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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

A Personalidade

Esmeralda Augusto Conselho - 708223867

Curso: Licenciatura em Ensino de Português


Disciplina: Habilidade de vida, Saúde reprodutiva,
Género e HIV/SIDA
Ano de Frequência: 2° ano
Turma V

O Tutor:

Tete, Setembro, 2023


Classificação

Categorias Indicadores Padrões Nota


Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
 Índice 0.5
 Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura  Discussão 0.5
organizacionais
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
Introdução  Descrição dos
1.0
objectivos
 Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
 Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 3.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e internacional
2.0
relevante na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.5
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 2.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
Índice
1. Introdução.................................................................................................................................3

1.1. Objectivos..................................................................................................................................4

1.1.1. Objectivo Geral......................................................................................................................4

1.1.2. Objectivos Específicos...........................................................................................................4

1.2. Metodologias.............................................................................................................................4

2. Personalidade............................................................................................................................5

2.1. Fases do desenvolvimento da personalidade.............................................................................5

2.1.1. Etapas do desenvolvimento da personalidade segundo Freud...............................................5

2.1.2. Etapas do desenvolvimento da personalidade segundo Erikson............................................7

2.2. Os pilares de autoestima..........................................................................................................10

2.3. Os pilares da autoconfiança....................................................................................................12

3. Conclusão................................................................................................................................14

4. Referências bibliográficas.......................................................................................................15
1. Introdução

O presente trabalho referente a cadeira de Habilidade de vida, Saúde reprodutiva, Género e


HIV/SIDA, visa debruçar sobre a Personalidade.

A noção de descoberta da personalidade, como um processo de “dentro para fora”, é encontrada,


em tempos hodiernos, em teorias largamente difundidas sobre a adolescência.

A personalidade é considerada, na perspectiva histórico-cultural, no sentido da totalidade do ser


individual que se manifesta naquilo que a pessoa sente, pensa e faz em distintas situações sociais
de seu desenvolvimento. Nesse caso, a personalidade não nasce, a personalidade se faz”.
Portanto, não há uma personalidade pronta do neonato ou do lactante, posto que a formação da
personalidade é resultado de um processo, no desenvolvimento humano, produzido nas relações
sociais que a pessoa estabelece ao longo de sua história, constituindo-se, assim, como produto
relativamente avançado do desenvolvimento histórico-cultural.

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1.1. Objectivos

Segundo Andrade (1997), toda pesquisa deve ter objectivos claros edefinidos, pois assim torna-se
mais fácil conduzir a investigação.

Portanto, o trabalho será norteado por 1 objectivo geral e 3 específicos que sustentam o principal.

1.1.1. Objectivo Geral

 Compreender a personalidade.

1.1.2. Objectivos Específicos


 Definir personalidade;
 Identificar as fases de desenvolvimento da personalidade;
 Descrever os pilares de autoestima e confiança.

1.2. Metodologias

De acordo com Lakatos & Marconi (1986), metodologia científica é um conjunto de abordagens,
técnicas e processos utilizados pela ciência para formular e resolver problemas de aquisição
objectiva do conhecimento, de uma maneira sistemática.

Contudo, no que diz respeito as metodologias, importa referir que neste trabalho privilegiou-se a
pesquisa bibliográfica que correspondem aos documentos que nos permitiram uma confrontação
de ideias e posicionamentos teóricos adoptados por vários estudiosos em que se assenta este
estudo.

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2. Personalidade

A personalidade é processo resultante da síntese de aspectos objetivos e subjetivos, produto da


atividade individual condicionada pela totalidade social, constituindo-se como autoconstrução da
individualidade graças à atividade e consciência historicamente construídas (Martins,2007, p.91).

A personalidade é considerada, na perspectiva histórico-cultural, no sentido da totalidade do ser


individual que se manifesta naquilo que a pessoa sente, pensa e faz em distintas situações sociais
de seu desenvolvimento. Nesse caso, “[...] a personalidade não nasce, a personalidade se faz”
(Leontiev, 1978, p.137).

