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INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO RURAL

BACHARELADO EM AGRONOMIA
CAMPUS DAS AURORAS

DISCIPLINA CCA 0054 - FITOTECNIA II

PROF. JOÃO GUTEMBERG

Redenção, CE 1
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DISCIPLINA CCA 0054 - FITOTECNIA II

CULTIVO DE ESPÉCIES PERENES (EMENTA)

✓ Importância socioeconômica

✓ Classificação, origem e dispersão.

✓ Recursos genéticos.

✓ Condicionamentos ambientais.

✓ Práticas de manejo.

✓ Aspectos fitossanitários.

✓ Colheita e processamento. 3
Introdução
IMPORTÂNCIA SOCIOECONÔMICA: BRASIL

- 700 mil ha: CE, PI, RN, MA e BA;


- 320 mil ton (castanhas);
- Nordeste: cadeia produtiva do caju - 300 mil empregos,
distribuídos na atividade agrícola, industrial e serviços;
- 1º na pauta de exportação: US$146 milhões (CE);
- Seca severa entre 2012 – 2017: queda drástica.
Fonte: SINCAJU

IMPORTÂNCIA SOCIOECONÔMICA: GUINÉ-BISSAU

OUTROS PAÍSES: Nigéria, Costa do Marfim, Tanzânia,


Burundi, Mali, Madagascar, Filipinas, Vietnã e Índia. Fonte: BNB, FAO 4
DISCIPLINA CCA 0054 - FITOTECNIA II – Cultivo de espécies perenes
Introdução
IMPORTÂNCIA SOCIOECONÔMICA: MUNDO

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DISCIPLINA CCA 0054 - FITOTECNIA II – Cultivo de espécies perenes
Introdução
IMPORTÂNCIA SOCIOECONÔMICA: MUNDO

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DISCIPLINA CCA 0054 - FITOTECNIA II – Cultivo de espécies perenes
PRODUÇÃO DE PEDÚNCULOS DE CAJU NOS MAIORES PRODUTORES MUNDIAIS

Fonte: FAO, IBGE (adaptado, 2021) 7


https://www.youtube.com/watch?v=529-vz6-83w

8
Figura. Municípios mais expressivos na produção de castanha de caju nos
estados de maior produção no Brasil. Fonte: CONAB, 2013.
9
Fonte: IBGE (adaptado, 2021) 10
BREVE HISTÓRICO DA
CAJUCULTURA CEARENSE
AMÊNDOA DA CASTANHA DE CAJU - ACC
1° período
1960 - Os incentivos fiscais e os subsídios creditícios
- Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene)
- Banco do Brasil (Proterra)
- Fundo de Investimento Setorial (Fiset – Reflorestamento) – meados da déc.
1970
- Fundo de Investimento do Nordeste (Finor)
2° período
1990 aos dias atuais – mudanças na política agrícola brasileira (<<< $$$)
- Redução do incentivo à cadeia produtiva da ACC;
- Aumento da competição com o mercado internacional (Índia e Vietnã);
- Redução das exportações pela antiga URSS => EUA regulam o mercado da
ACC;
- Incentivo à pesquisa e redução de políticas públicas (ATER) – contra senso.
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Gráfico 3. Comparativo da área colhida e produção de cajueiro-comum e cajueiro-anão no
Estado do Ceará entre 2012 e 2022.

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Gráfico 4. Comparativo da produtividade do cajueiro-comum e anão-precoce, no Ceará.

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FONTE DE ENERGIA - CERAMISTA
Fotos: Serrano

CAJUEIRAIS IMPRODUTIVOS: > 80 anos

14
PROCESSAMENTO MOVELARIA

APICULTURA PRODUÇÃO DE PALETS MÓVEIS EM GERAL

15
Fonte: SECITECE, 2020
Figura. O LCC possui uso industrial (resinas e freios),
medicinal (antissépticos e vermífugos) e química fina
(Mazzetto et al., 2009).
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• O exsudato produzido no tronco e
galhos da árvore consiste em um
complexo de polissacarídeo/proteína,
solúvel em água, com características
físico-químicas semelhantes à goma
arábica.
Foto:caatingablogspo

• Seu uso potencial vai da área da


medicina humana (antimicrobiana e
antitumoral) à nanotecnologia
t

(emulsificante em nanotubos)
(Torquato et al., 2004; Silva, 2007).
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Classificação, origem e
dispersão

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DISCIPLINA CCA 0054 - FITOTECNIA II – Cultivo de espécies perenes
CAJUEIRO

CLASSIFICAÇÃO

POSIÇÃO SISTEMÁTICA
IV divisão: Spermatophyta
II sub-divisão: Angiospermae
I sub-classe: Archichlamidae
39ª ordem: Sapindales
Família: Anacardiaceae

Foto: Serrano
Foto: Serrano
Gênero: Anacardium
Espécie: Anacardium occidentale L.

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DISCIPLINA CCA 0054 - FITOTECNIA II – Cultivo de espécies perenes
OUTRAS ESPÉCIES

FAMÍLIA ANACARDIACEAE

CAJÁ MANGUEIRA AROEIRA


(Spondia tuberosa) (Mangifera indica) (Myracrodruon urundeuva)

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DISCIPLINA CCA 0054 - FITOTECNIA II – Cultivo de espécies perenes
SEMIÁRIDO NORDESTINO
Foto: Cândido

Foto: Moraes
Figuras. Vegetação de estrato lenhoso árvores caducifólias e Copernicia prunifera.

