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Este trabalho de pesquisa visa aprofundar o entendimento sobre a recolha e coleta de dados,
abordando seus conceitos, tipos e características essenciais. A recolha de dados refere-se ao
processo de obtenção de informações relevantes para uma pesquisa ou estudo, enquanto a coleta
de dados envolve a organização e armazenamento dessas informações de forma sistemática e
estruturada.
As características importantes da recolha e coleta de dados incluem a validade dos dados, que se
refere à precisão e relevância das informações para os objetivos da pesquisa, a confiabilidade,
relacionada à consistência e estabilidade dos dados ao longo do tempo, e a representatividade, que
diz respeito à capacidade dos dados em refletir a diversidade e complexidade do fenômeno
estudado.
Por fim, são abordadas algumas técnicas e ferramentas utilizadas na recolha e coleta de dados,
como questionários estruturados, entrevistas semiestruturadas, análise de conteúdo, software de
análise estatística e sistemas de gestão de dados.
2. Problematização....................................................................................................................... 4
3. OBJECTIVOS ......................................................................................................................... 5
4. Justificativa .............................................................................................................................. 6
5. Hipótese ................................................................................................................................... 7
6.1.Conceitos. .............................................................................................................................. 8
6.2.Dados ..................................................................................................................................... 9
8. Conclusão .............................................................................................................................. 32
9. Referencias Bibliograficas:.................................................................................................... 33
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1. Introdução
A recolha de dados refere-se ao ato de reunir informações relevantes para uma determinada
finalidade, enquanto a coleta de dados envolve a organização e armazenamento dessas informações
de forma estruturada e acessível. Ambos os processos são intrinsecamente ligados e essenciais
para a produção de conhecimento confiável e útil.
Ao longo deste trabalho, examinaremos os diferentes tipos de recolha e coleta de dados, desde a
obtenção de dados primários por meio de questionários e entrevistas até a utilização de dados
secundários provenientes de fontes diversas como bancos de dados e registros históricos.
Discutiremos também as características essenciais que os dados devem possuir, tais como
validade, confiabilidade e representatividade, para garantir sua utilidade e relevância na análise e
interpretação.
Além disso, abordaremos algumas das técnicas e ferramentas mais comuns utilizadas na recolha e
coleta de dados, destacando suas vantagens e limitações em diferentes contextos de pesquisa e
aplicação prática. Compreender profundamente esses aspectos é fundamental para pesquisadores,
profissionais e gestores, pois permite a seleção adequada de métodos e estratégias que otimizem a
obtenção de dados de alta qualidade e subsidiem decisões informadas e eficazes.
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2. Problematização
Na área da saúde pública, a recolha e coleta de dados desempenham um papel crucial na
identificação de padrões epidemiológicos, no monitoramento de doenças e na formulação de
políticas de saúde eficazes. No entanto, diversos desafios surgem nesse contexto específico. Como
garantir a integridade e confiabilidade dos dados coletados em estudos epidemiológicos,
considerando a complexidade das variáveis envolvidas e a possibilidade de vieses? Como lidar
com a representatividade dos dados, especialmente em populações diversas e em regiões com
acesso limitado a serviços de saúde e tecnologias de recolha de dados avançadas? Além disso,
como garantir a privacidade e segurança dos dados dos pacientes, especialmente em um cenário
de crescente digitalização e compartilhamento de informações de saúde? Essas questões
fundamentais destacam a necessidade de uma análise aprofundada dos conceitos, tipos e
características da recolha e coleta de dados, visando desenvolver estratégias e abordagens que
garantam a qualidade e relevância das informações para embasar políticas e práticas de saúde que
realmente atendam às necessidades das comunidades.
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3. OBJECTIVOS
3.1.Objetivo geral:
Realizar um estudo abrangente sobre métodos eficazes de recolha e coleta de dados em
pesquisa.
3.2.Objectivos Especificos:
Analisar diferentes técnicas de recolha de dados qualitativos e quantitativos, como
entrevistas, questionários, observações, entre outros.
Avaliar a eficácia e precisão dos métodos de recolha de dados na obtenção de informações
relevantes.
Avaliar a influência das novas tecnologias, como aplicativos e softwares especializados,
na eficiência e precisão da coleta de dados.
