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A POLITÉCNICA
GUIA DE ESTUDO
Direito Fiscal e Aduaneirode
Curso de Ciencias Juridicas
(2º Semestre)
Moçambique
FICHA TÉCNICA
Organização e Edição
Escola Superior Aberta (ESA)
Elaboração
Arlindo da Costa Rosário (Conteudo)
Arlindo da Costa Rosario (Revisão Textual)
UNIDADES TEMÁTICAS
Tema Pag.
O comercio Internacional……….………………………………...........................74
APRESENTAÇÃO
Caro(a) estudante
Está nas suas mãos o Guia de Estudo da disciplina de Direito Fiscal e
Aduaneiro que integra a grelha curricular do Curso de Licenciatura em
Ciencias Jurídicas oferecido pela Universidade Politécnica na modalidade de
Educação a Distância.
Este guia tem por finalidade orientar os seus estudos individuais neste
semestre do curso. Ao estudar a disciplina de Direito Fiscal e Aduaneiro, você
ira adquirir os conhecimentos técnicos-jurídicos que lhe permitirá interpretar e
aplicar as normas e principios que integram o sistema fiscal moçambicano.
Este Guia de Estudo contempla textos introdutórios para situar o assunto que
será estudado; os objectivos específicos a serem alcançados ao término de
cada unidade temática, a indicação de leituras complementares isto é,
indicações de outros textos, livros e materiais relacionados ao tema em
estudo, para ampliar as suas possibilidades de reflectir, investigar e dialogar
sobre aspectos do seu interesse. Indicação de diversas actividades que
favorecem a compreensão dos textos lidos e a chave de correcção das
actividades que lhe permite verificar se você está a compreender o que está a
estudar.
UNIDADE TEMÁTICA 1
Objectivos
Esta obtenção de receitas para com elas satisfazer as despesas públicas origina um
conjunto de relações, disciplinadas por normas jurídicas, entre os agentes
económicos privados e os entes públicos, maxime o Estado. Assim, a actividade
financeira do Estado resulta da obtenção e gestão das receitas necessárias para a
satisfação das necessidades colectivas de forma a realizar as despesas
correctamente. É a este conjunto de normas jurídicas que disciplinam a actividade
financeira do Estado e dos demais entes públicos que atribuímos o nome de direito
financeiro público – complexo de normas jurídicas que regulam a obtenção e
distribuição do dinheiro necessário ao funcionamento das instituições públicas com
vista à satisfação das necessidades colectivas.
1.2 Direito das despesas: regula a utilização das receitas pelos diversos entes
públicos encarregados de satisfazer necessidades públicas, bem como a
intervenção económicosocial (ex. benefícios fiscais).
Leituras Complementares
Ribeiro, José Joaquim Teixeira; Lições de Finanças Públicas;– 5ª Edição, Refundida
e Actualizada- Coimbra Editora, páginas 19-34.
Franco, António L.de Sousa; Finanças Públicas e Direito Financeiro; Vol.I e II; 4
Edição, Almedina Editora.
Actividades
A seguir, estão as actividades correspondentes a esta primeira unidade. Resolva os
exercícios propostos e verifique se acertou, conferindo a sua resposta na Chave de
Correcção no final do presente Guia de Estudo.
Actividade 1
REFERÊNCIAS
Franco, António L.de Sousa; Finanças Públicas e Direito Financeiro; Vol.I e II; 4
Edição, Almedina Editora.
UNIDADE TEMÁTICA 2
DIREITO E FISCALIDADE
Elaborado por Arlindo da Costa Rosário
Objectivos
No fim desta unidade voce deverá ser capaz de:
A fiscalidade é uma expressão que hoje tem um sentido técnico amplo e que
corresponde aos anseios dos que querem apetrechar-se para uma vida
profissional com conhecimentos variados e práticos sobre as estruturas dos
órgãos da Administração Fiscal, actuação destes e dos contribuintes perante as
imposições legais, designadamente as acções necessárias ao lançamento,
liquidação e cobrança dos impostos.
No que tange a esta divisão da fiscalidade em técnica e ciência, não tem sido
pacífica a consideração da ―Ciência Fiscal‖. Hoje fiscalidade para substituir a
expressão algo pretensiosa de Ciência Fiscal. Embora este termo apareça em
livros da especialidade, revela-se inadequado agrupar, como sendo ciência
unitária.
O Direito Fiscal é o direito dos impostos, isto é, o ramo do Direito que se ocupa
do estudo das normas jurídicas relativas ao imposto.
O direito fiscal é o direito dos impostos, isto é, o ramo do direito que se ocupa das
normas jurídicas relativas ao imposto. Cabe-lhe o estudo das normas reguladoras
das relações jurídicas emergentes da existência dos impostos, desde as normas da
soberania fiscal, a formulação da lei fiscal, as fontes, a interpretação e a aplicação da
lei fiscal até ao nascimento, o desenvolvimento e a extinção da obrigação fiscal e os
elementos da relação jurídico-fiscal: sujeitos do imposto, objecto, facto jurídico e
garantia.
A política fiscal visa o estudo dos mecanismos fiscais a utilizar pelos governos para
atingir determinados objectivos. Na sua política fiscal o Estado pode visar só o
aumento de receitas públicas e pode optar entre criar um novo imposto, directo ou
indirecto, sobre o capital ou sobre o rendimento; ou aumentar a receita de um certo
imposto, aumentando a taxa, a base tributável, recorrendo a uma taxa progressiva
em vez da taxa proporcional vigente. O Estado pode desejar uma política anti-
inflacionista ou uma diferente repartição social da riqueza. Todas estas situações
pertencem ao domínio da Política Fiscal.
