DEFINIÇÕES E

FUNDAMENTOS DA
ALIMENTAÇÃO ANIMAL
 Introdução
NUTRIÇÃO???
➢ Área da Zootecnia que estuda os fenômenos físicos,
químicos e biológicos mediante os quais os alimentos
ingeridos pelos animais são digeridos, e os produtos da
digestão são absorvidos e metabolizados para atender as
exigências dos animais para sua manutenção e produção.
Fonte: Segabinazzi (acessado em 27/05/16)

➢ Envolve quatro campos do conhecimento: alimentos,

nutrientes, necessidades nutricionais e técnicas
utilizadas para nutrir os animais.
Fonte: Nunes (1998)
 Evolução
➢ 1747 – Lind descobriu a cura do escorbuto
➢ 1760 – Lei da conservação das massas e estudos sobre a
respiração
➢ 1810 – Thaer & Einhof realizaram as primeiras análises de
alimentos
➢ 1828 – Wohler sintetizou uréia
➢ 1864 – Método de análise proximal de Weende
➢ 1917 – McCollum descobriu a vitamina A
➢ 1930 á 1940 – Descoberta de várias vitaminas
➢ 1967 – Método de Van Soest
Introdução
ALIMENTO

Fonte: Segabinazzi (acessado em 27/05/16)

 Introdução
NUTRIENTES???
➢ São substâncias utilizáveis pelo organismo, e aqueles
essenciais atendem a uma necessidade específica do
indivíduo, não sintetizáveis por ele numa taxa
compatível com a saúde ou funções ótimas fisiológicas,
psicológicas e sociais.
➢ Quanto mais essencial um nutriente, maior a soma dos
efeitos adversos de sua ausência
Fonte: Nunes (1998)
COMPOSIÇÃO QUÍMICA
Os nutrientes que são elementos ou moléculas químicas, contidos nos
alimentos necessários, para o metabolismo dos organismos vivos

Formados basicamente por :

Carbono, Hidrogênio, Oxigênio, Nitrogênio, Fósforo e Enxofre

A maneira como estão

dispostos nos alimentos
implica na forma como serão
aproveitados pelos animais
METABOLISMO
BALANCEANDO RAÇÕES:

Exigências: Alimentos: Composição:

•Água •Água •MS
•Energia – fibra •Volumoso •Energia
•Proteína •Concentrados •Proteína
•Minerais •Minerais •Minerais
•Vitaminas •Vitaminas •Vitaminas

Mantença
Necessidade Oferecido
Produção
Balanço:
Ganho de peso Requerido = suprido

Gestação CONSUMO
 Definições

➢ Ingrediente – componente de qualquer combinação ou

mistura que constitui um alimento

➢ Ração – quantidade total de alimento fornecido e

consumido por um animal num periodo de 24 horas

➢ Racão balanceada – mistura de alimentos

convenientemente equilibrada para fornecer todos os
nutrientes exigidos pelos animais

➢ Fórmula – seleção quantitativa dos componentes de uma

ração ou de um suplemento
 RAÇÃO FÓRMULA
BALANCEADA

Fonte: Regadas Filho et al. (2011)

 Definições
➢ Conversão Alimentar – capacidade de um alimento se
converter em unidade de produto animal: CA= consumo de
alimento/ganho de peso “quanto menor melhor”
➢ Exigência nutricional – quantidade de cada nutriente
requerida por determinada espécie e categoria animal, para
sua mantença, produção e reprodução
➢ Deficiência nutricional – inexistência ou insuficiência de
um nutriente essencial
ALIMENTOS - do que são compostos?

