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Instituto Superior de Ciências e Educação a Distancia

Departamento de Ciências de Saúde


Curso de Licenciatura em Enfermagem

Trabalho de Campo

Flugencia Vicente Paulo, Codigo 81230947

Nampula, Março
2023

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Instituto Superior de Ciências e Educação a Distancia

Departamento de Ciências de Saúde

Curso de Licenciatura em Enfermagem

Trabalho de Campo

Trabalho científico e de carácter avaliativo


da cadeira de MIC leccionado pelo
Tutor: Edú Rafael Domingos Manuel

Flugencia Vicente Paulo, Codigo 81230947

Nampula,Março

2023

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Índice
Introdução ......................................................................................................................... 4

1.1.Princípios gerais na investigação em Enfermagem. ................................................... 5

1.2.Instrumentos Específicos de colecta de dados em ciências biomédicas ..................... 6

1.7.Análise de materiais ou documental ........................................................................... 8

1.8.Fidedignidade e Confiabilidade dos instrumentos de Pesquisa .................................. 8

1.9.Vantagem de elaborar o termo de consentimento informado no desenvolvimento das


pesquisas em enfermagem ................................................................................................ 9

2.O que é o Termo de Consentimento Informado .......................................................... 10

2.1.Requisitos do Termo de Consciência Informado ..................................................... 10

2.2.O paciente pode fazer perguntas? ............................................................................. 11

2.3.Quando ele não é necessário? ................................................................................... 12

2.4.Qual a importância do Termo de Consciência Informado para o médico? .............. 12

Conclusão ....................................................................................................................... 13

Referências Bibliográficas .............................................................................................. 14

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Introdução

O presente trabalho da cadeira de MIC, tem como tema principal trabalho de campo
falar de trabalho de campo” é uma técnica de pesquisa comumente utilizado nas Ciências
Sociais, especialmente na Antropologia, que exige o contato direto do pesquisador com
situações, cenários, fenômenos, práticas, pessoas, grupos e/ou sociedades que se deseja
estudar.

O tema encontra-se estruturado da seguinte maneira: Importância dos princípios éticos


para o desenvolvimento das pesquisas científicas em enfermagem, principais
instrumentos específicos de coleta de dados em ciências biomédicas.

Objetivos Gerais

 Descrever o trabalho de campo

Objetivos Específicos

 Conhecer os princípios éticos para o desenvolvimento das pesquisas


científicas em enfermagem

 Identificar os instrumentos Específicos de coleta de dados em ciências


biomédicas

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1.Importância dos princípios éticos para o desenvolvimento das pesquisas
científicas em enfermagem
Conforme citam Lakatos e Marconi, A ética é compreendida como uma ciência que está
direcionada à reflexão crítica sobre o comportamento humano, na qual interpreta,
problematiza, investiga os valores, princípios e o comportamento moral, à procura do
bem-estar da vida em sociedade.

Procura ter como princípio fundamental o respeito ao ser humano, o qual deve ser
considerado como um indivíduo autônomo e participativo. Este estudo tem o objetivo de
promover uma reflexão sobre a importância do agir ético na enfermagem.

Trata-se de um estudo reflexivo da temática. Nesse sentido, compreende-se que a ética,


por enfatizar os valores, os deveres e direitos, o modo como os sujeitos se conduzem nas
relações, constitui-se numa dimensão importante para a humanização da assistência

1.1.Princípios gerais na investigação em Enfermagem.

O Internacional Council off Nurses (ICN) emanou um enunciado de posição em que


relevou a relação dos Enfermeiros e os Direitos Humanos - Position Statement: Nurse
and. Humana Rights (1998). Nele se afirma que os enfermeiros têm a obrigação de
salvaguardar os direitos humanos em todo o tempo e em todas as situações. O que inclui
assegurar que cuidados adequados são prestados, com os recursos disponíveis, de acordo
com a ética. Igualmente, o enfermeiro está obrigado a assegurar que os doentes recebem
informação apropriada para consentirem no tratamento ou procedimentos, incluindo a
participação em investigação.

A mesma entidade, em Diretrizes éticas para a investigação em Enfermagem, deu enfoque


peculiar à integridade na investigação, às questões ligadas à vulnerabilidade em relação
aos direitos humanos e aos grupos vulneráveis, como as crianças, os idosos ou as pessoas
em coma – quanto menor for o grau em que alguém possa participar na decisão, mais
vulnerável se considera e lembremos que, por definição, qualquer doente se considera
vulnerável. De acordo com estas Diretrizes, são seis os princípios éticos que devem guiar
a investigação:

 Beneficência, «fazer o bem» para o próprio participante e para a sociedade. Note-


se aqui, o primado da pessoa humana.