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CAJUEIRO (Anacardium occidentale L.)

O caju é considerado fonte de vitaminas e sais minerais


e é considerado fonte relevante de compostos antioxidantes,
que são necessários para a saúde humana.

Em 100mL de suco temos: vitamina C (156 a 387mg),


vitaminas do Complexo B, cálcio (14,70 mg), fósforo (32,55
mg) e Ferro (0,575 mg).

Assim, os pedúnculos, quando consumidos frescos,


conferem benefícios diretos para a saúde humana (LOPES et
al., 2012). 22
CAJUEIRO (Anacardium occidentale L.)
CARACTERÍSTICAS NUTRICIONAIS – Amêndoa da Castanha de Caju (ACC)

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DISCIPLINA CCA 0054 - FITOTECNIA II – Cultivo de espécies perenes
CAJUEIRO (Anacardium occidentale L.)

CARACTERÍSTICAS

Porte: 1,8 a 17 m;  3,7 a 24 m (anão-precoce: 5m altura/ 8m );

Sistema radicular: pivotante bem desenvolvido (2:1);

Sistema foliar: simples, inteiras, alternas, de aspecto subcoriáceo,


glabras e curto-pecioladas, possuindo coloração verde-clara a
arroxeada, quando jovens, tornando-se verdes, quando maduras;

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DISCIPLINA CCA 0054 - FITOTECNIA II – Cultivo de espécies perenes
Fotos: Vidal Neto

Figuras. Porte e diâmetro de copa em cajueiro comum (gigante) e anão-precoce (Fonte:


Embrapa).
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Tabela. Principais características diferenciais dos tipos de cajueiros
comum e anão-precoce, segundo Paiva et al. (2009).

HÍBRIDO ‘BRS 274’


26
Figuras. Folhas novas de cajueiro apresentando
acúmulo de antocianina (Fonte: Andrade, 2008).
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DISCIPLINA CCA 0054 - FITOTECNIA II – Cultivo de espécies perenes
FLOR E EXPRESSÃO SEXUAL NO CAJUEIRO

Figura. Flor perfeita ou


completas (hermafrodita) com o
Foto: Serrano

pistilo maior do que o estame


A B mais desenvolvido (A); e flor
estaminada (masculina) com o
estame proeminente e sem a
presença do pistilo (B)
(BARROS; CRISÓSTOMO, 1995).
ANDROMONÓICA
28
FLOR E EXPRESSÃO SEXUAL NO CAJUEIRO
flor estaminada (masculina) flor perfeita (hermafrodita)

Figura. Desenho esquemático das flores do cajueiro.


Fonte: adaptado de Freitas e Paxton, 1998. 29
FLOR E EXPRESSÃO SEXUAL NO CAJUEIRO

A inflorescência é uma panícula de


formato, tamanho, quantidades e
proporções variáveis de flores
masculinas e hermafroditas.
Foto: Serrano

Polinização
Entomófila

30
Foto: Serrano

Figura. Polinização entomófila (Apis mellifera), em que o pico ocorre das 9 às 14h.

31
Ilustração: B.N. Silva

Polinização
entomófila

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33
Klein; Freitas (2020)
Foto: Serrano

34
Klein; Freitas (2020)
Figura. Pedicelo da flor perfeita (hermafrodita) arroxeado e mais largo que os demais,
indicando a ocorrência da fecundação com posterior formação do fruto.
35
90%
(PSEUDOFRUTO)
= pedúnculo floral
é hipertrofiado

10%
(FRUTO = Aquênio reniforme)
36
MORFOLOGIA VEGETAL

RELEMBRANDO...

“Pedicelo ou pedúnculo floral: eixo (comprimento variável)


que porta a flor de uma inflorescência. Em alguns frutos o
pedicelo pode tornar-se intumescido na maturidade dos frutos,
tornando-se a parte comestível (Gonçalves e Lorenzi, 2007).”

37
Fotos: Serrano

A B
Figuras. Rápido crescimento da castanha-de-caju e lento crescimento do pedúnculo do
caju ‘BRS 274’ (A). Corte da castanha, mostrando a amêndoa ainda imatura (B).

38
Tamanho
Figuras. Representação ilustrativa da curva de crescimento da castanha e
pedúnculo do caju (Adaptado de Almeida et al., 1987).

39
QUAL O SIGNIFICADO BIOLÓGICO DISTO?

R.: PERPETUAÇÃO DA ESPÉCIE!! 40


FENOLOGIA DA PLANTA
- observações de estádios de desenvolvimento externamente visíveis -

Importância
O manejo dos pomares, como o espaçamento entre plantas, as adubações,
podas, irrigação, controle fitossanitário, pode interferir nas fenofases de uma
planta, como, por exemplo, no padrão de florescimento e de frutificação (adaptado de
CORRÊA et al., 2002).