Portanto, não há uma personalidade pronta do neonato ou do lactante, posto que a formação da
personalidade é resultado de um processo, no desenvolvimento humano, produzido nas relações
sociais que a pessoa estabelece ao longo de sua história, constituindo-se, assim, como produto
relativamente avançado do desenvolvimento histórico-cultural.

2.1. Fases do desenvolvimento da personalidade

A personalidade, portanto, é produto da atividade individual condicionada pela totalidade social.


Por meio da atividade do indivíduo pode-se compreender a gênese e o desenvolvimento da
personalidade (Martins, 2011).

As duas teorias da personalidade mais conhecidas que enfatizam nas diferentes etapas que
moldam seu desenvolvimento são, por um lado, a teoria de Sigmund Freud e, por outro lado, a
teoria de Erik Erikson. Elas são explicadas a seguir.

2.1.1. Etapas do desenvolvimento da personalidade segundo Freud

De acordo com a teoria da personalidade de Freud, o desenvolvimento da personalidade é


dividida em cinco etapas ou fases que são identificadas com as zonas erógenas, os órgãos nos
quais o prazer sexual, a energia e a libido das pessoas são focalizados (Cloninger, 2002).

Além disso, cabe destacar que, devido à experiência de algum trauma, uma fixação ou uma
regressão pode ocorrer no processo de desenvolvimento, portanto, se ocorrer uma alteração em
uma das etapas específicas, a personalidade da pessoa será determinada por isso. As etapas de
Freud são:

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i. Etapa oral (0-1 ano)

É a primeira etapa do desenvolvimento que começa no nascimento e dura até o primeiro ano de
vida das pessoas. Nesta etapa ou fase, o prazer é encontrado na boca e é obtido com atividades de
sucção, de chupar, de comer ou de morder. Normalmente é relacionada com o acto de mamar,
morder objetos, entre outros. A correta evolução dessa etapa depende das experiências agradáveis
e seguras que as crianças experimentam durante esse período (Idem, 2002).

Assim, um grande exemplo de trauma vivenciado nessa situação que pode provocar uma fixação
nessa etapa é o fato de interromper a amamentação antes do previsto ou amamentar por mais
tempo que o necessário. Os resultados de uma fixação nessa etapa podem ser vícios em tabaco,
roer as unhas, entre outros.

ii. Etapa anal (1-3 anos)

Essa etapa começa ao um ano e termina aos 3 anos. É caracterizada por ser a etapa na qual a fonte
de prazer é encontrada no ânus, portanto, está relacionada com atividades agradáveis do controle
dos esfíncteres (incluindo também a bexiga), como reter e/ou expulsar fezes.

Segundo Freud, nessa etapa podem surgir dois inconvenientes se a evolução adequada não for
seguida: por um lado, as crianças podem apresentar uma grande retenção de fezes, levando a
constipação e, consequentemente, desenvolver um caráter teimoso. Por outro lado, as crianças
podem se rebelar e expulsar as fezes em momentos inoportunos e, consequentemente,
desenvolver um caráter mais destrutivo.

iii. Etapa fálica (3-6 anos)

A terceira etapa do desenvolvimento, de acordo com Freud, começa aos 3 anos e termina aos 6
anos, e a fonte de prazer é focada nos órgãos genitais (no caso da mulher, no clitóris, comparada
à etapa clitoridiana). Essa etapa está relacionada com o prazer que as crianças sentem com o
exibicionismo dos seus genitais e o interesse pelos genitais do sexo oposto e o próprio.

No início dessa etapa, as pessoas mostram um grande interesse autoerótico, mas com o passar do
tempo, o foco de interesse muda para os pais, levando em consideração o complexo de Édipo. No
entanto, chega um momento em que o complexo de Édipo entra em um estado de liquidação,
onde pequenas diferenças são encontradas entre meninos e meninas.
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iv. Etapa de latência (5-12 anos)

Essa etapa começa aos cinco anos e termina aos doze, a idade aproximada em que a puberdade
começa. Nessa etapa, os impulsos sexuais permanecem adormecidos, ou seja, há uma supressão
temporal do instinto sexual nas crianças durante esse período.

