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VITÓRIA
2021
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VITÓRIA
2021
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RESUMO
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA
O trabalho é quem funda o ―ser social‖1 e esse processo se dá por meio das
relações intersubjetivas provenientes da transformação da natureza pela interação
operadas pelo trabalho.
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Organista (2006) discorre sobre o pensamento de Lukács em contraponto a outros autores que
questionam a Centralidade da categoria trabalho. Ele esclarece que o ―ser social‖ é autônomo e
capaz de estabelecer finalidades diversas por meio da transformação da natureza, de forma a
satisfazer as suas necessidades. Remete a compreensão do ―pôr teleológico‖, de estabelecer uma
―nova objetividade‖, transformando ―causalidades dadas‖ em ―causalidades postas‖, ações operadas
por meio do trabalho.
6
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São exemplo os casos ocorridos em virtude de reações xenofóbicas Alemãs apresentadas, por Guy
Standing (2013, p. 155-158), nos anos de 1950 e 1960, aos trabalhadores turcos e outras regiões do
sul da Europa que fortaleceram a mão-de-obra alemã, sendo posteriormente hostilizados pela
população e, na França, na década de 1990, quando o Estado ―permitiu‖ o aumento da migração
ilegal com o objetivo de fortalecer a oferta de mão de obra e, nos anos 2000, mudou a ―política‖ para
a permanência desses trabalhadores estrangeiros em solo Francês, chegando a expulsar cerca de
29.000 só no ano de 2009. Em ambos os casos os movimentos contra as ações xenofóbicas geraram
embates entre Estado e população.
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Soma-se a essa herança uma estrutura de formação ainda com traços de uma
"Instituição Total", conforme elaborado por Erving Goffman (apud
NIZET; RIGAUX, 2016) presente na cultura policial militar, onde há uma forte tensão
entre o mundo institucional e o mundo cotidiano, materializando-se num reforço do
antagonismo entre uma cultura voltada para a defesa do Estado e outra cultura
voltada para a defesa cidadã.
Segundo Castro (apud COTTA, 2018, p. 189) [...] o uso do conceito de "Instituição
Total" cunhado pelo antropólogo canadense Erving Goffman (1974) para a
interpretação do cotidiano das academias militares é inapropriado pois, para
Goffman (1974), as instituições totais não buscam um "vitória cultural" sobre os
internados que ali estão de maneira compulsória, mas criar uma tensão entre o
mundo doméstico e o mundo institucional, usando essa tensão persistente como
uma força estratégica no controle dos homens. Segundo Castro as academias onde
são formados os militares buscam justamente uma "vitória cultural", entretanto a
participação não é compulsória.
Extrai-se desse contexto um claro conflito vivenciado ao longo dos tempos com
relação à formação dos profissionais de Segurança Pública no Brasil, em especial
aqueles que possuem o sobrenome militar, e é materializado na dualidade existente
entre o "indivíduo militar" e o "indivíduo policial".
Por outro lado o "indivíduo policial" nasce e continua a amadurecer dentro de uma
democracia jovem, pouco representativa, no qual a sua função gira em torno de
garantir, de forma direta, aspectos relacionados à preservação de direitos e
construção democrática relacionadas à sua prática profissional, exigindo uma visão
ampla das questões presentes no ambiente social.
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O autor para materializar esse conflito usa a expressão "policial-militar" de forma a separar o prefixo
―policial‖ da identificação ―militar‖ em contraponto a expressão ―policial militar‖, onde o termo militar
apresenta-se como um adjetivo inerente ao policial.
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[...] as ações realizadas nos espaços educativos devem estar voltadas para
o desenvolvimento das competências profissionais necessárias à atuação
do profissional de segurança pública no contexto em que as necessidades e
as exigências sociais se estabelecem (Ministério da Justiça, 2014, p. 16).
uma reconhecida crise na educação policial que flui da visão não sistêmica de
pensamento e dela emergem diversas questões, sendo que as principais perpassam
a discussão de como mudar a educação policial composta por um paradigma
tradicional - guiada pelo direito penal, pela criminologia positivista ortodoxa e por
doutrinas militares - para uma orientação que incorpore o conhecimento crítico em
Direito, Ciências Sociais, das tecnologias policiais e a gestão da tensão teórico-
epistemológica entre Treinamento ou Educação (FÓRUM BRASILEIRO DE
SEGURANÇA PÚBLICA, 2013, p. 35-36).
