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CONSTRUTIVOS
SUMARIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 4
2 PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DE EDIFICAÇÕES .................................... 5
2.1 SERVIÇOS PRELIMINARES ........................................................................ 6
2.2 INSTALAÇÃO DA OBRA ............................................................................... 7
2.2.1 LIMPEZA DO TERRENO ..................................................................................... 7
2.2.2 MOVIMENTO DE TERRA .................................................................................... 8
2.2.3 IMPLANTAÇÃO DO CANTEIRO DE OBRAS ..................................................... 8
2.2.3.1 Ligações Provisórias...................................................................................... 9
2.2.3.2 Instalações Mínimas (NR – 18) ................................................................... 12
2.2.2.3 Layout de canteiros de obras ...................................................................... 18
2.3. LOCAÇÃO DA OBRA................................................................................ 19
2.4 INFRAESTRUTURA ..................................................................................... 20
2.4.1Fundações Diretas ............................................................................................ 21
2.4.2 Fundações Indiretas ou profundas ................................................................. 24
2.5 SUPERESTRUTURA ................................................................................... 27
2.5.1 Pilares ................................................................................................................ 28
2.5.2 Vigas .................................................................................................................. 29
2.5.3 Lajes .................................................................................................................. 29
2.6 VEDAÇÕES .................................................................................................. 31
2.7 INSTALAÇÕES ............................................................................................ 35
2.7.1Instalações elétricas ......................................................................................... 35
2.7.2 Instalações hidráulicas .................................................................................... 38
2.7.2.1 Instalação hidráulica de água fria ................................................................ 38
2.7.2.2 Instalações sanitárias - Esgotos .................................................................. 40
2.8 ESQUADRIAS E FERRAGENS ................................................................... 41
2.8.1 Quanto ao movimento de abertura: ................................................................ 42
2.8.2 Quanto ao material empregado na fabricação .............................................. 44
2.8.3 Quanto à função das esquadrias (destacaremos as mais importantes): ... 46
2.8.4 Ferragens .......................................................................................................... 46
2.9 REVESTIMENTOS ........................................................................................ 48
2.9.1 Revestimentos com argamassas .................................................................... 48
2.9.2 Revestimentos com cerâmicas ....................................................................... 50
2.9.3 Revestimento com pedras ............................................................................... 51
2.10 COBERTURAS ........................................................................................... 54
2.10.1 Quanto ao Material Empregado .................................................................... 54
2.11 IMPERMEABILIZAÇÃO .............................................................................. 59
2.11.1 Sistemas Rígidos ............................................................................................ 60
2.11.2 Sistemas Semiflexíveis .................................................................................. 61
2.11.3 Sistemas Flexíveis .......................................................................................... 62
2.12 PAVIMENTAÇÃO ...................................................................................... 66
2.12.1 Classificação Segundo o Material Constituinte .......................................... 66
2.13 CALAFETAGEM ........................................................................................ 72
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2.14 LIMPEZA PARA ENTREGA DA OBRA ..................................................... 75
3 SISTEMAS CONSTRUTIVOS ESPECIAIS ................................................... 77
4 PATOLOGIAS DOS SISTEMAS CONSTRUTIVOS ..................................... 79
5 REFERÊNCIAS ............................................................................................. 86
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1 INTRODUÇÃO
Olá, Professor!
Iniciamos com este trabalho o estudo da disciplina Sistema e Processos Construtivos
com o intuito de rever conceitos, propriedades e aplicações práticas desta unidade
curricular. Faremos uma abordagem dos principais assuntos desta unidade, ainda que
não o façamos de forma mais aprofundada, razão pela qual sugerimos aos colegas que
tomem este trabalho como uma referência, buscando, a partir dele, aprofundar mais os
conhecimentos aqui abordados.
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2 PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DE
EDIFICAÇÕES
A construção de uma edificação traz no seu processo um conjunto de etapas que
formam o todo de considerações a serem implementadas, observando-se sempre os
aspectos relativos à qualidade, segurança, prazo e custos. Este conjunto é composto
por:
Planejamento;
Controle;
Execução;
Entrega da obra.
-Planejamento
Para que uma obra atinja os objetivos pretendidos em relação a custos, prazos e , é
necessário que seja feito planejamento deste empreendimento para organizar a sua
execução.
O planejamento determina diretrizes a serem seguidas como coleta de dados, análise
destes dados, estudo de viabilidade técnico-econômica, elaboração de anteprojetos e
projetos executivos, emprego da mão de obra direta ou terceirizada, nível de
mecanização, instalação do canteiro de obras, custos, prazo de execução.
-Controle
O controle permite a análise do que se projeta buscando possíveis não conformidades,
como a incompatibilidade de projetos para que sejam feitas as correções devidas antes
da execução, evitando-se desta forma prejuízos devido ao retrabalho, ao desperdício de
material, ao acréscimo de tempo de trabalho os trabalhadores, trazendo, como
consequência, a possibilidade de comprometimento dos prazos estipulados, impactando
na imagem e credibilidade da empresa construtora.
-Execução
A execução se dará através das diversas etapas construtivas que se sucedem em uma
edificação e que são referenciadas pelos projetos que orientam este processo: os
projetos executivos.
-Entrega da Obra
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A entrega da obra se dará após a conclusão de todas as etapas construtivas, incluindo
limpeza geral e a obtenção do Habite-se, que é um documento comprovando que o
imóvel foi construído de acordo com as exigências determinadas pela prefeitura local.
Os serviços preliminares são o estágio inicial de uma edificação em que são feitos os
estudos preliminares de viabilidade, levantamentos topográficos, contatos junto à
prefeitura local, sondagens do subsolo, elaboração de projetos arquitetônicos com
especificações e projetos executivos.
Os estudos de viabilidade técnico-econômica do empreendimento analisarão,
através de coletas de dados, a viabilidade integrada dos recursos técnicos que deverão
ser adotados para a execução desta obra e o quanto os custos demandarão para a sua
realização. Passa por esta análise o interesse comercial que a edificação despertará no
mercado e o impacto ambiental que a mesma poderá acarretar.
O levantamento topográfico terá a função de conferir as dimensões do terreno
descritas na escritura, além de possibilitar, através de um levantamento planialtimétrico,
mostrar todos os relevos do terreno, o quanto ele é plano ou acidentado.
Os contatos iniciais junto à prefeitura local permitirão que os projetos sigam as
normas e legislações previstas por esta instituição municipal.
As sondagens do subsolo, geralmente de simples reconhecimento, permitem que se
conheçam as camadas de solo, suas profundidades e resistências, a cota do nível de
água, permitindo a obtenção de uma coleção de dados necessária para a elaboração do
projeto de fundações.
A elaboração dos projetos arquitetônico e executivo servirá de guia para a
implantação e execução da obra através das suas etapas construtivas.
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2.2 INSTALAÇÃO DA OBRA
Uma das providências a serem tomadas para a ocupação do terreno onde haverá a
edificação é fazer-se a limpeza do terreno através do desmatamento, destocamento,
deixando livre de interferências a área a ser edificada.
Esta fase pode envolver atividades de demolições de antigas construções, com o
desmonte de paredes, esquadrias, coberturas, fundações. A depender da complexidade
deste serviço, e de acordo com a quantidade e tipo de material envolvido, poderá ser
realizada com o auxílio de equipamentos mecanizados.
Nesta etapa, busca-se dar condições físicas para que a movimentação de terras possa
acontecer, deixando a área onde vai haver a edificação em condições viáveis de se
implantar a sua locação.
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2.2.2 MOVIMENTO DE TERRA
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2.2.3.1 Ligações Provisórias
-Poço artesiano
Uma alternativa de abastecimento de água a partir da sua captação em grandes
profundidades. Este tipo de captação permite a utilização de água límpida, sem
impurezas. Devido a grandes pressões a que está submetido, o líquido emerge a
superfície sem a necessidade de uso de bombas e sem gastos adicionais de energia
elétrica. O poço é revestido com tubos de aço, necessitando de filtro especial.
