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UNIVERSIDADE INDEPENDENTE DO PAÍS

FACULDADE DE LETRAS

A lógica da contribuição para a segurança social: caso de INSS

Discente: Docente: Desconhecido

Veloso Rodrigues

Maputo, Junho de 2023


UNIVERSIDADE INDEPENDENTE DO PAÍS

FACULDADE DE LETRAS

Curso: Básico

Regime: Laboral

Nível: 1 ano

Discentes:

Veloso Rodrigues Jr.

A lógica da contribuição para a segurança social : caso de


INSS.

Avaliação normal, que visa


aprovação como mecanismo
essencial na cadeira de.....

Maputo, Junho de 2023


Sumário

Lista de siglas e acrónimos 0.


1.1.1 Identificação do problema 1
Objectivos 2
1.2 Geral: 2
Compreender a origem, desenvolvimento e o funcionamento da segurança social
em Moçambique. 2
1.2.1 Específicos: 2
1.2.2 Hipótese Erro! Marcador não definido.

1.4. Justificativa 3
2.1 Surgimento da Segurança Social em Moçambique 5
2.2. Enquadramento legal 6
2.2.1 Classificação da segurança social de acordo com a lei da PS (4/2007 ) 7
2.3 ‣Direitos e obrigações dos contribuintes do INSS 9
2.4 Observação da evolução do INSS e do nível de cobertura da segurança social
obrigatória adoptada em 2015 e iniciada em 2016, introduzido pelo Decreto n
˚14/2015 10
Impacto da Crise da ematum e da covid˗19 para o INSS 11
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS : 13
3.1 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS: 15
Sites consultados 15
Lista de siglas e acrónimos

DPE – Departamento de Planificação e Estatístico

INSS – Instituto Nacional de Segurança Social

OIT – Organização Internacional do Trabalho

PEA – População Economicamente Activa

PS – Protecção Social

RH - Recursos Humanos

SSB – Segurança Social Básica

SSC – Segurança Social Complementa

TCO – Trabalhador por Conta de Outrem

TCP – Trabalhador por Conta Própria


INTRODUÇÃO

O presente trabalho debruçar-se-á sobre a lógica da contribuição para a


segurança social: o caso do Instituto Nacional de Acção Social (INSS), tendo
como ênfase os anos de 2016-2021 por terem ocorrido grandes mudanças na
mesma organização pública. Mudando algumas estratégias usadas, Devemos
entender que a protecção social é considerada de forma geral como um dos
princípios que norteiam um estado, contudo pode compreender-se que a
segurança social é parte dos direitos sociais. A segurança social geralmente é
vista como mínima solução para os problemas futuras ou incapacidades que
possam advir, como solução no caso de deparar-se com impossibilidade de
exercer uma determinada actividade possa receber um auxílio, assim isso pode
garantir a mínima segurança e poder de compra. Deste modo O mundo de hoje,
encontra-se num processo de plena busca pela produção máxima e custo
máximo. Tal objectivo deve-se ao fato da procura do desenvolvimento por parte
dos subdesenvolvidos e, pela busca do controle económico mundial por parte
dos países desenvolvidos. Evidentemente, que esse interesse geral está
relacionado com o bem-estar do ser humano, pois o Estado tem como meta
principal, a sociedade.

E para melhor compreender a lógica da segurança social, organizou-se o


trabalho em três partes:

Na primeira parte I (enumeramos de forma clara os objectivos gerais e


específicos, a metodologia e a técnica usada), na parte II (faz-se uma breve
contextualização, conceitos inerentes a segurança social, a origem do INSS,
enquadramento legal e requisitos para fazer parte dos inscritos ao INSS) e ,III e
a última parte (o nível de cobertura da segurança social obrigatória adoptada
em 2015 como sendo uma das grandes mudanças que ocorreu nesta
organização faz-se a conclusão e as respectivas sugestões) e por fim citam-
se as devidas referencias usadas para a elaboração deste trabalho para a
devida verificação e credibilidade do mesmo..

