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5º grupo

Bento Júnior

Castigo Afonso

Catarina Belito

Cátia Guio

David Tembe

Edna Manjate

Gelcia Marina

Shelcia Karina

Simão Chinosa

Tendai Mupingo

Estudo de caso

Licenciatura em Ensino de Biologia

Universidade Púngue

Chimoio

2022
Bento Júnior

Castigo Afonso

Catarina Belito

Cátia Guio

David Tembe

Edna Manjate

Gelcia Marina

Shelcia Karina

Simão Chinosa

Tendai Mupingo

Estudo de caso

Trabalho a ser apresentado no Departamento de Ciências


Agrárias e Biológicas (CAB) na cadeira de Auditoria e
requisitos de qualidade , para a obtenção de grau de
licenciatura em ensino de Biologia, orientado pelas
docentes MSc Sara Tajú e MSc Nielete Amado.

Universidade Púngue

Chimoio

2022
Índice
1. Introdução..................................................................................................................4

1.1. Objectivos...........................................................................................................4

1.1.1. Geral............................................................................................................4

1.1.2. Especificos...................................................................................................4

1.2. Metodologia........................................................................................................4

2. Estudo de caso............................................................................................................5

2.1. Conceito..............................................................................................................5

2.2. Quando usar o método de Estudo de Caso.........................................................5

2.3. Como usar o método de Estudo de Caso............................................................5

2.3.1. Delineamento da Pesquisa...........................................................................6

2.3.2. Desenho da pesquisa....................................................................................6

2.3.3. Preparação e colecta dos Dados..................................................................6

2.3.4. Análise dos casos e Elaboração dos Relatórios...........................................6

3. Relatório de Laboratório de química clássica............................................................7

4. Relatório de Auditoria no funcionamento do laboratório de edificações..................8

5. Relatório de S.L Análises Clínicas LTDA-ME e LAB MED, ANÁLISES


CLÍNICAS EIRELI;........................................................................................................16

6. Conclusão.................................................................................................................19

Bibliografia......................................................................................................................20
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1. Introdução
O estudo de caso é um método de pesquisa que utiliza, geralmente, dados qualitativos,
colectados a partir de eventos reais, com o objectivo de explicar, explorar ou descrever
fenómenos atuais inseridos em seu próprio contexto. Trata-se de um método de pesquisa
amplo sobre um assunto específico, permitindo aprofundar o conhecimento sobre ele e,
assim, oferecer subsídios para novas investigações sobre a mesma temática.

No trabalho em epígrafe irá se falar fundamentalmente da metodologia do estudo de


caso, aboradando especificamente sobre como e quando se pode usar este metodo de
pesquisa.

Visto que a matéria é vasta tentou-se fazer uma síntese daquilo que achou-se relevante
para o trabalho, deixando-se uma previa observação de que na tentativa de resumir
podem ter sido deixados certos pontos.

1.1. Objectivos

1.1.1. Geral
 Compreender a metodologia de estudo de caso.

1.1.2. Especificos
 Definir o conceito de estudo de caso;
 Mencionar as fases que compreendem um estudo de caso;
 Analisar relatórios e realizar estudo de caso.

1.2. Metodologia
A concretização do presente trabalho compreendeu duas fases, tendo sido a primeira de
pesquisa bibliográfica acerca do conteúdo “estudo de caso” e a segunda de análise e
realização do estudo de caso em relatórios publicados.
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2. Estudo de caso

2.1. Conceito
O estudo de caso é um método de pesquisa que utiliza, geralmente, dados qualitativos,
colectados a partir de eventos reais, com o objectivo de explicar, explorar ou descrever
fenómenos atuais inseridos em seu próprio contexto. Caracteriza-se por ser um estudo
detalhado e exaustivo de poucos, ou mesmo de um único objecto, fornecendo
conhecimentos profundos (EISENHARDT, 1989; YIN, 2009).

