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CENTRO UNIVERSITÁRIO MÁRIO PONTES JUCÁ - UMJ

CURSO DE GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL

DANIELE DE LIMA AMORIM

RELATÓRIO DE CONCLUSÃO DO ESTÁGIO OBRIGATÓRIO EM SERVIÇO


SOCIAL: PRÁTICA CURRICULAR DESENVOLVIDA NA PENITENCIÁRIA DE
SEGURANÇA MÁXIMA

MACEIÓ-AL
2022
​ CENTRO UNIVERSITÁRIO MÁRIO PONTES JUCÁ - UMJ

​ CURSO DE GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL

DANIELE DE LIMA AMORIM

RELATÓRIO DE CONCLUSÃO DO ESTÁGIO OBRIGATÓRIO EM


SERVIÇO SOCIAL: PRÁTICA CURRICULAR DESENVOLVIDA NA
PENITENCIÁRIA DE SEGURANÇA MÁXIMA

Trabalho de Conclusão de Estágio apresentado


ao Curso de Graduação em Serviço Social do
Centro Universitário Mário Pontes Jucá
(UMJ), como um dos requisitos para obtenção
de nota da disciplina Estágio Supervisionado II em
Serviço Social, sob a orientação da Prof.ª Msc.
Valéria Silva dos Santos.

_______________________________ _______________________________
Valéria Silva dos Santos Fabrícia Rosana Pinto de Santana
Supervisora Acadêmica Supervisor (a) de Campo

MACEIÓ-AL
2022

2
AGRADECIMENTOS

A Deus por ter me dado saúde e força para superar todas as dificuldades que encontrei no
caminho, e na trajetória profissional do curso de serviço social entendendo meu compromisso
com minha formação, profissão e as angústia do cotidiano, levando para si algumas lições que
o compromisso em serviço social através leitura e crítica dialética nós possibilitam. Aos meus
pais que foram essenciais, e sempre me apoiaram, nunca deixando de acreditar na minha
capacidade. Ao Centro Universitário Mário Pontes Juca e seu corpo docente, em especial a
professora Francisca Sobral , que desde o início acreditou em mim. A assistente social,
Fabrícia Rosana que me acompanhou neste período de estágio debatendo e colaborando com
meu futuro exercício profissional, sendo tão cuidadosa, calma e paciente, e sempre acreditou
no meu potencial, os meus mais sinceros agradecimentos.

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LISTA DE SIGLAS

C.F- Constituição Federal;

LEP- Lei de Execução Penal;

PNS- Plano Nacional de Segurança Pública;

SEJAS- Secretaria de Justiça;

SER- Secretaria Executiva de Ressocialização.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ......................................................................................................................06

CAPÍTULO 1 – POLÍTICA NACIONAL SOCIOJURÍDICA .......................................... 07


1.1- Trajetória Histórica .......................................................................................................... 07
1.2- A Política Sociojurídica na Conjuntura Neoliberal ........................................................ 10

CAPÍTULO 2 – CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ........................................... 12

2.1- Fundação e Trajetória Histórica da Penitenciária de Segurança Máxima .................... 12


2.2- O Serviço Social na Penitenciária de Segurança Máxima ............................................. 13

CAPÍTULO 3 – AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO OBRIGATÓRIO EM SERVIÇO SOCIAL


................................................................................................................................................. 15

3.1- Descrição e Análise Teórico-Reflexiva das Atividades Realizadas Sob a Supervisão


Acadêmica e de Campo.......................................................................................................... 15

CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................. 16

REFERÊNCIA ...........................................................................................................................

ANEXOS ....................................................................................................................................

ANEXO A – RELATÓRIOS DE ATIVIDADES: ESTÁGIO I e II ...........................................


ANEXO B - PROJETO DE INTERVENÇÃO ……….......……………………………...
ANEXO C – RELATÓRIO DE EXECUÇÃO DAS ATIVIDADES REFERENTES AO
PROJETO DE INTERVENÇÃO.................................................................................................
ANEXO D – FOTOS ...................................................................................................................
ANEXO E– INSTRUMENTAIS UTILIZADOS NA INSTITUIÇÃO ......................................