Leituras Complementares
Ibraimo, Ibraimo; O Direito e a Fiscalidade; ART C;2000. Pag.23
Actividades
A seguir, estão as actividades correspondentes a esta primeira unidade. Resolva os
exercícios propostos e verifique se acertou, conferindo a sua resposta na Chave de
Correcção no final do presente Guia de Estudo.
Actividade 1
REFERÊNCIAS
Nabais, João Casalta; Direito Fiscal; Almedina; 2 Edição, Ano2005
UNIDADE TEMÁTICA 3
DO IMPOSTO
Elaborado por Arlindo da Costa Rosário
Objectivos
No fim desta unidade voce deverá ser capaz de:
Elemento objectivo
- Prestação – acto de prestar, pagar;
- Carácter pecuniário - associado ao dinheiro;
- Unilateralidade - quando se paga um imposto nada nos é dado em troca;
- Carácter definitivo - uma vez pago o imposto extingue-se a obrigação;
- Natureza coactiva – não se paga o imposto por se ter cometido uma
infracção ou um crime, é uma obrigação legal.
Elemento subjectivo
- Dirigido a detentores de capacidade contributiva - pessoas singulares e
colectivas, que tenham condições de pagar o imposto;
Elemento teleológico
- Exigido com vista à satisfação de necessidades públicas – o imposto serve
para a melhoria das condições de vida das populações, ex: construção de
estradas, pontes, escolas, hospitais etc.;
O Elemento teleológico: diz respeito ao fim para o qual o imposto é cobrado, assim,
o imposto é exigido para a concretização ou realização de funções públicas, com
vista à satisfação de necessidades colectivas, criação escolas, estradas, hospitais,
pontes, gerar empregos, distribuir riqueza etc.
Na taxa há uma contrapartida específica; no imposto não há. Taxas são no fundo
preços que se pagam para serviços genuinamente públicos.
O montante da taxa não tem que ser correspondente ao custo do serviço ou à sua
utilidade. A taxa pode ter como objectivo restringir o consumo do serviço em questão
– taxa moderadora.
f) Multa: prestação pecuniária exigida a favor do Estado como sanção pela prática de
um crime.
g) Coima: prestação pecuniária exigida pelo Estado como sanção pela prática de
umacontra-ordenação.
O imposto tem a sua base em normas jurídicas e pode ser distinguindo em diferentes
tipos:
Leituras Complementares
Ibraimo, Ibraimo; O Direito e a Fiscalidade; ART C; 2000
Martinez, Pedro Soares; Manual de Direito de Fiscal, Edições Almedina, ano 1998,
Pag.33-56
Nabais, João Casalta; Direito Fiscal; Almedina; 2 Edição, ano 2005, Pag.41-64
Actividades
A seguir, estão as actividades correspondentes a esta primeira unidade. Resolva os
exercícios propostos e verifique se acertou, conferindo a sua resposta na Chave de
Correcção no final do presente Guia de Estudo.
Actividade 1
REFERÊNCIAS
Martinez, Pedro Soares; Manual de Direito de Fiscal, Edições Almedina, Ano 1998
UNIDADE TEMÁTICA 4
Objectivos
No fim desta unidade voce deverá ser capaz de:
O Direito Fiscal é composto por vários princípios de entre os quais podemos destacar
os seguintes:
Legalidade
Igualdade
Princípios do
Direito Fiscal
reserva de lei formal
Capacidade
contributiva
Outros princípios
Este princípio no direito fiscal está dirigido em torno da ideia do auto tributação.
A auto tributação pretende dar-nos a ideia de que os impostos devem ser aprovados
pelas pessoas que os têm de pagar, é como se as pessoas se auto tributassem.
Nos dias que correm os impostos são aprovados pela Assembleia da República e
são aprovados pelos deputados eleitos pelo povo, pois é o povo que elege os seus
representantes, daí é o povo que aprova os impostos.
―Os impostos são criados ou alterados por lei1, que os fixa segundo os critérios de
justiça fiscal‖.
Esta Lei da criação dos impostos é uma lei formal da A.R. A esmagadora maioria dos
actos legislativos em matéria fiscal é elaborada pelo governo sob sob a forma de
Decreto-lei autorizado. Esta é uma reserva absoluta de lei formal, ou seja, só a lei
formal pode determinar estas matérias.
A alínea o) do nº. 2 do art.º 179, da CRM diz-nos que é a A.R. que cria impostos.
4.1.2 Incidência
1
Lei da Assembleia da República, feita e aprovada pela A.R
Outra coisa diferente é aquilo a que se chama de isenção fiscal. A isenção é uma
excepção à regra da incidência, ou seja, é algo que está dentro do campo da
incidência, mas só não é tributado porque um facto impede a aplicação da norma
fiscal. Por exemplo quem comprar uma casa para habitação, até certo montante,
beneficia de isenção.
Na verdade este facto está inserido dentro do âmbito da incidência, mas está
excepcionalmente de fora da tributação.
Pode estar isento, uma coisa, uma pessoa, ou ambas, mas qualquer norma que
determine a incidência, a isenção ou não incidência só pode ser determinada por lei
formal (Lei da A.R).
