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Faculdade de Economia
Mestrado em Gestão na Especialidade de Administração e Finaças
GRUPO 4:
Estanislau Afonso
Fábio Belo
Carlos Muchambi
Celso Dala
Heraclito da Silva
Isabel Fernando
Jeronimo Velho
Marilda Fatima
Luanda 2017
Universidade Agostinho Neto
Faculdade de Economia
Mestrado em Gestão na Especialidade de Administração e Finanças
GRUPO 4:
Estanislau Afonso
Fábio Belo
Carlos Muchambi
Celso Dala
Heraclito da Silva
Isabel Fernando
Jeronimo Velho
Marilda Fatima
A introdução de qualquer tributo pode piora a situação dos tributados porque terão
menos recursos para consumir ou trabalharão mais se não quiserem consumir menos.
Quando se consideram os benefícios recebidos pelos contribuintes, a sua situação pode
ficar melhor que antes do tributo, quando, por exemplo, o governo fornece bens público
ou completa o mercado de forma eficiente. É nesta senda que a Reforma Tributária em
Angola tem vindo a ser debatida, construída e ajustada ao longo dos últimos anos. Este
processo esta a implementar um novo regime mais estável para as receitas tributárias de
diversas naturezas, tendo sido publicado no final de 2014 o pacote legislativo que
estabiliza a estrutura fiscal que deve reger a actividade dos agentes económicos
(Galhardas, 2015).
1
ABSTRACT
Government fiscal activity influences the economy, either through the application of
public resources through the political and budgetary process, or through the collection
of these resources, mainly through tax activities. In this way, economic principles
emerge, constituting limits of tax activity. The analysis of the legal scope of these
principles shows that they are aspects or sub-principles of legal principles. The
relationship between the two is essential for guiding the application of legal concepts in
the field of finance and, conversely, the jurisdiction of concepts derived from economic
principles.
The introduction of any tribute can worsen the situation of the taxed because they will
have less resources to consume or will work more if they do not want to consume less.
When you consider the benefits received by taxpayers, they situation may get better
than before tax, when, for example, the government provides public goods or completes
the market efficiently. It is on this path that the Tax Reform in Angola has been
debated, reformed and adjusted over the last few years. This process is implementing a
new and more stable regime for tax revenues of various natures The legislative package
stabilizing the fiscal structure that governs the activity of economic agents was
published at the end of 2014 (Galhardas, 2015).
The expectations of a tax system that drives socioeconomic growth and increase the
productivity of the country's economy is very large. Whereas the present system
benefits the rich and harms the middle class and the poor who pay more taxes in
proportion to their income than the wealthy.
2
INDICE DE TABELAS
3
INDICE DE GRAFICOS E FIGURAS
4
ÍNDICE GERAL
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 7
1.1. Contextualização ................................................................................................ 7
1.2. Finanças publicas ............................................................................................... 8
1.3. Sistema Tributário.............................................................................................. 9
1.3.1. Impostos ................................................................................................... 10
1.3.2. Taxas......................................................................................................... 10
1.3.3. Contribuições ............................................................................................ 10
1.3.4. Empréstimos compulsórios ...................................................................... 10
1.3.5. Princípios Regentes da Teoria da Tributação ........................................... 10
1.3.6. Política Fiscal do Estado e suas Funções ................................................. 11
1.4. Desenvolvimento Socioeconómico.................................................................. 12
1.5. A Reforma Tributaria....................................................................................... 13
1.6. Identificação do Problema ............................................................................... 16
1.6.1. Formulação do Problema .......................................................................... 16
1.7. Formulação da Hipótese .................................................................................. 16
1.8. Objectivos do Estudo ....................................................................................... 16
1.8.1. Gerais ........................................................................................................ 16
1.8.2. Específicos: ............................................................................................... 16
1.9. Justificativa ...................................................................................................... 17
1.10. Limitação e Delimitação .............................................................................. 17
1.10.1. Limitação .............................................................................................. 17
1.10.2. Delimitação ........................................................................................... 17
1.11. Metodologia da Pesquisa .............................................................................. 18
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ......................................................................... 19
3. A IMPORTÂNCIA DA TRIBUTAÇÃO EM ANGOLA. ..................................... 22
3.1. Sonegação e Elisão Fiscal ................................................................................ 23
3.2. Sistema Fiscal Angolano ................................................................................. 24