Características gerais
Crescimento vegetativo intermitente;
Comportamento da cultura é bastante variável (heterogeneidade das plantas,
propagação sexual)
Fatores genéticos
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Fatores abióticos (umidade relativa do ar e a intensidade e distribuição das chuvas)
FENOLOGIA DA PLANTA
Fenofases: caracteriza-se pela brotação das gemas, alongamento dos
internódios (ramos) e produção de inflorescência na parte terminal do ramo
recém-formado.

a) aparente repouso vegetativo na época das chuvas (reduz emissão foliar);


b) queda das folhas (pós estação chuvosa);
c) fluxo foliar ou crescimento vegetativo, dividido em dois fluxos de alta e
baixa intensidade;
d) floração;
e) frutificação.
Almeida et al. (1995), Barros (1995), Parente et al. (1991), Serrano et al. (2010)
42
INFLUÊNCIA DA FASE DE MATURAÇÃO DA CASTANHA NA INFESTAÇÃO DA TRAÇA
Ervino Bleicher; Antônia Régia M. Abreu; Quélzia Maria S. Melo

METODOLOGIA

a) castanha de cor vermelha


(castanha nova);
b) castanha de cor verde com
vestígios de cor vermelha (antes
de atingir o crescimento máximo);
c) castanha totalmente verde
(crescimento máximo);
d) castanha de cor cinza (fase de
maturação).

CONCLUSÃO:

O ataque da traça, Anacampsis sp.,


em castanhas de cajueiro anão, inicia
em maturis jovens de cor vermelha e
aumenta em intensidade com o
desenvolvimento dos frutos.
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CAJUEIRO (Anacardium occidentale L.)

CARACTERÍSTICAS

De um modo geral, as plantas são caracterizadas pela presença de


condutos resinosos, no córtex e lenho, onde ocorre a formação de resina.
Também ocorre exsudações nas folhas flores e frutos.

Foto: Cavalcanti Júniior

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DISCIPLINA CCA 0054 - FITOTECNIA II – Cultivo de espécies perenes
CAJUEIRO (Anacardium occidentale L.)

ORIGEM E DISPERSÃO

O principal centro de diversidade do gênero é a


região amazônica, com um centro secundário de
diversidade nos cerrados.
O cajueiro pode ser encontrado em diversos
ecossistemas do Norte e Nordeste do Brasil (Duque,
1960; Mitchell e Mori, 1987; Lima, 1988; Barros,
1991).
Embora com ocorrência em outros continentes
(Ásia e África) a maior diversidade é nas Américas.
45
CAJUEIRO (Anacardium occidentale L.)

ORIGEM E DISPERSÃO

Família: Anacardiaceae, formada por cerca de 60 a 74 gêneros e


400 a 600 espécies de árvores e arbustos predominantemente
tropicais, embora também ocorram sub-arbustos e trepadeiras e
espécies sub-tropicais e, mais raramente, de clima temperado.

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CAJUEIRO (Anacardium occidentale L.)

É a única espécie do gênero cultivada comercialmente.


Possui a maior dispersão dentro do gênero.

Foto: Serrano

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DISCIPLINA CCA 0054 - FITOTECNIA II – Cultivo de espécies perenes
CAJUEIRO (Anacardium occidentale L.)

ORIGEM E DISPERSÃO

Os agentes desta dispersão


foram os portugueses, após
sua chegada ao Brasil, seguindo-
se dos espanhóis que passaram
pelo país no início da
colonização.

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DISCIPLINA CCA 0054 - FITOTECNIA II – Cultivo de espécies perenes
Recursos genéticos

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DISCIPLINA CCA 0054 - FITOTECNIA II – Cultivo de espécies perenes
CAJUEIRO (Anacardium occidentale L.)

RECURSOS GENÉTICOS

O melhoramento genético do cajueiro visa o atendimento das


demandas da cadeia produtiva, por meio do desenvolvimento e
disponibilização de cultivares.
Para atingir os objetivos traçados nesse processo, é
necessário o conhecimento das características de importância
econômica, que subsidiarão a definição dos critérios de seleção.
Por esse motivo, a atividade de conservação de germoplasma
é altamente importante para o programa de melhoramento
genético dessa espécie. 50
TERMINOLOGIA IMPORTANTE

BANCO ATIVO DE GERMOPLASMA

BANCO: RESERVA DISPONÍVEL

ATIVO: PLANTAS ADULTAS EM CONSTANTE RENOVAÇÃO

GERMOPLASMA: PATRIMÔNIO GENÉTICO DE UMA ESPÉCIE


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RECURSOS GENÉTICOS

CRONOLOGIA

1940 – Exploração do Líquido da Casca da Castanha – LCC;

1950 – Exploração da Amêndoa – fruto verdadeiro;

1957 – 1ª coleta de material nos municípios de Pacajus, Horizonte,

Chorozinho e Maranguape (2200 plantas – 36 tipo anão-precoce);

1976 a 1979 – 71 acessos (Pacajus, Russas, Aracoiaba, Cascavel,

Aracati, Camocim e Trairi). Caráter observado – peso da castanha.