Dessa perspectiva dual existente entre o mundo institucional e o mundo civil surge a
necessidade de separar o lugar das Ciências Policiais dos interesses
exclusivamente políticos ligados ao Estado, caminhando na direção de soluções
efetivas para assuntos relacionadas ao interesse coletivo na Segurança Pública,
reforçando ainda mais a perspectiva de tratar às Ciências Policiais à luz de
conhecimentos sedimentados nas Ciências Sociais.
Moraes (1997) aborda a questão sob a ótica do paradigma tradicional que reduz ao
método analítico moderno a solução hegemônica e exclusiva, desconsiderando
análises mais amplas e complexas necessárias à compreensão de determinados
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Por meio da Resolução Nº. 5.327/2019 de 10 de dezembro de 2019 do Conselho Estadual de
Educação do Espírito Santo foi aprovada a oferta do curso, enquadrado dentro do Eixo Tecnológico
Segurança, apresentando a sua organização curricular, orientando a organização do PPP.
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Faz-se necessário uma visão de caráter mais complexo por parte daqueles que
exercem a docência de forma a superar o Paradigma Disciplinar 6 e alcançar uma
visão estrutural do conhecimento, na busca de sua unidade, pois na vida real não há
uma separação metodológica de disciplinas e sim problemas específicos que as
respostas não se limitam ao enclausuramento dos conteúdos curriculares.
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Os autores, para fins de ilustração, apresentam a atuação de uma equipe esportiva em um jogo,
onde todos os integrantes buscam a mesma finalidade, entretanto há uma clara articulação entre as
partes, onde a performance individual acaba prevalecendo, ou seja, a centralidade no indivíduo,
mesmo com um objetivo final comum.
6
A expressão faz referência, em última análise, ao referencial cartesiano de distribuição por meio de
disciplinas dominantes nas ciências da modernidade, numa visão apresentada por Maria Cândida
Moraes em ―O Paradigma Educacional Emergente‖ (MORAES, 2014).
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Na obra ―Educação e complexidade: os sete saberes e outros ensaios‖ Edgar Morin (2007) se opõe
a fragmentação do conhecimento e disciplinarização excessiva do ensino trazendo discussão
perspectivas de ―realidades simultaneamente solidárias e conflitivas - como a própria democracia,
que é o sistema que se nutre de antagonismos e que, simultaneamente, os regula‖ (MORIN, 2007, p.
22).
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mas servindo de suporte para que toda uma organização possa atingir seus
objetivos com relação ao ensino.
Nos caminhos trilhados dentro dos espaços pedagógicos deve-se ter em mente a
complexidade presente nos processos de ensino. Quando considerado o espaço
destinado a presente pesquisa, deve-se ampliar a compreensão relacionada à
finalidade daquele núcleo de educacional8 enquanto organização, principalmente
pela existência das diversas dimensões presentes na administração escolar 9.
Assim, considerando toda a discussão até aqui exposta, a pesquisa propõe explicar
a seguinte pergunta: como os docentes, buscam operar o dialogicidade entre os
conteúdos presentes na formação profissional inicial da carreira Polícia Militar do
Espírito Santo (Curso de Formação de Soldados) de forma a superar a problemática
da visão fragmentária das disciplinas, preparando os indivíduos para o mundo do
trabalho?
8
Trata-se do Instituto Superior de Ciências Policiais, responsável pelas mais variadas formações de
agentes de segurança pública do Estado do Espírito Santo.