3.2.1. Princípios Gerais ...................................................................................... 24
3.2.2. Reforma Tributaria ................................................................................... 26
4. DESENVOLVIMENTO ECONOMICO E SOCIAL ............................................ 27
4.1. Administrativa e Financeira. ............................................................................ 28
4.1.1. Actividade Administrativa ........................................................................ 28
4.1.2. Actividade Financeira ............................................................................... 28
4.2. Desenvolvimento economico e a Actividade Empresarial .............................. 29
4.3. Crescimento Económico versus Desenvolvimento de Angola ........................ 30
5
4.4. Serviço de Saude e Educação .......................................................................... 33
4.5. As receitas fiscais ............................................................................................. 33
5. A REFORMA TRIBUTÁRIA ANGOLANA ........................................................ 34
5.1. Motivos da reforma tributária .......................................................................... 35
5.2. Evolução da reforma Tributária ....................................................................... 36
5.3. Principais resultados alcançados ...................................................................... 38
5.3.1. Lei do Investimento Privado Lei n.º 14/15, 11 de Agosto ....................... 39
5.4. Impacto da reforma sobre os impostos ............................................................ 40
5.4.1. Imposto Industrial ..................................................................................... 40
5.4.2. Imposto sobre os Rendimentos do Trabalho ............................................ 41
5.4.3. Imposto do Selo ........................................................................................ 41
5.4.4. Imposto sobre a Aplicação de Capitais..................................................... 41
5.4.5. Imposto de Consumo ................................................................................ 42
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 43
7. CONCLUSÃO ........................................................................................................ 45
BIBILIOGRAFIA ........................................................................................................... 46
6
1. INTRODUÇÃO
1.1. Contextualização
O Estado como ente organizado nasce da concepção do contrato social, onde, de um lado
temos o cidadão se submetendo a regras de convivência social, e de outro temos uma
entidade colectiva que manterá uma estrutura para proporcionar o bem comum a todos os
cidadãos. Dessa forma, para que o estado cumpra o seu papel, duas actividades serão
inerentes à sua existência: administrativa e financeira (Eugene & Abigail, 2016).
7
qualquer tributo pode também piorar a situação dos tributados, i.e., estes terão menos
recursos para consumir ou trabalharão mais se não quiserem consumir menos (Saxton,
2011).
Em Angola as finanças públicas têm sido caracterizadas por uma exagerada dependência
das receitas fiscais petrolíferas, cerca de 70% em média, um declínio notório da base fiscal
não‑petrolífera, reflexo da crise económica, do crescimento do sector informal, do aumento
da inflação e da deficiente organização e capacidade fiscal do Estado, um peso acentuado
das despesas militares, um manifesto excesso de despesas com os funcionários públicos e
um pesado serviço da dívida pública. Os défices fiscais aumentaram muito a partir de
meados dos anos 80 e foram sempre financiados com acumulação de dívida externa e
expansão monetária (da Rocha, et al., 2016).
As receitas tributárias são a principal forma de ingresso público nas economias modernas e
a tributação, por seu modo, está regrada pelo direito, que disciplina as relações entre o Fisco
e os contribuintes. O Estado, para cumprir a sua função utiliza-se do instrumento da
tributação, que consiste na expropriação lícita do patrimônio dos contribuintes (de Oliveira
& Biasoto Jr., 2015). Dessa forma, os impostos são arrecadados pelo Estado para garantir
suas despesas gerais. Não é legalmente estabelecida qualquer relação entre a arrecadação
dessa espécie de tributo e actuação estatal específica e nem está vinculado a qualquer
princípio identificador de benefício direto dos contribuintes pagantes. São exigidos sobre
factos praticados pelos respectivos sujeitos passivos da regra de incidência, em base de
cálculo previamente estipulada. Logo, não pode o ente estatal tributar a revelia, sem prévia
norma que autorize e discipline como a cobrança (Eugene & Abigail, 2016).
8
1.3. Sistema Tributário
Os sistemas tributários e fiscais refletem as opções tomadas pelas sociedades, para definir
que tipo de bens e serviços públicos querem ter. Os serviços públicos exigem cada vez mais
recursos. Para reverter à situação, tem-se que buscar novas fontes de financiamento, sem
comprometer a classe média e os pobres. Segundo Sequeira (2014), a estrutura e o
funcionamento do sistema fiscal Angolano resultam da conjugação de vários fatores sendo
uns de natureza económica e outros de natureza política. A actividade fiscal de governo
influencia a economia, seja através da aplicação de recursos públicos pelo processo político
e orçamentário, seja pela arrecadação desses recursos, principalmente por meio da
actividade tributária1.
9
tributária, que está na base do estatuto dos contribuintes. A arrecadação do estado por se por
meio de impostos, taxas, contribuições e empréstimos compulsórios.
1.3.1. Impostos
Imposto são tributos cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de
qualquer actividade estatal específica, relativa ao contribuinte. Assim, os impostos são
arrecadados pelo Estado para garantir suas despesas gerais; não há relação com
nenhuma actuação estatal específica e nem está atrelado a qualquer princípio
identificador de benefício direto dos contribuintes pagantes.