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INTRODUÇÃO

O presente relatório de estágio supervisionado I e II, é resultado da prática de estágio


realizado na Penitenciária Masculina Baldomero Cavalcanti de Oliveira e Penitenciária de
Segurança Máxima, de penas e medidas alternativas do Estado de Alagoas, com o intuito de
sistematizar a importância desta etapa na produção do conhecimento e formação profissional
do aluno, com duração de 1 (um) ano sobre a supervisão da assistente social Fabrícia Rosana
Pinto de Santana, registrada no Conselho Regional de Serviço Social de Alagoas.

O estágio supervisionado em serviço social possibilitou a aplicação da prática da profissão


nos atendimentos realizados, uma maior compreensão e aproximação das questões sociais,
que foi observado em conjunto com orientações e atribuições da supervisora de campo,
praticando a correlação do entendimento adquirido em sala de aula, através da base
teórico-metodológica e ético-político. A vivência do estágio é de suma importância para a
construção profissional e acadêmica, sendo por meio de tal que é perceptível ter a dimensão
da realidade social, das políticas públicas e de como funcionam na prática da profissão.

A Política Nacional de Estágio da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço da


Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (2010. p. 11) relata que

O estágio se constitui num instrumento fundamental na formação da análise crítica e


da capacidade interventiva, propositiva e investigativa do(a) estudante, que precisa
apreender os elementos concretos que constituem a realidade social capitalista e suas
contradições, de modo a intervir, posteriormente como profissional, nas diferentes
expressões da questão social, que vem se agravando diante do movimento mais
recente de colapso mundial da economia, em sua fase financeira, e de
desregulamentação do trabalho e dos direitos sociais.

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POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

1.1 Trajetória Histórica

O termo ‘sociojurídico’ é relativamente recente na história do serviço social brasileiro. Ele


surge, segundo Borgianni (2004), a partir da iniciativa da Editora Cortez de publicar uma
edição da revista Serviço Social & Sociedade no 67, de 2001, com artigos que versassem
sobre a inserção profissional no Poder Judiciário e o sistema penitenciário.

Segundo a autora, tratava-se de fazer referência direta a esses espaços, porque

[...] é toda nossa intervenção [de assistentes sociais] com o universo do jurídico, dos
direitos, dos direitos humanos, direitos reclamáveis, acesso a direitos via Judiciário e
Penitenciário. (BORGIANNI, 2004, p. 44 e 45).

Coincidentemente, a comissão organizadora do 10o CBAS, realizado em 2001 no Rio de


Janeiro (RJ), programou a realização de um painel para a apresentação de trabalhos de
profissionais que abordassem essas mesmas questões. O termo usado para nominar o painel
foi ‘sociojurídico’. A partir de então, várias foram as iniciativas para se aproximar e conhecer
melhor a atuação profissional nessas instituições. Assim, a deliberação do 32o Encontro
Nacional CFESS-CRESS, realizado em 2003 em Salvador (BA), foi um marco, conforme
segue:

Realizar o primeiro Encontro Nacional de Serviço Social na área sociojurídica,


precedido de Encontros Regionais/Estaduais, no 33o Encontro Nacional
CFESS-CRESS (2004), considerando a necessidade de ampliar, articular e
aprofundar este debate. (CFESS, 2003, p. 19).

O evento, aprovado em 2003, ocorreu em 2004, em Curitiba (PR), intitulado 1o Seminário


Nacional do Serviço Social no Campo Sociojurídico. Neste seminário, entre outras
discussões, foi recomendado que os CRESS de todo país fomentassem e articulassem
comissões que discutissem e sistematizassem os elementos que caracterizassem o exercício
profissional de assistentes sociais nesse campo (FÁVERO, 2012, p. 123). Se o/a leitor/a
prestar atenção, já em 2004, é possível identificar o embrião de uma polêmica que ainda não
se esgotou entre os autores que se debruçam a estudar esse tema. Em 2003, a redação da
deliberação aprovada falava na realização de um encontro nacional do serviço social na ‘área’
sócio- jurídica; o título do evento de 2004 se referia ao ‘campo’ sociojurídico.
7
Ainda, é possível identificar outras tentativas de definição, com menor repercussão no debate
da categoria, como “esfera” sociojurídica (IAMAMOTO, 2004) ou “sistema” sociojurídico.
Contudo, salta aos olhos que hoje o debate teórico se centra na tentativa de definir se é ‘área’
ou 'campo' sociojurídico. Diversos são os argumentos que os diferentes autores usam para
justificar suas opções por um ou outro. Trata-se de um franco debate em aberto no seio da
literatura profissional. Desse modo, esse grupo de trabalho, composto por órgãos que têm
como atribuição a orientação e a fiscalização do exercício profissional de assistentes sociais,
entendeu que não cabia a si a interferência no âmbito deste debate, a partir de um
posicionamento próprio. Reconhece- se a legitimidade do debate teórico e acadêmico sobre
essa questão, o qual certamente contribui para qualificar as reflexões e as práticas
desenvolvidas por assistentes sociais de todo o país.