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4. Justificativa
A justificativa para este trabalho reside na importância fundamental desses métodos na prática da
saúde pública. A recolha de dados através de pesquisas, questionários, registros médicos e
observações diretas é a principal fonte de informação para monitorar indicadores de saúde,
identificar tendências epidemiológicas, avaliar fatores de risco e determinantes de saúde, e avaliar
o impacto de intervenções e políticas de saúde.
Além disso, a qualidade dos dados recolhidos influencia diretamente a confiabilidade das
conclusões e das decisões tomadas com base nessas informações. Portanto, compreender os
métodos basilares de recolha de dados em saúde pública, como a seleção adequada da amostra, a
definição de instrumentos de recolha de dados válidos e confiáveis, e a garantia da integridade e
confidencialidade dos dados, é crucial para garantir a qualidade e utilidade dos dados para os
profissionais e gestores de saúde.
Em resumo, este estudo justifica-se pela importância dos métodos basilares de recolha e coleta de
dados em saúde pública, destacando a necessidade de aprimoramento contínuo desses métodos
para garantir a qualidade e confiabilidade das informações utilizadas na promoção da saúde e no
enfrentamento de desafios em saúde pública.
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5. Hipótese
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6. Referencial Teórico
6.1.Conceitos.
Recolha de dados
De acordo com Martins (2019), A recolha de dados é o processo inicial no qual os pesquisadores
obtêm informações específicas para sua investigação. Este processo envolve identificar fontes de
dados relevantes, decidir sobre os métodos de recolha apropriados e reunir os dados necessários
para responder às perguntas de pesquisa ou objetivos do estudo. A recolha de dados pode ser
realizada através de métodos como entrevistas, questionários, observação direta, análise de
documentos, experimentação, entre outros. É importante que os dados recolhidos sejam precisos,
confiáveis e representativos da população ou fenômeno em estudo.
A coleta de dados é um processo essencial em diversas áreas, desde a pesquisa acadêmica até a
tomada de decisões em empresas. Ela visa reunir informações relevantes por meio de técnicas
específicas de pesquisa, transformando números em significados e soluções para problemas. Esses
dados são utilizados em tarefas de pesquisa, planejamento, estudo, desenvolvimento e
experimentações.
Coleta de Dados:
(Sekaran & Bougie, 2016).Esses autores explicam a recolha de dados como o processo de coletar,
medir e registrar informações sobre os objetos de estudo especificados de acordo com um plano
de pesquisa .
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6.2.Dados
Dados constituem a matéria-prima fundamental em qualquer processo de pesquisa, análise ou
tomada de decisão em diversos campos do conhecimento. Eles representam informações,
observações ou fatos coletados e registrados de acordo com um determinado contexto ou
finalidade. Essas informações podem ser de natureza quantitativa ou qualitativa e são essenciais
para gerar bases, construir conhecimento e apoiar o desenvolvimento de políticas, estratégias e
práticas.
Os dados podem assumir muitas formas e manifestações, desde números, texto, imagens, sons até
mesmo representações simbólicas ou codificadas de fenômenos do mundo real. Eles podem ser
obtidos através de diversos métodos de coleta, como questionários, entrevistas, observação direta,
experimentos controlados, sensores automáticos, registros administrativos, entre outros. Cada
método de coleta pode gerar diferentes tipos e formatos de dados, influenciados pela natureza dos
objetos de estudo, pelos objetivos da pesquisa e pelas questões de pesquisa formuladas.
É importante ressaltar que os dados por si só não possuem significado intrínseco; seu valor está na
capacidade de serem processados, analisados e interpretados para extrair conhecimentos
significativos. Além disso, os dados devem ser tratados com cuidado e ética, respeitando a
privacidade, a confidencialidade e os direitos dos participantes da pesquisa. Portanto, a coleta, o
armazenamento e o uso de dados devem ser realizados de acordo com padrões éticos e legais
estabelecidos pela comunidade científica e pelas regulamentações governamentais.
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Os dados são a base sobre a qual o conhecimento é construído, representando uma poderosa
ferramenta para explorar e compreender o mundo ao nosso redor. Seu uso eficaz e responsável é
fundamental para o avanço do conhecimento e para a tomada de decisões informadas em todos os
domínios da atividade humana.
