Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1. INTRODUÇÃO
2. EROSÃO
Erosão Eólica
A erosão eólica é causada pela ação do vento. Ocorre geralmente nas regiões
planas, de pouca chuva, onde a vegetação natural é escassa (regiões áridas e semi-
áridas), há predomínio de ventos fortes, e o solo são normalmente secos. As áreas são
descampadas, sem nenhuma obstrução aos ventos, o que favorece o processo erosivo.
Erosão Hídrica
No Brasil a erosão hídrica é a mais frequente, sendo causada pela ação física das
águas pluviais que incidem sobre o solo, desagregando e arrastando suas partículas.
A erosão hídrica começa com a incidência das chuvas. Do volume total
precipitado parte é interceptado pela vegetação e a outra parte atinge a superfície do
solo, provocando umedecimento dos agregados e reduzindo as forças de coesão. Com a
continuação da chuva ocorre desagregação das partículas (areia, silte e argila), sendo
que essas partículas podem obstruir os poros do solo, além do que, o impacto das gotas
tende a compactar o solo, ocasionando o selamento superfícial e, consequentemente,
uma menor taxa de infiltração de água no solo.
A formação de poças de água nas depressões da superfície do solo tende a
ocorrer quando a intensidade de precipitação excede a capacidade de infiltração.
Esgotada a capacidade de retenção superficial, a água começa a escoar. Associado ao
escoamento superficial ocorre o transporte de partículas do solo.
Assim, os principais processos envolvidos na ocorrência de erosão hídrica são:
perda de coesão, selamento superficial, formação de poças ou armazenamento
superficial, redução da infiltração de água, escoamento superficial e desprendimento e
transporte de partículas do solo.
Os principais fatores que interferem no processo erosivo são:
a) Chuva: constitui-se no agente responsável pela energia necessária para
ocorrência de erosão hídrica, tanto pelo impacto direto das gotas de chuva
quanto pela capacidade de produzir o escoamento superficial;
b) Solo: o comportamento do solo diante do processo erosivo é conhecido como
erodibilidade do solo, que expressa, portanto a susceptibilidade à erosão;
c) Declividade do terreno: quanto maior a declividade do terreno, maior tensão
relacionada ou escoamento superficial;
d) Tipo de vegetação: a cobertura do solo com vegetação e/ou resíduos vegetais é a
melhor proteção contra a erosão, devido aos fatos de impedir o impacto direto
das gotas de chuva sobre o solo, além de proteger a superfície do solo da
radiação direta solar impedindo perda de água por evaporação.
3 PRÁTICAS CONSERVACIONISTAS
Algumas das causas do esgotamento do solo pela erosão podem ser controladas.
Todas as técnicas utilizadas para aumentar a resistência do solo ou diminuir as forças do
processo erosivo são denominadas práticas conservacionistas.
A melhor forma de conservação dos solos agrícolas é ocupar a área de acordo
com sua capacidade de uso, o que pode otimizar seu aproveitamento econômico,
reduzindo perdas de água e consequentemente os riscos de erosão.
Todo o esforço visando à redução na erosão hídrica deve estar voltado, portanto,
à minimização do impacto associado aos agentes responsáveis pelo desprendimento das
partículas do solo e à redução da capacidade de transporte do escoamento superficial.
Todas as práticas que possibilitem diminuição da energia cinética da chuva e o aumento
da capacidade de armazenamento de água sobre a superfície ou perfil do solo são
favoráveis à redução da erosão.
As práticas conservacionistas de solo podem ser divididas em três tipos:
edáficas, vegetativas e mecânicas.
Práticas Edáficas
Práticas Vegetativas
Práticas vegetativas são aquelas que utilizam a vegetação para proteger o solo
contra a ação direta dos agentes erosivos (água e vento) minimizando a ocorrência da
erosão. A intensidade da erosão será tanto menor quanto mais densa for à cobertura
vegetal sobre a superfície do solo.
Essa prática cobre o terreno não só com árvores ou com culturas de menor porte,
mas com folhagem ou restos vegetais. A cobertura vegetal deixada sobre o solo, além de
protegê-lo contra gotas de chuva e reduzir a velocidade de escoamento, fornece matéria
orgânica e sombreamento. As principais práticas vegetativas são:
a) Florestamento e/ou reflorestamento: terras de baixa capacidade de produção e
susceptíveis a erosão; topos de morros, margens de rios, matas ciliares, encostas.
b) Pastagem: a utilização da pastagem como cobertura, fornece, embora em menor
intensidade que o reflorestamento boa proteção ao solo contra agentes erosivos.
