta Gabarito8: Errado


Gabarito2: D Gabarito9: E
Gabarito3: B Gabarito10: C
Gabarito4: Errado Gabarito11: C
Gabarito5: Errado Gabarito12: B
Gabarito6: Certo Gabarito13: D
Gabarito7: E Gabarito14: Errado

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6- Questões Comentadas

9. (FGV - 2021 - TJ-SC - Titular de Serviços de Notas e de Registros) A


despeito de o direito brasileiro exigir o pleno gozo da capacidade civil para o
exercício de empresa, há regra diversa para a participação de incapazes, que
podem integrar a sociedade empresária, desde que:
A) se trate de sociedade por ações, o capital social esteja totalmente
integralizado e o incapaz tenha somente ações sem direito a voto;
B) o sócio incapaz não exerça a administração da sociedade, tenha apenas
quotas ou ações sem direito a voto e haja prévia autorização judicial;
C) haja prévia autorização judicial e o sócio relativamente incapaz esteja
assistido e o absolutamente incapaz esteja representado por seus
representantes legais;
D) se trate de sociedade do tipo limitada e o sócio relativamente incapaz esteja
assistido e o absolutamente incapaz esteja representado por seus
representantes legais;
E) o sócio incapaz não exerça a administração da sociedade, o capital social
esteja totalmente integralizado, o sócio relativamente incapaz esteja assistido
e o absolutamente incapaz esteja representado por seus representantes legais.
Comentários
E) Correta. Trata dos requisitos previstos no art. 974 do CC para o exercício da
atividade empresarial por incapaz:
Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou
devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida por ele
enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança. (...)

§3º O Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas


Comerciais deverá registrar contratos ou alterações contratuais de
sociedade que envolva sócio incapaz, desde que atendidos, de forma
conjunta, os seguintes pressupostos:

I – o sócio incapaz não pode exercer a administração da sociedade;


II – o capital social deve ser totalmente integralizado;

III – o sócio relativamente incapaz deve ser assistido e


o absolutamente incapaz deve ser representado por seus
representantes legais.

As demais alternativas estão incorretas por não encontrarem previsões legais


relacionadas à participação o incapaz em sociedades empresárias. Ressalta-se
que a necessidade de autorização judicial ao incapaz refere-se ao empresário
individual (§1º do art. 974). No caso da questão, trata-se de incapaz

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participante de sociedade empresária, que tem previsão no §3º do art. 974.
Além disso, faz-se necessário recordar o Enunciado nº 467 da Jornada de Direito
Civil do CJF:
A exigência de integralização do capital social prevista no art. 974,
§ 3º, não se aplica à participação de incapazes em sociedades
anônimas e em sociedades com sócios de responsabilidade
ilimitada nas quais a integralização do capital social não influa na
proteção do incapaz.
Gabarito9: E

10. (FGV/ICMS-RJ/2010) Segundo o art. 966 do Código Civil, é considerado


empresário:
a) quem é sócio de sociedade empresária dotada de personalidade jurídica.
b) quem é titular do controle de sociedade empresária dotada de personalidade
jurídica.
c) quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a
produção ou a circulação de bens ou serviços.
d) quem exerce profissão intelectual de natureza científica, literária ou artística.
e) quem assume a função de administrador em sociedade limitada ou sociedade
anônima.
Comentários
Letra “c”. Percebam que a banca cobrou a literalidade do art. 966 do CC na letra
C, que é a nossa resposta. Comentemos as demais alternativas.
a), b) e e) - Incorretas, pois somente pelo fato de um indivíduo ser sócio ou
controlador, ou ainda, administrador de uma sociedade empresária, não
significa que ele seja empresário. O requisito para ser considerado empresário
é que a pessoa física ou jurídica exerça profissionalmente atividade
econômica de forma organizada.
d) quem exerce profissão intelectual de natureza científica, literária ou artística.
Incorreta. Essas atividades são as exceções à teoria da empresa, pela qual
somente são empresárias se constituírem elemento de empresa, conforme o
parágrafo único do art. 966, CC, transcrito abaixo:
Art. 966. Parágrafo único do CC. Não se considera empresário quem
exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou
artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se
o exercício da profissão constituir elemento de empresa.

Gabarito10: C

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11. (FGV/ICMS-RJ/2008) Pela teoria da empresa, adotada pelo novo Código
Civil, pode-se afirmar que o principal elemento da sociedade empresarial é:
a) o trabalho.
b) o capital.
c) a organização.
d) o ativo permanente.
e) o maquinário.
Comentários
Letra “c”. Embora o enunciado mencione a sociedade empresarial, sabemos que
a teoria da empresa refere-se tanto ao empresário individual quanto à
sociedade. Afinal, o fundamento daquela teoria é a forma como a atividade
econômica é exercida. Assim, dentre as alternativas, a ORGANIZAÇÃO da
atividade empresarial é o elemento mais importante da teoria da
empresa e do regime jurídico comercial atual.
Gabarito11: C