O termo ‘sociojurídico’ mantém-se vivo no universo profissional (e se expandindo para outras


categorias profissionais, como os/as psicólogos/as), desde o momento em que os temas
passaram a compor a agenda de debates do serviço social brasileiro. A insistência no termo
revela uma característica importante, que informa os debates recentes da profissão: a
importância que a dimensão jurídica ganhou no cotidiano das práticas profissionais.

Isso não desmerece uma observação de fundamental importância para o serviço social. A
inserção profissional no Judiciário e no sistema penitenciário data, no Brasil, da própria
origem da profissão. Iamamoto e Carvalho (1982) revelam, por exemplo, que um dos
primeiros campos de trabalho de assistentes sociais na esfera pública foi o Juízo de Menores
do Rio de Janeiro, então capital da República. Emergente, diante do agravamento dos
problemas relacionados à ‘infância pobre’, à ‘infância delinquente’, à ‘infância abandonada’,
manifestos publicamente no cotidiano da cidade, o serviço social é incorporado a essa
instituição como uma das estratégias de tentar manter o controle almejado pelo Estado sobre
esse grave problema, que se aprofundava no espaço urbano.

Motivações similares provocaram a inserção de assistentes sociais em ações de comissariado


de menores, de fiscalização do trabalho infantil, entre outras frentes que se relacionavam
intrinsecamente com o universo ‘jurídico’, tanto no Rio de Janeiro como em São Paulo, ainda
nas protoformas da profis- são, alavancado pela aprovação do Código de Menores em 1927.

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A elaboração do novo Código de Menores, em 1979, e do Estatuto da Criança e do
Adolescente, em 1990, provocaram uma franca expansão das frentes de atuação do/a
assistente social, o que levou a profissão a se debruçar de forma mais sistemática
sobre as práticas desenvolvidas nessas instituições que estabelecem relação direta
com o universo do ‘jurídico’ (FÁVERO, 2003).

No decorrer do processo histórico, o serviço social consolidou-se e ampliou sua atuação por
meio da inserção profissional nos tribunais, nos ministérios públicos, nas instituições de
cumprimento de medidas socioeducativas, nas defensorias públicas, nas instituições de
acolhimento institucional, entre outras. Não obstante, a aprovação da Lei de Execuções Penais
(LEP) em 1984, também provocou o serviço social a desenvolver produções sobre a inserção
profissional no âmbito do sistema penitenciário. Isso porque a nova lei, em muitos aspectos,
descaracterizou elementos que haviam se consolidado na trajetória do exercício profissional
nessas instituições. Práticas que, mesmo historicamente desenvolvidas na perspectiva de
reforçar as dimensões disciplinadoras e moralizantes, ganharam novos contornos com as
prerrogativas presentes na LEP (GUINDANI, 2001).

O Conjunto CFESS-CRESS apresenta mais um documento que objetiva qualificar e


referenciar a intervenção dos profissionais de serviço social. Intitulado Atuação de assistentes
sociais no sociojurídico: subsídios para reflexão, este trabalho é fruto da produção do grupo
de trabalho Serviço social no sociojurídico, em atendimento a uma deliberação que vem,
desde 2009, se colocando na agenda do Conjunto, no eixo Fiscalização Profissional. Naquele
ano, no 38o Encontro Nacional CFESS-CRESS, a deliberação no 18 se constituiu nos
seguintes termos:

Constituir GT sociojurídico até março de 2010, que contemple as discussões e propostas


acumuladas nos Encontros Estaduais e Nacional do Sócio Jurídico, bem como as seguintes
questões:

1) Parâmetros de atuação dos assistentes no campo sociojurídico (Tribunal de Justiça,


Ministério Público, Sistema Prisional, Secretarias Estaduais de Justiça e medidas
socioeducativas);

2) Levantamento, junto aos CRESS, que retrata a defasagem de assistentes sociais na área,
versus as demandas ao Serviço Social oriundas do campo sociojurídico (Tribunal de Justiça,
Ministério Público, Sistema Prisional e medidas socioeducacionais) (CFESS, Relatório 38o
Encontro Nacional CFESS/ CRESS, 2009).
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Ainda que a constituição de um GT, no âmbito do Conjunto CFESS-CRESS, traduz de modo
efetivo o investimento em um processo, não se pode deixar de considerar que as preocupações
e o próprio debate sobre o trabalho no sociojurídico têm base em um processo histórico da
categoria, que se iniciou no 10o Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais (CBAS),
ocorrido no Rio de Janeiro (RJ) em 2001, quando, pela primeira vez, foi constituída uma
sessão temática denominada Serviço Social e o Sistema Sociojurídico. Nesse congresso, foi
lançada, pela Editora Cortez, a revista Serviço Social e Sociedade no 67, com o título Temas
Sociojurídicos. Em 2004, o Conjunto CFESS-CRESS promoveu, em Curitiba (PR), o 1o
Encontro Nacional Serviço social e campo sociojurídico e, em 2009, o segundo evento, em
Cuiabá (MT), com o título O Serviço social no campo sociojurídico na perspectiva da
concretização dos direitos. Estes dois encontros foram fundamentais para que os/as
profissionais partilhassem experiências, aprofundassem debates, bem como reafirmaram o
interesse e participação em torno do sociojurídico.

Mas o processo de trabalho do GT foi também motivador para que, de lá para cá, alguns
Conselhos Regionais constituíssem suas comissões sociojurídicas, como forma de agregar e
aprofundar conhecimentos sobre esses espaços. Apesar de muitos destes não serem novos
como campo de trabalho para o serviço social, não existia um acúmulo em sua produção
teórica, nem uma prática consolidada de troca de experiências entre os/as profissionais que
laboravam nestes espaços sócio-ocupacionais.

1.2 A Política Sociojurídica na Conjuntura Neoliberal

Segundo Mesário (1970) com a crise estrutural de 1970 e com o advento do estado
neoliberal, as condições materiais , objetivas e subjetiva da classe trabalhadora, sobretudo das
periferias resultaram em estratégias de sobrevivência nesse sistema desigual e excludente ao
mesmo tempo em que necessitou ao estado respostas de intervenção para responder a
demanda crescente da violência ao mesmo tempo estruturando e organizado descentralização
da gestão política de segurança pública.

Mesmo com todo o aparato do novo modelo o modo de produção capitalista já não tem
como promover o controle social que não seja pela repressão , mostrando-se esgotado para as
capacidades civilizatórias ( p ANIAGO,2012)
10
A sociedade capitalista encontra na violência estrutural uma estratégia para lucrar . Há o
aumento da venda de cercas elétricas, segurança privadas alarmes monitoramento, polícia nas
ruas , construção de novos presídios

O neoliberalismo surge para se contrapor às ideias do welfare states que no Brasil nunca
foi instaurado, evidências que o neoliberalismo promover a retração de gastos como saúde ,
educação, moradia e coloca o processo de privatização atendendo aos interesses da burguesia
e como saiba de solução dos problemas sócias , transfere a responsabilidade e direito que o
estado tem batizado na construção de 1988 para as empresas privadas .

Essa nova roupagem do estado trouxe a precarização de todos os direitos sociais agravados
ainda mais as expressões da questão social resultando no desemprego massivo , pobreza
,violência é consequentemente ao cárcere, haja vista que essa nova realidade colocará à
segurança pública como principal aos debate políticos em busca de formas e reforma para
conter uma realidade de acordo com a leitura críticos dialética relacionada ao conflito entre
capital e trabalho.

Conforme o Art 3 da Lei n 11.473/93 que dispõe sobre , cooperação federativa no âmbito
da segurança pública. O estado através de seus aparatos de controle e ordem da sociedade ,
consideram-se atividades e serviços imprescindível a preservação da ordem pública e da
incolumidade das pessoas e do patrimônio, para os fins desta lei .

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CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO

2.1- Fundação e Trajetória Histórica da Penitenciária de Segurança Máxima

O sistema penitenciário de Alagoas até início de ano de 1995 era administrado pelo
Departamento de justiça da então secretaria de segurança pública através de Lei n 5.676 de
três de fevereiro de 1995 Diário oficial do estado de cinco de fevereiro de 1995 foi criada a
secretaria de justiça SEJUS , que tinha por finalidade assistir o Governo do estado nos atos de
programação , coordenação e execução da política do governo no que se referia ordem
jurídica , assistência ao menor infrator, a administração dos presídio , penitenciária e centros
psiquiátricos judiciários a defesa do consumidor e ao relacionamento entre o poder executivo
e o poder judiciário.