9
Militão (2017) pontua a dicotomia que emerge da própria diferenciação entre administração escolar e
gestão escolar, materializando a ausência da compreensão da finalidade da escola enquanto
organização. Ampliando essa discussão apresenta três dimensões de análise que devem estar
presentes e consideradas no processo de administração escolar: analítico pedagógico, organizacional
e político, que observados na perspectiva da multiplicidade e do conjunto, contribuem para a
formação dos indivíduos (MILITÃO, 2017, p. 153-157).
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2 OBJETIVOS DA PESQUISA
3 METODOLOGIA
Sob o ponto de vista dos objetivos, devido ao caráter preliminar que envolve a
natureza do objeto de pesquisa, trata-se de uma pesquisa exploratória, pois têm a
finalidade de proporcionar mais informações acerca do assunto, possibilitando um
maior delineamento, tornando-o mais explícito, permitindo uma abordagem ampla
acerca do tema, de forma a compreendê-lo enquanto fenômeno (GIL, 2002, p. 41;
PRODANOV; FREITAS, 2013, p. 51-52; SEVERINO, 2013, p. 76).
Sobre a exploratória Severino (2013, p. 123) esclarece que ela busca apenas
levantar informações sobre um determinado objeto de forma a mapear as condições
de sua manifestação, delimitando assim um campo de trabalho.
As entrevistas, por sua vez, permitirão a coleta de dados com aqueles indivíduos
que possuem contato com fenômeno estudado na origem, sendo ao mesmo tempo
atores e autores do processo, conhecendo tanto o percurso histórico de sua
construção como diversas de suas nuances dentro do sistema escolar.
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[...] que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um
vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que
não pode ser traduzido em números. A interpretação dos fenômenos e a
atribuição de significados são básicas no processo de pesquisa qualitativa
(PRODANOV; FREITAS, 2013, p. 70).
Por isso, optou-se por uma abordagem qualitativa de análise sob os dados
produzidos por meio das entrevistas realizadas ao corpo docente, por se apresentar
mais adequado à compreensão dos processos de ensino presente na formação
policial militar, sob a ótica docente.
Por se tratar de uma pesquisa voluntária, sem qualquer vinculação obrigatória para a
participação, o número mínimo de entrevistados por eixo temático poderá variar,
existindo a possibilidade inclusive que alguns eixos não sejam alcançados.
Os dados gerados serão analisados sob uma abordagem qualitativa, por meio da
Análise de Discurso – AD (BARDIN, 2016), buscando-se estabelecer as relações
entre a apropriação da linguagem do entrevistado enquanto docente e sujeito da
ação social, na medida em que, por meio da linguagem, busca dar significação,
convencendo os locutores da pertinência e significados que são atribuídos,
construindo com isso uma voz capaz de atribuir um entendimento ao
mundo (DUARTE; BARROS, 2005, p. 305).
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4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Nessa mesma direção Morin (2007, p. 71-72) acrescenta ainda uma dupla
perspectiva sendo que em um dos polos está o conhecimento e a elucidação e no
outro a ignorância e a cegueira, dessa forma, [...] os desenvolvimentos disciplinares
das ciências não trouxeram apenas as vantagens da divisão do trabalho, mas os
inconvenientes da superespecialização, do fechamento e do fragmento do saber.
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Ivani Fazenda (2008, p.47) apresenta a diferenciação existente entre as disciplinas escolares e
disciplinas científicas, informando, por exemplo, que há entre as duas, lógica de estruturação interna
distinta e que a transposição do campo científico sobre o campo escolar pode, em última análise,
levar a problemas de ordem didática, pois algumas disciplinas existentes em ambos os campos, à
priori semelhantes, podem ser "categoricamente divorciadas" ou nem sequer terem se originado de
"uma disciplina científica".
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11
Para mais informações consultar "Epistemologia da interdisciplinaridade", de Olga Pombo (2008).
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Silvino (2007, p. 279-280) esclarece que essa redução acaba por deixar para
segundo plano as influências que outros movimentos e correntes de pensamento
possuem sobre a organização epistemológica contemporânea, tal como o
racionalismo, o empirismo, o monismo materialista, o naturalismo renascentista, o
iluminismo, dentre outros e retrataram o movimento de pensamento e abordagem do
conhecimento de uma época.
acordo com Comte (1978), esta última disciplina não somente fechava a série, mas
também reduziria os fatos sociais às leis científicas e sintetizaria todo o
conhecimento humano.
