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Introdução

O presente trabalho visa debruçar acerca da fertilização orgânica dos solos e seu papel no
desenvolvimento de culturas. Importa, no entanto, referir que a fertilização orgânica visa a
manutenção e/ou melhoria da qualidade do solo em sistemas de cultivo contínuo é fundamental
para garantir a produtividade agrícola e a qualidade ambiental para as gerações futuras. Aliás,
com a fertilização orgânica dos solos, essa matéria orgânica do solo irá desempenhar um duplo
papel fundamental no desenvolvimento de culturas e na sustentabilidade dos sistemas agrícolas,
influenciando atributos fisícos, químicos e biológicos do solo e das culturas, com reflexo na
estabilidade e produtividade dos agroecossistemas.

Portanto, fica evidente que os fertilizantes oferecem a possibilidade de produzir mais, utilizando
a mesma quantidade de área, através da rápida resposta das plantas.

Por esse motivo, são utilizados em larga escala para suprir as deficiências nutricionais das
plantas, garantindo o aumento da produção por área, contribuindo com a redução dos efeitos
danosos ao meio ambiente, e consequentemente, melhorando o bem-estar da população e a
qualidade dos alimentos.
Objectivos

Objectivo Geral
 Conhecer a Fertilização orgânica e seu papel no desenvolvimento das culturas;

Objectivos específicos
 Definir Fertilizantes e Fertilização;
 Mencionar os tipos de fertilização do solo;
 Identificar o papel da fertilização orgânica para o desenvolvimento de culturas.

Metodologia
De acordo com Gil (2002), por pesquisa bibliográfica entende-se a leitura, a análise e a
interpretação de material impresso. Entre eles podemos citar livros, documentos mimeografados
ou fotocopiados, periódicos, imagens, manuscritos, mapas, entre outros. Portanto, para
elaboração deste trabalho foi usada uma pesquisa bibliográfica.
Fertilizantes
É de extrema importância que antes que avance a conceitos de o que é fertilização Orgânica,
definida alguns conceitos operacionais concedentes ao tema em discussão. Como sabemos, o
solo é capaz de disponibilizar uma certa quantidade de nutrientes para as plantas, mas nem
sempre o suficiente para atender a demanda de alta produtividade, sendo então necessária a
utilização de fertilizantes.

Fertilizantes são substâncias minerais ou orgânicas, naturais ou sintéticas, fornecedoras de um ou


mais nutrientes vegetais responsáveis pelo bom crescimento e desenvolvimento das plantas.

Fertilizantes Orgânicos
Os fertilizantes orgânicos, por sua vez, são todos os produtos de natureza fundamentalmente
orgânica, obtidos por processo físico, químico, físico-químico ou bioquímico, natural ou
controlado, a partir de matérias-primas de origem industrial, urbana ou rural, vegetal ou animal,
enriquecidos ou não de nutrientes minerais. São, portanto, feitos a partir de restos de animais e
vegetais, materiais que necessitam de transformações de decomposição e mineralização para que
seus nutrientes fiquem disponíveis e possam ser absorvidos pelas plantas.

Seu processo de absorção é mais lento, quando comparado ao dos fertilizantes químicos. No
entanto, os orgânicos promovem o desenvolvimento da flora microbiana do solo, atuando
também na melhora das condições físicas da terra.

Origem dos fertilizantes


Os fertilizantes orgânicos podem ser de origem animal ou vegetal.

Origem animal
O adubo orgânico de origem animal mais conhecido é o esterco que é formado por excrementos
sólidos e líquidos dos animais e pode estar misturado com restos vegetais. Sua composição é
muito variada. São bons fornecedores de nutrientes, tendo o fósforo e o potássio rapidamente
disponível e o Nitrogênio fica na dependência da facilidade de degradação dos compostos.
Origem vegetal
Qualquer material orgânico no solo pode ser eventualmente reduzido em tamanho por pequenos
animais e ser putrefeito por organismos já nele presentes, ou que vem do solo. Sua função de
fornecedor de nutrientes, como de quase todos os outros resíduos, depende basicamente do
material empregado em seu preparo. Deve-se destacar que o efeito do composto orgânico como
agente acondicionado do solo melhorando suas características físicas, como retenção de água,
plasticidade, porosidade, etc., talvez seja mais importante que seu efeito fertilizante
(KORNDÖRFER, 2015).

Fertilização do solo
A fertilização do solo é o processo que consiste na aplicação de fertilizantes, também conhecidos
como adubos, em uma área de plantio para repor os nutrientes necessários para o
desenvolvimento dos cultivos. Essa é uma rotina que faz parte do dia a dia de quem trabalha com
agricultura, sendo indispensável para garantir um maior controle da produtividade e da qualidade
do produto na hora da colheita. Importa referir que existem vários tipos de fertilização desde a
mineral, verde até a orgânica.

Fertilização Orgânica
Fertilização orgânica é a técnica de fertilização agrícola do solo que não utiliza produtos
químicos sintéticos preferindo aqueles de origem orgânica, como os obtidos pela decomposição
de matéria vegetal morta e de excrementos de animais. Portanto, como o próprio nome indica,
essa técnica consiste no uso de fertilizantes de origem orgânica, ou seja, que são produzidos
naturalmente.

Tipos de fertilizantes orgânicos


 Fertilizantes orgânicos simples: obtidos apenas a partir de matéria vegetal e/ou animal;
 Fertilizantes orgânicos mistos: feitos a partir da mistura de dois ou mais fertilizantes
orgânicos simples;
 Fertilizantes orgânicos compostos: feitos a partir de material orgânico obtidos por meio
de processos químicos, físicos ou bioquímicos, que podem ou não ser controlados. Esses
fertilizantes recebem agentes capazes de melhorar as características do fertilizante;
 Fertilizantes organominerais: obtidos a partir da mistura de fertilizantes orgânicos e
minerais, como por exemplo: adubos obtidos a partir da mistura de adubos minerais e
estrumes de aviário ou outros produtos com origem similar, desde que satisfaçam as
seguintes condições: teor de matéria orgânica 25%, total de azoto+fósforo+potássio, 15%
e qualquer destes macronutrientes, com teores superiores a 5%.

Uso e aplicação dos fertilizantes


A utilização do fertilizante ideal para a lavoura depende das necessidades nutricionais das
plantas que serão cultivadas e de como está o solo em relação à disponibilidade de nutrientes.
Para isso, antes de tudo, é preciso que um profissional técnico faça uma análise do local para
recomendar os fertilizantes pertinentes à área e o modo de sua aplicação, a fim de minimizar
desperdícios e erros.

A aplicação dos fertilizantes pode ser feita basicamente de três formas: diretamente no solo, por
meio da irrigação (fertirrigação) e da pulverização direta nas plantas (também conhecida como
adubação foliar).

Diretamente no solo:

 Aplicação na semeadura: os fertilizantes são aplicados no solo, juntamente com o


processo de plantio.
 Aplicação a lanço: pode ser chamada também de adubação de cobertura. Com essa
técnica, pode-se dividir a aplicação dos fertilizantes ao longo do ciclo da cultura.
 Aplicação pneumática: é realizada por tubos colocados na lavoura. Os fertilizantes são
espalhados pelo uso do ar. É utilizada para culturas que têm maior espaçamento entre as
linhas de plantio.
Papel no desenvolvimento de culturas
A utilização de adubos orgânicos julgam um papel importante no desenvolvimento das culturas,
visto que com a utilização de fertilizantes orgânicos em suas culturas, produtores também
economizam bastante por não terem que arcar com a revitalização da terra danificada por
defensivos agrícolas, por exemplo. Os custos com agrotóxicos (que costumam ser altos) também
são reduzidos. Através do uso de um adubo gerado por um processo eficiente de compostagem, a
necessidade de caros tratamentos químicos do solo é basicamente anulada.

A aplicação de adubos orgânicos aos solos proporciona melhoria das suas propriedades físicas,
químicas e biológicas, obtendo-se boas respostas das plantas. Para manter o solo fértil e
possibilitar que as culturas alcancem a máxima produtividade, algumas práticas são necessárias,
como o uso de resíduos orgânicos. O sistema de produção orgânico visa à geração de alimentos
ecologicamente sustentável, economicamente viável e socialmente justa, capaz de integrar o
homem ao meio ambiente

Esse insumo é bastante utilizado por não possuir produtos químicos e agrotóxicos na sua
composição, permitindo o desenvolvimento saudável não somente do solo, mas também dos
alimentos cultivados. No entanto, possui uma ação mais lenta e necessita de calor para a
liberação dos nutrientes.

Vantagens dos fertilizantes Orgânicos para o desenvolvimento das culturas


No que diz respeito ao desenvolvimento de culturas com o uso de fertilizantes Orgânicos em
termos de vantagens e benefícios, Santiago e Rosseto (2015) citam que a adubação orgânica
favorece:

a) A redução do processo erosivo;


b) A maior disponibilidade de nutrientes às plantas;
c) A maior retenção de água;
d) A menor diferença de temperatura do solo durante o dia e a noite;
e) A estimulação da atividade biológica;
f) O aumento da taxa de infiltração e
g) A maior agregação de partículas do solo.
Desvantagens
Alguns adubados orgânicos mal decompostos ou de origem não controlada podem introduzir ou
aumentar o número de microrganismos de solo nocivos às plantas (ex:Verticilium, Fusarium,
Rizoctonia etc.) e introduzir sementes de plantas daninhas (TRANI et al,2013).

Conclusão
Portanto, o adubo orgânico ou adubação orgânica são todos aqueles produtos provenientes de
resíduos de origem vegetal, urbano ou industrial e animal, que possuam altos teores de
componentes orgânicos.

Além do ganho econômico para o produtor, para o solo há muitas vantagens melhorando as
propriedades, físicas, químicas e biológicas, as plantas irão absorver facilmente os nutrientes
disponíveis em um solo orgânico, sem produtos químicos, que podem prejudicar o meio
ambiente e comprometer o solo e as plantas.
Referências bibliográficas
 COSTA, M.B.B. Adubação Orgânica: Nova Síntese e Novo Caminho para a Agricultura.
(coord.). São Paulo: Ed. Ícone, 1994. 102p;
 PENTEADO, S.R. Manual Prático de Agricultura Orgânica. 1. Campinas (SP): Ed. Via
Orgânica, 2007. 213p;
 KORNDÖRFER, G.H. Adubação Orgânica. Disponível em:
<http://www.dpv24.iciag.ufu.br/new/dpv24/apostila.htm>. Acesso em: 27 abr.
2015.KORNDÖRFER, G.H. Adubação Orgânica. Disponível em:
<http://www.dpv24.iciag.ufu.br/new/dpv24/apostila.htm>. Acesso em: 09 mai. 2022;
 BRAGA, G.N.M. A Importância e o manejo da Adubação Orgânica. Disponível
Em:<http://agronomiacomgismonti.blogspot.com.br/2010/10/importancia-e-o-manejo
Da-adubacao.html>. Acesso em: 09 mai.2022;
 BUSSATO, J.G.; CANELLAS, L.P.; DOBBSS, L.B.; BAUDOTTO, M.A.; AGUIAR,
N.O.; ROSA, R.C.C.; SHIAVO, J.A; MARCIANO, S.R.; OLIVARES, F.L. Guia para a
Adubação Orgânica.Disponível em:
<https://bay182.mail.live.com/mail/ViewOfficePreview.aspx?
messageid=mgSdT2ZkX65BgeOwAjfeMzfA2&folderid=flinbox&attindex=1&cp=1&att
depth=1&n=77906157>Acesso em: 09 mai. 2022;
 Ehlers, Eduardo. Agricultura Sustentável: Origens e perspectivas de um novo paradigma.
São Paulo: Livros Da Terra, 1996;
 MALAVOLTA, E. Manual de Química Agrícola; nutrição de plantas e fertilidade do
solo. São Paulo: Editora Agronômica Ceres, 1968.

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