52
RECURSOS GENÉTICOS

CRONOLOGIA
1981 – prospecções no Estado de Roraima (52 acessos) – porte
baixo;
As demais introduções foram realizados por pesquisadores da
Embrapa, nas regiões Centro-Oeste e Norte do país, e, também, no
Nordeste.
COLEÇÃO DE CAJUEIROS ATUAL: 778 acessos

• Anacardium occidentale – 440

• A. microcarpum, A. othonianum, A. humile e Anacardium sp. – 56


(69% Ceará). 53
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CAJUEIRO (Anacardium occidentale L.)

RECURSOS GENÉTICOS

Fonte: Embrapa CNPAT

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CAJUEIRO (Anacardium occidentale L.)

RECURSOS GENÉTICOS

Foto: Serrano
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CAJUEIRO (Anacardium occidentale L.)

RECURSOS GENÉTICOS

Foto: Serrano
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DISCIPLINA CCA 0054 - FITOTECNIA II – Cultivo de espécies perenes
CAJUEIRO (Anacardium occidentale L.)

RECURSOS GENÉTICOS

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CAJUEIRO (Anacardium occidentale L.)

RECURSOS GENÉTICOS

A conservação de recursos genéticos


enfatiza a coleta e conservação para o

Fonte: Cerratinga.org.br
máximo de variabilidade genética.

Para que isso seja viável, há


necessidade de se aumentar a eficiência das
ações de coleta, caracterização e uso do
caju. 60
CAJUEIRO (Anacardium occidentale L.)

RECURSOS GENÉTICOS

☺ LIMITAÇÕES SUPERADAS:  LIMITAÇÕES NÃO


SUPERADAS:
• PORTE DA PLANTA;
• PRAGAS E DOENÇAS;
• PRECOCIDADE;
• DIFUSÃO DE TECNOLOGIA.
• CICLO DE FRUTIFICAÇÃO;

• REGISTRO DE PRODUTOS –

MAPA (32 produtos – Fonte:

Agrofit).

61
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Fonte: Embrapa CNPAT
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66
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CAJUEIRO (Anacardium occidentale L.)

RECURSOS GENÉTICOS

Seleção precoce intensiva

- Baseia-se na seleção de caracteres de alta herdabilidade, visando à


eliminação de indivíduos inferiores em estágios iniciais da cultura,
seguida de posterior seleção dos melhores indivíduos, em fase
adulta.

Ferramenta auxiliar: biotecnologia (marcadores moleculares).

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Condicionamento ambiental
Atualmente, existe o ZARC para a cultura do caju.

Os agricultores que seguem as recomendações do


ZARC estão menos sujeitos aos riscos climáticos e
poderão ser beneficiados pelo Programa de
Garantia da Atividade Agropecuária (PROAGRO) e
pelo Programa de Subvenção ao prêmio do
Seguro Rural (PSR).

Disponível o app Plantio Certo, baseado no ZARC.


69
https://indicadores.agricultura.gov.br/zarc/index.htm
CAJUEIRO (Anacardium occidentale L.)

CONDICIONAMENTO AMBIENTAL

Foto: Cândido

Fonte: Embrapa CNPAT


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CAJUEIRO (Anacardium occidentale L.)

CONDICIONAMENTO AMBIENTAL

O zoneamento agrícola de uma determinada cultura indica o


melhor período para se plantar em determinado local, de
acordo com a análise histórica do comportamento do clima.

O objetivo é orientar os agricultores sobre os riscos de


adversidades climáticas coincidentes com as fases mais
sensíveis das culturas.
Fonte: Embrapa CNPAT 71
CAJUEIRO (Anacardium occidentale L.)

CONDICIONAMENTO AMBIENTAL

RECOMENDAÇÕES GEOGRÁFICAS PARA PLANTIO

• Para a região litorânea do Nordeste, os clones de cajueiro-anão-

precoce ‘Embrapa 51’, ‘BRS 189’, ‘BRS 226’, ‘BRS 253’ (Bahia 12) e

‘BRS 265’ e o híbrido anão x comum ‘BRS 275’ são os mais

recomendados para plantio comercial, pois, em geral, possuem alta

produtividade e boa qualidade doEmbrapa


Fonte: pedúnculo
CNPAT (caju) e da amêndoa.
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CAJUEIRO (Anacardium occidentale L.)

CONDICIONAMENTO AMBIENTAL

RECOMENDAÇÕES GEOGRÁFICAS PARA PLANTIO

• Para exploração de caju in natura (caju de mesa), os mais recomendados

são o ‘CCP 76’, o ‘BRS 189’ e o ‘BRS 265’, por apresentarem pedúnculos

mais atrativos e de melhor sabor para os consumidores. Esse último

destaca-se pela boa firmeza do pedúnculo, o que certamente contribui para

uma melhor conservação pós-colheita (LOPES


Fonte: Embrapa CNPAT et al., 2011).
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CAJUEIRO (Anacardium occidentale L.)

CONDICIONAMENTO AMBIENTAL

RECOMENDAÇÕES GEOGRÁFICAS PARA PLANTIO

• Para a região semiárida e do cerrado, onde há presença da resinose e

podridão-preta-da-haste (PPH), doenças causadas por fungo

(Lasiodiplodia sp.) e que vêm causando prejuízos significativos aos

cajucultores, recomenda-se apenas o clone ‘BRS 226‘ (Planalto), único

resistente a tais enfermidades.