2.2. Quando usar o método de Estudo de Caso


A escolha do método adequado para desenvolvimento de uma pesquisa depende do
objectivo e, consequentemente, das questões que o pesquisador quer responder. GIL
(1994) classifica a pesquisa, quanto ao objectivo, em três categorias básicas:
exploratória, explicativa e descritiva. Pesquisas exploratórias visam compreender um
fenómeno ainda pouco estudado ou aspectos específicos de uma teoria ampla. Pesquisas
explicativas, identificar os factores que determinam ou contribuem para a ocorrência
dos fenómenos, explicando suas causas. E, finalmente, a descritiva, descrever
determinada população ou fenómeno.

Embora estudos de casos sejam aplicados, de forma geral, em pesquisas exploratórias e


explicativas, também podem ser usados em pesquisas descritivas. ELLRAM (1996)
acrescenta, ainda, a possibilidade de utilizar estudos de casos para, analisando
ocorrências passadas em casos similares, realizar previsões. A seguir serão descritas as
etapas e as actividades necessárias – para realizar uma pesquisa utilizando a
metodologia.

2.3. Como usar o método de Estudo de Caso


Para desenvolver uma pesquisa utilizando o método do estudo de caso é preciso cumprir
cinco etapas: delineamento da pesquisa; desenho da pesquisa; preparação e colecta dos
dados; análise dos casos e entre os casos; e elaboração dos relatórios. As duas últimas
etapas ocorrem paralelamente e não podem ser isoladas. Serão detalhadas as actividades
desenvolvidas em cada uma das cinco etapas.
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2.3.1. Delineamento da Pesquisa


Na etapa de delineamento da pesquisa, a primeira actividade é a definição clara e
precisa do tema que será estudado. Definir um tema é delimitar, dentro de uma área de
pesquisa, o objecto que se pretende investigar. Temas bem definidos facilitam o
levantamento e a análise da bibliografia. A pesquisa pode ter como objectivo conhecer
profundamente um assunto ainda pouco explorado; identificar os factores que
determinam ou contribuem para a ocorrência dos fenómenos ou descrever suas
características.

2.3.2. Desenho da pesquisa


O desenho da pesquisa deve apresentar quatro aspectos: validade externa,
confiabilidade, validade do constructo e validade interna (ELLRAM, 1996; GERRING;
MCDERMOTT, 2010).

2.3.3. Preparação e colecta dos Dados


A etapa seguinte no desenvolvimento da metodologia de estudo de caso é a preparação e
colecta dos dados. O pesquisador entra em contacto com os casos seleccionados para
verificar a possibilidade de realização do estudo. De forma geral, parte dos casos são
descartados por não estarem qualificados, interessados ou capacitados para participar da
pesquisa. Assim, é importante seleccionar um número de casos maior do que os
inicialmente pretendidos.

2.3.4. Análise dos casos e Elaboração dos Relatórios


A etapa seguinte no desenvolvimento da metodologia de estudo de caso é a análise dos
dados. A análise dos dados é etapa importante em qualquer pesquisa. Estudos
qualitativos, sobretudo os estudos de casos múltiplos, requerem a utilização de técnicas
que facilitem a síntese e compreensão dos dados (MILES, HUBERMAN, 1994).

O relatório é dividido em várias partes. Na primeira parte é verificada a conformidade


acerca da norma que é auditada e se esta é seguida devidamente e é registada a auditoria
presencial, onde se verifica o ensaio escolhido para ser auditado, a existência de
impressos associados e a sua validação, a conformidade dos equipamentos, material de
vidro e reagentes utilizados. De seguida é verificada se a validação do método foi
efetuada e se está atualizada. Numa terceira parte é registada a auditoria vertical, na qual
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é verificada a rastreabilidade ao método através de um Boletim Analítico já emitido,


incluindo a verificação dos cálculos associados ao método. Também é verificada a
qualificação da analista para o desempenho das suas funções.

Na realização do relatório da auditoria é também avaliada a qualidade dos resultados


obtidos através da verificação da rastreabilidade, a realização de duplicados e de ensaios
em branco e a utilização de DPCS. Abertas as notas de não conformidades, sempre que
aplicável, foi implementada uma ação corretiva, sendo necessária a verificação da sua
eficácia.

3. Relatório de Laboratório de química clássica.


Data da auditoria: 2 e 3 de Novembro de 2016
NP 1987:2002 Carnes e produtos cárneos. Determinação do teor de hidroxiprolina.
Método de referência.
Procedimento: Hidrólise da amostra em ácido sulfúrico a 105°C. Filtração e diluição
do hidrolisado. Oxidação da hidroxiprolina pela cloramina-T, seguida da formação de
um composto vermelho com p-dimetilaminobenzaldeído medido
espectrofotometricamente a 558nm57. (silvia, 2017)
Durante a auditoria foram evidenciadas algumas não-conformidades, apesar de a
analista ter cumprido com o descrito na norma NP 1987.

 Quanto aos equipamentos constatou-se:


1. A manutenção mensal da estufa 14H não foi feita no mês de Outubro, tendo a última
manutenção sido realizada em 2016-09-22. A ausência de manutenção foi justificada
pela analista por falta de disponibilidade do equipamento ou da própria. (silvia, 2017)

2. Ausência da verificação diária da temperatura do frigorífico 35H e da verificação


diária da balança 2A no dia 2016-11-02.

3. Ausência da verificação semanal do espectrofotómetro 78C, tendo a última


verificação sido realizada em 2016-09-22.
 Quanto ao material de vidro constatou-se:
6. Ausência de certificados de lote de 3 balões volumétricos, 3 provetas e 1 pipeta
volumétrica. E ainda 1 lote de balões volumétricos e 2 de pipetas volumétricas que não
cumpriam com a data de validade definida no PEQ.07.0 (5 anos) 58.
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 Quanto aos reagentes constatou-se:


7. Não evidência da rastreabilidade ao impresso IQ.210.2 Controlo da preparação de
soluções/Placas de TLC onde estavam registadas a solução de ácido sulfúrico, a solução
tampão e a solução padrão de hidroxiprolina. Também não foi evidenciado o certificado
de lote do 1-propanol (lote P1E025271E), nem o pedido no impresso IQ.139.0 Pedido
de certificados de lotes em falta.
 Na realização da auditoria vertical constatou-se:
8. A analista rastreou balanças diferentes na lista de trabalho (balança 2A) e no
impresso IQ.76.1C Reta de calibração da hidroxiprolina (balança 2F).

9. Erro de transcrição do valor da concentração em hidroxiprolina da diluição do


hidrolisado da amostra nº 2016/073853 (1,00260 μg/ml) para o LIMS (1,002060 μg/ml).
(silvia, 2017)

4. Relatório de Auditoria no funcionamento do laboratório de edificações


I – ESCOPO DO TRABALHO
Os trabalhos foram realizados no Campus Macapá, no período de 08/04 a 17/05/2019,
em estrita observância às normas de auditoria aplicáveis ao Serviço Público Federal.
Nenhuma restrição foi imposta aos nossos exames, que contemplou a avaliação do
funcionamento do laboratório de edificações. (Macapá, 2019)
II – CRITÉRIOS ADOTADOS
A auditoria foi conduzida levando em consideração as informações recebidas do
Campus Macapá.
O Laboratório de Edificações é composto por quais laboratórios?
- Laboratório de Mecânica dos solos;
- Laboratório de Materiais de Construção;
- Laboratório de Estruturas;
- Laboratório de Eléctrica e Hidráulica;
- Laboratório de Mecânica dos Fluidos;
- Laboratório de Mecânica Triaxial.

 A estrutura física é adequada?


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- Sim. Os laboratórios estão equipados e preparados para utilização com


aproximadamente 20 alunos.
1. Qual o nome do coordenador geral e o número da portaria de designação?
- Luann Pedro da Silva, Portaria 170/2018.
2. Quais técnicos em laboratório são lotados neste laboratório (nome e SIAPE).
- Actualmente têm apenas 01 técnico de laboratório actuando nos laboratórios:
- Rómulo Santana Pires, matricula 1695105.
3. Quais os materiais permanentes (equipamentos) constantes em cada
laboratório?
- Lista em anexo.
4. Quais os insumos utilizados param realização dos ensaios? Esses são suficientes
para a realização das actividades demandadas?
- Os insumos básicos utilizados nos ensaios são: Cimento, Tijolo, Areia, Brita, Seixo, e
água. Estes são suficientes para as actividades demandadas.
5. Qual o fluxo de usuários semanalmente no laboratório?
- Semanalmente aproximadamente 100 alunos utilizam os laboratórios, seja em aulas,
ou em desenvolvimento de projectos de extensão.
6. Qual o normativo interno e externo existente para gerenciamento do laboratório
de edificações?
- Há um regulamento próprio para o laboratório de edificações disponível no site do
Ifap.
7. Qual o horário de funcionamento do laboratório em período letivo e não letivo?
- Em período letivo funciona em horário ininterrupto, de 07:30 às 22:30.
- Em período não letivo funciona no horário administrativo, de 08:00 às 12:00 e 14:00
às 18:00.
8.Existe uma politica/plano de gerenciamento dos resíduos?
- Não.
9. Existe mapeamento dos processos finalísticos e de apoio das atividades do
laboratório?
- Não.
10. Existem mapas de risco do ambiente dos laboratórios e procedimentos
operacionais padrões?
- Não. Apesar de ter sido solicitado por diversas vezes ao responsável técnico em
segurança no trabalho do campus, os laboratórios ainda não foram atendidos.
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11. Quais as medidas adoptadas quando da ocorrência de anormalidades


observadas durante o período de funcionamento do laboratório?
- O técnico repassa a anormalidade para o supervisor dos laboratórios, que verifica a
acção necessária para resolver a ocorrência.
 Constatação
Fragilidades no tocante à gestão dos laboratórios, que contempla: infra-estrutura,
manutenção de equipamentos, treinamento e estrutura pessoal.
 Fato
Visando avaliar o funcionamento dos laboratórios verificando os aspectos relacionados
as normas institucionais e estrutura para funcionamento, e após análise foram feitas
algumas observações:
De maneira geral, foi observado que os laboratórios contam com equipamentos
necessários ao desenvolvimento das actividades, porém, em alguns laboratórios, foram
encontradas situações nas quais se fazem necessárias acções institucionais efectivas, que
viabilizem o pleno funcionamento das actividades laboratoriais ou melhorias nas
condições de trabalho, uma vez que existem equipamentos nos laboratórios que não
estão em funcionamento, dentre outros motivos por conta da instalação eléctrica e
hidráulica do prédio ser inadequada e a falta de manutenção dos equipamentos.
Foi observado ainda que os técnicos responsáveis pela operação do equipamento não
possuem a especialização necessária para manuseio dos equipamentos.
Por fim, a falta de técnicos em laboratório, foi mais uma observação a ser considerada,
uma vez que são três turnos de funcionamento.
 Causa
Inobservância dos controles internos, gestão de riscos e governança no âmbito da gestão
dos laboratórios.
 Manifestação da Unidade Examinada
O Director de Ensino, se manifestou através do Ofício nº 346/2019/DIREN/IFAP, de 29
de Maio de 2019, informando:
01. Entendemos que este item é apenas uma introdução aos demais que se apresentam a
partir do segundo e, portanto, não necessitam de manifestação da nossa parte.
02. A Coordenação de Infra-estrutura do Campus já está ciente das dificuldades
eléctricas e hidráulicas relacionadas à impossibilidade de utilização de determinados
equipamentos e que aguardava contratação de empresa especializada para realizar os
serviços de adequação.
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03. Os técnicos são recentes e o planejamento para as acções de capacitação estão no


SISCOMP, assim como a actividade de manutenção e a partir de então é necessário
executar estas acções ao longo do ano de 2019.
04. Ainda que o Campus tenha possibilitado ingresso de dois técnicos nos últimos 30
dias, ainda há a necessidade de contratação de mais um técnico para dar conta dos três
turnos de funcionamento.
05. Há EPI´s disponíveis (óculos, máscaras, luvas, abafadores) e que são utilizados por
alunos e servidores. Há saídas de emergência, extintores, chuveiros, lava olhos e
materiais de segurança em quantidades suficientes para garantir a segurança das pessoas
que se utilizam dos laboratórios, em conformidade com as normas de utilização destes.
Há constante conscientização e controle, especialmente dos alunos e visitantes, a cerca
da importância e da necessidade de utilização de equipamentos de segurança, inclusive
é exigido que os próprios alunos tenham seus EPI´s.
06. As saídas de emergência são desobstruídas e sinalizadas com placas que brilham no
escuro.
07. A relação dos equipamentos foi encaminhada junto ao questionário enviado pela
auditoria, tempestivamente respondido. A Coordenação poderá enviar novamente, caso
seja necessário, mediante solicitação.
08. Os valores de cada equipamento constante nos laboratórios, segue em anexo a este
memorando.
 Análise da Auditoria Interna
Em análise da manifestação da Unidade, verificou-se que os argumentos apresentados
confirmaram os fatos constatados.
Dessa forma, faz-se necessário o acompanhamento das recomendações através de
avaliação com base nos pressupostos de autonomia técnica e de objectividade. As
recomendações registadas neste relatório serão acompanhadas por meio do Plano de
Providências Permanente da Unidade.
 Recomendações
Recomendação 1: Adequar a instalação eléctrica e hidráulica do prédio para a efectiva
utilização de todos os equipamentos.
Recomendação 2: Viabilizar a manutenção de equipamentos dos laboratórios, levando
em consideração especificidades de cada tipo de equipamento.
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Recomendação 3: Considerar a conveniência e a oportunidade de ofertar treinamento


específico para os servidores que atuam directamente nos laboratórios, haja vista a
necessidade de manuseio correto e adequado dos equipamentos.
Recomendação 4: Promover a adequação do quadro de servidores actuantes nos
laboratórios, dotando-se ao menos a estrutura mínima necessária de servidores com
formação condizente para o desenvolvimento das actividades.
Recomendação 5: Considerar como melhorias de gestão a possibilidade de publicar no
site do Ifap as informações acerca da gestão dos laboratórios:
Infra-estrutura, estrutura pessoal, horário de funcionamento, contactos, agendamentos e
outras informações.
Recomendação 6: Considerar a contratação de empresa especializada na colecta de
resíduos promovendo o descarte adequado dos resíduos dos laboratórios, uma vez que o
descarte correto pressupõe também segurança às pessoas e ao meio ambiente.
Recomendação 7: Mapear os principais processos finalísticos dos laboratórios, com
vistas a aprimorar os controlos internos, estabelecendo um fluxo padrão que oriente a
execução das actividades da unidade.
Recomendação 8: Elaborar mapa de riscos do ambiente dos laboratórios.

 CONCLUSÃO
Considerando a materialidade e a relevância dos recursos previstos e buscando respeitar
os princípios básicos da gestão pública, o escopo desta acção consistiu em verificar a
adequação dos controles existentes, bem como o cumprimento dos princípios legais e
normas administrativas quanto aos procedimentos adoptados para a avaliação do
funcionamento do laboratório de edificações.
Em face do acima exposto, comunicamos o presente relatório ao Conselho Superior,
com a finalidade de primar pelo princípio da legalidade e de modo a possibilitar a
eficiência no assessoriamente à Gestão. (Macapá, 2019)

 REALIZAÇAO DE EXAMES NÃO FIDEDIGNOS COM AS REQUISIÇÕES


Na análise das amostras verificou-se que as requisições divergiam dos exames
efectivamente realizados e apresentados nas respectivas facturas, conforme abaixo
discriminamos:
 LAB MED. Análises Clínicas Eirelli
3.1 – Contagem de Plaquetas:
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Hemograma: CONSISTE NA CONTAGEM DE: ERITROCITOS, LEUCOCITOS


(GLOBAL E DIFERENCIAL), PLAQUETAS, DOSAGEM DE HEMOGLOBINA,
HEMATOCRITO, DETERMINACAO DOS INDICES HEMATIMETRICOS E
AVALIACAO DE ESFREGACO SANGUINEO.
Dessa forma, entende-se por indevida a cobrança do exame de contagem de plaquetas
quando já está sendo cobrado hemograma, sem requisição específica para tanto.

Constatou-se que as requisições solicitavam a realização de exame de “HEMOGRAMA


COMPLETO – código 0202020380”, que pela tabela SUS, equivale ao preço de R$
4,11. A análise demonstrou que das empresas credenciadas, a Empresa LAB MED,
ANÁLISES CLÍNICAS EIRELI, referência março e maio de 2020, efetuou a
realização e cobrança de 01 exame à mais denominado CONTAGEM DE
PLAQUETAS – código 0202020029, para cada requisição de “HEMOGRAMA
COMPLETO”.
Após dada vista aos laboratórios credenciados e a Secretária de Saúde, constatou-se que
a empresa LAB MED, ANÁLISES CLÍNICAS EIRELI, reconhece através do
expediente protocolado sob o nº 3204/2020, a realização indevida do exame aduzindo
que “como o contrato não fala sobre o assunto, foi recalculado valores para a devolução
– sic”, aquiescendo inclusive quanto a devolução dos valores pagos indevidamente, que
deverão ser calculados e conferidos pela Administração, a fim de que sejam
ressarcidos aos cofres públicos.
3.2 – Antibiograma:
Antibiograma é realizado mediante positivação na cultura de urina para verificar
resistência ou sensibilidade a determinado antibiótico. Conclui-se, para esta análise, que
deve estar escrito na requisição médica para ser cobrado.
Urocultura: É realizado para verificar presença de bactéria na urina. Para tanto,
considera-se que deve ser cobrado mediante requisição médica.

Diante dos argumentos, considerando-se a universalidade dos usuários atendidos por


mês (aproximadamente 400 – amostra junho de 2019) e a ínfima quantidade de
requisições não encontradas, quais sejam (07 usuários), sem indicativos de
habitualidade e repetições nas demais amostras da referida empresa em outros meses,
bem como a plausibilidade de extravio interno das requisições, esta Comissão de
Auditoria decide por acolher a justificativa apresentada, recomendando aprimoramento
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e zelo na conferência das faturas apresentadas e o devido ressarcimento dos valores


objeto da amostra.

Nas amostras selecionadas, constatou-se à existência de requisições que continham


apenas a solicitação do exame de CULTURA DE BACTERIAS P/
IDENTIFICACAO - código 0202080080, que pela tabela SUS, equivale ao preço de
R$ 5,62. Todavia, junto aos faturamentos, verificou-se que foram realizados e
consequentemente cobrados, o exame de ANTIBIOGRAMA – código 0202080013, no
valor de R$ 4,98, junto ao Exame de Cultura de Bactérias P/ Identificação , embora sem
requisição específica, o que demonstra a possibilidade de habitualidade da inclusão de
Antibiograma não requisitado, junto as faturas das empresas. A título de exemplo, no
mês de Março de 2020, pela empresa LAB MED, ANÁLISES CLÍNICAS EIRELI,
constatou-se a realização e cobrança sem requisição de 36 exames de Antibiograma ao
preço de R$ 4,98, totalizando R$ 179,28.De igual forma, constatou-se que a Empresa
CLININTEST LABORATÓRIOS LTDA, referência – março de 2020, realizou e
cobrou sem requisição específica 07 exames de antibiograma, no valor de R$ 4,98,
cada, totalizando R$ 34,86.
Ressalte-se, que demais requisições de Cultura de Bactéria P/ Identificação,
contemplavam conjuntamente o pedido de realização do exame de antibiograma, razão
pela qual, sua não solicitação, havia sido considerada preliminarmente como um achado
de Auditoria neste caso específico.

Após dada vista aos laboratórios credenciados e a Secretária de Saúde, constatou-se que
é de praxe de todos os laboratórios credenciados a realização do antibiograma junto com
a cultura, visando ter agilidade e rapidez no diagnóstico, vez que a Cultura identifica a
bactéria e o antibiograma testa a sensibilidade dos antibióticos para combater a bactéria.
Tal afirmação merece ser acolhida, vez que na prática mostraria ser inviável ao usuário
do sistema colher uma primeira amostra, para depois solicitar nova coleta. Portanto, esta
Comissão de Auditoria acata parcialmente a justificativa/esclarecimento, constante no
expediente protocolado sob o nº 3204/2020, vez que os exames realizados, embora não
fidedignos na requisição, são complementares aqueles lá constantes, recomendando-se,
portanto, a adequação e aprimoramento das requisições médicas neste sentido.
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Diante dos argumentos, considerando-se a universalidade dos usuários atendidos por


mês (aproximadamente 400 – amostra junho de 2019) e a ínfima quantidade de
requisições não encontradas, quais sejam (07 usuários), sem indicativos de
habitualidade e repetições nas demais amostras da referida empresa em outros meses,
bem como a plausibilidade de extravio interno das requisições, esta Comissão de
Auditoria decide por acolher a justificativa apresentada, recomendando aprimoramento
e zelo na conferência das faturas apresentadas e o devido ressarcimento dos valores
objeto da amostra.

