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DELEGAÇÃO DE PEMBA
DELEGAÇÃO DE PEMBA
Período Pós-Laboral
Introdução...................................................................................................................................1
1.1. Objectivo Geral....................................................................................................................1
1.1.2. Objectivos Específicos......................................................................................................1
1.2. Metodologia.........................................................................................................................1
1. Fontes do Direito Financeiro Moçambicano...........................................................................2
1.1. Conceito de direito financeiro..............................................................................................2
1.1.1. Objecto do direito financeiro............................................................................................2
1.2. A diferença entre o Direito Financeiro da Ciência das Finanças e dos outros Ramos........3
1.3. Fontes de Direito Financeiro................................................................................................3
1.3.1. Fontes secundárias do Direito Financeiro.........................................................................4
1.4. Relações do Direito Financeiro com outros Ramos de Direito............................................5
1.5. Interpretação e integração das normas do direito financeiro...............................................6
1.6. Os Princípios Gerais são Aplicáveis ao Direito Financeiro.................................................6
1.6.1. Outros princípios gerais....................................................................................................7
1.7. Aplicação no tempo e no espaço das normas do direito financeiro.....................................8
Conclusão..................................................................................................................................10
Referências Bibliográficas........................................................................................................11
Introdução
O presente trabalho surge no âmbito da cadeira de Finanças Públicas, que tem por abordar
diversos conteúdos acerca de direito financeiro. Assim, o Direito Financeiro é o ramo do
direito público formado pelo plexo de normas e princípios que, directa e indirectamente,
disciplinam o orçamento público e o seu respectivo controlo interno e externo.
No entanto, o direito financeiro tem por objecto uma parcela da actividade financeira do
Estado, no caso o orçamento público, compreendendo, pois, sua composição por meio das
respectivas receitas e despesas, bem assim o competente controlo interno e externo. Deste
modo, a principal fonte do Direito Financeiro é a Constituição da República, sendo que se
nomeia Constituição Financeira, tendo em vista o tamanho de sua importância. Nela estão os
valores, princípios e regras fundamentais do Direito Financeiro, sendo, destarte, fonte por
excelência. A Fonte do direito é o conjunto de normas que se relacionam na Constituição que
permite dizer sobre um sistema constitucional de Direito Financeiro.
Ainda, será destacada a cerca da interpretação o direito financeiro opera a arbitragem concreta
entre património público e património privado. Concreta no sentido de definição das relações
patrimoniais entre Estado e a colectividade num momento peculiar o orçamento. Relação que
implica retirar o património da colectividade através da receita, incrementando o do Estado.
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1. Fontes do Direito Financeiro Moçambicano
Com a definição do autor pode se concluir que, o Direito Financeiro é o ramo do direito
público formado pelo plexo de normas e princípios que, directa e indirectamente, disciplinam
o orçamento público e o seu respectivo controlo interno e externo.
De outra parte, é de mister assinalar que, a exemplo de qualquer ramo do direito, o financeiro
pode ser visto sob o prisma da ciência do direito e sob o ângulo do direito positivo. De
conseguinte, à ciência do direito financeiro compete estudar as normas disciplinadoras do
orçamento público e do seu controle, ao passo que ao direito positivo cumpre normatizar o
orçamento público e o seu controle, tanto interno quanto externo.
“Os meios económicos, pois, constituem o conteúdo da actividade financeira do Estado, sendo
exprimidos por meio da conta que, para fins jurídicos, tem por função representar um
património de uma determinada pessoa. Particularmente no direito financeiro, destina-se a
expressar a património do Estado, o qual é formado pelos bens, direitos e obrigações, típicos e
decorrentes de sua actividade, desde que possuam expressão económica” (Nascimento, 1999,
p. 73).
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1.2. A diferença entre o Direito Financeiro da Ciência das Finanças e dos outros Ramos
do Direito
“A primeira distinção se refere à Ciência das Finanças, que é uma actividade anterior à norma,
de carácter especulativo e que aborda os fenómenos financeiros sobre aspectos teóricos
diversos: sociológico, político e económico” (Nascimento, 1999, p. 63).
Economia financeira: estuda factores da riqueza e recursos que podem ser obtidos pelo
estado por meio da exploração de seu património ou do particular.
Política financeira: estabelece as finalidades do estado e os meios financeiros para
supri-las
Técnica financeira: estabelece a actuação do estado a partir das conclusões fornecidas
pelas duas anteriores.
Portanto, tanto na Ciência das Finanças quanto no Direito Financeiro o objecto de estudo é a
actividade financeira do estado, entretanto, o que as diferencia é a forma de estudo e análise:
especulativa e teórica x normativa e prática, respectivamente.
Desta análise, bastante simples e quiçá vaga, do conceito ora em análise, conclui-se que “a
actividade financeira do Estado não se desenvolverá somente pelas normas que a regerão,
pois, a especificidade das mesmas ditarão a sua juridicidade” (Ferreira, 1979, p. 25).
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Portanto, Fonte do direito é o conjunto de normas que se relacionam na Constituição que
permite dizer sobre um sistema constitucional de Direito Financeiro. Assim, teremos como
fontes de Direito Financeiro:
1. A Constituição
No que tange ao domínio das normas de organização, bem como das normas de percepção,
pragmatismo, percepção e orientação, dos princípios do Direito Financeiro.
A Constituição deverá ser bastante específica e clara quanto às matérias relacionadas as fontes
de Direito Financeiro, principalmente no respeitante à responsabilização e controlo financeiro,
e à autonomia financeira (das autarquias).
As Leis e os Decretos – Leis são as principais fontes de Direito Financeiro. Assim, a lei
Formal reservará à Constituição determinadas matérias (específicas), tais como a criação de
impostos, autorização de empréstimos, bem como outras operações de crédito, delimitando as
condições gerais, a aprovação do OGE, estabelecendo-se as infracções fiscais e financeiras, e
suas sanções jurídicas.
4. Regulamentos Financeiros.
3. Actos Normativos – são actos que complementam a lei ou decreto, produzido por
autoridades administrativas, com o objectivo de tornar aqueles aplicáveis ao caso
concreto.
Assim, e no que tange ao Direito Constitucional, o Direito Financeiro, pese embora se situe
num nível infra-constitucional, possui normas fundamentais, de carácter constitucional,
relativamente a aprovação parlamentar dos Orçamentos de Estado, uma vez que envolvem
poderes jurídico-políticos considerados Direitos Fundamentais.
Por outro lado, “o Direito Financeiro também mantém ou possui relações com o Direito
Administrativo, na medida em que a actividade financeira do Estado, disciplinada pelo Direito
Financeiro, deverá estar enquadrada no âmbito do Direito Administrativo” (Ferreira, 1979, p.
34).
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Por sua vez, o Direito Orçamental será o conjunto de princípios e normas que orientam a
elaboração, a execução e o controlo do Orçamento Geral de Estado.
Finalmente, e no âmbito das Relações do Direito Financeiro com outros Ramos de Direito, o
Direito Processual Financeiro, será o conjunto de normas que regulam a organização e
funcionamento dos tribunais financeiros.
Trata-se, portanto, de uma actividade concreta, pois é uma regulação prática, específica, já
que assevera quanto o Estado pode retirar da colectividade e de quanto pode despender, sendo
imprescindível a existência de limites, no ordenamento jurídico, ao avanço do Estado no
património da população. Isso se destina a evitar que o Estado acabe desfalcando o património
privado por meio, por exemplo, de excessiva tributação.
Segundo Ferreira (1979) entende que “o direito financeiro opera a disciplina de uma relação
geral constante entre o Estado e a colectividade na qual aquele acresce seu património
mediante retirada do património desta” (p.56).
Entretanto, o direito financeiro não possui completa autonomia científica, urna vez que opera
em outras do direito e utiliza-se também de conceitos das mesmas. Em contrapartida, o direito
financeiro tem autonomia legislativa, havendo disposição constitucional expressa da
elaboração de um direito financeiro.
De acordo com Campos (1995) diz que: “o Estado elabora permanentemente toda uma
normatividade de direito financeiro. Tem, ainda, esse ramo jurídico autonomia didáctica, já
que se trata de estudo específico do direito público, cuja definição advém da elaboração
legislativa específica” (p. 34).