4.1.3 Taxas
Estas taxas são os factores de quantificação de imposto que podem ser um valor
percentual. O imposto não é obrigatoriamente quantificado percentualmente, o
imposto pode ser uma quantia fixa (ex. imposto de selo). Há taxas específicas, como
as taxas sobre as cervejas, mas as mais usuais são as taxas percentuais, estas
normalmente são taxas de dois tipos:
Taxas proporcionais, são taxas que aumentam à medida que aumenta a proporção
Exemplo: 100 10
1000 100
Taxas progressivas, são taxas que aumentam mais do que a proporção, ou seja o
imposto aumenta em progressão.
Exemplo: 100 10
1000 200
2000 600
Garantias Gerais:
Garantias Processuais:
São os meios de defesa que a lei atribui aos sujeitos passivos em reacção a
determinado acto praticado pela administração fiscal. As garantias processuais
dividem-se em:
Os impostos são criados por Lei da Assembleia da República, segundo o artº 100º
CRM.
Ninguém pode ser tributado se não tiver capacidade contributiva. O imposto deve
estar distribuído de acordo com a capacidade.
O artº 100º CRM consagra a justa repartição do rendimento e da riqueza. Quem tem
mais paga mais (justiça social).
Leituras Complementares
Actividades
A seguir, estão as actividades correspondentes a esta primeira unidade. Resolva os
exercícios propostos e verifique se acertou, conferindo a sua resposta na Chave de
Correcção no final do presente Guia de Estudo.
Actividade 1
REFERÊNCIAS
Nabais, João Casalta; Direito Fiscal; Almedina; 2 Edição, Ano 2005
Martinez, Pedro Soares; Manual de Direito de Fiscal, Edições Almedina, Ano 1998
UNIDADE TEMÁTICA 5
Objectivos
No fim desta unidade voce deverá ser capaz de:
O princípio da legalidade tributária (artº 4º LGT) leva a que as leis idóneas para criar
e regular os impostos sejam só as Leis da AR, Decretos-lei do Governo autorizado
pela AR, Decretos legislativos regionais.
5.3 Decreto
5.4 Contratos
Regra geral, cada caso é um caso e não existem paralelos entre casos. Exceptua-se
as decisões do Tribunal Constitucional com força obrigatória geral.
Leituras Complementares
Actividades
A seguir, estão as actividades correspondentes a esta primeira unidade. Resolva os
exercícios propostos em cada uma e verifique se acertou, conferindo a sua resposta
na Chave de Correcção no final do presente Guia de Estudo.
Actividade 1
REFERÊNCIAS
UNIDADE TEMÁTICA 6
Objectivos
▪ No caso de infracção tributária, deixe de a qualificar como tal, bem como a que
determine um regime punitivo mais favorável do que o previsto na lei vigente ao
tempo da sua prática, e não tenha sido proferida sentença condenatória transitada
em julgado.
Leituras Complementares
Martinez, Pedro Soares; Manual de Direito de Fiscal, Edições Almedina, Ano 1998
Nabais, João Casalta; Direito Fiscal; Almedina; 2 Edição,Ano 2005, Pag.213-226
Actividades
A seguir, estão as actividades correspondentes a esta primeira unidade. Resolva os
exercícios propostos em cada uma e verifique se acertou, conferindo a sua resposta
na Chave de Correcção no final do presente Guia de Estudo.
Actividade 1
REFERÊNCIAS
Nabais, João Casalta; Direito Fiscal; Almedina; 2 Edição,Ano 2005
Martinez, Pedro Soares; Manual de Direito de Fiscal, Edições Almedina, Ano 1998
Lei n.2/2006, de 22 de Março.
UNIDADE TEMÁTICA 7
Objectivos
No fim desta unidade voce deverá ser capaz de:
7. A RELAÇÃO JURÍDICO-FISCAL
É a relação que se estabelece por força da lei. É uma relação complexa; não se
limita a indicar quais são os sujeitos activo e passivo, mas também indica as diversas
obrigações acessórias destinadas a preparar a obrigação principal e que giram em
volta desta, por exemplo a obrigação de apresentação das declarações em certos
prazos; a obrigação de inscrição nas Direcções de Áreas Fiscais quando se dá início
a uma actividade, etc.. Em alguns casos, essas obrigações acessórias custam mais
do que a obrigação principal.Veja-se o caso da empresa que não gera lucros, mas
que ainda assim tem de dar cumprimento a essas obrigações acessórias, exemplo
entrega do modelo A). Por outro lado, algumas dessas obrigações acessórias têm
punições mais severas do que a obrigação principal por exemplo se não se paga é
executada a penhora, mas o incumprimento de um prazo pode acarretar uma multa
elevada; motivo: é através do cumprimento desta obrigação acessória que a
Administração Fiscal determina o facto gerador do imposto e a sua base tributável). É
também a partir de obrigações acessórias que a Administração Fiscal controla o
imposto de terceiros por exemplo as entidades patronais declaram o que pagam a
terceiros por via da retenção na fonte.
Por todas estas razões se diz que a relação jurídico- fiscal é complexa. A sua
estrutura é composta pelos sujeitos, pelo objecto, pelo facto jurídico e pelas garantias.
Será que até efectuar o último pagamento não deve essa sociedade pagar impostos?
