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MÉTODOS de

DISPOSIÇÃO DE
ESGOTO NO SOLO
Discentes: Mariane Daniele Fernandes Dias e Tais Silva Lomba
Docente: Ana Maria Moreira Batista

DISCIPLINA DE MICROBIOLOGIA AMBIENTAL – JOÃO MONLEVADE/MG


INTRODUÇÃ
O
 Saneamento básico: impactos na saúde pública
 Métodos de disposição de esgoto no solo: recuperação
de áreas, alternativa de baixo custo, facilidade de operação
 Realidade brasileira: o despejo de esgoto sem tratamento
em corpos d'água como lagoas, rios e oceanos ainda é uma
prática comum devido a realidade socioambiental de várias
comunidades
 Alternativas por tecnologias naturais conforme condições
de cada região
Tratamentos de esgoto por disposição no solo
 PROCESSOS ENVOLVIDOS NO TRATAMENTO

FÍSICOS QUÍMICOS BIOLÓGICOS

• Sedimentação • Oxidação e • Biodegradação


• Filtração Reações Químicas • Predação
• Radiação • Precipitação
• Volatilização • Adsorção
• Desidratação • Troca Iônica
• Complexação
Tratamentos de esgoto por disposição no solo
 CONSIDERAÇÕES SOBRE A CATEGORIA DE TRATAMENTO  PROPRIEDADES A SEREM OBSERVADAS

Capacidade de troca
Prática ancestral iônica

Capacidade de biodegradação do solo Capacidade tampão

Matéria orgânica presente favorece atividades Infiltrabilidade do solo


agrícolas, pastoreio e crescimento vegetal

Abordagem adequada de tratamento Microbiologia do solo


 DESCRIÇÃO DO MÉTODO
Escoamento Neste método o esgoto sanitário é
aplicado na porção superior de rampas
inclinadas, geralmente constituídas
por solo relativamente impermeável e
superficial cobertas por vegetação (Foco; Souza;
Nour, 2018).
 Fatores importantes a observar
Declividade do terreno para a
percolação do efluente, gramíneas
presentes e a evapotranspiração.

 Desempenho
Ótimo indicador de remoção da
demanda bioquímica de oxigênio
(DBO), sólidos suspensos totais (SST),
nitrogênio e fósforo (Milen, 2014).
 DESCRIÇÃO DO MÉTODO
Escoamento Neste método o esgoto sanitário é
aplicado na porção superior de rampas
inclinadas, geralmente constituídas
por solo relativamente impermeável e
superficial cobertas por vegetação (Foco; Souza;
Nour, 2018).
 Fatores importantes a observar
Declividade do terreno para a
percolação do efluente, gramíneas
presentes e a evapotranspiração.

 Desempenho
Ótimo indicador de remoção da
demanda bioquímica de oxigênio
(DBO), sólidos suspensos totais (SST),
nitrogênio e fósforo (Milen, 2014).
Fig. 1 - Escoamento superficial
no solo
Fonte: Von Sperling, 1996 (adaptado).

Fig. 12- Método de escoamento


à superfície.
Fonte: Figueiredo, 1985 apud Paganini, 1996.
Escoamento
superficial
desvantagens vantagens
Influência do clima sobre o processo de Tratamento de grandes volumes de
depuração, tolerância da vegetação, efluentes em pequenas áreas, aplicável
declividade do terreno e temperatura, a comunidades rurais e indústrias que
riscos de contaminação da cobertura geram resíduos orgânicos, baixo custo e
vegetal e lençol freático (Santamaria; simples operação, não geração de lodo
Toranzos, 2003). e maus odores, além do baixo consumo
de energia (Cavinatto; Paganini, 2007).
 DESCRIÇÃO DO MÉTODO
Infiltração A infiltração lenta (IL) de esgotos no
solo ocorre pelo fornecimento de água
e nutrientes às plantas, onde parte do
líquido evapora, outra parte percola, e
lenta a maior parte é absorvida pelas
plantas (Silva, 1996).

 aplicações
 TIPO 1 = Máximo esgoto / mínima
área; Fator limitante: capacidade
hídrica do terreno ou nitrogênio;
Objetivo: tratamento de esgoto.
 TIPO 2 = Mínimo esgoto / Máximo de
área; Objetivo: agrícola; irrigar
máxima área e otimizar o reuso
Fig. 3- INFILTRAÇÃO
LENTA
Fonte: Von Sperling, 1996 (adaptado).
VANTAGENS

Elevadíssima eficiência na remoção de DBO e de

Infiltração coliformes

Satisfatória eficiência na remoção de N e P

lenta Método de tratamento e disposição final

combinados

E disposição final combinados

Construção, operação e manutenção simples

Reduzidos custos de implantação e operação

Boa resistência a variações de carga

Não há geração de lodo

Proporciona fertilização e condicionamento do solo

Retorno financeiro de irrigação de áreas agricultáveis

Recarga do lençol subterrâneo

Elevadíssima eficiência na remoção de DBO e de


DESVANTAGENS
Elevadíssimos requisitos de área
Possibilidade de maus odores
Possibilidade de insetos e vermes
Infiltração Relativamente dependente do clima e dos requisitos de nutrientes
dos vegetais