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1.1.1 Identificação do problema

Segundo o INE (2019) em Moçambique existem 30,832,244 de habitantes,


sendo que 15,946,457 são mulheres (correspondendo a 52,2%), não menos
importante, os dados avançados pelo Departamento de Planificação e
Estatística do INSS deste total da PEA apenas 8 milhões está empregada no
Sector Formal de trabalho e os restantes encontram-se empregados no sector
informal de trabalho. Por esta razão foi aprovada em 2015 uma lei que visa a
inclusão dos trabalhadores informais como mecanismo de incluir todos os
trabalhadores na esfera da segurança social, porém mesmo assim há um
exclusão dos trabalhadores inseridos no sector informal. Nesta senda
identificamos como problema: Até que ponto as conjunturas críticas levaram
ao surgimento da segurança social obrigatória em Moçambique.

Objectivos

1.2 Geral:

 Compreender a origem, desenvolvimento e o funcionamento da


segurança social em Moçambique.

1.2.1 Específicos:

 Caracterizar a segurança social

 Contextualizar a origem do INSS em Moçambique

 Citar os diferentes instrumentos legais que versam sobre a contribuição


para a segurança social

1.2.2 Hipótese

As conjunturas criticas foram um elemento importante para o surgimento do


sistema de segurança social e em particular do INSS, deste as guerras, a
pobreza, as pressões globais e em particular as leis.

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1.2.3 Metodologia

O presente estudo adoptou como metodologia, a pesquisa bibliográfica,


documental e a entrevista.

Segundo Marconi e Lakatos (1992), a Pesquisa bibliográfica é o levantamento


de toda a bibliografia já publicada, em forma de Livros, Revistas, publicações
avulsas e imprensa escrita. Para Gil (2002 p. 44), pesquisa bibliográfica “ é
desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente
de livros e artigos científicos”.

Entrevista para Gil (1989, p. 113) “a entrevista é uma das técnicas de colecta de
dados mais utilizadas no âmbito das ciências sociais e considerada como
técnica por excelência na investigação social, é uma técnica eficiente para a
obtenção de dados acerca do comportamento humano”.

Entretanto para este trabalho foram entrevistados 4 trabalhadores do INSS com


mais de dez anos, escolhidos aleatoriamente e o Sr. Macúacua (responsável
pelos RH).

1.4. Justificativa
A delimitação do tema e a formulação da pergunta de partida advém da
recomendação do Docente, mas, o mesmo foi delimitado devido a vários
mecanismos, que os governos a nível mundial têm desencadeado nos últimos
anos para fazer face a conjuntura moderna e a preocupação do governo de
Moçambique em englobar todos os cidadão na esfera da protecção social, a
prova disso foi a reforma introduzida pelo decreto de 2015, mas, além do facto
da preocupação destacam-se a questões das crises que o mundo tem
enfrentado e Moçambique tem se ressentido, a titulo de exemplo é a crise da
covi-19 que mostrou-nos que há necessidade da criação de um sistema de
segurança social eficaz e mais serene para fazer face a demanda e as
questões adversas do mundo moderno. Deste modo o presente trabalho visa
fazer compreenderem a lógica da segurança social, o surgimento no País e a
importância do INSS.