Nesse sentido, essa etapa é caracterizada por não ter uma área específica onde o prazer está
focalizado.

v. Etapa genital (puberdade e maturidade)

Essa é a última etapa do desenvolvimento, segundo Freud, e é acompanhada por mudanças


físicas, psíquicas e emocionais próprias da idade. A zona erógena na qual o prazer é focado é
novamente os genitais, embora, neste caso, as pessoas já tenham a capacidade de expressar a
sexualidade em função do consenso e do vínculo com as outras pessoas.

Em outras palavras, poderíamos dizer que se trata da sexualidade adulta e madura. Essa etapa é
caracterizada pelo surgimento, novamente, dos interesses sexuais e de satisfação, atividades
sexuais começam e a organização e a maturidade sexual são produzidos. Além disso, a identidade
sexual das pessoas é reafirmada.

Finalmente, cabe destacar que nessa etapa são desencadeados aspectos como a amabilidade,
afetuosidade, receptividade, segurança, aptidão, capacidade de compreensão e apreciação do
bem-estar dos outros, a inclinação para colaborar com outras pessoas, etc.

2.1.2. Etapas do desenvolvimento da personalidade segundo Erikson

De acordo com a teoria da personalidade de Erik Erikson, o desenvolvimento da personalidade é


dividido em oito etapas diferentes, que vão desde o nascimento das pessoas até sua morte. Essas
etapas consistem na busca e adaptação das pessoas no ambiente e, em cada uma dessas etapas
existem conceitos opostos que entram em conflito (Seelbach,, 2013).

i. Confiança vs desconfiança (0-18 meses)

O primeiro conflito que as pessoas encontram ao nascer é aquele entre a confiança e a


desconfiança, e dura até, aproximadamente, os 18 meses.

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Nessa idade, as crianças recebem os cuidados de seus progenitores em relação às necessidades
dos filhos, como a comida, a proteção, a atenção, entre outros, portanto, as crianças esperam
formar um vínculo com seus pais de acordo com a satisfação de suas necessidades (Idem, 2013).

O objetivo a ser alcançado nessa etapa é chegar ao ponto de equilíbrio entre a confiança e a
desconfiança, fato que permite à criança um adequado ajuste entre sua autonomia e sua vida
social. Além disso, outra conquista que deve ser obtida ao finalizar a etapa é a esperança, ou seja,
a criança deve compreender que os progenitores nem sempre estarão ao seu lado, nem sempre
poderão satisfazer todas suas necessidades, de modo que a criança deve ser capaz de ter a
esperança de sobreviver quando ninguém puder satisfazer suas necessidades.

ii. Autonomia vs vergonha (18 meses-3 anos)

Nessa etapa, as crianças começam a desenvolver suas capacidades de movimento e excreção, fato
que requer um aprendizado e um controle por parte dos progenitores.

No entanto, a vergonha se reflete nas crianças devido a sua maneira inexperiente de se mover ou
de controlar seus esfíncteres e também se deve, de certa forma, à liberdade que os pais
proporcionam à seus filhos, que envolve duvidar de suas capacidades, ou seja, do que os pais
consideram que os filhos podem fazer ou não.

Neste sentido, chegarão a um equilíbrio entre a autonomia e a vergonha, o que levará a


um autocontrole e autogestão de seus próprios comportamentos.

iii. Iniciativa vs culpa (3-5 anos)

Nessa etapa, as crianças desenvolverão suas capacidades de maneira mais autônoma do que
anteriormente.

Portanto, graças ao descobrimento de suas capacidades, as crianças percebem todas as


possibilidades que estão ao seu alcance em comparação com a etapa anterior, fato que promove a
iniciativa das crianças, pois testam suas capacidades e habilidades realizando novas atividades.

No entanto, se os pais reagirem negativamente diante da iniciativa de seus filhos, como por
exemplo repreendê-los, provavelmente gerará um sentimento de culpa nas crianças.

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iv. Laboriosidade vs inferioridade (5-13 anos)

Durante essa etapa, as crianças continuam amadurecendo e aprendendo sobre suas ações, por qual
coisa precisam agir e experimentar. Quando não conseguem o que querem, realizando essas
ações, pode gerar um sentimento de inferioridade e frustração.

Pois o objectivo dessa etapa é que as pessoas possam alcançar um sentimento de competência que
lhes permita se sentirem capazes de agir de maneira equilibrada e realizarem o que se propõem,
sem estabelecer objetivos inatingíveis que estão fora do lugar, sem desistir ou atribuir o fracasso
à inferioridade.

v. Pesquisa da identidade vs difusão da identidade (13-21 anos)

O conflito que as pessoas encontram nessa etapa do desenvolvimento da personalidade é


encontrar sua identidade, ou seja, quando uma pessoa está nessa etapa, ela luta para descobrir
quem é, encontrar a si mesma e saber o que quer. Por esse motivo, durante essa etapa, as pessoas
geralmente experimentam e exploram novas opções que estão longe do que já conheciam
anteriormente.

Nesse conflito, é comum viver inseguranças, ter dúvidas sobre os papéis sociais, duvidar da
preferência sexual, questionar aspectos da independência e da adesão à grupos, experimentar
dúvidas ideológicas e de valores, etc.

vi. Intimidade vs isolamento (21-40 anos)

Nessa etapa do desenvolvimento da personalidade, as pessoas geralmente


buscam relacionamentos pessoais e estabelecer vínculos emocionais para que possam
compartilhar suas experiências, afetos, emoções e intimidade.

É nessa etapa que as pessoas se relacionam com outras de uma maneira diferente, procuram
relacionamentos mais íntimos das que esperam um compromisso e reciprocidade.

Assim, o objectivo dessa etapa é conseguir receber o amor de outras pessoas, levando em
consideração o equilíbrio entre a intimidade e o isolamento, respeitando os limites que cada um
estabelece em relação à sua intimidade e a facilidade com que a compartilha.

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vii. Generatividade vs estagnação (40-60 anos)

Durante esse período, as pessoas geralmente se veem em conflito com o facto de se sentir
produtivo em seu dia a dia e se sentir estagnada e inútil. As pessoas desejam se sentirem
produtivas e que seus esforços tenham sentido, geralmente em relação a terem a responsabilidade
e o cuidado de algo ou alguém.

Por esse motivo, o objetivo dessa etapa é se preparar para a vida e envolver-se no cuidado
pessoal, de modo que é preciso buscar um equilíbrio entre a produtividade e a estagnação.

viii. Integridade vs desespero (60-morte)

Na última etapa do desenvolvimento da personalidade, as pessoas, segundo Erikson, chegam ao


ponto em que sua produtividade começa a diminuir ou deixa de existir, portanto, devem olhar
para trás e prestar atenção às realizações das etapas anteriores.

Assim, as pessoas que estão nessa etapa buscam avaliar o sentido de sua existência e aceitá-la
como foi vivida, sempre levando em consideração o equilíbrio entre a integridade das pessoas e
seu desespero.

2.2. Os pilares de autoestima

Branden (2002), descreve que autoestima correlaciona-se com racionalidade, realismo, intuição,
criatividade, independência, flexibilidade, habilidade para lidar com mudanças, disponibilidade
para admitir e corrigir erros, benevolência e cooperação.

Branden (2002), cita 06 atitudes fundamentais as quais denominou “os seis pilares da autoestima”
que devemos desenvolver.

i. A atitude de viver conscientemente

Branden (2002), discute que é muito importante ter consciência do que está por trás dos nossos
actos. Quanto mais elevada for a forma de consciência, que é um recurso de sobrevivência, mais
avançada será a relação com a vida. Isso nos leva à maturidade, sair do estado de nevoeiro
mental. Viver conscientemente significa querer estar ciente de tudo o que diz respeito a nossas
ações, nossos propósitos, valores e objetivos, ao máximo de nossa capacidade, qualquer que seja
ela e comportarmo-nos de acordo com aquilo que vemos e conhecemos.

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ii. A atitude da autoaceitação

Barreto (2010), comenta que autoaceitação envolve se perceber com valor próprio, poder dizer
que “tenho valor”, “que sou capaz” e poder me afirmar e de dizer não, é estar a meu favor, ser
coerente com o que sinto.

Sem autoaceitação, a autoestima é impossível. Enquanto a autoestima é algo que


experimentamos, a autoaceitação é algo que fazemos: valorizo “a mim mesmo”, tratando-me com
respeito e lutando por meu direito de ser e a disposição de dizer sobre qualquer emoção ou
comportamento.

Portanto, a autoaceitação envolve a ideia de ser amigo de si mesmo, aceitando as imperfeições, os


conflitos e até mesmo a nossa grandeza.

iii. A atitude da autorresponsabilidade

Branden (2002), refere que a atitude de autorresponsabilidade envolve: ser responsável pela
realização de meus desejos, por minhas escolhas e meus atos, pelo nível de consciência com que
trabalho e vivo meus relacionamentos, por meu comportamento com os outros, pela qualidade
das minhas comunicações, por aceitar e escolher os valores que vivo pela minha própria
felicidade e pela minha própria autoestima.

iv. A atitude da autoafirmação

Segundo Branden (2002), esse pilar é a disposição para honrar minhas vontades, meus desejos,
necessidades e valores e tratar a mim com respeito. Sem a autoafirmação agimos como meros
expectadores e não participantes. É necessário sermos atores de nossas próprias vidas.

A autoafirmação é aceitar ser o que se é com suas qualidades e defeitos, sem precisar esconder ou
falsificar a si mesmo para poder ser aceito pelos outros. Precisamos agir sem agressividade,
prestando atenção ao contexto, nutrindo em nós a confiança e a segurança naquilo que se é, sem
medo de represálias.

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v. A atitude da Intencionalidade

Para viver de forma intencional e produtiva, segundo Branden (2002), é necessário desenvolver
dentro de nós a capacidade da autodisciplina, que é uma virtude de sobrevivência.

Essa atitude envolve os seguintes aspectos: preocupar-se em identificar os atos necessários para
alcançar os objetivos estabelecidos, monitorar o comportamento para que ele esteja em sintonia
com esses objetivos, prestar atenção aos resultados dos próprios atos, para saber se eles levam ao
que se quer chegar e estar conectado com o nosso presente, pois assim estaremos olhando para o
futuro.

vi. A atitude da integridade pessoal

Integridade é a integração dos ideais, das convicções, dos critérios, das crenças e dos
comportamentos. Integridade é a congruência dos nossos atos, dos nossos valores, compromissos
e prioridades. É ter autoconsciência e autorresponsabilidade.

É ser integro consigo mesmo, admitir nossas falhas sem culpar os outros, entender o porquê
daquilo que fazemos, reconhecer nossos erros e pedir perdão, reparar os danos causados e se
comprometer intencionalmente a agir de forma diferente.

2.3. Os pilares da autoconfiança

Autoconfiança é a capacidade de um indivíduo em ter certeza sobre si mesmo. Ser


autoconsciente. Sereno e tranquilo na maior parte do tempo. Quando uma pessoa adquire
autoconfiança ela passa a ter mais facilidade em acreditar que pode fazer determinada tarefa ou
participar de um evento específico (Tous, 2008).

i. Fisiologia e linguagem corporal

Fisiologia postural positiva é uma das maiores evidências da autoconfiança de um indivíduo,


onde ele se coloca ereto, com o peito em riste, um sorriso largo e agradável. Enquanto mantém
essa postura, ao conversar com alguém demonstre interesse por ele, aponte seu coração para o
coração da outra pessoa. Sempre mostre as mãos, e que elas estejam livres de qualquer objeto que
limite seus movimentos (Tous, 2008).

