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UNIVERSIDADE WUTIVE

LICENCIATURA EM ARQUITETURA

TÉCNICAS DE COLETA DE INFORMAÇÕES E SUA ORGANIZAÇÃO

Discente:
Brighton Emmanuel Andate
Docente:
Cristina Soda

Boane, aos 11 de Março de 2024

1
Indice

Introdução .................................................................................................................................. 3
1. Técnicas de coleta de informações e sua organização ....................................................... 4
2. Técnicas não documentais ................................................................................................. 4
2.1. Entrevista..................................................................................................................... 4
2.1.1. Tipos de entrevistas.............................................................................................. 4
2.1.2. Técnicas utilizadas na realização de entrevistas .................................................. 5
Técnicas clássicas .............................................................................................................. 5
Técnicas particulares .......................................................................................................... 6
Aspetos a ter em conta no momento da realização da entrevista ....................................... 6
Cuidados na elaboração das questões ................................................................................ 6
3. Inquérito por questionário .................................................................................................. 6
3.1. Fases de preparação e realização de um inquérito por questionário ........................... 6
3.2. Tipos de questões ........................................................................................................ 7
4. Observação ......................................................................................................................... 9
4.1. Técnica de observação .............................................................................................. 10
5. Técnicas documentais ...................................................................................................... 10
6. Pesquisa documental ........................................................................................................ 10
6.1. Características da pesquisa documental .................................................................... 11
6.2. Tipos de pesquisa documental................................................................................... 12
6.3. Fontes de informação para realizar uma investigação documental ........................... 12
6.4. Passos para realizar uma investigação documental ................................................... 12
6.5. Vantagens da pesquisa documental ........................................................................... 13
7. Análise de conteúdo ......................................................................................................... 13
7.1. Características da análise de conteúdo ...................................................................... 13
7.2. Como fazer análise de conteúdo................................................................................ 14
7.3. Formatação automática de trabalhos nas normas da ABNT ..................................... 16
8. Necessidade e finalidades de tomada de apontamentos ................................................... 16
8.1. Condições para tomada de notas e apontamentos ..................................................... 17
8.2. Tipos de apontamentos .............................................................................................. 18
Referencias Bibliograficas ....................................................................................................... 20

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Introdução

A coleta eficiente de informações e sua organização são fundamentais para o processo de


aprendizagem e estudo. Ao longo dos anos, diferentes técnicas foram desenvolvidas para ajudar
os estudantes a capturar e sistematizar o conhecimento de forma mais eficaz. A tomada de
apontamentos é uma dessas técnicas amplamente utilizadas e valorizadas. A tomada de
apontamentos é o ato de registrar informações importantes e relevantes durante a leitura, aula,
palestra ou qualquer outra fonte de conhecimento. Essa prática tem como objetivo auxiliar na
compreensão, retenção e revisão posterior do conteúdo. É uma habilidade essencial para os
estudantes, pois permite que eles capturem os pontos-chave, organizem as informações e criem
um registro personalizado do material estudado. Existem várias razões e finalidades para a
tomada de apontamentos. Primeiramente, ela ajuda a manter o foco e a atenção durante a aula
ou a leitura, pois os estudantes estão ativamente envolvidos em capturar as informações mais
relevantes. Além disso, a tomada de apontamentos auxilia no processamento e na compreensão
das informações, permitindo que os estudantes reflitam sobre o conteúdo e o organizem de
acordo com sua própria estrutura cognitiva. As condições ideais para a tomada de notas e
apontamentos podem variar de pessoa para pessoa, mas algumas diretrizes gerais podem ser
seguidas. É importante escolher um ambiente de estudo tranquilo e livre de distrações, onde
seja possível concentrar-se completamente no material. Ter os materiais necessários, como
papel e caneta, ou um dispositivo eletrônico para tomar notas digitais, também é fundamental.
Além disso, é importante desenvolver habilidades de escuta ativa e ser capaz de identificar as
informações mais relevantes e significativas. Quanto aos tipos de apontamentos, existem várias
abordagens que os estudantes podem adotar. As principais incluem a transcrição, em que se
copia literalmente o conteúdo; os esquemas, que envolvem a organização visual e hierárquica
das informações; e os resumos, que capturam as informações principais e essenciais de forma
concisa. Cada tipo possui suas próprias características e benefícios, e a escolha depende do
objetivo, das preferências pessoais e do tipo de conteúdo estudado.