Os poços artesianos têm a sua profundidade variável entre 100 a 1500 m, enquanto os
poços comuns chegam a até 20 m. O poço artesiano tem uma vazão média de dois mil
litros com uma vida útil de quarenta anos.
A sua perfuração é feita por máquinas, através de empresas prestadoras de serviços
voltadas para este tipo de exploração. Já o poço semiartesiano, como diz o nome, é
uma variação que está entre o poço artesiano e o microartesiano (poços comuns), que
tem como característica a sua massa líquida a profundidades menores que a dos
artesianos e necessitando de bombas para a extração da água.
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-Gerador
O fornecimento de energia elétrica é de fundamental importância para o funcionamento
de máquinas e equipamentos e para a iluminação interna. Verifica-se a demanda
necessária de energia a ser consumida incluindo-se também tomadas, interruptores,
lâmpadas, ar condicionado etc., fazendo-se, em seguida, a solicitação de ligação
provisória de energia elétrica à concessionária local.
Caso não haja fornecimento público de energia elétrica, opta-se pela alimentação desta
demanda através de um gerador.
Outra providência a ser tomada é a da coleta de esgotos produzida pelo canteiro. Não
havendo a rede pública de captação de esgotos, deverão ser construídas fossas
sépticas e sumidouros.
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-Fossas sépticas
Esse tipo de instalação é responsável por receber os efluentes dos esgotos,
possibilitando que a coleta e tratamento dos dejetos evitem danos à saúde dos
trabalhadores através da proliferação de doenças.
A sua ação depuradora se verifica através da separação e transformação do material
sólido presente nas águas de esgoto, com posterior descarga no solo, completando-se
o tratamento.
A NBR 7229/1993, Versão Corrigida:1997, Projeto, Construção e Operação de Sistemas
de Tanques Sépticos fixa as diretrizes para a elaboração das etapas construtivas e uso
deste equipamento, observando atentamente cuidados necessários para evitar-se
contaminação tanto das águas superficiais quanto subterrâneas.
Na utilização das fossas sépticas, é fundamental evitar-se a coleta de águas de chuva
(pluviais), bem como as de descargas de reservatórios ou mesmo de outros acúmulos
de água, a fim de não prejudicar o tratamento dos dejetos que acontecem no interior
deste equipamento.
A localização das instalações das fossas sépticas tem que atender a alguns
procedimentos indispensáveis:
• Devem estar a, pelo menos, 15 m de poços, cisternas ou de reservatórios de água de
qualquer espécie que estejam em contato com o solo;
• Estarem distanciados de pelo menos 3,0m de árvores e da rede pública de
abastecimento de água;
• Observar a separação horizontal mínima de 1,50 m dos limites do terreno, de
sumidouros, de construções.
As fossas sépticas podem ser construídas no próprio canteiro ou adquiridas prontas em
peças pré-fabricadas.
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-Fossa Sumidouro
Também chamada de fossa absorvente, são sistemas de coletas dos efluentes da fossa
séptica ou do vaso sanitário através de escavações feitas no terreno. Também, a
exemplo do que acontece com as fossas sépticas, a localização das instalações dos
sumidouros tem que atender a alguns procedimentos indispensáveis, a fim de se evitar
contaminações:
• Devem estar pelo menos distantes 15 m de poços, cisternas, em um nível mais baixo
que o poço;
• Não é aconselhável a execução de fossas do tipo sumidouro com muita saturação.
A execução deste sistema de coleta pode ser realizada após escavação, utilizando-se
blocos ou tijolos cerâmicos furados, ou ainda, anéis de concreto com furos, para facilitar
a infiltração no terreno. Na base do sumidouro, deve-se fazer um lastro de britas e
pedregulhos.
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Segundo a NR-18, os canteiros de obras são “áreas de trabalho fixas e temporárias,
onde se desenvolvem operações de apoio e execução de uma obra”. Ao longo da área
a ser edificada, distribuem-se as áreas de vivência e as áreas operacionais.
As áreas de vivências são aquelas compartilhadas pelos trabalhadores e que dão
suporte às suas necessidades durante o período de labor. Fazem parte das áreas de
vivência em um canteiro de obras, segundo a NR-18:
• Instalações sanitárias;
• Vestiário;
• Alojamento;
• Local de Refeições;
• Cozinha, quando houver preparo de refeições;
• Lavanderia;
• Área de lazer;
• Ambulatório.
Instalações sanitárias
Segundo a NR – 18, entende-se como instalação sanitária o local destinado ao asseio
corporal e/ou ao atendimento das necessidades fisiológicas de excreção. Segundo esta
norma regulamentadora, as instalações sanitárias devem:
• Ser mantidas em perfeito estado de conservação e higiene;
• Ter portas de acesso que impeçam o devassamento, e que sejam construídas de modo
a manter o resguardo conveniente;
• Ter paredes de material resistente e lavável, podendo ser de madeira;
• Ter pisos impermeáveis, laváveis e de acabamento antiderrapante;
• Não se ligar diretamente com os locais destinados às refeições;
• Ser independente para homens e mulheres, quando necessário;
• Ter ventilação e iluminação adequadas;
• Ter instalações elétricas adequadamente protegidas;
• Ter pé direito mínimo de 2,50 m (dois metros e cinquenta centímetros) ou respeitando o
que determina o Código de Obras do Município da obra;
• Estar situadas em locais de fácil e seguro acesso, não sendo permitido um
deslocamento superior a 150 m (cento e cinquenta) metros do posto de trabalho dos
gabinetes sanitários, mictórios e lavatórios.
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fração, assim como de chuveiro na proporção de uma unidade para cada grupo de dez
trabalhadores ou fração.
Vestiário
Reproduzimos literalmente as recomendações da NR-18:
• Todo canteiro de obra deve possuir vestiário para troca de roupa dos trabalhadores que
não residem no local;
• A localização do vestiário deve ser próxima aos alojamentos e/ou entrada da obra, sem
ligação direta com o local destinado às refeições;
• Ter paredes de alvenaria, madeira ou material equivalente;
• Ter pisos de concreto, cimentado, madeira ou material equivalente;
• Ter cobertura que proteja contra as intempéries;
• Ter área de ventilação correspondente a 1/10 (um décimo) da área do piso;
• Ter iluminação natural e/ou artificial;
• Ter armários individuais dotados de fechadura ou dispositivo com cadeado;
• Ter pé direito mínimo de 2,50 m (dois metros e cinquenta centímetros) ou respeitando o
que determina o Código de Obras do Município da obra;
• Ser mantidos em perfeito estado de conservação, higiene e limpeza.
Alojamento
Ainda segundo a NR-18, os alojamentos dos canteiros de obra devem:
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• Ter cobertura que proteja contra as intempéries;
• Ter área de ventilação correspondente a 1/10 (um décimo) da área do piso;
• Ter iluminação natural e/ou artificial;
• Ter área mínima de 3,00m² (três metros quadrados), por módulo cama/armário,
incluindo a área de circulação;
• Ter pé direito de 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros) para camas simples e de
3,00m (três metros) para camas duplas;
• Não estar situados em subsolos ou porões das edificações;
• Ter instalações elétricas adequadamente protegidas.
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• Ter pé direito mínimo de 2,80 m (dois metros e oitenta centímetros) ou respeitando o
que determina o Código de Obras do município.