Fonte: Embrapa CNPAT
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Práticas de manejo

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DISCIPLINA CCA 0054 - FITOTECNIA II – Cultivo de espécies perenes
CAJUEIRO (Anacardium occidentale L.)

PRÁTICAS DE MANEJO

SOLOS

Maior parte dos cajueiros plantados no estado do Ceará estão

na faixa litorânea, abrangendo os neossolos quartizarênicos;

Boa profundidade;

Baixas M.O. superficial e retenção de alguns nutrientes.

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O CONTEXTO DO BIOMA CAATINGA – CARACTERÍSTICAS E
POTENCIAL

Caracterização do semiárido brasileiro

Solos

Quimicamente adequados

Limitações físicas
• Rasos;
• Pedregosos;
• Declivosos;
• Baixa capacidade de armazenamento
de água.
77
PRÁTICAS DE MANEJO

ESCOLHA DO TERRENO

Solos
Realizado o levantamento pedológico:

DEVEM SER EVITADOS:


• Solos de baixada: alagamento;
• Solos lateríticos (cascalhentos): radicular;
• Solos rasos e com afloramentos: radicular;
• Solos salinos: sensibilidade aos sais;
• Solos c/ lençol freático elevado: drenagem.

78
PRÁTICAS DE MANEJO

ESCOLHA DO TERRENO

Solos

MANEJO E CONSERVAÇÃO:

PRÁTICAS:
• Manejo de restos culturais;

• Uso de leguminosas como adubos verdes;

• Uso de cobertura morta;

• Práticas conservacionistas.

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CAJUEIRO (Anacardium occidentale L.)

PRÁTICAS DE MANEJO

PREPARO DO TERRENO - OPERAÇÕES

DERRUBADA/ENLEIRAMENTO DESTOCA/RETIDADA ARAÇÃO GRADAGEM


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CAJUEIRO (Anacardium occidentale L.)

PRÁTICAS DE MANEJO

SOLOS: AMOSTRAGEM
Ilustrações: Brasil

Figura. Amostragem conforme talhões e na projeção da copa, em culturas perenes.


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DISCIPLINA CCA 0054 - FITOTECNIA II – Cultivo de espécies perenes
Ilustrações: Brasil

Figura. Amostragem conforme talhões e na projeção da copa, em culturas perenes.


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CAJUEIRO (Anacardium occidentale L.)

PRÁTICAS DE MANEJO

CORREÇÃO E ADUBAÇÃO

Por ser uma planta perene com vida útil longa, tais

procedimentos de preparo do solo são de suma importância para a

cultura, pois propiciarão um adequado ambiente para o

desenvolvimento de um efetivo sistema radicular, o qual é

responsável pela absorção de água e nutrientes.

84
CAJUEIRO (Anacardium occidentale L.)

PRÁTICAS DE MANEJO

CORREÇÃO E ADUBAÇÃO

Os estercos (bovino, caprino ou ovino), cama de aviário e os

compostos orgânicos, de um modo geral, tendem a elevar

substancialmente a temperatura do solo, causando danos, por

vezes irreversíveis às plântulas.

85
CAJUEIRO (Anacardium occidentale L.)

PRÁTICAS DE MANEJO
Recomendação de adubação para o cajueiro-anão-precoce

Cultivo em sistema de sequeiro

Adubação de pós-plantio (primeiro ano): Os fertilizantes N e K


deverão ser aplicados no período das chuvas em três ou mais
parcelas iguais, em sulco circular, com 10 cm a 15 cm de
profundidade e 10 cm a 15 cm de largura, com distância entre 20
cm e 30 cm do caule da planta e cobertos com terra, para
diminuir as perdas da amônia por volatilização. 86
CAJUEIRO (Anacardium occidentale L.)

PRÁTICAS DE MANEJO
Recomendação de adubação para o cajueiro-anão-precoce

Adubação de formação e produção: As adubações


nitrogenadas e potássicas recomendadas a partir do segundo
ano deverão seguir o mesmo esquema da utilizada no pós-plantio;
contudo, o fertilizante fosfatado será aplicado em uma única
parcela. Profundidade e largura do sulco de adubação são as
mesmas adotadas para o pós-plantio, porém a distância do caule
deverá ser aumentada de modo a situar-se no terço externo da
projeção da copa. (CRISÓSTOMO et al., 2003). 87
CAJUEIRO (Anacardium occidentale L.)

PRÁTICAS DE MANEJO
Recomendação de adubação para o cajueiro-anão-precoce
Cultivo em sistema irrigado
No cultivo irrigado, os fertilizantes nitrogenados e potássicos
solúveis, sólidos ou líquidos são injetados na água de irrigação,
possibilitando, dessa maneira, melhor distribuição e
aproveitamento pelo sistema radicular. Por sua vez, os fosfatados
também podem ser aplicados via água de irrigação, mas devem-se
observar os cuidados necessários para evitar o entupimento
dos emissores (microaspersores ou gotejadores).
88
(CRISÓSTOMO et al., 2003).
CAJUEIRO (Anacardium occidentale L.)

PRÁTICAS DE MANEJO

PROPAGAÇÃO

SEMENTE MUDA
Fonte: Cerratinga.org.br

Fonte: Cavalcanti Jr.