Em 1997 através da lei n 5.952 de 23 de outubro de 1997 passou a ser designada de secretaria
de estado da justiça e cidadania sejuc com a mesma missão sendo reestruturada através da lei
n 6.169, de 31 de julho de 2000,onde foram criadas as gerências executivas de
ressocialização e geração de renda. Com a criação da célula de justiça e Defesa social , passou
a denominar-se através da lei delegada 40 de abril de 2003 , secretaria Executiva de justiça e
cidadania (SEJUC). Em dois de janeiro de 2004, através da Lei n 6.448 , foi criada a
secretaria executiva da ressocialização ( SER) , que passou a ter como missão a aplicação da
Lei de execução penais , no intuito de promover o reordenamento da vida dos presos
custodiados pelo estado, através de programas socioeducativo e buscando a reinserção social
dos que transgrediram a lei e estão privativos de liberdade.

Ressocialização, estava previsto controlar e manter em funcionamento o sistema prisional ,


buscando a ressocialização do apenado , visando a sua proteção e garantia de seus direitos
fundamentais. Em 28 de junho de 2007 , através da Lei Delegada 43 , passou a ser
denominado de intendência geral do sistema penitenciário (IGESP) ,órgão da administração
direta integrante da secretaria de estado da defesa social ( SEDS) em 08 de abril de 2014, foi
criada a secretaria de ressocialização e inclusão social ( SERIS) a qual superintende de
administração penitenciária passa a ser subordinada. Além das unidades prisionais integram o
complexo prisional reintegração social que tem como demanda a busca reintegração o
indivíduo junto à sociedade que se encontra em regime semiaberto ou aberto , uma vez que o

12
vínculo foi quebrado no momento em que estava em regime fechado, central de
acompanhamento de medidas e penas alternativas ( CEAPA ) que tem como objetivo
entrevista os beneficiários analisando suas condições socioeconômicas, habilidade e
potencialidades com a finalidade de viabilizar o cumprimento da pena ou medida alternativa
aplicada buscando o fortalecimento da valorização da pessoa humana.

Com a crescente demanda da violência a penitenciária Masculino Baldomero Cavalcante de


Oliveira , foi inaugurada em 11 de fevereiro de 1999 e tem uma estrutura para abrigar apenas
300 reclusos , mas com o alto índice em violência e que consequentemente torna -se
estratégias do estado para encarcerar . A capacidade da unidade é de 322 vagas, o presídio se
divide em 11 módulos, incluindo um módulo do trabalhador e um módulo especial. O
Baldomero Cavalcanti possui uma enfermaria para atendimento médico.

Junto à unidade foi constituído um abrigo para acomodar familiares dos reeducandos
enquanto aguardam o horário da visita existe também um parlatório para os encontro dos
presos com advogados e um espaço para celebrações religiosas ( Superintendência geral de
administração penitenciária 2015). No presídio Baldomero Cavalcante de Oliveira, o perfil
dos reclusos são usuários sentenciados pela justiça e cumprem pena em regime fechado.
De acordo com as pesquisas realizadas no site da superintendência geral de administração
penitenciária, o presídio possui mais de 1.000 presos divididos nos respectivos módulos ,
conforme os atendimentos realizados.

2.2- O Serviço Social na Penitenciária de Segurança Máxima

O serviço social como profissão historicamente seria no campo só sugeri vencer também
chamado desenvolvo desenvolvi estudo determinação situação processual Respondendo assim
é uma necessidade de aplicação e dizer que o sal da lei deixando assim vinculadas situações
que fazem parte do sistema de justiça.
Dentro dessa perspectiva assistente social vem desenvolvendo o conhecimento crítico entre
teoria e prática e trazendo a maior base de ação no meio da profissão e o campo limpo
intervenção histórico visto como espaço para sonhos disciplinadoras e de controle social o
serviço a ser aplicado no contexto jurídico configura-se como área de trabalho especializado

13
que atua com manifestação da questão social em sua incensam com direito a justiça na
sociedade
O serviço social surge no sistema penal brasileiro na década de 1940 e passar lá em serviços
na área relacionados ao juizado de menor mais especificamente Na vara da infância no estado
de São Paulo como desenvolvimento a profissão e a intenção do ascensão social do sexo
masculino 500 a profissão era aumento feminino eles passam atuar nos penitenciário
brasileiro no estado de São Paulo Rio de Janeiro mas como perito social e de suma
importância destacar aqui nesse momento pastor da profissão os problemas sociais estão visto
como causa de política de responsabilidade individual do sujeito.

