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DESIGN DE INTERIORES

METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTÍFICA


PROF. CARLA PINHEIRO
DATA – 23/09/2020
ALUNO – MARILIA DA SILVA MUNIZ

DIFERENTES TIPOS DE PESQUISA


PESQUISA EX POST FATO

O ex-post facto pode ser traduzido como “a partir do fato passado“, que está ligado a um estilo de
escrita descritiva de um acontecimento já ocorrido. Podemos dizer que esses modelos de escrita utilizados
em pesquisas pode ser utilizado após variações que ocorreram no andamento natural do fato já
consumado. Ou seja, o ex-post facto não oferece controle de variáveis que ocorrem de forma
independente ao longo da história conforme ela poderá ser contatada. Tudo depende de algo que
contribui para um fenômeno que já tenha ocorrido na história.
Etapas da pesquisa Ex Post Fato:
• Formulação do problema;
• Construção das hipóteses;
• Operacionalização das variáveis;
• Localização dos grupos para investigação;
• Coleta de dados;
• Análise e interpretação dos dados;
• Apresentação das conclusões.

Exemplos De Pesquisa Ex Post Facto


A pesquisa ex-post-facto é bastante utilizada nas ciências sociais, pois permite a investigação de
determinados dados econômicos e sociais, veja algumas:
• Uma indústria é instalada em uma cidade. Imagina que após a instalação dessa indústria você possa
investigar os impactos na cidade (moradia, transporte, poluição).
• Um terremoto: Como as pessoas estão vivendo após o terremoto? Tiveram suas casas afetadas? Quais
foram os impactos sociais nas áreas mais pobres?
• Troca de governo: Quais foram as mudanças nas políticas públicas de acesso à educação ou
alimentação, por exemplos, após uma troca de gestão?
• Fechamento de uma indústria em um estado: Qual foi a alteração da economia no estado após esse
fechamento? O desemprego aumentou?
• Olimpíadas no Brasil: O que mudou nas escolas de atletismo após a passagem das olimpíadas pelo país?
Como está o incentivo de mulheres no futebol?
Metodologia Da Pesquisa Ex Post Facto
A pesquisa ex-post-facto é uma classificação da pesquisa quanto aos procedimentos.
Assim, sua classificação apenas não basta para a delimitação de um objeto de pesquisa, sendo
necessárias outras classificações, como, se é uma pesquisa qualitativa ou quantitativa, dentre outras
variações que importam ao método científico.

Pesquisa descritiva ex-post-facto


A pesquisa descritiva exige do investigador uma série de informações sobre o que deseja pesquisar.
Assim, tal tipo de estudo pretende descrever os fatos e fenômenos de determinada realidade.
Além da pesquisa ex-post-facto, também são exemplos de pesquisa descritiva os estudos de caso e
a análise documental.
Os estudos descritivos fogem da possibilidade de verificação através da observação.

PESQUISA LEVANTAMENTO

É uma pesquisa de campo, também chamada de estudo de campo. É um tipo de pesquisa que
coleta os dados investigando o objeto de estudo no seu meio. Caracteriza-se pela interrogação direta das
pessoas cujo o comportamento se deseja conhecer. Assim, faz uma solicitação de informações a um grupo
significativo de pessoas acerca do problema estudado e em seguida ocorre uma análise quantitativa para
obter conclusões correspondentes aos dados coletados. As pesquisas de levantamento são mais adequadas
para estudos descritivos.

Etapas da Pesquisa de Levantamento:


• Especificação dos objetivos;
• Operacionalização dos conceitos das variáveis;
• Elaboração do instrumento de coleta de dados;
• Seleção da amostra;
• Coleta e verificação dos dados;
• Análise e interpretação dos dados;
• Apresentação dos resultados.

