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CURSO DE DIREITO

TRABALHO ACADÊMICO 01

TRABALHO ACADÊMICO 01

CURSO: DIREITO

DISCIPLINA: DIREITO FINANCEIRO – 2022-1

Prof. Daniel Dottes de Freitas

ALUNO(A): Bárbara Renata Klafke

a) INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DO TRABALHO:

1) Este Trabalho Acadêmico, de acordo com o sistema de avaliação das


disciplinas presenciais, integra a primeira avaliação parcial (nota parcial do T1),
mediante leitura de texto (indicado pelo professor) e resposta a questionário.
2) É uma avaliação individual composta pela resolução de questões discursivas a
serem respondidas individualmente em texto de até 10 (dez) linhas, cada resposta.
3) As respostas deverão ser compostas de duas partes, a saber: a) descrição
técnica do tema, ou seja, apresentação científica do tema com posicionamento
científico do autor indicado como bibliografia básica (podendo ser utilizada doutrina
complementar); b) análise (reflexão) pessoal do aluno sobre o tema contendo
suas conclusões, críticas e posicionamentos.
4) Além disso, no processo avaliativo de cada caso, serão observados os
seguintes critérios:
a) Adequação da resposta ao solicitado na proposição;
b) Extensão da resposta (de 10 linhas) em fonte Arial 12, espaço
de 1,5 cm entre as linhas;
c) Uso de linguagem culta, precisão e clareza na composição do
texto;
d) Aprofundamento da reflexão apresentada, considerando os
conhecimentos necessários para resolução das questões;
e) Elaboração individual das respostas;
f) Adequação às regras da ABNT no uso de citações se utilizadas.

5) O referido trabalho deve ser inserido exclusivamente no ambiente virtual, na


área de ATIVIDADES do Google Classroom, conforme calendário acadêmico
6) Encerrado o período para postagem do Trabalho Acadêmico, o professor da
disciplina iniciará as correções e lançará as notas no ambiente virtual.
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7) Observação: plágio entre trabalhos ou mediante busca e cópia da internet


(sem a devida citação, quando cabível), determina a anulação.

8) A mera cópia de respostas do autor sem ANÁLISE pessoal do ALUNO,


zera a nota na questão.

9) Poderão ser utilizadas: bibliografia complementar e decisões dos tribunais.

b) QUESTÕES DO TRABALHO:

A partir da obra denominada DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO, de


autoria de Kiyoshi Harada (23ª edição, em diante), São Paulo: editora Atlas,
responda aos seguintes questionamentos:

1) A partir da finalidade do Estado, conceitue a denominada atividade


financeira, ou seja, seu papel para a concretização de tal atividade.
A atividade financeira do Estado é entendida pelos atos que geram o bem comum, é
por meio da atividade Financeira do Estado que se obtém recursos através de receitas
públicas, ou seja, compreende-se as receitas públicas pela união do dinheiro que
entra nos cofres públicos, do crédito público através de endividamento público, além
do planejamento e aplicação de recursos através de orçamento público e despende-
se recursos, ou seja a despesa pública, cada uma dessas atividades visam tutelar as
atividades financeiras.

2) Como se dá a intervenção no domínio econômico pelo Estado?


A intervenção do domínio econômico pelo Estado se dá pela aplicação do princípio da
livre iniciativa, o qual está disposto no art. 170, inciso I a IX, na constituição Federal.
O parágrafo único desse artigo, reafirma uma vez mais o princípio da livre iniciativa,
dispõe que “é assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica,
independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo os casos previstos em
lei”. Porém, esse princípio não é absoluto e sofre restrições por outros valores
igualmente expressos em forma de princípios.
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3) Discorre sobre exemplos legais (constitucionais) que demonstram a


autonomia do direito financeiro.
O que caracteriza o Direito Financeiro como ramo autônomo é a existência de
princípios jurídicos específicos, não aplicáveis a outros ramos do Direito. Dentre os
exemplos legais (constitucionais) da autonomia do direito financeiro temos o art. 24 e
164. A atividade financeira do estado é compreendida em captação, e dentro desta a
custódia, presente no art. 164, o qual fala sobre “A competência da União para emitir
moeda será exercida exclusivamente pelo banco central”, gestão e gasto. Além deste,
temos o art. 24, o qual dispõe que “Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal
legislar concorrentemente sobre: I – direito tributário, financeiro, penitenciário[...]”.
Temos ainda que, o município adquire esses poderes por simetria.

4) Explique a classificação legal das receitas públicas, conforme previsto na


Lei nº 4.320/64.
Conforme previsto na Lei nº 4.320/64, a classificação legal das receitas públicas, está
dividida em duas categorias: receita orçamentária e receita extraorçamentária. A
receita orçamentária engloba aquelas que estão inscritas na lei orçamentária anual,
esta por sua vez pode ser divida em categorias econômicas, conforme o art. 11 da lei
n° 4.320/64, quais sejam: receitas correntes e receitas de capital, e estão dispostas
no art. 11, § 1° e 2°, da Lei n° 4.320/64. Já a receita extraorçamentária é aquela que
não está dentro do orçamento, pois, para esta, não é exigido uma autorização
legislativa, visando facilitar a sua movimentação, são exemplos de receita
extraorçamentária: empréstimos públicos, fianças, cauções, entre outros.