É claro que sim, podendo o fisco recorrer a uma de duas hipóteses: 1) ou tributa a
sociedade em qualquer situação que ela se encontre ou tributa cada um dos seus
sócios nas respectivas quotas-partes. Esta última hipótese seria favorável, na medida
em que tributar 1 000 de uma só vez ou tributar 250 de cada vez representam
resultados diferentes. Contudo, desde há alguns anos que a questão está resolvida:
as sociedades irregulares são tributadas como se estivessem totalmente
regularizadas (de outro modo, seria um ―prémio‖ à não realização das
sociedades)veja-se o CIRPC.
7.1.1 Contribuinte (art. ° 14. ° da LGT) é o sujeito passivo obrigado a pagar tributos
ou outros encargos legais a estes associados.
▪ O substituto tributário é o sujeito passivo que, por imposição da lei, está obrigado a
cumprir prestações materiais e formais da obrigação tributária em lugar do
contribuinte;
▪ A entrega de tributo por parte do substituto tributário, sem ter existido a necessária
retenção do mesmo, confere direito de regresso por parte do substituto em relação
ao substituído, a exercer nos termos da lei civil;
7.1.8 Domicilio Fiscal e Número de Contribuinte (art. 35. °, 38. °da LGT):
7.2 O objecto (art.39.° da LGT) é aquilo sobre que incide o direito subjectivo, aquilo
a que tem direito o sujeito activo da relação jurídica. O objecto imediato é constituído
pela própria prestação em si mesmo considerada, pelo comportamento positivo
(acção) ou negativo (abstenção) a que está adstrito o devedor. Por sua vez, o
objecto mediato é constituído por aquilo sobre que versa a prestação. Sendo a
relação jurídico-fiscal uma relação complexa, são múltiplos os respectivos objectos
(art. ° 39. ° da LGT). No caso específico da obrigação fiscal, deriva da própria noção
de imposto que este se traduz numa prestação pecuniária, pelo que o objecto
daquela obrigação é esta prestação.
7.3 O facto jurídico, em termos doutrinais, é todo o facto da vida real que tem
consequências jurídicas, interessando aqui aquele que desencadeia relações
jurídicas novas e que se costuma designar por facto jurídico constitutivo. Em termos
de obrigação fiscal, este facto jurídico é o facto gerador do imposto ou pressuposto
de facto da obrigação de imposto, isto é a materialidade definida na lei que uma vez
verificada faz nascer a obrigação fiscal e que também se designa por facto tributário
(art. ° 40. ° da LGT).
Leituras Complementares
Martinez, Pedro Soares; Manual de Direito de Fiscal, Edições Almedina, Ano 1998
Lei n.2/2006, de 22 de Março
Nabais, João Casalta; Direito Fiscal; Almedina; 2 Edição, Ano 2005, Pag.235-283
Actividades
A seguir, estão as actividades correspondentes a esta primeira unidade. Resolva os
exercícios propostos em cada uma e verifique se acertou, conferindo a sua resposta
na Chave de Correcção no final do presente Guia de Estudo.
Actividade 1
REFERÊNCIAS
Nabais, João Casalta; Direito Fiscal; Almedina; 2 Edição,Ano 2005
Martinez, Pedro Soares; Manual de Direito de Fiscal, Edições Almedina,Ano 1998
Lei n.2/2006, de 22 de Março.
UNIDADE TEMÁTICA 8
Objectivos
Leituras Complementares
Actividades
A seguir, estão as actividades correspondentes a esta primeira unidade. Resolva os
exercícios propostos em cada uma e verifique se acertou, conferindo a sua resposta
na Chave de Correcção no final do presente Guia de Estudo.
Actividade 1
REFERÊNCIAS
Ibraimo, Ibraimo; O Direito e a Fiscalidade; ART C;2000
UNIDADE TEMÁTICA 9
Objectivos
9. Incidência
O IRPC é um imposto directo que incide sobre os rendimentos obtidos pelos sujeitos
passivos num determinado período de tributação, independentemente, da sua fonte
ou origem e mesmo que provenientes de actos ilícitos.
A personalidade jurídica.
9.1.1 Residentes
Sociedades comerciais;
Sociedades civis sob forma comercial;
Cooperativas
Empresas públicas;
Outras pessoas colectivas de direito público ou privado.
Qualquer instalação fixa através da qual seja exercida, total ou parcialmente, uma
actividade de natureza comercial, industrial ou agrícola, incluindo a prestação de
serviços.
um local ou um estaleiro de construção, de instalação ou de montagem,
quando a sua duração ou a duração da obra ou da actividade exceder 6
meses;
O período anual de imposto pode ser diferente do ano civil nas seguintes situações:
Por opção dos sujeitos passivos de IRPC, quando razões determinadas pelo
tipo de actividade o justifiquem e mediante requerimento e autorização por
despacho do Ministro das Finanças;
Contudo, este limite poderá ser prorrogado mediante pedido fundamentado dirigido à
Administração Tributária.
Art. 9 a 14 do CIRPC
Sociedades de profissionais;
Métodos directos:
- Regime de contabilidade organizada;
- Regime de escrituração simplificada;
Métodos indirectos:
- Regime simplificado de determinação do lucro tributável;
- Métodos indirectos de correcção
A matéria colectável dos sujeitos passivos residentes que exercem a título principal
uma actividade de natureza comercial, industrial ou agrícola é determinada de acordo
com o regime em que se inserem, que são três:
Os sujeitos passivos residentes que não exercem a título principal uma actividade de
natureza comercial, industrial ou agrícola são, por exemplo, as associações e as
fundações cujo objectivo não visa a obtenção de lucros, mesmo que acessoriamente
obtenham rendimentos decorrentes de actividades sujeitas a IRPC.