ÁGUA Nutrientes

• Matéria mineral
• Matéria Orgânica
• Lipídios
MATÉRIA • Proteína
SECA • Carboidratos Solúveis
• Carboidratos Fibrosos
• Vitaminas
COMPOSIÇÃO QUÍMICA
Água
Açúcares
Ácidos Orgânicos
Amido
Lipídios
NNP
Proteínas solúveis
Pectinas
Compostos Secundários*

Celulose
Hemicelulose
Lignina
CONDIÇÃO FÍSICA
De acordo com a
estrutura
(condição física)
do alimento os
nutrientes podem
estar mais
prontamente
disponíveis para o
aproveitamento pelo
animal!
Avaliação e análise dos alimentos

• Por que conhecer a

qualidade dos
alimentos?
➢ 70-90% dos custos
➢ Conhecer para balancear
➢ Eficiência de utilização
 Coleta de amostras

➢ Representatividade

➢ Confiabilidade

➢ Erros na amostragem
não podem ser
corrigidos no
laboratório
Coleta de amostras

Uso de CALADOR para coleta de

amostras em Sacos
Coleta de amostras
Amostragem de Produtos Ensacados

Atravessar o CALADOR diagonalmente, até o fundo

do Saco
Coleta de amostras
Amostragem de Produtos Ensacados
Coleta de amostras
Amostragem de Produtos a Granel

Uso de SONDA DE PROFUNDIDADE e CALADOR para

coleta de amostras
Coleta de amostras
Amostragem de Cargas a Granel
Coleta de amostras
Amostragem de Silagens
Coleta de amostras
Amostragem de Fenos

do número de Fardos
Coleta de amostras
Amostragem de Pastagens
Coleta de amostras
Preservação de amostras

➢ Fezes
Congelar (-18ºC).
➢ Urina
Conservar em refrigerador.
H2SO4 ou HCl (2N).
Coleta de amostras
Preservação de amostras

➢ Silagem
Congelar ou secar a baixa
temperatura (45ºC - 5 dias)

➢ Forragens verdes
Pré-secagem à sombra ou congelar
Avaliação e análise dos alimentos
MÉTODOS QUÍMICOS
Avaliação e análise dos alimentos

➢ANÁLISES DE ROTINA
➢ Matéria Seca (MS)
➢ Matéria Orgânica (MO)
➢ Matéria mineral (MM) ou Cinzas (CZ)
➢ Nitrogênio (N) ou Proteína Bruta (PB)
➢ Extrato Etéreo (EE)
➢ Fibra bruta (FB), fibra em detergente neutro (FDN) e fibra
em detergente ácido (FDA)
Avaliação e análise dos alimentos
Pré-secagem da amostra (alimentos úmidos)
Alimentos
Estufa
úmidos 55-65ºC
72 h

MN
AMOSTRA PRÉ-SECA
→ + de 85% de MS
Avaliação e análise dos alimentos
Pré-secagem da amostra (alimentos úmidos)

ASA( g )
ASA(%) = x100
MN ( g )
Avaliação e análise dos alimentos
PREPARO DE AMOSTRAS

➢Cadastro

➢Identificação

MOAGEM
 Avaliação e análise dos alimentos
Preparo de amostras

➢ Moagem
Grosseira (5mm)- Estudos In situ

Fina (1mm) - outras análises

➢ Evitar contaminações
 Avaliação e análise dos alimentos
Pesagem das amostras

➢ Evitar ventilação

➢ Mãos e utensílios limpos

➢ Secagem de vidrarias

➢ Usar o dessecador
 Avaliação e análise dos alimentos
Determinação da matéria seca (MS)
Alimentos Estufa
105ºC
Úmidos
4h
AMOSTRA
PRÉ-SECA

MOAGEM AMOSTRA SECA

(ASE)
Alimentos (100% DE MS)
Secos
Avaliação e análise dos alimentos
Determinação da matéria seca (MS)
 Avaliação e análise dos alimentos
Determinação da cinza(CZ) ou matéria mineral (MM)
MUFLA –
QUEIMA À
500 OC

Cinzas( g )
CINZAS (%) = x100
ASE ( g )
Avaliação e análise dos alimentos
Determinação da proteína bruta (PB) (método
Kjeldahl): analisa o nitrogênio total da amostra