Porém a falta de critérios racionais para a utilização das pastagens acarreta
degradação das áreas de pastagens, causando menor cobertura vegetal e maior
processo erosivo. Dentre as principais causas estão à baixa fertilidade do solo,
não reposição de nutrientes, fogo indiscriminado, manejo inadequado de
pastagens, uso de espécies inadequadas, etc.
c) Plantas de cobertura e adubação verde: a adubação verde é a prática pela qual
se cultivam determinadas plantas (normalmente leguminosas), tanto com a
finalidade de impedir o impacto direto das gotas de chuva sobre o solo, como de
incorporá-las, proporcionando melhorias nas propriedades físicas, químicas e
biológicas.
d) Cultivo em faixas: consiste na disposição das culturas em faixas de largura
variável, alocadas em nível, de forma que a cada ano se alterem em determinada
área, plantas de cobertura densa e plantas que apresentem menor cobertura.
Exemplo: Mandioca/Feijão. A largura das faixas é variável, atentando-se para
que seja sempre de valores múltiplos da largura dos implementos a serem
utilizados.
e) Cordões de Vegetação Permanente: são fileiras de plantas perenes e de
crescimento denso em contorno a cultura principal, com 2 a 3m de largura.
Exemplos: Cana-de-açucar, Capim elefante.
f) Alternância de capinas: consiste em fazer capinas alternando as faixas de
mobilização do solo, deixando sempre uma ou duas faixas de cobertura vegetal
logo abaixo daquelas recém capinadas. O princípio da utilização dessa prática é
bem semelhante ao cultivo em faixas, que é alternar faixas de diferentes
densidades de culturas.
g) Roçada das plantas daninhas: uma das maneiras mais eficientes de controlar a
erosão em culturas perenes (café, cacau, citrus). Consiste em substituir as
capinas pela roçada das plantas daninhas, cortando-as a uma pequena altura da
superfície do solo. Desse modo o sistema radicular fica intacto e permanece
sobre a superfície uma vegetação protetora.
h) Cobertura morta: é a deposição de plantas de cobertura do solo já mortas na
superfície do solo, visando não deixar área descoberta, evitando assim o impacto
direto das gotas de chuva. É uma das práticas agrícolas de maior sucesso, que
além dos muitos benefícios, dá sustentação ao sistema de plantio direto.
i) Faixas de bordadura e quebra-ventos: quebra-ventos arbóreos são definidos
como barreiras constituídas de renques de árvores dispostos em direção
perpendicular aos ventos dominantes. Essas barreiras quando plantadas na
proteção de lavoura, tem a função de reduzir a velocidade do vento, reduzindo a
evapotranspiração da cultura e conservando mais a umidade do solo.
j) Rotação de culturas: consiste em alternar, seguindo uma sequência planejada,
o plantio de diferentes culturas em uma mesma área, porém em anos agrícolas
diferentes. Ao escolher culturas que entrarão nesse sistema é preciso levar em
consideração fatores como: condição do solo, topografia, clima, implementos
agrícolas disponíveis etc. Alterna-se a cada ano, culturas que tenham diferentes
comportamentos frente ao processo erosivo.
Práticas Mecânicas
8- 12 Base média
12 - 20 Base estreita
A marcação das curvas de nível deve começar da parte superior do terreno para a
parte inferior, pois a rampa não é múltipla de 14 m. Se sobrar um pedaço com 18 m, por
exemplo, não há necessidade de fazer uma curva de 14 m e outra de 4m, e sim deixar
com 18 m. Isto só poderá ser feito se a curva for a última em baixo. Caso isso seja feito
na parte de cima, poderia “estourar” os terraços dando um "efeito dominó".
b) Barragem
A barragem é destinada à contenção do escoamento superficial em uma encosta
cuja localização é definida pela constatação de pequenos sulcos de erosão hídrica. Esses
sulcos são características de que já se tem energia suficiente para promover o
desprendimento de partículas do solo e, para conseguir dissipar essa energia são
construídas barraginhas que intervém em uma fase mais avançada que o próprio
terraceamento, que é quando já se tem a localização dos sulcos de erosão.
A principal diferença entre a barraginha e as bacias de captação é que a primeira
é implantada em área de exploração agropecuária e deve-se localizar sulcos de erosão e
a segunda são para captação do escoamento de águas em estradas não pavimentadas.
c) Bacias de captação
As bacias de captação de água têm a função de interceptar e reter água que escoa
pelos canais laterais das estradas não pavimentadas, evitando que o volume e a
velocidade a ela associada sejam capazes de provocar erosão excessiva do canal. Assim,
atuam como controle de erosão de estradas não pavimentadas e favorecem a recarga do
lençol freático.