Estes sujeitos passivos que tenham uma actividade acessória de natureza comercial,
industrial ou agrícola apuram a matéria colectável com base no rendimento global de
acordo com o Código do IRPS (soma dos rendimentos líquidos das várias
categorias), deduzido dos custos comuns e benefícios fiscais, caso aplicáveis.
mc liee pf bf
As sociedades e outras entidades não residentes que obtenham rendimentos em
Moçambique através de um estabelecimento estável são tributados sobre o lucro que
seja imputável a esse estabelecimento estável eventualmente corrigido pelos
prejuízos e benefícios fiscais.
Sempre que não seja possível efectuar uma imputação com base na utilização pelo
estabelecimento estável dos bens e serviços a que respeitam os encargos gerais, o
Como já referido, existem dois tipos de métodos indirectos para determinar a matéria
colectável:
Art. 46 do CIRPC
9.7 TAXAS
Designação Taxas
Taxas aplicáveis sobre a Taxa Geral 32%
matéria colectável
Taxa reduzida, (aplicável à Agricultura e
Pecuária até 31 de Dezembro de 2010) 10%
Tributação autónoma, (aplicável a encargos
não devidamente documentados e a 35%
despesas confidenciais ou ilícitas)
A retenção na fonte tem, regra geral, a natureza de imposto por conta o que
significa que é levado em consideração no apuramento final do imposto devido,
tratando-se na prática de um pagamento a título de adiantamento do imposto.
9.8 LIQUIDAÇÃO
A liquidação do IRPC deve ser apresentada até ao último dia útil do mês de Maio na
Declaração Periódica de Rendimentos Modelo 22 à Direcção da Área Fiscal da sede,
direcção efectiva ou estabelecimento estável em que estiver centralizada a
contabilidade.
Art. 24 do RIRPC
Art. 22 do RIRPC
Retenção na fonte;
A retenção na fonte consiste numa dedução ao rendimento pago ou posto à
disposição do beneficiário, efectuada pela entidade devedora desse rendimento, cujo
montante é resultante da aplicação duma taxa sobre essa importância. Assim, a
entidade devedora assume o papel de substituto tributário ao efectuar a retenção
de uma importância e proceder à respectiva entrega nos cofres do Estado por conta
do titular dos rendimentos.
São obrigados a efectuar pagamentos por conta os sujeitos passivos que exerçam a
título principal uma actividade de natureza comercial, industrial ou agrícola e os
não residentes com estabelecimento estável em território nacional.
O pagamento por conta é calculado com base no imposto liquidado relativamente ao
exercício imediatamente anterior àquele a que correspondem os rendimentos, líquido
O pagamento especial por conta é calculado tendo por base 0.5% do valor das
vendas e/ou dos serviços prestados, realizados durante o exercício anterior, com o
limite mínimo de 30.000 MT e o máximo de 100.000 MT, deduzido do montante dos
pagamentos por conta efectuados no ano anterior, podendo ser repartido em três
prestações de igual valor, arredondados por excesso.
O pagamento especial por conta pode ser pago de uma só vez ou repartido em três
pagamentos iguais a efectuar nos meses de Junho, Agosto e Outubro, excepto
para os sujeitos passivos que adoptem um período de tributação diferente do ano
civil, que deverão efectuar os seus pagamentos nos meses 6, 8 e 10 do respectivo
período de tributação.
Leituras Complementares
Código do IRPC, aprovado pela Lei nº 34/2007, de 31 de Dezembro;
Regulamento do Código do IRPC, aprovado pelo Decreto nº9/2008, de 16 de Abril;
Actividades
A seguir, estão as actividades correspondentes a esta primeira unidade. Resolva os
exercícios propostos em cada uma e verifique se acertou, conferindo a sua resposta
na Chave de Correcção no final do presente Guia de Estudo.
Actividade 1
UNIDADE TEMÁTICA 10
Objectivos
No fim desta unidade voce deverá ser capaz de identificar os sujeitos passivos deste
imposto, as categorias de rendimento, as taxas de tributação e os mecanismos de
determinação da matéria colectável
São sujeitos passivos de IRPS aqueles cujos rendimentos estão sujeitos a IRPS, ou
seja, as pessoas singulares residentes e não residentes em território moçambicano
que aqui obtenham rendimentos.
Art. 12 do RIRPS
Sempre que existe agregado familiar, o imposto é devido pelo conjunto dos
rendimentos das pessoas que o constituem, considerando-se os sujeitos passivos as
pessoas a quem incumbe a sua direcção, devendo ser apresentada uma única
declaração pelos dois cônjuges ou por um deles, se o outro for incapaz ou ausente.
Havendo separação de facto, cada um dos cônjuges pode apresentar declaração dos
seus próprios rendimentos e dos seus dependentes.
As quotizações sindicais;
As indemnizações pagas pelo trabalhador à sua entidade patronal por
rescisão unilateral do contrato individual de trabalho sem aviso prévio em
resultado de sentença judicial ou de acordo judicialmente homologado.
1. Segunda categoria
2. Terceira categoria
Rendimentos de capitais
Alienação onerosa de direitos reais sobre bens imóveis e afectação dos bens
do património particular à actividade empresarial e profissional do empresário
em nome individual;
Alienação onerosa de partes sociais, incluindo a sua remição e amortização
com redução de capital e de outros valores mobiliários;
Alienação onerosa da propriedade intelectual ou industrial ou de experiência
adquirida no sector comercial, industrial ou científico, quando o transmitente
não seja o seu titular originário;
Cessão onerosa de posições contratuais ou outros direitos inerentes a
contratos relativos a bens imóveis;
Os rendimentos líquidos positivos, apurados em cada ano provenientes de
operações relativas a instrumentos financeiros derivados, com excepção dos
ganhos decorrentes de swaps.