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 Fidelidade, o princípio de «estabelecer confiança» entre o investigador e o
participante do estudo ou sujeito de investigação.
 Justiça, o princípio de «proceder com equidade» e não prestar apoio diferenciado
a um grupo, em detrimento de outro.
 Veracidade, seguindo o princípio ético de «dizer a verdade», informando sobre
os riscos e benefícios. Associa-se ao consentimento livre e esclarecido.
 Confidencialidade, o princípio de «salvaguardar» a informação de carácter
pessoal que pode reunir-se durante um estudo. Distingue-se do anonimato.

1.2.Instrumentos Específicos de coleta de dados em ciências biomédicas

1.3.Observação directa
Marconi e Lakatos (2003, p. 190) definem observação como “uma técnica de coleta de
dados para conseguir informações e utiliza os sentidos na obtenção de determinados
aspectos da realidade. Não consiste apenas em ver e ouvir, mas também em examinar
fatos ou fenômenos que se desejam estudar”.

Segundo Gil (1999, p. 111) e Marconi e Lakatos (2003, p. 191-192) a observação


apresenta as seguintes vantagens e limitações:

a. Vantagens – possibilita meios diretos e satisfatórios para estudar uma ampla


variedade de fenômenos; propicia a coleta de dados sobre um conjunto de atitudes
comportamentais; permite obter dados não contemplados em questionários e
entrevistas.
b. Limitações – a presença do pesquisador pode provocar alterações no
comportamento dos observados; os acontecimentos podem ocorrer
simultaneamente, dificultando a coleta dos dados; fatores imprevistos podem
interferir na tarefa do pesquisador; algumas informações podem não ser acessíveis
ao pesquisador.

Gil (2002) apresenta uma definição de questionário, entrevista e formulário, facilitando


a distinção entre os mesmos:

Por questionário entende-se um conjunto de questões que são respondidas por escrito
pelo pesquisado. Entrevista, por sua vez, pode ser entendida como a técnica que envolve
duas pessoas numa situação “face a face” e em que uma delas formula questões e a outra

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responde. Formulário, por fim, pode ser definido como a técnica de coleta de dados em
que o pesquisador formula questões previamente elaboradas e anota as respostas (GIL,
2002, p. 115).

1.4.Questionário
Marconi e Lakatos (2003, p. 201) definem questionário como sendo “um instrumento de
coleta de dados, constituído por uma série ordenada de perguntas, que devem ser
respondidas por escrito e sem a presença do entrevistador”.

Conforme Marconi e Lakatos (2003, p. 201-202) e Gil (1999, p. 128-129) pode-se


apontar vantagens e limitações no uso de questionários:

a. Vantagens – atinge grande número de pessoas simultaneamente; abrange uma


extensa área geográfica; economiza tempo e dinheiro; não exige o treinamento de
aplicadores; garante o anonimato dos entrevistados, com isso maior liberdade e
segurança nas respostas; permite que as pessoas o respondam no momento em que
entenderem mais conveniente.
b. Limitações – pequena quantidade de questionários respondidos; perguntas sem
respostas; exclui pessoas analfabetas; impossibilita o auxílio quando não é
entendida a questão; dificuldade de compreensão pode levar a uma uniformidade
aparente; o desconhecimento das circunstâncias em que foi respondido pode ser
importante na avaliação da qualidade das respostas.

1.5.Entrevista
Gil (1999, p. 117) conceitua a entrevista como “uma forma de interação social.
Mais especificamente, é uma forma de diálogo assimétrico, em que uma das partes
busca coletar dados e a outra se apresenta como fonte de informação”.

1.6.Formulário
Em relação ao formulário, segundo Marconi e Lakatos (2003, p. 212) “é o
contato face a face entre pesquisador e informante, sendo o roteiro de perguntas
preenchido pelo pesquisador no momento da entrevista”. Segundo Gil (2002) o
formulário, como instrumento de pesquisa, encontra-se entre o questionário e a
entrevista, sendo indicado para pesquisas de opinião pública e de mercado.

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1.7. Análise de materiais ou documental

Esse procedimento trata conteúdos já existentes, esteja o material para análise disponível
em livros, artigos, fotos, documentos ou relatórios arquivados. A partir deles é possível
comparar a diferença entre dados de diferentes épocas ou constatar semelhança de
informações ao decorrer do tempo, visando sempre o tratamento do máximo de dados
possível.