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2. Contextualização

A segurança social é uma preocupação dos grandes governos nas últimas


décadas e Moçambique não ficou alheio a esta questão. Para poder entender-
se a segurança social é preciso trazer alguns conceitos basilares que ao longo
do tempo têm sido discutido e tem vindo a mudar, mas não se pode deixar de
lado facto o conceito de segurança social ser polissémico, visto que admite
vários significados, apesar de os mesmos serem similares.
Nesta senda a OIT define a Segurança Social como sendo a protecção que a
sociedade proporciona aos seus membros através de uma série de medidas
públicas contra as carências sociais e económicas que de outra forma
poderiam ocorrer pela supressão ou redução substancial dos rendimentos por
motivos de doença, maternidade, acidente de trabalho, desemprego, invalidez,
velhice e morte. Apesar de que o nosso País ainda esta longe de ter um
sistema de segurança social mais serio em termos da segurança social, que o
OIT defende. Por seu turno Quive (2007), “A protecção social é vista como
parte integrante dos direitos sociais veiculados pela Política Social de cada
país”.
Um conceito básico, mas focar-nos-emos ao conceito que a OIT traz, por ser
um pouco complexo e ser de estrema importância a sua compreensão e por
ser uma organização de grande magnitude a nível internacional e nacional,
organização cujo Moçambique faz parte em termos de acordos. Parte-se da
ideia de que Moçambique é signatário de diversos acordos.
Depois de entender o conceito da segurança social e sendo um elemento de
extrema importância para os governos e para todos os cidadãos especialmente
para as pessoas que vivem em países pobres, a mesma segurança social tem
como objectivo primordial trazer uma vida minimamente digna em situações
caóticas ou de uma conjuntura critica e não desamparando o cidadão por
completo, pese embora não podemos entender a segurança social como um
apoio a medida que o cidadão futuramente irá receber o que contribuiu através
de cortes feitos durante o trabalho formal ou informal:
A protecção social visa garantir uma segurança humana digna,
libertando os cidadãos dos dois seguintes medos cruciais no ciclo da
vida humana: Medo da carência, sobretudo alimentar e profissional,

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seja acidental, crónica ou estrutural e Medo da agressão e

desprotecção física e psicológica (FRANCISCO, 2010: 39).Tal como

antes dito pelo autor acima referido, devemos aceitar a


questão de que o nosso país precisa melhorar a lógica do
INSS para garantir uma segurança humana digna. Não
podemos recusar a relevância da protecção social e a
devida preocupação que os governos do mundo tem
mostrado apesar da mesma não ser alcançada até então,
entretanto esta preocupação foi iniciada a anos no mundo
influenciado por crises e desafios que todos foram
deparando-se em Moçambique.

2.1 Surgimento da Segurança Social em Moçambique

Em Moçambique a preocupação com a segurança social não é una questão


recente e surge como um dos produtos da inteiração entre os eventos internos
e os processos históricos globais, tal como por questões políticos e sociais,
porque o nosso pais não é um pais isolado dos demais, facto este que pode ser
analisado através das afirmações feitas por dois pensadores, nomeadamente
Nguenha (2000), que diz que "a colonização, factor de envolvimento das
sociedades africanas na modernidade, através da expansão do capitalismo a
nível mundial". Esta analise pode ser sustentada pela ideia de que" a mudança
social implica a substituição das estruturas tradicionais pelas modernas
"(Schapera, 2001), deste modo o nosso País viu-se obrigado a mudar, ou seja,
reformar Com isso pode compreender-se que já há bastante tempo existia há
preocupação com a segurança social, mas, foi modernizado e oficializado ao
longo do tempo devido a factores nacionais e globais, porém, não se pode
afirmar que a introdução da segurança social no mundo moderno seja uma
questão de preocupação que os governos tem em relação ao bem estar social,
este pensamento tem sido defendido e pode ser verificado nos governos de
países desenvolvidos com um elevado índice, deste modo é por isso que
(BARBALET ,1989) enfatiza que "os objectivos dos sistemas de segurança