Cozinha
Ainda seguindo integralmente a NR-18, quando houver cozinha no canteiro de obra, ela
deve:
• Ter ventilação e iluminação natural e/ou artificial que permita boa exaustão;
• Ter pé direito mínimo de 2,80 m (dois metros e oitenta centímetros) ou respeitando o
que determina o Código de Obras do município, da obra;
• Ter paredes de alvenaria, concreto, madeira, ou material equivalente;
• Ter piso de concreto, cimentado, ou de outro material de fácil limpeza;
• Ter cobertura de material resistente ao fogo;
• Ter iluminação natural e/ou artificial;
• Ter pia para lavar os alimentos e utensílios;
• Possuir instalações sanitárias que não se comuniquem com a cozinha, de uso exclusivo
dos encarregados de manipular gêneros alimentícios, refeições e utensílios, não
devendo ser ligadas à caixa de gordura;
• Dispor de recipiente com tampa para coleta de lixo;
• Possuir equipamento de refrigeração para preservação dos alimentos;
• Ficar adjacente ao local para refeições;
• Ter instalações elétricas adequadamente protegidas;
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• Quando utilizado GLP, os botijões devem ser instalados fora do ambiente de utilização,
em área permanentemente ventilada e coberta.
Lavanderia
Referenciando integralmente a NR-18:
• As áreas de vivência devem possuir local próprio, coberto, ventilado e iluminado para
que o trabalhador alojado possa lavar, secar e passar suas roupas de uso pessoal;
• Este local deve ser dotado de tanques individuais ou coletivos em número adequado;
• A empresa poderá contratar serviços de terceiros para atender aos serviços de lavagem
de roupas dos trabalhadores.
Área de lazer
Segundo a NR-18, nas áreas de vivência devem ser previstos locais para recreação dos
trabalhadores alojados, podendo ser utilizado o local de refeições para este fim.
As áreas operacionais são aquelas onde se desenvolvem as etapas construtivas ligadas
à produção, como as centrais de argamassa, armação (corte, dobra, pré-montagem),
fôrmas, instalações, esquadrias, pré-moldados.
Ambulatório
Segundo a NR-18, deverá ter ambulatório no canteiro quando o efetivo de
trabalhadores for maior ou igual a 50 (cinquenta).
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Áreas operacionais
São as áreas em que se processam as atividades de trabalho ligadas à produção.
Assim podemos separá-las em:
Refere-se ao arranjo físico da área disponível para ser implantado o canteiro de obras,
através de um projeto de canteiro de obras que trará informações sobre o
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dimensionamento e localização de áreas de vivências, operacionais, de recebimento e
armazenagem de materiais, das vias de circulação e transportes.
Um layout bem planejado possibilitará que as atividades se desenvolvam com mais
eficiência, com redução de distâncias e tempo de deslocamentos, minimizando
desperdícios e garantindo uma maior segurança aos trabalhadores.
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físicas, utilizar instrumentos de medição adequados a esta atividade, como trena de
aço, mangueira de nível, estações totais etc.
É necessário utilizar os seguintes materiais: tábuas de 1” de espessura e 20 a 30cm de
largura, pontaletes de madeira de 7x7cm, linhas, pregos, arames, lápis, tinta, pincel,
martelo, marreta, piquetes.
Para materializar-se a locação da obra, utiliza-se o procedimento de execução de
tábuas niveladas fixadas em pontaletes bem fixados ao solo, ao longo da periferia da
obra. Esta estrutura de madeira para viabilizar a locação recebe o nome de “gabarito”,
“curral”, “tabela”.
É recomendável que se deixe sempre que possível uma faixa de pelo menos um metro
entre a locação e as escavações para a execução dos elementos das fundações. Para a
marcação dos alinhamentos de paredes e bases, de acordo com o projeto, é utilizado o
recurso de linhas esticadas e presas em pregos, correspondentes aos eixos
ligados em cada lado do gabarito.
2.4 INFRAESTRUTURA
Nesta etapa são construídas as estruturas que irão dar a sustentação à edificação. São
consideradas como infraestrutura as fundações, elementos estruturais que têm a
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finalidade de suportar e transmitir aos solos as cargas oriundas do seu peso próprio e
as das cargas acidentais.
Existem, como veremos a seguir, vários tipos de fundações, e entre tantas opções a
escolha será definida através da determinação das cargas incidentes no solo e também
do conhecimento das características do terreno que irá receber estes esforços.
As sondagens permitem que se obtenham importantes informações a respeito do solo,
tipos, características, resistências, que irão respaldar a escolha da fundação mais
compatível de acordo com a pesquisa realizada.
Podemos distinguir dois grandes grupos de fundação:
• Fundações diretas, rasas, ou superficiais;
• Fundações indiretas ou profundas.
2.4.1Fundações Diretas
Nas fundações diretas, as cargas atuantes são transferidas ao solo diretamente pela
fundação, dividem-se em:
• Sapata corrida ou contínua, simples;
• Sapata corrida ou contínua, armada;
• Sapata isolada;
• Radier;
• Vigas de Fundação.
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-Sapata Corrida ou Contínua, Armada
É indicada quando a camada do terreno resistente está a pouca profundidade, porém
superior a 1,0m. Este tipo de fundação utiliza armadura e tem por característica a
resistência à flexão.
-Sapata Isolada
Utiliza-se este tipo de fundação quando o terreno tem uma boa resistência, sendo pouco
exigida, em razão de ser pequena, a carga transmitida ao solo. Elas podem ter
armaduras (armadas) ou não (simples). Tem o formato de tronco de pirâmide onde se
apoiam as vigas baldrames.
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-Radier:
É recomendada a utilização deste tipo de fundação quando a camada de solo é
relativamente profunda e de baixa resistência. Esta estrutura se assemelha a uma laje
de concreto armado, com armadura dupla nas duas direções, buscando-se que a
distribuição das cargas se dê da forma mais uniforme possível.
-Vigas de Fundação:
São vigas de seção quadrada, retangular ou trapezoidal, que recebem em um mesmo
alinhamento os pilares da estrutura.
A ABNT NBR 6122:2010, que tem como título Projeto e Execução de Fundações, fixa
os requisitos a serem observados no projeto e execução de todas as estruturas da
engenharia civil.
Listamos, a seguir, alguns dos equipamentos, materiais e ferramentas mais utilizados
na execução das fundações diretas:
- colher de pedreiro;
- linha de náilon;
- lápis de carpinteiro;
- desempenadeira de madeira;
- trena metálica de 30m;
- esquadro metálico de carpinteiro;
- nível de mangueira ou aparelho de nível a laser;
- martelo;
- serrote;
- pá;
- carrinho de mão;
- soquete ou compactador mecânico tipo sapo.
Na execução das fundações, deve-se ter toda a atenção com os procedimentos que
envolvem esta etapa. Tomemos, como exemplo, a construção de fundações diretas de
uma sapata. Devem-se adotar os seguintes passos:
• Escavação para implantação da sapata, com uma altura mínima de 70 cm para apoio da
fundação;
• Regularização e compactação da cava da fundação;
• Molhar bastante o fundo da cava;
• Lançamento de lastro de concreto simples, com uma espessura média de 5cm;
• Execução e colocação das formas da base da sapata;
• Definição da altura do toco do pilar e do ângulo de inclinação das laterais da sapata;
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• Execução e colocação da armação da fundação;
• Concretagem da peça estrutural (fundação).
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-Estacas de madeira:
São estruturas de madeira de lei, usadas em obras que requerem baixa solicitação.
Tem o seu cravamento no solo obedecendo a processo semelhante ao que ocorre com
as estacas de concreto. Podem chegar a 8,0 m de profundidade; a cabeça da estaca
durante o fincamento deve ter uma proteção para se evitar danos à peça.
-Estacas metálicas:
São cravadas no solo seguindo o mesmo processo das estacas de concreto. Atingem
profundidades maiores pela facilidade e segurança das emendas. Estas peças são
resistentes à corrosão, sendo geralmente usadas trilhos e perfis I.
-Estacas Strauss:
Estaca moldada no local, que tem execução simples: inicialmente, perfura-se o solo
com o auxílio de um trado, obtendo-se uma escavação que poderá ter um diâmetro
variando de 15 a 25 cm e profundidade atingindo cerca de 4,0 m. Coloca-se, então, a
armação longitudinal, iniciando-se a concretagem até o nível estipulado.