- Baixo custo

- Tempo de =btenção é reduzido

- Informação é =stável =/SPAN>

- Dados incompletos =u desatualizados

- Excessivamente agregados

- Mudanças de =adrões no tempo =/SPAN>

- Uso restrito =confidencialidade) =/SPAN>

- Dados difíceis =e recuperar

1.8. Fidedignidade e Confiabilidade dos instrumentos de Pesquisa

Para qualquer instrumento de pesquisa utilizado no estudo há necessidade de um pré-teste


ou teste piloto, procurando verificar se ele apresenta os elementos: fidedignidade – obter
os mesmos resultados, independente de quem o aplica; validade – analisar se todos os
dados recolhidos são necessários à pesquisa ou se nenhum dado importante tenha ficado
de fora durante a coleta; operactividade – verificar se o vocabulário apresenta-se acessível
e se está claro o significado de cada questão (MARCONI e LAKATOS, 2003).

Gil (2002) corrobora com a ideia da importância de testar cada instrumento, com o intuito
de: (a) desenvolver os procedimentos de aplicação;

(b) testar o vocabulário empregado nas questões; e

(c) assegurar-se de que as questões ou as observações a serem feitas possibilitem medir


as variáveis que se pretende medir” (p. 132).

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Para Marconi e Lakatos (2003), por meio do teste piloto, pode ocorrer: estimativa dos
resultados, alteração das hipóteses, modificação das variáveis, como também a relação
entre as mesmas; desta forma, oferecendo maior segurança e precisão para o
desenvolvimento da pesquisa.

Após a elaboração das questões, uma possibilidade para verificar se as mesmas estão
condizentes com o que se pretende coletar de dados, trata-se do encaminhamento destas
questões por parte do pesquisador aos seus pares, solicitando que estes a avaliem.

Marconi e Lakatos (2003) ressaltam que o pré-teste é aplicado em uma amostra reduzida
e esses participantes não deverão fazer parte da amostra final, quando efetivamente serão
analisados os resultados coletados para a realização do estudo. Gil (2002) corrobora com
essa questão, indicando que o teste piloto deve ter a participação da população o mais
similar possível daquela que efetivamente constará na pesquisa.

1.9.Vantagem de elaborar o termo de consentimento informado no


desenvolvimento das pesquisas em enfermagem

Neste ponto é feita uma abordagem sucinta dos principais aspectos presentes ou ausentes
nas estipulações legais de diversos países de modo a podermos ficar esclarecidos sobre as
diferenças culturais, políticas e sociais subjacentes às diversas legislações

Muitos procedimentos médicos podem trazer consequências para o paciente, seja durante
ou após a sua realização. Muitos desses riscos são inerentes ao próprio procedimento e
não decorrem de erro médico. Por isso, o Termo de Consentimento Informado é
exigido.

Ele permite esclarecer ao paciente sobre todos os riscos a que ele estará submetido se
optar pela realização do tratamento médico. Ao estar consciente desses riscos, o paciente
pode optar por realizar ou não o procedimento, tendo em vista a sua autonomia pessoal.

Apesar de ser um documento bastante conhecido entre médicos e profissionais da área de


saúde, são comuns as dúvidas sobre o Termo de Consentimento Informado. Pensando
nisso, criamos um artigo abordando seus requisitos, sua importância, validade jurídica e
se existem casos em que ele é dispensável.

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2.O que é o Termo de Consentimento Informado

O Termo de Consentimento Informado é um documento que permite ao paciente


conhecer, de forma clara, todos os detalhes relativos ao procedimento médico a que será
submetido. Tudo para a garantia da sua integridade física e para a formação da sua
decisão.

Para que cumpra com a sua função primordial, que é informar o paciente, o Termo de
Consentimento Informado deve ser bem detalhado, abordar todos os pontos relativos
ao procedimento médico e ser transparente quanto aos riscos. O termo deve ser assinado
pelo próprio paciente ou por seu representante legal, quando incapaz.

Um dos principais aspectos do Termo de Consentimento Informado é que, ao assinar,


o paciente demonstra expressamente o seu interesse em passar pelo procedimento, apesar
dos riscos que ele apresenta.

Isso é fundamental, tendo em vista que minimiza o médico da responsabilidade jurídica


pelos riscos previamente elencados. Como todos os procedimentos médicos são distintos
uns dos outros, cada um deve contar com um Termo de Consentimento
Informado específico. Documentos genéricos não devem ser utilizados.

2.1. Requisitos do Termo de Consciência Informado

Existem três requisitos básicos para que o Termo de Consentimento Informado seja
válido juridicamente falando: capacidade, informação e consentimento livre e
esclarecido. Sem eles, o documento perde a sua validade jurídica, por não observar os
requisitos básicos. Vejamos um pouco sobre cada um deles.

1. Capacidade

A capacidade está relacionada ao pleno gozo das faculdades mentais para deliberar sobre
o acordo. Crianças, por exemplo, não podem assinar o Termo de Consentimento
Informado, por serem consideradas incapazes pelo Código Civil Brasileiro. Isso significa
que o termo deve ser assinado por seus representantes legais, como pais, tutores e
curadores.