Nessa mesma linha DURKHEIM (2004, p. 39-47) afirma que, assim como os fatos
naturais, os fatos sociais são susceptíveis de serem objetivamente estudados, pois
possuem uma ―existência própria‖, uma manifestação exterior aos indivíduos e que
possui sobre eles a uma capacidade de coerção estabelecendo assim a existência
de leis para os fenômenos sociais.
Tudo que lhe pretende que lhe concedam é que o princípio da causalidade
se aplica aos fenômenos sociais. Mesmo assim, este princípio é
considerado por ela, não como uma necessidade racional, mas unicamente
como um postulado empírico, produto de uma indução legítima. Uma vez
que a lei da causalidade se verificou nos outros reinos da natureza,
estendendo progressivamente o seu império do mundo físico-químico ao
mundo biológico, e deste ao mundo psicológico, estamos no direito de
admitir que é igualmente verdadeira para o mundo social (DURKHEIM,
2004, p. 163).
Esse tipo de construção científica, aplicada às ciências sociais, acaba por reduzi-la,
tendo em vista que, pela natureza do objeto de estudo, particularizações,
sistematizações e divisões, não permitem a interpretação do contexto, dos valores
subjetivos, da cultura, que perpassam os indivíduos.
Tal concepção atribui caráter científico às ciências sociais apenas sob o olhar do
enquadramento ao método aplicado às ciências da natureza, ignorando que o
caráter objetivo dos fatos sociais encontra validade não na mensuração isolada
como objeto autônomo, mas na sua determinação material histórica, e por isso
possuem uma metodologia própria de análise, no qual a produção do conhecimento
não se dá de forma neutra, devido à trama das relações existentes que se
materializam em seu objeto de estudo (FRIGOTTO, 2008, p. 46).
Uma disciplina pode ser definida como uma categoria que organiza o
conhecimento científico e que institui nesse conhecimento a divisão e a
especialização do trabalho respondendo pela diversidade de domínios que
as ciências recobrem. Apesar de estar englobada num conjunto científico
mais vasto, uma disciplina tende naturalmente à autonomia pela delimitação
de suas fronteiras, pela linguagem que instaura, pelas técnicas que é levada
a elaborar ou a utilizar e, eventualmente, pelas teorias que lhes são próprias
(MORIN, 2007, p. 39).
Esse processo de decomposição acaba por impor limites a percepções mais amplas
da realidade objetiva, dos diversos aspectos imbrincados na vida humana, no
contexto social
Essa é uma das principais tônicas apresentadas por Moraes (1997) ao logo de seus
estudos que implica no surgimento de um novo paradigma que foca numa visão de
totalidade do conhecimento
Sobre o ambiente social Frigotto (2008, p. 43-44) faz um alerta sobre a necessidade
de uma abordagem que seja capaz de apreender para além dos limites do objeto
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Nesse contexto tão complexo, ganha destaque a ação pedagógica em suas diversas
instâncias, que vai desde a formulação de políticas públicas até a ação em sala de
aula, local onde a práxis docente materializa-se por meio do ensino, na busca por
uma busca maior por qualidade na educação profissional e tecnológica dos agentes
dessa área do conhecimento.
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Frigotto (2008) ao comentar sobre a categoria teórica interdisciplinaridade aborda as classes
"Necessidade" e "Problema", buscando elaborar acerca problemática da interdisciplinaridade,
principalmente no campo educacional. Ele conclui que é decisivo para a compreensão de objetos de
estudo atinentes às Ciências Sociais uma abordagem da categoria interdisciplinaridade dentro do
contexto da instância da Totalidade, assim, perpassando as discussões elaboradas até aqui acerca
da disciplinarização do conhecimento.