-Estacas Franki:
Esta fundação é desenvolvida com a utilização de um tubo para revestimento da
perfuração (encamisamento). Faz-se então uma bucha com concreto quase seco que é
colocado na extremidade em contato com o solo, sendo o mesmo socado por ação de
um pilão introduzido no tubo, provocando a penetração desta massa de concreto e do
tubo até atingir-se a nega, ou seja, a resistência procurada no terreno. A partir disso,
coloca-se a armadura para, em seguida, lançar-se o concreto, retirando-se o tubo de
revestimento.
Provoca-se a expansão do concreto, através da sua vibração, eliminando os vazios,
fazendo com que esta massa ocupe todo o volume perfurado. As estacas Franki podem
recepcionar cargas de até 100 t e ter diâmetros que variam em média de 30 a 60 cm.
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Esta fundação tem o seu diâmetro variando a partir de 60 cm, podendo chegar a
profundidades superiores a 10m. Na próxima etapa, são colocadas as armaduras e,
posteriormente, a concretagem.
Na execução de uma fundação a exemplo do que ocorre também com outras etapas
construtivas, existem fatores de riscos e perigos inerentes a estes serviços.
Analisaremos as ameaças que rondam os serviços de escavação manual e as medidas
preventivas que devem ser adotadas para fazer frente a estas ameaças aos
trabalhadores.
Riscos de Acidentes – desabamento de terra, soterramento, queda de pessoas, golpes
por ferramentas e equipamentos, queda de objetos, exposição à luz solar,
Riscos à Saúde – exposição à luz solar, poeiras.
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Danos gerados pelos riscos de acidentes – politraumatismos, ferimentos, contusões,
asfixia, morte.
Danos gerados pelos riscos à saúde – fadiga, desidratação, queimadura, câncer de
pele, problemas respiratórios.
2.5 SUPERESTRUTURA
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As cargas horizontais também podem ser originadas de cargas permanentes e
variáveis. Tomamos como exemplo de carga permanente horizontal aquelas originadas
dos empuxos de terra e, para exemplo de carga horizontal variável, aquelas resultantes
da ação dos ventos.
Vamos, então, falar agora de cada um dos elementos que compõe a superestrutura,
discorrendo inicialmente sobre pilares.
2.5.1 Pilares
Elemento estrutural vertical, suporte de vigas e lajes, das quais recebem geralmente as
cargas de compressão, transmitindo-as para as fundações. Os pilares têm, em geral, a
forma linear e seção transversal constante, que se estende até o encontro com a
fundação, onde estarão engastados. Os pilares são comumente executados em
concreto armado, que são compostos de concreto simples e de aço. O concreto simples
tem como propriedade ter significativa resistência à compressão, enquanto o aço
apresenta considerável resistência à compressão e à tração.
Os pilares de concreto armado são, do ponto de vista construtivo, constituídos de
concreto simples, armaduras longitudinais e pelos estribos. As armaduras longitudinais
têm a função de conferir resistência ao pilar, e os estribos de “conter” as armaduras
longitudinais mantendo-as lineares, evitando que se deformem.
O seu processo construtivo requer o emprego de formas, geralmente de madeiras, que
são niveladas na devida posição que deverá assumir o pilar, envolvendo as armaduras
longitudinais e transversais (estribos) em seu interior. Posteriormente vem a etapa de
lançamento do concreto, ou concretagem, para que, decorrido o tempo de
endurecimento e hidratação do concreto, sejam retiradas as formas e o seu
escoramento.
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2.5.2 Vigas
As vigas, por sua vez, além do peso próprio e das cargas das lajes, recebem também
as cargas das paredes que estão nelas apoiadas e das cargas vindas de outras vigas
que interagem neste sistema, transferindo todos esses esforços para os pilares em que
estas vigas estão apoiadas. As vigas têm a importante função de suportar as lajes e a
maioria das cargas provenientes de elementos não estruturais, como paredes divisórias
e de fechamento, bem como cargas de outras vigas que nelas se apoiem.
A relação matemática entre as dimensões da largura e altura da sua seção deverá ser
igual ou menor a cinco.
2.5.3 Lajes
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• Lajes maciças ou moldadas no local – são produzidas na obra utilizando-se formas,
geralmente de madeiras, onde será lançado o concreto que, juntamente com a
armadura, constituirá a laje maciça de concreto armado.
Lajes nervuradas – são formadas de nervuras. Um conjunto de vigas é concretado
junto com uma laje superior e outra inferior.
• Lajes mistas – são compostas por uma combinação de chapa de aço perfilada, que
serve de base para receber o concreto onde já está colocada uma armadura. Após
endurecimento e cura do concreto, teremos estes elementos constitutivos formando
uma peça estrutural única.
• Lajes cogumelos – se apoiam diretamente nos pilares e, para evitar-se danos neste
ponto na laje devido à concentração pontual da carga, é recomendável aumentar e
reforçar a área de contato entre a laje e o pilar.
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2.6 VEDAÇÕES
Vamos neste capítulo fazer uma abordagem sobre a vedação vertical, que é um
subsistema da edificação formado por elementos que dividem e definem o imóvel e os
seus espaços interiores. Tem como elementos constituintes:
Este subsistema tem, como já vimos, por elementos constituintes, além do vedo
(elemento de vedação), as esquadrias e os revestimentos, gerando estes dois últimos
consideráveis recursos financeiros, fazendo com que a vedação vertical represente de
10% a 20% do custo do edifício.
Podemos classificar as vedações verticais segundo diferentes aspectos conforme
veremos a seguir:
1. Quanto à posição no edifício:-
• Externas – refere-se à fachada do edifício, em que as faces desta estrutura estão em
contato com o meio ambiente.
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Figura 20: Vedações internas
Fonte: SENAI, 2013.
3. Quanto à estruturação:
• Auto – suporte – não necessita de estruturas complementares para a sua sustentação.
São também conhecidas como autoportantes. Exemplos deste tipo de vedação são as
alvenarias convencionais.
• Estruturada – necessita de uma estrutura auxiliar para dar suporte à vedação. Exemplo:
gesso acartonado.
Já definimos o que é vedação vertical, e abordamos sobre a sua classificação, vista sob
variados aspectos. Vamos agora indicar os principais tipos de vedos verticais que
são as paredes e as divisórias.
32
• Paredes – é o tipo mais comum de vedação vertical, são autoportantes, fixas,
monolíticas, moldadas no local, são pesadas. Exemplos: alvenaria, concreto maciço.
• Divisórias – São elementos utilizados no interior do imóvel, têm a função de dividir o
ambiente, são geralmente leves, montam-se e desmontam-se com facilidade.
Exemplos: gesso acartonado, chapas de compensado em HDF ou MDF, vidro.
• Painéis pesados – são modulares, auto suporte, são obtidos por acoplamento a seco
ou úmido de placas pré-moldadas.
• Leves de fachada: são vedações exteriores leves, moduladas, obtidas por acoplamento
a seco de placas, telhas, painéis sanduíche. São transportadas com equipamento
manual.
As paredes maciças podem ser de: solo cimento, concreto, concreto celular, entre
outros. As paredes, quanto a sua função, podem ainda ser divididas em:
33
• Parede Estrutural: tem funções estruturais;
• Parede de contraventamento: tem função estrutural de contraventamento de uma
estrutura reticulada;
• Parede de vedação: não tem função estrutural, é dimensionada apenas para suportar o
próprio peso.
As divisórias são elementos de vedação, são peças leves, sua obtenção se dá por
acoplamento a seco através de placas. Elas possuem estrutura reticular, podem ser
desmontáveis e monolíticas. De acordo com os tipos elas se classificam em:
• Moduladas: tem usualmente o seu emprego em compartimentação de ambientes em
prédios comerciais. Utiliza painéis de placas de madeira reconstituída como material.
• Drywall ou gesso acartonado: são divisórias fixas ou removíveis, que têm a função de
compartimentar e de separar.
• Placas de cimento: são fixas ou removíveis. São empregadas diversos tipos de placas,
aglomeradas com cimento, com espessura menor que 2,5 cm.