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AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO OBRIGATÓRIO EM SERVIÇO SOCIAL

3.1- Descrição e Análise Teórico-Reflexiva das Atividades Realizadas Sob a Supervisão


Acadêmica e de Campo

As experiências do estágio no espaço sócio ocupacional forneceram elementos para futuro


exercício profissional na medida em que a possibilidade do conhecimento da prática
profissional nós possibilitam uma intervenção profissional balizados nos referências teóricos
metodológicos, ético políticos operativos é que por meio de ações , planos e projetos através
da entraves das estratégias conseguimos articular a teoria e prática .
As supervisões acadêmicas através de texto acadêmico, direcionamento éticos políticos e
propositivos , demonstram a preocupação com o discente que está no campo para contribuir
para a instituição visões, formas, projetos e intervenções que possam ser inseridas no setor de
serviço social .
Enquanto discente do curso de serviço social realizamos debates com textos acadêmicos a fim
de problematizar a atuação do Assistente Social na unidade fazendo a leitura da realidade e
percebendo a correlação de forças , propomos a leitura de textos .

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

A expansão da problemática da segurança pública através do controle penal é um forno, que


ocorre no mundo inteiro mas não devemos buscar a saída dos problemas, mas sim as ações
para uma mudança na questão social da pobreza, buscando nessa ilusão de insegurança
culpabilizando os indivíduos, que não possuem uma condição de sobrevivência real e sim
perceber que o problema está contido no sistema capitalista excludente e explorador que tem
como característica o mercado globalizado e a universalidade.

Percebendo que é que após 20 anos da ditadura houve uma mudança sobre as formas de
controle sobre a classe trabalhadora, na contemporaneidade trocada pelos fardamentos estatais
de controle em nome do direito e da ordem a criminalização da pobreza tornou-se
institucionalizada . Às prisões são também mais um elemento de reprodução do capital e o
modelo de resposta a violência o crime a já vista que a força de trabalho carcerária além de
ser desregulamentada .

16
REFERÊNCIA

FALEIROS, Vicente de Paula. O que é a política social. São Paulo, Brasiliense AS, 1986

BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.

______. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Norma Operacional


Básica – NOB – Brasília, dezembro. 1997.

______. Lei nº 8.742 de 07 de dezembro de 1993. Lei Orgânica da Assistência Social


LOAS. 5. ed. Brasília: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate á Fome – MDS,
2004.

______. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Política Nacional de


Assistência social. Brasília-DF. 2004.

______. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Norma Operacional


Básica – NOB/SUAS – Brasília, junho. 2005.

______. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Norma Operacional


Básica de Recursos Humanos do SUAS - NOB-RH/SUAS. Brasília: MDS, 2006.

______. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome: Manual Informativo -


Cartilha SUAS- Sistema Único de Assistência Social. Brasília: MDS, 2007.

BURIOLLA, Marta Alice Feiten. O estágio supervisionado. São Paulo: Cortez, 1995.

SAVIANI, D. Escola e democracia. São Paulo: Cortez, 1996.‌

FRIGOTTO, G. A produtividade da escola improdutiva. São Paulo: Cortez, 1990.

HARVEY.D. O neoliberalismo, história e implicações. São Paulo: Loyola, 2005.

17
ANEXOS

ANEXO A – RELATÓRIOS DE ATIVIDADES: ESTÁGIO I e II ...........................................


ANEXO B - PROJETO DE INTERVENÇÃO ……….......……………………………...
ANEXO C – RELATÓRIO DE EXECUÇÃO DAS ATIVIDADES REFERENTES AO
PROJETO DE INTERVENÇÃO.................................................................................................
ANEXO D – FOTOS ...................................................................................................................
ANEXO E– INSTRUMENTAIS UTILIZADOS NA INSTITUIÇÃO ......................................

18
19
ANEXO A

20
21
22
23
24
25
26
ANEXO B

27
28
29
30
31
ANEXO C

32
33
ANEXO D

34
35
36
37
38
ANEXO E

39
40
41
42
43
44
45
46
47
48

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