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ii. Postura positiva

Nosso cérebro aprende algo novo toda vez que é confrontado com perguntas poderosas. Sempre
que o cérebro recebe uma pergunta desse tipo, um gatilho é disparado e ele passa a procurar
sistematicamente por uma resposta.

Pensamento positivo, mentalizar cenários futuros e desejáveis. Repetir sistematicamente frases


fortalecedoras. Repetir sistematicamente perguntas poderosas. Manter-se no fluxo mental onde
apenas é importante o que lhe causa bem estar.

iii. Responsabilidade

Tornar-se responsável sobre seus atos. Perceba que todas as coisas que acontecem a você, em
sua maioria , são criações e resultados causados por você mesmo. Sempre exitstem opções e
maneiras de se resolver os assuntos.

iv. Estímulos sensoriais

A imaginação criativa gera estímulos sensoriais importantes que ativam seus neurotransmissores
e estes, por sua vez, agem sobre seu corpo físico. Cérebro e orgãos internos se comunicam e
compartilham informações. O resultado é uma sensação de bem estar e paz, de controle absoluto
sobre a sua vida, da certeza em que há um sentido maior para sua existência, da importância em
fazer uso dos seus talentos e elevar seu desempenho pessoal (Idem, 2008).

Os estímulos sensoriais são altamente capazes de produzir energia de engajamento para que as
nossas emoções venham à tona. Aguce seus sentidos, experimente as sensações que transformam
o seu estado e lhe mantém num fluxo de autoconfiança e felicidade.

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3. Conclusão

Terminado o trabalho, podemos concluir que a personalidade foi aqui definido não como algo
inerente ao ser humano, mas sim, como a totalidade do ser individual que é manifestada naquilo
que a pessoa sente, pensa e faz em distintas situações sociais de seu desenvolvimento. A
formação e o desenvolvimento da personalidade, portanto, ocorre a partir dos processos de
apropriação e objectivação, ela é, ao mesmo tempo, produto e condição da actividade social.

Destarte, a personalidade propriamente dita implica autoconsciência, ou seja, a capacidade do


indivíduo manter uma relação consciente com a genericidade e romper a identificação espontânea
com ele mesmo, indo além de sua particularidade. É possível que a formação da etapa da
autoconsciência ocorra a partir da apropriação das objetivações genéricas para si como a ciência,
a arte e a filosofia, por meio da qual forma-se a personalidade para si, isto é, a máxima
possiblidade do desenvolvimento da personalidade, caracterizada pelas formas de agir, pensar e
sentir conscientes e voluntárias.

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4. Referências bibliográficas

Andrade, M. M. (1997). Como preparar trabalhos para cursos de pós-graduação. São Paulo:
Atlas

Barreto, A. (2010). Manual: cuidando do cuidador-resgate da autoestima na comunidade.


Fortaleza: [s.n.].

Branden, N. (2002). Autoestima e os seus seis pilares. Tradução de Vera Caputo. 7. ed. São
Paulo: Saraiva

Cloninger, S. C. (2002). Teorías de la personalidad. 3ª Edición. Pearson: Prentice Hall.

Lakatos, E.M.; Marconi, M. (1986). Metodologia científica. São Paulo: Atlas

Leontiev, A. N. (1978). Actividad, conciencia y personalidad. Buenos Aires: Ciencias del


Hombre

Martins, L. M. (2007). A formação social da personalidade do professor. Um enfoque


vigotskiano. Campinas, SP: Autores Associados, (Coleção formação de professores)

Martins, L. M. (2011). Pedagogia histórico-crítica e psicologia histórico-cultural. In:


Marsiglia, A. C. G. (Org.). Pedagogia histórico-crítica: 30 anos. Campinas: Autores Associados.
p. 43-58. (Coleção memória da educação)

Seelbach, G. A. (2013). Teorías de la personalidad. México: red tercer milenio S.C.

Tous, J. M. (2008). Personalidad, desarrollo y conducta anormal. Papeles del Psicólogo,


29(3), 316-322.

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