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A Personalidade
O Tutor:
1.1. Objectivos..................................................................................................................................4
1.2. Metodologias.............................................................................................................................4
2. Personalidade............................................................................................................................5
3. Conclusão................................................................................................................................14
4. Referências bibliográficas.......................................................................................................15
1. Introdução
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1.1. Objectivos
Segundo Andrade (1997), toda pesquisa deve ter objectivos claros edefinidos, pois assim torna-se
mais fácil conduzir a investigação.
Portanto, o trabalho será norteado por 1 objectivo geral e 3 específicos que sustentam o principal.
Compreender a personalidade.
1.2. Metodologias
De acordo com Lakatos & Marconi (1986), metodologia científica é um conjunto de abordagens,
técnicas e processos utilizados pela ciência para formular e resolver problemas de aquisição
objectiva do conhecimento, de uma maneira sistemática.
Contudo, no que diz respeito as metodologias, importa referir que neste trabalho privilegiou-se a
pesquisa bibliográfica que correspondem aos documentos que nos permitiram uma confrontação
de ideias e posicionamentos teóricos adoptados por vários estudiosos em que se assenta este
estudo.
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2. Personalidade
Portanto, não há uma personalidade pronta do neonato ou do lactante, posto que a formação da
personalidade é resultado de um processo, no desenvolvimento humano, produzido nas relações
sociais que a pessoa estabelece ao longo de sua história, constituindo-se, assim, como produto
relativamente avançado do desenvolvimento histórico-cultural.
As duas teorias da personalidade mais conhecidas que enfatizam nas diferentes etapas que
moldam seu desenvolvimento são, por um lado, a teoria de Sigmund Freud e, por outro lado, a
teoria de Erik Erikson. Elas são explicadas a seguir.
Além disso, cabe destacar que, devido à experiência de algum trauma, uma fixação ou uma
regressão pode ocorrer no processo de desenvolvimento, portanto, se ocorrer uma alteração em
uma das etapas específicas, a personalidade da pessoa será determinada por isso. As etapas de
Freud são:
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i. Etapa oral (0-1 ano)
É a primeira etapa do desenvolvimento que começa no nascimento e dura até o primeiro ano de
vida das pessoas. Nesta etapa ou fase, o prazer é encontrado na boca e é obtido com atividades de
sucção, de chupar, de comer ou de morder. Normalmente é relacionada com o acto de mamar,
morder objetos, entre outros. A correta evolução dessa etapa depende das experiências agradáveis
e seguras que as crianças experimentam durante esse período (Idem, 2002).
Assim, um grande exemplo de trauma vivenciado nessa situação que pode provocar uma fixação
nessa etapa é o fato de interromper a amamentação antes do previsto ou amamentar por mais
tempo que o necessário. Os resultados de uma fixação nessa etapa podem ser vícios em tabaco,
roer as unhas, entre outros.
Essa etapa começa ao um ano e termina aos 3 anos. É caracterizada por ser a etapa na qual a fonte
de prazer é encontrada no ânus, portanto, está relacionada com atividades agradáveis do controle
dos esfíncteres (incluindo também a bexiga), como reter e/ou expulsar fezes.
Segundo Freud, nessa etapa podem surgir dois inconvenientes se a evolução adequada não for
seguida: por um lado, as crianças podem apresentar uma grande retenção de fezes, levando a
constipação e, consequentemente, desenvolver um caráter teimoso. Por outro lado, as crianças
podem se rebelar e expulsar as fezes em momentos inoportunos e, consequentemente,
desenvolver um caráter mais destrutivo.
A terceira etapa do desenvolvimento, de acordo com Freud, começa aos 3 anos e termina aos 6
anos, e a fonte de prazer é focada nos órgãos genitais (no caso da mulher, no clitóris, comparada
à etapa clitoridiana). Essa etapa está relacionada com o prazer que as crianças sentem com o
exibicionismo dos seus genitais e o interesse pelos genitais do sexo oposto e o próprio.
No início dessa etapa, as pessoas mostram um grande interesse autoerótico, mas com o passar do
tempo, o foco de interesse muda para os pais, levando em consideração o complexo de Édipo. No
entanto, chega um momento em que o complexo de Édipo entra em um estado de liquidação,
onde pequenas diferenças são encontradas entre meninos e meninas.
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iv. Etapa de latência (5-12 anos)
Essa etapa começa aos cinco anos e termina aos doze, a idade aproximada em que a puberdade
começa. Nessa etapa, os impulsos sexuais permanecem adormecidos, ou seja, há uma supressão
temporal do instinto sexual nas crianças durante esse período.
Nesse sentido, essa etapa é caracterizada por não ter uma área específica onde o prazer está
focalizado.
