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CAP IV - GESTÃO DE

PASSIVOS CIRCULANTES
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Os passivos circulantes representam uma fonte importante e
geralmente barata de financiamento de curto prazo de uma empresa. O
nível de financiamento de curto prazo influencia a rentabilidade e o
risco.
As duas principais fontes espontâneas de financiamento de curto prazo
são as contas a pagar (fornecedores) e despesas a pagar.
As contas a pagar (passivos circulantes) devem ser pagas com maior
lentidão possível, sem prejudicar o crédito da empresa. Isso encurtará
o CCC e reduzirá o investimento exigido em activos operacionais.
Se os fornecedores oferecem um desconto por pagamento rápido, a
empresa deverá fazer uma análise económica da possibilidade de
renunciar ao desconto em comparação com o seu aproveitamento.
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As despesas a pagar (são passivos gerados pela utilização de serviços)
também devem ser maximizadas, porque são uma fonte de financiamento
gratuíto. As despesas a pagar, que resultam principalmente de obrigações
trabalhistas e fiscais são virtualmente gratuitas.
A medida que as vendas aumentam, as contas a pagar crescem em
resposta as compras cada vez maiores, necessárias para produzir em
níveis mais altos. As despesas a pagar também aumentam com as vendas,
conforme os salários e os impostos crescem com as necessidades maiores
de mão de obra e o aumento de impostos, por causa do crescimento dos
lucros.
Os passivos circulantes (contas e despesas a pagar) são modalidades de
finaciamento de curto prazo não garantido (financiamento obtido sem a
vinculação de activos específicos como garantia de dívida).
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Os pagamentos devidos a instituições financeiras, os quais representam
financiamento de curto prazo negociado, resultam de financiamento
sem garantia obtido com bancos. Esse financiamento deve ser obtido ao
menor custo e com as melhores condições possíveis.
Empréstimos de curto prazo com garantia são aqueles pelos quais o
fornecedor de fundos exige garantia – comumente activos circulantes,
como contas a receber ou estoques.
O credor adquire direitos sobre ela por meio da execução de um acordo
de garantia com o devedor, especificando o activo que é garantia do
empréstimo. Além disso, os termos do empréstimo assim garantido são
incluídos, como a taxa de juros do empréstimo, as datas de pagamento
de juros e amortizações, etc. uma cópia do acordo de garantia é
registada em cartório do Estado.
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Esse registro fornece informação a credores subsequentes sobre os
activos de um futuro devedor que não estão disponíveis para uso como
garantia. A exigência de registro protege o credor, ao estabelecer
legalmente o direito dele sobre o ativo dado em garantia.
Muitos acreditam que a existência de uma garantia real reduz o risco de
um empréstimo, mas para os credores isso não constitui verdade.
Eles reconhecem que a existência de uma garantia pode reduzir perdas
em caso de inadimplência do devedor, mas a presenca dela não exerce
nenhum efeito sobre o risco de inadimplência. Um credor exige garantia
real para assegurar a recuperação de parate do empréstimo em caso de
inadimplência.

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O gestor financeiro deve obter a quantidade e a forma certa de
financiamento com passivos circulantes para conseguir os fundos de
custo mais baixo e risco mínimo.
A estratégia usada deve contribuir de forma positiva para a consecução
do objectivo de maximização do preço da ação da empresa.

