Enriquecimento: é baseado na introdução de espécies, principalmente dos
estádios finais da sucessão ecológicas e nas áreas com melhores condições
do solo e com presença de vegetação nativa, mas com baixa diversidade de espécies. Tem por objetivo preencher espaços com falhas da regeneração natural por meio de semeadura ou plantio de mudas e aumentar a biodiversidade.
Sistemas agroflorestais (SAFs): são usados para recuperação ambiental e se
baseiam na sucessão ecológica, análogos aos ecossistemas naturais, tendo em vista que árvores exóticas ou nativas são consorciadas com culturas agrícolas, trepadeiras, forrageiras, arbustivas, de acordo com um arranjo espacial e temporal pré-estabelecido, com alta diversidade de espécies e interações entre elas. Tem por objetivo otimizar o uso da terra, conciliando a preservação ambiental, produção de alimentos, conservando o solo e diminuindo a pressão pelo uso da terra para a produção agrícola através dos plantios de sementes e/ou de mudas e vale salientar que os recursos e o retorno da produção são considerado permanente no estratos.
Plantio em módulos: é a combinação de espécies em grupos (módulos) com
base nas categorias sucessionais. Tem por objetivo a construção de unidades independentes de sucessão em pequenas áreas com a presença de espécies dos três estágios de sucessão em proporção adequada, proporcionando o rápido recobrimento da área; proporcionando a recuperação de forma rápida e eficiente da diversidade original das formações vegetais que foram degradadas.
Plantio adensado: é baseado na introdução de indivíduos de espécies do
estádio inicial de sucessão (espécie de cobertura) nos espaços com falhas de regeneração natural. Possui como objetivo acelerar a cobertura do solo com espécies nativas e aumentar da chance da regeneração natural e se desenvolver para suprimir espécies indesejáveis.
Nucleação: é baseada na formação de "ilhas" ou núcleos de vegetação com
espécies com capacidade ecológica de melhorar significativamente o ambiente, facilitando a ocupação dessa área por outras espécies. Tem por objetivo promover o incremento das interações interespecíficas, envolvendo interações planta-planta, plantas-microorganismos, plantas-animais, níveis de predação e associações e os processos de reprodução vegetal, como a polinização e a dispersão de sementes. O núcleo pode ser formado por meio de: plantio de sementes ou mudas de espécies pioneiras, galharia, transposição de solo, de sementes, implantação de poleiros, ou "mix" (mais de uma técnica associada)a, de acordo com o nível de degradação pode estabelecer os núcleos em 10% da área.
Condução da regeneração e/ou abandono da área Para aplicar a técnica de
condução da regeneração e/ou apenas o abandono da área, deve-se conhecer a potencialidade de sucessão vegetal do local alterado e/ou degradado. O conceito de sucessão está ligado à tendência da natureza em estabelecer novo desenvolvimento em uma determinada área, correspondente com o clima e as condições de solo locais. Condução da regeneração e/ou abandono da área Sucessão secundária - Após o distúrbio - As espécies pioneiras (heliófilas) irão se estabelecer. - Os indivíduos pioneiros começam a invadir a área até que todos os espaços disponíveis sejam ocupados. - As comunidades animais também participam intrinsecamente do processo. - As etapas sucedem-se à medida que uma comunidade modifica o ambiente, preparando-o para que uma outra comunidade possa ali se estabelecer. Condução da regeneração e/ou abandono da área Sucessão secundária – 1ª Etapa: Herbácea - Formada por plantas consideradas “daninhas” ou “Espontâneas”. Em geral, composta por samambaias e capins formando grandes touceiras. - Originada de propágulos (sementes, frutos e esporos) transportados pelo vento. Condução da regeneração e/ou abandono da área Sucessão secundária – 1ª Etapa: Herbácea - Mantêm níveis menores de interação com animais, devido à adaptação ao transporte eólico. - Vegetação composta por espécies de ciclo curto e perenes. - Modificam o solo, aumentando a aeração e matéria orgânica. - Reduz o processo erosivo de maneira incipiente. Condução da regeneração e/ou abandono da área Sucessão secundária – 2ª Etapa: Arbustiva - Espécies herbáceas substituídas, em parte, pelos arbustos. - Raízes mais profundas. - Forte interação com animais. - Solo com maior quantidade de matéria orgânica, e pode conter larvas de insetos e decompositores, insetos herbívoros e roedores. - Plantas arbustivas produzem quantidade significativa de biomassa. - Em geral polinizados por insetos. - Frutos/sementes dispersados pelo vento Sucessão secundária – 2ª Etapa: Arbustiva - A vegetação é visitada por pássaros onívoros à procura de larvas, possibilitando à dispersão de sementes. - Surgem as primeiras sementes de espécies arbóreas, que se estabelecerão devido às condições criadas no ambiente, dentre as quais, um maior sombreamento. Sucessão secundária – 3ª Etapa: Arbórea - Ação do vento e dos animais estabelece uma nova comunidade: arbórea. - As árvores crescerão por entre os arbustos, onde a penetração da luz é intensa. - Provoca grande transformação, principalmente no solo, que apresenta maior quantidade de matéria orgânica e boa aeração. Condução da regeneração e/ou abandono da área Sucessão secundária – 3ª Etapa: Arbórea - Devido ao sombreamento das pioneiras, sementes que necessitam de umidade e sombra podem germinar. - Aumento de biodiversidade de espécies arbóreas. Com isso, inicia- se a sucessão florestal até atingis uma floresta madura (clímax).