Art. 12 do CIRPS
Art. 39 do CIRPS
4. Quarta categoria
3. Quinta categoria
Note-se que, sempre que o sujeito passivo opte pelo englobamento de rendimentos
sujeitos à taxa liberatória, deverá obrigatoriamente englobar todos os rendimentos
nessas condições. Refira-se ainda que o englobamento pode ser vantajoso quando a
taxa de IRPS a aplicar seja inferior à taxa liberatória.
10.4.1 Abatimentos
Em 2008, o salário mínimo mais elevado foi de 2.139,50 MT1, pelo que o mínimo não
tributável é igual a 77.022,00 MT.
10.5 LIQUIDAÇÃO
- Pensões;
- Capitais;
- Prediais;
O IRPS deve ser pago até ao dia 31 de Maio, do ano seguinte àquele a que
respeitam os rendimentos, excepto nos seguintes casos:
Leituras Complementares
Código do IRPS aprovado pela Lei n.33/2007, de 31 de Dezembro;
Regulamento do Código de IRPC, aprovado pelo Decreto nº8/2008, de 16 de Abril;
Ibraimo, Ibraimo; O Direito e a Fiscalidade; ART C;2000, Pag.133-141
Actividades
A seguir, estão as actividades correspondentes a esta unidade. Resolva os
exercícios propostos em cada uma e verifique se acertou, conferindo a sua resposta
na Chave de Correcção no final do presente Guia de Estudo.
Actividade 1
Cônjugue B
400milhões de vencimento como médica do Hospital de Maputo.
800milhões de honorários pelo exercício da medicina por conta própria. O
volume de negócios é igual ao do ano anterior e não optou pela contabilidade
organizada.
Contribuintes casados:
UNIDADE TEMÁTICA 11
IMPOSTO SOBRE O V ALOR ACRESCENTADO (IVA)
Elaborado por Arlindo da Costa Rosário
Objectivos
No fim desta unidade voce deverá ser capaz de:
Assim, na prática, cada sujeito passivo interveniente no circuito adquire uma posição
devedora perante o Estado pelo valor do imposto facturado nas vendas que realizou
(A) e credora pelo imposto que deduziu relativamente às aquisições que efectuou
(B), sendo o imposto apurado igual à diferença entre as duas posições, podendo
resultar num saldo devedor (A maior que B) ou credor (B maior que A) perante o
Estado:
IVA apuramento = A (Valor das Vendas x 17%) – B (Valor das aquisições x17%)
Regimes Especiais:
- Regime de Isenção
- Regime de Tributação Simplificada
Regimes Específicos:
Estes regimes aplicam-se a actividades que têm características particulares:
Regime Aplicável às Agências de Viagem e Organizadores de Circuitos
Turísticos;
Regime Aplicável aos Bens em Segunda Mão;
Regime Aplicável aos Organizadores de Vendas em Sistema de Leilão;
Regime aplicável às Empreitadas e Subempreitadas de Obras Públicas.
11.1 Incidência
11.2 Isenções
Tipo de operações:
Operações Internas;
Importações;
Exportações.
exclui:
- Indemnizações declaradas judicialmente;
- Descontos, abatimentos e bónus concedidos;
- Pagamentos em nome e por conta do cliente (desde que sejam registados em conta
de terceiros);
- Valor das embalagens não transaccionadas (desde que indicadas em separado na
factura e com menção de que foi acordada a sua devolução).
Regra
Valor aduaneiro
inclui:
- Direitos de importação, impostos, taxas, com excepção do IVA;
- Despesas acessórias até ao primeiro lugar de destino (comissões,
embalagem,transporte, seguros).
exclui:
- Descontos por pronto pagamento;
- Outros descontos que figurarem separadamente na factura.
11.4 Taxas
11.5 Liquidação
Sempre que uma das actividades exercidas (que confere direito à dedução ou não)
constitua uma parte insignificante do total do volume de negócios, pode o sujeito
passivo requerer ao Ministro das Finanças a consideração dessa actividade como
inexistente.
Assim, no caso de tratar-se de uma actividade que não confere direito à dedução
passaria, mediante diferimento do Ministério das Finanças, a poder deduzir o IVA
integralmente, na medida em que a actividade principal confere direito à dedução.
Assim, neste regime os sujeito passivos que, embora enquadrados nas normas de
incidência do imposto, não aplicam o imposto nas suas operações activas (vendas e
prestações de serviços), como se de operações isentas se tratassem e suportam o
IVA nas operações passivas (aquisições e importações).
11.6.4 Pode o sujeito passivo mudar de regime sempre que desejar? Art. 37 e 38
do CIVA
Não. Tendo exercido o direito de opção pelo regime normal o sujeito passivo é
obrigado a permanecer no regime por que optou durante um período de, pelo menos,
cinco anos.
Se, findo tal prazo, desejar voltar ao regime de isenção, deverá informar a
Administração Tributária mediante a entrega, antes do fim daquele prazo, da
Declaração de Alterações (M/03), a qual produzirá efeitos a partir de 1 de Janeiro do
ano seguinte ao da conclusão do referido período.