FASES:
- DIGESTÃO
- DESTILAÇÃO
- TITULAÇÃO

Constante
N (%) = x100
ASE( mg ) PB(%) = N (%) x6,25
Avaliação e análise dos alimentos
Determinação da proteína bruta (PB) (método
Kjeldahl): analisa o nitrogênio total da amostra
 Avaliação e análise dos alimentos
Determinação da gordura ou extrato etéreo (EE):
extração por solvente

EE(g)
EE(%) = x100
ASE(g)
Avaliação e análise dos alimentos
Determinação da fibra bruta (FB)

➢Hidrólise ácida e alcalina

FB(g)
FB(%) = x100
ASE ( g )
Avaliação e análise dos alimentos
Determinação da fibra bruta (FB)
 Avaliação e análise dos alimentos
Análise proximal (método de Weende)
ALIMENTO
UM-
MATÉRIA SECA
ÁGUA
MM-
MATÉRIA ORGÂNICA
CINZAS
COMPOSTOS PB -
COMPOSTOS NÃO-NITROGENADOS
NITROGENADOS Proteína
Bruta
EE- EXTRATO
CARBOIDRATOS ETÉREO
ENN- Hemicelulose,
FIBRA EXTRATOS NÃO
amido, lignina solúvel
BRUTA NITROGENADOS
em álcali, pectina e CSA
FB- Celulose e lignina
insolúvel em álcali
Avaliação e análise dos alimentos
Análise proximal (método de Weende)
PROTEÍNA BRUTA
+
EXTRATO ETÉREO
+
CINZAS 100 % de
+ MS
FIBRA BRUTA
+
Determinados
ENN por diferença
ENN = 100 –%PB - %EE - %CZ - %FB
Falhas do sistema de Weende

➢ Proteína bruta – pressupõe que todo N é protéico e que

toda proteína contém 16% de N
➢ Fibra bruta – é subestimada (PRINCIPAL PROBLEMA)
➢ Extrato etéreo – contém outros compostos não lipídeos
➢ ENN – acumula erros dos demais nutrientes
➢ Umidade – ocorre volatização de outros nutriente além da
água

Método de Van Soest – MAIS PRECISO DE DETERMINAÇÃO

DO TEOR DE FIBRA PARA RUMINANTES
Avaliação e análise dos alimentos
Método de Van Soest Alimento

DN

Celulose
Hemicelulose
Lignina 45
Avaliação e análise dos alimentos
Método de Van Soest

FDA
FDN
Avaliação e análise dos alimentos
Método de Van Soest
 Avaliação e análise dos alimentos
Determinação da FDN e FDA

FDN(g) FDA(g)
FDN (%) = x100 FDA(%) = x100
ASE( g ) ASE( g )
Avaliação e análise dos alimentos
Determinação da FDN e FDA - ANKOM
Avaliação e análise dos alimentos
Determinação da FDN e FDA
Avaliação e análise dos alimentos
Determinação da FDN e FDA
Avaliação e análise dos alimentos
Método de Van
Carboidratos TOTAIS
Soest

•Carboidratos •Carboidratos
fibrosos (FDN) não-fibrosos (CNF)

•Hemicelulose

•Lignina •Amido
•FDA •Açúcares
•Celulose
➢ FDN – FDA = HEMICELULOSE
➢ CNF= 100 – UM – CZ – PB – EE – FDN
52
Avaliação e análise dos alimentos
Método de Van Soest

ALIMENTO
UM-
MATÉRIA SECA
ÁGUA
MM-
MATÉRIA ORGÂNICA
CINZAS
COMPOSTOS PB-
COMPOSTOS NÃO-NITROGENADOS
NITROGENADOS Proteína
Bruta
EE - EXTRATO
CARBOIDRATOS ETÉREO
CHO´s CHO´S NÃO CNF -
Amido e
FIBROSOS FIBROSOS
Açúcares
Hemicelulose; Celulose FDN
e Lignina FDA 53
Avaliação e análise dos alimentos

Expressão dos resultados

Com base na
Matéria Seca
ou Matéria
Natural?
Avaliação e análise dos alimentos
MÉTODO DE REFLECTÂNCIA NO INFRAVERMELHO
PROXIMAL (NIRS)

➢ “Não envolve reagentes”, método rápido

➢ Envolve a espectrometria de reflectância e Sistema de
programação
➢ Porém, para a calibração (formação da curva) necessita
das análises químicas
Avaliação e análise dos alimentos

➢ Indice de urease: identificar o grau de tostamento dos

farelo de soja (0,05 – 0,2)
➢ Solubilidade protéica: determinação com solução de KOH
0,2%. Indicativo de grau de tostamento adequado (73-85%)
➢ Teste fisicos e bacteriologicos: cor, odor, granulometria,
densidade, classificação, análises microbiológicas,etc.
➢ Microscopia: analísa forma de grãos, sendo possível a
identificacão de fraudes
Avaliação e análise dos alimentos
Avaliação e análise dos alimentos
ENSAIOS DE DIGESTIBILIDADE IN VIVO

PESAGEM DO ALIMENTO FORNECIDO PESAGEM DAS SOBRAS

ALIMENTO INGERIDO = FORNECIDO - SOBRA

 Avaliação e análise dos alimentos

DETERMINAÇÃO DO CONSUMO – avaliação mais importante

pois indica a quantidade de nutrientes ingeridos

➢ Devido a capacidade de seleção dos alimentos, pelos

animais, é necessárido descontar as sobras
➢ Então, o INGERIDO = FORNECIDO - SOBRAS
➢ Em confinamento realiza-se a pesagem total do
fornecido e das sobras
➢ À pasto o consumo é determinado pelo uso de
indicadores
Avaliação e análise dos alimentos
ENSAIOS DE DIGESTIBILIDADE: uso de gaiolas
metabólicas
NUTRIENTE INGERIDO = NUTRIENTE
FORNECIDO – NUTRIENTE NA SOBRA

NUTRIENTE EXCRETADO = TEOR DE NUTRIENTE

NAS FEZES E URINA
 Avaliação e análise dos alimentos
ESTUDOS DE
DIGESTIBILIDADES
IN VIVO – determina
a quantidade de
alimento ingerido e
excretado

Nutr.Ing . − Nutr.Excr .
CDNutr. = x100
Nutr.Ing .

A quantidade de fezes pode ser

determinada pela coleta total ou
usando indicadores (inertes)
Avaliação e análise dos alimentos
ESTUDOS DE DIGESTIBILIDADES
IN VIVO
Avaliação e análise dos alimentos

DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE
DIGESTIBILIDADE DE CADA NUTRIENTE:

Nutr.Ing . − Nutr.Excr .
CDNutr. = x100
Nutr.Ing .
SISTEMA NUTRIENTES DIGESTÍVEIS TOTAIS (NDT):
% NDT = %PBd + %ENNd + %FBd + (% EEd x 2,25)
➢ Carboidratos = 4,15 kcal/kg de MS
➢ Proteínas = 5,65 kcal/kg de MS
ENERGIA
➢ Lipídeos = 9,45 kcal/kg de MS
Avaliação e análise dos alimentos
FLUXO DE ENERGIA NO CORPO – determinado através de
bomba calorimétrica
Avaliação e análise dos alimentos
ESTUDOS DE DEGRADABILIDADE IN SITU –
utilizada em ruminantes, avalia a degradação
do alimento no rúmen, em função do tempo,
ou seu desaparecimento
Avaliação e análise dos alimentos
ESTUDOS DE DIGESTIBILIDADE IN VITRO – representa o
processo de digestão em ruminantes, de forma
artificial, para estimar a digestão
OBRIGADO!