1. Legalidade
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O princípio da legalidade toma forma em duas situações distintas: quando impede que as
despesas públicas sejam realizadas sem autorização da lei e também quando determina regras
a serem observadas na aprovação do orçamento.
2. Transparência
Esse princípio visa operacionalizar a publicidade e possibilitar um maior controlo dos gástos
públicos.
3. Responsabilidade fiscal
O princípio da responsabilidade na gestão fiscal, como vimos, pressupõe que o gasto público
seja realizado com a observância de limites e regras legais, envolvendo uma acção planejada e
transparente, zelando sempre pelo equilíbrio das contas públicas. Nesse sentido, a lei de
Responsabilidade Fiscal prevê a responsabilidade fiscal e estabelece a necessidade de
cumprimento de metas de resultado e obediência a limites relativos às renúncias de receitas e
às despesas públicas.
4. Economicidade
Realmente, é da maior importância essa reflexão como forma de deixar claro que a legislação
nacional, mais do que isso, mercê de seu conteúdo, gravita altaneira acima da legislação,
distrital e municipal.
Ademais, a lei é dotada de poderes para submeter ao seu espectro eficacial não só as pessoas
jurídicas de direito público ou privado, mas também as pessoas jurídicas de direito público
interno. É o caso, por exemplo, do Código de Processo Civil, que subordina as pessoas
constitucionais a sua obediência, o mesmo ocorrendo com o Código Civil, cujas regras não
podem ser infirmadas pelo legislador nacional ou local e assim avante.
De acordo com Torres (1998) diz que: “as Normas Gerais de Direito Financeiro de carácter
nacional habitam o patamar constitucional e o legal” (p. 48).
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Para Ataliba (1999) argumenta que seriam “elementos das direito financeiras as disciplinas
jurídicas do orçamento, fiscalização e controle orçamentário, da contabilidade pública e do
crédito público, acrescentando também, o renomado jurista, o direito tributário, como meio de
obtenção de recursos de modo coactivo (direito público) ” (p. 45-80).
“O direito financeiro tem, no orçamento, sua categoria mais expressiva. Esse ramo do direito
público trabalha no campo orçamentário, o qual está necessariamente relacionado ao
planeamento, pois nele não se verifica simplesmente a aplicação de recursos de forma neutra,
sem preocupação com o resultado” (Cretella, 1993, p. 03).
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Conclusão
O trabalho desenvolveu o tema de direito financeiro, de onde destacou sobre as fontes do
mesmo, a sua interpretação, e a sua aplicação. Portanto, abordou-se ainda a relação que o
direito financeiro tem com as ciências financeiras, e outros que foram desenvolvidos no
mesmo. Assim, o Direito Financeiro preocupa-se com os fenómenos financeiros pós
normativos, positivados, e abarca justamente as normas jurídicas que disciplinam a actividade
financeira do estado, como já vimos anteriormente. Portanto, tanto na Ciência das Finanças
quanto no Direito Financeiro o objecto de estudo é a actividade financeira do estado,
entretanto, o que as diferencia é a forma de estudo e análise: especulativa e teórica x
normativa e prática, respectivamente.
Por fim, a principal fonte do Direito Financeiro é a Constituição da República, sendo que se
nomeia Constituição Financeira, tendo em vista o tamanho de sua importância. Nela estão os
valores, princípios e regras fundamentais do Direito Financeiro, sendo, destarte, fonte por
excelência. o direito financeiro não possui completa autonomia científica, urna vez que opera
em outras do direito e utiliza-se também de conceitos das mesmas. Em contrapartida, o direito
financeiro tem autonomia legislativa, havendo disposição constitucional expressa da
elaboração de um direito financeiro.
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Referências Bibliográficas
Ataliba, G. (1999). Normas gerais de direito financeiro e tributário e autonomia dos estados
e municípios. In: Revista de Direito Público, São Paulo: Revista dos Tribunais, v. 10, p.
45-80.
Campos, D. (1995). Curso de direito financeiro e orçamentário. São Paulo: Atlas. p. 34.
https://lusoacademia.org/2018/12/08/fontes-de-direito-financeiro/
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