O sujeito passivo pode, no entanto, encurtar o período dos 5 anos caso passe a
satisfazer as condições de aplicabilidade, nomeadamente ter no ano anterior um
volume de negócios inferior ou igual a 750.000 MT e apresentar uma Declaração de
Alterações com essa evidência.
11.6.8 Pode o sujeito passivo mudar de regime sempre que desejar? Art. 43 e 44
do CIVA
Não. Tendo exercido o direito de opção pelo regime normal o sujeito passivo é
obrigado a permanecer nesse regime durante um período de, pelo menos, cinco
anos.
Se, findo tal prazo, desejar voltar ao regime de tributação simplificada, deverá
informar a Administração Tributária, mediante a entrega, antes do fim daquele prazo,
da Declaração de Alterações (M/03), a qual produzirá efeitos a partir de 1 de Janeiro
do ano seguinte ao da conclusão do referido período.
O sujeito passivo pode, no entanto, encurtar o período dos 5 anos caso passe a
satisfazer as condições de aplicabilidade, nomeadamente ter no ano anterior um
volume de negócios superior a 750.000 MT e inferior ou igual a 2.500.000 MT e
apresentar uma Declaração de Alterações com essa evidência.
Leituras Complementares
Actividades
A seguir, estão as actividades correspondentes a esta unidade. Resolva os
exercícios propostos em cada uma e verifique se acertou, conferindo a sua resposta
na Chave de Correcção no final do presente Guia de Estudo.
Actividade 1
UNIDADE TEMÁTICA 12
O COMÉRCIO INTERNACIONAL
Objectivos
No fim desta unidade voce deverá ser capaz de saber a acerca da evolução histórica
do Comercio Internacional e do surgimento do Direito Aduaneiro.
Conforme nos ensina Ênio Neves LABATUT, em sua brilhante obra Teoria e Prática
de Comércio Internacional, a história, baseada em achados nas sepulturas da
Escandinávia, mostrou que já há alguns milênios antes da era Cristã, chegaram ao
norte da Europa mercadorias que provieram do Chipre e do Egito. Daí, depreende-se
que estes objetos chegaram de mão em mão até o lugar onde foram encontrados.
Cabe salientar que durante a antiguidade e parte da idade média o comércio era
visto como uma atividade insignificante na vida econômica dos povos. Este comércio
limitava-se a artigos de luxo e pequenos objetos de fácil transporte.
Somente em torno de 600 a.C. foram abertos aos navegantes os portos do baixo
Nilo, que, aos poucos, foi-se tornando um dos principais pólos do comércio mundial
da antiguidade.
Do século XII ao VIII a.C. apenas uma economia vigorou na Grécia: a economia
doméstica. A partir daí, e durante os séculos V, IV e III a.C., expandiu-se um sistema
econômico de trocas mais amplas.
Etrúria imperava sobre a península itálica até o ano de 600 a.C. quando, após o
enfraquecimento provocado por sucessivos ataques de inimigos externos, foi
dominada pelos romanos.
Os romanos, por sua vez, desenvolveram a economia com mais intensidade que os
gregos.
O governo romano cortou a Itália com excelentes estradas, que davam acesso a
todas as províncias, formando uma unidade econômica baseada nas suas vias de
comunicação.
Facto marcante desta época ficou a cargo dos jurisconsultos romanos, que em seus
trabalhos notáveis assentaram as bases do direito e das obrigações, dotados de
acurado senso econômico.
Já desde longa data, em virtude das características, das normas e dos princípios
relativos ao comércio exterior, alguns autores gritam sobre a existência de um novo
ramo autônomo do Direito, especificamente o Direito Aduaneiro.
Nós, sob estes holofotes, coadunamos com aqueles que crêem na existência do
direito aduaneiro como um ramo autônomo.
Conforme comentado, não são poucos aqueles que aderem ao nosso pensamento e
lançam sementes que trepidam pelo seu reconhecimento.
(…) conjunto de normas jurídicas que regulan, por medio de un ente administrativo,
las actividades o funciones del estado en relación al comercio exterior de mercancías
que entren o salgan en sus diferentes regímenes al o del territorio de un país, así
como de los medios y tráficos en que se conduzcan y las personas que intervienen
en cualquier fase de la actividad o que violen las disposiciones jurídicas.
Sob a ótica jurídica, seria composto pelo conjunto de normas internas aplicáveis às
importações e exportações, assim como pelos tratados internacionais, devidamente
reconhecidos, sobre comércio exterior. Neste passo, apresenta uma ambivalência
entre normas internas e externas.
Uma questão está fora de dúvida; o Direito Aduaneiro não tem nada a ver com o
Direito Fiscal, quer pelo seu próprio contorno conceitual, quer pela especificidade da
ação em função dos regimes mais diversos devido a espaços econômicos, aos tipos
de acordos internacionais, a procedimentos normalizados ou simplificados de
facilitação do comércio externo, a suportes documentais de declaração das
mercadorias, etc. Por outras palavras, o Direito Aduaneiro tem particularidades
técnicas e econômicas susceptíveis de considerar os seus mecanismos jurídicos de
intervenção no comércio internacional, como um conjunto à parte, com uma técnica e
originalidades independentes do Direito Fiscal, e com uma terminologia própria. Daí
espraiar-se pela nomenclatura pautal em conexão com questões da taxação em
eventuais alternativas de aplicação dos regimes geral ou preferenciais, passando
pelos regimes suspensivos de conteúdo econômico das mercadorias e regime
aduaneiro dos meios de transporte, e terminando no contencioso aduaneiro.