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Todo conhecimento escolar sofre uma ação pedagógica, por meio da transposição
didática, possibilitando que os saberes sejam transmitidos e assimilados pelos
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Isso porque a prática docente ancora-se num tripé existente entre professor, aluno e
objeto de ensino. Quanto à ação de ensinar, essa acaba por ser fruto das relações
existentes entre as experiências individuais docentes e seu arcabouço teórico que,
em sala de aula, materializa-se por meio de abordagens metodológicas de ensino,
da didática, da concepção epistemológica, dentre outros aspectos.
Deve-se observar que cada indivíduo é um ―ser exclusivo‖, moldado por histórias
únicas que irão refletir na forma como cada um capta e interpreta o mundo ao seu
redor, influenciando diretamente a sua percepção quanto à compreensão acerca do
objeto de ensino e a relação deste com o mundo que o cerca.
Muitos dos conflitos e questões cotidianas que irão carecer da intervenção estatal
por meio das forças policiais da qual esses alunos irão integrar são, na verdade, a
realidade vivida por eles durante grande parte de suas vidas, então
Por que não discutir com os alunos a realidade concreta a que se deva
associar a disciplina cujo conteúdo se ensina, a realidade agressiva em que
a violência é a constante e a convivência das pessoas é muito maior com a
morte do que com a vida? Por que não estabelecer uma ―intimidade‖ entre
os saberes curriculares fundamentais aos alunos e a experiência social que
eles têm como indivíduos? Por que não discutir as implicações políticas e
ideológicas de um tal descaso dos dominantes pelas áreas pobres da
cidade? A ética de classe embutida neste descaso? ―Porque, dirá um
educador reacionariamente pragmático, a escola não tem nada a ver com
isso. A escola não é partido. Ela tem que ensinar os conteúdos, transferi-los
aos alunos. Aprendidos esses operam por si mesmos (FREIRE, 2011, p.28).
Apesar de ―ser exclusivo‖ molda-se a partir de uma teia de relações que perpassa
toda a existência dos indivíduos, desde a sua infância, e não se encerra com a
maturidade, devido ao caráter incompleto do ser humano que busca
incessantemente a solução de questões que a vida material nos impõe em nosso
cotidiano.
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Leite (2012, p. 363-365) trata sobre cinco decisões que compõem o processo de mediação
pedagógica, assim como seus possíveis impactos, sem delimitá-las como únicas, compreendendo: a)
a escolha dos objetivos de ensino; b) a decisão sobre o início do processo de ensino; c) a
organização dos conteúdos de ensino; d) a escolha dos procedimentos e atividades de ensino e; e) a
escolha dos procedimentos de avaliação do ensino.
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6 REVISÃO DE LITERATURA
Nele, Edgar Morin (2007, p.10), afirma que o pensamento complexo se opõe a
fragmentação do conhecimento e disciplinarização excessiva do ensino, destacando
que a religação dos saberes deve iniciar-se pela reforma dos educadores e
acrescenta que
Há, no texto do autor, grande proximidade com relação aos assuntos a serem
desenvolvidos na presente pesquisa, principalmente por emergir da discussão
questões contemporâneas que perpassam a prática de ensino, a práxis da realidade
dos profissionais de Segurança Pública e da própria democracia.
Por fim o livro ―História Militar: entre o debate local e o nacional‖, em especial o
capítulo intitulado ―A emergência do militar de novo tipo: um estudo antropológico na
Polícia de Minas Gerais‖ (COTTA, 2018) guarda uma relação significativa com a
pesquisa desenvolvida na medida em que apresenta uma relevante discussão entre
a ―velha polícia‖ e a ―polícia para os novos tempos‖, dentro da estruturação
constante do sistema democrático brasileiro, principalmente em virtude do
reconhecimento das Ciências Policiais como uma das áreas de conhecimento a
serem estudadas no Brasil, perpassando a dimensão profissional e tecnológica.