Em resumo, a tomada de apontamentos é uma técnica valiosa para a coleta e organização de


informações durante o processo de aprendizagem. Ela permite que os estudantes capturem os
pontos-chave, processem as informações e criem um registro personalizado do conhecimento
adquirido. Ao escolher as condições ideais e os tipos apropriados de apontamentos, os
estudantes podem potencializar sua compreensão, retenção e revisão do conteúdo, facilitando
assim seu sucesso acadêmico.

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1. Técnicas de coleta de informações e sua organização

As técnicas de coleta de informações, selecionadas com base em um método adequado, são


empregadas para obter e processar dados relevantes sobre a realidade que está sendo
investigada. Essas técnicas desempenham um papel crucial na obtenção de informações
precisas, completas e confiáveis para embasar a pesquisa ou o estudo em questão.

- Baseados em documentos - Pesquisa documental;


escritos; -Analise de conteúdo.
Técnicas documentais - Baseados em documentos não
escritos.
- Observação;
Técnicas não documentais - Inquérito por questionamento; -
- Entrevista.

2. Técnicas não documentais

2.1. Entrevista

A entrevista é uma técnica de coleta de informações que envolve uma interação intencional e
profissional entre duas pessoas, sendo uma delas o entrevistador e a outra o entrevistado. O
objetivo principal dessa interação é obter informações relevantes e úteis sobre o entrevistado,
a fim de melhor compreender um determinado assunto ou contexto.

2.1.1. Tipos de entrevistas

I. Entrevista Estruturada: Nesse tipo de entrevista, o entrevistador segue um roteiro


pré-determinado de perguntas formuladas de maneira fixa. As perguntas são fechadas
e objetivas, com respostas pré-definidas. Esse formato permite comparações diretas
entre os entrevistados e facilita a análise quantitativa dos dados coletados.

Exemplo: Uma pesquisa de satisfação do cliente em que os entrevistadores perguntam aos


clientes sobre sua experiência de compra usando um conjunto de perguntas padronizadas.

II. Entrevista Semi-Estruturada: Nesse tipo de entrevista, o entrevistador segue um


roteiro com perguntas principais, mas também tem a flexibilidade de fazer perguntas

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adicionais para explorar tópicos em maior profundidade. Há um equilíbrio entre
perguntas fechadas e abertas, permitindo uma análise mais rica dos dados.

Exemplo: Uma entrevista com um especialista em marketing para discutir estratégias de


publicidade, onde o entrevistador segue um roteiro, mas também faz perguntas adicionais
para obter insights mais detalhados.

III. Entrevista Não-Estruturada: Nesse tipo de entrevista, não há um roteiro fixo de


perguntas. O entrevistador tem liberdade para explorar diferentes tópicos e seguir o
fluxo da conversa. As perguntas são abertas e permitem respostas mais amplas e
espontâneas, possibilitando a descoberta de informações inesperadas.

Exemplo: Uma entrevista com um empreendedor para discutir sua jornada e experiência na
criação de um negócio, onde o entrevistador não tem um conjunto específico de perguntas e
permite que a conversa flua naturalmente.

IV. Entrevista Exploratória: Esse tipo de entrevista é usado para obter informações
preliminares e explorar um tópico em detalhes. O entrevistador tem liberdade para fazer
perguntas abertas e seguir tangentes para obter uma compreensão mais abrangente do
assunto. Não há um roteiro estruturado, mas o objetivo é obter insights e ideias iniciais.

Exemplo: Uma entrevista com especialistas em inteligência artificial para entender as


implicações éticas dessa tecnologia emergente, onde o entrevistador faz perguntas amplas para
explorar diferentes perspectivas.

V. Entrevista em Grupo: Nesse tipo de entrevista, várias pessoas são entrevistadas ao


mesmo tempo, criando uma dinâmica de grupo. O objetivo é obter diferentes pontos de
vista e promover a interação entre os participantes. O entrevistador pode fornecer
tópicos para discussão ou fazer perguntas específicas para os membros do grupo.
Exemplo: Uma entrevista em grupo com um painel de especialistas para discutir os desafios da
sustentabilidade ambiental, onde cada participante compartilha suas opiniões e ideias.

2.1.2. Técnicas utilizadas na realização de entrevistas


Técnicas clássicas

➢ Utilização de expressões breves; Técnica do espelho ou de eco;


➢ Realização de sínteses parciais / reformulações de uma parte do discurso;
➢ Formulação de pedidos neutros de informação adicional;
➢ Repetição do tema.

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Técnicas particulares

➢ Utilizadas em função de uma escolha deliberada do entrevistador.

Aspetos a ter em conta no momento da realização da entrevista

➢ Ambiente da entrevista;
➢ O entrevistador nunca deve dar a impressão que a entrevista constitui uma forma de
➢ interrogatório ou exame;
➢ O entrevistador não deve manipular, nem dirigir as respostas do entrevistado;
➢ O entrevistador deve ganhar a confiança do entrevistado;
➢ O entrevistador deve demonstrar compreensão e estabelecer empatia com o
➢ entrevistado;
➢ O entrevistador não deve fazer juízos de valor.

Cuidados na elaboração das questões

➢ Colocar duas questões numa;


➢ Introduzir uma assunção antes;
➢ Incluir linguagem técnica ou palavras complexas;
➢ Liderar;
➢ Incluir duplas negativas;
➢ Ser generalista.

3. Inquérito por questionário

Um inquérito por questionário é uma técnica de coleta de informações em que um conjunto


pré-determinado de perguntas é apresentado à população ou a uma amostra representativa do
grupo que se pretende estudar. Esse método utiliza processos de coleta de dados sistemáticos,
com o objetivo de obter respostas para um problema específico.

3.1. Fases de preparação e realização de um inquérito por questionário

1) A formulação do problema;
2) A definição dos objetivos e da informação necessária;
3) A realização da revisão bibliográfica;

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4) A formulação de hipóteses;
5) A identificação das variáveis e indicadores;
6) A especificação do meio de administração;
7) A validação do conteúdo;
8) A definição da amostra;
9) A construção do questionário (número tipo, redação e ordem das perguntas, instruções
e apresentação gráfica);
10) A aplicação do pré teste e corrigir eventuais defeitos;
11) A elaboração do questionário definitivo;
12) A passagem do questionário.

3.2. Tipos de questões

Existem diferentes tipos de questões que podem ser utilizadas em um questionário, e a escolha
do tipo de questão depende do objetivo da pesquisa, das características da população em estudo
e do método escolhido para divulgar os resultados. Cada tipo de questão tem suas vantagens e
desvantagens em relação às respostas obtidas.

Questões de resposta aberta


Permitem liberdade de expressão ao individuo
Ex.: Pensa que a prática desportiva é importante na educação dos jovens?
Vantagens Desvantagens
✓ Informação mais rica e detalhada; ✓ Dificuldade na análise;
✓ Por vezes são fornecidas informações ✓ As respostas podem conduzir a uma
✓ “inesperadas”; fuga ao tema.
✓ Evita o enviesamento por resposta
pré-estabelecidas.

Questões de resposta semiaberta


Conjuga questões abertas e questões fechadas
Vantagens Desvantagens
✓ Facilidade e rapidez no apuramento dos ✓ Praticamente não as tem.
✓ dados;
✓ Informação suficiente, dado que é
✓ apresentada a justificação da resposta.

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Questões de resposta fechada
O inquirido apenas selecciona a opção (de entre as apresentadas), que mais se adequa à
sua opinião
Vantagens Desvantagens
✓ Útil para a obtenção de informação e ✓ Possibilidade de existirem questões que
✓ opiniões relativamente simples; sugerem resposta específica, exprimem
✓ Permite obter o mesmo tipo de expectativas e excluem a variedade de
informação respostas;
✓ de um grande número de pessoas. ✓ Redação da questão pode afetar a resposta;
✓ Possibilidade de incoerências nas
respostas sobre o mesmo tema;
✓ Incoerência suscitada pelo desejo do
inquérito de dar uma imagem racional de
si próprio;
✓ Não e adequado para obter opiniões
aprofundadas, identificar problema ou
soluções.