5) Explique e diferencie receitas correntes e de capital.


As receitas correntes visam cobrir as despesas orçamentárias que são destinadas à
manutenção das atividades governamentais, quais sejam: receitas tributárias, de
contribuições, patrimonial, agropecuária, industrial, de serviços e outras, conforme
dispõe o art. 11, § 1°, da Lei n° 4.320/64. Já as receitas de capital podem ser
conceitualizadas como aquelas que vão alterar o patrimônio duradouro do Estado,
pois elas aumentam as disponibilidades financeiras do Estado e são provenientes de
realização de recursos financeiros descendentes da constituição de dívidas e também
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de recursos recebidos de outras pessoas públicas ou privadas que são destinados


para suprir as despesas, conforme disposto na Lei n° 4.320/64, art. 11, § 2°.

6) Conceitue e explique como se dá a aplicação de um princípio orçamentário.


Os princípios orçamentários são aqueles específicos para a área orçamentária, visto
que um princípio é aplicado como critério de interpretação de normas e de regras
jurídicas gerais. Além disso, é sabido que os princípios orçamentários podem ser
encontrados na Constituição Federal, de forma explícita e implícita. Dentre os
princípios orçamentários temos: Princípio da exclusividade, Princípio da programação,
Princípio do equilíbrio orçamentário, Princípio da anualidade, Princípio da unidade,
Princípio da universalidade, Princípio da legalidade, Princípio da transparência
orçamentária, Princípio da publicidade orçamentária, Princípio da não vinculação de
receita de impostos, Princípio da especialidade dos incentivos fiscais, Princípio da
responsabilidade na gestão fiscal, entre outros princípios. Para explicar como se dá a
aplicação de um princípio orçamentário podemos usar como base o Princípio da
Exclusividade, visto que este diz respeito ao que está disposto no art. 165, §8°, da CF.

7) Como ocorre a fiscalização e o controle dos orçamentos públicos?


Controlar a execução orçamentária significa acompanhar e obter condições para
otimizar os meios de arrecadação da receita pública e adotar medidas de contenção
dos gastos. Conforme o art. 70, da CF, a fiscalização é feita sob vários ângulos, ou
seja, ela abrange os âmbitos: a) contábil: técnica de controle numérico, mediante o
registro sistemático das verbas arrecadadas e despendidas; b) financeira: verificação
de entrada e saída de dinheiro; c) orçamentária: alude à correta execução do
orçamento; d) operacional: observância de procedimentos legais para a arrecadação
de recursos financeiros, ou para a liberação de verbas; e) patrimonial: é à própria
execução orçamentária. A fiscalização é realizada e por meio de controle interno e
externo. O controle externo cabe sempre ao Poder Legislativo com o auxílio dos
respectivos Tribunais de Contas. Pelo controle interno cada Poder exerce a autotutela
da legalidade, da eficácia e eficiência da gestão financeira, orçamentária e patrimonial,
sem prejuízo da atuação do Tribunal de Contas competente.
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8) Diferencie as leis orçamentárias (PPA, LDO e LOA).


A PPA estabelece diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal, para
período superior a um ano e é realizada a cada 4 anos. A LDO definirá as metas e
prioridades da administração pública para o exercício do financeiro do ano
subsequente, e servirá de base para a elaboração da LOA, ou seja, todos os anos a
LDO deve anteceder à LOA. A LDO tem, ainda, como finalidade, dispor sobre o
equilíbrio entre receitas e despesas. Portanto, temos que: a lei do PPA define o plano
estratégico do governo a longo prazo, que fica mais no plano abstrato; a LDO
seleciona as estratégias a serem implementadas; e a PPA representa estratégia
enquanto a LDO representa a tática. A LDO estabelece um elo entre o PPA e a LOA
que confere ao PPA o papel de disponibilizar, de certa forma, os recursos financeiros
para a execução do plano estratégico definido pela LDO.

9) Contextualize a receita pública segundo a LRF (Lei de Responsabilidade


Fiscal – Lei Complementar nº 101/00).
A LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal – Lei Complementar nº 101/00) trata, em seu
capítulo III, a respeito da receita pública. Frente a isso, o art. 11 desta norma atribuiu
os requisitos para a responsabilidade na gestão fiscal, quais sejam: previsão e efetiva
arrecadação de todos os tributos da competência constitucional do ente da
Federação, ou seja, cada esfera do governo deve estimar sua receita de acordo com
sua base tributária, reservando a individualidade de cada esfera. O art. 14 do mesmo
dispositivo legal, trata-se da renúncia ou ampliação de incentivo ou benefício de
natureza tributária da qual decorra renúncia de receita.
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REFERÊNCIAS
HARADA, Kiyoshi. Direito Financeiro e tributário, 23ª edição, em diante, São Paulo:
editora Atlas.

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