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social vão para além da garantia da subsistência aos trabalhadores
carenciados e procuram salvaguardar uma ordem politica e económica " por
isso a tal questão, onde os países criam organizações para fazer face a tal
questão e poder apoiar em caso de necessidade mas, não podemos olhar
como apoio, porque a contribuição foi feita pelo trabalhador no activo, é por
isso, que as entidades tem tido fundo autónomo e diferentemente da maioria
das organizações que dependem do fundo do orçamento do estado
especialmente em países em via de desenvolvimento, em Moçambique a
organização que recebe as contribuições é o Instituto Nacional de Segurança
Social (INSS). A mesma não depende de fundo do orçamento do estado e sim
do trabalhador, o quê mostra que o INSS é uma organizações estatal que
consegue suprir suas necessidades, a mesma entidade é responsável pelo
pagamento da aposentadoria e outros benefícios aos trabalhadores das
empresas e demais segurados, como micro empreendedores individuais e
contribuintes individuais. Onde tem como missão gerir os regimes de
segurança social obrigatória e efectuar o reconhecimento dos direitos e
cumprimento das respectivas obrigações, deste modo a visão do INSS é ser
uma entidade de referência em matérias de segurança social.
Não menos importante há que realçar que a gestão do INSS é confiada a um
conselho de administração, que obedece a constituição tripartida, através da
representação em igual número do estado, entidades empregadoras e
sindicatos.

2.2. Enquadramento legal


Moçambique é um pais que tem vários acordos com os demais e o governo
tem mostrando-se preocupado com a questão da segurança social, o que pode
ser observado na lei mãe que defende no Artigo 85 que “Todo o trabalhador
tem direito à protecção, segurança e higiene no trabalho”. E no Artigo 95 que
“Todos os cidadãos têm direito à assistência em caso de incapacidade e
velhice e o Estado promove e encoraja a criação de condições para a realização
deste direito”. (CRM,2018). Ademais, não podemos olhar como uma questão
estatuída hoje na CRM em Moçambique, porque esta questão pode ser
observada na CRM de 2004.
Depois de vários factores alistados como sendo o motivo crucial para o

6
surgimento do INSS no país devemos analisar o enquadramento legal, sendo as
leis, que regem o órgão acima, contudo há que referir que poucas vezes a lei
que guia o INSS foi revogada, desde a criação da mesma ente, visto que apenas
uma vez foi revisada, mas não se pode deixar de lado os decretos que tem
complementado a lei do INSS.
Em Moçambique o sistema de segurança social foi criado a 18 de Setembro de
1989 pela lei n ˚ 5/89. A informação está plasmado no artigo n˚1 que cria o
sistema de segurança social e a partir desta decisão tornou-se clara a
necessidade de se envidarem esforços no sentido de paulatinamente garantir-
se a subsistência material dos trabalhadores.
Outras medidas desenvolvidas pelo Governo envolvem a criação da Lei do
Trabalho (Lei n.º 23/2007, de 01 de Agosto) e a criação da Lei da Protecção
Social e categoricamente mostra que a segurança social é um direito, a (Lei
n.º 4/2007, de 7 de Fevereiro) cujo estabelece que:

A protecção social tem por objectivo atenuar, na


medida das condições económicas do país, as situações de pobreza
absoluta das populações e garantir a subsistência dos trabalhadores
nas situações de falta ou diminuição de capacidade para o trabalho,
bem como dos familiares sobreviventes em caso de morte dos
referidos trabalhadores e conferir condições suplementares de
sobrevivência (Artigo 2 da Lei n.º 4/2007, de 7 de Fevereiro).

Na mesma foi decidido que o corte da contribuição para o


INSS seria de 7% repartida entre a entidade empregadora
e o empregado, na mesma foi introduzido de forma
simbólica a contribuição do sector informal à segurança
social, entretanto a mesma aprovação era de forma
simbólica, visto que não era cumprido.

A lei supracitada classifica o Sistema de Protecção Social em Moçambique em


três níveis, designadamente: Segurança Social Básica, Segurança Social
Obrigatória e Segurança Social Complementar.

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2.2.1 Classificação da segurança social de acordo com a lei da PS
(4/2007 )

• Segurança Social Básica, de acordo com o Artigo 7


A segurança social básica abrange os cidadãos nacionais incapacitados
para o trabalho, sem meios próprios para satisfazer as suas
necessidades básicas, e esta em cargo do Instituto Nacional de Acção
social (INAS) este subsistema é financiado principalmente pelo
Orçamento Geral do Estado e gerido pelo INAS. Por isso não iremos
discutir de modo exaustivo, visto que coube ao INAS, uma outra entidade
publica, que não é o nosso objecto de estudo.

