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TRABALHO DE ESTATÍSTICA

Nomes: Adair De Souza, Gabriel Domingos, Paulo Henrique Carvalho, João


Pedro Serpa, Bernardo Gorgulho
 Introdução:

Um questionário de pesquisa é um formulário que será respondido pelos


seus entrevistados. Nele vão constar todas as perguntas que, uma vez
respondidas, vão nos alimentar com dados valiosos para tomar decisões
melhores. Porém, montar um questionário com qualidade não é tão
simples. São necessárias várias técnicas para deixar o questionário
atraente e eficiente. Por isso pesquisamos sobre a obtenção de dados,
que nos informa sobre: a diferença entre dados e informação,
instrumentos para coletar dados, a definição de questionário, a
elaboração de um questionário, maneiras para se aplicar um
questionário e o perfil do aplicador. Também pesquisamos sobre
técnicas de amostragem, que inclui: definição para população e amostra,
definição para amostra probabilística ou aleatória, tipos de amostragem
probabilística, definição para amostra não probabilística e tipos de
amostragem não probabilística. Tendo conhecimento disso, podemos
realizar um questionário que atenda melhor aos nossos objetivos.

 OBTENÇAO DE DADOS

1. Diferença entre dados e informação.

Dado é o conteúdo quantificável e que por si só não transmite nenhuma


mensagem que possibilite o entendimento sobre determinada situação.
Os dados podem ser considerados a unidade básica da informação.
Sem dados, não temos informações, pois estas são criadas a partir
daqueles. Já a informação é o resultado do processamento dos dados.
Ou seja, os dados foram analisados e interpretados sob determinada
ótica, e a partir dessa análise se torna possível qualificar esses dados.

Resumindo

Dado é a base para a informação. Ele não é capaz de descrever uma


situação por completo. Ele pode ser quantificado, mas não qualificado.
Já a informação tem conteúdo entendível, capaz de expressar uma
situação.

Fonte:https://www.gigaconteudo.com/diferenca-entre-dados-e-
informacao.
2. Instrumentos para coletar dados.

Existem vários instrumentos para coletar dados estatísticos os mais usuais


são os questionários, as entrevistas, a observação direta, os registros
institucionais (ou análise documental) e grupos focais.

Fonte:
http://www.inf.ufsc.br/~vera.carmo/Ensino_2013_2/Instrumento_Coleta_Dad
os_Pesquisas_Educacionais.pdf.

3. Definição de questionário.

O questionário é um dos procedimentos mais utilizados para obter


informações. É uma técnica de custo razoável, apresenta as mesmas
questões para todas as pessoas, garante o anonimato e pode conter
questões para atender a finalidades específicas de uma pesquisa. Aplicada
criteriosamente, esta técnica apresenta elevada confiabilidade. Podem ser
desenvolvidos para medir atitudes, opiniões, comportamento, circunstâncias
da vida do cidadão, e outras questões.
Fonte:http://www.inf.ufsc.br/~vera.carmo/Ensino_2013_2/Instrumento_Colet
a_Dados_Pesquisas_Educacionais.pdf.

4. Elaboração de um questionário

4.1. Layout:

É muito importante prestar atenção ao “layout” do questionário porque um


“layout” claro e atraente aumenta a probabilidade de obter a cooperação
dos respondentes. É útil recordar que, em princípio, todas as pessoas que
recebem questionários são potenciais respondentes. O investigador tem de
persuadi-los a ficarem actuais respondentes.  
Geralmente, a primeira atitude que um potencial respondente toma é dar
uma olhadela pelo questionário para fazer um juízo se irá preenchê-lo ou
não. Grande parte desta decisão depende de duas coisas: o tamanho do
questionário e o “layout”. Quando o questionário é curto e tem um “layout”
esteticamente atraente é mais provável que o potencial respondente fique
um atual respondente. 
Fonte:

https://repositorio.iscteiul.pt/bitstream/10071/469/4/DINAMIA_WP_1998-
11.pdf

4.2. Tipo de questões:

 Abertas:

As perguntas abertas exigem que o respondente digite as respostas em


uma caixa de comentário e não oferecem opções de respostas específicas
predefinidas. As respostas são analisadas individualmente ou por meio de
ferramentas de análise de texto.