A vedação vertical possui interface com vários outros subsistemas do edifício, como a
estrutura, as instalações, as vedações horizontais, impermeabilizações, entre outros.
34
2.7 INSTALAÇÕES
As instalações fazem parte das etapas de uma obra através dos seus condutores nas
tarefas de suprimento e coleta. Destacaremos, neste capítulo, as instalações elétricas e
hidráulicas (com ênfase para instalações de água fria e esgoto).
2.7.1Instalações elétricas
A execução de uma instalação elétrica deverá ser orientada por um projeto específico,
evitando-se, desta forma, prejuízos futuros por fuga de energia ou até pela possibilidade
de subdimensionamento dos seus componentes, gerando curto- circuitos geradores de
incêndio.
Trataremos aqui das instalações de baixa tensão, responsáveis pelo suprimento de
residências. O suprimento de energia elétrica se dá através da captação na rede pública
(do poste) por um ramal de ligação até o quadro de medição de consumo e, a partir
disso, o fluxo de energia, através de condutores segue até o quadro geral de
distribuição na residência que, através dos circuitos de distribuição, irá fazer a
“alimentação” de energia em toda a unidade residencial.
De acordo com a quantidade de consumo, a tensão fornecida pela concessionária
poderá ser: monofásica, bifásica ou trifásica.
• Monofásica: alimentada por dois condutores, uma fase e um neutro, que liberam uma
tensão de 127 V;
• Bifásico: a instalação é alimentada por três condutores, 2 fases e um neutro, que
liberam uma tensão de 220 V (ligação envolvendo duas fases) e uma tensão de 127 V
(ligação envolvendo uma fase e um neutro).
• Trifásico: alimentada por quatro condutores, constituída de três fases e um neutro, que
liberam uma tensão de 380 V (ligação envolvendo três fases) e uma tensão de 220 V
(ligação envolvendo duas fases) e 127 V (ligação envolvendo uma fase e um neutro).
Em uma instalação elétrica residencial, encontraremos diversos dispositivos e materiais
que constituem o sistema e garantem o seu perfeito funcionamento.
Dispositivos:
- Disjuntores;
- Interruptores;
- Tomada universal de dois polos (fase e neutro);
-Tomada de três polos (fase, neutro e terra);
35
- Conjuntos de interruptor e tomada;
- Quadro de disjuntores com barramento (quadro geral);
- Local para lâmpada;
-Lâmpadas.
Materiais:
-Caixa de passagem (2x4 e 4x4, em polegadas);
-Caixa de passagem octogonal (3x3 e 4x4, em polegadas);
- Eletrodutos rígidos e flexíveis (corrugados);
-Fios rígidos e flexíveis;
-Fita isolante.
36
• Utilizar terra para preenchimento das valas sem a presença de pedras e restos de
materiais;
• A compactação deste material de aterro deve ser feito com critério, a fim de não criar
danos ao material assentado.
Listamos, a seguir, algumas das normas técnicas da ABNT que fixam diretrizes para
execução e controle de instalações elétricas:
Código Título Data Status
Sistemas de eletrodutos plásticos para
ABNT NBR 15465:2008 instalações elétricas de baixa tensão - 04/08/2008 Em Vigor
Requisitos de desempenho
Caixas e invólucros para acessórios elétricos
ABNT NBR 5431:2008 para instalações elétricas fixas domésticas e 21/04/2008 Em Vigor
análogas - Dimensões
37
2.7.2 Instalações hidráulicas
Para elaborar um projeto de instalações hidráulicas é preciso que se tenha uma série de
informações necessárias ao seu dimensionamento e, para isto, é imprescindível
conhecer: tipos de pontos de consumo – torneiras, vasos sanitários, lavatórios,
chuveiros, tipo, comprimento e diâmetro das tubulações; quantidade e tipos de
conexões; registros de comando e cálculo estimativo de consumos diário de água em l/d
(litros por dia) por pessoa.
38
Figura 23: Captação e distribuição de água em uma residência
Fonte: SENAI, 2013.
• Simples instalação;
• Fácil manuseio e transporte;
• Resistente à pressão;
• Grande durabilidade;
• Menor perda de carga;
• Baixo custo.
39
Figura 24: Tubos e Conexões em PVC para Água Fria
Fonte: SENAI, 2013.
• Linha Sanitária – para condução de esgoto, ventilação e captação de água pluvial, está
submetida à pressão atmosférica, não sendo obrigatório o uso de adesivos. São
utilizadas nas ligações anéis de vedação.
• Tubulação primária: tem a presença dos gases vindos da rede pública ou dos
dispositivos de tratamento;
40
• Tubulação secundária: tem um desconector que protege dos gases;
• Ramal de descarga: tubulação que recebe diretamente os despejos dos aparelhos
sanitários;
• Ramal de esgoto: recebe os despejos dos ramais de descarga;
• Tubo de queda (TQ): usado em edifícios, tubulação vertical que recebe os despejos dos
ramais de esgoto;
• Caixa de gordura (CG): caixa receptora de gorduras;
• Ralo seco (Rs): caixa dotada de grelha na parte superior, tem a função de captar as
águas de lavagem de pisos ou de chuveiros;
• Ralo sifonado ou caixa sifonada (cs): tem a função de captar as águas de lavagens de
pisos e despejos de aparelhos sanitários, com exceção dos vasos sanitários;
• Caixa de passagem (CP) ou caixa de inspeção (CI): possibilita a inspeção e
desobstrução de canalizações.
• Coluna de ventilação (CV) – tubulação com a finalidade de conduzir os gases até a
atmosfera, acima da cobertura do imóvel.
41
Existem no mercado diversos tipos de esquadrias atendendo aos mais variados gostos
estéticos e disponibilidades financeiras. Basicamente dividem-se em dois grandes tipos:
as esquadrias prontas e as feitas sob medida de acordo com o projeto.
Os tipos de esquadrias são também resultantes do tipo de aberturas adotadas, dos vãos
onde serão assentadas. Estão também relacionados aos materiais utilizados na sua
fabricação. Registramos, a seguir, alguns tipos de esquadrias.
-De abrir:
Portas e janelas abrem-se para dentro ou para fora, com movimentos liberados através
de dobradiças ou de pivôs.
-De correr:
42
-De guilhotina:
Neste tipo de janela o movimento ocorre por deslocamento vertical das folhas móveis,
podendo escolher-se que uma das folhas permaneça fixa em cima ou em baixo.
-Basculante:
-Maxim-Ar:
-Camarão:
-De tombar:
43
2.8.2 Quanto ao material empregado na fabricação
- Alumínio:
-Madeira:
As esquadrias de madeira são ainda bastante utilizadas. Alguns cuidados devem ser
tomados na escolha deste material, dando-se preferência às madeiras de lei. As
esquadrias de madeira devem ser tratadas com produtos contra fungos e pintadas para
aumentar a sua proteção contra as intempéries.
44
Figura 30: Porta de PVC
Fonte: SENAI, 2013.
-Ferro: as esquadrias que apresentam este material na sua fabricação, transmitem uma
maior tranquilidade em relação a segurança. No entanto cuidados com a sua
manutenção devem ser tomados principalmente em regiões litorâneas devido à ação
agressiva da salinidade levando à oxidação (ferrugem).
-Vidro: este tipo de esquadria é bastante utilizado tanto nas edificações residenciais
quanto comerciais, pela sua beleza, transparência e por facilitar a passagem da
iluminação. Utiliza-se normalmente o vidro “temperado”, que é fabricado atendendo a
propriedades que fazem com que, durante uma quebra, este material se fragmente em
pequenos pedaços sem apresentar formas pontiagudas que poderiam transformar-se
em elementos de alta periculosidade à integridade física das pessoas.