Como já referido, há diversos tipos de questões passíveis de serem utilizadas em questionário,


no entanto estas terão de ser alvo de uma construção cuidadosa e até mesmo de uma avaliação
prévia. Assim sendo, uma boa questão:

➢ Uma boa questão não deve influenciar as respostas dos entrevistados, garantindo que
eles possam expressar suas opiniões de forma imparcial.
➢ Nas perguntas fechadas, a questão deve ser formulada de maneira clara e precisa,
garantindo que as opções de resposta disponíveis abranjam todas as possibilidades
relevantes.
➢ A redação da questão deve ser compreensível e adequada ao público-alvo, levando em
consideração seu nível de conhecimento e vocabulário.
➢ A questão não deve conter preconceitos ou juízos de valor que possam influenciar as
respostas dos entrevistados.
➢ É importante evitar questões que possam ser indiscretas, constrangedoras ou que
possam atingir as susceptibilidades dos entrevistados.

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➢ A questão deve ser objetiva e estar alinhada com o propósito do questionário,
garantindo que obtenha informações relevantes para a pesquisa.
➢ É preferível evitar questões que exijam grandes raciocínios ou reflexões complexas,
para facilitar a resposta dos entrevistados.
➢ É recomendado evitar perguntas que apresentem muitas ideias diferentes, sejam
persuasivas ou vagas, para que os entrevistados possam entender claramente o que está
sendo perguntado.

Essas diretrizes ajudam a construir questões adequadas que maximizam a qualidade e a


utilidade dos dados coletados por meio do questionário.

4. Observação

A observação é uma técnica fundamental na investigação cientifica, uma vez que o contacto
direto pode mostrar características do objeto impossíveis de descobrir quando utilizadas outras
técnicas. Deste modo, a compreensão dos comportamentos e das práticas sociais só é possível
a partir da sua observação minuciosa e sistemática.

Observação
Vantagens Limites e problemas
✓ Apreensão dos comportamentos e ✓ A presença do investigador pode
acontecimentos no próprio momento provocar alterações no
em que se produzem;  Permitir comportamento dos observados,
recolher dados no momento em que destruindo a espontaneidade dos
estão a acontecer, sem criar situações mesmos e produzindo resultados
artificiais; pouco confiáveis;
✓ Avaliar alguns aspectos para os quais ✓ Problema do registo. O investigador
não há outras técnicas;  Ser fácil de não pode confiar unicamente na sua
aplicar. memória. Nem sempre é possível
tomar notas e a solução é transcrever
os comportamentos observados
imediatamente após a observação;
✓ Interpretação das observações. As
grelhas formalizadas facilitam a
interpretação, mas podem ser

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artificiais perante a riqueza dos
processos observados;
✓ Exige muito tempo.

4.1. Técnica de observação

Técnica de observação participante: Na observação participante, o pesquisador se envolve


ativamente no grupo ou contexto que está sendo estudado. O pesquisador se torna um membro
participante do grupo, interagindo com os participantes, vivenciando suas experiências e
observando os acontecimentos de dentro. Essa técnica permite ao pesquisador obter uma
compreensão mais profunda dos fenômenos estudados, capturando perspectivas internas e
nuances do grupo. No entanto, a observação participante pode exigir um investimento de tempo
significativo e pode apresentar desafios éticos e subjetividade do pesquisador.

Técnica de observação não participante: Na observação não participante, o pesquisador


observa o grupo ou contexto sem se envolver diretamente nas atividades ou interações. O
pesquisador pode observar de forma discreta, sem interferir ou influenciar o comportamento
dos participantes. Essa técnica permite ao pesquisador obter uma visão mais objetiva e
imparcial dos fenômenos estudados. A observação não participante é útil quando o objetivo é
capturar comportamentos naturais e contextos sem a influência do pesquisador. No entanto,
pode haver limitações na obtenção de informações detalhadas sobre as perspectivas internas
dos participantes.

5. Técnicas documentais

As técnicas documentais são métodos de pesquisa que envolvem a utilização e análise de


documentos como fonte de informação. Existem dois tipos principais de técnicas documentais,
pesquisa documental e análise de conteúdo.

6. Pesquisa documental

A pesquisa documental é uma técnica de pesquisa qualitativa responsável por coletar e


selecionar informações através da leitura de documentos, livros, revistas, gravações, filmes,
jornais, bibliografias, etc. Em comparação com outros métodos, a pesquisa documental não é

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tão popular, pois a estatística e a quantificação são consideradas formas mais seguras de
analisar os dados.

Esse tipo de pesquisa costuma estar associado à pesquisa histórica, de modo que os
pesquisadores perdem a confiança devido à falta de clareza. No entanto, a história dá sentido
ao passado e ao presente.

6.1.Características da pesquisa documental

Entre as características mais importantes da pesquisa documental estão as seguintes:

➢ Uso de fontes documentais: a pesquisa documental baseia-se principalmente na


análise e interpretação de fontes documentais. Essas fontes podem incluir livros, artigos
científicos, relatórios governamentais, documentos de arquivo, registros históricos,
periódicos, teses, entre outros materiais impressos ou digitais.
➢ Não envolve interação direta com participantes: Ao contrário de métodos de
pesquisa como entrevistas ou questionários, a pesquisa documental não requer
interação direta com participantes. O pesquisador coleta e analisa informações a partir
de documentos existentes.
➢ Ênfase na revisão bibliográfica: A revisão bibliográfica é uma parte essencial da
pesquisa documental. Ela envolve a busca, seleção e análise crítica da literatura
existente sobre o tema de estudo. A revisão bibliográfica ajuda a contextualizar o
problema de pesquisa, identificar lacunas de conhecimento e fundamentar teoricamente
o estudo.
➢ Utilização de técnicas de pesquisa qualitativa e quantitativa: A pesquisa
documental pode envolver tanto técnicas qualitativas quanto quantitativas, dependendo
do objetivo do estudo. Por exemplo, a análise de conteúdo é uma técnica qualitativa
comumente utilizada na pesquisa documental, enquanto a análise estatística de dados é
uma técnica quantitativa.
➢ Flexibilidade e facilidade de acesso às fontes: A pesquisa documental oferece
flexibilidade em termos de acesso às fontes. Com a digitalização de muitos materiais,
tornou-se mais fácil e conveniente acessar documentos de diferentes lugares e períodos
históricos. Além disso, as fontes documentais podem ser consultadas em diferentes
momentos, permitindo uma análise aprofundada e uma visão mais abrangente do
problema de pesquisa.

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6.2.Tipos de pesquisa documental

Os tipos de pesquisa documental que existem são:

Exploratório: Esse tipo de investigação exploratória é responsável por provar que algo está
certo ou errado. Além disso, encontrar soluções e alternativas após avaliar as informações
investigadas.

Informativo: É responsável por mostrar informações relevantes sobre um tópico específico


que vem de diferentes fontes.

6.3. Fontes de informação para realizar uma investigação documental

A pesquisa é realizada graças às informações obtidas das seguintes fontes de informação:

➢ Documentação impressa: os materiais impressos podem ser livros, jornais, diretórios,


teses, projetos de pesquisa, impressões de arquivos estatísticos, etc.
➢ Eletrônica: são todos os materiais que podem ser encontrados na internet, como livros,
revistas especializadas ou artigos publicados em formato digital.
➢ Gráfica: esses materiais são aqueles que fornecem informações, como mapas, planos,
fotografias, etc.
➢ Audiovisual: são vídeos e áudios que contêm informações sobre entrevistas,
apresentações, conferências, etc.

6.4. Passos para realizar uma investigação documental

A metodologia usada para conduzir uma investigação documental é a seguinte:

➢ Seleção de material: ao realizar uma investigação documental é importante fazer uma


extensa coleção de material que pode ser útil para o processo.
➢ Revisão do material: nesta etapa, o pesquisador classifica o material e separa aqueles
que são pouco necessários daqueles que são importantes para o assunto.
➢ Organização: o pesquisador compara o material selecionado e obtém informações
textuais para fazer citações e referências, a fim de sustentar teorias e interpretações.
➢ Análise dos dados: O pesquisador analisa as informações e elabora um documento que
reflete sua opinião e interpretação sobre o fenômeno do estudo.
➢ Conclusões: O pesquisador fecha a questão especificando os pontos que ele queria
demonstrar.

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6.5. Vantagens da pesquisa documental

Entre as vantagens mais importantes da pesquisa documental estão:

➢ Permite que você economize recursos, como tempo e dinheiro;


➢ Aumenta o conhecimento e a capacidade de memorizar;
➢ É fácil coletar as informações necessárias;
➢ Permite organizar e distribuir ideias;
➢ É possível criar um banco de dados onde as fontes de informação são coletadas;
➢ É possível verificar as conclusões obtidas na investigação.

7. Análise de conteúdo

A análise de conteúdo é um método para analisar os dados de uma pesquisa qualitativa. Ou


seja: é um método para analisar dados que descrevem e ilustram a realidade, mas que não
podem ser quantificados.

No livro Análise de Conteúdo, Bardin apresenta o conceito de análise de conteúdo da seguinte


forma: “É um conjunto de técnicas de análise das comunicações, que emprega procedimento
sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens”.

7.1. Características da análise de conteúdo

As principais características da análise de conteúdo são:

➢ Tem o intuito de buscar o verdadeiro sentido de uma mensagem;

➢ Compara as mensagens considerando receptores diferentes ou situações diferentes que


envolvam os mesmos receptores;

➢ Orienta-se a partir de mensagens padronizadas;

➢ Tem a finalidade de encontrar uma descrição objetiva, sistemática e qualitativa.

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7.2. Como fazer análise de conteúdo

1. Pré-exploração do material

Na primeira etapa, você deve ler e organizar todo material de dados. É a etapa que você começa
a compreender as ideias principais e organizá-las.

Bordin identificou três atividades para essa fase de organização:

➢ Fazer leituras flutuantes – que é o primeiro contato com os documentos da coleta de


dados

➢ Constituir um corpus – que é uma coleção completa de todas as informações sobre o


tema

➢ Formular hipóteses de conteúdo – aqui você pode sugerir explicações e argumentos

Além disso, ao organizar todos os documentos, você deve tomar cuidado em cumprir os
seguintes princípios:

➢ Princípio da exaustividade: para não deixar nenhum documento de fora

➢ Representatividade: possibilidade de compreender todas as situações e hipóteses


possíveis (generalização)

➢ Adequação: é importante cumprir o objetivo e servir para responder ao problema de


pesquisa

2. Exploração do material

Na segunda etapa, você deve selecionar as unidades de análise. Isso significa escolher, dentre
todo material, palavras, frases, parágrafos ou temas que interessam para a pesquisa.Nesse
ponto, você também deve considerar qualquer acontecimento, objeto e personagens que podem
influenciar na análise. Esse processo se chama codificação.

Além do mais, deve-se classificar os elementos constitutivos de um conjunto de diferenciação.


Ou seja: deve-se olhar para as unidades de registro e transformá-las em categorias. Isso
significa agrupar unidades de registro que tenham características semelhantes. Deve-se definir
as categorias com objetividade e consistência.

Esse agrupamento pode ser feito de quatro formas diferentes:

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➢ Semântico – a partir dos significados dos códigos;

➢ Sintático – a partir da organização da estrutura da frase;

➢ Léxico – referente à posição das palavras;

➢ Expressivo – através do que a pessoa que emitiu a mensagem quis dizer.

3. Tratamento e interpretação

Chegou a hora de fazer um esforço para realmente compreender o material de coleta de dados
com profundidade. E, para isso, é necessário chegar em algumas conclusões.

Isso não significa criar uma suposição aleatória. Mas buscar embasamento em teorias e na
realidade dos fatos concretos, a partir de quem produziu a mensagem e de quem recebeu.

Então, para fazer a interpretação, é necessário considerar as seguintes variáveis:

➢ Variável de inferência;

➢ O material de análise;

➢ A data;

➢ Descrição da interpretação.

A inferência deve identificar algumas características da mensagem. Esse procedimento


acontece da seguinte maneira:

➢ Quem? (A fonte da mensagem – quem emitiu)

➢ Por que?

➢ O quê? (a mensagem propriamente dita)

➢ Com que efeito? (processo de decodificação)

➢ Para quem? (receptor)

As principais estratégias de análise e de interpretação são:

➢ Emparelhamento: referente à comparação dos dados;

➢ Análise história: como o fenômeno se comportou ao longo do tempo – o que mudou? o


que permaneceu igual?

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➢ Construção de uma explicação: explicação das unidades de sentido.

7.3.Formatação automática de trabalhos nas normas da ABNT

Você só não pode esquecer que, independentemente do tipo de trabalho acadêmico – seja um
TCC, uma monografia, um artigo, uma dissertação até uma tese de doutorado, não se deve
deixar de formatar o seu trabalho nas normas científicas.

8. Necessidade e finalidades de tomada de apontamentos

A tomada de apontamentos é uma prática essencial em diversas situações, como reuniões,


palestras, aulas e leituras. Ela tem a finalidade de registrar e organizar informações importantes
para referência futura. Aqui estão algumas necessidades e finalidades comuns da tomada de
apontamentos:

1. Compreensão e retenção de informações: Ao tomar notas durante uma aula ou uma


apresentação, você se concentra ativamente no conteúdo e nas ideias principais. Isso
ajuda a melhorar sua compreensão e retenção das informações, pois você está
processando o material e registrando os pontos-chave.
2. Registro de informações importantes: A tomada de apontamentos permite que você
capture detalhes relevantes, como conceitos-chave, exemplos, dados estatísticos,
citações e referências. Isso ajuda a criar um registro confiável do conteúdo apresentado,
que pode ser útil para revisões futuras ou para compartilhar as informações com outras
pessoas.
3. Organização e estruturação do conhecimento: Ao fazer anotações, você está
organizando e estruturando o conhecimento de forma coerente. Isso pode envolver a
criação de esquemas, tópicos, diagramas ou mapas mentais, que ajudam a relacionar
conceitos e estabelecer conexões entre as informações.
4. Destacar pontos-chave e ênfases: Através da tomada de apontamentos, você pode
identificar os pontos mais importantes e as ênfases feitas pelo palestrante, professor ou
autor. Isso permite que você se concentre nas informações essenciais e tenha uma visão
clara dos principais conceitos abordados.
5. Elaboração de perguntas e reflexões: Durante a tomada de apontamentos, você pode
registrar perguntas, dúvidas ou reflexões que surgem em sua mente. Isso estimula o

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pensamento crítico e aprofunda seu engajamento com o material, além de fornecer
pontos de partida para discussões posteriores ou trabalhos acadêmicos.
6. Acompanhamento do progresso e monitoramento do aprendizado: Ao revisar suas
anotações ao longo do tempo, você pode acompanhar seu progresso e monitorar seu
aprendizado. Isso ajuda a identificar lacunas de conhecimento, revisar conceitos e
fortalecer sua compreensão em áreas específicas.

A tomada de apontamentos é uma habilidade valiosa que contribui para o aprendizado efetivo,
a organização do conhecimento e a referência futura. Ela ajuda a extrair o máximo de
informações de uma situação e a criar um registro pessoal que pode ser utilizado de forma
proveitosa no futuro.

8.1. Condições para tomada de notas e apontamentos

Para a tomada de notas e apontamentos eficazes em diferentes situações, aqui estão algumas
condições gerais que podem ajudar:

1. Esteja presente e concentrado: Certifique-se de estar presente mentalmente e


fisicamente na situação em questão. Desligue ou minimize as distrações, como
telefones celulares ou notificações, e concentre sua atenção no conteúdo que está sendo
apresentado.
2. Utilize um método de registro adequado: Escolha um método de registro de notas
que funcione melhor para você. Isso pode incluir anotações manuscritas em um
caderno, uso de um dispositivo eletrônico para tomar notas digitais ou até mesmo
gravação de áudio, se permitido. Escolha o método que melhor se adapta ao seu estilo
de aprendizagem e preferências.
3. Venha preparado: Se possível, revise qualquer material ou informação relevante antes
da reunião, palestra, aula ou leitura. Ter algum conhecimento prévio sobre o assunto
ajudará você a acompanhar melhor o conteúdo e identificar os pontos-chave para
anotação.
4. Esteja atento aos pontos principais: Durante a apresentação ou leitura, identifique os
pontos principais e as informações-chave. Preste atenção especial a conceitos,
exemplos, argumentos, conclusões e outras informações relevantes. Tente capturar
esses pontos principais em suas anotações de forma clara e concisa.

