Conservação do solo
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Desenvolvimento capaz de suprir as
necessidades da geração sem comprometer a
capacidade de atender a necessidade das
futuras gerações;
Ou seja, extrair do solo, mas fornecer também.
ONU,1987 - Comissão Mundial Sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento.
CONSERVAÇÃO DO SOLO É ESSENCIAL PARA
MELHORAR A PROUDUÇÃO AGRÍCOLA
• Não é possível evitar ela 100%, devemos
reduzir;
CONSERVAÇÃO: Técnicas e princípios que
visam o manejo correto das terra cultiváveis
reduzindo a erosão;
• Evitando degradação física, química e
biológica.
O SOLO NÃO É RENOVÁVEL
Porque conservar?
• Segurança alimentar;
• Aumento da renda;
• Conservação do meio ambiente.
CONSEQUÊNCIA EM RIOS E LAGOS:
• Assoreamento dos rios e lagos
Poluição da água;
• Custo de tratamento da água;
• Redução da capacidade de armazenamento;
• Destruição dos microrganismos do solo.
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EROSÃO: Processo de desprendimento e
arraste acelerado das partículas do solo;
• Causado pela água e vento;
• Empobrecimento do solo;
• A atividade humana acelera;
• Em países tropicais, a erosão hídrica é a
principal;
• Abaixa a produtividade;
• Menor cobertura do solo e MOs.
PERDAS POR EROSÃO:
On-site - relativo às perdas que ocorrem no
interior da unidade produtiva;
EX: Perda de produção.
Off-site – relativo aos prejuízos que ocorrem
fora da propriedade agrícola;
EX: Sedimentação, alagamentos.
CLASSIFICAÇÃO:
1. Origem
Geológica ou natural - causada pelos
fenômenos naturais que agem
constantemente na crosta terrestre,
independente da ação do homem, importante
para a gênese;
Acelerada ou antrópica - oriunda da
intensificação do processo erosivo natural em
função da ação direta do homem.
2. Agente causadores
Erosão eólica - consiste no transporte aéreo, ou
por rolamento de partículas de solo pela ação do
vento. Em geral, ocorre em regiões planas,
pouca chuva, vegetação natural escassa e
ventos fortes;
Erosão hídrica - causada pela água da chuva.
Para as condições de clima tropical como as do
Brasil, com incidência de chuvas de alta
intensidade e temperaturas normalmente
elevadas, a erosão hídrica apresenta maior SELAMENTO SUPERFICIAL
interesse por ser a mais ocorrente. é a formação de uma camada na superfície do
solo de baixa permeabilidade, devido ao
3. Forma de atuação acumulo de materiais de solo nos macro poros
Erosão pelas ondas; abaixo da superfície do solo e à energia de
Erosão fluvial; impacto das gotas da chuva
Impacto da gota de água.

Fonte: UFSM

FATORES QUE AFETAM A EROSÃO

PLUVIAL

• CHUVA ( EROSIVIDADE )
Tamanho, velocidade e forma das gotas;
Energia cinética ( chuva e enxurrada );
Intensidade – a gravidade atua sobre as gotas de
todos os tamanhos, já a resistência do ar é maior;

Fonte: Eroding soils. The off – farm impacts

Duração;
Quantidade de chuva e frequência;
Erosão por percolação
Solo tropicais sofrem mais = chuvas torrenciais,
1. Grau de intensidade volumosas em pouco tempo;
Entre sulcos - terrenos com declividades • SOLO ( ERODIBILIDADE )
suaves e pequenos comprimento da encosta;
Representa a suscetibilidade do solo ao
Em sulcos - caracterizada por formar pequenos processo erosivo;
canais, ocasionada pela incidência
Argila 2:1 o solo expande e retrai – mais fácil de
de chuvas de alta intensidade em terrenos
compactar e ter erosão;
declivosos e com grande comprimento de
rampa;

Em voçorocas - forma canais de escoamento

concentrado que são muitos profundos para
serem desfeitos pelas práticas de cultivo;

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TOPOGRAFIA
Maior o declive, maior a perda de solo
Fonte: Eroding soils. The off – farm impacts
PRÁTICAS DE CONSERVAÇÃO
A combinação de todas as técnicas e métodos
de manejo e uso da terra que protegem o solo
contra o esgotamento ou deterioração causadas
pela erosão hídrica em função de fatores naturais
ou antrópicos;
• Aumentar a resistência do solo ou diminuir
as forças do processo erosivo.
Não existe uma forma única de conservação do
solo, pois cada solo tem suas próprias
características.
• Práticas Vegetativas;
• Práticas Edáficas;
• Práticas Mecânicas;
A depender do tipo de solo, cultivo, relevo e
condições climáticas, o uso do maior número
possível de práticas conservacionistas será
necessário.
Práticas vegetativas
• Diminuem o impacto das gotas de chuva;
• Diminuem a velocidade da água que escorre;
• Aumenta a quantidade de matéria orgânica;
• Ajudam na estruturação do solo.
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Exemplos: Florestamento e reflorestamento,
pastagem, cultivo em faixas, cordões de
vegetação permanente, ceifa das plantas
daninhas, alternância nas capinas, plantas de
cobertura, cobertura morta e rotação de culturas.
Práticas edáficas
• Controle do Fogo;
• Adubação verde;
• Adubação química;
• Adubação orgânica;
• Calagem;
Práticas mecânicas
Aquelas em que se recorre a estruturas
artificiais com a finalidade de quebrar a
velocidade de escoamento da enxurrada e
facilitar a infiltração de água no solo.
• Preparo e Semeadura em nível;
• Mulching vertical;
• Canais escoadouros
• Adequação de estradas rurais;
• Caixas de retenção;
• Cultivo Mínimo;
• Plantio Direto;
• Construção de terraços.
TERRACEAMENTO
Definição: Prática mecânica destinada ao
controle da erosão, reduzindo o volume e a
velocidade da enxurrada por meio do
seccionamento do comprimento de rampa.
• Função: Redução de comprimento da rampa e
aumento na capacidade de armazenar água
na gleba;
• Utilização: Declives maiores que 3%,
comprimento de rampa maior que 100m e
topografia regular;
O custo aumenta de acordo com a
declividade;
 • Eficiência de 80% no controle de perdas do
solo e 15% nas perdas de água, necessita
manutenção constante e a combinação de
outras práticas;