45
2.8.3 Quanto à função das esquadrias (destacaremos as mais importantes):
2.8.4 Ferragens
46
Equipamentos, Ferramentas e Acessórios Utilizados (no assentamento das
esquadrias):
-Colher de pedreiro de 8”;
-Linha de náilon;
-Lápis de carpinteiro;
-Trenas de aço de 5 e 30m;
-Régua de alumínio de 1” x 2” com 2m;
-Mangueira de nível;
-Nível de bolha com 35cm;
-Prumo de face;
-Talhadeira de 12”;
-Marreta de 1k;
-Martelo tipo unha;
-Serrote;
-Jogo de chave de fenda;
-Furadeira elétrica portátil com brocas.
47
Evitar-se a presença ou circulação de pessoas não vinculadas ao serviço em áreas com
muito ruído, realizar manutenção preventiva de máquinas e equipamentos, realizar
exames audiométricos, ter cuidado com o asseio corporal e com a limpeza da roupa
utilizada no trabalho. Após o término da jornada, fazer o asseio corporal com água em
abundância.
Na implantação de medidas preventivas, é imprescindível o uso de EPI’s –
Equipamentos de Proteção individual.
EPI: calçado de segurança, capacete, óculos de segurança contra impacto, luva de
PVC, máscara descartável para vapores.
2.9 REVESTIMENTOS
São os revestimentos mais utilizados em obras tanto nas áreas internas quanto
externas. Podem ser empregados em três etapas:
48
-Emboço: aplicação seguinte a do chapisco, com uma espessura variável de 2 a 2,5 cm,
tem a função de regularizar a superfície, tornando-a plana. Utiliza na sua preparação o
cimento, a cal ou arenoso e a areia. Em geral, usam-se os seguintes traços em
volumes:
1:2:6 (cimento, cal hidratada ou arenoso e areia média) para revestimentos externos.
1:2:8 (cimento, cal hidratada ou arenoso e areia média) para revestimentos internos.
-Reboco: última camada deste tipo de revestimento, com uma espessura de até 5 mm.
Também chamado de revestimento fino, tem a função de dar o acabamento ao emboço
preliminarmente executado.
Os revestimentos com argamassa nem sempre se constituem das três etapas. Têm-se
utilizado frequentemente a primeira camada através de chapisco para garantir uma boa
aderência do revestimento na alvenaria. Quando o revestimento final se dá através de
pintura, executa-se a terceira camada que é o reboco; já quando o revestimento final se
dá através de, por exemplo, placas cerâmicas, a base é composta de chapisco e,
posteriormente, a camada de emboço para, em seguida, vir o revestimento final. É cada
vez mais frequente o uso da argamassa industrializada tanto para assentamento como
para ser aplicada como revestimento. Alguns fatores têm determinado a crescente
aceitação deste produto pré-fabricado, um deles é o controle de qualidade a que é
submetido esta argamassa com a inclusão de aditivos na sua composição, a fim de
conferir-lhe aderência, redução do aparecimento de fissuras, trabalhabilidade,
resistência mecânica e durabilidade.
A argamassa industrializada pode com apenas uma camada substituir o emboço.
49
2.9.2 Revestimentos com cerâmicas
São usados em ambientes que recebem água, também chamadas comumente de áreas
molhadas, como áreas de serviços, cozinhas e banheiros, sendo também utilizados em
outros locais, como em fachadas, por exemplo.
Existe uma variedade muito grande de cerâmicas ofertadas no mercado em vários
padrões, cores e dimensões, desde as pastilhas de 2x2 cm até as grandes peças. O
lado que fica em contato com a argamassa de assentamento é chamado de tardoz. O
assentamento destas peças cerâmicas se dá com o auxílio de argamassas pré-
fabricadas chamadas argamassas colantes ou cimento colante. Este assentamento
requer muita atenção com as juntas entre as placas que funcionam como elementos de
absorção de movimentações térmicas e estruturais.
50
2.9.3 Revestimento com pedras
-Broxa;
-Desempenadeira de madeira;
-Desempenadeira dentada;
-Lápis de carpinteiro;
-Régua de Alumínio de1”x 2” com 2m;
-Esquadro de alumínio;
-Mangueira de nível ou aparelho nível a laser;
-Prumo de face de cordel;
-Caixote para argamassa;
-Vassoura de piaçaba;
-Escova de aço;
51
-Cavaletes para andaimes;
-Carrinho de mão;
-Guincho;
-Cantoneiras de alumínio para cantos vivos;
-Desempenadeiras de canto V de quina;
-Padiola;
-Argamassadeira ou betoneira;
-Silo.
52
Na implantação de medidas preventivas, é sempre válido enfatizar a necessidade de
levar aos trabalhadores a conscientização dos cuidados que devem tomar durante as
suas atividades laborais, com o emprego de EPI’s – Equipamentos de Proteção coletiva.
É de se esperar que as empresas construtoras esgotem todos os recursos preventivos
através do uso sistemático dos EPC´S – Equipamentos de Proteção Coletivos.
53
específico em consonância com as normas da ABNT, pode-se então dar como
concluído e aceito estes serviço.
merciais, químicas, hospitalares, navais.
No entanto, os tipos de revestimentos mais comuns, os mais utilizados na construção
civil, são os que empregam a argamassa, a cerâmica e pedras. Vamos, então, comentar
um pouco sobre cada um deles.
2.10 COBERTURAS
Diferentes são os tipos de coberturas usadas nas edificações. Elas podem ser usadas
em prédios comerciais, residenciais, industriais, hospitalares etc., e o tipo escolhido fica
a critério do construtor. Abaixo, citam-se alguns deles.
Madeira: muito utilizada em regiões ricas de florestas. Pode ser aplicada sob a forma de
lâminas e de achas.
54
Figura 35:Cobertura em ardósia
Fonte: SENAI, 2013.
55
Figura 37: Cobertura com material metálico
Fonte: SXC.HU, 2013
56
-Durabilidade;
-Praticidade de colocação;
-Plasticidade suficiente para suportar as dilatações e contrações.
57
Riscos
Queda de pessoas, queda de objetos, golpes no manuseio e utilização de ferramentas.
Medidas preventivas
Utilização de sinalização de segurança, adequada utilização de ferramentas diversas,
uso de equipamentos de proteção contra quedas, manutenção de ordem e limpeza no
canteiro de obras, utilização de profissionais conhecedores das atividades a serem
desenvolvidas.
Na implantação de medidas preventivas, é sempre válido enfatizar a necessidade de
levar aos trabalhadores a conscientização dos cuidados que devem tomar durante as
suas atividades laborais. É imprescindível o emprego de EPC’s – Equipamentos de
Proteção coletiva e o uso de EPI’s – Equipamentos de Proteção Individual.
58
Figura 40: EPI – Equipamentos de proteção Individual
Fonte: SENAI, 2013.
2.11 IMPERMEABILIZAÇÃO
59
• Presença de umidade em piso.
São aditivos que são adicionados aos concretos e às argamassas utilizadas para
revestimento e assentamento dos elementos constituintes da alvenaria; têm a função de
60
agir no sistema capilar, anulando a percolação de água. O seu consumo varia segundo
seja emisturado ao concreto ou argamassa; nas argamassas, geralmente, utilizam-se 2
litros de aditivo por 50 kg de aglomerantes, misturados em argamassa 1:3 de cimento e
areia, em volume.
Quando a adição do impermeabilizante é feita no concreto, toma-se por referência 1%
de volume de aditivo em relação ao peso do cimento, com a condição do consumo não
ser menor que 300 kg/m³. Este tipo de impermeabilização através do acréscimo de
aditivos é geralmente mais usado em argamassas, concretos, revestimentos, vigas
baldrames, revestimentos de reservatórios de água e piscinas, além de ser usado
também na impermeabilização de túneis e subsolos.