No que diz respeito à análise de dados, as perguntas abertas não são a


melhor opção. Não é fácil quantificar respostas dissertativas. Por isso, as
caixas de texto são melhores para fornecer dados qualitativos. Permitir que
os respondentes deem feedback usando as próprias palavras pode ajudar
você a descobrir oportunidades que não seriam descobertas de outra forma.
No entanto, se você quiser obter dados mais propícios a análises
agregadas, faça uma pesquisa de mercado quantitativa com perguntas
fechadas.

Fonte:

https://pt.surveymonkey.com/mp/survey-question-types/

 Fechadas:

As perguntas fechadas têm diversas formas, incluindo: múltipla escolha,


menu suspenso, caixas de seleção e perguntas de classificação. Esses
tipos não permitem respostas únicas nem inesperadas. Em vez disso, os
respondentes precisam escolher uma das opções pré-selecionadas
exibidas. É como ter as opções de espaguete ou hambúrguer para o jantar,
em vez de alguém perguntar "o que você gostaria de comer no jantar?"

Fonte:

https://pt.surveymonkey.com/mp/comparing-closed-ended-and-open-ended-
questions/

 Escalas:
Em perguntas de escala de avaliação (também chamadas de perguntas
ordinais), a pergunta é feita com uma escala de opções de resposta de
qualquer intervalo (0 a 100, 1 a 10 etc.). O respondente seleciona o número
que melhor representa sua resposta.

As perguntas do Net Promoter Score® são um bom exemplo de perguntas de

escala de avaliação. Usando uma escala de 0 a 10, os clientes são

solicitados a avaliar a probabilidade de recomendarem um produto ou

serviço.

Nas perguntas de classificação e nas escalas de avaliação numérica, é

importante dar contexto aos respondentes. Por exemplo, imagine que você

tenha feito a pergunta "O quanto você gosta de sorvete?" A escala de

avaliação numérica não fará sentido se você não explicar o valor dos

números dela.

Fonte:

https://pt.surveymonkey.com/mp/survey-question-types/

 Escala Likert:

É possível que você já tenha visto esse tipo de pergunta. As perguntas de

escala Likert são perguntas do tipo "você concorda ou discorda", e elas são

bem comuns nas pesquisas. Elas são usadas para avaliar as opiniões dos

respondentes.

Esse tipo de pergunta oferece aos respondentes diferentes opções. Por

exemplo, a escala pode variar de "Nem um pouco provável" a "Extremamente

provável". É por isso que elas são boas para entender feedback específico.
Por exemplo, perguntas de pesquisa de satisfação do cliente normalmente

usam uma escala Likert para medir a opinião ou a posturas dos clientes.

Fonte:

https://pt.surveymonkey.com/mp/survey-question-types/

4.3. Pré-Teste:

O pré-teste é a aplicação de questionário em sua versão preliminar. Ele é

fundamental para que uma pesquisa seja realizada sem grandes

dificuldades pelos aplicadores e compreendida pelos entrevistados,

aumentando a eficiência e a eficácia da pesquisa.

Além disso, o pré-teste, evita que tempo e dinheiro sejam desperdiçados

devido a um questionário mal estruturado e que não atinge os objetivos

propostos.

Para a aplicação do pré-teste é necessária uma pequena amostra de

indivíduos do público alvo do universo a ser pesquisado.  Durante a

entrevista, o contato com os entrevistados possibilita que erros de

compreensão das questões sejam identificados. Também é importante que

a pesquisa seja realizada em um ambiente no qual a atenção do

entrevistado não seja prejudicada.