Em outras palavras, poderíamos dizer que se trata da sexualidade adulta e madura. Essa etapa é
caracterizada pelo surgimento, novamente, dos interesses sexuais e de satisfação, atividades
sexuais começam e a organização e a maturidade sexual são produzidos. Além disso, a identidade
sexual das pessoas é reafirmada.
Finalmente, cabe destacar que nessa etapa são desencadeados aspectos como a amabilidade,
afetuosidade, receptividade, segurança, aptidão, capacidade de compreensão e apreciação do
bem-estar dos outros, a inclinação para colaborar com outras pessoas, etc.
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Nessa idade, as crianças recebem os cuidados de seus progenitores em relação às necessidades
dos filhos, como a comida, a proteção, a atenção, entre outros, portanto, as crianças esperam
formar um vínculo com seus pais de acordo com a satisfação de suas necessidades (Idem, 2013).
O objetivo a ser alcançado nessa etapa é chegar ao ponto de equilíbrio entre a confiança e a
desconfiança, fato que permite à criança um adequado ajuste entre sua autonomia e sua vida
social. Além disso, outra conquista que deve ser obtida ao finalizar a etapa é a esperança, ou seja,
a criança deve compreender que os progenitores nem sempre estarão ao seu lado, nem sempre
poderão satisfazer todas suas necessidades, de modo que a criança deve ser capaz de ter a
esperança de sobreviver quando ninguém puder satisfazer suas necessidades.
Nessa etapa, as crianças começam a desenvolver suas capacidades de movimento e excreção, fato
que requer um aprendizado e um controle por parte dos progenitores.
No entanto, a vergonha se reflete nas crianças devido a sua maneira inexperiente de se mover ou
de controlar seus esfíncteres e também se deve, de certa forma, à liberdade que os pais
proporcionam à seus filhos, que envolve duvidar de suas capacidades, ou seja, do que os pais
consideram que os filhos podem fazer ou não.
Nessa etapa, as crianças desenvolverão suas capacidades de maneira mais autônoma do que
anteriormente.
No entanto, se os pais reagirem negativamente diante da iniciativa de seus filhos, como por
exemplo repreendê-los, provavelmente gerará um sentimento de culpa nas crianças.
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iv. Laboriosidade vs inferioridade (5-13 anos)
Durante essa etapa, as crianças continuam amadurecendo e aprendendo sobre suas ações, por qual
coisa precisam agir e experimentar. Quando não conseguem o que querem, realizando essas
ações, pode gerar um sentimento de inferioridade e frustração.
Pois o objectivo dessa etapa é que as pessoas possam alcançar um sentimento de competência que
lhes permita se sentirem capazes de agir de maneira equilibrada e realizarem o que se propõem,
sem estabelecer objetivos inatingíveis que estão fora do lugar, sem desistir ou atribuir o fracasso
à inferioridade.
Nesse conflito, é comum viver inseguranças, ter dúvidas sobre os papéis sociais, duvidar da
preferência sexual, questionar aspectos da independência e da adesão à grupos, experimentar
dúvidas ideológicas e de valores, etc.
É nessa etapa que as pessoas se relacionam com outras de uma maneira diferente, procuram
relacionamentos mais íntimos das que esperam um compromisso e reciprocidade.
Assim, o objectivo dessa etapa é conseguir receber o amor de outras pessoas, levando em
consideração o equilíbrio entre a intimidade e o isolamento, respeitando os limites que cada um
estabelece em relação à sua intimidade e a facilidade com que a compartilha.
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vii. Generatividade vs estagnação (40-60 anos)
Durante esse período, as pessoas geralmente se veem em conflito com o facto de se sentir
produtivo em seu dia a dia e se sentir estagnada e inútil. As pessoas desejam se sentirem
produtivas e que seus esforços tenham sentido, geralmente em relação a terem a responsabilidade
e o cuidado de algo ou alguém.
Por esse motivo, o objetivo dessa etapa é se preparar para a vida e envolver-se no cuidado
pessoal, de modo que é preciso buscar um equilíbrio entre a produtividade e a estagnação.
Assim, as pessoas que estão nessa etapa buscam avaliar o sentido de sua existência e aceitá-la
como foi vivida, sempre levando em consideração o equilíbrio entre a integridade das pessoas e
seu desespero.
Branden (2002), descreve que autoestima correlaciona-se com racionalidade, realismo, intuição,
criatividade, independência, flexibilidade, habilidade para lidar com mudanças, disponibilidade
para admitir e corrigir erros, benevolência e cooperação.
Branden (2002), cita 06 atitudes fundamentais as quais denominou “os seis pilares da autoestima”
que devemos desenvolver.
Branden (2002), discute que é muito importante ter consciência do que está por trás dos nossos
actos. Quanto mais elevada for a forma de consciência, que é um recurso de sobrevivência, mais
avançada será a relação com a vida. Isso nos leva à maturidade, sair do estado de nevoeiro
mental. Viver conscientemente significa querer estar ciente de tudo o que diz respeito a nossas
ações, nossos propósitos, valores e objetivos, ao máximo de nossa capacidade, qualquer que seja
ela e comportarmo-nos de acordo com aquilo que vemos e conhecemos.
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ii. A atitude da autoaceitação
Barreto (2010), comenta que autoaceitação envolve se perceber com valor próprio, poder dizer
que “tenho valor”, “que sou capaz” e poder me afirmar e de dizer não, é estar a meu favor, ser
coerente com o que sinto.
Branden (2002), refere que a atitude de autorresponsabilidade envolve: ser responsável pela
realização de meus desejos, por minhas escolhas e meus atos, pelo nível de consciência com que
trabalho e vivo meus relacionamentos, por meu comportamento com os outros, pela qualidade
das minhas comunicações, por aceitar e escolher os valores que vivo pela minha própria
felicidade e pela minha própria autoestima.
Segundo Branden (2002), esse pilar é a disposição para honrar minhas vontades, meus desejos,
necessidades e valores e tratar a mim com respeito. Sem a autoafirmação agimos como meros
expectadores e não participantes. É necessário sermos atores de nossas próprias vidas.
A autoafirmação é aceitar ser o que se é com suas qualidades e defeitos, sem precisar esconder ou
falsificar a si mesmo para poder ser aceito pelos outros. Precisamos agir sem agressividade,
prestando atenção ao contexto, nutrindo em nós a confiança e a segurança naquilo que se é, sem
medo de represálias.
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v. A atitude da Intencionalidade
Para viver de forma intencional e produtiva, segundo Branden (2002), é necessário desenvolver
dentro de nós a capacidade da autodisciplina, que é uma virtude de sobrevivência.
Essa atitude envolve os seguintes aspectos: preocupar-se em identificar os atos necessários para
alcançar os objetivos estabelecidos, monitorar o comportamento para que ele esteja em sintonia
com esses objetivos, prestar atenção aos resultados dos próprios atos, para saber se eles levam ao
que se quer chegar e estar conectado com o nosso presente, pois assim estaremos olhando para o
futuro.
Integridade é a integração dos ideais, das convicções, dos critérios, das crenças e dos
comportamentos. Integridade é a congruência dos nossos atos, dos nossos valores, compromissos
e prioridades. É ter autoconsciência e autorresponsabilidade.
É ser integro consigo mesmo, admitir nossas falhas sem culpar os outros, entender o porquê
daquilo que fazemos, reconhecer nossos erros e pedir perdão, reparar os danos causados e se
comprometer intencionalmente a agir de forma diferente.
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ii. Postura positiva
Nosso cérebro aprende algo novo toda vez que é confrontado com perguntas poderosas. Sempre
que o cérebro recebe uma pergunta desse tipo, um gatilho é disparado e ele passa a procurar
sistematicamente por uma resposta.
iii. Responsabilidade
Tornar-se responsável sobre seus atos. Perceba que todas as coisas que acontecem a você, em
sua maioria , são criações e resultados causados por você mesmo. Sempre exitstem opções e
maneiras de se resolver os assuntos.
A imaginação criativa gera estímulos sensoriais importantes que ativam seus neurotransmissores
e estes, por sua vez, agem sobre seu corpo físico. Cérebro e orgãos internos se comunicam e
compartilham informações. O resultado é uma sensação de bem estar e paz, de controle absoluto
sobre a sua vida, da certeza em que há um sentido maior para sua existência, da importância em
fazer uso dos seus talentos e elevar seu desempenho pessoal (Idem, 2008).
Os estímulos sensoriais são altamente capazes de produzir energia de engajamento para que as
nossas emoções venham à tona. Aguce seus sentidos, experimente as sensações que transformam
o seu estado e lhe mantém num fluxo de autoconfiança e felicidade.
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3. Conclusão
Terminado o trabalho, podemos concluir que a personalidade foi aqui definido não como algo
inerente ao ser humano, mas sim, como a totalidade do ser individual que é manifestada naquilo
que a pessoa sente, pensa e faz em distintas situações sociais de seu desenvolvimento. A
formação e o desenvolvimento da personalidade, portanto, ocorre a partir dos processos de
apropriação e objectivação, ela é, ao mesmo tempo, produto e condição da actividade social.
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4. Referências bibliográficas
Andrade, M. M. (1997). Como preparar trabalhos para cursos de pós-graduação. São Paulo:
Atlas
Branden, N. (2002). Autoestima e os seus seis pilares. Tradução de Vera Caputo. 7. ed. São
Paulo: Saraiva
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