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DELEGAÇÃO DE CHIMOIO
DISCENTES:
Eurípedes Josué
DOCENTE:
LICENCIATURA EM DIREITO
Chimoio, 2023
INSTITUTO SUPERIOR MUTASA
DELEGAÇÃO DE CHIMOIO
DISCENTES:
Eurípedes Josué
DOCENTE:
LICENCIATURA EM DIREITO
Chimoio, 2023
Índice
pag.
Capítulo I: Introdução................................................................................................................5
1. Objectivo geral................................................................................................................6
2. Objectivos específicos.....................................................................................................6
3. Metodologia de pesquisa.................................................................................................6
1. Definição.........................................................................................................................7
2. Composição do orçamento..............................................................................................8
2.1. Receitas....................................................................................................................8
2.2. Despesas...................................................................................................................8
3. Realidades semelhantes.................................................................................................10
6.1. Generalidades.........................................................................................................13
Conclusão.................................................................................................................................15
Bibliografia..............................................................................................................................16
Capítulo I: Introdução
O presente trabalho visa abordar acerca do Orçamento do Estado Moçambicano; fará uma
análise exaustiva em torno do tema em causa.
1
No sentido de situar-se entre o orçamento do estado e os planos económico-sociais do mesmo Estado.
2
Referimo-nos a vinculação de votar e não a vinculação de aprovar, não obstante haja defensores do
entendimento de que é um dever que impede sobre a Assembleia aprovar o orçamento e que a sua não
aprovação significaria um acto de paralisação do Estado, equivalente a um golpe de Estado (SOUSA,
Franco, ob. Cit., p.408) ou a um voto de não confirmação ao Governo.
3
A votação pode conduzir a uma aprovação total ou parcial do orçamento.
4
SOUSA, Franco, ob. Cit., p.411.
5
1. Objectivo geral
Analisar o Orçamento do Estado Moçambicano.
2. Objectivos específicos
Conceituar o Orçamento do Estado;
Descrever e expor a composição do Orçamento do Estado;
Explicar o processo orçamental.
3. Metodologia de pesquisa
6
Capítulo II: O Orçamento do Estado Moçambicano
1. Definição
O Orçamento de Estado (OE) é um documento único, apresentado sob a forma de lei, que
comporta uma descrição detalhada de todas as receitas e despesas do Estado, propostas pelo
Governo e autorizadas pela Assembleia da República (AR), e antecipadamente previstas para
um horizonte temporal de um ano. O OE é um elemento económico, político e jurídico.
“O Orçamento do Estado é uma previsão, em regra anual, que fixa as despesas à realizar
pelos Estado, as receitas para sua cobertura e incorpora a autorização e os limites dos
exercícios dos poderes financeiros pela Administração”.5
5
Esta definição inspirada na do Professor Sousa Franco (ob. Cit., p. 336) e Pereira de Sousa (ob. Cit.,
86)
7
b) Orçamento de gerência – quando este inscreve aqueles dos dois instrumentos
financeiros (receitas e despesas), no momento em que devem ser cumpridas as
obrigações ou exercícios dos direitos correspetivos.
2. Composição do orçamento
2.1. Receitas
Esta componente diz respeito a todos os recursos financeiros cujo beneficiário é o Estado, e
tem em vista o financiamento de despesas públicas. No sentido restrito são consideradas
receitas do Estado as obtidas através do pagamento de impostos ou de obrigações ao Estado
pela provisão de determinados bens e serviços, vendas patrimoniais, portanto todos os
recursos resultantes da própria actividade do Estado. No sentido mais amplo, as receitas
públicas incluem para além destes itens os recursos provenientes de donativos e empréstimos.
2.2. Despesas
Esta é a componente dos gastos do governo e também se designam por “despesas públicas”
ou “gastos públicos”. Governos podem gastar seus recursos, por exemplo, no procurement
(aquisições) de bens e provisão de serviços, para pagar o serviço de dívidas, fazer
investimento, e outras despesas com vista a satisfazer as necessidades públicas.
Este poderá ser um superavit ou um deficit. O superavit orçamental ocorre quando as receitas
do Estado são maiores que as despesas. Um deficit no orçamento ocorre quando as despesas
do governo são maiores que as receitas, e neste caso deverão ser encontradas alternativas de
financiamento às despesas não cobertas.