Por outro lado, os dados secundários já existem e foram coletados por outras fontes para propósitos
diferentes dos objetivos da pesquisa. Esses dados podem incluir informações de bancos de dados,
relatórios governamentais, artigos acadêmicos, pesquisas anteriores, entre outros. Os dados
secundários são mais acessíveis e econômicos em comparação com os dados primários, pois não
requerem a realização de novas pesquisas.
A escolha entre dados primários e secundários depende dos objetivos da pesquisa, dos recursos
disponíveis e da natureza do fenômeno estudado. Os dados primários oferecem uma oportunidade
de coletar informações diretamente adaptadas às necessidades da pesquisa, enquanto os dados
secundários podem ser úteis para complementar ou expandir as análises de uma pesquisa existente.
Dados secundários:
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– Estudos feitos por terceiros
Os objetivos de pesquisa fornecem o norte para toda a jornada da pesquisa, guiando cada passo
desde a coleta até a análise dos dados. (Johnson & Christensen, 2016). Portanto, antes de qualquer
coleta de dados, é essencial definir claramente os objetivos específicos que estudo almeja alcançar,
delineando as questões de pesquisa que se buscá responder.
A seleção cuidadosa das fontes de dados é fundamental para garantir a relevância e a diversidade
das informações coletadas.Creswell (2014). Baseados nos objetivos da pesquisa, selecionam-se as
fontes primárias e secundárias que podem fornecer uma visão abrangente do fenômeno em estudo,
desde questionários e entrevistas até bancos de dados e relatórios governamentais.
Os instrumentos de coleta devem ser desenvolvidos com precisão e clareza, garantindo que as
informações obtidas sejam confiáveis e relevantes.Bryman, (2016). Assim, elaboram-se
questionários e roteiros de entrevista que reflitam os objetivos da pesquisa, sendo criteriosamente
testados e refinados antes da implementação em larga escala
Um piloto bem-sucedido dos instrumentos de coleta é crucial para identificar problemas e garantir
sua eficácia. (Neuman, 2014). Com isso em mente, conduzem-se testes preliminares com um grupo
seleto de participantes, ajustando os instrumentos conforme necessário para garantir a
compreensão e a relevância das perguntas.
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O recrutamento de uma amostra representativa é essencial para garantir a validade dos
resultados.(Bryman & Bell, 2015). Utilizando técnicas de amostragem adequadas, recrutam-se
participantes que refletem a diversidade e a heterogeneidade da população-alvo, assegurando a
representatividade dos dados coletados.
Dados precisos e completos são essenciais para uma análise robusta e conclusões
confiáveis.Bryman & Bell, 2015). Portanto, durante a coleta de dados, dedica-se atenção
meticulosa para registrar todas as informações relevantes de forma clara e precisa, garantindo a
integridade dos dados.
População
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– Quando se toma um certo número de elementos para se verificar algo sobre a população, esse
conjunto é denominado “amostra”
Amostra
A amostra é crucial porque permite que os pesquisadores extrapolem suas conclusões da amostra
para a população maior da qual ela foi extraída. Isso é feito assumindo que a amostra seja
representativa da população em termos das características relevantes para o estudo. Por exemplo,
se um pesquisador estiver estudando as preferências alimentares de uma população de estudantes
universitários, ele pode selecionar uma amostra representativa desses estudantes para entrevistar
ou pesquisar. Com base nas respostas dessa amostra, o pesquisador pode fazer inferências sobre
as preferências alimentares da população universitária em geral.
É importante notar que a qualidade das inferências feitas a partir de uma amostra depende da
maneira como ela foi selecionada. Uma amostra aleatória, na qual todos os membros da população
têm a mesma chance de serem selecionados, é geralmente considerada a melhor forma de garantir
representatividade e minimizar o viés. No entanto, em algumas situações, pode ser necessário usar
métodos de amostragem não aleatórios devido a restrições práticas ou características específicas
da população em estudo.
Além disso, o tamanho da amostra também desempenha um papel crucial na precisão das
inferências feitas a partir dela. Geralmente, uma amostra maior proporciona estimativas mais
precisas e uma maior confiança nos resultados, embora o tamanho ideal da amostra dependa de
vários fatores, incluindo o tamanho da população, a variabilidade das características em estudo e
o nível de confiança desejado.
