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– POPULAÇÃO E AMOSTRA

Imagine que você pretende realizar um estudo com os usuários diabéticos de uma
unidade básica de saúde de determinado bairro da sua cidade. Nesse caso, a
população do estudo são todos os usuários dessa unidade de saúde; já a amostra
são apenas os diabéticos. Ou seja, população é o todo e amostra refere-se apenas
àqueles com que você irá trabalhar/pesquisar.
A população de uma pesquisa é o conjunto total de elementos, itens, objetos ou
pessoas que possuem as informações buscadas pelos pesquisadores e sobre os
quais serão realizadas inferências, ao passo que o conjunto das informações
efetivamente avaliadas são as amostras. A amostragem probabilística é aquela que
se refere às escolhas aleatórias de amostras. é o processo de amostragem em que
cada elemento da população tem uma chance fixa de ser incluído na amostra.
Tecnicas de amostragem probabilistisca:
Estratificada: divisão de amostra em grupos. Sorteia-se uma amostra aleatória em
cada grupo.
Aleatória simples: seleção da amostra por sorteio.
Conglomerada: utilizada em situações em que a identificação dos elementos não
posso ser realizada.
Sistemática: utilizada em conjunto com a aleatória. Quando os elementos já foram
ordenados.
Técnicas de amostragem não probabilísticas:
Acessibilidade: caracterizada pela facilidade de acesso às amostras.
Blocos: seleciona propositalmente determinados grupos.
Cotas: caracterizada pela rapidez e agilidade no processo de escolha.
Tipicidade: seleção de elementos se dá pela importância das amostras para o
pesquisador.
O pioneiro da amostragem probabilística foi Anders Kiaer, em 1890. A primeira
técnica utilizada foi a aleatória (empregada até hoje em censos demográficos).

– TÉCNICAS DE COLETA DE DADOS


Compreende-se como coleta de dados a escolha do instrumento que o pesquisador
utilizará para extrair os dados da sua amostra. Como o delineamento expressa em
linhas gerais o desenvolvimento da pesquisa, com ênfase nos procedimentos
técnicos de coleta e análise de dados, torna-se possível, na prática, classificar às
pesquisas segundo o seu delineamento. a pesquisa bibliográfica é aquela que se
baseia em publicações de outros autores para fazer a sua fundamentação teórica e
as discussões pertinentes ao seu objetivo. Em suma, as fontes bibliográficas
dividem-se entre os livros – tanto aqueles de leitura corrente quanto os de referência
– e as publicações periódicas – nesse campo encontram-se as revistas e os jornais.
A pesquisa documental permite a consulta a documentos oficiais de órgãos públicos
e instituições privadas, documentos advindos de partidos políticos, igrejas,
sindicatos – podem ser utilizadas também cartas, ofícios, memorandos, gravações e
outros documentos.
a pesquisa experimental consiste em determinar um objeto de estudo, selecionar as
variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definir as formas de controle e de
observação dos efeitos que a variável produz no objeto. pode ser realizado tanto em
objetos físicos, tais como líquidos, ratos, células etc.; quanto em objetos sociais
(grupos, pessoas, instituições).
O estudo de coorte, muito utilizado em pesquisas na área da saúde, consiste em
acompanhar um grupo de amostras por determinado período. Esse tipo de pesquisa
pode ser realizado de duas formas: a prospectiva, que se utiliza do presente, em
sua análise; e a retrospectiva, que faz um comparativo do passado com o presente,
ou seja, faz uma linha histórica do que havia e do que é encontrado no presente.
A pesquisa de campo é muito empregada no campo da antropologia e na saúde
coletiva, pois seu objetivo é estudar a estrutura social de determinado grupo. A sua
coleta de dados, normalmente, é realizada por meio da aplicação de questionários e
formulários.
O Estudo de caso, objetiva-se realizar a investigação de um fenômeno
contemporâneo dentro de seu contexto real, onde os limites entre o fenômeno e o
contexto não são claramente percebidos. no estudo de caso utiliza-se sempre mais
de uma técnica. Isso constitui um princípio básico que não pode ser descartado. Os
resultados obtidos no estudo de caso devem ser provenientes da convergência ou
da divergência das observações obtidas de diferentes procedimentos.

– MÉTODOS PARA ANÁLISE DOS DADOS E INSTRUMENTOS DE COLETA DOS


DADOS
Os dados são todo o material coletado no campo e que ajudarão no cumprimento
dos objetivos de uma pesquisa. São considerados como instrumentos de coleta de
dados primários: formulários, questionários, entrevistas e observação estruturada. a
escolha desse instrumento será realizada de acordo com o tipo de pesquisa a ser
realizada.
perguntas feitas para elaboração de um Instrumento de Coleta de Dados (ICD): O
que será avaliado ou medido? O que ou quem será avaliado ou medido? Qual é a
finalidade da coleta de dados? Como será a aplicação do ICD?
A observação é outra forma de coleta de dados e ela se divide em três modalidades:
observação participante, quando o pesquisador se envolve com os objetos
pesquisados; etnografia, que se refere à pesquisa realizada por um longo período
(que pode chegar a anos); e coleta de dados visuais, a qual faz uso de materiais
como fotografias ou vídeos.
O tratamento dos dados coletados se inicia após a etapa de coleta e refere-se ao
processo de análise, classificação e interpretação das informações. O tratamento
dos dados requer que o pesquisador classifique e organize as informações
coletadas, depois estabeleça as relações entre elas e por fim aplique-lhes testes
estatísticos.

– CRONOGRAMA E ORÇAMENTO
Cronograma é planejar a distribuição de todas as etapas de uma pesquisa em
períodos, sejam meses, sejam anos. Seu objetivo é proporcionar uma organização
racional do estudo ao pesquisador.
O cronograma é elaborado em uma tabela, na qual o pesquisador irá descrever e
situar todas as etapas da pesquisa, partindo do período de projeto ainda, antes
mesmo da sua aprovação por um comitê de ética, passando pelas etapas de coleta
de dados, fundamentação e concluindo com a intenção de publicação

– ELABORAÇÃO DE REFERÊNCIAS: APA, ABNT, VANCOUVER E APA


as normas mais utilizadas são: American Psychological Association – APA (Estados
Unidos); Associação Brasileira de Normas Técnicas – ANBT (Brasil); Comitê
Internacional de Editores de Revistas Médicas (National Library of Medicine (NLM) –
normas de Vancouver (Estados Unidos).
Nas normas da ABNT e da APA o modelo utilizado na citação é autor-data, por
exemplo: (SOARES, 2010) ou Segundo Soares (2010). ares (2010). Quando a
citação é direta, devemos mencionar a página consultada. Já no modelo de
Vancouver, o nome do autor só irá aparecer na lista de referências, pois nele os
autores são indicados por números, por exemplo: Segundo o ICMJE Secretariat
Office(8).

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