Alguns dos principais quesitos que devem ser identificados em um pré-

testes são: se há um claro entendimento da questão tanto pelos aplicadores

quanto pelo entrevistado. A má compreensão da pergunta, pode ser

causada por erros de ortografia ou por incoerência nas questões, dessa

forma o pré-teste possibilita um ajuste das questões antes da aplicação da

pesquisa completa.
Por fim, além de propiciar ajustes em questões já existentes, o pré-teste

pode também indicar a necessidade de inclusão de novas questões, que

possam surgir a partir de dúvidas não esclarecidas pelas respostas

encontradas.

Fonte:
https://www.opuspesquisa.com/blog/tecnicas/pre-teste/

5. Maneira de se aplicar um questionário.

Quanto à aplicação, os questionários fazem uso de materiais simples como


lápis, papel, formulários, etc. Podem ser aplicados individualmente ou em
grupos, por telefone, ou mesmo pelo correio. Pode incluir questões abertas,
fechadas, de múltipla escolha, de resposta numérica, ou do tipo sim ou não.

Fonte:http://www.inf.ufsc.br/~vera.carmo/Ensino_2013_2/Instrumento_Colet
a_Dados_Pesquisas_Educacionais.pdf

6. Perfil do aplicador

O profissional para aplicar um questionário não exige tanta formação


acadêmica. Porem precisa de ter características como: ética, ser um
observador, atento, pois quando está aplicando um questionário, o aplicador
tem que avaliar como aquela pessoa está suportando mediante aquele
momento.

Quando se trata de teste, o aplicador tem que ter as mesmas características


de quem aplica o questionário, e mais, precisa ser formado por conta da
formação do teste. Ele precisa de ter conhecimento do teste em que ele
está aplicando, como detalhar uma pergunta que a pessoa não entendeu,
logico sem dar a resposta da pergunta, e sim explicando a pergunta. Tem
que mostrar seriedade, pois é um momento de teste de outra pessoa. Não
pode deixar a pessoa sozinha respondendo o questionário ou teste, para
continuar a observar as características da pessoa (como a ansiedade), e
cabe ao aplicador intervir ou não no andamento do teste. Atentar aos
detalhes, movimentos corporais, entre outros

 TECNICAS DE AMOSTRAGEM

1. Definição para população e amostra


Toda pesquisa necessita atender um público-alvo e com base no conjunto de
pessoas que são coletados e analisados os dados para a conclusão da
pesquisa. Este conjunto a ser pesquisado é chamado de população e pode ser
formado por pessoas, itens ou eventos. Já a amostra é um subconjunto da
população, ou seja, é uma parte considerável da mesma, escolhida
aleatoriamente para ser analisada e assim poder tirar uma conclusão para a
população como um todo.

Existem dois tipos de população:

1. População finita: denominado por um pequeno conjunto, como o número de


pessoas morando em um prédio, por exemplo. Geralmente neste tipo de
população, a análise deve ser feita em todos os membros.

2. População infinita: neste caso, o número de elementos é muito grande,


sendo então considerado infinito. A população da cidade de São Paulo é um
exemplo.

A amostra é utilizada quando é financeiramente inviável utilizar toda a


população, quando pode levar muito tempo para a pesquisa ser concluída ao
utilizar todos os elementos ou quando a população é muito grande.

Exemplo: Para verificar se a quantidade de maçãs amassadas, não é possível


analisar toda a população devido ao grande número de maçãs, então são
escolhidas algumas aleatoriamente para servir como amostra e a partir daí
saber aproximadamente o número de maçãs amassadas.

Fontes:

“Qual é a diferença entre uma população e uma amostra?”; Minitab. Disponível


em: https://support.minitab.com/pt-br/minitab/18/help-and-how-
to/statistics/basic-statistics/supporting-topics/data-concepts/how-are-population-
and-sample-different/. Acesso em 28 de agosto de 2019

SILVA, Marcos Noé Pedro da. "População e amostras "; Brasil Escola.
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/matematica/populacao-
amostras.htm . Acesso em 28 de agosto de 2019.