Metodologia Da Pesquisa De Levantamento


Um projeto de pesquisa de levantamento apresenta uma descrição de abordagem quantitativa ou
numérica de tendências, atitudes ou opinião de uma população.
A partir dos resultados da amostra se faz a generalização ou afirmações sobre a população.
Um exemplo da metodologia na psicologia, é o questionário. A pesquisa de levantamento é usada
para avaliar os pensamentos, opiniões e sentimentos das pessoas; os levantamentos podem ser específicos
e de âmbito limitado ou mais globais em seus objetivos.
A pesquisa de levantamento é realizada através da técnica de amostragem.
As pesquisas de levantamento implicam, em geral, a construção de instrumentos de coleta de
dados, como questionários, entrevistas e formulários.
Tendo sido recolhidos os dados das amostras, passa-se à fase de sua interpretação, para a qual se
elege determinado número de categorias, que servem para a classificação e tabulação das informações.
Para a análise dos cálculos estatísticos deve-se compreender: percentagens, médias, moda,
correlações, desvio-padrão e margem de erro.
Além disso, quando se quer descrever as características ou perfil dos pacientes que frequentam um
ambulatório ou a emergência de um hospital ou de uma Clínica-escola de Psicologia.
Note que, em todos os exemplos estamos sempre descrevendo as características de um grupo de
pessoas, sejam referentes à opiniões, à problemas clínicos, aspectos sócio-demográficos dos sujeitos ou à
aspectos da personalidade.
Além disso, são muito eficazes para estudos de comportamento do consumidor e para o estudo de
opiniões e atitudes.

A importância do levantamento de dados:


O levantamento de dados é uma atividade que faz parte do dia a dia das empresas, o uso dessa
atividade está sempre relacionado a processos, sejam eles internos ou externos.
Ao iniciar novos projetos, as equipes precisam levantar informações a respeito das possibilidades
que validem o andamento e a estruturação da ideia, conhecer o mercado, definir o público, conhecer os
custos e entre outros.
Os dados levantados auxiliam um gestor a tomar decisões concretas, possuindo uma base de
interpretação e raciocínio. É importante ressaltar que dados são apenas dados se não possuírem um
contexto no qual possam se interligar e assim se tornarem informações de peso e relevância.
A análise e interpretação é fundamental no processo de pesquisa de dados e levantamento de
informações, é essa interpretação analítica que irá caracterizar o peso da informação coletada.
Planejar é fundamental para operacionalizar as ideias, o planejamento é o fator primordial para
qualquer negócios e atividade a ser desenvolvida.
Como fazer uma pesquisa de levantamento de coleta de dados?
1. Defina objetivos
Antes de iniciar qualquer atividade de pesquisa e/ou levantamento, tenha sempre claro e definido o
seu objetivo. Ele precisa vir sempre em primeiro lugar e é através dele que todas as outras atividades serão
baseadas.
Através de 5 perguntas básicas o objetivo pode ser definido, são elas:
• O que?
• Onde?
• Quanto?
• Como?
• Quando?
O que precisa ser feito? Onde precisa ser feito? Quanto irá custar? Como será feito? Quando irá
começar e terminar?
Pode parecer muito simples e básico, mas, muitos projetos dão errado por não terem um objetivo
bem definido que sirva como base para o desenvolvimento das outras atividades.

2. Saiba quais instrumentos de coleta de dados utilizar


Existem diversas formas de se coletar dados e com essas formas, diversos instrumentos. Já
mencionamos em um dos nossos artigos quais sãos os instrumentos utilizados para a coleta de dados.
Alguns dos instrumentos utilizados para coletar dados são:
• Entrevistas: Estruturadas; não estruturadas; face a face; por telefone.
• Questionários: Por telefone; pessoalmente; e-mail; pelo correio.
• Observação: Sistemática e assistemática.
O diferencial na utilização dos instrumentos de dados se encontrar na forma em que eles possam
ser controlados, para que assim possa ser identificado algum erro que possa ter sido cometido pelos
pesquisadores de campo e sobre a relevância e tendência da informação coltada.