PARTES DO TERRAÇO

Classificação quanto a sua função:

• Absorção ou em nível : Recomendado

para solos com elevada permeabilidade Fonte: Apostila Uso, ocupação e conservação do solo.
• Desnível : Solos com permeabilidade lenta
ou moderada;
– Comprimento máximo Classificação quanto a dimensão:

Solo argiloso: 600 m, gradiente máximo de • Base estreita ou cordão de contorno;

0,5 %
Solo arenoso: 400 m, gradiente máximo de
0,3 %
Classificação quanto a construção:
• Nichols
– Movimentação de terra de cima para baixo
na rampa;
– Arado reversível, lâmina, pá carregadora;
– Seção transversal: triangular;
– É o possível de ser construído com arado
quando a declividade é >10%;
– Faixa movimentada de até 3 metros;
– Uso em declividades de 12-18% ou mais,
– Áreas pequenas e culturas perenes;
– Normalmente é do tipo Nichols.
• Base média;
– Faixa de movimentação de 3 a 6 m; e
–Utilização em declividade 10-12%,
necessitando de trator e arado.
• Base larga;
– Faixa de movimentação de 6 a 12 m; e
– Adequado para declividades menores que
10%.

– Estreita faixa de movimentação do terreno.

• Patamar
– 18-50% de declive.
• Mangum
– Movimentação de terra é feita em ambos os
sentidos, Classificação quanto a capacidade de
– Arado, lâmina mediana, grade terraceadora; armazenar água:

– Seção transversal aproximadamente • Murundum ou leirão;

parabólica;
Declividade máxima de 15%;
Perda de área útil da gleba;
– Adequado para declividades de até 10%;
Grande capacidade.
– A faixa de movimentação de terra e bastante
larga.

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 • Embutido;
Declividade máxima de 10%;
Menor perda de área útil;
Média capacidade;

Fonte: Apostila Uso, ocupação e conservação do solo.
• Patamar;
Declividade maior de 15%;
Culturas perenes com alto retorno financeiro.
CAUSAS DE ROMPIMENTO
• Tipo de terraço inadequado ao tipo de solo e
regime de chuvas;
• Conhecimento deficiente dos solos, em
termos de classificação;
• Águas de fora da gleba;
• Extremidades dos terraços abertas ou
marcadas com pequeno desnível;
• Falta de manutenção;
• Compactação excessiva dos solos entre os
terraços;
• Espaçamento inadequado;
• Seção do canal mal dimensionada por
economia nas passadas de máquinas;
• Achar que só o uso de terraços resolve.

PLANTIO DIRETO - SPD

• Ausência de preparo: não revolvimento do

solo;
Fonte: Apostila Uso, ocupação e conservação do solo. • Biodiversidade: rotação de culturas;

• Banqueta individual • O uso de culturas de cobertura para formação

de palhada, que servirá de proteção para o
solo.

OBJETIVO: Controlar a erosão hídrica

A partir dos anos 70, Herbert Bartz foi o pioneiro

do SPD no Brasil
Fonte: Apostila Uso, ocupação e conservação do solo.
Benefício econômico:
QUAL SELECIONAR? • O SPD reduz a necessidade de máquinas na
atividade produtiva, de mão-de-obra e de óleo
• Fatores a considerar: combustível (até 74%);
• Controle de ervas daninhas e consequente
– Topografia;
redução de capinas mecânicas ou químicas.
– Permeabilidade do solo;
– Cultura (anual ou perene);
– Manutenção e outros custos a longo prazo.

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Benefício agronômico:
• Sustentabilidade: menor degradação do solo;
• Pela adição de palha, proporciona o aumento
de matéria orgânica.

Benefício para o meio ambiente:

• Reduz a compactação;
• Retenção de água no solo, redução do
assoreamento e da contaminação dos cursos
d'água e maior aporte de água ao lençol
freático.

O preparo do solo abre “caminhos”, que

permitem com que as trocas gasosas processem
de forma muito mais rápida a decomposição da
MO do solo

Palhada
• Evita impacto da gota de chuva;
• Evita contato direto da roda das máquinas
com o solo;
• Conserva umidade do solo;
• Eleva a matéria orgânica;
• Mantém estável a temperatura ( 20 a 30°c
mais adequado para germinação das
sementes e absorção de nutrientes).

Benefícios de aumentar a MO do solo:

• Maior retenção de água;
• Solo mais resistente a compactação;
• Conserva a umidade e fertilidade do solo;
• Aumenta a retenção de nutrientes;
• Aumenta a bioporosidade do solo.

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