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Universidade Púnguè

Domingos Bechane

Sidónio Manjor

Suzete Rodrigo

Rosária Albano

Curso: Licenciatura em Direito

Universidade Púngué

Chimoio

2023
Universidade Púnguè

Domingos Bechane

Sidónio Manjor

Suzete Rodrigo

Rosária Albano

Curso: Licenciatura em Direito


4º Ano – Período Pós-laboral

Cadeira:
Direito Económico

Tema:
Constituição Económica

Docente:
Dr. Massamba Jeque

Universidade Púngué
Chimoio
2023
Índice
1.0. INTRODUÇÃO......................................................................................................4
1.1. Objectivos...............................................................................................................4
1.1.1. Objectivo geral............................................................................................4
1.1.2. Objctivos específicos...................................................................................4
2.0. CONSTITUIÇÃO ECONÓMICO.........................................................................5
2.1. Enquadramento analítico da Constituição Económica.......................................5
2.2. Noção de Constituição Económico.....................................................................6
2.3. A tipologia de Constituição Económica.............................................................7
2.3.1. Constituição Estatutária...............................................................................7
2.3.2. Constituição Programática...........................................................................8
2.4. Constituição Económica nacional a luz da actual Constituição.........................8
2.5. A Constituição Económica no texto da Constituição da República de
Moçambique..................................................................................................................9
2.6. Características da Constituição económica de Moçambique............................10
2.7. Os Direitos e Deveres Económicos..................................................................12
2.8. Os princípios fundamentais da organização económica...................................12
3.0. CONCLUSÃO......................................................................................................13
4.0. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................14
1.0. INTRODUÇÃO

Os intercâmbios sobre a Lei da Constituição centram-se, geralmente, nas normas de


ordem jurídica, relativas à organização política e administrativa da sociedade e do
Estado. Também se abordam matérias sobre a organização económica, mas com um
foco centrado, principalmente, na questão do poder exercido pelo sistema político, o
sistema de governo e o sistema eleitoral, bem como a centralização e descentralização
territorial a vários níveis.

Sendo assim, acaba surgindo questões pertinentes que serão abordados ao longo do
trabalho, questões estes que envolvem a um conjunto de ideias que têm dominado
sobremaneira as políticas públicas em Moçambique e, em particular, a manutenção do
monopólio estatal da terra e de outros recursos naturais.

1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo geral

Analisar os pontos essenciais sobre a Constituição Económica moçambicana.

1.1.2. Objctivos específicos


 Conceituar a Constituição Económica a nível nacional;
 Descrever a Constituição Económica na Constituição da República vigente
 Caracterizar o modelo económico na Constituição actual;
 Analisar o status da Constituição Económica na Constituição da República de
Moçambique.

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2.0. CONSTITUIÇÃO ECONÓMICO
2.1. Enquadramento analítico da Constituição Económica

Os debates sobre a Lei da Constituição centram-se, geralmente, nas normas de ordem


jurídica, relativas à organização política e administrativa da sociedade e do Estado.
Também se abordam matérias sobre a organização económica, mas com um foco
centrado, principalmente, na questão do poder exercido pelo sistema político, o sistema
de governo e o sistema eleitoral, bem como a centralização vis-à-vis descentralização
territorial a vários níveis (FRANCISCO, 2012). Exemplo disto é a revisão
constitucional que aconteceu em 2018, por iniciativa do principal partido político em
Moçambique, o Partido Frelimo.

Para quem teve oportunidade de acompanhar na data dos factos, os dois partidos da
oposição, com assento parlamentar, Renamo e MDM (Movimento Democrático de
Moçambique), reagiram com alegada surpresa à iniciativa de revisão constitucional,
apresentada pela Frelimo. Surpresa, para justificar, no caso da Renamo, sua recusa em
participar na Comissão Ad-Hoc criada para rever a Constituição, num claro sinal de
incapacidade de liderança na apresentação de um modelo constitucional,
significativamente diferente daquele que foi instituído em 1990 e reafirmado em 2004.
Recordemos que a bancada parlamentar da Renamo, no final da década de 1990, após
ter tomado a iniciativa e convencido a bancada maioritária da Frelimo para alterarem
substancialmente o sistema de governo, substituindo o presidencialismo por um
semipresidencialismo de claro pendor parlamentar, à última hora e, inesperadamente,
mudou de posição e sabotou aquela que poderia ter sido a mudança política mais
relevante depois da guerra civil e o início de uma verdadeira nova República.