 Evidências:
As evidências dos achados, encontram-se na ausência das requisições de exames
laboratoriais dos pacientes objeto de amostra, em confronto com as planilhas de
faturamento apresentadas por paciente.
 Causa:
Possível rotina/costume advinda dos profissionais da saúde, tanto dos requisitantes,
quanto dos executores dos serviços, que nos exames de Cultura de bactérias e Colesterol
Total e Frações, se inserem automática e respectivamente, os exames de Antibiograma e
Triglicerídeos, para sua completude; Ausência de fiscalização no facturamento dos
exames; Ausência de maior rigor nas requisições.
 Efeito:
O efeito decorrente deste Achado é a efectiva possibilidade de cobranças a maior do que
os exames efectivamente requisitados, com uma rotina sem base legal, muito embora,
tenham sido efectivamente realizados em benefício da população.
 Benefícios:
Melhoria no sistema de prestação de serviços de exames laboratoriais, com emissão de
requisições claras e precisas dos exames necessários, a fim de que sejam
fidedignamente compatíveis com os exames realizados, que por fim resultam na
planilha de facturamento apresentada para pagamento, obtendo com isto, um adequado
controle dos gastos realizados com tais serviços, evitando-se assim, despesas além das
previstas e a possibilidade de prejuízo e dano ao erário.

 RECOMENDAÇÕES
- Que as requisições sejam claras e precisas quanto aos exames necessários;
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- Que a realização dos exames pelas empresas credenciadas, se atenham estritamente


aqueles solicitados na requisição;
- Que haja efectiva actuação do fiscal de contratos, com a verificação da
compatibilidade entre planilha de facturamento por paciente e as requisições emitidas,
glosando aqueles exames realizados incompatíveis com as requisições, antes de seu
pagamento;
- Que haja a devida cautela quanto às requisições, inibindo perdas e/ou extravios que
possam comprometer o pagamento devido das facturas.
- Que sejam devidamente apurados, quantificados e calculados os exames
CONTAGEM DE PLAQUETAS – código 0202020029, efetuados sem requisição
médica e pagos indevidamente, a fim de que sejam ressarcidos aos cofres públicos.
- Que sejam ressarcidos os valores pagos sem requisições médicas.

5. Relatório de S.L Análises Clínicas LTDA-ME e LAB MED, ANÁLISES


CLÍNICAS EIRELI;
COBRANÇA INDEVIDA POR FATURAMENTOS À MAIOR
DATA: 08 de Dezembro de 2020
Em análise dos processos objecto de amostragem, constatou-se que as empresas
credenciadas, emitem a nota fiscal dos serviços prestados, anexando planilha física por
elas confeccionadas, discriminando a relação de pacientes e os exames realizados.
Todavia, nas amostras seleccionadas, verificou-se que a empresa LAB MED,
ANÁLISES CLÍNICAS EIRELI, referência Maio de 2020, apresentou uma planilha
de exames realizados por requisição do P.S.F totalizando o valor de R$ 7.307,52,
enquanto a efectiva soma dos valores apresentados, constante na própria planilha,
totaliza o valor de R$ 6.285,96, computando-se uma diferença de R$ 1.021,56 à maior,
referente apenas à soma dos valores.
De igual modo, na amostra seleccionada, verificou-se que a empresa S.L Análises
Clínicas LTDA-ME, referência Junho de 2019, apresentou uma planilha de exames
realizados por requisição do PSF, totalizando o valor de R$ 8.787,38, enquanto a
somatória da planilha de exames apresentados, constante de 26 folhas, constatou um
total de R$ 7.396,17, computando-se uma diferença à maior de R$ 1.391,21, referente
apenas à somatória dos valores.
Portanto, tanto a Empresa LAB MED, Análises Clínicas EIRELLI, quanto a Empresa
S.L Análises Clínicas LTDA-ME, dentro das amostras seleccionadas, efectuaram a
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cobrança de valores à maior do que a factura efectivamente apresentada, ocasionando