1.3.2. Taxas
A taxa é exigida tendo em vista uma actuação estatal determinada, ou seja, é cobrada
daqueles que provocam uma atuação por parte do Estado e acabam por beneficiar-se
dela, de maneira direta e específica. Sua razão de ser é a necessidade estatal de cobrir
custos pela execução de suas actividades que são usufruídas por um contribuinte ou
grupo determinado deles. É regida pelo princípio de que quem causa a actividade estatal
deve custeá-la, isto é, o princípio do benefício.
1.3.3. Contribuições
10
a) Simplicidade
b) Neutralidade
c) Progressividade
Por sua vez, um sistema tributário deve procurar tributar as pessoas de forma
progressiva, isto é, aqueles que auferem maior renda devem pagar mais tributos. Isso
possibilita a redistribuição de renda;
d) Equidade.
e) Flexibilidade
11
organizações do Poder Público, multas, tarifas públicas, empréstimos contraídos,
doações, expropriações em casos excepcionais, etc. Para cumprir com os objectivos e
necessários que o Governo cumpra três funções, a saber: a) função alocativa; b) função
distributiva ou redistributiva; c) função estabilizadora
Alguns autores entendem que o desenvolvimento econômico, para ser alcançado, deve
contar com a intervenção do Estado em muitos sectores sociais e econômicos, mas
especificamente com uma estratégia de investimentos em que o Governo se
comprometa a criar uma agenda de desenvolvimento, cujas prioridades seriam a
estabilidade macroeconômica; preços e incentivos; boas instituições ; proteção aos
direitos de propriedade; obediência ao princípio da legalidade; representatividade e
estabilidade política e social; investimentos públicos em infraestrutura básica e gastos
sociais; equilíbrio e justiça social; segurança; equilíbrio fiscal; estratégia de
desenvolvimento bem definida e comprometimento da liderança política; e, finalmente,
12
uma máquina pública bem preparada para implementar as diretrizes de tal estratégia de
desenvolvimento (World Bank Group, 2017).
13
uma capacidade econômica social. O poder de tributar justifica-se sob a premissa de que
o bem da colectividade tem preferência a interesses individuais, sobretudo porque, na
ausência do Estado, não haveria garantia nem mesmo à propriedade privada.
A Reforma Tributária tem vindo a ser debatida, construída e ajustada ao longo dos
últimos anos. Acredita-se que este processo resultou num novo regime agora mais
estável para as receitas tributárias de diversas naturezas, tendo sido publicado no final
de 2014 o pacote legislativo que estabiliza a estrutura fiscal que deve reger a actividade
dos agentes económicos (Administração Geral Tributaria (AGT), 2017). As obrigações
tributárias mantêm-se, dentro do novo regime, sendo esperado do sector privado,
organizações e outros agentes económicos, que desempenhem o seu papel num cenário
em que o cumprimento, por parte destas entidades, e controlo, por parte da autoridade
tributária, se tornará cada vez mais eficiente e harmonioso.
Além disso, temos que levar em consideração que além de tudo, estamos vivendo em
uma economia globalizada, e que nossas empresas estão competindo com empresas
estrangeiras, mais do que isso, muitas dessas empresas são de países desenvolvidos
onde a produção é subsidiada pelo governo local, o que significa dizer, produtos e
14
serviços mais baratos, gerando uma perda de competitividade da empresa nacional.
Ademais, a empresa Angolana para financiar a produção, conta exclusivamente com
recursos do mercado financeiro, já que inexiste política de financiamento público, e o
financiamento obtido no mercado bancário financeiro é extremamente caro em razão
dos altos juros praticados pelas taxas fixadas pelos próprio Banco Nacional e Bancos
comerciais.
Temos que levar em consideração que o país vive em um regime econômico capitalista,
onde o desenvolvimento econômico está assentado em um eixo composto por quatro
elementos: produção, trabalho, renda e consumo. Por isso, depositando na reforma
tributária todas as esperanças para que o país retome o crescimento a partir do equilíbrio
do caixa governamental não é o mais acertado, não é o governo o actor principal para o
desenvolvimento econômico e sim a actividade empresarial. A produção nasce a partir
da actividade empresarial, o que significa dizer que precisamos de uma actividade
empresarial forte para poder gerar postos de trabalho; gerando postos de trabalho,
certamente vamos gerar renda; gerando renda, certamente teremos consumo; tendo
consumo, certamente vamos gerar mais necessidade de produção, ou seja, assim
funciona o desenvolvimento econômico.
Aumentar o tributo, como prevê a reforma tributária não e a solução para retomar o
desenvolvimento do país, pois esta acção poderá retrair a actividade empresarial de
Angola e por via de consequência no desenvolvimento económico. A reforma tributaria
não é a solução única, mas, pode permitir um ajuste no equilíbrio social através de uma
intervenção coerente do Estado.
15
uma revisão do referencial teórico, mediante uma análise conceitual crítica de alguns
aspectos pertinentes aos assuntos do Sistema Tributário, Reforma Tributária,
Actividades Socioeconómicas do Estado Angolano, e o Desenvolvimento.