LENTA Possibilidade de efeitos químicos no solo, vegetais e água subterrânea


no caso de haver despejos industriais
Dependente das características do solo
Risco de contaminação de vegetais a serem consumidos, caso seja
aplicado indiscriminadamente
Possibilidade de contaminação dos trabalhadores na agricultura (na
aplicação por aspersão)
Possibilidade de efeitos químicos no solo, vegetais e água subterrânea
no caso de haver despejos industriais
Difícil fiscalização e controle com relação aos vegetais irrigados
A aplicação deve ser suspensa ou reduzida nos períodos chuvosos
Possibilidade de contaminação dos trabalhadores na agricultura (na
aplicação por aspersão)
 DESCRIÇÃO DO MÉTODO
A técnica de Infiltração Rápida (IR) é um método de

INFILTRAÇ gestão de esgoto altamente eficaz e economicamente


viável. Os sistemas IR podem ser planejados tanto para
o tratamento de esgoto quanto como parte de um
plano de reuso de resíduos, que engloba a recuperação

ÃO de água tratada ou o armazenamento em um aquífero


(US.EPA, 1996).

 APLICAÇÕES
RÁPIDA Os solos mais adequados são aqueles que possuem
uma textura relativamente grossa, com
permeabilidade variando de moderada a rápida
(US.EPA, 1996). Para comunidades pequenas, com até
5.000 habitantes, as bacias de infiltração surgem como
alternativas interessantes para o polimento de
efluentes pré-tratados.

 Desempenho
Taxa relativamente elevada de infiltração de esgoto no
solo, seguida por uma percolação rápida, seja vertical
ou horizontalmente, a partir do ponto de aplicação.
Fig. 4- INFILTRAÇÃO
RÁPIDA
Fonte: Von Sperling, 1996 (adaptado).
INFILTRAÇ
ÃO
 OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
RÁPIDA Esses sistemas são sensíveis a descargas com
concentrações elevadas de sólidos suspensos, o que
pode resultar em sérios problemas de colmatação na
superfície dos leitos e, consequentemente, interrupção
no funcionamento do sistema (Sampaio, 1997).
 DESCRIÇÃO DO MÉTODO
Infiltração Consiste na aplicação de esgoto em um solo vegetado,
visando tanto ao tratamento quanto ao suprimento
das necessidades hídricas e nutricionais das plantas
subsuperficial (Angelakis, 2001). Parte da água aplicada é perdida por
evapotranspiração, enquanto outra parte percola
vertical ou horizontalmente através do solo (Metcalf;
Eddy, 1991).

 PROMOÇÃO DO REUSO DE
ÁGUAS de identificar e explorar fontes alternativas
dificuldade
de água para irrigação; os custos elevados dos
fertilizantes e dos sistemas convencionais de
tratamento; o reconhecimento, pelos órgãos gestores
de recursos hídricos, da potencialidade dessa prática; e
os riscos minimizados à saúde pública e ao ambiente
quando administrados adequadamente.
Fig. 4- INFILTRAÇÃO
SUBSUPERFICIAL
Fonte: Von Sperling, 1996 (adaptado).
Efeitos nas  A aplicação de águas residuais para irrigação pode
provocar mudanças significativas na composição do solo
irrigado.

características químicas
 De acordo com Polprasert (1996), os parâmetros do solo
que demandam atenção especial incluem: pH, percentual
de sódio trocável (PST), salinidade, concentração de
nutrientes e presença de metais pesados.

do solo
pH do solo
 Indicador de condições de fertilidade
 Determina a disponibilidade ou restrição de elementos químicos, nutrientes ou não, para as plantas

 A maioria dos solos brasileiros é ácida, com baixas concentrações de cálcio e magnésio, elementos essenciais para o
desenvolvimento das raízes, além de altos teores de alumínio trocável e baixa disponibilidade de fósforo.

 pH entre 6,5 e 7,0 podem dificultar a absorção de elementos como cobre, ferro, manganês, zinco e alumínio, enquanto
favorecem a disponibilidade de elementos como boro, cálcio, cloro, enxofre, fósforo, magnésio, molibdênio, nitrogênio
e potássio.

 pH variando de 4,00 a 7,00, sendo caracterizados como ácidos no limite inferior e salinos (ou calcários) no limite
superior. Valores de pH abaixo de 4,50 indicam escassez de Ca, Mg, P e Mo, com teores elevados de Al e alta fixação de P;

 Acima de 7,50, demonstram deficiência de micronutrientes (ferro, zinco, manganês e boro) ou excesso de sais, o que
restringe significativamente o crescimento das plantas (EMBRAPA, 2004; ISA, 2004).

 pH acima de 6,5 geralmente sugerem elevado conteúdo de sódio e possíveis problemas de permeabilidade.

 Valores de pH abaixo de 5,50 e acima de 8,50 são geralmente prejudiciais à maioria das plantas.

 Malavolta (1978) destaca que a maioria das plantas cultivadas em solos levemente ácidos, com pH próximo de 6,50,
apresenta um melhor crescimento e maior produção.

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