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2. Informação

A informação é um dos principais requisitos do Termo de Consentimento Informado.


Diz respeito aos dados contidos no termo, que servem para orientar o paciente acerca do
procedimento, suas características e riscos envolvidos. Sem a informação correta o
paciente fica inapto de tomar uma decisão.

Além disso, informações incorretas, confusas ou a falta de informação comprometem a


validade do acordo. O médico é o especialista na área, conhecedor do procedimento. O
paciente, por sua vez, não conhece os detalhes técnicos. Se houver má fé do médico, ao
deixar de informar corretamente, o termo pode ser questionado.

3. Consentimento

O consentimento é a demonstração expressa de interesse, por parte do paciente, em se


submeter ao procedimento médico, mesmo sabendo de todos os riscos que possam estar
envolvidos – informados no Termo de Consentimento Informado. Esse consentimento
deve ser sempre voluntário. Vícios como fraude ou coação física ou moral invalidam o
termo.

Esse consentimento, no caso do Termo de Consentimento Informado, é dado através


da assinatura do paciente. A manifestação verbal não é considerada válida, sendo
essencial a assinatura, própria ou do representante, para que o termo seja considerado
válido.

2.2.O paciente pode fazer perguntas?

Um dos pontos inclusos no Termo de Consentimento Informado é a possibilidade de o


paciente elaborar perguntas ao médico, caso entenda que as informações presentes no
termo não sejam claras o suficiente. É importante que o paciente só assine o termo após
sanar todas as suas dúvidas junto ao médico responsável, para que não reste nenhum ponto
obscuro.

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2.3. Quando ele não é necessário?

Existem alguns casos específicos em que o Termo de Consentimento Informado é


dispensável. O primeiro deles envolve o risco de morte do paciente, caso não passe pelo
procedimento médico. Também se aplica aos casos de grave lesão física, que necessite de
cuidados especiais e urgentes.

O segundo caso em que o Termo de Consentimento Informado não se faz necessário,


é o tratamento compulsório. Por tratamento compulsório entendem-se aqueles que são
realizados mesmo que o paciente não queira. Um exemplo disso é a vacinação obrigatória.

2.4. Qual a importância do Termo de Consciência Informado para o médico?

Além de ser um documento essencial para a informação do paciente, também serve de


proteção aos médicos envolvidos no procedimento. Isso porque o paciente, ao aceitar se
submeter ao procedimento, assume os riscos elencados no termo. Caso algum desses
riscos se verifique na prática, o médico não é responsabilizado.

Claro, existem exceções. Se o médico for negligente, imprudente ou imperito


tecnicamente durante o procedimento médico, ocasionando dano ao paciente, o termo
deve ser desconsiderado. Ele protege o profissional apenas pelos atos médicos realizados
em fiel cumprimento dos padrões estabelecidos para a profissão e procedimento.

Em razão da sua importância, o Termo de Consentimento Informado deve ser utilizado


por todos os profissionais da área de saúde. Constituindo-se um importante documento,
tanto para o profissional, quanto para o paciente, que pretenda se submeter a um
procedimento médico.

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Conclusão
Para a realização de qualquer tipo de estudo científico ou seja trabalho de campo é
determinante identificar quais instrumentos de pesquisa adequados para o
desenvolvimento do trabalho. Este ensaio se propôs a apontar determinadas
características de alguns instrumentos utilizados em pesquisas de abordagem qualitativa,
mais especificamente identificando vantagens e limitações, fidedignidade e
confiabilidade dos instrumentos de observação, questionário, entrevista, formulário,
escala social e teste, com o intuito de poder contribuir para que pesquisadores façam as
escolhas mais apropriadas para os seus respectivos estudos científicos.

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Referências Bibliográficas

DUARTE, R. Pesquisa qualitativa: reflexões sobre o trabalho de campo. Caderno de


Pesquisa, n. 115, p. 139-154, março/2002.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.Métodos e
técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999.

MARCONI, M. de A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos de metodologia científica. 5. ed.


São Paulo: Atlas, 2003.

RUDIO, F. V. Introdução ao projeto de pesquisa científica. Petrópolis: Vozes, 1986.

MARCONI, M.A., & LAKARTOS, E.M. (2010). Fundamentos de Metodologia


científica, 5a edição Paulo: Atlas. ➢ MARCONI, M.A., & LAKARTOS, E.M. (2011).
Metodologia científica, 7a edição, são Paulo: Atlas ➢ MARCONI, M. A., LAKATOS,

E. M. (2007).Técnicas de Pesquisa, 6ª. Ed. Atlas: São Paulo ➢ MATTAR, J.

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