3. Selecione a amostra de estudo


A amostra costuma ser grupos pequenos, geralmente com o mínimo de 10 pessoas. Defina a sua
amostra de acordo com o perfil do seu público-alvo.
• Sexo
• Idade
• Localização geográfica
• Renda presumida
Eles irão representa uma pequena margem do universo que sua empresa ou negócio deseja atingir
e fará com que você possa obter dados relevantes para a elaboração de um projeto ou para o processo
decisório.
4. Análise e interpretação de dados
O Processo de análise e interpretação é a parte em que os dados coletados começam a ganhar
corpo e ter um sentido dentro do campo definido pelo objetivo.
Nesse ponto os dados coletados começam a ser organizados, sistematizados e sumarizados para
que assim sustentem um raciocínio lógico que traga conclusões significativas.
A análise pode ser:
Descritiva: Relatar o comportamento de uma parte da população, identifica características e
fenômenos e investiga a relação entre as variáveis.
Documental: Estudo documental para identificar circunstancias econômicas e sociais, busca
informações factuais baseadas em hipóteses de interesse.
A interpretação parte da procura por um sentindo mais amplo das respostas, fazendo uma ligação
com outros conhecimentos já assimilados.
A interpretação pode partir de pontos como:
• Associação de dados
• Comparações
• Convergências e divergências
Dessa forma, com a estruturação dos dados coletados, lapidando todo o conteúdo adquirido
através do levantamento de dados, pode-se chegar aos resultados esperados para um processo decisório.

5. Apresentação dos resultados


Os resultados podem ser presentados através de tabelas, gráficos ou quadros. É necessário
apresentar os dados e discutir os resultados obtidos, para que assim, chegue o mais próximo possível das
conclusões que se enquadrem ao objetivo definido antes de iniciar a pesquisa e levantamento.
A apresentação precisa ser legível e fazer-se entendida, para que dessa forma, após todo o processo
de análise, tabulação, interpretação, os resultados possam ser significativos.
Além disso, pode-se utilizar pré-testes em pesquisas de levantamento (também chamados de
survey, quando são estritamente descritivas) para verificação de clareza e precisão dos termos, quantidade
de perguntas, forma de perguntas e ordem das perguntas.
O levantamento das características do grupo estudado é feito através da aplicação de questionários
autoadministrados ou através de entrevistas dirigidas por um questionário.
Tais questionários podem tanto serem elaborados pelo próprio pesquisador, como pode-se utilizar
questionários já validados ou testes psicológicos, dependendo do tipo de características que se quer avaliar
na pesquisa.
PESQUISA ESTUDO DE CASO

É um tipo de pesquisa que consiste em coletar e analisar informações sobre determinado indivíduo,
uma família, um grupo ou uma comunidade, a fim de estudar aspectos variados de sua vida, de acordo com
o assunto da pesquisa. Pode ser uma pesquisa qualitativa e/ou quantitativa, entendido como uma
categoria da investigação que tem como objeto o estudo de uma forma mais aprofundada.
Característica do pesquisador:
• capaz de fazer boas perguntas–e interpretar as respostas.
• bom ouvinte e não ser enganado por suas próprias ideologias e preconceitos.
• capaz de ser adaptável e flexível, de forma que as situações recentemente encontradas
possam ser vistas como oportunidades e não ameaças.
• ter uma noção clara das questões que estão sendo estudadas;
• deve ser imparcial em relação a noções preconcebidas, incluindo aquelas que se originam de
uma teoria. Uma pessoa sensível e atenta a provas contraditórias.
As evidências podem vir de 6 fontes distintas:
• Documentos;
• Registros em Arquivo;
• Entrevistas;
• Observação Direta;
• Observação Participante;
• Artefatos Físicos

Estudos de caso são um método de pesquisa ampla sobre um assunto específico, permitindo
aprofundar o conhecimento sobre ele e, assim, oferecer subsídios para novas investigações sobre a mesma
temática, como uma estratégia de pesquisa que responde às perguntas “como” e “por que” e que foca em
contextos da vida real de casos atuais.
Também o considera como uma investigação empírica que compreende um método abrangente,
com coleta e análise de dados. Então, o ponto de partida é sempre determinar quem é o alvo a ser
estudado.
Na área acadêmica, é possível investigar as contribuições de um determinado autor sobre um tema.
Como características de cases, nunca a pesquisa foca em um grande grupo, já que a proposta é sempre
produzir conhecimento aprofundado sobre algo específico. O importante é que, além dessa característica,
o objetivo do estudo de caso seja também relevante.
O que é um Estudo de Caso para TCC?
Um estudo de caso pode ser solicitado para apresentação em um trabalho de conclusão de curso
(TCC), dependendo da instituição de ensino.
Nessa situação, o aluno precisa escolher um tema a investigar e oferecer contribuições à pesquisa
acadêmica sobre a sua área de estudos.
Enquanto trabalho acadêmico, ele possui base teórica e é um método científico aplicável a diversas
áreas. Para tanto, coleta dados empíricos qualitativos e atuais e, assim, permite a observação e a
explicação de um acontecimento único, mas também representativo.

