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FACULDADE

REGIONAL DA
BAHIA

THAYS CRISTINA LIMA


ENGENHEIRA
AGRONÔMA
ESP. AGRONEGÓCIO
COMPONENTE CURRICULAR:
SILVICULTURA - 27404
AGROSSILVICULTURA
• INTRODUÇÃO
• CONCEITUAÇÃO DE AGROSSILVICULTURA E SISTEMAS
AGROFLORESTAIS
• CLASSIFICAÇÃO DE SISTEMAS AGROFLORESTAIS
• PRINCIPAIS PRÁTICAS AGROFLORESTAIS ADOTADAS NO
BRASIL
• IMPLANTAÇÃO E MANEJO DE SISTEMAS
AGROFLORESTAIS
INTRODUÇÃO

• ATUALMENTE: Discussão sobre a


necessidade de se desenvolver e
implementar tecnologias para a
melhoria do meio rural.

• Rever processos de produção


• Manejo inadequado do solo
• Instabilidade do mercado
• Degradação Ambiental
• SUSTENTABILIDADE
CONCEITUAÇÃO DE
AGROSSILVICULTURA E
SISTEMAS AGROFLORESTAIS

• A agrossilvicultura é a prática de
combinar espécies florestais (árvores ou
outras espécies perenes lenhosas) com
culturas agrícolas e/ou pecuária, com o
objetivo melhorar o aproveitamento dos
recursos naturais e a produção de
alimentos. Também é chamada
de sistemas agroflorestais (SAF’s),
ela busca o uso mais sustentável dos
recursos produtivos.
• Embora técnicas de combinação de árvores com agropecuária já tenham
sido praticadas antes mesmo do surgimento da agricultura moderna, a
ciência da agrossilvicultura surgiu apenas na década de 1970, quando se
realizaram grandes estudos sobre o papel das árvores na saúde do solos
tropicais.
• As bases principais da prática estão na
silvicultura (estudo da regeneração e
exploração de florestas), agricultura, zootecnia
e manejo do solo. Seus objetivos varia da
produção de alimentos, produtos florestais
madeireiros e não madeireiros, melhoria da
paisagem, incremento da diversidade genética
e conservação ambiental.
SISTEMAS AGROFLORESTAIS
• “São formas de uso e manejo dos recursos naturais, nos quais espécies lenhosas
são utilizadas em associações deliberadas com cultivos agrícolas e/ou animais, na
mesma área, de maneira simultânea ou sequencial, visando tirar benefícios das
integrações ecológicas e econômicas resultantes, bem como sociais” (NAIR, 1989)
USO INTEGRADO DO
SOLO

• Os SAF’s têm vantagens em relação aos


sistemas convencionais de uso da
terra, pois permitem maior diversidade
e maior sustentabilidade. A
coexistência de mais de uma espécie
numa mesma área melhora a utilização
da água e dos nutrientes do solo. Há
ainda a recuperação da fertilidade dos
solos, o fornecimento de adubos verdes
e o controle de ervas daninhas.
CARACTERISTICAS DOS SAF

• Podem ser praticados em diferentes níveis


• A Composição, assim como os arranjos espacial e temporal podem promover inúmeras interações,
ecológicas e econômicas.
• Visam a estabilidade ecológica e econômica
• Perenidade (longevidade)

(Dantas, 1994; Oliveira Neto et al, 2010)


FUNÇÕES ECOLÓGICAS

Aumenta a Alterações Melhoria das


diversidade microclimática características
biológica s do solo
CLASSIFICAÇÃ
O DOS • SILVIAGRÍCOLA
SISTEMAS • SILVIPASTORIL

AGROFLOREST • AGROSSILVIPASTORIL

AIS
• Sílviagrícola: árvores associadas
com cultivos agrícolas anuais e/ou
perenes. São exemplos: jardins
domésticos, “taungya” (plantio de
espécies agrícolas nos primeiros
anos dos povoamentos
florestais), alley cropping (plantio
de árvores em fileiras ou faixas e
cultivo agrícola entre as fileiras ou
faixas)
• Silvipastoril: árvores associadas com
pecuária. Esta combinação potencializa
a produção de madeira e de proteína
animal. São exemplos: Banco de
proteína (plantio de árvores em áreas
de produção de proteína para corte ou
pasto direto), árvores em pastagens
naturais e/ou plantadas (para
regeneração artificial ou natural de
árvores em áreas de pastagens naturais
ou artificiais), pasto em áreas
reflorestadas.
• Agrossilvipastoril: árvores associadas
com cultivos agrícolas e atividade pecuária.
Seu correto manejo possibilita ao mesmo
tempo a conservação ambiental, o aumento
da produtividade agrícola, o conforto e a
maior produção animal, além de melhor
qualidade de vida, contribuindo para a
fixação do homem no campo. São
exemplos: jardins domésticos com
animais, método “taungya” seguido de
pastagem durante a fase de manutenção de
florestas.
QUANTO AO ARRANJO TEMPORAL

• SIMULTÂNEO: Os componentes do sistema ocupam área simultaneamente,


interaginddo no mesmo intervalo de tempo.
• SEQUENCIAL: Ocorre uma sequência temporal dos componentes presentes no
sistema.
• COMPLEMENTAR: Os componentes visam complementar a cultura principal
PRÁTICAS AGROFLORESTAIS

