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CAXIAS DO SUL
2015
Impresso por Maíra Casali Malonn, E-mail mairacmalonn@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por
direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 21/06/2023, 12:49:05
CAXIAS DO SUL
2015
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SUMÁRIO
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1. IDENTIFICAÇÃO DO CONTRATANTE
3. INTRODUÇÃO
4. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA
5. HISTÓRICO DA ÁREA
O consumo do produto da mineração de basalto está diretamente ligado com o
desenvolvimento urbano. Conforme dados da Mineropar, Serviço Geológico do Paraná, uma
pessoa consome direta ou indiretamente cerca de 10 toneladas/ano de produtos do reino
mineral, abrangendo 350 espécies minerais distintas. A construção de uma residência é um
exemplo desta diversidade.
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6. DIAGNÓSTICO DA ÁREA
Através de uma análise de imagens de satélite, conclui-se que a atividade está
presente no local anteriormente ao ano de 2002. Atualmente a mesma encontra-se
abandonada, contudo a área pertence à Prefeitura de Caxias dos Sul. Até o presente momento
não foi realizado um diagnóstico completo da área, sendo assim, não há dados primários
disponíveis que indiquem a real situação do local. Diante disso, buscaram-se informações de
áreas semelhantes, com o objetivo de estruturar um diagnóstico, mesmo que superficial, que
possa servir como base para a escolha das técnicas de recuperação mais adequadas.
O município de Caxias do Sul está localizado na unidade geomorfológica do Planalto
Meridional, constituída por um denso sistema de diaclases, falhas e fraturas. Tais
características fazem com que o sistema de drenagem da região seja composto por sucessivos
meandros encaixados. A geologia local caracteriza-se pelo afloramento de rochas vulcânicas
pertencentes à Formação Serra Geral e arenitos da Formação Botucatu, bem como depósitos
recentes de tálus e colúvios. Os solos predominantes são latossolos e argissolos (IBGE, 1986).
Os solos, a geomorfologia e o clima da região estão diretamente ligados ao tipo de
formação vegetal da área, constituída por campos e florestas, predominantemente florestas do
tipo Ombrófila Mista e Mata de Araucária (IGBE, 1986).
Os dados inferidos para o diagnóstico do local possuem embasamento em estudos
realizados em outras minas de extração de basalto. Contudo, considerando a situação atual da
área, estima-se que a atividade era realizada da maneira inadequada. A mesma caracteriza-se
como uma mina a céu aberto, aparentemente composta por uma única frente de lavra. Não
foram encontradas informações acerca dos produtos da exploração, bem como os locais de
sua implantação, além do destino do solo removido em função da atividade.
Diante da inexistência de dados primários, o que se pode afirmar, com base em
imagens de satélite e visitas ao local é que a mesma apresenta elevado grau de degradação. A
exploração inadequada do local alterou a morfologia da área, além de expor o solo à ação de
intempéries, o que pode ocasionar o aumento da taxa de erosão do solo. A topografia original
também foi alterada, de forma que nota-se uma maior inclinação da lavra com relação às áreas
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em seu entorno. Além disso, um dos impactos mais perceptíveis no local é a degradação da
paisagem, observa-se a remoção total da cobertura vegetal e a presença de fragmentos de
rocha desprendidos da jazida.
Conclui-se que, a descaracterização do relevo pode ocasionar alterações na rede de
drenagem, perda da capacidade de escoamento do local, ou ainda, aumento na velocidade de
escoamento, gerando um aumento na taxa de erosão. Portanto, há uma elevada probabilidade
de acúmulo de águas pluviais na área, aumentando o risco de proliferação de mosquitos e
outros insetos que podem transmitir doenças ao homem.
8.1 Retaludamento
Após a remodelação do terreno, deverá ser realizado a fertilização do solo devido aos
impactos erosivos e a remoção de diversas camadas do mesmo. Será utilizado argila e solo
orgânico de outro local proveniente de cortes realizados pela prefeitura. Este solo deverá ter
uma camada de aproximadamente 0,30 cm de argila compactada mais a uma camada de solo
orgânico de 0,50 cm, para permitir a regeneração arbustiva no local. Neste caso não será
necessário a correção do pH do solo, devido a extração da mineração ser apenas basalto.
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Este processo deve ter sua vegetação recuperada de forma a permitir o retorno dos
processos ecológicos originais. Deverá ser realizada através formação de ilhas, a qual tem por
objetivo aproveitar a biodiversidade local para acelerar o processo de recuperação.
