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Verdadeiro ou falso?
1- Julgamentos da gestão conduzem a decisões mais pobres do que os testes validados sozinhos ( Highhouse,
2008)
2- As pessoas incompetentes têm dificuldade em compreender o feedback e em tirar partido dele ( Ehrlinger et
al, 2008)
3- Ambos os tipos de conflito reduzem a performance (DeDreu & Weingart, 2003)
4- As pessoas mais inteligentes tendem a ter performances superiores em diferentes tipos de trabalhos (Stevens,
2009)
5- Apesar das pessoas distorcerem as respostas, os testes continuam a ser um bom preditor ( Barrick & Mount,
2009)
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Investigação e Conhecimento
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Tratamento da informação Opções e características
Consulta documental
Análise de documentos: Recolha, revisão, interrogação e análise de várias formas de texto como fontes de dados
(0’Leary, Z., 2004).
Tipos de Documentos:
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A Entrevista
Fatores a ponderar:
Tipos de entrevista:
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Entrevistas estruturadas
Na sua forma extrema, consiste em ler uma lista de perguntas e construídas e anotar as respostas.
Vantagens:
• Mais difícil ao entrevistado fugir do tópico;
• Exige menos concentração do entrevistador;
• Técnica rápida e simples de obter dados;
• mais económica.
Desvantagens:
• Formato inflexível; entrevistador não pode introduzir novos assuntos;
• Favorece respostas estereotípicas
• Não existe uma lista preparada de questões, o entrevistador decide, a cada momento, o que perguntar.
• O entrevistador pode ajustar-se à informação dada pelo participante.
• Início: o entrevistador explica ao participante que assuntos ou tópicos vão ser explorados; colocação de uma
questão inicial.
• Quando o fluxo de ideias em resposta a essa questão termina o entrevistador pode colocar mais questões de
modo a clarificar alguns pontos ou introduzir um novo tema.
Vantagens:
• O entrevistador não tem de seguir uma estrutura rígida e o entrevistado também determina o curso da
entrevista;
• Material rico;
• Podem surgir novas ideias e hipóteses não previstas.
Desvantagens:
• Morosidade/custos;
• Dificuldades na condução e na análise.
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Eficácia das entrevistas
Muitas entrevistas são ineficazes porque são demasiado informais ou mal preparadas.
Preparação da Entrevista
2. O contrato de entrevista
• A motivação do participante determina o quanto irá colaborar na entrevista (falar, pensar, recordar,
• etc., requerem esforço e podem ser atividades cansativas)
• Esta motivação pode ser afetada negativamente quando o entrevistado está inseguro relativamente aos objetivos
do trabalho ou ao uso que vai ser feito da informação.
2.2. Confidencialidade
• Frequentemente os participantes têm de revelar mais do que o habitualmente desejável
• Em todos os apontamentos a fonte deve ser impossível de ser identificada
• Deverá mostrar respeito pela vida privada da pessoa
3. Formato do Guião
a) Preparação: apresentar a lógica e as razões para a entrevista
b) Questão introdutória sobre o entrevistado
c) Questão/questões genéricas sobre o tema
d) Questões centrais do tema
e) Questões aprofundadas do tema
f) Questões de encerramento: menos profundas e abrindo para outros campos e ou pessoas; ver se
entrevistado tem algo a acrescentar; sumário
g) Encerramento: ver se há algo a perguntar, agradecimento, etc.
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Exemplo
Condução da Entrevista
Relacionamento interpessoal:
• Pontualidade
• Dirija se ao interlocutor
• Olhar nos olhos sem ser intrusivo
• Iniciar a conversa
• Agradecer antecipadamente a disponibilidade e a colaboração
• Introduzir o âmbito da entrevista (enquadramento/objetivos tópicos que irão ser discutidos) e quanto tempo
esta irá demorar
• Explicar que irá tomar notas e pedir autorização para gravar
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• Falar devagar e de forma clara e não interromper
• Demonstrar empatia e interesse pelo entrevistado, dando-lhe toda a atenção
• Permitir o silêncio (dar tempo ao entrevistado para pensar)
• Dar sinais de que está a ouvir e compreender
• Permanecer neutro, quer concorde quer discorde das opiniões expressas pelo entrevistado
• Útil para aumentar a clarificação e precisão das resposta e assegurar a compreensão integral das mesmas
• Pode ser usado ao longo da entrevista e não apenas na conclusão da mesma
2. Finalização da entrevista
• Comunicar o final da entrevista ao entrevistado
• Agradecer ao entrevistado o tempo despendido
• Disponibilizarem se para responder a eventuais questões
3. Pós-entrevista
• Finalizar as anotações recolhidas durante a entrevista
• Rever as notas, e os comentários acerca das respostas
FOCUS GROUP
Número de participantes: entre 6 e 9
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Papel do Moderador:
Exemplos:
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Observação
• Informação sobre aspetos específicos, no momento e local que ocorrem
• Informação inesperada que de outra forma poderia não ser recolhida
• Resulta numa “foto” do que acontece
Exemplos:
Fatores a ponderar:
• Adequa-se aos diferentes tipos de investigação (pré e pós intervenção; experimental; quase experimental;
comparação entre grupos...);
• Competências do observador (adequada à situação em observação);
• Está dependente dos imponderáveis do “terreno”;
• Observadores experientes conseguem informação válida, ultrapassando a subjetividade o estatuto do
observador;
• A informação resultante, realista e compreensível, pode ser uma excelente ferramenta de comunicação (Ex:
uso de
• registos áudio e vídeo).
Fases:
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Análise de dados Qualitativos
Exemplos
• Para extrair conclusões da grande quantidade de dados, uma boa forma de os exibir, seja em tabelas, gráficos,
redes e outros formatos gráficos é essencial : um conjunto de informação organizada e “ comprimida ”, permite
extrair conclusões
• É um processo contínuo e não apenas algo para ser feito no final da recolha de dados
• Deve contribuir para: sumariar ; ver temas padrões grupos ; descobrir relações ; desenvolver explicações
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Tirar e verificar conclusões
• A análise deve permitir começar a desenvolver conclusões sobre o estudo : identificar padrões, explicações,
lógicas causais, proposições
• Inicialmente com abertura e ceticismo, e cada vez mais de forma explícita e fundamentada
• Estas conclusões iniciais podem depois ser verificadas, ou seja, a sua validade é examinada em conjunto com
as notas ou novos dados: voltar aos dados, revisão por pares, replicação noutro conjunto de dados
“Qualquer esforço para qualitativamente reduzir os dados e fazer sentido que parte de um conjunto de material
qualitativo e tenta identificar consistências e significados ” (Patton, 2002)
Definições e características da AC
“Uma técnica de investigação que permite fazer inferências válidas e replicáveis dos dados para o seu contexto.”
(Krippendorf, 1980, p.21)
Características:
• É uma técnica indireta
• Aceita material não estruturado
• É sensível a variações simbólicas
• Permite tratar volumes enormes de dados
Aplica-se a dados…
• dados recolhidos através de perguntas abertas
• dados recolhidos através de entrevistas
• meios de comunicação social
• documentos pessoais (diários, cartas, blogs, etc.)
• documentos organizacionais (atas, minutas, comunicados, boletins internos, sites, etc.)
• discursos; livros (manuais escolares, etc.); curricula de cursos; fotografias; vídeos; etc.
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Definir o problema e o contexto teórico
Racional teórico: qual o conteúdo a ser analisado e porquê ? Existem teorias ou perspetivas que podem guiar a análise?
Existe alguma pergunta de investigação ou hipótese?
Conceptualizar decisões: Que variáveis ou conceitos serão usados e como podem ser conceptualmente definidos.
“A teoria e o problema (…) vão ser responsáveis pela seleção e categorização dos materiais , tanto implícita como
explicitamente ” (Bauer, 2000, p.195)
Definir objetivos
• Mostrar a frequência com que uma certa categoria ocorre – análise de frequências (Ex: razões para abandonar
animais de estimação)
• Caracterizar a forma como um certo objeto conceito é descrito - análise avaliativa (Ex: o que significa a família)
• Caracterizar a estrutura associativa do assunto (coocorrências ) – análise estrutural (Ex: Falar de estudantes
de teologia – falar de pouca vida social)
Tipos de dados
• Perguntas abertas em questionários
• Entrevistas e focus groups
• Media (artigos , programas de TV, Facebook…)
• Documentos pessoais (diários, cartas…)
• Documentos oficiais minutas , relatórios ,
• Discursos
• Livros
• Imagens
• …
Unidades de registo: segmentos de conteúdo que são classificados em categorias (Krippendorf ,1980)
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Unidades de contexto: pedaços de texto maiores que incluem a unidade de registo e permitem definer o seu
significado. A sua dimensão depende da dimensão da unidade de registo.
Unidade de enumeração: utilizada para quantificar a ocorrência (ex. Frequência de palavras, duração temporal,
centímetros de uma coluna de jornal, etc.)
• Códigos são tags ou rótulos para atribuir sentido à informação compilada num estudo.
• Estão geralmente associados a “pedaços” de tamanho variado palavras, frases, parágrafos …) (Miles &
Huberman, 1994, p.56)
• São geralmente uma palavra ou frase curta que simbolicamente atribui um atributo sumativo , saliente e/ ou
evocativo , que capta a essência de uma parte de dados linguísticos ou visuais (Saldaña, 2009, p. 3)
Abordagens à codificação
• Abordagem fechada: códigos categorias
pré definidos
• Abordagem aberta: códigos categorias
desenvolvidos a posteriori, dos dados
• Abordagem mista
Testar Categorias:
Análise e interpretação
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Apresentação de resultados e publicação de estudos qualitativos
Regras gerais
• As técnicas de recolha de dados estão adequadas ao estudo? Foram suficientemente especificas? Utilizaram
várias fontes de dados?
• Foram recolhidos dados suficientes a partir de vários participantes durante um período adequado?
• O contexto do estudo +e descrito de modo adequado?
• São apresentados os critérios para a seleção dos participantes ou informadores?
• As técnicas de análise de dados são descritas de modo claro?
• Foi utilizada uma triangulação das várias fontes de dados?
• Foram utilizadas “auditorias”, os resultados foram analisados com os participantes…
E foram utilizadas medidas para garantir a qualidade do estudo? (e.g., credibilidade; transferibilidade; confiança;
confirmabilidade ou confiança; relevância)
• As tabelas utilizadas para a apresentação dos dados são legíveis e estão completas? Estas tabelas contribuem
para uma melhor compreensão do estudo?
• São descritos os dados necessários? Caso não sejam, o que falta?
• São descritos dados desnecessários? Caso sejam, quais devem ser retirados?
• São utilizadas as ilustrações apropriadas/necessárias?
• É dada uma descrição dos dados adequada, considerando o contexto do estudo e as observações realizadas,
que sustentem as interpretações?
• São utilizadas citações (quotes) retiradas das fontes utilizadas para exemplificarem as interpretações
realizadas? Essas citações encontram-se referidas adequadamente? Estes dados são interpretados e
discutidos?
• São interpretados ou analisados casos discrepantes?
• A análise dos dados está apropriada à questão, à metodologia e ao enquadramento teórico?
E qualitativamente?
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Confiabilidade (C)
• Triangulação e reflexividade
o Procurar inconsistências, mais do que uma perspetiva ou método
o Considerar o autoconhecimento do investigador
• Transparência e clareza nos procedimentos
o Boa documentação: reconstruir o que foi feito para teste, replicação ou histórico: memos
o Função semelhante à validade interna e externa (ex. dicionário de categorias em anexo, guião, etc.)
o Utilização de software
• Construção do corpus
o Funcionalmente equivalente à amostra representativa; obj. de maximização de variedade de
representações desconhecidas
o Evidência de saturação
• Descrição detalhada
o Registos literais das fontes, sem cherry picking
o Indicação das fontes
Relevância (R)
• Construção do corpus
• Descrição detalhada
• Surpresa pessoal
o Para evitar a falácia da evidência seletiva na interpretação
o Documentar expectativas confirmadas ou não confirmadas (apenas confirmadas levanta dúvidas)
• Validação comunicativa
o Confrontação com as fontes e obtenção de concordância e consentimento
o Discussão sobre divergências
o Atenção à censura social
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Critérios de qualidade na investigação qualitativa (Lincoln & Guba, 1985)
A credibilidade de um estudo qualitativo reflete até que ponto o fenómeno de interesse é descrito e identificado com
precisão e de forma completa, mas do ponto de vista do participante.
A transferabilidade de um estudo refere-se à possibilidade de generalizar os resultados ou até que ponto as hipóteses
de trabalho se adequam (fit) a um contexto diferente (situação ou grupo) daquele de onde derivam.
A fiabilidade num estudo qualitativo refere-se à relação entre as conclusões e os dados recolhidos, ou seja, à fiabilidade
das conclusões, à sua estabilidade e à avaliação dos dados que deram origem às conclusões.
A confirmabilidade refere-se à objetividade de um estudo, até que ponto os resultados podem ser confirmados ou
corroborados por outros investigadores, ou seja, se existe neutralidade do investigador.
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