13 Passos para fazer um Estudo de Caso para TCC

Depois dos exemplos apresentados acima, está na hora de fazer o seu próprio estudo de caso.

• Defina o caso que será estudado, escolhendo um objeto de pesquisa da área de seu interesse. Se é
sobre inovação, por exemplo, procure uma empresa ou grupo que inovou e obteve sucesso.
• Apresente as vantagens do estudo de caso. Escreva para banca que vai avaliar seu TCC o porquê de
ter escolhido o tema da pesquisa.
• Agora que já escolheu a empresa, entre no site dela, pegue o contato de e-mail ou telefone e
explique a sua intenção de realizar um estudo de caso.
• É preciso apresentar a bibliografia estudada para o caso escolhido. Caso fale sobre processos
gerenciais de negócios internacionais, por exemplo, você deve reunir livros que sejam referência
nessa área.
• Depois de reunir a teoria necessária, é preciso fazer o estudo de campo para coletar os dados.
Podem ser entrevistas qualitativas ou quantitativas, por exemplo.
• É importante registrar como você coletou os dados no estudo de campo. Significa guardar a
entrevista, descrever o que observou, como era o local, entre outros aspectos.
• Na apresentação, comece explicando o caso que será estudado, determinando o objeto de estudo.
• O estudo de caso apresenta um exemplo de sucesso, certo? Então, é preciso identificar os
problemas que foram enfrentados e solucionados.
• Apresente o ambiente de negócios no qual o caso está inserido, pois só assim será possível fazer do
estudo um exemplo.
• Lembre-se da regra “como”, que precisa ser respondida na pesquisa. A ideia é expor como foram
resolvidas as dificuldades encontradas e relacionadas em um passo anterior.
• Saber o porquê da empresa ter tomado determinada ação foco do estudo é importante. Para
voltarmos a um exemplo, seria responder por que a Confiança Van Lines escolheu Miami para
internacionalizar sua marca.
• Apresente o resultado que o case ofereceu, como aumento no faturamento, maior participação de
mercado, motivação e produtividade de colaboradores, etc.
• Por fim, é preciso analisar e interpretar os dados coletados, levantando questões a partir das
referências do quarto passo.

PESQUISA PARTICIPANTE

A pesquisa participante é um tipo de estudo baseado no envolvimento da comunidade sobre uma


análise própria de sua realidade. Ela é desenvolvida com a interação entre pesquisadores e membros que
atuam dentro de situações para investigar determinados aspectos, como problemas reais, entre outros.
Esse tipo de estudo pode ser colocado em diversos trabalhos acadêmicos, como TCC, ou ser cobrado pela
instituição de ensino aos estudantes.
A pesquisa participante tem como objetivo envolver participantes e pesquisadores no estudo em
benefício dos próprios participantes. Em um todo, o estudo beneficiará os participantes envolvidos com o
estudo solucionando seus principais problemas. Mas essas não são as únicas características da pesquisa
participante. Por isso, listamos quais são as outras características que destacam esse modelo de pesquisa.
de humanistas cristãos e de grupos marxistas que se integram às comunidades para conhecer e
estudar suas demandas e seus problemas.

QUAL O OBJETIVO DA PESQUISA PARTICIPANTE?

A pesquisa participante tem como objetivo proporcionar ao pesquisador uma forma de observação
participante em que terá o contato direto, empírico, com o objeto de estudo. Portanto, para fazer sua
pesquisa, é preciso participar cotidianamente da comunidade, de forma com que observe todos os
aspectos necessários.
Natural: Ou seja, em que para fazer sua pesquisa, o observador pertence à comunidade ou grupo
que investiga.
Artificial: Isto é, em que para fazer sua pesquisa, o observador integra-se ao grupo, por um
determinado tempo, com o objetivo de obter informações.
PROJETO DE PESQUISA – PESQUISA PARTICIPANTE

Para fazer um projeto de pesquisa, o planejamento dessa metodologia de pesquisa tende a ser
flexível. A coleta de dados será do tipo pesquisa qualitativa. Ou seja, os dados coletados, os itens que você
vai pesquisar, analisar e interpretar deverão ser tratados do ponto de vista da qualidade e não da
quantidade.