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The end

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CAP V - FUSÕES, FALÊNCIAS
E AQUISIÇÕES GESTÃO FINANCEIRA II 3º ANO/1ºSEMESTRE - CONTABILIDADE E
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O motivo básico de uma fusão ou aquisição deve ser o aumento do
valor da ação.
Há também motivos mais imediatos, como a diversificação,
considerações fiscais e aumento da liquidez para os proprietários.
Muitas empresas usam fusões e aquisições, as vezes para se expandir
externamente (invadir mercados externos), assumindo o controle de
outra empresa, ou ate mesmo para obter os activos necessários e não
outra empresa inteira.
As actividades envolvendo a expansão ou a contratação das operações
de uma empresa ou mudanças em sua estrutura de activos ou em sua
estrutura financeira (de propriedade) são actividades de reestruturação
empresarial.
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FUSÕES, AQUISIÇÕES E HOLDING
COMPANIES
Uma aquisição ocorre quando duas ou mais empresas se unem e a empresa resultante
mantem a identidade de uma delas. Geralmente, os activos e os passivos da empresa
menor são incorporados aos da maior.
A fusão envolve a junção de duas ou mais empresas para formar uma sociedade
completamente nova, que absorve os activos e os passivos das empresas pelas quais é
formada.
Pela aparente semelhança entre fusão e aquisição, usaremos o termo fusão para fazer
referência aos dois tipos de combinação.
A holding company é uma sociedade por ações que detém o controle acionário de uma
ou mais sociedades por ações. No geral, o controle acionário de empresas grandes e de
capital muito disperso exige a posse de 10% a 20% das ações existentes. As empresas
controladas por uma holding company são chamadas de subsidiárias. O controle de uma
subsidiária é obtido com a aquisição de um número suficiente de suas ações.
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EMPRESA COMPRADORA E
EMPRESA VISADA
Numa fusão, a empresa que tenta adquirir o controle de outra é chamada
de empresa compradora, e a que é adquirida se chama de empresa visada.
Em geral, a empresa compradora identifica, avalia e negocia com a
administração ou os acionistas da empresa visada.
Ocasionalmente, os administradores de uma empresa visada dão início ao
processo de aquisição fazendo propostas nesse sentido.

Por vezes as fusões podem ocorrer de forma amigável ou hostil.

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FUSÕES ESTRATÉGICAS E
FINANCEIRAS
As fusões podem ser realizadas por razões estratégicas ou financeiras.
As fusões estratégicas visam a obtenção de economias de escala de
diversos tipos; visam também aumentar a participação no mercado, a
melhoria do acesso a materias-primas e da distribuição de produtos
acabados;
Nas fusões estratégicas, as operações das empresas compradora e
visada são combinadas de certo modo para produzir economias e, com
isso fazer com que o desempenho da nova empresa seja superior ao das
empresas pré-existentes a fusão.

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FUSÕES ESTRATÉGICAS E
FINANCEIRAS
A fusão estratégica envolve a aquisição de linhas específicas de
produtos e não de toda empresa.

As fusões financeiras, baseiam-se na aquisição de empresas que


podem ser reestruturas para melhorar seus fluxos de caixa. O
objectivo deste tipo de fusão é cortar custos drasticamente e
desfazer-se de activos improdutivos ou incompatíveis para aumentar
o fluxo de caixa.

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MOTIVOS DE FUSÕES

O objectivo primordial é a maximização da riqueza dos


proprietários, reflectida no preço da ação da empresa compradora.
Crescimento ou diversificação, sinergia (redução dos gerais),
captação de fundos, obtenção de capacidade gerencial ou tecnológica;
Defesa contra aquisições hostis;

So se deve aderir a fusões, quando se acredita que são coerentes com


a maximização da riqueza dos proprietários.
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Continua

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TIPOS DE FUSÕES
Existem quatro tipos de fusão:
Fusão Horizontal – quando duas ou mais empresas do mesmo ramo de
actividade se unem. Essa forma de fusão resulta na expansão das operações
de uma empresa em certa linha de produtos e aos mesmo tempo elimina um
concorrente.

Fusão Vertical – ocorre quando uma empresa adquire um fornecedor ou


um cliente. Ex: produtor de máquinas operadoras com um fornecedor de
moldes. O benefício económico decorre do aumento do controle que a
empresa exerce sobre a aquisição de matérias-primas ou a distribuição de
produtos acabados.
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TIPOS DE FUSÕES
Fusão congenêrica – aquisição de uma empresa situada no mesmo sector
genêrico, mas não no mesmo ramo específico, e que não seja fornecedor nem
cliente. Ex: fusão de uma empresa produtora de máquinas operadoras com
uma produtora de correias transportadoras. O benefício dessa fusão é a
capacidade resultante de utilização de mesmos canais de vendas e distribuição
para atingir os clientes das duas empresas.