61
Na aplicação de um sistema de impermeabilização, o executante deverá seguir o
projeto específico desta etapa construtiva e as instruções passo a passo para a
realização com qualidade destes serviços. De maneira geral, com poucas variações,
listamos, a seguir, procedimentos básicos:
• Cantos e arestas devem ter acabamentos arredondados;
• A superfície de aplicação não deve conter graxa, pó, óleo, nata de cimento, ou
quaisquer restos de partículas, ou seja, o substrato deve estar limpo, para facilitar o
processo de aderência;
• Durante a aplicação do produto impermeabilizante em superfícies horizontais devem-se
usar vassouras de pelo, e nas verticais recomenda-se a utilização de brocha ou trincha
de náilon;
• A aplicação do produto na primeira demão deve acontecer em superfície úmida. Já em
relação à segunda demão e posteriores só devem acontecer quando a superfície estiver
seca.
Este sistema é mais usualmente aplicado na impermeabilização de fundações, vigas
baldrames, pisos e paredes de banheiros, argamassa, pequenas lajes e terraços,
reservatórios de água potável e piscinas.
62
As emulsões são constituídas de elastômeros sintéticos e betumes emulsionados ou de
base acrílica. Durante a sua aplicação, seja através de processo a quente ou a frio,
desenvolvem uma película impermeabilizante, com propriedades elásticas, com alto
grau de aderência ao substrato. No entanto, este produto tem uma restrição a ser
considerada: por apresentar betume na sua constituição, não pode ficar exposto ao
tempo pelo fato de ter baixa resistência aos raios ultravioleta.
Faz-se necessária uma proteção mecânica através de uma argamassa de cimento:
areia no traço 1:3, para revestir a emulsão aplicada. Listamos, a seguir, alguns cuidados
e procedimentos básicos na execução de impermeabilização com emulsões:
• Acabamentos arredondados para cantos e arestas;
• Retirada da superfície de aplicação de graxa, pó, óleo, nata de cimento ou quaisquer
restos de partículas. O substrato deve estar limpo para facilitar o processo de aderência;
• Utiliza-se na sua aplicação: brocha, trincha, rolo ou vassourão;
• Alguns produtos oferecidos pelo mercado já possibilitam o uso imediato, enquanto
outros precisam ser aquecidos antes da sua aplicação.
63
Figura 42: Impermeabilização de laje com manta asfáltica
Fonte: SENAI, 2013.
64
Sistema de impermeabilização composto por
ABNT NBR 11905:1992
cimento impermeabilizante e polímeros - 30/04/1992 Em Vigor
Versão Corrigida:1995
Especificação
65
EPI: calçado de segurança, capacete, cinto de segurança paraquedista, óculos de
ampla visão, trava-quedas, luvas de PVC, máscara semifacial com filtro para vapores
orgânicos.
2.12 PAVIMENTAÇÃO
66
Madeira – tacos, parquê, assoalho.
-Tacos – pedaços de madeira de lei, com formato retangular, espessura variável de
10 mm a 20 mm, mais encontrado nas medidas de 100 mm x 400 mm x 20 mm.
67
Figura 44: Piso com revestimento cerâmico
Fonte: DREAMSTIME, 2012.
Pedras
Naturais: granitos, arenitos, mármores. Devem ser executadas por empresas
especializadas;
Artificiais: granilite – também conhecida por marmorite, é produzida com cimento,
agregado de mármore triturado e areia.
68
ABNT NBR Edificações habitacionais — Desempenho Em
19/02/2013
15575:2013 Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos Vigor
ABNT NBR Execução de piso com argamassa de alta resistência mecânica — Em
11/12/2012
12260:2012 Procedimento Vigor
ABNT NBR Em
Argamassa de alta resistência mecânica para pisos — Requisitos 10/12/2012
11801:2012 Vigor
ABNT NBR Em
Placa de concreto para piso - Requisitos e métodos de ensaios 16/11/2010
15805:2010 Ed 2 Vigor
Na execução de uma pavimentação, temos que observar duas situações, que são o
solo e as lajes de concreto armado tomados como bases.
Quando o solo é a base, não se pode prescindir da impermeabilização, tampouco de
compactar-se convenientemente o aterro interno, executando-se, em seguida, o
contrapiso em concreto simples, que tem como função a regularização da superfície.
Se, no entanto, a base for uma estrutura de concreto armado, não é necessária a
execução de contrapiso, lançando-se aí a argamassa colante que terá a função de
69
regularização e de ser o elemento fixador do material de revestimento do piso a esta
base.
Na execução de uma pavimentação em piso cerâmico, faz-se uso dos seguintes
acessórios, ferramentas e equipamentos:
-Colher de pedreiro;
-Linha de Náilon;
-Lápis de Carpinteiro;
-Desempenadeira dentada de aço;
-Trena metálica;
-Régua de alumínio de 1” x 12” com 2m;
-Nível de Mangueira;
-Nível de bolha;
-Escova de piaçaba;
-Vassoura de piaçaba;
-Lixa;
-Carrinho de mão;
-Guincho;
-Espaçadores plásticos em “+”;
-Riscador manual com broca de vídea;
-Rodo de borracha;
-Martelo de borracha;
-Serra elétrica portátil com disco adiamantado.
70
Existem, durante a execução dos serviços de pavimentação, fatores de riscos e
perigos específicos a esta atividade que podem provocar acidentes e ameaças à saúde
do trabalhador. Medidas preventivas podem e devem ser tomadas a fim de minimizar
estas ocorrências. Analisemos, por exemplo, os fatores de riscos, perigos e medidas
preventivas a serem tomadas na execução de pisos cerâmicos:
EPC: aterramento.
EPI: calçado de segurança, capacete, óculos de segurança contra impacto, luvas de
PVC, máscara contra pó.
71
estão de acordo com o especificado, observa-se também se as peças estão bem
aderentes à superfície de fixação e se as peças formam no seu conjunto uma superfície
plana e regular. Uma vez que esta etapa construtiva tenha atendido às diretrizes do
projeto específico em consonância com as normas da ABNT, pode-se então dar como
concluído e aceito este serviço.
2.13 CALAFETAGEM
É de fácil aplicação e tem o preço acessível. As espumas adesivas vêm em rolos com
variados comprimentos e espessuras. É aplicada em locais livres de pressão, em
janelas de madeira, no caixilho inferior e na parte de cima do caixilho superior.
Nesta aplicação, serão necessários os seguintes materiais:
• Panos limpos;
• Vaselina;
• Tesoura;
• Detergente.
• Limpeza da superfície a ser vedada com água e detergente, eliminando-se todo resíduo
de óleo, graxas, etc.;
• Eliminar os resíduos através da vaselina; cortar a espuma no tamanho adequado;
• Assentar a espuma, colando a parte adesiva na superfície a ser vedada;
• Pressionar com cuidado a espuma para garantir que fique esticada e alinhada.
72
Figura 45: Calafetagem com espuma sensível a pressão
Fonte: SENAI, 2013.
73
-Metal flexível autocolante
Semelhantes aos frisos de metal flexível, sendo, porém, mais fáceis de serem
instalados. É o tipo de calafetagem mais indicado para estruturas de madeira.
-Feltro
Tem a sua apresentação nas cores marrom, verde e preto, em variadas larguras e
espessuras. O feltro apresenta baixo custo e é bastante usado nas esquadrias.
-Metal Dentado
Os frisos de metal têm a sua apresentação em rolos e integram a rigidez do metal com
a simplicidade de aplicação do feltro. São usados, geralmente, nas esquadrias.
Composta de duas peças separadas uma da outra, mas que se encaixam fazendo a
vedação.
74
2.14 LIMPEZA PARA ENTREGA DA OBRA
-Caixilhos e Ferragens de Esquadrias: deverão ter todas as suas partes limpas, livres
de resíduos de tintas, gorduras através de removedores, água, sabão e flanelas.
75
Figura 47: Limpeza em alguns materiais
Fonte: SENAI, 2013.