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5. Seletividade e síntese: Seja seletivo ao tomar notas e evite a tentação de registrar tudo.
Concentre-se em anotar apenas as informações essenciais e organize-as de forma
coerente. Utilize técnicas como abreviações, palavras-chave, tópicos e subtópicos para
sintetizar as informações e facilitar a compreensão ao revisar as anotações
posteriormente.
6. Utilize símbolos e marcadores: Use símbolos, setas, marcadores e outras formas de
destaque para enfatizar pontos importantes, fazer conexões ou sinalizar informações
adicionais. Isso ajudará a tornar suas anotações mais visualmente organizadas e
compreensíveis.
7. Seja claro e organizado: Mantenha suas anotações claras e organizadas. Utilize
espaços em branco para separar diferentes tópicos, utilize cabeçalhos e subtítulos para
estruturar suas anotações e use uma linguagem clara e concisa. Isso facilitará a revisão
e a localização de informações específicas posteriormente.
8. Revise e complemente suas anotações: Após a reunião, palestra, aula ou leitura,
reserve um tempo para revisar suas anotações. Preencha quaisquer lacunas que possam
ter ficado durante a tomada de notas e adicione informações adicionais, se necessário.
Isso ajudará a consolidar o conhecimento e a melhorar a qualidade das suas anotações.

A prática regular da tomada de notas também ajudará a aprimorar suas habilidades ao longo do
tempo.

8.2. Tipos de apontamentos

Existem três tipos comuns de apontamentos ou técnicas de estudo: transcrição, esquemas e


resumo. Cada um desses tipos de apontamentos tem suas próprias características e finalidades
específicas.

1. Transcrição: A transcrição envolve copiar literalmente informações de uma fonte,


como um livro, uma palestra ou um vídeo. É uma técnica detalhada que visa registrar
todas as informações importantes. A transcrição pode ser útil quando é necessário
capturar todos os detalhes ou quando você precisa estudar informações complexas e
específicas. No entanto, pode ser demorada e não é a técnica mais eficiente para
revisões rápidas.

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2. Esquemas: Esquemas envolvem a organização das informações de forma visual e
hierárquica. É uma técnica que utiliza diagramas, gráficos, setas e palavras-chave para
representar a estrutura e as relações entre os conceitos. Os esquemas são úteis para
visualizar a conexão entre as ideias principais, destacar os pontos-chave e simplificar
informações complexas. Essa técnica é particularmente eficaz para estudar e revisar
tópicos amplos e complexos.

3. Resumo: O resumo envolve a captura das informações principais e essenciais de um


texto ou de uma palestra de forma concisa. É uma técnica de simplificação, na qual
você destila o conteúdo em suas ideias centrais, removendo detalhes menos relevantes.
Os resumos são úteis para revisões rápidas, pois fornecem uma visão geral do material
de estudo de forma sucinta. No entanto, é importante garantir que o resumo contenha
informações precisas e relevantes.

É importante lembrar que cada pessoa tem preferências e estilos de aprendizagem diferentes.
O tipo de apontamento que funciona melhor para você pode depender do tipo de informação,
do seu estilo de estudo e de suas preferências pessoais.

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Referencias Bibliograficas

https://www.questionpro.com/blog/pt-br/pesquisa-documental/
https://blog.mettzer.com/analise-conteudo/
https://fenix.isutc.ac.mz/isutc/downloadFile/849230998537040/Tomada_notas_Baule.pdf
SERAFINI, Maria Teresa. Como se faz um trabalho escolar, 4ª Edição. Ed. Presença

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