Quanto à hipótese para a solução deste problema, acredita-se que se a politica tributaria
estiver ajustada a realidade socioeconómica do país o Estado poderá arrecadar mais
receitas e melhor distribuir impulsionando o desenvolvimento esperado.
1.8.2. Específicos:
16
1.9. Justificativa
A primeira limitação prende-se com o facto de termos constatado que apesar de existir
uma diversidade de literatura a nível internacional sobre a relação entre o crescimento
económico e o desenvolvimento do sistema financeiro, existe escassa investigação no
que diz respeito aos países da África Subsaariana. Acresce-se o facto de a literatura
relativa a Angola sobre o tema ser de difícil acesso e em idiomas estrangeiros.
1.10.2. Delimitação
a) Qualitativo;
b) Quantitativo;
c) Bibliográfico;
d) Exploratório;
e) Explicativo;
f) Análise e síntese;
g) Estudo de Caso.
18
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Segundo Padda & Akram (2009), Angola é um dos principais exportadores de petróleo do
mundo, produzindo aproximadamente dois milhões de barris por dia (bpd), O governo
angolano recebe algo da ordem de US $ 5 bilhões em receitas de petróleo por ano. No
entanto, muito pouco da riqueza do petróleo entra na sociedade em geral, por esse motivo,
apesar da expansão da produção petrolífera, durante 25 anos, os angolanos continuam a
população mais pobres do planeta. De acordo com a Organização das Nações Unidas
(UNDP, 2017), Angola apresenta um dos piores índices de desenvolvimento humano (IDH)
do mundo (161 de 173). O país importa praticamente de tudo um pouco e emprega muito
poucos angolanos em sectores chaves, contando com a mão-de-obra qualificada em equipas
de trabalhadores estrangeiros trazidos em contratos de curto prazo. Esses trabalhadores
vivem em complexos fechados e vêm e vão do aeroporto para o seu complexo ignorando as
cidades circunvizinhas inteiramente.
A literatura revela uma relação inversa entre encargos tributários e taxas de crescimento, ou
seja, uma carga tributária menor elevaria a taxa de crescimento econômico. Portanto, a
produção econômica e as receitas fiscais futura seriam maior com a taxa de tributação ideal
e mais baixa. A política fiscal pode afectar o crescimento econômico, desencorajando novos
investimentos e incentivos empresariais ou distorcendo as decisões de investimento, uma
vez que o código tributário, por exemplo, impostos sobre o rendimento, pode desencorajar o
esforço de trabalho e a aquisição de habilidades dos trabalhadores (FERGUSON, 2005).
Gale e Samwick (2014) defendem que os impostos também afectam a economia no longo
prazo através do lado da oferta. Segundo este, as altas taxas de imposto marginais podem
desencorajar o trabalho, economizar investimentos e inovação, enquanto preferências
fiscais específicas podem afectar a alocação de recursos econômicos. Mas a redução de
impostos também pode retardar o crescimento econômico de longo prazo ao inactivar
déficits. Os efeitos a longo prazo das políticas fiscais dependem, portanto, não apenas dos
seus efeitos de incentivo, mas também dos seus efeitos orçamentários. Embora as reduções
tarifárias aumentassem o retorno ao trabalho, poupança e investimento, eles também
aumentarão a renda após impostos que as pessoas recebem, o que diminui a necessidade de
trabalhar, economizar e investir (Gale & Samwick, 2016). O primeiro efeito aumenta a
actividades econômica, enquanto o segundo efeito normalmente a reduz. As reduções nas
19
taxas de imposto sobre o rendimento afectam o comportamento dos indivíduos e das
empresas através dos efeitos da renda e da substituição.
No entanto, (Padda & Akram, 2009) afirmam que as políticas governamentais podem
afectar a renda percapita no caminho de transição para o crescimento no estado
estacionário. Uma taxa de imposto mais elevado reduz permanentemente o nível de
produção, mas não tem efeitos permanentes na taxa de crescimento do produto.
Um sistema fiscal bem estruturado oferece oportunidades governamentais para gerar receita
necessária para atender a sua crescente necessidade. O imposto é uma fonte verdadeira e
sustentável de receitas para o governo e uma ferramenta para a política fiscal e a gestão
macroeconômica (Eugene & Abigail, 2016). É importante para o governo fortalecer e
mudar mais para o imposto indireto, pois tem uma relação positiva com o nível de
crescimento econômico e oferece menos desafios de custo e administração. Uma vez que a
implementação de uma tributação progressiva deve levar a uma maior igualdade de renda
(Clark & Lawson, 2004).
De acordo com Gale e Samwick (2014), a reforma tributária, envolve reduções nas taxas de
imposto de renda, bem como medidas para ampliar a base tributável. Ao remover o
tratamento especial ou vários tipos de renda ou consumo, o alargamento de base tenderá a
elevar as taxas de imposto marginal efectivo médio na oferta de mão-de-obra, economia e
investimento. Estas mudanças devem elevar o tamanho geral da economia no longo prazo,
embora o efeito e a magnitude do impacto estejam sujeitos a uma incerteza considerável.
20
Esta avaliação parte do princípio que as políticas fiscais bem planeadas têm o potencial de
aumentar o crescimento econômico, mas há muitos obstáculos ao longo do caminho e
certamente não há garantias que todas as mudanças tributárias irão melhorar o desempenho
econômico (Gale & Samwick, 2016).
21
3. A IMPORTÂNCIA DA TRIBUTAÇÃO EM ANGOLA.
A economia Angola a mais de duas décadas tem financiado grande parte da sua Economia,
mormente com recursos provenientes do Sector Petrolífero. Em face a diversidade da sua
Economia e tendo em atenção que, o petróleo constitui uma fonte não renovável e esgotável
urge a necessidade de a Médio e Longo Prazo, obterem-se recursos provenientes de outros
sectores.
22
A arrecadação de imposto apresenta, assim, um potencial formidável para fortalecer as
bases de financiamento do Estado, visando melhorar suas condições para realizar
investimentos necessários para o crescimento e para sustentar políticas essenciais para a
população, além de aumentar a contribuição das classes de maior renda para os cofres
públicos.
As receitas arrecadadas através dos impostos podem não surtir os efeitos desejados aos
cidadãos, ou seja, através da redistribuição do rendimento para grande parte da população
desfavorecida, e ainda pelo facto do imposto ser unilateral e sem contraprestação. Alguns
Especialistas afirmam que o país possui uma carga tributária muito alta para seus
contribuintes. Uma vez que o alto custo dos tributos que, além de ser excessivo para o bolso
do cidadão, não traz um retorno adequado e justo para sua população. E como se não
bastasse, o contribuinte ainda é obrigado a gastar com educação, saúde e segurança
privadas, já que o serviço público não os oferece com qualidade. A falta de controlo dos
gastos públicos e desvios de finalidade nos níveis de governo causaram transtornos para a
situação social do país. A saúde, a educação e a segurança pública estão precárias.
Não é correto afirmar que qualquer pagamento a menor de imposto é sonegação. A falta de
pagamento (inadimplência fiscal) é diferente do ato de sonegar, que é a intenção deliberada
de fraudar a apuração do imposto devido. Sonegação Fiscal é diferente também, de elisão
fiscal que significa planeamento tributário. A elisão fiscal é reconhecida como tal, quando
um contribuinte recorre a uma combinação engenhosa ou que ele efetua uma operação
particular se baseando sobre uma convenção não atingida pela legislação fiscal em vigor.
23
Ele usa o texto legal sem o violar: ele sabe utilizar habilmente uma brecha do arsenal fiscal
(Margairaz, 1972).
A elisão fiscal não está sujeita às sanções legais, pois ela procede de uma regra jurídica
centenária e defende que os contribuintes que dispõem de vários meios para chegar a um
resultado idêntico têm o direito de optar por aquele que lhes permite pagar o menor imposto
possível. As empresas ainda enfrentam dificuldades com inadimplência fiscal,
irresponsabilidade dos agentes públicos, coação ilegal, impugnação de ato de infração,
sigilo fiscal, crime de sonegação fiscal, dentre outros.
Na lei constitucional
24
dos contribuintes. (art. 14) Princípio da função económica e social do fisco e princípios da
legalidade.
Todos os cidadãos são iguais perante a lei e gozam dos mesmos direitos e estão sujeitos aos
mesmos deveres, sem distinção da sua cor, raça, etnia, sexo, lugar de nascimento, religião,
ideologia, grau de instrução, condições económicas ou sociais. (Art.18) Principio da não
discriminação e da igualdade dos cidadãos perante a lei.
Tal como qualquer medida ou política pública, o seu fim único recai no cidadão que é e será
o potencial contribuinte ou financiador das políticas ou programas públicos que são
executados através do Orçamento Geral do Estado (OGE).
Esperamos, que o impacto do novo regime Tributário, venha surtir o seu efeito dominó
sobretudo no sector privado, permitindo desta forma o surgimento de mais empresas, fuga
ao fisco e maior rentabilidade, que permitirá de certa forma a absorção da mão-de-obra
25
desempregada, gerando renda e consumo e concomitantemente poupança, que são os
combustíveis de que a Economia Angolana necessita para que possa retomar a velocidade
cruzeiro no seu crescimento e proporcionar melhor condições de vida para todos os
Angolanos.
O desafio, neste momento, é criar condições para consolidar os avanços e acelerar ainda
mais o crescimento econômico e a redução das desigualdades sociais e regionais.
26
4. DESENVOLVIMENTO ECONOMICO E SOCIAL
O Estado como ente organizado nasce da concepção do "contrato social", onde, de um lado
temos o cidadão se submetendo a regras de convivência social, e de outro, a criação de um
ente ficto que manterá uma estrutura para proporcionar o bem comum a todos os cidadãos.
Dessa forma, para que o estado cumpra o seu papel, duas actividades serão inerentes à sua
existência:
1
ELALI, André. Um Exame da Desigualdade da Tributação em face dos Princípios da Ordem Econômica,
pág. 4, www.idtl.com.br/artigos/242.pdf, acesso em 20.01.2012
2
SOUZA, Nali de Jesus de. Curso de Economia. São Paulo: Atlas, 2003, pág. 318.
3
BERCOVICI, Gilberto. Desigualdades regionais, Estado e Constituição. São Paulo: Max Limonad, 2003,
pág. 58.
27
4.1. Administrativa e Financeira.
4.1.1. Actividade Administrativa
Claro está que existe um erro de avaliação, vez que se está depositando na reforma
tributária todas as esperanças para que o país retome o crescimento a partir do equilíbrio do
caixa governamental, no entanto, não é o governo a mola mestra para o desenvolvimento
econômico e sim a atividade empresarial.
Por outro lado, temos que levar em consideração que nosso país vive em um regime
econômico semi-capitalista, onde o desenvolvimento econômico está assentado em um eixo
composto por quatro elementos: produção, trabalho, renda e consumo.
A produção como já dissemos nasce a partir da actividade empresarial, o que significa dizer
que precisamos de uma atividade empresarial forte para poder gerar postos de trabalho;
gerando postos de trabalho, certamente vamos gerar renda; gerando renda, certamente
teremos consumo; tendo consumo, certamente vamos gerar mais necessidade de produção,
28
ou seja, assim funciona o desenvolvimento econômico, girando a roda. Só que a actividade
empresarial não vai poder se desenvolver porque a produção no país é mais cara por falta de
recursos tecnologicos, nowhow e matriais primas; sem produção não temos emprego; sem
emprego não temos consumo; sem consumo não temos empresas; sem empresas não temos
desenvolvimento econômico, ou seja, é a política do não desenvolvimento econômico. Ou
seja, estamos entrando no círculo vicioso do antidesenvolvimento que vai levar o país para
um precipício sem precedentes.
29
Segundo Bercovici4: O desenvolvimento é condição necessária para a realização do bem-
estar social. O Estado é, através do planeamento, o principal promotor do desenvolvimento.
Para desempenhar a função de condutor do desenvolvimento, o Estado deve ter autonomia
frente aos grupos sociais, ampliar suas funções e readequar seus órgãos e estrutura.
O papel dos indicadores de política fiscal também tem recebido considerável atenção na
literatura. Algumas teorias do crescimento económico sugerem que a política fiscal pode ter
efeitos importantes no crescimento de longo prazo. Cereseto e Waitzkin (1986), propõem
que o aumento da dimensão do sector público (despesas ou impostos) retarda o
crescimento. A redução dos impostos sobre o trabalho e o capital podem acelerar o
crescimento económico de longo prazo. Clark & Lawson (2004) concluem que a tributação
distorcida e as despesas não produtivas do governo reduzem o crescimento económico,
enquanto que a tributação não distorcida e as despesas produtivas do governo não. Costa e
Sousa (2008) concluíram que existe uma forte relação entre crescimento económico e a
política fiscal, pois, por um lado, os países em desenvolvimento dependem fortemente dos
impostos sobre o comércio internacional, por outro, o imposto sobre o rendimento é mais
importante nos países desenvolvidos.
Indicadores Metas
1. Índice de Desenvolvimento Humano (PNUD) 0.54
2. Esperança de Vida à Nascença (Nº de Anos) 55
3. Taxa de Incidência da Pobreza (%) 28
4. Nº de Anos de Escolaridade Obrigatória 9
5. Taxa de Alfabetização de Adultos (%) 75
6. Taxa de Mortalidade Infantil (por mil nado-vivos) 60
4
BERCOVICI, Gilberto. Constituição Econômica e Desenvolvimento: uma leitura a partir da Constituição
de 1988. São Paulo: Malheiros, 2005. p. 51
30
7. Taxa de Mortalidade Materna (por 100 mil nado-vivos) 250
31
Figura 2: Distribuição de Rceitas por Rendimento
Os níveis de reprodução social permanecem baixos pois insiste-se numa política de baixos
salários e numa distribuição da renda extremamente desigual que não é compensada por um
sistema de redistribuição, através do Estado social que é quase inexistente ou grandemente
ineficaz. A evolução do salário real é quase estacionária e o poder de compra dos
32
assalariados continua a ser erodido pela inflação acumulada, embora os seus níveis tenham
caído ao nível de um dígito já há algum tempo..
O país ainda não debelou o fenómeno das crianças fora do sistema de ensino e muitos
jovens e adultos continuam a não ter oportunidade de acesso à escola e alguns não a
concluem (Universidade Católica de Angola, 2017).
33
5. A REFORMA TRIBUTÁRIA ANGOLANA
34
Com a reforma tributária em curso, muitas normas foram revistas, privilegiando-se, tanto
quanto possível, a tributação do lucro real, apurado a partir dos elementos de contabilidade,
ao mesmo tempo que foram ampliados mecanismos de defesa administrativos e judiciais
aos sujeitos passivos, reforço do papel dos contabilistas (art. 5º do CGT) e introduzidas
outras alterações que tornaram, na verdade, o sistema tributário muito mais justo. Tendo em
conta a rigidez estrutural dos antigos órgãos (DNI e SNA), decorrentes da sua natureza de
organismos da administração publica clássica e dos condicionamentos, dai, resultantes para
a adoção de política remuneratória, baseada no mérito e focalizada na realização de
objetivos e resultados, através do DP nº 324/14, de 15 de Dezembro, foi criada a
Administração Geral Tributaria – ( AGT) .
Vários estudos feitos na altura mostravam que o sistema fiscal angolano, era obsoleto,
injusto, muito dependente das receitas do petróleo, e que não dispunha de meios de defesa
suficientes para a defesa dos interesses dos contribuintes. O sistema não obedecia às
35
modernas tendências da tributação, que assenta no alargamento da base tributaria e na
diminuição das taxas, assim como não era exigente em relação à organização contabilística
e documental das médias empresas. Em particular, e no que ao Código do Imposto
Industrial dizia respeito, continha muitas disposições que permitiam à administração um
amplo poder discricionário na fixação da matéria coletável, nomeadamente na utilização de
múltiplos métodos de avaliação indireta. Por estes motivos, por forma a alargar a base
tributária e reduzir a vulnerabilidade da despesa pública face às flutuações do preço do
petróleo o Executivo tem levado a cabo um processo de Reforma Tributária.
Um dos argumentos para apoiar a oferta de incentivos fiscais é que um regime fiscal
favorável atrairá mais investimento directo estrangeiro e, portanto, contribuir para a
diversificação e crescimento económico. Embora não seja incomum que os países usem o
sistema fiscal para tentar atrair investimentos, a pesquisa mostra que os incentivos fiscais
sob a forma de taxas mais baixas, isenções temporárias e isenções fiscais, só têm impactos
insignificantes sobre as decisões de investimento em potencial.
É possível que a reforma tributária não tenha ocorrido antes por não ter sido priorizada até
2008, já que outras questões tiveram precedência, tais como a reconstrução inicial da
infraestrutura do país, o restabelecimento de um processo democrático dentro de um
sistema multipartidário, e redação da nova Constituição. Esta sequência de grandes
reformas criou vantagem de que a reforma tributária em curso está a começar sob a
orientação geral da Constituição.
A Constituição não é específica em suas instruções sobre o projeto do sistema fiscal. Ainda
assim, alguns dos seus princípios gerais sugerem um sistema fiscal progressivo, uma vez
que estabelece uma distribuição justa da renda e da riqueza nacional, bem como o dever de
contribuir de acordo com a capacidade económica
36
Apesar de algumas medidas introduzidas antes de 2010, tendentes a uma maior eficácia da
maquina (reforma aduaneira e criação da Repartição dos Grandes Contribuintes) ou melhor
coordenação entre os vários órgão do sistema tributário, apurou-se - haver um longo
caminho a percorre.
a) Julho de 2010
b) Fins de 2010
c) Março de 2011
O plano de acção para a reforma tributária (Linhas Gerais do Executivo para a Reforma
Tributária) é concretizado em um decreto presidencial (50/11 de 15 de Março).
d) (2011-2014)
Segundo AGT (2017), foram alcançados importantes ganhos num curto espaço de tempo
Importantes vitórias da Reforma (2011-2014).
37
5.3. Principais resultados alcançados
A Reforma em curso deverá assentar nos princípios de uma maior abrangente incidência
fiscal, chegando a mais pessoas e empresas, mas reduzindo a respetiva carga, de forma a
não as onerar de forma excessiva, o que, naturalmente, poderia trazer consequências
indesejáveis. Adicionalmente, é necessária a transparência e simplicidade na legislação
mais recente e, principalmente, a celeridade e proximidade das Instituições Públicas perante
as empresas e os cidadãos, facilitando os procedimentos de cálculo, retenções, pagamentos
e devoluções de impostos e outras taxas.