2. Definição para amostra probabilística ou aleatória

Ao fazer uma pesquisa em uma determinada população, é necessário fazer a


coletagem de informações a partir daquele nicho pesquisado. Para isso, é
utilizada a coleta da amostra, a qual é parte da população. No caso da amostra
probabilística a coleta é feita aleatoriamente, de forma que a probabilidade de
qualquer elemento envolvido na pesquisa seja igual à de todos os outros, para
que os resultados não sejam tendenciosos.
Os procedimentos de amostragem probabilística devem cumprir 4 critérios
(Chochran, 1977, p. 9):

1. Deve ser possível definir o conjunto de amostras distintas que o


procedimento é capaz de selecionar;

2. Cada amostra possível tem uma probabilidade conhecida de seleção;

3. As amostras são selecionadas por um processo aleatório no qual cada


amostra tem a mesma probabilidade de ser selecionada;

4. O método para calcular a estimativa deve conduzir a uma estimativa única


para qualquer amostra específica;

Exemplo: “Nas sondagens eleitorais a população-alvo são os sujeitos que


podem votar nessa eleição, isto é, os eleitores, e a grelha de amostragem
utilizada é o “caderno eleitoral” (documento que identifica os eleitores). Nas
sondagens relativas a eleições nacionais não é possível, em Portugal e por
razões legais, dispor dos cadernos eleitorais oficiais pelo que se usa em sua
substituição, frequentemente, a lista telefónica (com todos os problemas que
isso coloca pelo facto de nem todos os eleitores estarem identificados nas
listas telefónicas e de as listas telefónicas incluírem vários elementos que não
pertencem à população dos eleitores).”

Fonte:

Antunes, R. (2011). Amostragem probabilística. Obtido em 28 de agosto de


2019, de Sondagens e Estudos de Opinião:
https://sondagenseestudosdeopiniao.wordpress.com/amostragem/amostras-
probabilisticas-e-nao-probabilisticas/

“9 Técnicas de amostragem probabilística e não-probabilística”; Opus Pesquisa


e Opinião. Disponível em:
https://www.opuspesquisa.com/blog/tecnicas/amostragem/#O_que_e_amostra_
probabilistica . Acesso em 28 de agosto de 2019

3. Definição para amostra não probabilística:

Amostragem não-probabilística: tem como característica principal não fazer uso


de formas aleatórias de seleção, torna-se impossível a aplicação de formas
estatísticas para cálculo. É usada quando não se conhecem o tamanho do
universo e os indivíduos são selecionados através de critérios subjetivos do
pesquisador (Aribomi e Perito2 , 2004; Gil14, 1999; Marconi e Lakatos21,
1996).

4. Tipos de amostragem probabilística:


Aleatória simples: neste tipo de amostra, a premissa é de que cada
componente da população estudada tem a mesma chance de ser escolhido
para compor a amostra. A técnica que garante essa igual probabilidade é a
seleção aleatória de indivíduos, por exemplo, através de sorteio (Laboratório18,
2007; Pereira26, 2003).

Aleatória sistemática: deve obedecer ao mesmo princípio da amostragem


aleatória simples de iguais probabilidades de pertencer à amostra para todos
os componentes da população estudada. No entanto, prevê a coleta de dados
ao longo de um período de tempo e arbitra um ritmo para tomada de unidades
da população para compor a amostra. A amostragem sistemática é utilizada
quando se quer planejar um período de tempo para execução da coleta de
dados ou quando se deseja cobrir um determinado período de tempo com a
amostra estudada. O número de observações pode ser calculado como na
amostragem aleatória simples e o intervalo sistemático pode ser arbitrado a
partir da freqüência esperada do evento estudado (Gil14, 1999; Marconi e
Lakatos21, 1996; Pereira26, 2003).

Aleatória estratificada: a população é dividida em estratos e em seguida é


selecionada uma amostra aleatória de cada estrato. Esta estratégia geralmente
é aplicada quando o evento estudado numa população tem características
distintas para diferentes categorias que dividem esta população. Seleciona uma
amostra de cada subgrupo da população considerada (Armitage e Berry3 ,
1987; Pereira26, 2003).

Aleatória por conglomerados ou grupos: determina um grupo da população,


como escolas, empresas, igrejas, etc. A exigência básica é que o indivíduo,
objeto de pesquisa, pertença a um grupo (Gil14, 1999; Marconi e Lakatos21,
1996).

Aleatória por etapas ou estágios múltiplos: especifica as diversas fases de


realização da pesquisa. Essa estratégia de amostragem pode ser vista como
uma combinação de dois ou mais planos amostrais. Considerese por exemplo,
uma população estratificada em que o número de estratos é muito grande. Ao
invés de sortear uma amostra de cada estrato, o que poderia ser inviável
devido à quantidade de estratos, o pesquisador poderia optar por sortear
alguns estratos e em seguida selecionar uma amostra de cada estrato
sorteado. Nesse caso, haveria uma amostragem em dois estágios, usando-se,
nas duas vezes, a amostragem aleatória simples, sendo que no primeiro
estágio as unidades amostrais são os estratos e no segundo são as
componentes da população. Podese, também, partir de uma amostra maior e
de outras menores. Ex: país, estado, microrregiões, etc (Aribomi e Perito2 ,
2004; Armitage e Berry3 , 1987; Marconi e Lakatos21, 1996).

Fonte Geral:

https://www.researchgate.net/profile/Juliana_Marotti/publication/285800533_Am
ostragem_em_pesquisa_clinica_Tamanho_da_amostra/links/566aca4008aea0
892c4b9e11.pdf
5. Tipos de amostragem não probabilística:

Amostragem por conveniência, amostragem sequencial, amostragem por cotas


e amostragem bola de neve.

Amostragem bola de neve:

Uma forma de amostra não probabilística que utiliza cadeias de referência.


Apesar de suas limitações, a amostragem em bola de neve pode ser útil para
pesquisar grupos difíceis de serem acessados ou estudados, bem como
quando não há precisão sobre sua quantidade. Além disso, esse tipo específico
de amostragem também é útil para estudar questões delicadas, de âmbito
privado e, portanto, que requer o conhecimento das pessoas pertencentes ao
grupo ou reconhecidos por estas para localizar informantes para estudo.
Apesar da existência de alguns trabalhos sobre essa forma de amostragem em
outros países, no Brasil é quase nula a produção de artigos referentes à própria
aplicação dessa forma de amostragem, e este trabalho pretende auxiliar nas
discussões possíveis sobre a mesma.

Há casos em que os pesquisadores se deparam com um certo tipo de


população que envolve uma grande dificuldade de se estudar devido à
incapacidade de utilizar-se os planos amostrais mais usuais, dada a baixa
visibilidade de seus membros, por diversos motivos, sendo alguns deles
comportamento ilegal ou socialmente estigmatizado. Essas populações são
normalmente denominadas escondidas e não possuem um sistema de
referências do qual se possa retirar uma amostra probabilística. Apesar dessa
dificuldade, em várias delas ocorre um fenômeno que é o de membros dessa
população saberem reconhecer outros membros dela, dado que o
comportamento que os torna parte da população envolve interações entre seus
membros, por motivos tais como, por exemplo, na população de usuário de
drogas injetáveis haver o compartilhamento de seringas. A amostragem em
bola de neve utiliza-se dessas ligações entre os membros da população para
conseguir, partindo de alguns indivíduos membros da população, obter uma
amostra dela. O método funciona a partir da indicação por parte de algum
indivíduo da população de outros que também fazem parte, e assim
sucessivamente, caracterizando-se num formato semelhante ao de uma bola
de neve que vai acumulando os flocos de neve ao rolar e se tornando cada vez
maior. Como as pessoas costumam se relacionar com outros semelhantes,
além de algumas pessoas terem muitas relações e outras serem reclusas
sociais, essa seleção costuma trazer viés, primeiro em favor das características
das pessoas que começam esse processo e depois das pessoas mais
“famosas” em detrimento das que têm menos contatos. Esses fatos tornam
impossível saber as probabilidades de seleção de algum indivíduo,
caracterizando o processo em um método não-probabilístico. De fato, é de
grande interesse dos pesquisadores conseguir fazer inferência para essas
populações e dentre as muitas tentativas existe o método respondent-driven
sampling, que se utiliza de uma ponderação matemática da amostragem em
bola de neve para conseguir fazer inferências sobre a população, controlando
no modelo estes fatores que influenciam no viés da amostragem em bola de
neve. Este trabalho apresenta os dois métodos, primeiro a amostragem em
bola de neve, mostrando como funciona a metodologia da sua aplicação e
depois o método respondent-driven sampling. Mostra-se que o método bola de
neve é util para coletar informações de indivíduos de populações escondidas,
mas não serve para fazer generalizações, enquanto o método respondent-
driven sampling (RDS) se mostra muito promissor e consegue medidas
interessantes para o pesquisador. Entretanto, o método RDS não possui
estimadores confiáveis, sendo seus principais problemas a variância alta
destes e as suposições do método que são muito rigorosas e normalmente não
atendidas na prática do processo amostral. ...

Amostragem por cotas:

A amostragem por cotas consiste em uma amostra por julgamento em dois


estágios. Primeiro, o pesquisador desenvolve categorias ou cotas de controle
de elementos da população, como por exemplo, sexo, idade, raça. “Em geral,
as quotas são atribuídas de modo que a proporção dos elementos a amostra
que possuem as características de controle seja a mesma que a proporção de
elementos da população com estas características”, afirma Malhotra(2001). No
segundo estágio, selecionam-se elementos da amostra com base na
conveniência e no julgamento.

Mattar (2001) afirma que, dentre as amostras intencionais, a amostragem por


cotas, também chamadas de proporcionais, consistem em “obter uma amostra
que seja similar, em alguns aspectos, á população “, ou seja, é importante que
o pesquisador conheça algumas características da população que deseja
estudar para poder selecionar uma amostra adequada. Para este mesmo autor,
p pesquisador deve ainda selecionar um número pequeno de características
para que possa ter maior controle sobre a amostra selecionada.

A amostragem por cotas é um tipo de amostra apresentado também por Gil


(1994), que afirma ter este método vantagens como o baixo custo e a
estratificação da amostra. Por outro lado, segundo este autor, este tipo de
amostragem pode gerar vieses em função da forma como o pesquisador faz a
classificação dos elementos a serem pesquisados.

Amostragem por conveniência:

Destituída de qualquer rigor estatístico. O pesquisador seleciona os elementos


a que tem acesso, admitindo que estes possam representar um universo
(estudos exploratórios ou qualitativos) (Levy e Lemeshow19, 1980; Lwanga e
Lemeshow20, 1991). A amostragem por conveniência é adequada e
freqüentemente utilizada para geração de idéias em pesquisas exploratórias,
principalmente (Oliveira25, 2001). As amostras por conveniência podem ser
facilmente justificadas em um estágio exploratório da pesquisa, como uma
base para geração de hipóteses e insights (Churchill e Lacobucci11, 1998;
Kinnear e Taylor16, 1979), e para estudos conclusivos nos quais o pesquisador
aceita os riscos da imprecisão dos resultados (Kinnear e Taylor16, 1979). São
empregadas quando se deseja obter informações de maneira rápida e barata.
Segundo Aaker et al. 1, 1995, uma vez que esse procedimento consiste em
simplesmente contatar unidades convenientes da amostragem, é possível
recrutar respondentes tais como estudantes em sala de aula, mulheres no
shopping, alguns amigos e vizinhos, entre outros. Os autores comentam que
esse método também pode ser empregado em pré-testes de questionários
(Aaker et al. 1, 1995).

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