PÉ-FRANCO CLONE 89
CAJUEIRO (Anacardium occidentale L.)

PRÁTICAS DE MANEJO

PROPAGAÇÃO

Fonte: Cerratinga.org.br
SEJA QUAL FOR O INSUMO BÁSICO A SER

UTILIZADO (SEMENTES OU MUDAS), ESTE DEVE SER

LIVRE DE PRAGAS E DOENÇAS.

DESSA FORMA, EVITA-SE O INÓCULO INICIAL NA

Fonte: Cavalcanti Jr.


ÁREA, CONSEQUENTEMENTE, PERDAS E/OU AUMENTO

NOS CUSTOS DE CONTROLE.


90
CAJUEIRO (Anacardium occidentale L.)

PRÁTICAS DE MANEJO

PROPAGAÇÃO - ENXERTIA

Fonte: Cavalcanti Jr.


91
CAJUEIRO (Anacardium occidentale L.)

PRÁTICAS DE MANEJO

PROPAGAÇÃO ASSEXUADA - ENXERTIA

Na produção de mudas enxertadas de

Fonte: Cavalcanti Jr.


cajueiro, utilizam-se, preferencialmente, as

sementes do clone de cajueiro-anão-precoce

‘CCP 06’ para formação dos porta-

enxertos (hipóbios).
92
Foto: tradeindia.com

93
CAJUEIRO (Anacardium occidentale L.)

PRÁTICAS DE MANEJO

PROPAGAÇÃO ASSEXUADA - ENXERTIA

O plantio da semente castanha deve ser feito diretamente nos

recipientes – sacolas ou tubetes, utilizando-se apenas uma semente por

recipiente.

Elas devem ser postas para germinar em posição vertical, com o

ponto de incisão castanha/pedúnculo voltado para cima e a uma

profundidade de 3 cm da superfície do substrato. 94


95
CAJUEIRO (Anacardium occidentale L.)

PRÁTICAS DE MANEJO

PROPAGAÇÃO ASSEXUADA – SELEÇÃO DO PROPÁGULO

Os propágulos (garfos e

Fonte: Cavalcanti Jr.


borbulhas) devem ser colhidos em jardins

clonais ou em pomares registrados no

MAPA e que recebam os manejos

recomendados para os jardins clonais.


96
CAJUEIRO (Anacardium occidentale L.)

PRÁTICAS DE MANEJO

PLANTIO E ESPAÇAMENTO

Os arranjos quadrados e retangulares

são os mais utilizados na região Nordeste

por facilitarem o trânsito de máquinas

(roçadeiras, por exemplo) e o consórcio

com outras espécies.


97
CAJUEIRO (Anacardium occidentale L.)

PRÁTICAS DE MANEJO

PLANTIO E ESPAÇAMENTO

Os espaçamentos tradicionalmente recomendados para a cultura são:


SEQUEIRO
• 7 m x 7 m, em arranjo quadrangular, com estande de 204 plantas ha-1.
• 8 m x 6 m, em arranjo retangular, com estande de 208 plantas ha-1.

IRRIGADO
• 8 m x 7 m, em arranjo retangular, com estande de 178 plantas ha-1.
98
CAJUEIRO (Anacardium occidentale L.)

PRÁTICAS DE MANEJO

PLANTIO E ESPAÇAMENTO

Além do espaçamento adequado, é importante também a disposição


ou arranjo das plantas – direção das linhas – em relação aos pontos
cardeais, mais precisamente em relação ao sol poente (CRISÓSTOMO et
al., 1992).
Vários autores relatam a observação de que a radiação solar
exerce influência sobre a produção do cajueiro, sendo comumente
observado que um lado da planta pode apresentar maior produção
do que o outro. 99
CAJUEIRO (Anacardium occidentale L.)

PRÁTICAS DE MANEJO

PLANTIO E ESPAÇAMENTO

Foto: Serrano

Foto: Serrano
100
CAJUEIRO (Anacardium occidentale L.)

PRÁTICAS DE MANEJO

ÉPOCA DE PLANTIO

O período de plantio mais indicado para o cultivo em sequeiro é

aquele que coincide com o início do período chuvoso. Para o cultivo

irrigado, pode-se efetuar o plantio durante todo o ano.

Ceará: entre 1o de fevereiro e 31 de maio (regiões de Beberibe, Cruz

e Pacajus), e entre 1o de janeiro e 30 de abril (região de Mauriti).


101
CAJUEIRO (Anacardium occidentale L.)

PRÁTICAS DE MANEJO

• DESBROTA;

Foto: Serrano
• RETIRADA DE PANÍCULAS;

• PODAS;

• CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS;

• COROAMENTO.

102
CAJUEIRO (Anacardium occidentale L.)

PRÁTICAS DE MANEJO

DESBROTA
• Consiste na retirada das brotações laterais
inferiores da planta, próximas aos cotilédones

Foto: Serrano
ou desenvolvidas no porta-enxerto.
VANTAGENS
• Menor desgaste da planta no período seco
pela redução do IAF, equilíbrio entre raiz e a
parte aérea e redução dos custos da poda nos
anos subsequentes. 103
104
CAJUEIRO (Anacardium occidentale L.)