efectivo dano ao erário. Desta forma, diante da possibilidade da habitualidade,
necessário se faz a apuração de todos os pagamentos realizados a tais empresas,
conferindo-se todas as somas das facturas apresentadas e o devido ressarcimento ao
final dos valores apurados.
Após dada vista ao laboratório credenciado e a Secretária de Saúde, o laboratório LAB
MED, Análises Clínicas EIRELLI, o mesmo reconheceu o pagamento indevido,
aquiescendo inclusive quanto a restituição dos valores, que deverão ser calculados e
conferidos pela Administração, a fim de que sejam ressarcidos aos cofres públicos.
 Evidências:
As planilhas de facturamento, por paciente, apresentadas junto à Nota Fiscal, constantes
nos processos objecto de amostragem.
 Causa:
Erro grosseiro de cálculo, ausência de fiscalização da Secretaria no ateste dos serviços
prestados.
 Efeito:
Efectivo dano ao erário, evidenciado no pagamento à maior, por serviços não
executados. Vantagem indevida por parte das empresas beneficiadas pelo pagamento a
maior.
 Benefícios:
Obstar o pagamento indevido de valores por serviço não realizado, com o devido
ressarcimento ao erário, a fim de que os recursos públicos, sejam efectivamente
direccionados aos serviços prestados em prol dos usuários do sistema.
 RECOMENDAÇÕES:
- Que seja promovida a efectiva conferencia, por parte do fiscal de contratos, quanto às
facturas apresentadas;
- Que a Secretaria promova estudos a fim de estabelecer mecanismos que possibilitem
maior fiscalização das planilhas, por meio electrónico ou outro capaz de inibir erros de
cálculo, tais como sistemas informatizados, tendo por base boas práticas realizadas por
outros entes da administração, a fim de aprimorar seus mecanismos internos de
controle;
-Que sejam calculadas e conferidas todas as facturas apresentadas pelas referidas
empresas, visando apurar a existência de outros valores pagos à maior, a fim de que
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sejam restituídos aos cofres públicos bem como sejam apuradas eventuais
responsabilidades das empresas envolvidas;
(PETRONETTO, 08 de dezembro de 2020.)
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6. Conclusão
Tendo terminado o presente trabalho chegou-se a conclusão que o objectivo ao se
proceder uma análise usando o método estudo de caso é fundamentalmente o de
produzir um conhecimento a respeito de um fenómeno, podendo este ser usado como
referência teórica para a compreensão de situações similares.
Através desta, o autor busca compreender o fenómeno através dos conteúdos
colectados, realizando após uma análise de dados contextualizada, ele possa interpretar
os mesmos, e só então após a compreensão, desenvolver teorias e emitir um parecer ao
público-alvo.
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7.Bibliografia
Macapá, Campus. 2019. Relatório Auditoria no funcionamento do laboratório de
edificações. Campus Macapá : s.n., 2019.

PETRONETTO, CRISTIANO VIEIRA. 08 de dezembro de 2020.. RELATÓRIO


CONCLUSIVO DE AUDITORIA INTERNA. 08 de dezembro de 2020.

silvia, ana Mafalda. 2017. controlo da qualidade da auditotia tecnica em laboratorio


quimico. 2017.

ATTIE, William. Auditoria: conceitos e aplicações. 5. ed. São Paulo: Atlas.

ALMEIDA JÚNIOR, João Baptista de. O estudo como forma de pesquisa. Construindo
o saber: técnicas de Metodologia Científica. Campinas: Papirus.

BATISTA, F.F., Brasília: Modelo de Gestão do Conhecimento para a Administração


Pública Brasileira: Como implementar a Gestão do Conhecimento para produzir
resultados em benefício do cidadão. Ipea, 2012.

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