METODOLOGIAS DE RESTAURAÇÃO ASPECTOS CULTURAIS DA RESERVA LEGAL NA
• Antes de definir a metodologia utilizada, deve-se:
a) proceder à avaliação dos fatores de degradação e do
potencial auto regenerativo das áreas, obtido pelo
histórico de uso e proximidade da fonte de propágulos;
TÉCNICAS DE RESTAURAÇÃO:
Condução da regeneração natural:
↪ Indicada para áreas com menor grau de perturbação:
processos ecológicos não estão ausentes - banco de
sementes, banco de plântulas, chuva de sementes e
rebrota;
↪ Isolar a área e manejar, para que não haja: incêndios,
ataques de formigas, uso indiscriminado de pesticidas em
áreas vizinhas, entre outros”.
“conjunto de medidas a serem adotadas no sentido de
minimizar fatores que retardam a regeneração natural”
↪ Possível quando existe remanescentes florestais
próximos;
↪ Presença de dispersores (insetos, aves e morcegos);
boas condições edáficas e microclimáticas são
fundamentais para o estabelecimento de plântulas;
↪ Área ocupadas por gramíneas agressivas (colonião,
braquiária ) apresentam baixo potencial de regeneração
natural.
As áreas devem ser isoladas dos possíveis fatores de
perturbação: incêndios, ataques de formigas, uso
indiscriminado de pesticidas em áreas vizinhas
(construção de cercas e aceiros).
PLANTIO DE MUDAS:
Preenchimento: rápido crescimento e boa cobertura de
copa com rápido fechamento da área plantada (Pioneiras
e Secundárias Iniciais)
Diversidade: crescimento lento, essenciais para garantir
a perpetuação da área plantada (Secundárias tardias e
clímax)
ESPAÇAMENTO 3 X 2: SUGERIDO PELO PACTO
PARA RESTAURAÇÃO DA MATA ATLÂNTICA;
↪ Proporciona espaço suficiente para se obter o
crescimento máximo com melhor qualidade e menor
custo;
↪ Arranjo: considerar a forma com que as espécies
ocorrem naturalmente;
↪ Espécies de preenchimento propiciem, na fase inicial,
um sombreamento para as de diversidade.
ADENSAMENTO DE INDIVÍDUOS NA COMUNIDADE:
↪ Presença de indivíduos espaçados que não
conseguem recobrir o solo nem garantir o processo de
regeneração natural; Preencher espaços entre indivíduos
remanescentes com o plantio de espécies iniciais.
Enriquecimento: Quando se tem Baixa diversidade, pois
limita a sustentabilidade de fragmentos; Reintroduzir em
remanescentes degradados de floresta, sob as copas das
árvores, espécies que foram extintas ou estão em risco
de extinção
Usado em áreas que estão num estádio intermediário de
perturbação.
PROPRIEDADE RURAL:
Geralmente a RL é vista como entrave à abertura de
novas áreas produtivas e ao aumento da rentabilidade da
propriedade rural = Descaso com a RL
↪ Implicações Legais: Suscetibilidade a multas, ambientais,
embargos, etc.
↪ Implicações Ecológicas: Favorecimento a continuidade de
eventuais processos de degradação (retirada ilegal de madeira,
caça, fogo, etc).
ENRIQUECIMENTO DE FLORESTAS
REMANESCENTES EM RESERVA LEGAL
Indicação de espécies adequadas para enriquecimento da
Reserva Legal: ex: ipê amarelo.
↪ Espécies com bom valor de mercado;
↪ Plantio de espécies de Madeira , Frutífera, medicinal,
resinifera e melífera;
↪ Passíveis de exploração controlada (nativas/exóticas)
METODOLOGIA DE ENRIQUECIMENTO DE
FLORESTAS REMANESCENTES EM RL
↪ Abertura das faixas de enriquecimento:
1) Faixas de 2 m de largura
2) Faixas espaçadas 8 m entre si
Desbaste de liberação de copas(desrama para entrada
de luz e controle de competição).
↪Balizamento:
↪Coroamento: +/- 1,5 metros de diâmetro; Função de diminuir
a competição com plantas vizinhas
↪Plantio - Coveamento
↪Adubação De Base
↪Plantio
↪Retirada De Resíduos
↪Controle De Pragas
↪Desbaste De Copa: Favorecer a entrada de luz e estimular
o crescimento da muda
SISTEMAS DE NUCLEAÇÃO: São ações de restauração
com a função de imitar a natureza e seus processos
criando Ilhas de diversidade.
↪ Ilhas de diversidade: pequenos núcleos onde estarão
incluídas diversas espécies vegetais e suas adaptações
aos estágios sucessionais (pioneiras, oportunistas,
climácicas, ervas, arbustos, arvoretas, árvores, lianas e
epífitas). Processo mais lento.
↪ Criação de pequenos habitats dentro da área
degradada, induzir a heterogeneidade ambiental.
Objetivo: facilitar o processo de recrutamento de novas
espécies dos fragmentos vizinhos.
↪ Baixo custo: implantar poleiros ou “ilhas diversidade” –
árvores isoladas ou em grupos – de espécies que atraem
animais, em especial os frugívoros.
↪ Poleiros artificiais confeccionados com galhos secos
ou vara de bambu. Importante: eliminar espécies
agressivas debaixo do poleiro, mantendo o terreno
preparado para a chegada de sementes advindas dos
fragmentos vizinhos
↪ Poleiros vivos - Com atrativos alimentares ou de
abrigo para os dispersores. Eles imitam árvores para
atrair animais que não utilizam os poleiros secos. Geram
sombra e favorecem a germinação de sementes que
necessitam dessa condição.