8
Pode-se olhar com atenção a composição do orçamento do Estado em Moçambique
(em milhões de meticais)
Saldo - 19 - 25 003 - 30 - 51
orçamental 402 505 926
Fonte: Fonte: Instituto Nacional de Estatística - INE (vários anuários) e Conta Geral
do Estado - CGE (vários anos)
DIMENSÃO FUNÇÃO
9
3. Realidades semelhantes
Pela importância na distinção do orçamento, por, dada a proximidade, com ele podem
confundir-se, tais como a conta do Estado, o orçamento das pessoas privadas, o Plano
Economico e os orçamentos Administrativos.
Avalia e confronta o ativo e passivo do Estado num determinado momento, por forma a
apurar a sua situação patrimonial.
10
A LEOE, visa facilitar o processo de elaboração, aprovação, execução, controlo e fiscalização
do orçamento através:
A LEOE e toda a legislação que lhe é complementar, veio criar um quadro orçamental mais
adequado às necessidades de uma intervenção pública moderna, eficaz e eficiente, que
cumpre com as exigências de uma economia de mercado funcional e uma democracia
parlamentar.
A sua introdução constitui um passo preponderante para que o orçamento do Estado passe a
cumprir de forma mais satisfatória as funções que lhe competem, sejam elas de natureza
económica ou politica. É já sabido que o orçamento tem a natureza jurídica de lei formal,
posição de decorre, alias, dos nºs. 4 e 5 do Artigo 26° da Lei do SISTAFE que estabelece que
a Assembleia da Republica delibera a proposta de Lei do orçamento do Estado6.
6
Em sentido idêntico estabelecia a Lei nº. 15/97, de 10 de Julho, de Enquadramento do
11
A Lei SISTAFE é uma lei reforçada não podendo ser contraída por concretos actos
orçamentais, sob pena de ilegalidade ou inconstitucionalidade indirecta.7
A proposta de Orçamento é apresentada e votada nos prazos fixados na lei, a qual prevê os
procedimentos a adoptar quando aqueles não puderem ser cumpridos.
A Lei do Orçamento do Estado não é uma mera lei de organização mas um acto concreto de
disposição de cuja conformidade depende a validade de actos administrativos e cuja violação
determina sanções.
7
SOUSA, Franco, A, ob, cit., p. 397
12
O Orçamento do Estado pode ser estruturado por programas ou projectos plurianuais,
devendo neste caso inscrever-se no orçamento os encargos referentes ao ano a que dizem
respeito.
A lei define as regras de execução do orçamento e os critérios que devem presidir à sua
alteração, período de execução, bem como estabelece o processo a seguir sempre que não seja
possível cumprir os prazos de apresentação ou votação do mesmo.
6. Processo orçamental
6.1. Generalidades
O processo orçamental tem sido, ao longo das últimas cinco décadas e um pouco por todo o
mundo, alvo de uma constante evolução, esta que é resultado de entre outros factores das
mudanças operadas nos sistemas políticos nas teorias económicas, nas abordagens de gestão
orçamental, nos princípios contabilísticos e na conduta da Administração Publica.
O processo orçamental é contínuo não se limita a cada ano económico, ou seja, não é um
processo que se esgota no próprio ano económico, mas que tem continuidade ao longo do
tempo.
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O processo orçamental envolve uma imensidade de informação e refere com varias áreas,
sectores e políticas. Por conseguinte, ele implica a participação de vários órgãos da
administração pública.
Contudo, há que destacar o importante papel desempenhado ao longo de todo processo pela
Direcção Nacional do Plano e Orçamento (DNPO), instituição responsável pela programação
e orçamentação e despesas, e pela monitoria do orçamento.
No nosso país, o processo orçamental tem vindo a ser alvo de profundas reformas, com vista
a aproximar a afectação de recursos dos objectivos, metas e políticas traçadas.
O processo orçamental em Moçambique, tal como descrito na LEOE, compreende cinco (5)
fases distintas:
A começar com a elaboração da proposta de Lei do Orçamento (fase 1), que é a seguir
apresentada à AR para a sua aprovação (fase 2).
Tendo sido aprovado, o orçamento é executado (fase 3) podendo ser sujeito a alterações
previstas na lei.
Findado o ano económico, procede-se ao enceramento das contas (fase 4), as quais são depois
fiscalizadas (fase 5).
De referir que pela sua natureza política existem ainda outras instituições externas ao governo
que também participam no processo orçamental, tais como a AR (nas fases de aprovação e
fiscalização) e o Tribunal Administrativo (na fase de fiscalização).
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Conclusão
15
Bibliografia
16