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Regeneração via sementeira e via rebrote

A regeneração é um acto que consiste em deixar os processos naturais actuarem


livremente na restituição das condições de um ambiente natural degradado ou alterado a
um estado próximo ao seu original devido a ação do Homem. Esses locais apresentam
alta densidade e diversidade de plantas nativas regenerantes, incluindo rebrotas, devido
principalmente à proximidade com remanescentes de vegetação nativa, ao solo pouco
compactado; e baixa presença de espécies invasoras. Se a potencial de regeneração natural
do local a ser recuperado é alto, a tomada de algumas medidas, como o isolamento da
área por meio de cercamento ou da construção/manutenção de aceiros, permitirá o retorno
da vegetação.

Pois, a regeneração por via rebrote é um conjunto de processos em que as plantas se


estabelecem numa área degradada sem que elas tenham sido introduzidas pela ação
humana, faz parte desta regeneração sementes trazidas pelo vento ou por animais, como
pássaros e mamíferos.

Por exemplo, em ambientes onde ocorre o fogo, as espécies de plantas podem regenerar
via rebrote, semente ou através de ambas as estratégias como já mencionado
anteriormente. Os mecanismos de regeneração são favorecidos ou limitados tanto pelas
condições ambientais (produtividade e disponibilidade de recursos) quanto pelo regime
de queima, incluindo sua frequência e época. De salientar que o rebrotamento é a principal
estratégia de regeneração pós-fogo, ocorre principalmente a partir de gemas localizadas
em estruturas subterrâneas que estão altamente protegidas pelo solo, e que o recrutamento
via semente tem um papel pequeno na regeneração. No entanto, a tolerância das sementes
a altas temperaturas é uma característica importante que permite o recrutamento quando
as condições ambientais forem favoráveis. Também pode se verificar que as respostas
pós-fogo, relacionadas tanto com o rebrote como com a floração, estão relacionadas com
a disponibilidade de recursos no ambiente pós-fogo. A regeneração mais devagar das
plantas queimadas no início da estação seca está provavelmente relacionada com o maior
número de meses que estas plantas foram sujeitas a déficit hídrico, sendo que, após a
estação chuvosa, as plantas queimadas nas diferentes épocas do ano apresentarão
tamanhos similares.

Sendo assim, ao optar por regeneração via sementeira ou rebrote, visando não prejudicar
a regeneração natural e ou os plantios, algumas medidas iniciais devem ser tomadas para
eliminar ou minimizar fatores de degradação ambiental, dentre os quais o fogo, o
pastoreio de animais e as formigas cortadeiras. Além dessas medidas, a estratégia
selecionada deve vir acompanhada, sempre que possível, do uso de boas práticas agrícolas
visando garantir a conservação do solo e da água.

E vale salientar que toda ação de regeneração, seja via sementeira ou rebrote, deve ser
monitorada e manejada conforme seus resultados. O monitoramento indicará se a técnica
escolhida foi adequada e se está bem conduzida. Após a avaliação, nova tomada de
decisão pode ser necessária. Por isso, recomenda-se que a regeneração seja feita em
etapas, começando por pequenas áreas. O monitoramento permite analisar se a técnica
empregada está desencadeando a regeneração necessária para o retorno da vegetação
nativa. A qualidade do solo e a estrutura, diversidade e composição da vegetação são
características comumente avaliadas em um monitoramento de restauração ecológica, e
são capazes de predizer o sucesso da recomposição da vegetação. As técnicas mais
simples são a cobertura do solo, a densidade de plantas presentes e a sua riqueza.

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