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7 PRODUTO EDUCACIONAL
8 CRONOGRAMA DO PROJETO
ANO
Identificação da Etapa 2020 2021
MÊSES Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul
1. Coleta de Dados X X X X
2. Levantamento Bibliográfico X X X X
3. Redação dos Resultados X X X X
4. Avaliação do Comitê de Ética X X X
5. Entrega do Relatório ao CEP X
6. Análise dos Dados X X
7. Elaboração do Projeto X X X X
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9 REFERÊNCIAS
em:https://pt.scribd.com/book/485326709/Pedagogia-da-autonomia-Saberes-
necessarios-a-pratica-educativa. Acesso em: 10 nov. 2020.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas,
2002. 175 p.
PONTES, Ana Lúcia; REGO, Sergio; SILVA, Aluísio Gomes da. Saber e prática
docente na transformação do Ensino Médio. Scielo. Rio de Janeiro, 2006.
Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rbem/v30n2/v30n2a09.pdf. Acesso em: 7
out. 2020.
APÊNDICES
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motivo das entrevistas estarem sendo gravadas para posterior levantamento de dados. Por ser o
constrangimento uma questão subjetiva, visando minimizar o desconforto, será garantido aos
entrevistados o direito de não responder a quaisquer questões assim como o acesso aos resultados
individuais produzidos pelo pesquisador. O pesquisador permanecerá atento aos sinais (verbais e
não verbais) de constrangimento de forma a interromper, a qualquer tempo, a coleta de dados por
meio das entrevistas. Apesar dos cuidados a serem adotados pelo pesquisador, existe a possibilidade
remota da interceptação dos dados, e por esse motivo, serão utilizadas plataformas digitais que
possuem sistemas de criptografia de informações. Não há intenção de quaisquer intervenções de
natureza fisiológica, psicológica, laboral, ou social aos docentes, pois não se aplica ao caso.
Não há nenhum benefício imediato aos participantes. Há médio e longo prazo, a elaboração
do produto educacional poderá ser benéfica para todos, pois poderá possibilitar a compreensão mais
ampla da prática docente dentro do universo de estudo no qual estão inseridos.
Será garantida a confidencialidade e privacidade com relação à autoria dos dados coletados,
assim asseguramos o sigilo sobre sua participação, pois tanto na dissertação como no produto
educacional, será expresso apenas o conteúdo dos dados, sem quaisquer referências às disciplinas
ou professores que forneceram as informações, dessa forma impossibilitando a sua identificação.
Os ressarcimentos das despesas decorrentes da participação na pesquisa serão de
responsabilidade desse pesquisador, assim como a as formas de indenização sobre eventuais danos
decorrentes da pesquisa.
Uma cópia deste Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ficará com o senhor(a),
podendo tirar suas dúvidas sobre o projeto e sua participação, agora ou a qualquer momento com o
pesquisador(res) Jefferson Pinheiro do Amaral, no endereço Avenida Maruípe, 2111, São Cristóvão,
Vitória/ES ou no telefone 27 98849-2328
_____________________________________
Jefferson Pinheiro do Amaral – CPF 087.015.837-60
Pesquisador Responsável
Data: ______/______/________
____________________________________________
Assinatura do(a) participante
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(MODELO)
TERMO DE CONCORDÂNCIA
O Coronel QOC Antonio Marcos De Souza Reis, Diretor de Ensino e Instrução da Polícia
Militar do Espírito Santo está de acordo com a realização da pesquisa ―A Complexidade do Ensino na
Segurança Pública: uma abordagem sob a perspectiva docente no Curso de Formação de Soldados
da Polícia Militar do Espírito Santo‖, de responsabilidade do pesquisador Jefferson Pinheiro do
Amaral, após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da com Seres Humanos do Instituto
Federal do Espírito Santo – IFES.
O estudo envolve a realização de entrevistas aos integrantes do Sistema de Ensino da Polícia
Militar do Espírito Santo e exames de documentos institucionais com previsão de início para
novembro de 2020 e término para abril de 2021.
__________________________________________
Nome/Assinatura/Carimbo
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ENTREVISTA
Nome:
Idade:
Escolaridade:
Estado Civil: