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Elaboração do Projeto
A elaboração de um projeto florestal merece a participação de técnicos de formações multidisciplinares, para
contemplar todos os aspectos cujas influências definirão o sucesso do empreendimento.
Um projeto bem elaborado deve contemplar o início e o término do estabelecimento do plantio, as definições
das operações a serem executadas, material genético e, por fim, um cronograma de atividades e orçamento
bem definido.
Este é o fator de maior importância em todo o projeto florestal, tendo como base a complexidade dos fatores
ambientais, descritos anteriormente e que devem ser contemplados. Uma falha nesta fase pode
comprometer todo o sucesso do empreendimento e o futuro abastecimento de matéria-prima, que, por sua
vez, poderá comprometer a performance e talvez a sobrevivência da própria indústria.
Neste aspecto, fatores como a procedência, grau de melhoramento genético e método de produção das
mudas terão pesos significativos nos custos de formação florestal e no resultado da produtividade futura da
floresta.
Produção de Mudas
Nas últimas décadas, a produção de mudas tem passado por profundas e significativas evoluções. Há pouco
tempo, a formação de mudas era essencialmente realizada através de sementes e em recipientes de sacos
plásticos ou outros de qualidade ainda inferiores a este . Mais precisamente na década de oitenta, foram
introduzidas alternativas consideradas até então revolucionárias no sistema de produção de mudas,
principalmente as de eucalipto.
As principais inovações foram ocasionadas através de uma série de automações nos viveiros florestais
brasileiros, entre elas, a produção de mudas em série através de viveiros modulados e
compartimentalizados, em que cada fase do crescimento ficou bem definida.
A automação dos viveiros possibilitou também a utilização de outros recipientes, como os tubetes, resultando
numa expressiva redução de custos, rendimentos operacionais, além da grande melhoria na qualidade das
mudas, principalmente sob o aspecto de formação do sistema radicular e aspectos fitossanitários, por
possibilitar suas disposições a níveis mais elevados em relação ao solo.Também na década de oitenta,
sementes com alto grau de melhoramento genético, como as gerações F2 e híbridas, tiveram suas
contribuições no aumento da qualidade dos povoamentos florestais. Ainda neste período, o processo da
propagação vegetativa, micropropagação e cultura de tecidos foram os destaques entre os fatores que mais
contribuíram para o incremento da produtividade.
A definição de um ou outro sistema de produção de mudas e a escolha do material genético mais ou menos
evoluído afetarão substancialmente os custos do projeto.
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Preparo da Área
O início das operações de implantação de um projeto florestal apresenta inúmeras variáveis, dependendo da
espécie a ser cultivada e principalmente das condições do relevo, solo e clima.
A execução desta atividade requer máquinas pesadas, roçadas mecânicas, manuais ou químicas,
dependendo do grau de infestação da vegetação ou do grau de mecanização que se pretende adotar.
Controle de Formigas
Normalmente nas áreas propensas às infestações de formigas, ocorrem diversas espécies e até gêneros
diferentes, o que exige diferentes métodos, processos e produtos para seu eficiente controle.
As formigas consideradas potencialmente mais críticas em termos de danos à silvicultura brasileira, e que
ocorrem em quase todos os estados, são as do gênero Atta, comumente conhecidas como saúvas, e as
Acromyrmex.
Vários métodos e produtos para o controle são normalmente utilizados, muito embora os controles manuais
com inseticidas granulados, atualmente à base de sulfluramidas, são os mais empregados e recomendados,
devido ao menor dano ao meio ambiente e pela maior disponibilidade no mercado, o que os tornam mais
competitivos em termos de custos e porque sua distribuição no campo torna-se bastante prática e com alto
rendimento operacional, fazendo com que seu custo seja viabilizado.
Outros produtos como os termonebulizáveis, são também empregados em larga escala e com bastante
sucesso em algumas regiões, principalmente onde a infestação com espécies de saúva é muito elevada. Os
custos, rendimento e eficiência do controle, são largamente variáveis em função do grau de infestação,
sistema operacional e produto utilizado; por isso é fundamental um bom planejamento técnico florestal.
Preparo do Solo
Nesta operação incidem o preparo do solo propriamente dito e as operações de sua conservação. O preparo
tem por objetivo potencializar as condições ambientais para o máximo aproveitamento de todos os recursos
disponíveis ao crescimento das mudas.
O preparo do solo com ênfase à conservação é feito com intuito da preservação contra erosões, perda de
nutrientes e retenção da água e matéria orgânica, fundamentais e indispensáveis para a perpetuação da
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produtividade florestal. Nesse caso, tanto o preparo quanto o plantio deverão ser efetuados
preferencialmente em curvas de nível.
Uma ampla variedade de máquinas e equipamentos é utilizada na efetivação desta operação, normalmente
máquinas mais pesadas são as preferidas em solos mais argilosos e agregados, e máquinas mais leves ou de
menor potência para solos arenosos e com baixa estruturação.
Os custos desta operação são dependentes diretos do tipo de máquina a ser usada e do grau de preparo
necessário. Preparos manuais também podem ser executados em situações nas quais a viabilização de
máquinas fica comprometida.
Adubação
Para a contemplação destas inter-relações, tem-se utilizado um conceito bastante moderno, denominado de
unidades de manejo químico (U.M.Q.).
Atualmente, na maioria das empresas florestais, as unidades de U.M.Q. contemplam não somente as
adubações à base dos nutrientes N, P, K, Ca e Mg, como também leva em consideração as necessidades de
diferentes micronutrientes, como B, Zn, Cu e Mn, principalmente.
Outras adubações também empregadas são as denominadas de adubações orgânicas, através do uso de
resíduos industriais, como cinza de caldeiras de biomassa , resíduos de clarificadores, e, em casos peculiares,
resíduos do tratamento de lixo urbano.
Tratos Culturais
São todas as operações florestais com ação de eliminação da concorrência da cultura em questão com
outras plantas, classificadas como ervas daninhas. O período de maior atenção com tratos culturais é aquele
que corresponde à fase de estabelecimento e adaptação das mudas às novas condições do campo.
Coroamento: deve-se fazer logo após ao plantio: ao redor da muda, faz-se a limpeza.
Capina: raspa-se a parte superficial do solo (plantas rasteiras são eliminadas).
Roçadas: corta-se a vegetação mais alta.
Gradeação: faz-se entre as linhas de plantio; é uma limpeza superficial.
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Herbicidas: o controle das ervas daninhas é normalmente executado com utilização de herbicidas,
podendo ser de pré ou pós emergência. Os de pós emergência mais usados são à base de gliphosate e
os de pré são os conhecidos como oxifluorfen. Também outros meios são amplamente adotados nesta
operação, como as roçadas, gradagens e limpezas manuais.
Tratos Silvicuturais
Visam uma melhoria das condições de crescimento de indivíduos isolados ou alterações das condições
ambientais em povoamentos para melhorar a estabilidade biológica.
Poda (desrama): é a retirada de galhos de uma árvore e tem por objetivo a produção da madeira de
melhor qualidade, a melhoria no acesso à floresta e a redução de risco de incêndios.
Desbaste: são cortes parciais feitos em povoamentos imaturos, com objetivo de estimular o
crescimento das árvores remanescentes e aumentar a produção de madeira utilizável.
a) Proteção Florestal
o controle de pragas
o controle de incêndios florestais
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