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SOCIOLÓGICA
ESTRATÉGIAS DE INVESTIGAÇÃO
NECESSIDADE DE DEFINIR UMA ESTRATÉGIA DE INVESTIGAÇÃO
Para realizar a sua pesquisa, o sociólogo dispõe de um conjunto de
instrumentos que pode accionar – teorias, métodos e técnicas. No
entanto, não os irá utilizar de uma forma indiscriminada, pois, a partir da
questão formulada, começa-se a construir uma metodologia para o
processo de pesquisa.
FASES/ETAPAS DE INVESTIGAÇÃO
As etapas de investigação seguem normalmente um modelo padrão do
qual se destacam as seguintes fases:
1. Definição do problema – deve ser clara [«o que se entende por
funcionamento de uma escola?»], exequível [disponho de condições
para analisar o problema?] e pertinente [poderei ficar a conhecer o
assunto a analisar através da minha investigação?];
2. Estudo exploratório – recolha de informações sobre o tema a
investigar, através da pesquisa documental ou da análise de dados
estatísticos, podendo-se também contactar especialistas sobre o
assunto.
3. Definição de hipóteses de trabalho – formulação de hipóteses
explicativas do fenómeno em análise, recorrendo à produção teórica
já existente sobre o tema em análise.
4. Selecção e aplicação dos instrumentos de observação –
Escolher os instrumentos (técnicas) capazes de fornecer as
informações adequadas para testar as hipóteses.
5. Recolha da informação – aplicação dos instrumentos de
observação escolhidos, a todo o universo ou apenas a uma parte,
com o objectivo de recolher a informação útil para a investigação.
6. Análise da informação recolhida – análise dos dados obtidos no
sentido de verificar se correspondem aos problemas e/ou hipóteses
colocadas. Esta etapa corresponde ao processo de verificação
empírica, cujo resultado final poderá significar a comprovação ou a
refutação dos problemas e/ou das hipóteses formuladas.
7. Conclusões – apresentação das conclusões do estudo e de todos
os procedimentos seguidos.
TÉCNICAS
TÉCNICAS DOCUMENTAIS E NÃO DOCUMENTAIS
Os sociólogos dispõem de um conjunto de técnicas que, seleccionadas
pelo método, são utilizadas para recolher e tratar a informação sobre a
realidade social e que se dividem em dois grandes grupos:
• Técnicas documentais, baseadas na observação de documentos
escritos e não escritos, englobam a pesquisa documental e a
análise de conteúdo;
• Técnicas não documentais, que englobam a observação
(participante e não participante).
TÉCNICAS DOCUMENTAIS:
• Pesquisa documental – a pesquisa documental é uma técnica, de
base qualitativa, que tem por base a observação e a análise de
documentos já existentes que se relacionem com os fenómenos
sociais em análise. Este tipo de pesquisa pode ser efectuado em
documentos escritos ou não-escritos e possibilita a formulação das
hipóteses de trabalho e a sua posterior verificação empírica.
• Análise de conteúdo – a análise de conteúdo é uma técnica, de
base quantitativa, que permite analisar texto a partir do
agrupamento de significações (contando o número de vezes que
certas palavras ocorrem num texto, por exemplo). Este tipo de
técnica visa captar as informações explícitas no texto e o contexto
em que foram produzidas.
Vantagens
As entrevistas apresentam como grande vantagem o facto de
permitirem um elevado grau de profundidade dos elementos de
análise recolhidos porque o entrevistador, ao tentar respeitar a linguagem
e os quadros de referência dos entrevistados, consegue compreender
melhor o sentido que eles dão às suas práticas sociais e às situações
com que se vêem confrontados.
Desvantagens
As entrevistas também apresentam algumas desvantagens, como a
dificuldade de se proceder a generalizações se não se utilizar esta
técnica (análise de conteúdo) juntamente com outras, pois, embora
permitam obter informações em profundidade, não permitem obter
informações em extensão, dado ser difícil efectuar um elevado número
de entrevistas. Desta forma, as entrevistas são aconselháveis,
sobretudo, aos estudos intensivos.