COMO FAZER PESQUISA PARTICIPANTE: Fases da pesquisa

1. Montagem institucional e metodológica (PROJETO DE PESQUISA):


• Determinação das bases teóricas da pesquisa;
• Definição das técnicas de coleta de dados;
• Delimitação da região a ser estudada;
• Organização do processo de pesquisa participante;
• Preparação dos pesquisadores;
• Essa primeira fase é a fase do planejamento do seu trabalho, ou seja, a construção do seu
projeto.

2. Estudo preliminar da região e da população pesquisadas


• Identificação da estrutura social da população;
• Descoberta do universo vivido pela comunidade;
• Recenseamento dos dados econômicos e tecnológicos.
• Em síntese, essa foi a segunda fase da sua pesquisa. Desse modo, não se esqueça de ver a
explicação detalhada no vídeo abaixo.

3. Análise crítica dos problemas


• Descrever o problema;
• Identificar as causas do problema;
• Formular as hipóteses da ação.
• Em suma, esta foi a terceira fase da sua pesquisa. Mas, a pesquisa participante ainda não
acabou. Então, agora vem a parte final desta metodologia do trabalho científico.
PESQUISA AÇÃO

A pesquisa-ação é uma forma de investigação-ação que utiliza técnicas de pesquisa consagradas


para informar a ação que se decide tomar para melhorar a prática.
Embora ela seja pesquisa, também se distingue claramente da pesquisa científica tradicional,
principalmente porque a pesquisa-ação ao mesmo tempo altera o que está sendo pesquisado e é limitada
pelo contexto e pela ética da prática.
Neste sentido, a pesquisa-ação requer ação tanto nas áreas da prática quanto da pesquisa, de modo
que, em maior ou menor medida, terá características tanto da prática rotineira quanto da pesquisa
científica. Este tipo de pesquisa é um ótimo desafio para quem está em fase de TCC, monografia ou
escrevendo outros tipos de pesquisa.

Características Da Pesquisa-Ação
Pensando neste reflexão, organizamos de forma detalhada 10 características fundamentais para a
realização deste tipo de pesquisa.

1. A pesquisa-ação deve ser contínua e não repetida ou ocasional


Neste sentido, não se pode repetidamente realizar pesquisas-ação sobre a prática de alguém, com
delimitação temporal. Entretanto, deve-se regularmente trabalhar para melhorar um aspecto da prática,
de modo que deva ser mais frequente do que ocasional.

2. A prática tende a ser uma questão de reagir eficaz e imediatamente


Enquanto a pesquisa científica tende a operar de acordo com protocolos metodológicos
determinados. A pesquisa-ação fica entre os dois (a prática e a pesquisa científica), porque é pró-ativa com
respeito à mudança, e sua mudança é estratégica. Neste sentido a ação é baseada na compreensão
alcançada por meio da análise de informações de pesquisa. Por outro lado, contrapõe-se à ação que é
limitada por protocolos de pesquisa.
Assim, a metodologia é sempre preeminente na pesquisa científica, embora na pesquisa-ação a
metodologia deve sempre estar de acordo com a prática, de modo que não se decida deixar de tentar
avaliar a mudança por não se dispor de uma boa medida ou dados básicos adequados. Entretanto, deve-se
buscar fazer julgamentos baseados na melhor evidência que se possa produzir.

3. A pesquisa-ação é participativa
Enquanto a prática rotineira tende a ser a única responsabilidade do prático, ainda que atualmente
a maioria das pesquisas seja realizada em equipe, a pesquisa-ação é participativa na medida em que inclui
todos os que estão envolvidos nela. Além disso, deve ser colaborativa em seu modo de trabalhar.
4. Não há manipulação da situação
Tanto a pesquisa-ação quanto a pesquisa científica são experimentais porquanto fazem as coisas
acontecerem para ver o que realmente acontece.
Entretanto, como a pesquisa-ação ocorre em cenários sociais não manipulados, ela não segue os
cânones de variáveis controladas comuns à pesquisa científica, de modo que pode ser chamada mais
geralmente de intervencionista do que mais estritamente experimental.