 Segurança Social Obrigatória


De acordo com o Artigo 11 da Lei da PS, a segurança social obrigatória
compreende os regimes 12 e a respectiva entidade gestora e concretiza-
se através de prestações previstas nos Artigos 19 e 21 da Lei de PS. E o
Artigo 13 a mesma Lei estabelece que no âmbito da SSO são
desenvolvidos programas de acção sanitária e social. Esta Lei
estabelece também no seu Artigo 14 quanto a inscrição na SSO:
1. A inscrição na segurança social obrigatória abrange os
trabalhadores por conta de outrem e por conta própria, nacionais e
estrangeiros residentes em território nacional e as respectivas entidades
empregadoras;
2. As entidades empregadoras são obrigadas a inscrever os
trabalhadores ao seu serviço;
3. Incumbe aos trabalhadores por conta própria proceder à sua
inscrição;
Regime de Trabalhadores por Conta de Outrem e Regime de
Trabalhadores por Conta Própria.

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Observando a segurança social obrigatória por ser a questão basilar deste
trabalho a medida que a responsabilidade da entidade publica, que estamos a
analisar, o INSS é uma entidade pública, dotada de personalidade jurídica, de
autonomia administrativa e financeira e de património próprio, criado ao abrigo
da lei.

O subsistema da Segurança Social Obrigatória na verdade destina-se a


trabalhadores assalariados na economia formal e, há 7 anos acrescentou-se,
trabalhadores por conta própria (Decreto n.º 14/2015). A segurança social
proporciona benefícios a curto e longo prazo, incluindo o subsídio de
maternidade e de doença, a pensão de velhice e de sobrevivência.

Na verdade o subsistema é financiado pelas contribuições dos trabalhadores e


empregadores (ou, no caso de trabalhadores independentes, apenas dos
trabalhadores).

No sector privado, é gerido pelo Instituto Nacional de Segurança Social e no


sector público, pelo Instituto Nacional de Providência Social e pelo Banco de
Moçambique, mas apenas focar-nos-emos no nosso objecto de estudo que é o
INSS.

De modo geral esta obrigatoriedade pode ser coercivo em alguns casos visto,
que para as empresas a não entrega ou retenção ao INSS as contribuições
deduzidas nas remunerações dos trabalhadores constitui um crime de acordo
com o código penal.

• Segurança Social Complementar

O Artigo 31 da Lei de PS estabelece que a Segurança Social Complementar


(SSC) abrange, com carácter facultativo, as pessoas inscritas no sistema de
segurança social obrigatória e o Artigo 32 esclarece que a SSC visa reforçar
as prestações da segurança social obrigatória, através de modalidades
sujeitas à homologação pelo órgão de supervisão por proposta da entidade
gestora.

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2.3 ‣Direitos e obrigações dos contribuintes do INSS

a)Inscrição da empresa e dos trabalhadores

A empresa é responsável pela sua inscrição e a dos seus trabalhadores no


sistema de segurança social. A inscrição deve ser efectuada no prazo de 15
dias a contar da data do inicio de actividades. No inicio da criação do INSS
somente as empresas com 15 trabalhadores podiam escrever-se mas, hoje
devido a evolução até as empresas com um trabalhador podem escrever-se a
medida visa incluir ainda mais os trabalhadores.
2.3.1 Requisitos para a pré-inscrição da empresa:

 Alvará ou licença simplificada;


 Modelo 2 das finanças - início das actividades;
 NUIT;
 Documento de identificação proprietário ou do
representante;
 Boletim da República ;
 Preencher o boletim de identificação do contribuinte se o
documento de identificação do proprietário ou do representante por
passaporte;
 Modelo 3 das finanças para cessação de actividades;
 Certidão de Trepasse.
2.3.2 Requisito para a pré-inscrição de beneficiários