– Ex.: população: todos os alunos da Isgecof ; amostra: os alunos presentes num determinado
dia.
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Tipos de Amostragem
Variaveis
Variáveis são características, atributos, ou propriedades que podem variar e que são passíveis de
serem mensuradas, observadas ou controladas em um estudo de pesquisa. Elas constituem os
elementos fundamentais para entender e analisar os fenômenos estudados. As variáveis podem
assumir diferentes valores e desempenhar diferentes papéis em um estudo, e são classificadas em
várias categorias com base em suas características e propriedades.
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Variáveis Qualitativas:
Também conhecidas como variáveis categóricas, são aquelas que representam características ou
atributos que podem ser categorizados em grupos ou categorias distintas. Essas variáveis não são
mensuráveis em uma escala numérica, mas sim representam diferentes qualidades ou
características. As variáveis qualitativas podem ser subdivididas em dois tipos:
Nominais: São variáveis em que os valores representam diferentes categorias sem uma ordem
específica. Exemplos incluem gênero (masculino, feminino), cor dos olhos (azul, verde, castanho),
tipo de animal de estimação (cão, gato, pássaro).
Ordinais: São variáveis em que os valores representam diferentes categorias com uma ordem
específica. No entanto, a distância entre as categorias não é mensurável. Exemplos incluem níveis
de concordância (discordo totalmente, discordo parcialmente, neutro, concordo parcialmente,
concordo totalmente), níveis de satisfação (muito insatisfeito, insatisfeito, neutro, satisfeito, muito
satisfeito).
Variáveis Quantitativas:
Também conhecidas como variáveis numéricas, são aquelas que representam quantidades ou
medidas que podem ser expressas em termos numéricos e são mensuráveis em uma escala
numérica. As variáveis quantitativas podem ser subdivididas em dois tipos:
Discretas: São variáveis que representam valores específicos e distintos, geralmente inteiros, e
não podem assumir valores intermediários. Exemplos incluem o número de filhos em uma família,
o número de carros em um estacionamento, o número de páginas em um livro.
Contínuas: São variáveis que representam uma gama infinita de valores dentro de um intervalo
específico e podem assumir valores intermediários. Exemplos incluem altura, peso, temperatura,
renda, idade.
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6.6.Tecnicas de Recolha e coleta de dados
A escolha de um método, aqui entendido no sentido mais restrito, e do instrumento que
materializará a recolha dos dados, deverá fazer parte do conjunto de objectivos do dispositivo
metodológico da investigação, pois determinam o tipo de informação que se irá obter e o uso que
dela poderemos fazer na análise de dados.
É também importante salientar que os métodos de recolha e os métodos de coleta de dados são
normalmente complementares e devem, portanto, ser escolhidos em conjunto, em função dos
objectivos e das hipóteses de trabalho. Se os inquéritos por questionário, são acompanhados por
métodos de análise quantitativa, os métodos de entrevista requerem habitualmente métodos de
análise de conteúdo, que são muitas vezes, não obrigatoriamente, qualitativos. (Quivy, 1998)
Assim, e com base na fonte acima referenciada, são apresentados de seguida alguns dos principais
métodos de recolha de dados, bem como os principais métodos de análise que lhes estão
associados.
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Administração directa - quando é o próprio inquirido que o preenche. Este último
merece pouca confiança dado que as perguntas são muitas vezes mal interpretadas
e o número de respostas é geralmente reduzido.
As perguntas utilizadas nos inquéritos podem assumir 3 formas distintas: fechadas, categorizadas
e abertas. Como se descreve em seguida, cada uma delas caracteriza-se de forma diferente e tem
associadas vantagens e desvantagens:
Fechadas
Características:
Vantagens:
Desvantagens:
Características:
Vantagens:
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Permite efectuar uma boa análise estatística;
Disponibiliza informação completa e rica.
Desvantagens:
Características:
A resposta é livre.
Vantagens:
Desvantagens:
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Principais desvantagens deste método
Entrevista
Nas suas diferentes formas, os métodos de entrevista distinguem-se pela aplicação dos processos
fundamentais de comunicação e de interacção humana. Ao contrário do inquérito por questionário,
os métodos de entrevista caracterizam-se por um contacto directo entre o investigador e os seus
interlocutores.