PRÁTICAS DE MANEJO

RETIRADA DAS PANÍCULAS


• Em função de sua precocidade, o
cajueiro anão pode emitir panículas
imediatamente após o plantio.
• Devem ser removidas até o oitavo mês
de idade da planta, já que nessa fase

Foto: Oliveira
constituem-se numa fonte de desvio de
energia, que deve estar direcionada para
o seu crescimento vegetativo. 105
CAJUEIRO (Anacardium occidentale L.)

PRÁTICAS DE MANEJO

PODAS

A prática da poda pode influenciar a área foliar e a estrutura

da folha, melhorando a interceptação e distribuição da luz

dentro da copa da planta.

Isso promove efeitos diretos e indiretos na fotossíntese,

culminando em maior produção de frutos.


106
CAJUEIRO (Anacardium occidentale L.)

PRÁTICAS DE MANEJO

PODAS
• FORMAÇÃO: formar uma copa compacta, com ampla superfície
produtiva, livre de entrelaçamento e de plantas daninhas (roço e
adubação): 1° - 2° ano.
Foto: Serrano

107
CAJUEIRO (Anacardium occidentale L.)

PRÁTICAS DE MANEJO

PODAS
• MANUTENÇÃO: Como a produção do cajueiro é periférica e concentrada
nos 2/3 inferiores da copa, há necessidade de se manter a planta livre e
com adequada iluminação, principalmente nas laterais.
Foto: Serrano

108
CAJUEIRO (Anacardium occidentale L.)

PRÁTICAS DE MANEJO

PODAS
• LIMPEZA: A retirada de ramos improdutivos (praguejados, secos,
quebrados, lascados, entre outros), propiciará um maior
arejamento e maior penetração de raios solares no interior da
planta, favorecendo a obtenção de uma boa produção de frutos com
qualidade.

109
DISCIPLINA CCA 0054 - FITOTECNIA II – Cultivo de espécies perenes
Foto: Serrano

Foto: Serrano
110
Foto: Serrano

111
CAJUEIRO (Anacardium occidentale L.)

PRÁTICAS DE MANEJO

COMPETIÇÃO
• Uma planta espontânea pode ser considerada daninha se, em determinado
momento, estiver interferindo negativamente nos objetivos do produtor
rural.

• No entanto, esse tipo de planta pode ser útil em alguns casos:


• Proteção do solo; aumento de M.O.; reciclagem de nutrientes, I.N.

• Na cultura do cajueiro, o rendimento da cultura é sensivelmente afetado


pela competição com as plantas daninhas.

112
113
FONTE: adaptado EMBRAPA - CNPAT

d/H = dia/Homem
h/Tr = hora/trator

114
FONTE: EMBRAPA - CNPAT

115
Aspectos fitossanitários

116
DISCIPLINA CCA 0054 - FITOTECNIA II – Cultivo de espécies perenes
CAJUEIRO (Anacardium occidentale L.)

INTRODUÇÃO

PRAGAS: existe um número significativo de artrópodes (>100

espécies de insetos e cerca de 7 de ácaros) associados ao cajueiro;

• Apenas para a classe INSECTA as pragas se distribuem em 8

ORDENS;

DOENÇAS: O cajueiro pode ser infectado por mais de uma dezena de

doenças, a maioria delas de etiologia FÚNGICA.

117
ASPECTOS FITOSSANITÁRIOS

ARTRÓPODES-PRAGAS X FENOFASES DO CAJUEIRO

1. FOLHAS (lagartas, mosca-branca, etc.);

2. RAMOS (broca-das-pontas);

3. INFLORESCÊNCIAS (pulgão);

4. PSEUDOFRUTOS E FRUTOS (percevejos e traça);

5. TRONCO (broca);

6. RAIZ (broca).
118
ASPECTOS FITOSSANITÁRIOS

ARTRÓPODES-PRAGAS

SISTEMA FOLIAR

LAGARTAS
• Lagarta véu-de-noiva - Thagona sp. (Lepidoptera: Lymantriidae)
• Lagarta-dos-cafezais – Eacles imperiales magnifica (Lepidoptera:
Attacidae)
• Lagarta-saia-justa – Cicinnus callipius (Lepidoptera: Mimallonidae)
Foto:Mesquita

119
ASPECTOS FITOSSANITÁRIOS

ARTRÓPODES-PRAGAS
Lagarta-ligadora (Stenoma sp.)
SISTEMA FOLIAR

LAGARTAS
• Lagarta-verde
– Cerodirphia rubripes (Lepidoptera: Hemileucidae)
• Lagarta-de-fogo
– Megalopyge lanata (Lepidoptera: Megalopygidae)
• Lagarta-ligadora
• – Stenoma sp. (Lepidoptera: Oeocophoridae) 120
ASPECTOS FITOSSANITÁRIOS

ARTRÓPODES-PRAGAS

SISTEMA FOLIAR: OUTROS DESFOLHADORES


• Besouro-vermelho-do-cajueiro • Mané-magro ou bicho-pau
– Crimissa cruralis – Stiphra robusta
(Coleoptera: Chrysomelidae) (Orthoptera: Proscopiidae)
MORAES, J.G.L. (2021)