‣Documento de identificação do beneficiário

2.3.3 Taxa global de contribuições para o sistema de segurança social

a) A taxa global de contribuições para o sistema segurança social é


fixada em 7% das remunerações e adicionais pagos mensalmente ao INSS pelo
trabalhador e pelas respectivas empresas.
b) A repartição da taxa global de contribuições entre empresas
(contribuintes) e trabalhadores (beneficiários) é de 4% e 3% respectivamente.

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2.4 Observação da evolução do INSS e do nível de cobertura da segurança
social obrigatória adoptada em 2015 e iniciada em 2016, introduzido pelo
Decreto n ˚14/2015

Na verdade esta pode ser a maior reforma introduzida pelo INSS, isso é um
facto é por isso que não podíamos deixa de lado aquilo que é a grande
mudança, ou seja, reforma que ocorreu no INSS, parte, a aprovação deste
decreto resulta da preocupação que os governos tem de garantir a segurança
social e pelo facto de Moçambique ter a maior parte da população no sector
informal e antes não era coberto pela segurança social, o que fugia da lógica da
segurança social e das próprias leis que visam a inclusão na esfera da
segurança social, tal como antes dito, a Preocupação com o sector informal
não é de hoje, visto que a lei de 2007 já abordava essa questão, entretanto a
questão tem sido exposto devido ao numero das pessoas no sector informal,
visto que Segundo o INE (2019) existem 30,832,244 de habitantes, sendo que
15,946,457 são mulheres (correspondendo a 52,2%), Não menos importante, os
dados avançados pelo departamento de Planificação e Estatística do INSS
deste total da População economicamente activa apenas 8 Milhões no sector
formal. Por esta razão foi aprovada em 2015 uma lei que visa a inclusão dos
trabalhadores informais, onde a taxa aprovada de contribuição é de 7% por
cada contribuinte, a taxa do sector formal é mais alta que a do sector informal,

Segurança social obrigatória aprovada em 2015 como resultado da aprovação


pelo governo do Decreto n ˚14/2015,o mesmo processo teve início em 2016.

Antes devemos entender que a implementação desta reforma visa a inclusão


de todos na questão da segurança social descrita na CRM Art.95. E deste modo
é preciso reconhecer que Moçambique é um País que grande parte da
população trabalha no sector informal. E para a taxa contributiva para os TCP
foi de 7% do valor de rendimento mensal que na verdade é igual a do sector
formal ou mais alto, porque no sector formal há divisão entre o patronato e o
colaborador, para poder inscrever se deve ter um rendimento mensal não
inferior ao salário mínimo. Isso, permitiu que houvesse mais integrantes
sobretudo do sector informal na esfera da SSO.

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Segundo Cristina (2020, p. 41) Apud. (BRANCO,2020) "ainda existe um grande
desafio não somente quanto a cobertura dos TCP pelo SSO assim como com a
canalização das contribuições para a SSO".

Nesta ideia de debate Branco(2020) afirma que o nível de cobertura ainda é


preocupante e fraco, porque somente 10% dos moçambicanos tem acesso a
este serviço descrito na CRM e na lei. E a medida não tomou em consideração
que os do sector informal têm rendimentos irregulares e baixos. Branco (2020)
vai além ao questionar se a discussão sobre a expansão da Segurança Social
não é apenas conversa para "o boi dormir" implementar na pratica e não na
teoria, Porém, é importante reconhecer que, em Moçambique, políticas
redistributivas não faltam; o que falta são políticas redistributivas orientadas
para a maioria. (Ibd).