Aquele esforço democratizador fracassado teria voltado a ser resgatado e a tomar alento
público, a nível unicamente da sociedade civil, enquanto no seio parlamentar os actores
políticos mostravam sérias dificuldades em determinar se seria a manutenção ou a
mudança do status que melhor poderia assegurar os benefícios pessoais que o
envolvimento na política lhes tenha proporcionado. Isto foi evidente na postura da
terceira bancada parlamentar, o MDM; sem convicção, aceitou participar na revisão
constitucional, prometendo meditar afincadamente na sua proposta constitucional, mas,

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a contar pela sua breve trajectória política, não surpreendeu apenas ao aparecer com
uma vaga ideia de projecto.

De imediato, nada indicou que os partidos políticos com assento parlamentar, todos
juntos, tenham sido capazes de produzir uma nova vaga de ideias demonstrativas de
uma capacidade proactiva em vez de reactiva, face aos enormes desafios com que
Moçambique se confrontava e se confronta actualmente. De acordo com o pensamento
de Francisco (2012), se este contexto político, ao qual se voltou mais adiante, foi em si
insólito, mais insólito se afigurava que os académicos e intelectuais desperdiçaram a
oportunidade proporcionada pela principal força partidária, a Frelimo, para colocarem
em debate público, questões substantivas sobre os fundamentos da ordem jurídica da
economia moçambicana. Principalmente, aqueles fundamentos de primordial
importância que, apesar das mudanças político-ideológicas na orientação das políticas
públicas, permaneceram inalterados, como o último reduto de um bem público com o
qual ninguém se identifica.

Neste contexto, afigurava-se de maior interesse que se complementasse o processo de


revisão constitucional decorrido, com reflexões e contributos referentes ao ordenamento
institucional económico, numa perspectiva mais económica do que meramente jurídica.
Um interesse tanto académico e intelectual, como económico e empresarial, no qual a
gestão dos recursos fundiários, agrícolas e de outros recursos naturais mereciam um
destaque central. Para tal, o conceito de Constituição económica assume actualmente
um importante papel operacional e analítico.

2.2. Noção de Constituição Económico

De acordo com a reflexão mencionado anteriormente, pode se dizer que se entende por
Constituição Económica o conjunto de normas e princípios relativos à economia, ou
seja, a ordem constitucional económica. Do ponto de vista formal, Texeira (2011, p. 4)
cita que “a Constituição Económica é a parte económica da Constituição do Estado, em
que estão contidos os dispositivos essenciais ao ordenamento da actividade económica,
desenvolvida pelos actores económicos”. Em outras palavras, o texto constitucional
condensa os princípios que caracterizam o sistema económico adoptado, através dos
sectores de propriedade que se admitem, incluindo ainda os aspectos financeiros e
fiscais do Estado (GOUVEIA 1999).

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É no conjunto dos dispositivos sobre a organização económica que se encontram
escalpelizados os direitos, deveres, liberdades, positivas e negativas, bem como as
responsabilidades dos vários actores, envolvidos no exercício da actividade económica,
tais como: indivíduos, pessoas colectivas, nacionais e estrangeiros, incluindo o Estado
(GOUVEIA 1999; TEIXEIRA, 2011).

Bittar (2006) faz menção que é na Constituição que encontramos a raiz, o cerne do
Direito Económico, porque aí se encerram os princípios fundamentais sobre os quais se
vai erigir a organização económica, matriz dos operadores económicos, e se fixam os
objectivos primordiais a atingir pelo poder político.

Toda a Constituição inclui uma caracterização da ordem económica, ainda que seja por
omissão; na verdade, mesmo que uma Constituição pertença ao modelo liberal e se
limite a estatuir os direitos, liberdades e garantias dos cidadãos e as formas de exercício
do poder político, o facto de nada se dizer sobre a economia, mormente a propriedade
dos meios de produção, significa que nesse âmbito vigora a ordem constitucional dos
direitos fundamentais; por conseguinte, será a propriedade privada a dominar os meios
de produção e a iniciativa privada a pontuar a vida económica, através da liberdade de
acesso.

De acordo com Nunez (2019) a Constituição pode ser considerada tendo em conta o seu
objecto, o seu conteúdo ou a sua função (sentido material) e pode, por outro lado, ser
vista atendendo à integração normativa, ou seja, à posição das suas normas face às
demais regras jurídicas (sentido formal).

O mesmo autor citado anterior, enfatiza ainda que a Constituição em sentido formal nos
dá uma noção de conjunto de normas com força específica, situadas num Plano
hierarquicamente superior, enquanto o sentido material aponta para uma sensibilidade
jurídica, uma capacidade de sentir o valor da norma no contexto do ordenamento
jurídico, embora o seu lugar de formulação seja extra-constitucional.

2.3. A tipologia de Constituição Económica


2.3.1. Constituição Estatutária

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Refere-se Constituição Económica estatuária aquela composta pelo conjunto de normas
que caracterizam uma certa e determinada forma económica que a identificam e sem as
quais não teríamos a indicação do estatuto da matriz das relações de produção
dominantes (WATY, 2011).

De acordo com a ideia inicial, Moiane (2018) enfatiza que é a Constituição Económica
Estatuária que nos indica um conjunto de princípios gerais que conferem unanimidade a
economia fazendo dela uma ordem normativa que nos do acesso ao estudo científico do
casuísmo simples.

2.3.2. Constituição Programática

Waty (2011) refere que a constituição económica programática ou directiva é a que


encerra o conjunto de normas que visam reagir sobre a ordem económica de modo a
provocar certos efeitos, pré-estabelecendo-a ou modificando-a, através da acção dos
órgãos do Estado.

De acordo com o mesmo autor, as constituições económicas programáticas são produto


acabado e óbvio do movimento de constitucionalização de uma escala de valores,
entendida como norma no actual modelo de Estado de Direito Social, razão suficiente
para fazer cair por terra os argumentos contra a legitimidade das normas constitucional
programática. Estas normas entraram para o corpo constitucional como uma forma de
pacto, de compromisso. Através delas o legislador maior traça rumos a seguir e metas a
atingir e fixa princípios que são ou devem constituir a directriz para o legislador
ordinário e são a bússola da Administração e do Juiz. Estas normas programáticas criam
um novo sentido político, económico e social e, tem forma jurídica vinculante (imediata
ou mediata).

2.4. Constituição Económica nacional a luz da actual Constituição

A necessidade de existência de uma constituição económica em Moçambique não é


questão meramente de capricho, mas sim, conforme explica Moiane (2010), o Estado
Moçambicano actua para coibir os excessos da iniciativa privada e evitar que desatenda
às suas finalidades, ou para realizar o desenvolvimento nacional e a justiça social,
fazendo-o pela repressão ao abuso do poder económico, do controle dos mercados e do

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tabelamento de preços. Visto que é uma intervenção de base ou estruturante não se faz
arbitrariamente, por critérios pessoais das autoridades, mas sim com base na Lei.

Assim, a intervenção estatal no Estado moçambicano é instituída pela Constituição e


regulada por leis específicas que disciplinam as medidas interventivas e estabelecendo o
modo e a forma de sua execução, sempre tendo em consideração ao atendimento do
interesse público, ao respeito dos interesses individuais garantidos na Constituição da
República de Moçambique.

2.5. A Constituição Económica no texto Constituição da República de


Moçambique

Como já destacado anteriormente, a constituição económica insere um conjunto de


normas jurídicas que se impõe ao Estado, a sociedade e ao Homem, e em todos sujeitos
de direito na esfera de domínio económico.

Em sentido formal, consiste no conjunto de normas e princípios que fazem parte da


Constituição Política e que tem objectivo de estruturar a Economia a partir da
intervenção do Estado (NÚNEZ, 2019). A nossa constituição da República trata sobre
essa matéria de domínio económica em alguns artigos. Sendo assim, os artigos que
compõem a constituição económica distribuem-se por diferentes partes do texto
constitucional:

 Princípios Fundamentais (arts. 1.º a 22.º);


 Direitos e Deveres Económicos (arts. 82.º a 95.º);
 Organização Económica (arts. 101.º a 111.º).