Formação de um conglomerado – combinação de empresas em ramos não


relacionados. Ex: fusão de uma produtora de máquinas operadoras com uma
cadeia de lanchonetes. O benefício disso é a capacidade de reduzir risco por
meio da combinação de empresas com padrões sazonais ou cíclicos distintos de
vendas e lucros. GESTÃO FINANCEIRA II 3º ANO/1ºSEMESTRE - CONTABILIDADE E AUDITORIA -
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AQUISIÇÕES ALAVANCADAS
Ocasionalmente fusões e aquisições são transações financiadas
pesadamente com capital de terceiros, como nas aquisições alavancadas
(LBOs).
As aquisições alavancadas envolvem o uso de um grande volume de
capital de terceiros para a compra de uma empresa. Geralmente são
usadas para financiar aquisições pelos próprios administradores.
A venda de activos envolve a liquidação de bens para outra empresa ou
para os próprios administradores.
Os motivos de venda de activos incluem a geração de caixa e
reestruturação.
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AQUISIÇÕES ALAVANCADAS
Em outros casos, as empresas procuram aumentar seu valor desfazendo-se de
certas unidades operacionais que julgam estar limitando seu valor, particularmente
quando o valor de decomposição é maior do que o valor corrente.
O valor de uma empresa visada pode ser estimado com a aplicação das tecnicas de
orçamento de capital aos fluxos de caixa. Todas as fusões propostas que tenham
VPL positivo são aceitáveis.
Em uma troca de ações, em que a aquisição é paga com ações ordinárias de
emissão da empresa compradora, deve-se fixar um quociente de troca para medir o
valor pago por ação da empresa visada, em termos do preço de mercado da empresa
compradora.
Independentemente de fazer uma aquisição de outra empresa com pagamento em
dinheiro ou com ações, é necessário que a análise se concentre em garantir que o
valor presente líquido da transação ajustado ao risco seja positivo.
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Nas transações envolvendo a troca de ações, o impacto sobre os lucros e o risco da
empresa no longo prazo pode ser avaliado para estimar o valor da empresa
compradora depois da aquisição. Somente em casos nos quais há criação de valor
adicional é que a transação deve ser concretizada.
A quebra, mesmo que seja um acontecimento desagradável, deve ser tratada de
maneira similar. Uma empresa que esteja quebrando deve ser reorganizada somente
quando tal medida maximizar a riquiza dos acionistas. Caso contrário, sua
liquidação deverá ser feita de modo a proporcionar a maior recuperação possível
aos proprietários.
Independemente de estar crescendo, declinando, sendo reorganizada ou liquidada
em um processo de falência, a empresa deve agir somente quando isso resultar em
uma contribuição positiva para a maximização da riqueza dos proprietários.
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PROCESSO DE NEGOCIAÇÃO DE FUSÕES E
AQUISIÇÕES
Bancos de investimento são contratados pela empresa compradora
para localizar e ajudá-la nas negociações.
Uma fusão ou aquisição pode ser negociada com a admistradores
da empresa, ou em caso de uma aquisição hostil, directamento com
os acionistas, por meio de ofertas públicas de compra.
Quando os administradores da empresa visada não são favoráveis à
aquisição, eles podem recorrer a vários mecanismos de defesa:
Cavaleiro Salvador, Pílulas envenenadas, Pagamento de
Chantagem, recapitalização alavancada, para-quedas de ouro, e
repelentes de tubarão.
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PRINCIPAIS CAUSAS DE QUEBRA DE
EMPRESAS
Uma empresa pode quebrar porque seus retornos são negativos ou baixos,
porque é tecnicamente insolvente ou porque está falida.
As principais causas de quebra são: a má administração, quedas do nível
de actividade económica e o simples envelhecimento.
Os acordos voluntários em geral são de iniciativa do devedor e podem
levar a manutenção da empresa em funcionamento, por meio de uma
prorrogação, uma composição, pelo controle da empresa por parte dos
credores ou a combinação dessas estratégias.
Se os credores não concordarem com um plano para mantê-la em
funcionamento, poderão recomendar sua liquidação voluntária, que evita
muitas das exigências legais e dos custos dos processos judiciais de falência.
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LEGISLAÇÃO DE FALÊNCIAS E
CONCORDATAS
Uma empresa quebrada que não pode ou não deseja fazer um acordo com
credores pode, voluntária ou involuntariamente, entrar na justiça com um
pedido de reorganização ou liquidação, de acordo com a lei de reformas de
falências e concordatas.
De acordo com esta lei, o juiz nomeará o devedor na posse dos activos, o qual,
com supervisão judicial, formulará um plano de reorganização, se for factível.
Uma empresa que não poder ser reorganizada ou não quizer submeter um
pedido de reorganização será liquidada.
A responsabilidade pela liquidação é colocada nas maos de um síndico
nomeado pelo juiz. As tarefas do síndico incluem a liquidação dos ativos e
distribuição dos resultados da liquidação e uma prestação final de contas.
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