Impacto da Crise da ematum e da covid˗19 para o INSS


A Crise da Ematum piorou a situação. Segundo simulações da UNU-
WIDER, a crise resultou no aumento do índice da pobreza de 46,1 % em 2014, e
de aproximadamente 60 % em 2016 (Mambo et al., 2018) apud. Kélia e
Branco(2020, P.356)
Por outra, Em 2019 na China surgiu uma pandemia, que rapidamente alastrou-
se a nivel mundial e afectou o setor empresarial e consequentemente os
trabalhadores de várias organizações foram despedidos ou afastados. Os
efeitos da pandemia do COVID-19 atingiram de forma marcante o nível de
emprego em Moçambique, derivado dos impactos negativos que geram nas
empresas. Em 2020 o pais viu se obrigado a adoptar várias medidas para poder
lidar com a nova dinâmica mundial e com isso vários decretos foram
aprovados e as pequenas e medias empresas viram se obrigados a afastar os
seus funcionários especialmente no setor privado.
Na primeira quinzena de Abril, portanto 15 dias após a entrada em vigor do
Estado de Emergência, 146 empresas tinham suspendido 3,454 postos de
empregos, na base do artigo 123 da Lei de Trabalho em vigor em Moçambique.
Até ao final do mês de Abril, portanto, primeiro mês da vigência do Estado de
Emergência, o número de empresas que suspenderam postos de empregos
subiu para 205, implicando que os postos de emprego suspensos mais do que

12
duplicaram atingindo cerca 7,969.
Segundo Branco ,2020 A crise da Covid-19 expôs mais uma vez a
fragilidade do nosso modelo de desenvolvimento económico, e a fraqueza dos
mecanismos de redistribuição existentes, deste modo depois de uma abaganha
de contextualização sobre os pressupostos acima referidos, podemos entender
que a lógica do INSS é muito diferente de varias empresas públicas porque a
maior parte das empresas estatais não gozam de autonomia financeira e além
disso a lógica do INSS ou filosofia do INSS difere do pagamento dos impostos
a medida que o contribuinte ao reformar ou em um estado de necessidade
recebe de acordo com a sua devida contribuição ao longo das contribuições
canalizadas a entidade.
Contudo, depois de ver a lógica do INSS e a grande reforma podemos basear-
nos no critério de eficácia onde pode afirmar-se que a reforma introduzida não
é eficaz porque não consegue abranger a todos do sector informal, uma vez
que, a reforma visava incluir a cobertura dos TCP no SSO, mais somente 10%
da população Moçambicana tem acesso a segurança social obrigatória.
(BRANCO, 2020).

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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS :
Neste trabalho pode concluir-se que as dinâmicas do mundo e do país
levam a grandes mudanças. Assim como o surgimento do INSS, o presente
trabalho visava compreender o INSS que é o órgão público responsável pelo
pagamento da aposentadoria e outros benefícios aos trabalhadores das
empresas e demais segurados, como micro empreendedores individuais e
contribuintes individuais, O INSS foi criado devido a factores políticos, sociais E
regido pela lei. deste modo pôde alcançar-se o objectivo geral, pese embora,
com algumas lacunas. No que concerne ao trabalho de campo podemos
concluir que o INSS carece de mudanças para adequar-se ao contexto actual,
visto que a lei que rege o INSS é antiga (2007) e pode não estar a ser mais
eficaz para o contexto actual.
Pode concluir-se também que há um avanço gradual na cobertura do sistema
de Segurança Social, embora, 10 % da população moçambicana tem acesso a
Segurança Social Obrigatória ou a Segurança Social Básica
O referido órgão carece da transparência no que concerne a finalidade dos
valores não reclamados ao longo do tempo, o subsídio concedido pelo INSS
não faz face ao custo de vida actual e a ineficiência tem deixado de fora os
trabalhadores informais e assim como a falta de informação, porque o INSS
não se preocupa em difundir a informação da existência do Decreto 14/2015,
que visa a inclusão dos trabalhadores informais como resultado da reforma,
mas não se pode ver como recente a inclusão dos TPC porque a lei de 2007 era
abrangente de forma simbólica.
A exclusão dos pobres e dos que contribuem, mas por alguma razão perdem o
emprego ainda é uma realidade em Moçambique. O INSS ainda mostra se
muito fraco em zonas rurais, o que precisa ser ampliado para poder haver
inclusão de todos. O decreto acima pode ser um mecanismo de alcançar - se o
bem estar social e a inclusão de todos que é um ponto positivo, mas o mesmo
facto esta longe de ser alcançado o objectivo final.
Ainda nesta senda, a mesma ente tem deparado-se com a existência de
receptores fantasmas, apesar da prova de vida feita anualmente.
Contudo o INSS tem tentado garantir a segurança social.