Todos os artigos mencionados fazem parte do segmento económico, apesar de alguns


artigos não são serem stritus sensu de natureza económica. Pois conforme explica
Pinheiro e Saddi (2005), a constituição não pode ser vista de forma isolada, a
constituição é uma unidade coesa tem que e deve ser vista do ponto de vista vertical e
do ponto vista horizontal e que todo seu articulado para sua interpretação e
compreensão deve ser combinado, por conseguinte, os artigos não podem ser
compreendidos na sua plenitude quanto aos fins, o seu sentido e alcance sem se ter em
conta os princípios fundamentais da Constituição da República que começa do artigo 1.º
até ao artigo 22.º, onde se encontram os princípios fundamentais. Assim, os direitos e

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deveres económicos e sociais delimitam a esfera de liberdades e a protecção de que
dispõem os diferentes intervenientes ou destinatários do processo económico e as
normas de organização económica e dão o enquadramento jurídico básico do processo
económico nas suas diferentes dimensões.

Ainda no que diz respeito a Constituição Económica de Moçambique, Waty (2011)


considerou que do processo de constitucionalização económica iniciado com a
Independência em 1975, derivaram quatro etapas que podem ser destacadas:

a) A Pré-Constituição Económica (Constituição Económica do Governo de


Transição entre 20 de setembro de 1974 e 25 de junho de 1975);
b) A Constituição Económica da Independência tida como a Constituição do Tofo,
1975;
c) A Constituição Económica Intercalar ou do Plano do PRES (Plano(s) de
Reabilitação Económica e Social);
d) A Constituição Económica de 1990, revista em 2004 e a de 2004 revista em
2018

2.6. Características da Constituição económica de Moçambique

Ao caracterizar as constituições económicas modernas, Vieira (2016) refere que deve-se


distinguir três questões essenciais:

 As instituições socioeconómicas fundamentais;


 Os instrumentos de regulação da actividade económica;
 O regime económico-político (tipo de intervenção, ordenação e actividade
económica do Estado).

A tarefa no momento não é debruçar sobre os regimes económico-políticos existentes, o


esforço será empreendido é descobrir se a constituição económica é matriz liberal ou é
uma constituição económica de matriz socialista. Pois, a constituição económica insere
um conjunto de normas jurídicas que se impõe ao Estado, a sociedade e ao Homem, e
em todos sujeitos de direito na esfera de domínio económico.

A Constituição da República de Moçambique, consagra um modelo de economia Mista,


pois estabelece os princípios básicos de uma economia de mercado, impondo ou

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permitindo a regulação pública de alguns aspectos do seu funcionamento e
salvaguardando os direitos dos próprios trabalhadores enquanto limites ao poder
económico, privado ou público.

Este modelo de equilíbrio entre a economia de mercado e interesse público e social,


projecta-se em vários preceitos da Constituição da República de Moçambique. Assim
sendo, para garantir a democracia económica social que é uma das componentes do
Estado de direito Democrático (art. 3.º da CRM), de acordo com o artigo 96.º a
Constituição da República de Moçambique faz assentar a organização económica,
social, financeira e fiscal do país. O Estado promove, coordena e fiscaliza a actividade
económica agindo directa ou indirectamente para a solução dos problemas fundamentais
do povo e para a redução das desigualdades sociais e regionais. Segundo o artigo 101.º
da CRM no seu número 2, o investimento do Estado deve desempenhar um papel
impulsionador na promoção do desenvolvimento equilibrado.

Os artigos 102.º a 111.º da CRM, destacam que a ordem económica do país está assente
numa pluralidade de sectores de actividades económicas:

 Recursos Naturais;
 Agricultura;
 Indústria;
 Sector familiar;
 Produção de pequena escala;
 Empresariado nacional;
 Investimento estrangeiro;
 Terra;
 Uso e aproveitamento de Terra;
 Direitos adquiridos por herança ou ocupação de terra.

Segundo Waty (2011) destacam-se como objectivos fundamentais do Estado


moçambicano com relevância económica as seguintes:

 A edificação de uma sociedade de justiça social e a criação do bem-estar


material, espiritual e de qualidade da vida dos cidadãos;

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 A promoção do desenvolvimento equilibrado, económico, social e regional do
país;
 A defesa e a promoção dos direitos humanos da igualdade dos cidadãos perante
a lei;
 O reforço da democracia, da liberdade da estabilidade social e da harmonia
social e individual.