• Consiste de uma operação específica do manejo de um sistema agloflorestal


e normalmente é tida como um arranjo de componentes agroflorestais no
espaço e no tempo.
• tradicionais (desenvolvidos com a experiência acumulada pelas gerações de
agricultores), tais como as hortas, matas de pastagem e cercas vivas)
• modernos (desenvolvidos com o apoio da ciência da agronomia), tais como
as faixas quebra-ventos e barreiras vivas)
• recentes (desenvolvidos com o apoio da pesquisa agroflorestal): a cultura em
alamedas e a melhoria do alqueive.
CERCAS VIVAS
• Linhas de árvores ou arbustos, utilizadas com o objetivo de delimitar uma determinada área.
• Podem fornecer outros produtos e serviços úteis para o agricultor: lenha, sombra para animais,
forragem, frutos, sementes, etc.
CERCAS VIVAS

As cercas vivas usam-se para Existem dois tipos de cercas


conter os animais domÈsticos vivas:
numa area fechada (p.ex. um • postes vivos que servem como postes
curral onde o gado fica de do cercado e que estão ligados por
noite) ou para mantÍ-los fora de uma treliça de bambu cortado em
uma ·rea cultivada (p.ex. uma tiras, ráfia ou arame farpado;
• Sebes vivas.
horta).
Para os postes vivos
recomendam-se as seguintes
qualidades desejáveis:

• Uma multiplicação fácil por meio


de estacas grandes
• A capacidade de sobreviver a
desgalha regular dos ramos novos
na copa.

• Ex:
• Erythrina
Dificuldade
POSSIVÉIS Necessidad de
e de podas eliminação
LIMITAÇÕES da cerca
DAS
CERCAS
VIVAS: Colocação
da muda
Controle de
formigas
BARREIRAS
VIVAS
• São linhas de árvores, plantadas
apertadamente ao longo das curvas de
nível nas terras inclinadas, e que podam
para formar serbes.

• GLICIDIA, LEUCENAS, CALLIANDRAS.


QUEBRA VENTOS
• São filas de vegetação, comumente árvores,
estrategicamente estabelecidas para proteger uma
área de danos causados pelos ventos
• Um quebra vento filtra e reduz a velocidade do
vento que entra em uma determinada área
protegida, limitando possíveis danos causados por
tormentas.
PRINCIPAIS DANOS CAUSADOS
PELOS VENTOS ÀS CULTURAS

• Érosão eólica
• Estresse, reduzindo crescimento, vitalidade e produção
• Danos físicos (quebra e desfolhamento)
• Perda de umidade
• Outros danos (alteração do habito dos insetos, propagação de plantas
invasoras)
ORIENTAÇÃO
CARACTERÍSTI
CAS QUE DEM ALTURA
VER
CONSIDERADA DISTÂNCIA
S NA
ELABORAÇÃO
DE QUEBRA DENSIDADE
VENTOS
COMPOSIÇÃO DE ESPÉCIES
CARACTERÍSTICAS Adaptação às
DE ESPÉCIES condições Sistema radicular
RECOMENDADAS ecológicas da profundo
PARA COMPOSIÇÃO região
DE QUEBRA VENTOS:

Ereta, de copa bem


Rápido
desenvolvida e
desenvolvimento
folhagem perene

Outras utilidades,
Difícil disseminação como produtora de
natural madeira, frutífera,
forrageiras, etc.
A MELHORIA DO ALQUEIVE
• O Papel principal é a recuperação da fertilidade do solo,
de maneira que se possam cultivar novamente nas
terras.
• Sesbania Sesban
QUINTAIS OU HORTOS
AGROFLORESTAIS
• Constituem-se em áreas de produção,
localizadas perto da residência rural, onde é
cultivada uma mistura de espécies agrícolas e
florestais, podendo envolver, também, a criação
de pequenos animais domésticos.
QUINTAIS OU
HORTOS FLORESTAIS:

• Visam complementar a produção obtida


em áreas da propriedade
• Grande variedade de plantas de uso
múltiplo, formando vários estratos
• Produção variada de alimentos durante
todo o ano
• Mão-de-obra familiar
VANTAGENS

• Aumento da matéria orgânica do solo;


• Controle de erosão por reduzir impactos das chuvas e escorrimento superficial;
• Diversificação na produção (madeira, frutos, forragem, adubo verde, etc.),
• Eliminação de ervas invasoras;
• Melhoria de drenagem;
• Proteção de fontes e bacias hidrográficas;
• Redução de temperaturas extremas do ar, solo e folhas;
• Redução dos prejuízos por chuvas fortes, granizo, ventos e geadas;
• Redução dos riscos de algumas doenças e pragas.
DESVANTAGENS

• Competição por umidade, nutrientes e luminosidade;


• Favorecimento de doenças fúngicas por excesso de umidade;
• Mão de obra adicional para o manejo das árvores;
• Mecanização da cultura é dificultada;
• Queda de galhos ou corte das árvores, podem prejudicar a cultura;
• Transpiração e interceptação da chuva podem reduzir a disponibilidade
de água no solo;
• Variedades novas podem não se adaptar à sombra.
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REGIONAL DA
BAHIA

THAYS CRISTINA LIMA


ENGENHEIRA
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ESP. AGRONEGÓCIO
COMPONENTE CURRICULAR:
SILVICULTURA - 27404

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