05/04/2023, 14:42 Introdução à Segurança Pública

Introdução à Segurança Pública

Site: Ambiente Virtual de Aprendizagem do Ifes Impresso por: Otávio Brito de Albuquerque Cavalcanti Neto
Curso: Fundamentos da Gestão em Segurança Pública Data: quarta, 5 abr 2023, 14:41
Livro: Introdução à Segurança Pública

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Índice

1. INTRODUÇÃO À SEGURANÇA PÚBLICA

2. CENÁRIO

3. REFLEXÃO

4. GESTÃO NA SEGURANÇA PÚBLICA

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1. INTRODUÇÃO À SEGURANÇA PÚBLICA

Vamos falar um pouco sobre Segurança Pública.

Você já deve ter visto que a Constituição Federal traz no seu artigo 144 uma definição sobre esse tema, afirmando que a segurança pública é
dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, e é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do
patrimônio, por meio dos órgãos que compõem o Sistema Único de Segurança Pública - SUSP.

Contudo, é bom lembrar que a segurança pública é um anseio antigo do homem que, desde tempos remotos, sente a necessidade de
organizar-se em comunidade, com regras de convivência e limites a serem seguidos para o equilíbrio das relações.

Para Marceneiro (2011), segurança é, paradoxalmente, uma situação, uma sensação mais lembrada no momento em que falta. E diz, ainda, que
a insegurança debilita física e psicologicamente o homem, produzindo reflexos individuais e sociais. 

Sem dúvida, uma das construções para quem trabalha na Segurança Pública é evitar a insegurança e seus efeitos lesivos.

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2. CENÁRIO

Atualmente, o cenário, segundo POLZAK (2022), é de rápido desenvolvimento de legislação, regras administrativas e decisões judiciais
contendo aspectos variados de implicações legais para as operações de aplicação da lei.

Com o advento da globalização e o avanço das tecnologias, o modo de fazer Segurança Pública modificou-se, sensivelmente, em seus vários
aspectos:

O público-alvo hoje possui muito mais anseios, desejos e percepções do que no passado;

O operador, agente da lei, trabalha com muito mais necessidade de técnicas, conhecimentos e equipamentos para agir na prestação dos
seus serviços;

As instituições de Segurança Pública precisam não apenas inovar, mas atualizar constantemente, a fim de não trabalhar dentro do
obsoleto, prevendo impactos reputacionais, financeiros, operacionais, de governança e de cidadania corporativa, dentre outros. POLZAK
(2022) afirma que para prosperar, as agências policiais devem evoluir além de mentalidades defensivas para uma perspectiva que abrace
volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade, pois em qualquer ambiente em mudança, uma entidade que não se adapta
rapidamente enfrenta a extinção, concluindo que há um crescente consenso global no campo policial de que “mudança constante e
necessidade de melhoria contínua serão os temas para a próxima década”;

O Gestor Público na área da Segurança Pública precisa não apenas apresentar resultados, mas também promover credibilidade
institucional, inovação, liderança em momentos de complexidade, adaptabilidade e o desenvolvimento de culturas positivas e legítimas.

A segurança é um produto resultante de um estado de tranquilidade e bem comum, em que não haja perigo a pessoas de bem. Marcineiro
(2011).

GREEN et al (2022) afirmam que enquanto o mundo sai da maior crise de saúde pública em um século, a polícia se encontra trabalhando em
um ambiente de profunda complexidade, um ritmo rápido de mudanças e incertezas preocupantes.

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3. REFLEXÃO

E você, o que acha?

Tire alguns minutos para pensar e refletir qual o seu papel nisso tudo.

Caso ache interessante, anote, faça seus registros pessoais dessa sua reflexão antes de prosseguir sua leitura.

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4. GESTÃO NA SEGURANÇA PÚBLICA

É inegável a relevância da Segurança Pública na vida das pessoas e toda a representatividade que possui nas relações cotidianas das
sociedades. Por isso tudo, os operadores da Segurança Pública e, mais ainda, os gestores devem manter ativa a sua importância.

A famosa Pirâmide de Maslow, que traz o estudo sobre Hierarquia das Necessidades do ser humano, coloca a segurança como a segunda
maior necessidade do indivíduo, atrás apenas das funções fisiológicas, que o mantém vivo.

Contudo, Cruickshank (2012), ao analisar o custo do moral baixo nas instituições policiais, afirma que os principais administradores geralmente
estão no crepúsculo de suas carreiras e, portanto, hesitam em instituir mudanças. O que não é diferente dentro dos órgãos de Segurança
Pública, pois, segundo o autor, profissionais seniores de aplicação da lei trabalharam toda a sua carreira para avançar e provavelmente não
correrão o risco de falhar ou admitirem que há problemas dentro de suas agências depois de chegarem tão longe. Assim, eles mantêm os
caminhos que conhecem - os mesmos caminhos que os levaram até onde estão.

Ao agir assim, o gestor corre risco grave ao colocar a importância do seu conforto pessoal acima da importância da Segurança Pública, que
deve promover através de suas ações gerenciais e de comando.

Fica, então, a dica para você que atua como gestor, ou se qualifica neste momento para exercer a gestão no futuro da sua carreira profissional,
que não pode cair na armadilha do lugar comum, da redundância ou da mesmice, tornando-se um entrave para a evolução e o
desenvolvimento de sua equipe, sua instituição e dos processos que entrega à sociedade.

É preciso administrar, gerir, comandar, liderar. E, para isso, o conhecimento e o tecnicismo são ferramentas das quais o gestor não pode e nem
deve abrir mão.

O conceituado autor Chiavenato (2001) conceitua que a administração constitui o resultado histórico e integrado da contribuição cumulativa
de numerosos precursores, filósofos, físicos, economistas, estadistas e empresários que, no decorrer dos tempos, foram, cada qual no seu
campo de atividades, desenvolvendo e divulgando as suas obras e teorias. 

Por esse motivo, é que trataremos neste módulo aspectos da Administração Pública Gerencial - APG, com o objetivo de ampliar os
conhecimentos sobre o tema e torná-lo ainda mais profissional no tocante à gestão em Segurança Pública.

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