121
ASPECTOS FITOSSANITÁRIOS

ARTRÓPODES-PRAGAS

SISTEMA FOLIAR
• Cecídia – Stenodiplosis sp. (Diptera: Cecidomyiidae)

MINADOR TRAÇA-DAS-CASTANHAS
• Bicho-mineiro – Phyllocnistis sp. - Anacampsis phytomiella
(Lepidoptera: Gracilaridae) (Lepidoptera: Gelechiidae)

122
DIAGNÓSTICO DE ALGUNS DISTÚRBIOS
ABIÓTICOS NA CULTURA DO CAJUEIRO

(ATIVIDADE)

123
124
Colheita e processamento

125
DISCIPLINA CCA 0054 - FITOTECNIA II – Cultivo de espécies perenes
126
CAJUEIRO (Anacardium occidentale L.)

COLHEITA E PROCESSAMENTO

Por ser não climatérico (não completa o amadurecimento

após a colheita), o pedúnculo tem que ser colhido completamente

maduro, quando apresenta as melhores características de sabor e

aroma (máximo teor de açúcares, menor acidez e adstringência).

127
128
(Walter, 2010)
CLASSIFICAÇÃO DE FRUTOS

129
(Walter, 2010)
CLASSIFICAÇÃO DE FRUTOS

130
Colheita e processamento

• Pseudofruto

• Fruto

131
DISCIPLINA CCA 0054 - FITOTECNIA II – Cultivo de espécies perenes
Figura. Produtos obtidos a partir do beneficiamento da castanha-de-caju (Fonte: Paiva; Silva Neto, 2016)
132
CAJUEIRO (Anacardium occidentale L.)

COLHEITA E PROCESSAMENTO
Foto: Moura

135
DISCIPLINA CCA 0054 - FITOTECNIA II – Cultivo de espécies perenes
Figura. Principais operações do sistema de colheita e
embalagem do pedúnculo do cajueiro para consumo in natura. 136
CAJUEIRO (Anacardium occidentale L.)

COLHEITA E PROCESSAMENTO

Foto: Moura

137
Foto: Moura

Figura. Classificação de pedúnculos do cajueiro com


base no número de cajus por bandeja.
138
Ilustração: Abreu

Figura. Disposição das bandejas de caju nas caixas de comercialização.

139
IMPORTANTE
A vida útil pós-colheita do pedúnculo do cajueiro, quando armazenado em
temperatura ambiente, não ultrapassa 48 horas (MENEZES, 1992).

Após esse período, o pedúnculo apresenta-se enrugado, fermenta e,


consequentemente, deixa de ser atraente.

No entanto, sob refrigeração, a 5 °C para pedúnculos vermelhos (MOURA et


al., 2009) e a 3 °C para pedúnculos alaranjados (MOURA et al., 2010), em 85% a
90% de umidade relativa e devidamente embalados (atmosfera modificada passiva),
a vida útil mínima do caju é de cerca de 15 dias, para os vermelhos, e de 20 dias,
para os alaranjados, sem apresentar danos pelo frio.

140
Foto: Moura

Figura. Demonstração da utilização do fio de


náilon na operação de descastanhamento.
141
142
Foto: Rocha

143
Figura. Etapas do beneficiamento da castanha-de-caju realizadas nas minifábricas.
144
Figura. Secagem da amêndoa de castanha-de-caju em estufa solar.145
CLASSIFICAÇÃO DAS CASTANHAS-DE-CAJU
(CALIBRAGEM)

A) GRUPOS – DE ACORDO COM A FORMA DE APRESENTAÇÃO


Foto: Moura

(EM CASCA);

B) CATEGORIAS – DE ACORDO COM SUA ORIGEM GENÉTICA,

OU SEJA, COMUM OU ANÃO-PRECOCE;

C) CLASSES – DE ACORDO COM O TAMANHO DA CASTANHA;

D) TIPOS – DE ACORDO COM A QUALIDADE DA CASTANHA.


Fonte: CECEX (Brasil)
146
Quanto deverá custar??
147
148
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Requisitos para o desenvolvimento da cajucultura Nacional (Oliveira, 2022)

1. Organização da cadeia, com a integração das atividades de produção, processamento e


comercialização que reduzam a participação de intermediários na comercialização;
2. Criação de uma entidade que exerça o papel de organizador da cadeia produtiva do caju, com o
propósito de favorecer a melhor articulação entre os componentes da cadeia;
3. Elaboração de políticas públicas que favoreçam o desenvolvimento da cadeia, envolvendo
crédito e tarifas;
4. Aproveitamento integral do caju, com o desenvolvimento de coprodutos do caju;
5. Novos mercados – buscar inicialmente conquistar o mercado nacional de milhões de
consumidores, através de campanhas para aumentar o consumo dos produtos do caju;
6. Produção doméstica – produtividade e qualidade – O Brasil tem capacidade de concorrer com os
países africanos e asiáticos, mas, para tanto, será necessário desenvolver esforços para a
melhoria do produto nacional, começando pelo destinado ao mercado interno. Os pomares de
cajueiro precisam ser renovados, com a adoção de tecnologias de produção disponíveis pela
pesquisa.
149

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