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Gonçalves., 2021.
Em termos gerais o manejo ecológico do solo com técnicas como rotação, plantio direto,
plantas de cobertura, proporcionam conservação da umidade, temperatura, matéria orgânica
do solo, ciclagem de nutrientes, proteção contra radiação solar, controle da erosão, controle
de plantas daninhas e preservam o equilíbrio e diversidade de organismos benéficos. Esses
últimos incluem predadores e parasitas que ajudam a controlar populações de outros grupos
de insetos e saprófitos e coprófagos envolvidos na melhoria físico-química do solo.
O plantio direto, é tido como uma das principais práticas conservacionistas. Nele o solo não é
revolvido para o plantio ou semeadura. Em sistemas com aplicação de inseticidas o plantio
direto consegue preservar maior diversidade de insetos por fornecer refúgios no solo. Além
disso a umidade nas camadas mais superficiais melhora as condições para vários insetos
benéficos.
Outra prática é o uso de cobertura do solo com pós colheita culturas estruturantes que
desempenham funções de proteção pela produção de palhada, cultura de rotação e cultura
comercial. Além das diversas vantagens na conservação de umidade e de prevenção de erosão,
no manejo de pragas a cobertura dificulta atividade de ovoposição e o contato direto da praga
com o solo. A palhada também funciona de abrigo para vários inimigos naturais.
Por outro lado a adubação com silício tem se mostrado eficiente para redução de danos em
plantas por insetos desfolhadores e sugadores de seiva. Compostos de silício promovem a
síntese de tanino e lignina inibindo o hábito alimentar e favorecem o metabolismo de enzimas
de defesa.
Boro e cálcio exercem papel nas vias metabólicas responsáveis pela deposição de lignina e
resistência da parede celular respectivamente, dificultado a penetração de insetos, sendo
relatado efeitos positivos para controle dos danos por pulgões e mosca-branca.
O artigo discorre brevemente sobre práticas conservacionistas e como são importantes para
diversidade biológica e sanidade vegetal, porém o texto pouco se empenha em demonstrar
essas relações no contexto controle biológico. A abordagem aqui é de como a melhoria da
qualidade de solo por adubações equilibradas e diversidade biológica conseguem melhorar o
equilíbrio nutricional da planta reduzindo a preferência ou danos de insetos pragas.
Essas práticas se alinham com o manejo integrado, porém devem levar em consideração
cuidadosamente a comunidade de pragas, as fontes de adubos, as culturas de cobertura e sua
compatibilidade com o sistema, não devendo ser admitido condições parciais que beneficiem a
praga. O histórico de manejo das áreas com dados de adubação e surtos de pragas é um
valioso recurso para entender quais nutrientes chaves que aumentam a susceptibilidade da
planta.
Referencias:
LEITE, G.L.D. et al. Efeito da adubação orgânica, espaçamento e tamanho de rizoma semente
sobre artrópodes em mangarito Xanthosoma mafaffa Schott. Arquivos do Insituto Biológico,
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Sustainable Agriculture. Int. J. Mol. Sci. 2018, 19, 1856. https://doi.org/10.3390/ijms19071856