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2.6 Sugestões

Recomenda-se que o INSS possa ter um sistema mais abrangente e mais


eficaz, revisão da lei em vigor, clareza para com os inscritos e que os próximos
trabalhos possam sair do INSS da capital, olharem para as razões da
ineficiência e ouvirem os benefícios desta entidade pública.

Em termos estratégicos da organização recomenda-se que a definição do


pagamento da taxa de contribuição para o sector informal possa ser reduzida
porque 7%, como taxa pode ser um mero mecanismo para apenas excluir ainda
mais os trabalhadores da arena informal, não menos importante o subsidio de
aposentadoria precisa ser revisto de acordo com o custo de vida e feita
anualmente tomando em conta a conjuntura do custo de vida, porque este pode
ser um factor preponderante para aumentar os inscritos e evitar frustração. de
alguns aposentados e o atendimento ao cliente ser mais flexível, a garantia do
subsidio em caso de morte ser mais flexível, visto que geralmente o
trabalhador informal paga a taxa na esperança de apoio em caso de estrema
urgência, fazer - se publicidade do direito.

15
3.1 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS

‣BRITO, Cristina, Analise do nível de cobertura do nível DO NÍVEL DE


COBERTURA DA SEGURANÇA SOCIAL OBRIGATÓRIA EM MOÇAMBIQUE:
CASO DE TRABALHADORES POR CONTA PRÓPRIA DO SECTOR DA PESCA
ARTESANAL NOS BAIRROS DE GUACHENE E PRAIA NOVA (2015-2019),2020.

‣Convenção nº 102 da OIT de 1952 sobre a Segurança Social (Normas


Mínimas de Segurança Social) Aprovada na 35ª reunião da Conferência
Internacional do Trabalho (Genebra — 1952), entrou em vigor no plano
internacional em 27 de Abril de 1955

‣FRANCISCO, António. Moçambique: Protecção Social no contexto de um


Estado Falido mas não Falhado. Maputo: IESE, 2010. P. 39-47.

‣KÉLIA,R; BRANCO,C. A segurança social em Moçambique: conversa para o


boi dormir ou um instrumento de redistribuição viável?, 2020.

‣ Moçambique. “Decreto n.º 53/2007, de 3 de Dezembro – Aprova o


Regulamento da Segurança Social Obrigatória”.BR n.º 48, I Série, de 3 de
Dezembro de 2007, 2007 pág. 7-22.

‣Moçambique. 2007a. “Lei n.º 23/2007, de 1 de Agosto – Aprova a Lei do


Trabalho”. BR n.º 31, I Série, de 1 de Agosto de 2007. .

‣NGOENHA , S.E. estatuto e oxiologia da educação . Maputo: Livraria


universitária, 2000.

‣Protecção Social em Moçambique: Uma rede furada de protecção social.


Maputo: Fundação Friedrich Ebert Allen Lane, 2007. P. 13.

‣QUIVE, Samuel António. Sistemas formais e informais de protecção social


desenvolvimento em Moçambique. Maputo: IESE, 2009. P. 7.

Sites consultados :
https://ww.inss.gov.mz

https://www.bancomias.co.mz

https://www.oncorporate.com

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ANEXOS

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ANEXO: Credencial fornecido...... e reconhecido pelo INSS no acto da o

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