2.7. Os Direitos e Deveres Económicos

Os Direitos e Deveres económicos estão previstos na qualidade de deveres


fundamentais análogos pelo que gozam particular protecção constitucional:

 Direitos relacionados com o trabalho (arts. 84.º a 87.º da CRM): referem-se


sobretudo à obrigação do Estado no tocante às políticas de pleno emprego e à
definição do estatuto dos trabalhadores sendo esta categoria entendida no sentido
desenvolvido pelo direito do trabalho, ou seja, trabalhadores por conta de
outrem;
 Direito na qualidade de consumidor (art. 92.º da CRM): este é um Direito
Económico recente que visa proteger a parte da procura considerando que se
encontra vulnerável e que deve ser por isso protegido pelo Estado;
 Direito ao investimento: surge como Direito de iniciativa económica no artigo
101.º, não se restringindo à iniciativa privada garantindo também as formas,
Cooperativa e autogestionária (iniciativa económica colectiva ou de tipo social);
 Propriedade privada (art. 99.º CRM): este é um direito essencial para a
caracterização do sistema económico referencial, uma vez que a propriedade
privada dos meios de produção, implica a adopção do sistema económico de
mercado.

2.8. Os princípios fundamentais da organização económica

A organização económica, assenta num conjunto de princípios basicamente diversos


entre si. Os vários artigos iniciando do artigo 101.º da CRM á 111.º reflectem o modelo
de mercado intervencionado e misto, onde concorrem agentes económicos diferenciados
e onde o Estado fornece indicações através dos planos e orienta por meio das políticas

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económicas. Estes artigos têm hoje um carácter descritivo dos vários preceitos que
constituem a organização económica.

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3.0. CONCLUSÃO

Assim, pode se concluir que no domínio económico (conjuntos de bens e riquezas a


serviço de actividade lucrativa) a constituição assegura a liberdade de iniciativa pública
e privada, mas no interesse do desenvolvimento nacional e da justiça social, pelo que
impõe a valorização do trabalho, a harmonia entre as categorias sociais de produção de
modo a apartar-se do capitalismo selvagem. E também a constituição actual
moçambicana tem forte indícios de uma constituição mista pelas seguintes razões, há
uma combinação, em graus diversos de liberdade e iniciativa privada e a iniciativa
pública social; há tentativas de combinar o plano com o mercado; e definição de
regimes diversos, pelo que se observa um simples intervencionismo, um dirigismo
relativamente a intervenção do Estado.

A Constituição Económica moçambicana deve ser um instrumento de impulso,


incentivo para a produção nacional, e deve ser responsável pela promoção da produção
para o empresariado nacional, especialmente a exploração de recursos naturais em
especial destaque para a agricultura por ser uma fonte inesgotável e não precisa de
muitos investimentos.

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4.0. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BITTAR, E. C. (2006). Economia para o Direito. Barueri: Editora Manole.

FRANCISCO, A. (2012). Por uma Nova Constituição Económica em Mocambique.

GOUVEIA, J. B. (1999). Reflexões sobre a Próxima Revisão da Constituição


Moçambicana de 1990.

KAZMIER, L. J. (2007). Teoria e Problemas de Estatistica Aplicada á Administração e


Economia (4 ed.). Porto Alegre: Bookman.

Lei nº 1/2018 de 12 Junho. (2018). Constituição da República de Moçambique. Maputo:


Imprensa de Moçambique.

MOIANE, J. M. (2018). Análise da Constituição Económica Actual em Moçambique .

NÚNEZ, B. (2019). Direito economico. Obtido em 24 de Março de 2023, de Portal Jus:


https://jus.com.br

PINDYCK, R. S., & RUBINFELD, D. L. (1994). Microeconomia. São Paulo: Makron


Books, .

PINHEIRO, A. C., & SADDI, J. (2005). Direito, Economia e Mercados. São Paulo:
Editora Campus.

TEIXEIRA, C. (2011). A Nova Constituição Económica de Angola e as Oportunidades


de negócio e Investimento.

THOMPSON, A. A., & FORMBY, J. P. (1998). Microeconomia da Firma. Teoria e


Prática. (6 ed.). Rio de Janeiro: Prentice-Hall do Brasil.

VIEIRA, A. d. (2016). Turismo e Direito Econômico: Qual a importância do impacto


gerado pelo turismo na economia. Obtido em 24 de Março de 2023, de Portal
Jusbrasl: https://aimeevieira.jusbrasil.com.br

WATY, T. A. (2011). Direito Económico. Maputo: W&W Editora, Limitada.

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