Esta técnica pode ser encarada sobre 3 vectores: uma conversa com um objectivo; um encontro
interpessoal que se desenrola num contexto e situação social determinados; um processo de
obtenção de informação através de uma conversa de natureza profissional. Uma entrevista tem de
ter um objectivo explícito e supõe uma escuta activa em função de um objectivo e não uma
argumentação abstracta
Directiva – tem um guião rígido para a entrevista e as perguntas possuem uma ordem
lógica;
Semi-directiva – a ordem e a forma de fazer as questões é livre, embora o entrevistador
conheça os temas sobre os quais necessita recolher informação;
Não directiva – o discurso é organizado pelo entrevistado a partir de um tema proposto e
o entrevistador só intervém para encorajar.
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As perguntas utilizadas nas entrevistas podem assumir formas distintas. Como se descreve em
seguida, cada uma delas caracteriza-se de forma diferente e tem associadas vantagens e
desvantagens:
Fechadas
Características:
Fácil formulação;
Simplifica a tarefa do entrevistado.
Vantagens:
Desvantagens:
Ineficaz.
Abertas
Características:
Sugere um tema;
Permite toda a liberdade sobre o rumo da abordagem.
Vantagens:
Desvantagens:
Características:
Directa ao objectivo.
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Vantagens:
Inequívoca;
Força o entrevistado a abandonar defesas.
Desvantagens:
Características:
Vantagens:
Desvantagens:
Características:
Centra-se no entrevistado.
Vantagens:
Desvantagens:
Características:
Modera as respostas dado que o entrevistado justifica a sua opinião com base
nos “outros”;
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Útil para práticas pouco aceites socialmente.
Vantagens:
Desvantagens:
Pouco ético
Para que a informação obtida na entrevista seja o mais fiel possível, o seu registo deve ser feito ao
longo da entrevista. Preferencialmente, a entrevista deverá ser gravada, desde que para isso haja
consentimento do entrevistado. Os limites da memória e a distorção induzida por elementos
subjectivos que se produzem durante a entrevista fazem da anotação posterior à entrevista uma má
opção.
Deve ser tido em conta que uma entrevista é uma situação criada pelo entrevistador num espaço e
num tempo. Este espaço pode influenciar a entrevista uma vez que, este pode ser calmo ou
barulhento, de lazer ou de trabalho. Do mesmo modo, o momento escolhido pode não ser o mais
apropriado pois o entrevistado pode não ter tempo disponível para responder. Assim, deve sempre
tentar-se escolher um local apropriado para o objectivo do estudo e tentar conciliar o tempo
disponível pelo entrevistado com a duração da entrevista. Para além dos factores tempo e espaço,
há outros factores que podem influenciar uma entrevista. Entre eles destacam-se a relação existente
entre o entrevistador e o entrevistado, o nível de conhecimento e a motivação do entrevistado e o
estatuto do entrevistador.
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Permite definir dimensões relevantes de atitude e avalia-las melhor;
Permite ter em conta as motivações que determinam diversos comportamentos;
Permite interpretar as expressões emitidas
A flexibilidade do método pode intimidar aqueles que não consigam trabalhar com
serenidade sem directivas técnicas precisas. Inversamente, outros podem pensar que esta
relativa flexibilidade os autoriza a conversarem de qualquer maneira com os interlocutores;
Ao contrário, por exemplo dos inquéritos por questionário, os elementos de informação e
de reflexão recolhidos pelo método de análise da entrevista não evidenciam à partida um
modo de análise em particular. Neste caso, talvez mais do que nos outros, os métodos de
recolha e de análise das informações devem ser escolhidos e concebidos conjuntamente;
O facto da flexibilidade do método poder levar a acreditar numa completa espontaneidade
do entrevistado e numa total neutralidade do investigador é também um aspecto
relativamente ao qual se deverá tomar as devidas precauções. A análise de uma entrevista,
deve incluir uma elucidação daquilo que as perguntas do investigador, a relação de troca e
o âmbito da entrevista, induzem nas formulações do interlocutor. Ou seja, a inter-
influência entre ambos pode levar à subjectividade;
Falta de motivação ou motivação excessiva por parte do entrevistado;
Possibilidade de respostas falsas conscientes e/ou inconscientes;
Depende sempre da capacidade ou incapacidade que as pessoas têm para verbalizar as suas
próprias ideias;
Dificuldades de comunicação;
Retenção de dados com medo de violação do anonimato;
Consome muito tempo e é um método relativamente difícil de se trabalhar;
Noções pré-concebidas podem influenciar o resultado das entrevistas;
Envolvem um elevado custo e exigência pessoal.
