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DIREITO
ECONÓMICO
Súmula extraída dos Livros dos Professores
Doutores ANTÓNIO CARLOS DOS SANTOS,
Direito Económico, 2ª Edição, 2003 e LUÍS S.
CABRAL DE MONCADA, Direito Económico,
3ª Edição, Coimbra, 2000.
DEDICO:
À Memória do falecido meu irmão,
Jossias Armando Messariamba (alusivo a
celebração do 8º Ano após o eterno
descanso);
Dedico à Deus, à minha Mãe, Maria
Matinane, ao meu pai, Armando
Messariamba e a mulher que me faz o
Homem que sou hoje, Joana Miguel Saice.
Copyright
DELEGAÇÃO DE PEMBA
1. OBJECTIVOS
1. A disciplina do Direito Económico será leccionada com o objectivo de fazer tomar
consciência aos estudantes sobre a sua importância na vida económica do homem,
na sociedade em geral e no seu relacionamento económico com o Estado e outros
homens;
2. Proporcionar conhecimento amplo e avançado do direito económico contemporâneo;
3. Dar a conhecer aos estudantes sobre o papel do Estado na economia do pais e a
sua dupla missão (produtora e reguladora);
4. Transmitir aos estudantes o problema da interligação entre o direito e a economia na
sua qualidade de ciências sociais e os respectivos actores.
5. O curso permite, assim, dotar profissionais com actuação em direito público ou
privado de instrumental técnico-jurídico e económico para resolver problemas
contenciosos e desempenhar actuação consultiva junto a empresas, investidores e
reguladores e agentes públicos em geral.
2. ASSUNTOS
3. METODOLOGIA
4. METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO
Seminários em grupos;
2 Trabalhos (1 individual e 1 em grupo);
2 Testes individuais;
Exame Final;
Exame de recorrência (se for necessário)
5. BIBLIOGRAFIA
1. FRANCO, António L. de Sousa. As Privatizações e o sector empresarial do Estado.
AAFDL. 1991;
2. FRANCO, António L. de Sousa. Direito da Economia, Vol. I.
3. LAUBADÈRE, André de. Direito Público Económico, Coimbra, 1985;
4. Luís Morais - Privatização de empresas públicas as opções de venda.Lisboa.1990;
5. MONCADA, Luís S. Cabral de, Direito Económico, 3ª Ed. Coimbra. 2000;
6. SANTOS, António Carlos, at. al. Direito Económico, Coimbra, 1998;
7. VAZ, Manuel Afonso. Direito Económico, A ordem económica portuguesa. Coimbra
Editora. 1990, 2ª Ed..
6. LEGISLAÇÃO
1. Constituições de 1975, 1990 e 2004
2. VAZQUEZ, Sérgio. Colectânea de Legislação Económica de Moçambique:
i. Lei nº 15/1991, de 03 de Agosto, LEI ACERCA DAS PRIVATIZAÇÕES, outras leis
importantes nesta matéria, são:
Decreto nº 28/1991, de 21 de Novembro – regulamenta
detalhadamente o quadro legal, critérios e modalidades de privatizações das
empresas, estabelecimentos, instalações e participações financeiras do Estado;
Lei nº 17/1993, de 14 de Outubro – clarifica a aquisição
de capital por parte de gestores, técnicos e trabalhadores;
Decreto nº 19/1993, de 14 de Setembro – visa criar
condições para regular a situação jurídica de empresas, prática necessária ao
processo de reestruturação do sector empresarial do Estado;
Decreto nº 15/2001, de 10 de Abril – define as linhas
gerais da política de reestruturação do sector empresarial com participações do
Estado.
ii. Lei nº 05/1976, Nacionalizações de prédios dos estrangeiros; Lei nº 16/1975, de 13
de Fevereiro, Nacionalizações por abandono e Lei nº 19/1977, Nacionalizações das
empresas onde o Estado tem acções.
3.Lei nº 22/2009, de 28 de Setembro, aprova Lei dos Consumidores;
4. Lei nº 23/2009, de 08 de Setembro, aprova Lei das Cooperativas;
5. Decreto-lei nº 16/1975, debruça-se sobre a intervenção do Estado na gestão de
Empresas Privadas;
6. Lei nº 2/81, de 10 de Setembro – Lei das empresas estatais;
FRANÇA
Outro pólo de desenvolvimento do Direito Económico foi na França, sobre tudo
depois da IIa Guerra Mundial.
O Direito Económico na França foi considerado durante largos anos como um
direito público, isto é, como direito da intervenção económica do Estado e a organização
administrativa da economia, só mais tarde veio a sofrer influência do direito privado.
PAÍSES ANGLO-SAXÓNICOS
Diversamente, nos Países Anglo-Saxónicos, não ocorreu semelhante
desenvolvimento de uma disciplina autónoma de Direito Económico, continuando esta
área a ser enquadrado em distintas disciplinas, mais ou menos tradicionais: Public
Corporations (Corporações Públicas), Regulatory Agencies (Agências Regulamentares),
Mercatile Law (Direito Comercial), etc.
PORTUGAL
Quanto a Portugal, foram relativamente tardias as primeiras abordagens
doutrinais do Direito Económico. Só depois de 1974 é que se verificou um movimento
MOÇAMBIQUE
A disciplina de Direito Económico tem começado igualmente a afirmar-se em
Moçambique e outros países africanas de língua oficial portuguesa (PALOP),
começou nas décadas 80 e 90 sob influência da doutrina portuguesa.
Ficha de Trabalho
6. Justifique porquê o Direito Económico tem uma meia caminhada para a sua
autonomização.
2.5. O problema dos princípios gerais do direito (PGD) como fontes de Direito
Económico
Ficha de Trabalho
c) Quanto ao conteúdo:
i. Constituição Económica Capitalista
A Constituição Económica Capitalista que por sua vez pode ser liberal,
intervencionista e dirigista, caracterizadas pela liberdade de iniciativa privada,
liberdade de imprensa, liberdade de trabalho e liberdade de consumo, caracterizadas
pela liberdade de iniciativa privada, liberdade de imprensa, liberdade de trabalho e
liberdade de consumo, baseada pelo princípio de propriedade privada, tendo o mercado
como a instituição instrumental de regulação da economia e com uma abstenção total do
Estado.
A CRM/1990 era:
Quanto à estrutura: material;
Quanto à forma jurídica: explícita (artigos 35º e seguintes);
Quanto ao conteúdo: capitalista intervencionista (artigo 41º/1);
Quanto ao enquadramento político: de regime democrático e de justiça social
(artigos 1º, 2º e 6º, alínea c));
Quanto ao modo de regulação do sistema ou função: programático.
Características da CRM/2004:
Quanto à estrutura: material;
Quanto à forma jurídica: explícita (artigos 96º e seguintes);
Quanto ao conteúdo: capitalista intervencionista (artigos 99º e 101º);
Quanto ao enquadramento político: de regime democrático e de justiça social
(artigos 1º, 2º, 3º, 28º, 73º e 214º)
Quanto ao modo de regulação do sistema ou função: programático (artigos 101º/1,
102º, 105º/2 e 106º).
A CRM/2004 não define trabalhador mas tendo em conta a sua natureza, define-
se trabalhador por conta de outrem e seus principais destinatários é essa concepção
concretizada pela Lei nº 23/2007, de 01 de Agosto, Lei de Trabalho.
Os direitos dos trabalhadores são reconhecidos em sede de direitos e liberdades
fundamentais e de direitos e deveres económicos. Alguns direitos são atribuídos
directamente ao trabalhador individual, enquanto outros o são atribuídos às suas
organizações.
a) A segurança no emprego
Entre os direitos, liberdades e garantias encontramos o direito à segurança no
emprego e a proibição do despedimento sem justa causa (artigo 85º/2 e 3 da
CRM/2004) que visam limitar a plena disponibilidade sobre as relações de trabalho por
parte da entidade patronal. Por esse motivo a garantia deste direito dos trabalhadores
implica restrições ao direito de livre iniciativa privada, pública ou cooperativo. A
CRM/2004 acolhe o modelo de estabilidade do emprego no lugar do modelo de
mobilidade.
c) Direito ao trabalho
Por último, no campo dos direitos, económicos e sociais, a CRM/2004 garante o
direito ao trabalho (artigo 84º).
Este deve ser entendido como um direito a uma prestação positiva por parte do
Estado, consistindo no desenvolvimento de políticas que assegurem o máximo de
emprego possível e a igualdade de oportunidades e de formação específica e genérica e
não um direito subjectivo a um concreto posto de trabalho.
A CRM/2004 consagra ainda um conjunto de direitos aos trabalhadores relativos à
retribuição e segurança no emprego bem como direito de descanso semanal direito
de descanso semanal, férias e reforma nos termos legais, vide artigo 85º.
Os direitos dos consumidores
Questões de Reflexão
em sala de aula.
Ficha de Trabalho
6. Qual é a relação que existe entre Sistema, Política, Regime e Forma económicas?
capitais mistos quando maioritariamente controlados pelo Estado e desde que este tenha
também a maioria dos órgãos de gestão.
Através do sector público, o Estado produz bens e serviços, ora em
concorrência com as empresas privadas ou cooperativas (ex. TPB,TPN,TPM), ora em
monopólio natural ou legalmente protegido (ex.EDM).
B. Sector Privado
Embora o modelo constitucional tenha como base uma economia mista, na prática
é no sector privado que se concentra a actividade económica. Essa actividade
organiza-se e desenvolve-se livremente de acordo com os objectivos que lhes são
inerentes, sujeitando-se aos condicionalismos e às restrições constitucional ou
legalmente previstas, já referidas a propósito da liberdade da iniciativa privada.
A CRM/2004 garantiu desde a sua versão inicial (1975), a existência de um sector
privado, o qual é hoje constituído por bens e unidades de produção cuja propriedade ou
gestão pertençam a pessoas singulares ou colectivas privadas (artigo 99º/3).
O sector privado abrangem todos os meios de produção que sejam propriedade
de entidades privadas, excepto se forem geridos por cooperativas em obediência aos
princípios cooperativos, pertencem também ao sector privado todos os meios de
produção que sejam propriedades públicas mas cuja gestão tenha sido por via de
contrato ou não, entregue a entidades privadas. Podem ser bens de domínio público ou
de empresas públicas cuja gestão tenha sido concedida a entidades privadas ou
simplesmente empresas de capital misto em que o Estado não tenha nomeado a maioria
dos gestores, tendo a isso direito, além de todas as restantes onde o Estado seja
maioritário.
Questões de Reflexão
em sala de aula.
c) O planeamento
Uma das formas de orientação do mercado é o plano e a CRM/2004 prevê a
elaboração pelo Governo de planos de desenvolvimento económico e social como meio
de assegurar algum controlo e orientação do poder económico pelo poder político e
permitir a democratização do sistema económico, através da participação dos vários
agentes económicos organizados, vide artigos 128º e 129º.
d) Política orçamental
Artigos 130º e seguintes todos da CRM/2004.
a) O Governo
É ao Governo que compete em grande medida a definição da política económica,
como de condução da política geral do país (vide artigo 204º/1, alíneas e) e f) da
CRM/2004).
b) A Assembleia da República
Embora que o Governo seja competente na definição da política económica,
dependem de aprovação da Assembleia da República. Os artigos 179º e seguintes da
CRM/2004, definem as matérias da competência da Assembleia da República,
destacam-se; a apreciação do programa do Governo (artigo 179º/2, alínea j));
aprovação das grandes opções do plano e do orçamento (artigo 179º/2, alínea l) e m));
a concessão da autorização ao Governo para contrair e conceder empréstimos e realizar
outras operações de crédito que não seja dívidas flutuantes, definindo as respectivas
condições gerais e estabelecendo o limite máximo dos avales e conceder em cada ano
pelo Governo (artigo 179º/2, alínea p))
Ficha de Trabalho
b) Procedimentos negociados
Trata-se da crescente privatização dos instrumentos de regulação económica da
Administração complementando ou substituindo os actos administrativos unilaterais por
acordos de incitação ou de colaboração com os destinatários da regulação.
Pesquisa Científica
3. Empresas Públicas
Ficha de Trabalho
c) A execução do plano
O problema e o regime jurídico da execução do plano são naturalmente
dominados pelo carácter indicativo e não obrigatório do plano. Este carácter leva à
ausência de sanções por falta de execução do plano. Mas, à falta de sanções, existem
meios de execução, mais ou menos eficazes, entre os quais (1) os meios de execução
no sector público relativamente aos investimentos do próprio Estado das Empresas
Públicas e no (2) sector privado relativamente aos investimentos das empresas
privadas.
Ficha de Trabalho
Ficha de Trabalho
c) Num outro sentido, menos preciso, o termo privatização é utilizado para designar
a contratação de serviços por entidades públicas a entidades privadas (contracting out
ou out sourcing ou subcontratação de serviços públicos a privados) ex. Mão-de-obra
como limpeza, os refeitórios, etc.;
mediante uma remuneração, podemos ter vários tipos de fraching, mas com
destaque a:
i. Franquia de produção;
ii. Franquia de distribuição;
iii. Franquia de serviços, etc....
FIM DA SÚMULA