Pelo lançado, é de total nitidez que os direitos exercidos por um país na política de
comércio exterior são, na maioria das vezes, direitos aduaneiros. É o caso, por
exemplo, dos direitos antidumping (taxação de mercadorias importadas para que seu
valor equipare-se a do mercado interno) e compensatório.
São vários os fatores que nos levam a crer na existência de um direito aduaneiro.
Nos dias atuais, com a evolução do comércio e a formação de novos blocos
econômicos, o volume de negociações internacionais cresce assustadoramente, o
que implica o surgimento de regramentos destinados às situações fáticas que
nascem no cotidiano do intercâmbio comercial.
Toda a mercadoria que chega a uma zona primária ou uma zona secundária, seja ela
porto, aeroporto ou estação aduaneira, está sujeita a um emaranhado de normas que
regulam as suas relações de transportes, seguros, estiva, câmbio e outras, as quais
atraem dispositivos constitucionais, tributários, administrativos, entre outros.
Leituras Complementares
Guimarães, Abilio; Direito Aduaneiro e Fiscal e Procedimentos Técnicos Aduaneiros;
3ªEdição, Editora A, Guimarães, 2005.
Actividades
A seguir, estão as actividades correspondentes a esta primeira unidade. Resolva os
exercícios propostos e verifique se acertou, conferindo a sua resposta na Chave de
Correcção no final do presente Guia de Estudo.
Actividade 12
REFERÊNCIAS
UNIDADE TEMÁTICA 13
Objectivos
No fim desta unidade voce deverá ser capaz de saber o que é o Direito Aduaneiro,
bem como a sua natureza jurídica.
13.1 Conceito
O Direito Aduaneiro, quanto à sua natureza, em face da atividade aduaneira ser uma
atividade pública, é um ramo do direito público.
Segundo José CRETELLA JUNIOR " o direito público é o que disciplina relações
jurídicas em que preponderam imediatamente interesses públicos; direito privado é o
que disciplina relações jurídicas em que predominam imediatamente interesses de
ordem particular."
Leituras Complementares
Guimarães, Abilio; Direito Aduaneiro e Fiscal e Procedimentos Técnicos Aduaneiros;
3ªEdição, Editora A,Guimarães, 2005.
Actividades
A seguir, estão as actividades correspondentes a esta primeira unidade. Resolva os
exercícios propostos e verifique se acertou, conferindo a sua resposta na Chave de
Correcção no final do presente Guia de Estudo.
Actividade 13
O que entende por Direito Aduaneiro. A que ramo do Direito pertence, e porquê?
REFERÊNCIAS
UNIDADE TEMÁTICA 14
PRESSUPOSTOS PARA EXISTÊNCIA DO DIREITO ADUANEIRO
Objectivos
No fim desta unidade voce deverá ser capaz de saber o quais os elementos que
compõe o Direito Aduaneiro, bem como saber explicar o que cada um deles significa.
Para que exista um direito aduaneiro devem co-existir os seus pressupostos. São
eles: o território aduaneiro, a mercadoria e as operações de exportação e
importação.
14.2 Mercadoria
Art. 47. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por
força alheia, sem alteração da substancia.
"Os bens móveis são os que, sem deterioração na substância ou na forma, podem
ser transportados de um lugar para outro, por força própria (animais) ou estranha
(coisas inanimadas) " (Maria Helena DINIZ).
"São bens móveis os que, sem alteração da substância, podem ser removidos, por
movimento próprio, ou por força estranha, bem como os que têm essa qualidade
jurídica por disposição legal.‖ (Orlando GOMES).
Diante de tais ditames, concluímos que bem móvel corpóreo é aquele que possui
corpo e é móvel ou suscetível de movimento próprio, ou ainda de remoção por força
alheia.
Das modalidades de bem móvel corpóreo que transcrevemos acima, todas elas são
passíveis de controlo aduaneiro.
14.3 Exportações
14.4 Importações
Leituras Complementares
Guimarães, Abilio; Direito Aduaneiro e Fiscal e Procedimentos Técnicos Aduaneiros;
3ªEdição, Editora A,Guimarães, 2005.
Actividades
A seguir, estão as actividades correspondentes a esta primeira unidade. Resolva os
exercícios propostos e verifique se acertou, conferindo a sua resposta na Chave de
Correcção no final do presente Guia de Estudo.
Actividade 14
REFERÊNCIAS
Critério dos sujeitos da relação juridica: Numa relação juridico fiscal, temos
como sujeitos, por um lado o Estado ou ente público, por outro os cidadãos. O
Estado encontra-se num plano superior ao do outro sujeito, o cidadão. Na
verdade, o Estado actua revestido de poder especial, superior ao do cidadão,
o que lhe permite quando necessário, executar o património para a garantia
dos créditos tributários que não forem voluntariamente pagos, sem
necessidade prévia da declaração judicial, ou seja do Tribunal. Goza portanto
o Estado, do beneficio da execução prévia.
CASO Nº1
Incidência pessoal
Incidência real
1ªCategoria
B= 400 000, 00 (art.2 nº2 a)) -36.000, 00 (art.28 a)) = 364.000, 00MT
2ªCategoria
3ªCategoria
Pressupondo que não foi exercida a opção de englobamento prevista no art.67 nº5 b),
não há que considerar qualquer rendimento desta categoria.
1800*2=3600MT
a) IRPS devido=223.300.00MT.