76
3 SISTEMAS CONSTRUTIVOS
ESPECIAIS
A evolução tecnológica é uma realidade, pois temos visto a sua aplicação em vários
campos de atuação: na área educacional, na medicina, na agricultura e na fabricação
de diferentes produtos com a função de trazer conforto, segurança e agilidade dos
processos. Na engenharia, a tecnologia também se faz presente, trazendo novas
técnicas que têm inovado as etapas construtivas, permitindo melhor planejamento,
controle e execução das obras, contribuindo para a redução de prazos e custos e
promovendo a melhoria da qualidade. Citaremos a seguir alguns destes sistemas
construtivos especiais:
• Construção a seco: é um processo industrializado que praticamente nada utiliza de
água recebendo, por isso, esta denominação de construção seca. Apresenta como uma
de suas vantagens o fato de não criar sujeira com acúmulos de detritos, restos de
materiais, como acontece com os processos tradicionais. A construção em drywall é um
exemplo de construção seca;
• Banheiro pronto: são elementos pré-fabricados que chegam à obra já com as etapas de
revestimento, instalações elétricas e hidráulicas prontas, com todos os acessórios já
colocados. Depois de posicionados no local projetado, estes banheiros são conectados
às redes de água, esgoto e energia. Os banheiros prontos atendem às necessidades
específicas de projetos, inclusive de projetos especiais para atender a deficientes
físicos;
• Forma pronta: é um dos subsistemas dos processos construtivos. A forma pronta inicia
o processo, dando a partida do padrão requerido para a obra. Influencia na diminuição
de prazos, custos e melhoria da qualidade. Apresenta também como vantagens
adicionais maior velocidade de montagem, maior durabilidade e produtividade do que as
formas tradicionais;
• Alvenaria estrutural: neste tipo de sistema construtivo, não existem armações; as
paredes são autoportantes, ou seja, elas próprias desempenham a função estrutural, de
absorver e transmitir as cargas recebidas, além daquelas originadas do seu peso
próprio. Por este motivo, elas não podem ser removidas, porque diferentemente do que
acontece nos sistemas tradicionais, estas paredes não têm a função apenas de ser
elementos de vedação;
77
Figura 48: Alvenaria estrutural
Fonte: SXC.HU, 2013.
78
4 PATOLOGIAS DOS SISTEMAS
CONSTRUTIVOS
Trataremos aqui das patologias dos sistemas construtivos, ou seja, dos sistemas de
degradação que acontecem nos diversos subsistemas de uma edificação.
79
• Por falta da interpretação correta dos dados levantados pela sondagem, pode não ser
percebida a presença de aterros em determinada profundidade, não se fazendo,
portanto, a identificação deste material, diferenciando-o do terreno natural;
• Recalques provocados em fundações em estacas, pela presença de lama ou terra, sem
compactação sob a base da estaca;
• Acesso de água até as fundações, gerando instabilidade no solo.
80
-Patologias nas vedações
Alguns problemas se destacam como consequências do processo patológico em
vedações. As fissuras e destacamentos são ocorrências danosas que acontecem com
frequência neste subsistema da edificação. Abordaremos algumas causas produtoras
destes problemas:
• A construção de contravergas de pequeno comprimento, ou seja, de pouco transpasse
nas laterais dos vãos das aberturas ou mesmo com a utilização de contravergas que
não são contínuas (tramos pré-moldados), não produz uma eficiente distribuição de
cargas, trazendo, como consequência, destacamentos daqueles tramos e o
aparecimento de fissuras na região central do vão da janela;
• Outra ocorrência de fissura em paredes acontece quando, ao invés de utilizar as
contravergas, faz-se opção por contornar os vãos com quadros de concreto armado; o
que acontece é que as fissuras, ao invés de aparecerem a partir dos vértices da janela,
passam a desenvolver-se a partir dos vértices do quadro de concreto armado;
• Paredes com grandes vãos ou de pequena espessura ou, ainda, que apresentam
muitas aberturas exibem frequentemente fissuras e destacamentos quando não têm
juntas de movimentação;
• Destacamentos também se verificam em razão da retração dos blocos de concreto
quando ocorre secagem do mesmo;
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-Patologias nos revestimentos
• Revestimentos de argamassas que contenham material argiloso na sua composição
têm grande probabilidade de expandir-se e retrair-se produzindo fissuras, porta aberta
para infiltração de umidade, gerando a desagregação do revestimento;
• Nos revestimentos em peças de concreto, é comum haver deslocamentos das
argamassas, principalmente em lajes por apresentarem superfícies lisas e, muitas
vezes, desmoldantes;
• Os revestimentos com peças cerâmicas sofrem ocorrências de deslocamentos por
inúmeros motivos; dentre eles, destacamos a falta de juntas de movimentação ou o seu
assentamento justaposto (sem folga) ou, ainda, devido à flexibilidade das estruturas.
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infiltração de água. Citaremos, a seguir, algumas das anomalias que permitem que
ocorrências degradantes aconteçam:
• O acúmulo de detritos e organismos biológicos barra o fluxo natural das águas,
alterando o seu escoamento, possibilitando a sua estagnação,
• permitindo infiltração com o aparecimento de manchas de umidade nas telhas;
-Patologia em instalações
Com relação às instalações elétricas prediais, duas situações pelas suas drásticas
consequências são bastante preocupantes: o choque elétrico e o curto-circuito.
• O choque elétrico é passível de acontecer por várias situações, das quais
enumeraremos algumas: quadros de distribuição com exposição dos seus componentes
sem proteção, emendas de condutores mal isolados, fios deteriorados, dentre outros;
• O curto-circuito é provocado por emendas mal executadas, pelo demasiado
aquecimento da fiação em razão de sobrecargas, por instalações mal feitas.
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válvulas de descarga. Quanto aos esgotos, chamamos a atenção para vazamentos,
entupimentos por acúmulo de sujeira em caixas de gorduras, mau cheiro das
instalações de esgoto, dentre outros.
RECAPITULANDO
Encerramos assim o nosso livro de Processos Construtivos. Fizemos abordagens sobre
as diversas etapas construtivas que compõem uma obra de edificação desde o
processo inicial de concepção da obra até a sua limpeza geral para entrega aos seus
usuários.
Tratamos dos serviços preliminares, das providências iniciais para instalação, para a
implantação do canteiro e locação da obra. Citamos no capítulo correspondente a
infraestrutura, os tipos e funções das fundações; no capítulo referente a superestrutura
fizemos referência às lajes, às vigas e aos pilares indicando o papel que desempenham
em uma edificação; falamos também de vedações, dos seus diversos tipos e das suas
funções como elemento de vedação ou estrutural, em seguida abordamos a etapa
construtiva relacionada às instalações. O assunto referente a esquadrias e ferragens foi
discutido nos seus aspectos principais, bem como os sistemas relacionados a
revestimentos coberturas e impermeabilização.
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Tratamos ainda dentro dos sistemas construtivos que compõem uma edificação, das
etapas de pavimentação, calafetagem e finalmente da limpeza a ser feita tanto nos
ambientes internos quanto externos para entrega da obra. Encerramos a apresentação
de conteúdo deste livro, trazendo informações sobre sistemas construtivos especiais,
através das inovações tecnológicas disponíveis no mercado da construção civil e
também sobre patologias dos sistemas construtivos.
A atualização tecnológica em edificações é de fundamental importância para a
qualificação de profissionais, sejam eles técnicos em edificações, docentes ou
profissionais que atuam na área de construção civil.
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5 Referências
AZEREDO, Hélio Alves de. O Edifício até sua Cobertura. 2ª edição, São Paulo:
Edgard Blücher, 2004.
AZEREDO, Hélio Alves de. O Edifício e seu Acabamento. 2ª edição, São Paulo:
Edgard Blücher, 2004.
YAZIGI, Walid. A Técnica de Edificar. 7ª edição, São Paulo: Ed. PINI. 2006.
Referências Complementares
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SENAI – DEPARTAMENTO NACIONAL
Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP
Rolando
Vargas
Vallejos
Gerente Executivo
Alex Romano
Karina Santos
Leonardo Silveira
Thiago Ribeiro
Vinícius Vidal da Cruz
Ilustradores
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