↪ Enleiramento de galhada: Formação de pilhas de
resíduo florestal (galhos, tocos, caules, etc.). Fontes de
matéria orgânica, os restos de exploração florestal,
devem ser enleirados de forma a criar núcleos de
biodiversidade para o processo sucessional secundário
da área em recuperação. Onde fazer: locais onde
grandes áreas de solo foram retiradas (áreas de
empréstimo.
Regeneração natural pela transposição de galharia. Ambiente
com mais umidade e proteção para as plantas crescerem.
TRANSPOSIÇÃO DE SOLO:
↪ Consequência da degradação do solo: perda de MO e
microorganismos.
↪ Para restaurar: Transpor um pouco de solo de um
fragmento próximo e preservado e colocá-lo na área
degradada.
↪ Como: camada superficial do solo (1 m² dos primeiros 5
a 10 cm) é retirada da AP e transposta para a AD com a
intenção de recompor o solo.
ÁREA DE EMPRÉSTIMO:
↪ Eliminação da vegetação, os dos meios bióticos de
regeneração:
- banco de sementes,
- banco de plântulas,
- chuvas de sementes,
- rebrota camada fértil do solo (horizonte A).
- Baixa resiliência, e sua recuperação pode não
ocorrer ou ser extremamente lento. Ex. áreas
para construção de aterros em hidrelétrica
PROJETO DE REABILITAÇÃO DE ÁREAS
DEGRADADAS DO SISTEMA CANTAREIRA:
↪ Restauração e estabilização do relevo mediante o
emprego de obras civis de pequeno porte.
↪ Restauração das capacidades físicas do solo.
↪ Restauração das capacidades químicas do solo.
↪ Restauração das atividades biológicas do solo.
↪ Restauração do banco de sementes do solo.
↪ Indução dos processos de regeneração natural.
↪ Enriquecimento florestal como indutor e acelerador da
sucessão ecológica.
OBRAS DE ENGENHARIA:
↪ Regularização do Terreno
↪ Terraceamento
↪ Construção da Escada Hidráulica – tem por
finalidade a drenagem das águas pluviais para combater
a erosão e carreamento do solo. Condução da água até a
barragem
USO DE FOLHIÇO:
↪ Camada de folhas, galhos e talos raspada da área
intacta (nutrientes, microrganismos e sementes). A
retirada do folíço não deverá ser numa área superior a
20% da floresta preservada!
TRANSPOSIÇÃO DE CHUVA DE SEMENTES:
Estas sementes germinarão, formando plantas jovens, ou
apenas permanecerão no solo, esperando a condição
ideal para germinar Cuidado!!!! A retirada excessiva de
sementes de uma área pode comprometer a regeneração
do local de origem deste material.
A captura mensal da chuva de sementes e a deposição desse
material na área representam uma possibilidade de manutenção
da fauna, pois os recursos alimentares estarão dispostos ao
longo do ano. Além disso, a coleta mensal durante o ano todo
garante que diferentes espécies sejam coletadas, visto que as
plantas possuem diferentes épocas de dar frutos.
RESGATE DE MUDAS DAS ÁREAS VIZINHAS:
↪ Plântulas de áreas vizinhas serão coletadas e plantadas de
forma a criar grupos de árvores ou arbustos, melhorando assim
as condições locais e atuando como atrativo para fauna
dispersora e polinizadora.
SEMEADURA DIRETA OU HIDROSSEMEADURA:
Adesivo natural(biomuch para hidrossemeadura)
↪ Produto feito à base de polpa de papel e fibras vegetais
com fixadores de sementes junto com o adubo que dão
ao terreno uma proteção imediata contra erosões,
↪ uso único e exclusivo para uso no sistema de
hidrossemeadura para recuperação ambiental em áreas
degradadas
Materiais Geotêxteis Proporcionando melhores
condições de fixação dos elementos da revegetação
(principalmente sementes), formando uma camada com
condições semelhantes às da camada superficial do solo,
promovendo proteção e maior estabilização da superfície
a ser recuperada.
Saco de Aniagem: São utilizados como suporte de
substrato (fertilizantes e matéria orgânica) e sementes,
sendo fixado nos taludes Os sacos permitem a
revegetação em condições de taludes cuja área é
desprovida de propágulos, solo e cuja superfície é
bastante inclinada desfavorecendo o estabelecimento e o
desenvolvimento da vegetação.
Biomantas ou telas: Constituição: fibra natural de coco e
de palhas. O material é usado na recuperação de áreas
degradas ,desmatadas ou devastadas, projetos de
bioengenharia, proteção de margens de cursos d'água
pela mineração ou chuvas. Estão disponíveis mantas
para contenção de encostas, germinação de sementes
para evitar o assoreamento de rios e lagos.
Telas ou mantas vegetais: Protegem o solo, até que a
revegetação se estabeleça. Geralmente são empregadas
em taludes com declividade muito acentuada, onde a
revegetação por meio de mudas ou semeadura direta é
impraticável A semeadura pode ser feita antes da
colocação das telas vegetais, que irá funcionar como
fixador de sementes sobre a superfície da área.
Camadas de ramos ou vassouras: São os ramos
podados intercalados entre camadas de solo. Objetivo-
diminuir a velocidade de escoamento da encosta