Observação directa
Os métodos de observação directa constituem os únicos métodos de investigação social que captam
os comportamentos no momento em que eles se produzem e em si mesmo, sem a mediação de um
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documento ou de um testemunho. As modalidades concretas da observação, poderão assumir
formas diferentes, consoante se adopte um método de observação participante do tipo etnológico,
ou pelo contrário, um método de observação não participante, cujos processos técnicos são muito
formalizados.
Observação assistemática: é aquela que segue os objetivos da pesquisa sem se ater a um plano
específico e rígido. Este tipo de observação é também chamado de não estruturada.
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A apreensão dos comportamento e dos acontecimentos no próprio momento em que se
produzem
A recolha de um material de análise não suscitado pelo investigador, e portanto,
relativamente espontâneo;
A autenticidade relativa dos acontecimentos em comparação com as palavras e com os
escritos;
Observador chega mais perto da perspectiva dos sujeitos;
Serve para descobrir novos aspectos de um problema;
Permite a colheita de dados em situações onde são impossíveis outras formas de
enunciação.
O investigador em ciências sociais recolhe documentos por duas razões completamente diferentes.
Ou tenciona estuda-los por si mesmos, ou espera encontrar neles informações úteis para estudar
outro objecto. Este método é particularmente adequado para a análise de fenómenos macro-sociais,
de mudanças sociais, mudança nas organizações e estudo das ideologias no sentido mais lato.
São muitas e dependem da natureza das fontes e das informações consideradas. As duas variantes
utilizadas mais frequentemente em investigação social são, por um lado, a recolha de dados
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estatísticos e, por outro, a recolha de documentos de forma textual provenientes de instituições e
de organismos públicos e privados, ou de particulares
Pesquisa documental
Documentos internos
Documentos externos
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A valorização de um importante e precioso material documental, que não pára de se
enriquecer devido ao rápido desenvolvimento das técnicas de recolha, de organização e de
transmissão dos dados
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Observação Informação rica e profunda; Aplicável em pequenos grupos;
Directa Flexibilidade; Pode provocar alterações no
Permite compreender directamente ambiente ou comportamento das
comportamentos pois o material recolhido é pessoas;
espontâneo; Torna difícil a generalização;
Autenticidade dos acontecimentos. Baseia-se na interpretação pessoal
Recolha de A economia de tempo e de dinheiro; Nem sempre é possível o acesso aos
Dados Permite evitar o recurso abusivo às sondagens documentos;
Preexistentes e aos inquéritos por questionário; Informação dispersa;
A valorização de um importante e precioso Dependência das fontes existentes,
material documental. da sua qualidade, representatividade,
e do acesso;
Risco de manipulação dos dados;
Grande quantidade de informação
recolhida
Tabela 1: Analise comparativa entre os metodos
estatística inferencial.
A estatística descritiva representa “um conjunto de técnicas que têm por finalidade descrever,
resumir, totalizar e apresentar graficamente dados de pesquisa”. (IATROS, 2007). Da mesma
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forma que a estatística descritiva, a estatística inferencial representa um conjunto de técnicas que
são utilizadas para identificar e caracterizar relações entre variáveis. Estudo mais aprofundado
sobre esses tipos de análise você terá na disciplina de Estatística Aplicada à Administração.
Análise de conteúdo
A análise de conteúdo trabalha com materiais textuais escritos, tanto textos que são resultados do
processo de pesquisa como as transcrições de entrevista e os registros das observações como textos
que foram produzidos fora do ambiente de pesquisa, como jornais, livros e documentos internos e
externos das organizações.
A análise de conteúdo é constituída de três fases: a pré- análise; a análise do material, também
chamada de descrição analítica; e o tratamento dos resultados, a inferência e a interpretação. Veja
como o pesquisador se organiza para desenvolver este tipo de análise qualitativa.
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Análise do material ou descrição analítica do conteúdo: o material é submetido a um
estudo aprofundado orientado pela pergunta de pesquisa, pelos objetivos, pelo referencial
teórico-metodológico.
Interpretação dos resultados: é a etapa em que você, apoiado nos resultados, deve
correlacionar o conteúdo do material com a base teórica referencial a fim de torná-los
significativos e válidos.
Análise de discurso
A análise de discurso tem como foco a linguagem utilizada nos textos escritos ou falados. Assim,
essa técnica pode ser utilizada tanto para análise de documentos e textos teóricos como para análise
dos depoimentos e das falas dos entrevistados. Existem mais de 57 estilos diferentes de
desenvolver a análise de discurso. No entanto, o que há em comum entre esses estilos é que todos
têm como objeto da análise o próprio discurso.
A análise de discurso é definida por Vergara (1997) como um método que pretende não somente
apreender como uma mensagem é transmitida, mas também explorar o seu sentido. A análise de
discurso avalia quem enviou a mensagem, quem recebeu a mensagem e qual o contexto em que
está inserida. Uma das condições indispensáveis para que a análise de discurso seja efetivada com
clareza é a transcrição de entrevistas e discursos na íntegra, sem cortes, correções ou interpretações
iniciais.
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7. Papel da Recolha e coleta de dados na saúde publica
A coleta e recolha de dados desempenham papéis cruciais na saúde pública, fornecendo
informações valiosas que são utilizadas para orientar políticas, programas e intervenções de saúde.
Um dos principais objetivos da coleta de dados é a vigilância epidemiológica, que envolve a coleta
contínua, análise e interpretação de dados sobre doenças e seus determinantes. Esses dados são
essenciais para identificar surtos, determinar tendências de doenças e avaliar a eficácia de
intervenções preventivas.
No entanto, a coleta de dados enfrenta desafios, como garantir a privacidade e segurança dos dados,
lidar com disparidades na qualidade e acessibilidade dos dados, e promover o uso ético e
responsável das informações coletadas. O desenvolvimento de políticas e regulamentações
adequadas é essencial para enfrentar esses desafios e promover o uso eficaz dos dados na saúde
pública.
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8. Conclusão
A coleta e recolha de dados na saúde pública são pilares essenciais para a gestão eficaz da saúde
de uma comunidade. Ao longo deste texto, exploramos como esses dados são utilizados para
monitorar doenças, avaliar indicadores de saúde, avaliar programas e políticas, impulsionar a
pesquisa e melhorar os sistemas de informação em saúde.
No entanto, é importante destacar que a coleta de dados também enfrenta desafios significativos
relacionados à privacidade, qualidade dos dados e uso ético. Portanto, é fundamental que sejam
desenvolvidas políticas e regulamentações adequadas para garantir a proteção dos dados e
promover seu uso responsável e eficaz.
Em última análise, a coleta de dados na saúde pública tem um impacto direto na qualidade de vida
e no bem-estar das comunidades. Ao utilizar dados de forma inteligente e ética, é possível tomar
decisões informadas, implementar intervenções eficazes e trabalhar na construção de sistemas de
saúde mais resilientes e adaptáveis às necessidades da população.
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9. Referencias Bibliograficas:
Martins, E. (2019). Coleta de dados: um guia completo de como fazer. Blog da Mettzer
Bryman, A. (2016). Instrumentos de Coleta de Dados: Precisão e Clareza para Informações
Confiáveis e Relevantes. Em: Métodos de Pesquisa em Ciências Sociais. São Paulo:
Editora Atlas.
Martins, J. (2019). Recolha de Dados: Processo Inicial na Pesquisa. Em: Métodos de
Pesquisa em Ciências Sociais Aplicadas. Lisboa: Editora Universitária.
Johnson, R. B., & Christensen, L. (2016). Estabelecendo Objetivos de Pesquisa. Em:
Métodos de Pesquisa em Ciências Sociais: Uma Abordagem Prática. Rio de Janeiro:
Editora Campus
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