12. (FGV/ISS-Recife/2014) Paulo Afonso, casado no regime de comunhão


parcial com Jacobina, é empresário enquadrado como microempreendedor
individual (MEI). O varão pretende gravar com hipoteca o imóvel onde está
situado seu estabelecimento, que serve exclusivamente aos fins da empresa.
De acordo com o Código Civil, assinale a opção correta.
a) O empresário casado não pode, sem a outorga conjugal, gravar com hipoteca
os imóveis que integram o seu estabelecimento, salvo no regime da
separação de bens.
b) O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer
que seja o regime de bens, gravar com hipoteca os imóveis que integram o
seu estabelecimento.
c) O empresário casado, qualquer que seja o regime de bens, depende de
outorga conjugal para gravar com hipoteca os imóveis que integram o seu
estabelecimento.
d) O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, gravar
com hipoteca os imóveis que integram o seu estabelecimento, salvo no
regime da comunhão universal.
e) O empresário casado pode, mediante autorização judicial, gravar com
hipoteca os imóveis que integram o estabelecimento.
Comentários:
Letra “b”. A questão trata da possibilidade do empresário Paulo Afonso, casado
no regime de comunhão parcial de bens, gravar com hipoteca o imóvel onde se
localiza o estabelecimento empresarial, que serve exclusivamente aos fins da

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empresa. O enquadramento de Paulo Afonso como MEI, não é relevante para a
resolução da questão. Pois bem, sugiro que nos recordemos do que foi falado
quanto ao empresário casado na parte teórica. Tudo bem? Então, devemos nos
lembrar que há certo conflito entre o art. 978 que trata do empresário individual
casado e o art. 1.647, o qual aborda a proteção à sociedade conjugal. Também,
deve ser lembrado que há duas possíveis interpretação para solucionar esse
conflito: 1) necessita de autorização conjugal, exceto no regime de separação
total de bens; 2) NÃO necessita de autorização conjugal independente do
regime de casamento. A FGV, nesta questão, considerou a segunda corrente
para tornar a letra B correta, ok? Entendido? Ou seja, deu-se privilégio à
atividade empresarial.
Gabarito12: B

13. (FGV / ICMS-RJ / 2010) As alternativas a seguir apresentam figuras que


estão proibidas de exercer a atividade empresarial, à exceção de uma.
Assinale-a.
a) O falido que, mesmo não tendo sido condenado por crime falimentar, não foi
reabilitado por sentença que extingue suas obrigações.
b) O magistrado.
c) O militar da ativa.
d) A mulher casada pelo regime da comunhão universal de bens, se ausente a
autorização marital para o exercício de atividade empresarial.
e) Os que foram condenados pelo juízo criminal à pena de vedação do exercício
de atividade mercantil.
Comentários
Letra “d”. Nesta questão, primeiramente tenha bastante atenção ao que está
sendo pedido no enunciado. Por vezes ele pode nos confundir, certo? Veja que
ele nos pede para assinalar a alternativa que NÃO está proibida de exercer a
atividade empresarial, sendo que as demais estarão impedidas devido a
dispositivos legais. Algumas das alternativas tratamos nesta aula. Outras nem
tanto. Porém, a questão poderia ser acertada pelo candidato utilizando o famoso
método da “eliminação”, bastaria ter calma para analisar cada uma. Vamos lá?
Com exceção da alternativa correta, as demais têm previsão de
proibição/vedação em leis específicas.
d) A mulher casada pelo regime da comunhão universal de bens, se ausente a
autorização marital para o exercício de atividade empresarial.
Esta é nossa resposta por eliminação. O antigo código civil trazia esta previsão.
Porém, hoje não há mais cabimento para este tipo de previsão, certo? Ou seja,
não existe a distinção apontada na alternativa entre homem e mulher.

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a) O falido que, mesmo não tendo sido condenado por crime falimentar, não foi
reabilitado por sentença que extingue suas obrigações.
Incorreta. Art. 102 da Lei de Falências (Lei nº 11.101/05). Mesmo sem
ter estudado ainda o regime falimentar, é óbvio que o indivíduo falido que ainda
tem obrigações pendentes não poderá se aventurar em outra atividade
empresarial, não é mesmo?
b) O magistrado.
c) O militar da ativa.
Incorretas. Art. 36, I da Lei Orgânica da Magistratura Nacional (Lei
Complementar n.° 35/79) e o art. 29 do Estatuto dos Militares (Lei nº 6.880/80).
Logicamente, essas pessoas não podem ser empresárias.
e) Os que foram condenados pelo juízo criminal à pena de vedação do exercício
de atividade mercantil.
Incorreta. Art. 35, II da Lei do Registro Público de Empresas Mercantis
(Lei n.° 8.934/94). Obviamente que se o juiz condena o indivíduo a esse tipo
de pena, pressupomos realmente que ele estará proibido de exercer a atividade
empresária.
Gabarito13: D

14. (FGV / ISS-Cuiabá / 2014) A respeito do empresário individual, assinale


V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.
( ) O empresário individual poderá limitar sua responsabilidade pelos atos
praticados no exercício da empresa caso seja enquadrado como
microempreendedor individual.

Comentários
O item está errado. Pela teoria da empresa, o empresário individual é a pessoa
física que exerce a atividade típica de empresa. Como não há a proteção da
personalidade jurídica própria das pessoas jurídicas de direito privado (art. 44
do Código Civil-CC), o empresário individual possui responsabilidade ilimitada
e direta pelas obrigações e dívidas decorrentes do exercício de sua atividade.
Ou seja, ele irá responder com seus próprios bens pela solvência das dívidas
surgidas no exercício de sua atividade empresarial. Logo, voltando à assertiva,
ela está incorreta ao tentar limitar a responsabilidade do empresário individual,
beleza? No mais, o empresário individual pode se enquadrar como
Microempresa, Empresa de pequeno porte, e Microempreendedor Individual
(MEI). Com relação ao MEI, conforme o art. 18-A da LC 123/06, é aquele
empresário individual com receita bruta anual de até R$ 81.000,00,
podendo optar pelo Simples Nacional. O MEI é o pequeno empresário a que se
refere o art. 966, CC.
Gabarito14: Errado

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