5. A pesquisa-ação sempre começa a partir de algum tipo de problema


A prática rotineira normalmente não considera muito o exame de seus procedimentos, valores e
eficácia, mas como processo de aprimoramento, a pesquisa-ação sempre começa a partir de algum tipo de
problema e muitas vezes se aplica o termo “problema-tizar”.
Deste modo, a pesquisa-ação socialmente crítica começa muitas vezes com um exame sobre a
quem cabe o problema, o que é uma forma de problematização.
A pesquisa-ação, é claro, muitas vezes também é comprometida, mas mesmo nesse caso isso a
limita muito menos do que a pesquisa científica.

6. A pesquisa-ação é sempre deliberativa


A prática rotineira corrente geralmente só é vivenciada pelos participantes.
Entretanto, quando se torna necessário algum julgamento profissional importante, a deliberação
ocorre e o processo se desloca mais na direção da investigação-ação, uma vez que o prático comumente
seguirá os resultados do julgamento a fim de aprender com ele.
Deste modo, a pesquisa-ação é sempre deliberativa porque se aventura no desconhecido.
Por isso, é preciso fazer julgamentos competentes a respeito daquilo que mais provavelmente
melhora a situação de maneira mais eficaz.
A pesquisa científica, o mais das vezes, é discutida no sentido formal de teorização indutiva e
dedutiva. Então, esses processos são por certo utilizados na pesquisa-ação, não porém para produzir
conclusões e previsões positivistas, que são muito diferentes de bons julgamentos profissionais.

7. A pesquisa-ação fica entre o não-registro e a rigorosa revisão


A pesquisa-ação fica em algum ponto entre o não-registro da maior parte do que acontece na
prática rotineira e a rigorosa revisão. Tal revisão se refere aos pares, do método, dos dados e das
conclusões da pesquisa científica.
Neste sentido, a pesquisa-ação tende a documentar o progresso, tanto por meio da compilação de
um portfólio, do tipo de informações regularmente produzidas ou pela prática rotineira.
8. Não se deve ter preocupações com a prática
O critério principal para a prática rotineira é que ela funcione bem.
Deste modo, preocupações sobre como e por que ela funciona só surgem quando há problemas ou
quando se pode fazer melhoras.
Tais condições tenderão a uma investigação-ação, mas não para uma modalidade de pesquisa-ação,
em que compreender o problema e saber por que ele ocorre são essenciais para projetar mudanças que
melhorem a situação.
Portanto, na pesquisa-ação, o necessário é explicar os fenômenos, não é seu objetivo construir o
tipo de rede de explicações implicadas na teoria científica.

9. A pesquisa-ação não é generalizada


A pesquisa-ação é individualizada e age em determinado grupo, realidade ou problemática.
Portanto, contexto, processos e resultados da prática rotineira se limitam aos da prática envolvida,
enquanto a pesquisa científica visa a uma generalização mais ampla possível.

10. Deve dar uma contribuição ponderável ao conhecimento do prático


Tendo em vista que o conhecimento obtido na prática rotineira tende a permanecer com a prática
individual, o obtido na pesquisa-ação destina-se a ser compartilhado e disseminado por meio de rede de
ensino e não de publicações como acontece com a pesquisa científica.
PESQUISA OPERACIONAL
A pesquisa operacional é um método analítico avançado que permite a solução de problemas e a
tomada de decisões nas organizações. Os métodos mais utilizados incluem lógica matemática, simulação,
análise de redes, teoria de filas e teoria dos jogos.
Com o uso da pesquisa operacional, é possível que os gerentes nas organizações possam construir
sistemas eficazes baseados em dados completos, considerar todas as alternativas possíveis, prever
cuidadosamente os resultados e fazer uso de ferramentas e técnicas de decisão.
Características da pesquisa operacional
• Método científico de investigação.
• O processo de pesquisa começa com a observação de problemas e coleta de dados.
• O problema é apresentado de forma quantitativa, somente assim sua análise e avaliação são
possíveis.
• Tem como objetivo resolver problemas organizacionais.
• Responsável por encontrar a melhor alternativa para resolver o problema.
• Para que esse método funcione, é necessário trabalhar em equipe, que deve ser composta
por especialistas.
Etapas da pesquisa operacional
Para realizar pesquisa operacional e encontrar a solução para o problema estabelecido, é necessário
concluir as seguintes etapas:
• Formular o problema: Durante a investigação operativa, para que a solução do problema tenha maior
precisão, é importante identificá-lo e conhecer as consequências que ele tem na organização.
Posteriormente, é elaborado um referencial teórico, os objetivos e limitações considerando qual a melhor
solução e qual método deve ser aplicado. Para completar o primeiro passo, os dados relacionados ao
problema são coletados para identificar as variáveis e criar uma hipótese.
• Formulação do modelo matemático: Quando o problema é formulado, procuramos um modelo que o
represente e que, ao mesmo tempo, contribua para a solução. O modelo deve ser uma representação
abstrata da realidade que permita uma análise eficiente das opções que resolvem o problema.
• Solução do modelo matemático: Uma vez estabelecido o modelo, o próximo passo é encontrar as
variáveis possíveis. Para resolvê-lo, é necessário dar um valor às variáveis para melhorar a eficácia do
sistema.
• Validação do modelo: Essa etapa da investigação operativa consiste em verificar se a solução atende
aos requisitos do problema.
• Implementar a solução: Ao verificar o modelo de solução, o próximo passo é aplicá-lo. A equipe
responsável deve informar sobre as atualizações ao implementar o método. Ao identificar o problema, os
processos que foram usados anteriormente devem ser modificados.
Limitações
− É necessário simplificar o problema para controlá-lo e resolvê-lo.
− Os modelos só encontram a solução para um objetivo.
− Muitas vezes é mais caro implementar o modelo do que os benefícios para a organização.
− Na maioria dos problemas, as restrições não são consideradas.
− Leia também: Desenho de pesquisa e tipos que existem
A pesquisa operacional permite a solução de problemas complexos através do uso de múltiplas
disciplinas, por isso é extremamente necessário conhecer esses sistemas para tomar melhores decisões e
aumentar a produtividade organizacional.
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA

________________. Pesquisa de Estudo de Caso. Disponível em:


https://www.metodologiacientifica.org/tipos-de-pesquisa/pesquisa-estudo-de-caso/. Acesso em:
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________________.Estudos de Caso: O que são, Exemplos e Como Criar Cases. Disponível
https://fia.com.br/blog/estudos-de-
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Acesso em: 16/09/2000.
________________. Pesquisa ex-post-facto: conceito, características e metodologia. Disponível em:
https://blog.mettzer.com/pesquisa-ex-post-facto/. Acesso em: 16/09/2000.
________________. Por que fazer uma pesquisa de levantamento de dados? Disponível em:
https://uplexis.com.br/blog/gestao/pesquisa-de-levantamento-de-dados/. Acesso em: 17/09/2000.

________________. O QUE É PESQUISA PARTICIPANTE: Para que serve e como fazer? Disponível em:
https://www.icguedes.pro.br/o-que-e-pesquisa-participante-para-que-serve-e-como-fazer/. Acesso
em: 18/09/2000.
________________. Método de Pesquisa: Estudo de Caso. Disponível em:
http://pesquisaemeducacaoufrgs.pbworks.com/w/file/fetch/60815670/aula-
estudo%20de%20caso_Yin.pdf . Acesso em: 18/09/2000.
________________. Pesquisa Ação. Disponível em:
https://educador.brasilescola.uol.com.br/trabalho-docente/pesquisa-acao.htm. Acesso em:
15/09/2000.
________________. Pesquisa de Levantamento. Disponível em:
https://www.metodologiacientifica.org/tipos-de-pesquisa/pesquisa-de-levantamento/. Acesso em:
15/09/2000.
________________. Pesquisa EX-POST-FACTO: exemplo, metodologia, o que é e conceito. Disponível
em: https://projetoacademico.com.br/ex-post-facto/. Acesso em: 17/09/2000.
________________. O que é pesquisa operacional?. https://www.questionpro.com/blog/pt-
br/pesquisa-operacional/. Acesso em: 15/09/2000.
________________. Pesquisa participante: o que é, passos metodológicos e pesquisa-ação. Disponível
em: https://projetoacademico.com.br/pesquisa-participante/. Acesso em: 16/09/2000.
________________. Pesquisa-ação: material completo desde o ciclo básico ás organizações.
Disponível em: https://blog.mettzer.com/pesquisa-acao/. Acesso em: 15/09/2000.

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