Segundo AGT (2017), foram alcançados importantes ganhos num curto espaço de tempo
Importantes vitórias da Reforma (2011-2014):
38
Administração tributária ainda pouco orientada ao contribuinte e à eficiência dos processos
promove o alargamento da base tributaria permitindo um acréscimo de receita com redução
do encargo fiscal individual e reforça a simplificação, equidade e competitividade fiscal do
sistema angolano
O forte aumento dos impostos fiscais continua a compensar a quebra na arrecadação dos
impostos aduaneiros. Não subsistem dúvidas de que o crescimento económico, em Angola,
será fortalecido com uma política de incentivos e benefícios fiscais e aduaneiros mais
atrativa e com uma diminuição da carga fiscal e parafiscal para empresas e particulares,
atraindo o investimento, fomentando o empreendedorismo e a criação de postos de trabalho,
bem como proporcionando a instalação de polos industriais e agropecuários, e,
concomitantemente, o desenvolvimento sustentado do País.
39
Figura 4: fonte AGT (2017) - Evolução da base de contribuinte e pagamentos não petroliferos
40
e) A taxa de Imposto Industrial é reduzida de 35% para 30%, sendo prevista ainda a
possibilidade de reduções de taxa no contexto de projectos de investimento privado.
f) O imposto devido em actividades de vendas de bens, pelos contribuintes dos Grupos
A e B, passa a ser objecto de autoliquidação provisória até ao final dos meses de
Agosto e Julho, mediante a aplicação de uma taxa de 2% sobre o volume total de
vendas .
g) Os contribuintes cuja actividade esteja no âmbito dos poderes de supervisão do
Banco Nacional de Angola e do Instituto de Supervisão de Seguros efectuam a
respectiva liquidação provisória à qual aplicam uma taxa de 15%.”
h) As prestações de serviços , efectuadas por contribuintes dos Grupos A e B, estão
sujeitas a tributação, por retenção na fonte, à taxa de 6,5% .
41
5.4.5. Imposto de Consumo
42
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
43
Considerando o actual momento económico do país, pretende-se adoptar a administração de
procedimentos tributários mais simples e modernos. A proposta insere-se no âmbito do
Projecto Executivo para a Reforma Tributária (PERT). Após um estudo do impacto do
mesmo sobre a economia angolana, resolveu-se implementar o imposto indirecto que incide
sobre o valor acrescentado em transacções de bens e serviços e sobre importações, IVA, em
Angola. Angola apresenta-se como o único país da SADC que ainda não adoptou o imposto
(Banco Millennium Antlantico, 2016). Também, pela primeira vez, tentou-se criar um
Código de Processo Tributário que vem instituir um verdadeiro processo tributário no país,
resolvendo-se assim os problemas existentes relativos à tramitação dos processos em
matéria tributária e à competência dos tribunais comuns para a apreciação de matérias
tributárias.
44
7. CONCLUSÃO
Para que o Estado consiga realizar seus objetivos precisa de recursos financeiros. A maior
fonte de receitas públicos é a cobrança de tributos, embora tenham outros, como
empréstimos, doações, multas, tarifas públicas etc. Por intermédio destas receitas publica o
governos viabilizam em termos financeiros a realização das funções estatais que provocam
gastos públicos (Costa & Souza, 2008).
O estímulo fiscal deve ser bem orientado da seguinte maneira (Francis, et al., 2015):
Em primeiro lugar, ele deve ir para famílias ou empresas com maior probabilidade
de aumentar os gastos em resposta ao estímulo e, assim, aumentar o produto interno
bruto no curto prazo.
Em segundo lugar, deve proporcionar o maior benefício para as pessoas mais
afectadas pela desaceleração.
Porque, embora as empresas e outras entidades tenham a obrigação legal de pagar certos
impostos, o ónus econômico dos impostos cai em última instância sobre as famílias. Este
fardo pode ser sentido através de uma redução na renda familiar ou preços mais altos por
bens e serviços (Padda & Akram, 2009). A reforma tributaria Angolana é abrangente
aborda as desigualdades, complexidades e ineficiências do sistema tributário. Este pretende
substituir o imposto de renda por um sistema de imposto baseado no consumo mas
mantendo os objetivos gerais de maior equidade, eficiência e simplicidade.
Sendo o IVA é um imposto sobre o consumo proposto e como as famílias mais pobres
gastam uma maior proporção de seus rendimentos, se for introduzido sem outros ajustes de
política e medido em relação ao rendimento actual torna-se regressivo. Embora um imposto
sobre o valor acrescentado (IVA) tribute bens e serviços em todas as fases de produção e
venda, o fardo econômico líquido é como o de um imposto sobre vendas. Conceitualmente,
o imposto pode aumentar o preço total pago pelos consumidores ou reduzir a quantidade de
receita comercial disponível para compensar os trabalhadores e os investidores. Teorias
sugerem que o IVA é transmitido aos consumidores através de preços mais altos. O ônus do
IVA como parte da renda é menor para as famílias de renda alta do que para outras famílias
porque um IVA não tributa os retornos de novos investimentos de capital e os rendimentos
do capital representam uma parcela maior da renda total das famílias de alta renda.
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