Devem ser plantadas mudas pioneiras e não pioneiras e também mudas de árvores
frutíferas nativas nas bordas da área a ser recuperada, por ser plantas atrativas aos pássaros da
região, estimulando a circulação dos mesmos em diversas direções, o que também pode
acelerar o processo de recuperação.
Segundo SUSSELA (2005), o plantio de mudas deverá ser efetuado com
espaçamento de 3 e 6 metros entre araucárias existentes no local e a profundidade de das
covas de 60 cm. Já para a mudas o tamanho mínimo deve ser de 0,30 m e no máximo de
1,0 m, devem possuir um aspecto saudável e ter idade máxima de 2 anos, as plantas muito
jovens não são muito adequadas, devido à sua fragilidade, tornando-as mais propensas a
diversos fatores que provocariam mortandade.
As mudas devem ser tutoradas para facilitar o desenvolvimento. A amarração deverá
ser feita com um material biodegradável disponível. Os tutores devem ser utilizados para que
as mudas fiquem na vertical, sendo colocados antes da muda, com profundidade que os deixe
firmes num diâmetro aproximado de 0,04 até 0,06 m e altura aproximada de 2,70 m
(SUSSELLA, 2005).
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9. MANUTENÇÃO
A manutenção da área é fundamental para que a recuperação proposta seja eficiente e
efetiva. Para isso deverão ocorrer manutenções periódicas semestrais dos exemplares
arbóreos. Esta manutenção consistirá na capina, poda da vegetação, reposição de mudas,
irrigação e controle de formigas. A responsabilidade destes serviços será da prefeitura
municipal.
Além dos cuidados supramencionados, será proposta a manutenção de uma área a ser
utilizada para a recepção de visitantes tais como estudantes, técnicos e comunidade no geral.
Esta área contará com um pequeno jardim e banheiros, estando situada na entrada da gleba.
E por fim, deverão ser tomados cuidados com os acessos, para que as vias estejam
em boas condições de trafegabilidade e para que os arredores permaneçam limpos, isto é, sem
resíduos. No caso da necessidade de manutenção dos taludes o responsável deverá comunicar
imediatamente ao seu ente superior para que sejam tomadas as providências cabíveis.
10. MONITORAMENTO
Para o monitoramento e acompanhamento da reabilitação da antiga área de
mineração, deverão ser realizadas por visitas periódicas mensais de um Engenheiro
Ambiental, legalmente habilitado. No caso de ocorrerem grandes precipitações
pluviométricas, a frequência de monitoramento deverá ser semanal. Esta periodicidade
perdurará por 3 anos, quando as inspeções passarão a ser trimestrais por um período de mais 3
anos. Após, o corpo técnico envolvido deverá definir a nova frequência, conforme a
necessidade.
O principal foco de monitoramento será a estabilidade dos taludes. A fim de se
controlar e obter um registro do monitoramento realizado, a cada inspeção, o técnico
responsável deverá emitir um relatório de monitoramento, bem como apresentar fotografias,
contemplando os seguintes pontos:
Integridade dos taludes;
Evolução dos processos erosivos;
Uso e ocupação da área;
Qualidade dos recursos hídricos superficiais.
O monitoramento e acompanhamento da restituição da flora e da fauna deverá ser
executado semestralmente por Biólogo legalmente habilitado. O mesmo deverá emitir os
relatórios de monitoramento pertinentes, com evidências fotográficas.
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Qualquer não conformidade constatada no local deverá ser marcada em planta, a qual
deverá integrar o relatório de monitoramento do profissional competente. No caso de o
técnico verificar a necessidade de um controle mais efetivo de algum parâmetro, este deverá
sugerir nos seus relatórios, bem como justificar a necessidade do mesmo.
Não será previsto um sistema de controle de emissões atmosféricas, em virtude de as
emissões serem resultantes da combustão do óleo combustível (diesel) dos equipamentos
utilizados na recuperação ambiental (CO e CO2), e também por estarem situados em área a
céu aberto. Também não será prevista a implantação de um sistema de controle de ruídos no
local, em virtude da localização favorável da atividade a céu aberto.
Confecção do Projeto x x
Aprovação do Projeto x x x
Aquisição de mudas x x x x
Combate de formigas x x x
Plantio de mudas x x x x
Monitoramento/manutenção x
Apresentação de relatórios x x x x x
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13. REFERÊNCIAS
IBGE. Folha SH. 22 Porto Alegre e parte das folhas SH.22 Uruguaiana e SI.22 Lagoa
Mirim: geologia, geomorfologia, pedologia, vegetação, uso potencial da terra. Rio de Janeiro: